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Volume 2 Anual 2014 Plus Eletrostática Eletrodinâmica Eletromagnetismo MHS Ondas Física Moderna Termologia Geral Prof Renato Brito FOTOCÓPIA É PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL POR QUAISQUER MEIOS SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DO AUTOR. OS TRANSGRESSORES SERÃO PUNIDOS COM BASE NO ARTIGO 7°, I DA LEI 9.610/98 . DENUNCIE O PLÁGIO. TODO O CONTEÚDO DESSA OBRA ENCONTRA-SE REGISTRADO . Prezados Alunos, Bem-vindos ao 2º semestre do nosso Curso Anual de Física para Medicina. Em suas mãos agora encontra-se o fruto de um trabalho de longos anos, trabalho esse que nunca está completamente terminado, sempre aprimorado ano a ano: o volume 2 da nossa apostila do Anual de Física do prof. Renato Brito. Em Julho, durante duas semanas (12/07 a 26/07), dediquei longas 16h de trabalho diário, entrando madrugada a dentro, para produzir o melhor material que estivesse ao meu alcance visando ao seu melhor aprendizado da Física, tendo como ponto de partida a apostila II do Anual 2013. Como vocês já devem ter percebido, ao longo das aulas, faço minhas próprias anotações na minha apostila sobre dificuldades detectadas no aprendizado dos alunos, assim como possíveis melhorias que uma ou outra questão pode sofrer de forma a permitir uma melhor assimilação dos conceitos por parte dos estudantes. As anotações de cada ano são úteis para o aprimoramento da qualidade do material didático que chega aos alunos do ano seguinte. O resultado desse trabalho meticuloso é um material didático que literalmente fala com os meus alunos, que antecipa as dúvidas que o estudante terá ao longo da leitura e as elucida previamente, tornando o aprendizado da Física algo prazeroso, dinâmico e estimulante. Acredite, Física é legal ! Gradativamente, o estudante vai desenvolvendo sua autoconfiança, um fator muito importante na preparação de vestibulandos de Medicina, na medida em que a Física vai deixando de ser aquele mistério indecifrável. As fórmulas físicas ganham um mero papel coadjuvante quando a parte conceitual é colocada em primeiro plano e o aluno percebe que, tendo assimilado o que está por traz do fenômeno físico, a fórmula vem gratuitamente, sem sacrifício, já que agora a Física vai se tornando cada vez menos matemática, cada vez mais intuitiva. Alguns capítulos, como Potencial Elétrico, sofreram aprimoramentos em sua parte teórica. Quase todos os capítulos tiveram aprimoramento em suas questões de casa e de Classe, em especial, os capítulos de Circuitos Elétricos, Capacitores e Ondas, sempre visando a facilitar o aprendizado da Física, mas nunca subestimando a inteligência do estudante. As novas questões de Ondas para casa permitem ao estudante avaliar de forma muito mais eficaz se ele assimilou todas as sutilezas conceituais e teóricas dessa matéria, sutilezas que não estão embutidas nas fórmulas matemáticas desse assunto. Ao longo dos Capítulos, semanalmente, o aluno vai recebendo sugestões de quais capítulos ele deveria revisar, do assunto referente ao 1º semestre, com o objetivo de evitar o desespero às vésperas do vestibular. É a chamada Revisão Semanal Programada. Logicamente, nem todos os alunos vão seguir os conselhos, mas aqueles que o fizerem certamente terão melhores resultados. Além da Revisão semanal Programada, uma maravilhosa Lista de Revisão com todos os conteúdos da Física foi criteriosamente produzida, lapidada e aprimorada para garantir que todo o nosso trabalho feito pelo 1º semestre ainda produza bons frutos no seu vestibular. O segundo semestre será corrido, mas tenho certeza que aqueles que souberem priorizar corretamente suas metas, as matérias onde são mais vulneráveis, os conteúdos chaves, terão maiores chances de sucesso. No final da apostila, o aluno também vai encontrar o Cronograma Completo de todas as nossas aulas do 2º semestre de 2014 (Frente 1 e Frente 2), com todas as datas e assuntos relativos a cada aula. Isso se chama organização, seriedade e compromisso com você. Por final, quero acreditar que você, querido aluno que está me lendo, nesse momento, seja capaz de percebe quanto esmero despendi na produção desse material didático. Nada mais justo e correto ! Afinal, esse é o meu compromisso com você: fazer tudo que estiver ao meu alcance para o seu pleno aprendizado da Física e, conseqüentemente, para o seu sucesso no Vestibular com ou sem ENEM. Bom segundo semestre a todos ! Prof. Renato Brito (e Claudete !!) Fortaleza, 27 de Junho de 2014 S U M Á R I O Capítulo 12 – Cargas Elétricas 1 – Introdução 1 2 – Princípios da Eletrostática 1 3 – Condutores e Isolantes 2 4 – Processos de Eletrização 2 5 – Eletroscópio 7 6 – Unidades de Carga Elétrica 8 7 – Lei de Coulomb 8 8 – Apêndice – Noções de Equilíbrio Eletrostático 9 Capítulo 13 – Campo Elétrico 1 – Introdução 12 2 – Entendendo como um Campo de Forças atua 12 3 – Definição do Vetor Campo Elétrico 13 4 – Características do Vetor Campo Elétrico 13 5 – Campo Elétrico gerado por uma Carga Puntiforme 14 6 – Linhas de Força do Campo Elétrico 14 7 – Densidade Superficial de Cargas 16 8 – O Poder das Pontas 16 9 – Campo Elétrico Uniforme 16 10 – Cargas sujeitas a Campos Elétricos Uniformes 17 11 – Polarização de um isolante (dielétrico) 18 12 – O significado Físico da Permissividade Elétrica 18 13 – Como a Água Dissolve Substâncias Polares ? 19 - Pensando em classe 20 - Pensando em casa 25 - Hora de Revisar 32 Capítulo 14 – Trabalho e Energia no Campo Eletrostático 1 – Por que estudar Trabalho e Energia em Eletrostática ? 35 2 – Forças Conservativas e Função Potencial 35 3 – Energia Potencial em Campos Coulombianos 35 4 – Entendendo Fisicamente a Energia Potencial Elétrica 36 5 – O Referencial da Energia Potencial Elétrica 39 6 – Energia Potencial Elétrica de um Sistema de Partículas 40 7 – Número de Ligações elétricas num Sistema de Partículas 41 8 – Energia Potencial de uma Partícula do Sistema 41 9 – O Conceito de Potencial 42 10 – Cálculo do Potencial Elétrico num Campo Criado por uma Partícula Eletrizada 43 11 – Potencial num Ponto Causado por Duas ou Mais Partículas 45 12 – Equipotenciais 46 13 – Trabalho em Superfícies Eqüipotenciais 46 14 – Propriedades do Campo Elétrico 46 15 – Espontaneidade e Trabalho 47 16 – Partícula Abandonada num Campo Elétrico 47 17 – Trajetória da Carga 47 18 – Diferença de Potencial Entre Dois Pontos 48 19 – Campo Elétrico do Condutor Esférico 48 20 – Cálculo do Campo Elétrico Causado por Distribuições Esféricas de Cargas 49 21 –Campo Elétrico no interior de uma Esfera isolante 51 22 – Potencial Criado por um Condutor Eletrizado de qualquer formato 52 23 – Potencial Criado por um Condutor Esférico Isolado 53 24 – Condutores Esféricos Ligados entre Si 53 25 – O Potencial Elétrico da Terra 54 26 – O Pára-Raios 55 27 – Cálculo do Potencial Elétrico de uma Esfera Não-Isolada (induzida) 55 28 – Blindagem Eletrostática 57 29 – Entendendo Matematicamente o Poder das Pontas 57 - Pensando em classe 58 - Pensando em casa 65 - Hora de Revisar 73 Capítulo 15 – Circuitos Elétricos 1 - O Divisor de Corrente Simples 75 2 - O Divisor de Corrente Composto 76 3 - Cálculo de Diferenças de Potencial em Circuitos 76 4 - Método Renato Brito para Simplificação de Circuitos Elétricos 77 5 - Equivalência entre Elementos Lineares 77 6 - Interpretando o Coeficiente Angular da Característica 78 7 - Interpretando a Corrente de Curto-Circuito icc na Curva Característica 78 - Pensando em classe 84 - Pensando em casa 90 - Hora de Revisar 99 Capítulo 16 – Capacitores 1 – Introdução 102 2 – Visão geral de um Capacitor 1023 – Estudo do Capacitor Plano 102 4 – Rigidez Dielétrica 104 5 – Energia Armazenada no Capacitor 104 6 – Associação de Capacitores 104 7 – Circuito R-C Paralelo 105 8 – Circuito R-C série - Como um capacitor se carrega ? 106 9 – Associação de Dielétricos 106 - Pensando em classe 108 - Pensando em casa 111 - Hora de Revisar 115 Capítulo 17 – Interações entre Cargas Elétricas e campos Magnéticos 1 – Ímãs 121 2 – O Campo Magnético 121 3 – O Campo Magnético da Terra 122 4 – Campo Magnético Uniforme 123 5 – Ação do Campo magnético Sobre uma Agulha Imantada 124 6 – Ação do Campo magnético Sobre Cargas Elétricas 124 7 – Orientação da Força Magnética Fm 124 8 – Trajetória de Cargas Elétricas em Movimento em Campos Magnéticos Uniformes 125 9 – O Filtro de Velocidades 127 10 – O Espectrômetro de Massa 128 11 – O Trabalho Realizado pela Força Magnética 128 12 – Trajetória de Cargas Elétricas em Movimento em Campo Magnético B não-Uniforme 129 13 – Leitura Complementar: Os Aceleradores de Partículas 130 - Pensando em classe 133 - Pensando em casa 138 - Hora de Revisar 145 Capítulo 18 – Campo Magnéticos Gerados por Correntes Elétricas 1 – A Corrente Elétrica é Fonte de Campo Magnético 147 2 – Campo Gerado por Corrente Retilínea 147 3 – Campo Gerado por Corrente Circular (Espira Circular) 148 4 – Campo Magnético Gerado por um solenóide 149 5 – Influência da Permeabilidade Magnética do Meio 150 6 – Força Magnética Sobre Correntes Elétricas 150 7 – Aplicações de Forças Magnéticas Agindo Sobre Correntes Elétricas 151 8 – Forças Magnéticas entre dois Condutores Retilíneos e Paralelos 154 9 – A Definição do Ampère 154 - Pensando em classe 155 - Pensando em casa 161 Capítulo 19 – Magnetismo Indução Eletromagnética 1 – A Grande Descoberta 167 2 – Fluxo do Campo Magnético ( ) 167 3 – Variação do Fluxo de Indução 168 4 – Indução Eletromagnética 168 5 – Lei de Lenz e o sentido da corrente induzida (Princípio da Conservação da Energia) 170 6 – Lei de Faraday-Neumann 171 7 – A Força Eletromotriz (Fem) de Movimento 173 8 – A Fem (volts) de Movimento – Com Base na Lei de Faraday 174 9 – Análise Energética do Processo 175 10 – Correntes de Foucault e os Freios Magnéticos 177 11 – O Transformador 178 - Pensando em classe 180 - Pensando em casa 185 - Hora de Revisar 191 Capítulo 20 – Movimento Harmônico Simples 1 – Introdução 193 2 – MHS 193 3 – Oscilador Harmônico 193 4 – Energia Mecânica no MHS 194 5 – Relação entre o MHS e o MCU 195 6 – Funções Horárias 195 7 – Diagramas Horários 196 8 – Período (T) e Constante Elástica (k) 196 9 – Associação de Molas 196 - Pensando em Classe 198 - Pensando em Casa 202 - Hora de Revisar 207 Capítulo 21 – O N D A S 1 – Introdução 209 2 – Ondas 209 3 – Natureza das Ondas 210 4 – Tipos e Classificações das Ondas 210 5 – Velocidade e Comprimento de Onda 211 6 – Função de Onda 212 7 – Fenômenos Ondulatórios 213 8 – Ondas unidimensionais 214 9 – Ondas Estacionárias 216 10– Ondas bidimensionais 217 11– A Experiência de Young da Dupla Fenda 222 12– Ondas tridimensionais 223 13– Velocidade do Som 224 14– Altura, Intensidade e Timbre 224 15– Freqüências Naturais e Ressonâncias 225 16– Cordas vibrantes 226 17– Tubos Sonoros 228 18– Efeito Doppler 229 - Pensando em classe 232 - Pensando em casa 242 - Hora de Revisar 255 Capítulo 22 – Física Moderna – Parte 1 (Noções de Física Quântica) 1 – Uma Visão Geral Sobre a História da Física Quântica 259 2 – O mundo Quântico 260 3 – Max Planck e o Estudo do Corpo Negro 260 4 – O Efeito Fotoelétrico 261 5 – O estudo Experimental do Efeito Fotoelétrico 262 6 – Conflitos com a Física Clássica 262 7 – A Explicação de Einstein para o Efeito Fotoelétrico 262 8 – O Efeito Fotoelétrico na Prática 263 9 – Observações e Conclusões 264 10 – A Dualidade da Luz 265 11 – Unidade Prática de Energia: o elétron-volt (eV) 265 12 – O átomo 265 13 – O modelo atômico de Bohr 266 14 – Transições Eletrônicas Causadas por Incidência de Radiação Eletromagnética 267 - Pensando em classe 268 - Pensando em casa 271 Complementos Finais (Termologia, Análise Dimensional) 279 Lista de Revisão Geral com Gabarito 285 GABARITO COMENTADO – Questões de Casa 338 Calendário de Todas as Aulas – 2º Semestre – Anual 2014 379 Charles Chaplin - Albert Einstein "Não faças do amanhã o sinônimo de nunca, nem o ontem te seja o mesmo que nunca mais. Teus passos ficaram. Olhes para trás ... mas siga em frente pois há muitos que precisam que chegues para poderem seguir-te." Charles Spencer Chaplin Renato Brito Simétrico Pré-Universitário – Turma Saúde 10 – Especialista em Medicina ou Odontologia – www.simetrico.com.br - www.fisicaju.com.br 1 – Introdução A teoria atômica avançou bastante nesses últimos séculos e, atualmente, sabe-se que a matéria é constituída basicamente de três partículas elementares: os prótons, os nêutrons e os elétrons. A rigor, mais de 200 partículas subatômicas já foram detectadas. Os prótons, por exemplo, assim como os nêutrons, ainda são formados por partículas menores: os “quarks”. No entanto, para as propriedades que estudaremos, é suficiente o conhecimento apenas dos prótons, nêutrons e elétrons . Experimentalmente, comprovou-se que os nêutrons não têm a propriedade denominada “carga elétrica”, sendo essa propriedade um privilégio exclusivo dos prótons e elétrons. A massa e a carga elétrica relativa dessas partículas são expressas na tabela abaixo: Partícula Massa Relativa Carga Relativa Localização Prótons 1836 +1 Núcleo Nêutrons 1836 0 Núcleo Elétrons 1 - 1 Eletrosfera Observe que embora prótons e elétrons tenham massas bem diferentes, apresentam a mesma quantidade de carga elétrica em módulo. A carga de um próton ou de um elétron, em módulo, é denominada carga elétrica elementar , por ser a menor quantidade de carga elétrica existente na natureza, sendo representada por e. A grandeza carga elétrica, no Sistema Internacional de Unidades (SI) , é medida em coulombs (c). É importante ressaltar que os prótons e nêutrons estão firmemente presos ao núcleo, portanto sem nenhuma chance de movimentar pela estrutura. Só os elétrons, especialmente os das camadas eletrônicas mais externas, possuem mobilidade para “abandonar” a estrutura atômica. Assim, um corpo se eletriza sempre pela perda ou ganho de elétrons. Eletricamente falando, existem três estados possíveis para um corpo : 1. Neutro: um corpo encontra-se neutro quando a quantidade de cargas negativas (elétrons) em sua estrutura for igual à quantidade de cargas positivas (prótons) na mesma. Pensei que um corpo fosse neutro quando não tivesse cargas ? Não, amigo Nestor. O correto é afirmar que um corpo está neutro quando não tem cargas em excesso. Um corpo, ainda que esteja eletricamente neutro, sempre conterá uma quantidade enorme e igual de prótons (portadores de carga positiva) e elétrons (portadores de caga negativa) em sua estrutura, de tal forma a cancelarem suas cargas positivas e negativas elétricas, garantindo a eletroneutralidade. A maioria dos corpos, no nosso dia-a-dia, encontra-se eletricamente neutro. 2. Corpo eletrizado positivamente: um corpo encontra-se nesse estado quanto tiver uma quantidade maior de prótons do que de elétrons. Ah ! Já sei ! Então é porque ele ganhou prótons, né ? Impossível, amigo Nestor ! Um corpo nunca ganhará ou perderá prótons, pois essas partículas encontram-se enclausuradas no núcleo dos átomos, sem chances de se locomover, conforme dito anteriormente. Se um corpo encontra-seeletrizado positivamente, é porque perdeu elétrons para um outro corpo, por algum motivo. Tendo perdido elétrons, ficará com mais prótons que elétrons. A partir desse ponto, sempre que falarmos de carga elétrica, estamos nos referindo à carga elétrica em excesso ou em falta no corpo. Um corpo, inicialmente neutro, ao perder n elétrons de sua estrutura, adquirirá uma carga positiva: Q = + n. e onde e é a carga elementar, dada por e = 1,6.10–19 C . 3. Corpo eletrizado negativamente: para finalizar, um corpo encontra-se eletrizado negativamente, quando tiver um excesso de cargas negativas, ou seja, se tiver recebido elétrons de outro corpo, por algum motivo. Um corpo, inicialmente neutro, ao ganhar n elétrons , adquirirá uma carga negativa: Q = – n. e onde e é a carga elementar, dada por e = 1,6.10–19 c . Em síntese, a carga elétrica de um corpo eletrizado é conseqüência do desequilíbrio da quantidade de prótons e elétrons total na estrutura desse corpo. Pela perda ou ganho de n elétrons, um corpo inicialmente neutro adquirirá a carga: Q = ± n. e Do exposto acima, vemos que a carga elétrica adquirida por qualquer corpo eletrizado é sempre um múltiplo inteiro da carga elementar e. Dizemos que a carga elétrica é quantizada. Isso significa que sua intensidade não pode assumir qualquer valor numérico real, mas apenas os valores e, 2e, 3e, ..., ne, onde n é um número inteiro. Esse resultado acima foi comprovado por Millikan, em 1910, na famosa experiência das “gotas de óleo”. Na verdade, a título de curiosidade, existem “quarks” com cargas elétricas 1/3e e 2/3e, contrariando a denominação de “carga elementar” para a carga de um próton, entretanto, esse fato foge do conteúdo da Física clássica. 2 – Princípios da Eletrostática A eletrostática estuda a interação entre cargas elétricas em corpos em equilíbrio eletrostático, isto é, em corpos onde as cargas estão distribuídas em equilíbrio e qualquer movimento de cargas é decorrente exclusivamente da “agitação térmica” do corpo. A eletrostática baseia-se em 2 princípios: Capítu lo 12 Cargas Elétr icas Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 2 Princípio da atração e da repulsão Partículas eletrizadas com cargas de sinais opostos se atraem, enquanto partículas com cargas de sinais iguais se repelem. Esquematicamente: F F FF F F Adiante, aprenderemos que corpos eletricamente neutros também são atraídos por corpos eletrizados. Princípio da conservação das cargas elétricas Seja um sistema eletricamente isolado, isto é, um sistema que não troca cargas elétricas com o meio exterior. O princípio da conservação da carga elétrica diz que “a soma algébrica das cargas elétricas existentes num sistema eletricamente isolado permanece constante”. Exemplo: Fronteira do sistema Situação inicial Situação final Vemos acima um sistema eletricamente isolado. Após sucessivos contatos entre seus componentes, notamos apenas uma redistribuição da carga elétrica do sistema, já que: Carga inicial = + 5q + (- 2q) + 0 = + 3q Carga final = + 2q + (- 2q) + (+ 3q) = + 3q Notamos, então, que a quantidade de carga elétrica do sistema permanece constante, já que a fronteira do sistema não permite passagem de carga em nenhum sentido. 3 – Condutores e Isolantes Denominamos condutores elétricos os materiais que contêm portadores de cargas elétricas e que permitem o “livre” movimento desses portadores pela sua estrutura. Dizemos que os portadores de cargas precisam ter boa mobilidade, como os elétrons de valência nos metais e na grafite, como os íons dissociados em soluções eletrolíticas (água + sal), como moléculas ionizadas nos gases de lâmpadas fluorescentes etc. Em oposição, um corpo é denominado isolante elétrico (ou dielétrico) quando satisfaz uma das condições abaixo: I. O corpo não possui portadores de cargas elétricas, como íons, elétrons de condução etc. É o caso da borracha, madeira, giz, dentre outros. II. O corpo possui portadores de cargas elétricas, mas esses portadores não conseguem se deslocar pela estrutura, provendo a condução elétrica, por estarem fixos, presos à mesma. Dizemos que os portadores não têm mobilidade. Ë o caso dos sais no estado sólido. O sal NaCl, por exemplo, quando no estado sólido, possui íons Na + e Cl presos numa rede cristalina, sem nenhuma mobilidade, constituindo um isolante elétrico. Entretanto, quando esse sal é dissolvido em água, a rede cristalina se desfaz e os íons adquirem mobilidade, passando a conduzir corrente elétrica. Outros exemplos de isolantes são ar, água pura, vidro, borracha, cera, plástico, madeira, etc. 4 – Processos de Eletrização Eletrizar um corpo significa ceder ou retirar elétrons de sua estrutura de forma a provocar na mesma o aparecimento de cargas positivas (falta de elétrons) ou cargas negativas (excesso de elétrons) . Tanto um condutor quanto um isolante podem ser eletrizados. A única diferença é que nos isolantes a carga elétrica adquirida permanece na região onde se deu o processo de eletrização, não conseguindo se espalhar devido à baixa mobilidade. Nos condutores essa carga busca uma situação de equilíbrio, de mínima repulsão elétrica, distribuindo-se completamente em sua superfície externa. Num condutor em equilíbrio eletrostático, a carga elétrica em seu interior é sempre nula. Os processos de eletrização mais comuns são: 1o processo: por atrito de materiais diferentes Este é o primeiro processo de eletrização conhecido pelo homem. Atritando-se, por exemplo, seda a um bastão de vidro, constata-se que o vidro adquire cargas positivas, cedendo elétrons para a seda, que adquire cargas negativas. Os materiais atritados sempre adquirem cargas iguais de sinais opostos. Este processo é mais eficiente na eletrização de materiais isolantes que condutores. Para entendermos a eletrização por contato, é fundamental termos em mente duas características importantes do equilíbrio eletrostático: I. Em qualquer condutor, as cargas em excesso se dispõem na superfície externa de tal forma a minimizar a repulsão entre as mesmas. Num condutor esférico, por exemplo, dada a sua perfeita simetria, as cargas se espalham homogeneamente por toda sua superfície mais externa a fim de minimizar as repulsões mútuas: Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 3 II. Em condutores não esféricos, observa-se que as cargas se concentram preferencialmente nas regiões mais extremas e pontiagudas, a fim de minimizar as repulsões mútuas. A essa propriedade dá-se o nome de Poder das Pontas que aprenderemos com detalhes na página 57. Agora o aluno está apto a compreender, sem dificuldades, como acontece a eletrização por contato. 2o processo: Eletrização por contato Trata-se de um processo de eletrização que funciona melhor entre materiais condutores, embora também ocorra com isolantes. Considere as esferas condutoras abaixo: uma negativa e a outra neutra. -12 Ao encostarmos as esferas entre si, para os elétrons em excesso, tudo se passa como se houvesse apenas um único condutor com o formato estranho a seguir: -12 As cargas, então, se espalham na superfície desse “novo” condutor assim formado, mais uma vez buscando minimizar as repulsões mútuas. -8 -4 Como o “novo condutor” não tem formato esférico, no equilíbrio eletrostático as cargas se concentram nas regiões mais extremas. Tudo o que foi descrito acima acontece num piscar de olhos. Finalmente, separando-se os condutores, cada um manterá sua carga adquirida após o contato: -8 -4 Sobre o processo anterior, dois fatos importantes devem ser enfatizados : I. Houve conservaçãoda carga total do sistema, como era de se esperar: Carga inicial = –12 = (–8) + (–4) = Carga final II. As cargas elétricas se distribuíram proporcionalmente aos raios das esferas. A esfera maior adquiriu o dobro das cargas da esfera menor, por ter o dobro do raio desta. Se, porventura, a eletrização por contato se desse entre materiais não condutores, a troca de cargas limitar-se-ia a uma região elementar em torno do ponto de contato. A B ++ + + + + + + ++ + Eletrização por contato. O corpo B é de material não-condutor. A troca de cargas se limita à região destacada. Contato entre condutores idênticos Há um caso particular que merece nossa atenção: é aquele em que os corpos são esferas metálicas de mesmo raio. Durante o contato, o excesso de cargas distribui-se igualmente pelas duas superfícies esféricas. Assim, após o contato, cada um deles estará com metade da carga inicial. Antes: carga: Q neutra Durante: Depois: carga: Q/2 carga: Q/2 De uma forma geral, se as esferas, antes do contato, tiverem carga inicial Qa e Qb, respectivamente, cada uma delas, após o contato, apresentará em sua superfície a metade da carga total do sistema: Antes: carga: Qa = +8 carga: Qb = +4 Durante: Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 4 Depois: a b final A final B Q Q 8 4 Q Q = 6 2 2 Perceba que, mais uma vez, houve conservação da carga total do sistema: Carga inicial = 8 + 4 = 6 + 6 = Carga final Exemplo Resolvido 1 Três esferas condutoras de raios R, 2R e 3R estão eletrizadas, respectivamente, com cargas + 20q, + 10q e –6q. Fazendo um contato simultâneo entre essas esferas e separando-as, pede-se determinar as cargas adquiridas por cada esfera ao final do processo. R 2R 3R + 20q + 10q - 6q Configuração inicial Solução: Quando esferas condutoras são colocadas em contato, as suas cargas se dividem proporcionalmente aos seus raios. O motivo disso só será compreendido no capítulo de Potencial Elétrico. Adicionalmente, a conservação da carga elétrica precisa ser satisfeita. Assim: R 2R 3R x 2x 3x Configuração Final Soma das cargas antes = soma das cargas depois x + 2x + 3x = + 20q + 10q – 6q 6x = +24q x = +4q Assim, as cargas finais adquiridas pelas esferas são, respectivamente, 1x = +4q, 2x = +8q e 3x = +12q Contato entre um condutor e a Terra Para fins de eletricidade, o nosso planeta terra é suposto tendo as seguintes características: É uma esfera condutora ; É admitida neutra, por convenção, apesar de estar eletrizada negativamente devido ao constante bombardeio de raios cósmicos. De raio infinito, comparado às dimensões dos objetos do dia-a-dia. Além disso, vimos nas últimas secções que, ao encostarmos duas esferas condutoras entre si, a carga total do sistema se divide entre as esferas, proporcionalmente aos seus raios. ou seja, quem tiver o maior raio, adquirirá a maior parte da carga total do sistema. Assim sendo, o que acontecereria se encostassémos uma esfera condutora eletrizada negativamente, por exemplo, na esfera terrestre ? Esfera condutora terrestre pequena esfera condutora Uma eletrização por contato pouco fraterna, como mostra o exemplo a seguir. Exemplo Resolvido 2 Uma pequena esfera condutora de raio r, eletrizada com carga q, e uma gigante esfera condutora (Terra) de raio R, eletrizada com carga Q, serão postas em contato mútuo e separadas em seguida. Determine as cargas elétricas finais Q’ e q’ adquiridas por carga esfera, admitindo que R seja muuuuuito maior que r. r R q Q Configuração Inicial Solução: Quando esferas condutoras são colocadas em contato, as suas cargas se dividem proporcionalmente aos seus raios, por isso, afirmamos que as cargas finais das esferas podem ser dadas por q’ e Q’ diretamente proporcionais aos respectivos raios das esferas: q' Q' r R Adicionalmente, a conservação da carga elétrica precisa ser satisfeita. Assim: Q’ + q’ = Q + q r R q' Q’ Configuração Final Assim, temos um sistema de duas equações e duas incógnitas Q’ e q’. Para resolver o sistema, faremos uso de uma propriedade bastante útil das proporções que é usada como atalho. Veja: Se 2 1 6 3 então 2 1 6 3 = 26 13 26 13 ; Assim, pelo mesmo motivo, podemos escrever: q' Q' q' Q ' r R R r Alegando a conservação da carga elétrica total do sistema (Q’ + q’ = Q + q), temos: q' Q' q' Q ' q Q r R R r R r Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 5 Assim, da expressão anterior, podemos determinar as cargas finais Q’ e q’ adquiridas pelas esferas : r R Qq r R 'Q 'q R Q' r 'q )qQ.( rR r ' q r R Qq r R 'Q 'q R Q' r 'q )qQ.( rR R ' Q No limite, lembrando que R é infinitamente maior que r (o raio da Terra R = 6400 km é muito maior que o raio de uma bolinha comum do dia-a-dia r = 10 cm), podemos fazer as seguintes aproximações: R + r R e 0 R r substituindo, vem: q' = )qQ.( rR r 0 . (Q+q) 0 q’ = 0 Q' = )qQ.( rR R )qQ.( R R Q + q Q ' = Q + q Assim, percebemos matematicamente o que ocorre quando um corpo é ligado ao planeta Terra (que age como uma esfera condutora de raio R infinitamente maior que o de qualquer esfera comum): ao final, a carga total do sistema é transferida para a Terra, ficando a bolinha com carga final nula, isto é, neutra. Quando um corpo não está sofrendo indução elétrica devido à presença de outros corpos eletrizados na sua vizinhança, dizemos que ele encontra-se isolado eletricamente. Todo corpo isolado eletricamente tem seu excesso de carga elétrica neutralizado, quando ligado à Terra, isto é, passa a ser neutro. Mas não é, Claudete ! Afff...mostrei matematicamente Que legal ! Parece mágica, profinho! Todo condutor isolado (ou seja, que não esteja sofrendo indução) tem suas cargas neutralizadas ao ser ligado à Terra. Se o corpo estiver sofrendo indução elétrica ao ser ligado à Terra, ele não será neutralizado. Estudaremos indução eletrostática adiante. e - Quando um corpo isolado eletricamente (isto é, que não está sofrendo indução) e eletrizado negativamente é ligado à Terra (uma esfera condutora de raio infinito), os elétrons em excesso do referido corpo escoam para a Terra até neutralização da carga elétrica do corpo. Se o condutor fosse positivo, elétrons subiriam da Terra em quantidade suficiente para compensar a carga positiva do condutor (falta de elétrons) . 3o processo: Eletrização por Indução Denomina-se indução eletrostática o fenômeno da separação de cargas que ocorre na superfície de um condutor quando colocado próximo de um corpo eletrizado. Dependendo do seu sinal, o corpo eletrizado deforma o “mar de elétrons” da superfície do condutor, atraindo-o ou repelindo-o, de tal forma a provocar (induzir) o aparecimento de cargas elétricas nos extremos do condutor: Contudo, após a ocorrência da indução eletrostática, a carga total do corpo metálico permanece inalterada, já que não houve nenhum contato entre os corpos e, portanto, nenhuma troca de cargas entre estes. bastão positivo condutor neutro A presença do bastão positivo nas proximidades do condutor neutro “deforma” seu “mar de elétrons”, atraindo seus elétrons para a extremidade mais próxima do bastão. A extremidade oposta,com falta de elétrons, adquire cargas positivas. Contudo, o condutor permanece neutro, pois a soma de suas cargas ainda é nula: +4 + (–4) = 0. Ainda assim, podemos tirar proveito dessa separação de cargas (indução de cargas) ocorrida no condutor a fim de eletrizá-lo definitivamente. Veja esquematicamente: (eletrizado) (neutro) Inicialmente A e B estão longe uma da outra. (indutor) (induzido) Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 6 Aproximando-se A de B ocorre a indução eletrostática. O induzido é ligado à Terra em presença do indutor. Elétrons neutralizaram a região direita do induzido. Em presença do indutor é retirado o fio-terra Agora, isolado, o induzido está negativo. Comentários Finais sobre Indução : 1) Quando o induzido é ligado à terra, as cargas que serão neutralizadas são sempre as cargas do induzido mais afastadas do indutor; 2) A partir do instante em que ocorre a indução eletrostática, indutor e induzido se atraem mutuamente. Puxa, mas como é possível uma atração se um dos metais encontra-se neutro ? bastão positivo condutor neutro F 1F2 Para entender esse fato, Nestor, perceba que a presença do bastão positivo provoca nos extremo do condutor duas forças F1 e F2, respectivamente atrativa e repulsiva. O efeito atrativo prevalece sobre o repulsivo ( F1 > F2 ) pelo fato de que o bastão positivo está mais próximo do extremo direito do condutor. Assim, o efeito global do bastão positivo sobre o condutor neutro é atrativo. Do exposto anteriormente, podemos concluir que, se dois corpos se atraem mutuamente, existem três possibilidades para seus estados de eletrização: ATRAÇÃO + + N N Um fato interessante é que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, se dois corpos se atraem, eles não precisam, necessariamente ter cargas de sinais contrários. Na verdade, um deles pode até estar neutro. Essa novidade só vale para corpos, não vale para partículas. Prótons e nêutrons (por exemplo) nunca vão se atrair eletricamente. Neutrons não têm como sofrer indução, afinal, nêutrons não têm elétrons rrssrsrr . Para haver repulsão entre dois corpos, de fato, os corpos precisam, necessariamente, estar eletrizados com cargas de mesmo sinal: REPULSÃO + + 3) Ao final do processo de eletrização por indução, o induzido adquire sempre carga de sinal oposto ao da carga do indutor. A seguir temos um exemplo de indução, utilizando indutor com cargas negativas: O induzido é ligado à Terra, em presença do indutor. Com a descida de elétrons ficou neutra a região direita do induzido. Em presença do indutor é retirado o fio-terra. Agora, isolado, o induzido está positivo. Qual a diferença entre Indução Parcial e Indução Total ? A figura a seguir mostra um condutor neutro que sofreu indução, devido à presença de um bastão eletrizado com carga +16q. Perceba que a carga induzida no condutor neutro é menor que a carga do indutor (corpo que provoca a indução), isto é, |16q| > | 4q| . Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 7 bastão positivo condutor neutro +16q +4q -4q Quando o módulo da carga indutora é maior que o módulo da carga induzida, esse tipo de indução é denominado indução parcial. Indução Total- Considere um condutor oco, com carga total +Q, distribuída ao longo de sua superfície mais externa. Percebemos que a carga em sua superfície mais interna é nula. A seguir, introduziremos em seu interior uma pequena esfera com carga elétrica –q. Esta carga negativa induzirá uma carga +q de mesma intensidade, mas de sinal contrário, na superfície interna do condutor oco. A carga da superfície mais externa do condutor oco se altera, a fim de que a soma total de suas cargas continue inalterada: +q + ( Q – q ) = + Q. Esse tipo de indução é denominado indução total, pelo fato de que a carga induzida tem a mesma intensidade da carga indutora, ainda que de sinal contrário A indução total só ocorre quando todas as linhas de força que nascem no indutor terminam no induzido, e vice-versa. Nesse caso a carga induzida é igual à carga indutora em módulo, conforme figura acima. Induções desse tipo acontecem, por exemplo, quando um condutor encontra-se no interior do outro. A indução que ocorre entre as placas de um capacitor também é considerada total. Detalhes sobre linha de força e indução serão estudados adiante. 5 - Eletroscópio Para saber se determinado corpo está ou não eletrizado, sem alterar sua possível carga, usamos um aparelho denominado eletroscópio. Os mais utilizados são o pêndulo eletrostático e o pêndulo de folhas. Abaixo está exemplificado como utilizar cada um deles: Usando o pêndulo eletrostático 1º pergunta: Como saber se um corpo encontra-se eletrizado ou neutro ? Resposta: Usando o eletroscópio inicialmente neutro e testando se ocorre ou não indução eletrostática e, consequentemente, atração eletrostática devido às cargas induzidas, veja: Suporte com fio isolante e pequena esfera leve inicialmente neutra. Condutor eletrizado com carga positiva – ocorre atração por indução Condutor eletrizado com carga negativa - ocorre atração por indução O esquema mostra que a aproximação de qualquer corpo eletrizado à esfera neutra do pêndulo provocará a atração da mesma, devido ao fenômeno da indução eletrostática. A esfera do pêndulo será atraída, independente do sinal da carga do corpo aproximado à mesma, como pode ser visto na figura. 2º pergunta: Após notar a presença de cargas no corpo, como saber o sinal destas cargas? A seqüência mostra o procedimento do uso do pêndulo eletrostático, para se descobrir o sinal da carga elétrica de um corpo eletrizado. I - Eletriza-se a esfera do pêndulo com carga de sinal conhecido. No exemplo, foi usada carga negativa. II - A esfera do pêndulo já está eletrizada. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 8 III - Se a esfera é repelida quando aproximamos dela um corpo eletrizado, podemos concluir que esse corpo está eletrizado com carga de sinal igual ao da esfera. Na figura, o corpo A possui carga elétrica negativa. IV - Se a esfera é atraída quando aproximamos dela um corpo, podemos concluir que esse corpo está eletrizado com carga de sinal oposto ao da esfera. Na figura, o corpo B possui carga elétrica positiva. Usando o Eletroscópio de Folhas 1º pergunta: Como detectar a presença de cargas no corpo de prova ? Resposta: Usando o eletroscópio inicialmente neutro e testando se ocorre ou não indução eletrostática e, consequentemente, atração eletrostática devido às cargas induzidas, veja: Eletroscópio fora da influência de carga. Eletroscópio sob a influência de carga negativa. Eletroscópio sob a influência de carga positiva. 2º pergunta: Como detectar o sinal da carga eventualmente presente? Resposta: Carregando o eletroscópio com carga de sinal conhecido previamente, veja: I II III IV I - Eletriza-se o eletroscópio com carga de sinal conhecido. No exemplo, foi usada carga negativa, através da eletrização por indução. II - As folhas se afastam um pouco devido à repulsão, já que o eletroscópio encontra-se eletrizado. III - Se um bastão eletrizado negativamente for aproximado da esfera do eletroscópio, alguns elétrons serão repelidos a ponto de descer para as folhas, aumentando a repulsão entre estas. Tais folhas se afastam aindamais, devido ao aumento da repulsão entre elas. IV - Se, ao contrário, aproximarmos da esfera do eletroscópio um bastão eletrizado positivamente, alguns elétrons serão atraídos pelo bastão a ponto de subir até a esfera do eletroscópio, abandonando as folhas. Tais folhas, então, se aproximam devido à diminuição da repulsão entre elas. 6 – Unidade de Carga Elétrica A Unidade de Carga Elétrica no sistema internacional é o Coulomb (C). Como 1 Coulomb é uma carga muito grande, na prática são muito utilizados os submúltiplos: mili = m = 103 micro = = 106 nano = n = 109 pico = p = 1012 A carga elementar, expressa em Coulomb, vale e = 1,6 x10 19 C. 7 – Lei de Coulomb Foi o francês Charles Augustin de Coulomb (1736-1806) quem descobriu, em 1785, a lei que rege as interações entre partículas eletrizadas. Recordemos que se deve entender por partículas os corpos de dimensões desprezíveis em comparação com as demais dimensões consideradas. A interação entre partículas eletrizadas manifesta-se através de forças de atração ou de repulsão, dependendo dos sinais das cargas. Esquematicamente: F F FF F F O enunciado da LEI DE COULOMB pode ser apresentado da seguinte forma: As forças de interação entre duas partículas eletrizadas possuem intensidades iguais e são sempre dirigidas segundo o segmento de reta que as une. Suas intensidades são diretamente proporcionais ao módulo do produto das cargas e inversamente proporcionais ao quadrado da distância entre as partículas. Sejam duas partículas eletrizadas com cargas Q e q, a uma distância d uma da outra. De acordo com a lei de Coulomb, a intensidade da força de interação (atração ou repulsão) entre as cargas é calculada por: F = K |Q q| d2 onde K é uma constante de proporcionalidade. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 9 O valor da constante K (maiúsculo), denominada constante eletrostática, depende do meio em que as cargas elétricas se encontram. Essa constante K é definida, no SI, por: 4 1 =K sendo a permissividade absoluta do meio onde as cargas se encontram. Como, em nosso estudo, de forma geral, o meio considerado é o vácuo, nesse dielétrico temos, no sistema SI ou MKS (metro, quilograma, segundo) : 0 -12 -1 -2 28,85 . 10 N .m .C e, portanto, a constante eletrostática do vácuo no SI vale: K = 1 4 . = 1 4 8,85 . 10 0 0 -12 . -229 0 .CN.m10 . 9,0K É comum encontrar os termos permissividade relativa r ou constante dielétrica (representada por um k minúsculo), denomina- ções referentes a uma mesma grandeza, definida pela relação: 0 meio r k= meio = k. o Assim, se a constante dielétrica de um meio vale k , significa que a sua permissividade elétrica meio é k vezes maior que a do vácuo o. A seguir, apresentamos uma tabela com os valores das permissividades relativas de alguns dielétricos. Meio Constante Dielétrica (k = r ) Vácuo 1,00000 Ar 1,00054 Água 80 Papel 3,5 Mica 5,4 Âmbar 2,7 Porcelana 6,0 Vidro Pirex 4,5 Baquelita 4,8 Polietileno 2,3 Teflon 2,1 Por exemplo, a constante dielétrica da água vale k = r = 80, significa que a permissividade elétrica da água água é 80 vezes maior que a do vácuo (água = 80. o, veja as constantes dielétricas de vários meios na tabela). Sim, profinho, mas isso é bom ou ruim ? Claudete, a expressão da Lei de Coulomb mostra que, a força elétrica entre duas cargas mergulhadas num meio, é inversamente proporcional à permissividade elétrica meio desse meio. Confira na expressão matemática a seguir: 2meiomeio d Q.q K=F = 2 meio d q Q. . ..4 1 Assim, como a permissividade elétrica da água é 80 vezes maior que a do vácuo, a força elétrica entre duas cargas Q e q mergulhadas na água é 80 vezes menor que quando elas estão no vácuo, separadas pela mesma distância de antes. O que faz o meio interferir na força elétrica entre cargas mergulhadas nele é um fenômeno chamado Polarização elétrica e será estudado na parte de campo elétrico, nas páginas 18 e 19 (0 significado físico da permissividade elétrica ). 8 - Apêndice: Noções de Equilíbrio Eletrostático. A idéia de Equilíbrio Eletrostático é fundamental em nosso curso e precisa ser bem entendida a fim de garantir um perfeito aprendizado.Para isso, recordemos um pouco as características dos metais. 8.1) Os Metais As principais características dos metais são: Quando neutros, possuem igual quantidade de prótons e elétrons. Tais prótons estão presos no núcleo atômico e não podem se deslocar pelo metal, sendo úteis apenas para manter a eletroneutralidade. Possuem uma vasta nuvem de elétrons (da camada de valência) sobre sua superfície, o que explica o fato de serem excelentes condutores elétricos. Os elétrons dessa nuvem não sofrem tanta atração do núcleo quanto os elétrons das camadas eletrônicas mais internas, portanto, facilmente podem passar de um metal para outro. Devido a essa grande mobilidade dos elétrons de sua nuvem eletrônica, os metais podem facilmente perder elétrons (ficando eletrizado positivamente) ou ganhar elétrons (ficando eletrizado negativamente), eletrizando-se por contato e por indução. 8.2) Metais em Equilíbrio Eletrostático Basicamente, dizemos que um metal está em equilíbrio eletrostático quando não há mais nenhum movimento ordenado de cargas quer em sua superfície, quer em seu interior. Apenas movimento aleatório de origem térmica que talvez só cesse no zero kelvin. Significa que tais cargas já se acomodaram de forma a minimizar as repulsões entre si e encontraram suas posições ideais de equilíbrio. A dificuldade do aluno, geralmente, é identificar, em cada caso, como as cargas se posicionam no equilíbrio eletrostático. Aprenderemos isso neste apêndice. 8.3) Distribuição de cargas em condutores em equilíbrio eletrostático. Nesta secção, discutiremos como as cargas em excesso se distribuem em um metal, após atingido o equilíbrio eletrostático. 1- Condutor eletrizado: Se um condutor eletrizado não tiver em seu interior uma cavidade contendo esferas ou partículas eletrizadas, toda sua carga se distribuirá em sua superfície mais externa. Não haverá nenhuma carga residual em seu interior, quer o condutor seja maciço ou oco. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 10 Em sua superfície, haverá maior concentração de carga (C/ m2) nas regiões mais pontiagudas, conforme podemos notar na figura acima. 8.4) Condutores eletrizados na presença de outros condutores também eletrizados: Primeiramente, consideraremos o caso em que ambos os corpos têm cargas de mesmo sinal. Nesse caso, tais cargas afastar-se-ão o máximo possível, sem deixar os respectivos condutores, é claro: Assim, distribuir-se-ão conforme a figura acima, independente- mente dos corpos serem ocos ou maciços. No caso em que os corpos possuem cargas de sinais contrários, tais cargas aproximar-se-ão ao máximo, devido à atração entre elas: Nessa situação, tais corpos se atraem mutuamente. 8.5) Condutor neutro na presença de condutor eletrizado: Ocorrerá o fenômeno da indução parcial, isto é, uma separação de cargas no corpo neutro: Corpo eletrizado Corpo neutro Perceba que o corpo inicialmente neutro permanece neutro, mesmo após ter sofrido a indução, já que sua carga total continua nula. Além disso, suas cargas localizam-se apenas no seus extremos (v. figura). A presença do corpo neutro também influencia a distribuição de cargas no corpo eletrizado positivamente: as cargas positivas neste último estão levemente deslocadas para a direita (v. figura) , devido àatração que sofrem pelas cargas negativas do corpo induzido. Nessa situação, tais corpos se atraem mutuamente. 8.6) Corpo eletrizado no interior de uma cavidade metálica: Seja a esfera metálica oca abaixo, eletrizada positivamente com carga +Q, inicialmente isolada. Conforme vimos anteriormente, toda sua carga permanecerá na sua superfície mais externa, enquanto não houver corpos eletrizados em seu interior que possam produzir indução e m sua superfície interna. Agora, colocaremos, no seu interior, uma pequena esfera eletrizada com carga -q: Mas prôfi, o sistema da figura ao lado ainda não atingiu o equilíbrio eletrostático não, né ? De fato, as cargas positivas sofrerão atração pelas cargas negativas da esfera interior, e parte delas se deslocará para a superfície interna da esfera oca, conforme a figura abaixo: Dizemos que a pequena esfera negativa induz na superfície interna da esfera maior uma carga de mesmo módulo da sua e sinal contrário (indução total). Assim, se a pequena esfera tem carga -q , esta induz na superfície interna da esfera oca uma carga exatamente +q. Mas prôfi, e o que acontece com a carga da superfície externa da esfera oca ? Ora, como não houve contato entre as esferas, a carga total da esfera maior deve permanecer constante antes e após a indução. Dessa forma, a carga total da esfera oca, isto é, a soma das cargas de suas superfícies internas e externas, deve totalizar a carga +Q inicial. F F F F Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 11 Assim, a carga da superfície externa será Qq , que somada à carga +q da superfície interna , resultará +Q, que era a carga inicial da esfera oca. Perceba que estamos aqui aplicando o princípio de conservação da carga, motivados pelo fato de que os corpos permaneceram isolados entre si durante todo o fenômeno . É importante perceber que não haverá nenhuma carga presente na região sombreada da coroa circular da esfera oca (v. figura). Nessa esfera, obrigatoriamente, todas as cargas distribuir-se-ão apenas ou na sua superfície interna, ou na sua superfície externa. 8.7) Corpo eletrizado no interior de uma cavidade metálica, em contato com a mesma: O que aconteceria com as cargas no sistema discutido anteriormente, se fosse feito contato entre as esferas, diretamente ou através de um fio condutor ? Ora, quando corpos metálicos são ligados entre si, para as cargas elétricas tudo se passa como se aqueles corpos agora constituíssem um único corpo metálico. Para onde vão todas as cargas num único corpo metálico em equilíbrio eletrostático ? Exatamente, vão para a superfície mais externa do novo condutor formado que, nesse caso, coincide com a superfície externa da esfera oca. Assim, a carga presente na superfície da esfera oca será: (+q) + ( q) + (Qq) = Qq O que aconteceria se colocássemos uma pequena esfera neutra no interior de uma esfera metálica oca eletrizada e fizéssemos contato entre elas através de um fio condutor ? Ora, Claudete está se referindo à figura acima: nenhuma carga passaria para a esfera interna, já que toda essa carga deseja ficar na superfície mais externa do novo condutor assim formado, conforme vimos anteriormente. Assim, a esfera interior permaneceria neutra . E se ligássemos à terra a superfície da esfera oca abaixo ? Analogamente, as cargas +q da superfície interna da esfera oca estão “amarradas” às cargas -q da esfera menor, devido à uma forte atração proporcionada pela indução total. Assim, somente as cargas da superfície externa da esfera oca serão neutralizadas pela subida ou descida de elétrons da terra, dependendo do sinal da carga (Qq) dessa superfície. A configuração final, no equilíbrio eletrostático, será a seguinte: Note que já não há mais cargas na superfície externa da esfera maior. No cômputo geral, tal esfera apresenta-se eletrizada positivamente, após a ligação á terra . Afffff.... esse tal de equilíbrio eletrostático era só isso ? Calminha, Claudete. Não é assim que se esfola um bode ! Na verdade, o conceito de equilíbrio eletrostático é mais amplo e traz consigo muitas conseqüências importantes, conforme veremos ao longo do curso de Eletrostática. Renato Brito Simétrico Pré-Universitário – Turma Saúde 10 – Especialista em Medicina ou Odontologia – www.simetrico.com.br - www.fisicaju.com.br 1 – Introdução A Lei de Coulomb nos diz que duas cargas pontuais exercem forças uma sobre a outra. Entretanto, a lei nada diz a respeito de como uma carga "sente" a presença distante da outra. Suponha que uma das cargas mova-se, subitamente, em direção à outra. De acordo com a Lei de Coulomb, a força sobre a segunda carga deve aumentar. Como a segunda carga 'sente' que a força exercida pela primeira deve aumentar ? Como a segunda carga "sente" que a primeira se moveu ? A chave para o entendimento desse tipo de comunicação entre cargas é o conceito de campo eletromagnético. Dizemos que a segunda carga 'sabe' que a primeira foi deslocada, através de uma perturbação do campo eletromagnético que atravessa o espaço entre elas com a velocidade da luz. Este conceito levou à percepção de que a luz é uma onda eletromagnética e que as ciências da Eletricidade, do Magnetismo e da Óptica devem ser reunidas num único corpo de conhecimento: o Eletromagnetismo. Entre as conseqüências práticas da idéia do campo eletromagnético estão a invenção do rádio, o desenvolvimento do radar e da televisão e um conhecimento amplo de instrumentos eletromagnéticos, como motores, geradores e transformadores. 2 – Entendendo Como Um Campo de Forças atua No início, os físicos pensavam que a força que atuava entre as partículas eletricamente carregadas fosse uma interação direta e instantânea entre as cargas. Podemos representar essa “ação à distância” como: carga carga [eq-1] Atualmente, interpretamos o campo elétrico como um agente intermediário entre as cargas. Assim, a carga elétrica A cria um campo elétrico à sua volta, sugerido pelo sombreado na figura 1. Este campo atua sobre a carga B, transmitindo até ela a força ABF elétrica que A exerce em B . Figura 1 – A carga A causa um campo elétrico em todo o espaço à sua volta, que atua sobre a carga B, imersa nesse campo, transmitindo até ela a força elétrica atrativa FAB. Entretanto, como essa interação é perfeitamente simétrica, podemos inverter os papéis das cargas A e B. Isso significa que também podemos dizer que B é que cria um campo elétrico à sua volta, sugerido pelo sombreado na figura 2. Este campo atua sobre a carga A, transmitindo até ela a força elétrica BAF que B exerce em A . Figura 2 – A carga B, por sua vez, causa um campo elétrico em todo o espaço à sua volta, que atua sobre a carga A, imersa nesse campo, transmitindo até ela a força elétrica atrativa FBA Note que, nas figuras 1 e 2, os campos elétricos criados pelas cargas A e B são diferentes, mas as forças que uma carga exerce sobre a outra são iguais em módulo e formam um par ação-reação, isto é, ABF = – BAF . Refletindo a respeito de como as cargas A e B exercem forças umas sobre as outras, vemos nossa tarefa dividida em duas partes: (1) o cálculo do campo criado por uma dada distribuição de cargas e (2) o cálculo da força que esse campo exercerá sobre uma carga nele colocada. Isto significa que, atualmente, raciocinamos em termos de: carga campo carga [eq-2] e não sob o ponto de vista da ação a distância entre as cargas, como sugeria [eq-1]. Um aspecto importantíssimo a ser salientado é o fato de que o campo causado por uma carga elétrica não age sobre ela mesma. Assim, na figura 1, o campo elétrico da carga A só atua sobre a carga B,ao passo que, na figura 2, o campo elétrico causado pela carga B só atua sobre a carga A. Ei, Renato Brito, mas por que uma carga não sofre a ação do campo causado por ela mesma ? Seria tão legal ! Claudete, se isso ocorresse, a carga exerceria força sobre si mesma e aceleraria por conta própria, violando a lei da Inércia de Newton. Entretanto, caso uma terceira carga C fosse colocada na presença das cargas A e B (figura 3), ela sofreria, ao mesmo tempo, os campos elétricos devidos a A e B , ou seja, o campo resultante da superposição deles. Capítu lo 13 Campo Elétr ico Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 13 Figura 3 – A carga C sofre a ação conjunta dos campos elétricos devidos a A e B e, logicamente, não sofre a ação do seu próprio campo. 3 – Definição do Vetor Campo Elétrico Considere que o planeta Terra causa, num ponto A nas suas imediações, um campo gravitacional de intensidade g. Se uma massa m for colocada nesse ponto, ficará sujeita a uma força gravitacional P (peso). A g m Sabemos que o campo gravitacional g pode ser dado por: m P g Analogamente, considere que uma carga elétrica fonte Q crie um campo elétrico em toda a região em torno de si. Q q carga fonte carga de prova p D Seja um ponto P desse campo-elétrico a uma distância D da carga-fonte. Se uma carga de prova q fica sujeita a uma força Fe quando colocada no ponto P, dizemos que o campo elétrico E nesse ponto é dado por: q F E e Assim, percebemos que: Uma massa m, quando imersa em um campo gravitacional g, sofre desse a ação de uma força gravitacional ( peso) dada por P = m.g; Uma carga q, quando imersa em um campo elétrico E, sofre desse a ação de uma força elétrica ( Fe) dada por Fe = q.E. Puxa ! Tudo se passa como se a força elétrica fosse uma espécie de "peso elétrico" , a carga elétrica fosse uma espécie de "massa elétrica" e o campo elétrico fosse como uma "gravidade elétrica" ? Exatamente, Claudete ! A Mecânica e a eletricidade são perfeitamente análogas. 4 – Características do Vetor Campo Elétrico Módulo: E = F |q| . O módulo ou intensidade do campo elétrico, no SI, é medido em N/C. Direção: A mesma da força F . Sentido: Afastamento em relação à carga-fonte, se esta for positiva; e aproximação se a carga-fonte for negativa. A figura abaixo ilustra a direção e o sentido do vetor campo-elétrico devido a uma carga-fonte +Q positiva: Figura 4 - A carga fonte +Q exerce uma força F atrativa sobre a carga de prova negativa –q ; e uma força repulsiva F sobre a carga de carga positiva +q . Independente do sinal da carga de prova q, o campo elétrico E causado pela carga fonte +Q diverge dela. A figura abaixo ilustra a direção e o sentido do vetor campo-elétrico devido a uma carga-fonte –Q negativa: Figura 5 - A carga fonte –Q exerce uma força F atrativa sobre a carga de prova positiva + q ; e uma força repulsiva F sobre a carga de carga negativa q . Independente do sinal da carga de prova q, o campo elétrico E causado pela carga fonte –Q converge para ela. Pelas ilustrações anteriores, podemos tirar algumas conclusões importantes: Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 14 Cargas-fonte: o campo elétrico causado por cargas-fonte positivas +Q diverge delas, ao passo que o campo elétrico causado por cargas-fonte negativas –Q converge para elas, independente do sinal da carga de prova q. Cargas de prova: As cargas de prova positivas +q sofrem força elétrica Fe na mesma direção e no mesmo sentido do campo elétrico E que age sobre elas (veja figura abaixo). As cargas de prova negativas –q sofrem força elétrica Fe na mesma direção e sentido oposto ao do campo elétrico E que age sobre elas, como mostra a figura abaixo: +q E Fe -q E Fe 5 - Campo Elétrico gerado por uma Carga Puntiforme Consideremos, agora, o caso em que o campo elétrico é criado por uma partícula eletrizada com carga Q: E d P Q + E d P Q - Para calcular o módulo do vetor campo elétrico num ponto P situado a uma distância d da carga fonte Q, imaginemos uma carga de prova q nesse ponto. Nessa carga de prova atua uma força, cuja intensidade é dada pela lei de Coulomb: F = K |Q q| d 2 (I) O módulo do vetor campo elétrico é dado por: E = F |q| (II) Substituindo (I) em (II), obtemos: E = K |Q| d 2 Podemos observar, nessa expressão, que o módulo do vetor campo elétrico E depende de três fatores: a carga elétrica Q, fonte do campo; a distância d do ponto considerado à carga fonte Q; o meio (recorde-se que K é a constante eletrostática que depende do meio). Observemos, porém, que o módulo de E não depende da carga de prova q. A representação gráfica do módulo do vetor campo E , em função da distância entre o ponto considerado e a carga fonte Q, é a curva mostrada na figura a seguir. Isso porque a variação de E ocorre com o inverso do quadrado da distância. E = K |Q| d 2 E 0 d O gráfico representa o módulo do vetor campo E, criado por uma partícula eletrizada com carga Q, em função da distância d. É importante observar que, no ponto onde se encontra a carga fonte Q, o vetor campo elétrico devido a ela é nulo, em virtude da distribuição simétrica desse vetor em torno do ponto. Se isto não fosse verdade, Q poderia acelerar-se sob a ação de seu próprio campo, o que é absurdo: um corpo não pode, por si só, alterar sua velocidade (Princípio da Inércia). Assim, pode-se dizer que: Uma partícula eletrizada gera campo elétrico na região do espaço que a circunda, porém, no ponto onde foi colocada o vetor campo, devido à própria partícula, é nulo. Essa afirmativa leva-nos a concluir que uma carga de prova, ao ser colocada num ponto qualquer de um campo elétrico, não altera o campo existente nesse ponto. Assim, o vetor campo elétrico, num ponto, independe da carga de prova que possa existir ali. 6 – Linhas de Força do Campo Elétrico As linhas de força do campo elétrico são uma representação gráfica desse campo. Michael Faraday (1791-1867) foi quem introduziu o conceito de campo e sempre imaginou o espaço em torno de um corpo carregado sendo preenchido por linhas. Estas representam, ainda hoje em dia, um modo conveniente de visualizarmos a configuração dos campos elétricos. Elas serão utilizadas com essa finalidade, mas não as empregaremos no sentido quantitativo. Em qualquer ponto do campo, o vetor do corpo E é tangente a uma das curvas. As linhas do campo elétrico são também chamadas linhas de força, pois mostram, em cada ponto, a direção da força que se exerce sobre uma carga de prova positiva. De qualquer ponto ocupado por uma carga positiva, as linhas de força se irradiam para fora, pois o campo aponta radialmente para além da carga. As linhas do campo elétrico, ao contrário, convergem para qualquer ponto ocupado por uma carga negativa. Figura 6 – campo elétrico causado por uma carga elétrica negativa isolada Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 15 A figura 6 mostra as linhas do campo elétrico de uma única carga puntiforme negativa. Quanto mais concentradas forem as linhas, mais intenso será o campo. O campo elétrico numa dada região do espaço é tanto maior quanto maior for a densidade de linhas de força naquela região. Consideremos a figura a seguir, que representa, através de linhas de força, uma região onde existe um campo elétrico: Figura 7 – o campo elétrico é mais intenso onde as linhas de campo estão mais concentradas, isto é, onde há maior densidade de linhasPartindo desse exemplo, podemos dizer que a intensidade do vetor campo elétrico é maior no ponto B e menor no ponto A: E > E > EB C A Observemos que a intensidade do campo elétrico é maior na região de maior densidade de linhas de força e menor na região de menor densidade de linhas de força. Deve-se entender por densidade de linhas de força como sendo a quantidade dessas linhas que “perfuram” cada unidade de área de um plano perpendicular a elas, na região considerada. . . . . . . . . . . . . . Região P Região Q Neste outro exemplo, considerando que os pontos indicados pertencem a linhas de força que perfuram o plano do papel, pode- se afirmar que: E > EQ P A figura 8 mostra as linhas do campo elétrico de duas cargas puntiformes positivas q separadas por pequena distância. Nas vizinhanças de cada carga, o campo coincide, aproximadamente, com o campo de uma carga isolada, pois a outra carga está muito afastada. As linhas do campo são, nesta região, radialmente dispostas e estão igualmente espaçadas. Como as cargas são iguais, o número de linhas que partem de uma é igual ao número de linhas que partem da outra. A distâncias muito grandes das cargas os detalhes do sistema não têm importância, e o sistema se assemelha a uma carga puntiforme de módulo 2q. Examinando a figura, é fácil perceber que o campo elétrico na região entre as cargas é muito fraco, pois são poucas as linhas de força nesta região, em comparação com as linhas do campo à direita ou à esquerda das cargas. E claro que se pode confirmar esta afirmação pelo cálculo do ponto nos campos dessa região. Figura 8 – campo elétrico causado por um par de cargas idênticas. A concentração de linhas na região entre as cargas é muito pequena, revelando que o campo elétrico ali é muito fraco. A figura 9 exibe as linhas do campo elétrico de um par de cargas de mesmo valor e sinais contrários +Q e –Q, o chamado dipolo elétrico. Nas proximidades da carga positiva, as linhas são radiais para fora. Nas vizinhanças de carga negativa, são radiais para dentro. Figura 9 – campo elétrico causado por um dipolo elétrico Como as duas cargas têm valores iguais, o número de linhas que principiam na carga positiva é igual ao de linhas que terminam na negativa. Neste caso, o campo é intenso na região entre as cargas, como se percebe pela alta densidade de linhas de força nesta região da figura. Embora não seja freqüente o uso de linhas de força quantitativamente, elas são muito úteis para uma rápida visualização do campo. Podemos quase "ver" as cargas se repelindo na figura 8 e se atraindo na figura 9. A figura 10 mostra as linhas do campo elétrico de uma carga negativa -q nas proximidades de uma carga positiva +2q. Da carga positiva saem duas vezes mais linhas de força do que entram na carga negativa. Portanto, metade das linhas que começam na carga positiva +2q (a) entra na carga negativa –q. O restante sai do sistema. Nos pontos muito distantes das cargas, as linhas que saem do sistema estão regularmente espaçadas e orientadas Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 16 radialmente, como se fossem as linhas do campo de uma carga puntiforme positiva +q. Figura 10 – campo elétrico causado por duas cargas +2q e –q. Note que a quantidade de linhas que parte da carga +2q (16 linhas, conte agora) é o dobro da quantidade de linhas que chegam até a carga –q (8 linhas, confira). Essa proporção sempre ocorrerá. 7 - Densidade Superficial de Cargas No processo de eletrização de um condutor, ocorre uma movimentação de portadores de carga elétrica até que o corpo atinja o chamado equilíbrio eletrostático, situação em que todos os portadores responsáveis pela eletrização acomodam-se em posições convenientes. Essa acomodação se dá, como já foi dito, na superfície externa do condutor. Por definição, a densidade superficial média de cargas (m) desse condutor é dada pelo quociente da carga elétrica Q pela área A: m = Q A A densidade superficial de cargas é uma grandeza física dotada do mesmo sinal da carga Q, tendo por unidade, no SI, C/m2. O termo média, na densidade superficial de cargas, é usado porque em geral as cargas elétricas não se distribuem de maneira uniforme sobre a superfície externa do condutor. Experimentalmente, observa-se que a concentração de cargas é maior nas regiões em que o corpo possui menor raio de curvatura, isto é, onde o corpo torna-se mais pontiagudo. 8 – O Poder das Pontas Verifica-se que num condutor eletrizado o acúmulo de cargas por unidade de área (densidade superficial de cargas) é maior nas pontas. Experimentalmente, comprova-se que são válidas as seguintes observações: É difícil manter eletrizado um condutor que tenha regiões pontiagudas, pois as pontas perdem cargas com maior facilidade do que outras regiões. Na interação entre condutores eletrizados, observa-se que as pontas agem de forma muito mais expressiva que as demais regiões. A esse conjunto de observações dá-se o nome de poder das pontas. Uma aplicação prática disso é a utilização de pára-raios pontiagudos sobre prédios para protegê-los de descargas elétricas, visto que tais descargas ocorrem preferencialmente através de regiões pontiagudas. É por isso que em dias de tempestade é mais seguro não ficar abrigado sob árvores. As árvores funcionam como “pontas” no relevo terrestre e são alvos procurados pelos raios e descargas elétricas. Ei, prôfi, quer dizer que nas regiões mais ponteagudas dos corpos, teremos mais cargas ali, teremos mais coulombs ali ? Calminha, Claudete. Não teremos mais coulombs nas pontas não ! Nas pontas teremos mais coulombs por metro quadrado, entende ? Maior densidade de cargas ! Não confunda ok ? 9 - Campo Elétrico Uniforme Se num local onde existe um campo elétrico encontramos uma região onde o vetor representativo do campo é constante, nesse local o campo elétrico é denominado uniforme. Campo elétrico uniforme é uma região do espaço onde o vetor representativo do campo ( r E ) tem, em todos os pontos, a mesma direção, o mesmo sentido e o mesmo módulo. Num campo elétrico uniforme, as linhas de força são sempre retilíneas, paralelas e igualmente espaçadas. Em outras palavras, o número de linhas de força que “perfuram” cada unidade de área de um plano perpendicular a essas linhas é constante. E E E E E Na ilustração, observamos as linhas de força de um campo elétrico uniforme, representadas lateral e frontalmente. CAMPO ELÉTRICO UNIFORME + + + + + + + + + + A B E = E = 2 A B Independe da distância do ponto até a placa Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 17 Na ilustração anterior, se a placa fosse negativa, inverter-se-iam apenas os sentidos das linhas do campo elétrico. As linhas continuariam paralelas e eqüidistantes, evidenciando um campo elétrico uniforme. Consideremos, agora, duas placas condutoras planas e idênticas, sendo uma eletrizada com carga positiva e a outra com carga negativa. Admitamos, ainda, que as placas têm cargas de módulos iguais. Desse modo, a densidade superficial de cargas () será a mesma, em valor absoluto, para ambas as placas. Colocando as placas de frente uma para a outra, de modo que a distância entre elas seja pequena, obtemos três regiões: duas externas, onde o campo elétrico é nulo, e uma, entre as placas, onde o campo elétrico é uniforme e de módulo: E = | | A demonstração desse fato não é difícil. Para tanto, representam- se os planos eletrizados A e B e os pontos P, Q e R: E B + + + + + + + + + + + + - - - - - - - - - - - - P E A E PE B BA E A E B R E A Q Como vimos anteriormente, cada placa eletrizada cria um campouniforme, sendo o de afastamento criado pela placa positiva e o de aproximação criado pela placa negativa. Uma vez que as densidades superficiais () são iguais em módulo e que as placas estão no mesmo meio, tem-se que: E = E = | | 2 A B Assim, nos pontos Q e R, que pertencem às regiões externas, o campo elétrico resultante é nulo. No entanto, na região interna às placas o campo elétrico é uniforme, sendo dado por: E = E + E = | | 2 + | | 2 P A B E = | | P Campo na região entre as placas A principal maneira de se conseguir uma região com campo elétrico uniforme é através da distribuição plana, uniforme e infinita de partículas eletrizadas, que passaremos a estudar. 10 - Cargas sujeitas a campos elétricos uniformes Nesse ponto, sabemos que um campo uniforme é um campo cuja intensidade é constante numa dada região. Por exemplo, o campo gravitacional g em toda sua sala é uniforme, motivo pelo qual, seu peso P é constante em qualquer lugar dessa sala, quer próximo à porta, quer em pé sobre a mesa, já que P = mg, sendo m e g constantes em toda a sala. Assim, quando deixamos cair um copo, durante sua queda, esse corpo fica sujeito a uma única força , constante, que é seu peso P. Corpos que se deslocam sob ação de uma força resultante F=P constante, também ficam sujeitos a uma aceleração constante a, já que F=m.a. Por esse motivo, sendo a constante durante toda sua queda, seu movimento será um MUV, conforme aprendemos no curso de Cinemática. Corpos em queda livre num campo gravitacional uniforme ficam sujeitos a uma força resultante constante P e, portanto, sujeitos a uma aceleração constante a=g, por isso seu movimento é um MUV. Assim, concluímos que pelo fato do campo gravitacional ser uniforme numa dada região, corpos abandonados ali deslocar-se- ão em queda livre (MUV), com aceleração constante a=g. O mesmo raciocínio pode ser feito, quando imaginamos cargas q abandonadas num campo elétrico uniforme (constante) E. Cargas abandonadas num campo elétrico uniforme ficam sujeitas a ação de forças elétricas F= q.E constantes, independente da posição destas no campo E, já que a intensidade de um campo uniforme é a mesma em qualquer posição do espaço. Ou seja, F1 = F2 = F3 . Desprezando o peso das partículas na figura acima, cada uma destas fica sujeita apenas a uma força elétrica constante F1=F2=F3=q.E ao longo do seu deslocamento pelo espaço. Isso só é verdade pelo fato de que E terá o mesmo valor em qualquer ponto do espaço, visto que o campo é uniforme. Sendo constante a força resultante Fr sobre tais cargas, e lembrando que Fr = m.a, concluímos que também será constante a aceleração resultante sobre tais partículas: m q.E a m q.E m Fe m Fr a Portanto, seu movimento será um MUV, da mesma forma que um corpo, quando abandonado em queda livre num campo gravitacional uniforme. Note, na figura anterior, que embora a carga 1 esteja mais próxima da placa do que a carga 3, a força de repulsão que a placa exerce sobre essas cargas é a mesma (F1 = F3 = q.E), já que o campo elétrico E é constante em qualquer ponto da região em torno da placa. Isso é análogo ao fato de que seu peso é o mesmo, independente de você estar a 1 metro ou a 5 metros de distância do chão de sua sala. Em ambos os casos o campo é uniforme. Conclusão: Cargas abandonadas em um campo uniforme se deslocam em MUV. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 18 11 - Polarização de um Isolante (dielétrico) Como você já deve ter estudado em seu curso de Química, algumas substâncias (como a água, por exemplo) apresentam moléculas denominadas moléculas polares. Nestas moléculas, o centro das cargas positivas não coincide com o centro das cargas negativas havendo, portanto, uma assimetria na distribuição de cargas na molécula, como mostra a figura a seguir: Molécula polar – o centro de cargas positivas não coincide com o centro de cargas negativas Molécula Apolar – o centro de cargas positivas coincide com o centro de cargas negativa As substâncias cujas moléculas possuem as cargas elétricas distribuídas simetricamente são denominadas apolares. Consideremos um dielétrico AB, não eletrizado, cujas moléculas são polares, afastado de influências elétricas externas. Figura 1a Nestas condições, as moléculas desta substância estão distribuídas ao acaso, como está representado na figura 1a. Aproximando-se, deste dielétrico, um corpo eletrizado (por exemplo, com carga positiva), a carga deste corpo atuará sobre as moléculas do isolante, fazendo com que elas se orientem, alinhando-se da maneira mostrada na figura a seguir: Figura 1b Quando isto ocorre, dizemos que o dielétrico está polarizado. Devemos notar que, embora a carga total no dielétrico seja nula, a polarização faz aparecer cargas elétricas de sinais contrários nas extremidades A e B (figura 1c), de maneira semelhante ao que ocorria na indução eletrostática de um condutor. São as chamadas “cargas de polarização”. Figura 1c Se o dielétrico AB fosse constituído por moléculas apoIares, o mesmo efeito final seria observado, pois, com a aproximação do corpo eletrizado, as moléculas se tornariam polares e conseqüentemente se alinhariam da mesma forma. A figura 2 mostra uma placa eletrizada produzindo um campo elétrico uniforme E através do vácuo. Colocando-se um dielétrico no interior desse campo, suas moléculas se orientarão na mesma direção dele e diremos que o dielétrico, então, está polarizado (figura 3). E Figura 2 - campo elétrico causado por uma placa eletrizada através do vácuo. E E P Figura 3 - cargas de polarização causam o campo elétrico EP que se opõe ao campo elétrico que originou a polarização. Conforme vimos na figura 1c, a polarização faz aparecer as chamadas “cargas de polarização” nas extremidades do dielétrico, semelhante ao processo de indução eletrostática. Essas cargas de polarização (cargas brancas na figura 3), por sua vez, causam um campo de polarização EP no interior do dielétrico que tende a enfraquecer o campo elétrico E que originou a polarização (figura 3). O efeito global, no interior do dielétrico polarizado, é a superposição desses dois campos para resultar um campo ER mais fraco que o original E. Assim, podemos dizer que a polarização do dielétrico leva a uma redução do campo elétrico que o atravessa. E R Figura 4 – O campo elétrico resultante ER através do dielétrico acaba sendo mais fraco que o original E, devido à polarização. É por isso que a intensidade de um campo elétrico não depende exclusivamente da carga fonte que cria o campo, mas também do meio através do qual ele irá se propagar. Essa influência do meio é computada através de uma propriedade física denominada permissividade elétrica do meio, representada pela letra (epson). 12 – O Significado Físico da Permissividade Elétrica A permissividade elétrica é característica de cada meio, e figura em todas as expressões para cálculos de campo elétrico, como na expressão [eq-1] do campo devido a uma carga puntiforme e na expressão [eq-2] do campo elétrico devido a um plano de cargas. E = 2d Q . ..4 1 , onde ..4 1 = K [eq-1] Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 19 E = .2 , com = A Q (C / m2) [eq-2] Essas expressões mostram que, quanto maior a permissividade elétrica do meio, menor é a intensidade do campo elétrico E que se estabeleceráatravés dele. Afff.. profinho, mas o que isso tem a ver com a polarização do meio que o senhor tava falando antes ? Amiga Claudete, a permissividade elétrica de uma substância é uma medida da polarizabilidade das suas moléculas, isto é, sua capacidade de se orientar de tal modo a "neutralizar" uma determinada carga ou campo elétrico no seu interior, como mostra a figura 3, lembra ? Dielétricos que são bastante polares (grande momento de dipolo) e cujas moléculas apresentam boa mobilidade para sofrerem polarização sob ação de um campo elétrico externo, tendem a apresentar grandes permissividades elétricas . Quanto maior a permissividade elétrica de um meio, mais cargas de polarização surgem quando ele é polarizado, mais intenso é o campo elétrico EP devido a essas cargas, menor é o campo elétrico ER que resultará nesse meio (figuras 3 e 4). O vácuo é um meio não material, portanto, não apresenta moléculas que possam ser polarizadas sob ação de um campo externo. É por esse motivo que a permissividade elétrica do vácuo é a menor de todas ( o = 8,85.10–12 no SI), afinal, qualquer outro meio apresenta mais matéria que o vácuo . Se um meio tem uma permissividade elétrica k vezes maior que a do vácuo ( = k.o), uma carga elétrica colocada nesse meio gera um campo K vezes mais fraco que o que ela geraria no vácuo. A constante k ( = k.o) é chamada de constante dielétrica do meio. A constante dielétrica da água vale k = 80, significa que agua = 80.o e, portanto, cargas elétricas mergulhadas na água geram campos 80 vezes mais fracos que gerariam no vácuo , por causa da polarização dela ! Assim, a polarização do dielétrico é o que faz com que a intensidade do campo elétrico que se propaga através de um meio também seja dependente das características elétricas desse meio. 13 – Como a água dissolve as substância polares ? Os alquimistas sonharam com um solvente universal, um líquido que dissolvesse qualquer coisa (e é provavelmente uma felicidade que não exista nenhum. Como ele poderia ser armazenado?). Apesar do fato da água ser a substância mais comum na superfície da terra, este líquido tem algumas propriedades raras. Uma das mais importantes destas é a sua habilidade para dissolver muitos tipos de substâncias. Embora não sendo o solvente universal, uma vez imaginado, a água dissolve muitos compostos iônicos, muitas substâncias polares, orgânicas e inorgânicas e mesmo algumas substâncias de baixa polaridade com as quais pode formar interações específicas. Uma razão para a água dissolver substâncias iônicas é a sua capacidade de estabilizar os íons em solução, mantendo-os separados uns dos outros. Isto é devido principalmente à alta permissividade elétrica da água. figura 5 A figura 5 mostra um par de íons Na+ e Cl– no vácuo (meio não polarizável) e a figura 6 mostra esse mesmo par de íons na água, um meio de permissividade elétrica 80 vezes maior que a do vácuo. Assim, devido à polarização da água, a força F entre os íons do NaCl, quando este sal é dissociado em água, é enfraquecida a um octogésimo do seu valor no estado sólido (cristalino). Essa enorme redução da força entre eles permite que esses íons sejam individualmente estáveis em água e permaneçam dissociados, disseminados entre as moléculas de água, sem se aglutinarem novamente. Uma interpretação alternativa é a seguinte: a cargas de polarização surgem aos pares, uma positiva e outra negativa, e se dispõem como na figura 6. No seio do dielétrico, a carga elétrica resultante é nula em cada porção dele, mas junto ao íon só há cargas de polarização de sinal oposto ao do respectivo íon. O efeito disso é uma “neutralização aparente” dessa carga do íon. Por exemplo, se esse íon tivesse uma carga +100.e e as cargas de polarização ao redor dele somam –70.e , a carga elétrica efetiva dele passa a valer apenas +30.e. figura 6 - água polarizada, formando as famosas gaiolas de solvatação, reduzindo a interação elétrica entre os íons a 1/80 do que seria no vácuo. Daí, quando dizemos que “solvente polar dissolve soluto polar”, estamos dizendo que o meio polar tem uma permissividade elétrica suficientemente grande, para blindar a atração eletrostática entre aqueles íons, garantindo a estabilidade deles em solução. Meios apolares, como óleo de cozinha, não propiciam tamanha redução na força eletrostática entre os íons Na+ e Cl– (têm baixa permissividade) e, portanto, não consegue mantê-los estáveis individualmente, não consegue mantê-los afastados, em suma, não consegue dissolver o sal NaCl. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 20 Pensando em Classe Pensando em Classe Questão 1 (FATEC) Um bastão isolado é capaz de permanecer eletrizado em uma de suas extremidades e neutro na outra extremidade. Isto será possível : a) se o bastão for de metal. b) apenas se o bastão for de vidro. c) se o bastão for de metal, mas muito comprido. d) se o bastão for de metal, mas receber pequena quantidade de carga. e) se o bastão for feito de qualquer isolante Questão 2 (PUCCAMP-SP) Dispõe-se de uma barra de vidro, um pano de lã e duas pequenas esferas condutoras, A e B, apoiadas em suportes isolados, todos eletricamente neutros. Atrita-se a barra de vidro com o pano de lã; a seguir coloca-se a barra de vidro em contato com a esfera A e o pano com a esfera B. Após essas operações: a) o pano de lã e a barra de vidro estarão neutros; b) o pano de lã atrairá a esfera A; c) as esferas A e B continuarão neutras; d) a barra de vidro repelirá a esfera B; e) as esferas A e B se repelirão. Questão 3 (FGV-SP) Uma pequena esfera de isopor (B), pintada com tinta metálica, é atraída por outra esfera maior (A), também metalizada. Tanto A como B estão eletricamente isoladas. Este ensaio permite afirmar que: a) As esferas têm cargas de sinais contrários b) B possui carga positiva c) as cargas elétricas em A e em B são de mesmo sinal. d) A possui carga positiva e) A pode estar neutra B A Questão 4 A figura abaixo mostra as esferas metálicas A e B, de raios 3R e R, neutras, montadas em suportes isolantes. Elas estão em contato, de modo a formarem um único condutor descarregado. Um bastão isolante, carregado com carga negativa, -Q, é trazido para perto da esfera A, sem tocá-la. Em seguida, com o bastão na mesma posição, as duas esferas são separadas. Sobre as cargas finais QA e QB de cada esfera, pode-se afirmar que: a) QA > 0, QB < 0 e |QA| = 3.|QB| b) QA > 0, QB < 0 e |QA| = |QB| c) QA > 0, QB < 0 e |QA| = |QB| / 3 d) QA < 0, QB > 0 e |QA| = |QB| e) QA = QB = 0 A B Questão 5 (UECE) Um cone maciço de ferro está carregado eletricamente, isolado por uma haste de vidro que se prende à sua base. É correto afirmar: a) A carga elétrica concentra-se no centro de gravidade do cone; b) A carga elétrica distribui-se apenas na base do cone; c) A carga elétrica distribui-se apenas em torno do vértice do cone; d) A carga elétrica é nula no interior do cone. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 21 Questão 6 (UNIFOR) Duas pequenas esferas condutoras idênticas estão eletrizadas com cargas de +6,0C e –10C, respectivamente. Colocando-se as esferas em contato, o número de elétrons que passam de uma esfera para a outra vale: Dado: carga elementar e = 1,6.1019C a) 5,0. 1013 b) 4,0 .1013 c) 2,5 .1013 d) 4,0 .106 e) 2,0 .106 Questão 7 Sejam 5 pequenas esferas condutoras a, b, c, d e x de mesmo raio, das quais apenas a esfera x encontra-se eletrizada. Após fazer contatos sucessivos da esfera x com cada uma das demais esferas, percebe-se que a esfera b adquire uma carga de 24 C a mais que a esfera d.O prof Renato Brito pede para você determinar a carga final da esfera x : a) 4 C b) 8 C c) 12 C d) 16 C e) 32 C a b c d x Questão 8 Uma pequena esfera condutora A de raio 2 cm, maciça, eletrizada com carga –4C, está no interior de uma casca esférica metálica B de raio 6 cm, eletrizada com carga + 16C. Um fio isolante que passa por pequeno orifício permite descer a esfera A até que encoste na casca esférica B. a) quais as cargas finais de cada esfera, após esse contato interno ? b) caso o contato tivesse ocorrido externamente, quais as cargas finais adquiridas por cada esfera ? Questão 9 O prof Renato Brito conta que existe um plano onde se encontra fixa uma carga +Q fonte de campo elétrico. Quando uma carga de prova +q é posicionada num ponto A do plano, é repelida pela carga fonte com uma força FA de intensidade 50 N. Quando levada para o ponto B do plano, a referida carga de prova +q passa a ser repelida pela carga fonte com uma força FB indicada na figura. Assim, quando a carga de prova é finalmente posicionada no ponto C, sofrerá uma força elétrica repulsiva de intensidade: a) 40 N b) 36 N c) 27 N d) 18 N e) 12 N C F A F B +q +q A B +q Questão 10 Na figura abaixo, duas bolinhas de mesma massa e cargas elétricas positivas idênticas q = +12C estão suspensas a um mesmo ponto por fios de mesmo comprimento L = 1m. Sabendo que a gravidade local vale g = 10 m/s², a constante eletrostática do meio vale K = 9.109 (no SI) e as partículas encontram- se em equilíbrio, determine a massa das partículas. Dados: sen = 0,6 e cos = 0,8 LL +q +q Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 22 Questão 11 (UFJF-MG) Quatro cargas elétricas iguais de módulo q estão situadas nos vértices de um quadrado, como mostra a figura. Qual deve ser o módulo da carga Q de sinal contrário que é necessário colocar no centro do quadrado para que todo o sistema de cargas fique em equilíbrio? + qq q q Q Questão 12 Três pequenas esferas isoladas, carregadas com cargas idênticas, estão localizadas como mostra a figura. A força (resultante) exercida sobre a esfera B, pelas esferas A e C, é de 54N. Qual a força (resultante) exercida sobre a esfera A ? a) 80N b) 32N c) 36N d) 27N e) 9N Questão 13 (Inatel-MG) Uma partícula de massa m, carregada com quantidade de carga Q, negativa, gira em órbita circular em torno de uma partícula de massa M, carregada com quantidade de carga Q, positiva. Sabendo que o raio da órbita é r, determine: a) a intensidade da velocidade V em função de K, Q, m e r; b) o período do movimento. r +Q -Q M m V Questão 14 O prof Renato Brito conta que duas esferas A e B condutoras de raios 2R e R e cargas elétricas +Q e –2Q estão separadas a uma grande distância D e que se atraem mutuamente com uma força elétrica de intensidade F = 9 N. Se as esferas forem postas em contato e separadas, novamente, a uma distância D, passarão a: a) se repelir com uma força elétrica de 1N b) se repelir com uma força elétrica de 2N c) se repelir com uma força elétrica de 4N d) se repelir com uma força elétrica de 8N e) se repelir com uma força elétrica de 9N Questão 15 (Med. Marília-SP) A figura mostra quatro cargas pontuais, colocadas nos vértices de um quadrado. O vetor-campo-elétrico produzido por estas cargas no ponto p tem direção e sentido dados por: a) b) c) d) e) Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 23 Questão 16 (Cesgranrio-RJ) Duas cargas elétricas pontuais, de mesmo valor e de sinais opostos, encontram-se em dois dos vértices de um triângulo eqüilátero. No ponto médio entre esses dois vértices, o módulo do campo elétrico resultante devido às duas cargas vale X. Qual o valor do módulo do campo elétrico no terceiro vértice do triângulo? a) X/2 b) X/3 c) X/4 d) X/6 e) X/8 Questão 17 Na distribuição de cargas elétricas representadas na figura, onde devemos colocar uma 3ª carga elétrica, para ela ficar em equilíbrio ? Qual deve ser o sinal dessa carga ? a) entre as cargas e no centro. b) entre as cargas e a 0,3 m de q. c) a 2 m de – 4q e à sua direita. d) a 1m de q e à sua esquerda. e) a 4 m de q e à sua esquerda. d = 1 m +q -4q Questão 18 A figura mostra duas cargas fixas ao longo de um eixo. Em qual posição se deve colocar uma terceira Q, para que ela permaneça em equilíbrio ? a) entre as cargas, a 5cm da carga +q b) entre as cargas e a 10cm de +q. c) à esquerda de +q , a 5 cm dessa carga. d) a 8 cm +q e à sua esquerda. e) a 8 cm de +4q e à sua direita. d = 15 cm +q +4q Questão 19 Duas grandes placas planas paralelas têm área A e estão uniformemente eletrizadas com cargas opostas +q e –q. Considerando que a distância entre elas vale D e que o meio entre as placas tem permissividade elétrica , o prof Renato Brito pede para você determinar a força de atração entre as placas : a) D.A..2 q2 b) 2 2 D.A..2 q c) D.A. q2 d) A. q2 e) A..2 q2 Questão 20 Uma partícula de massa m = 6g e carga q = +3C foi lançada com velocidade inicial Vo numa direção normal a uma placa eletrizada uniformemente com carga positiva. A partícula, freada pelo campo elétrico da placa, de intensidade E = 4000 N/C, percorre uma distância D = 9 m até parar. Desprezando efeitos gravitacionais, a velocidade inicial Vo da carga vale: a) 2 m/s b) 4 m/s c) 6 m/s d) 8 m/s e) 10 m/s Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 24 Questão 21 Uma carga de prova +q positiva é abandonada nas proximidades de uma carga fonte +Q fixa numa certa região do espaço. O efeito da gravidade é desprezível. Durante o movimento posterior da carga de prova, quais gráficos abaixo representam respectivamente o comportamento da força que age sobre ela, da sua aceleração e da sua velocidade da partícula em função do tempo ? a) I, I e II b) I, I e IV c) II, II e II d) I, II e III e) II, II e IV E +Q +q fixa tempo (I) tempo (II) tempo (III) tempo (IV) Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 25 Pensando em Casa Pensando em Casa Questão 1 (UNESP-SP) De acordo com o modelo atômico atual, os prótons e nêutrons não são mais considerados partículas elementares. Eles seriam formados de três partículas ainda menores, os quarks. Admite-se a existência de 12 quarks na natureza, mas só dois tipos formam os prótons e nêutrons, o quark up (u), de carga elétrica positiva, igual a 2/3 do valor da carga do elétron, e o quark down (d), de carga negativa, igual a 1/3 do valor da carga do elétron. A partir dessas informações, assinale a alternativa que apresenta corretamente a composição do próton e do nêutron. Próton Nêutron a) d,d,d u,u,u b) d,d,u u,u,d c) d,u,u u,d,d d) u,u,u d,d,d e) d,d,d d,d,d Questão 2 (PUC-SP) Tem-se três esferas metálicas A, B e C, inicialmente neutras. Atrita-se A com B, mantendo C a distância. Sabe-se que nesse processo, B ganha elétrons e que, logo após, as esferas são afastadas entre si de uma grande distância. Um bastão eletrizado positivamente é aproximado de cada esfera, sem toca-la. Podemos afirmar que haverá atração: a) apenas entre o bastão e a esfera B. b) entre o bastão e a esfera B e entre o bastão e a esfera C. c) apenas entre o bastão e a esfera C. d) entre o bastão e a esfera A e entre o bastão e a esfera B. e) entre o bastão e a esfera A eentre o bastão e a esfera C. Questão 3 (Eng. São Carlos-SP) Uma esfera de material isolante, recoberta com uma fina camada de grafite, que é condutora, é suspensa por um fio e trazida para as proximidades de uma placa metálica que apresenta um excesso de cargas positivas distribuídas na sua superfície conforme a figura abaixo.: Observa-se o seguinte: a) A bola é eletricamente neutra e não é afetada pela placa. b) A bola é atraída pela placa e permanece em contato. c) A bola é repelida pela placa. d) A bola é atraída pela placa e, ao tocá-la, é imediatamente repelida e) A bola adquire uma carga induzida negativa. Questão 4 (Cefet-PR) Um cubo é feito de alumínio e está eletrizado e em equilíbrio eletrostático. Quanto ao campo elétrico, podemos dizer que este é: a) mais intenso nas proximidades dos centros das faces do cubo. b) mais intenso nas proximidades dos centros das arestas do cubo. c) mais intenso nas proximidades dos vértices do cubo. d) de igual intensidade nas proximidades de qualquer parte do cubo. e) tão intenso nas proximidades quanto no seu interior. Questão 5 A figura mostra, em corte longitudinal, um objeto metálico oco eletrizado. A B C D E Em qual das regiões assinaladas há maior concentração de cargas? Questão 6 (Fuvest-SP) Aproxima-se uma barra eletrizada de duas esferas condutoras, inicialmente descarregadas e encostadas uma na outra, observa-se a distribuição de cargas esquematizadas na figura abaixo. + + + + + + + - - - - - - - - + + + + + Em seguida, sem tirar do lugar a barras eletrizada, afasta-se um pouco uma esfera da outra. Finalmente, sem mexer mais nas esferas, remove-se a barra, levando-a para muito longe das esferas. Nessa situação final, a figura que melhor representa a distribuição de cargas nas duas esferas é: a) - - - - - - -- + + + + + + + d) - - - - - - - - + + + + + ++ b) - - - - - - -- - - - - - - - - - ++ + + + + + + + + + + ++ e) ++ + + + + + + + + + + ++ ++ + + + + + + + + + + ++ c) ++ + + + + + + + + + + ++ Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 26 Questão 7 Uma pequena esfera de isopor B, recoberta por uma fina lâmina de alumínio, é atraída por outra esfera condutora A. tanto A como B estão eletricamente isoladas. BA Tal experimento permite afirmar que: a) a esfera A possui carga positiva. b) a esfera B possui carga negativa. c) a esfera A não pode estar neutra. d) as cargas elétricas existentes em A e B têm sinais opostos. e) pelo menos uma bola está eletrizada, podendo a outra estar neutra. Questão 8 Na figura abaixo, A é uma esfera condutora e B é uma pequena esfera de isopor, ligada a um fio flexível. Supondo que a situação indicada é de equilíbrio, analise as afirmativas a seguir: B A I. É possível que somente a esfera B esteja eletrizada. II. As esferas A e B devem estar eletrizadas. III. A esfera B pode estar neutra, mas a esfera A certamente está eletrizada. Para a resposta, utilize o código: a) A afirmação I está correta. b) Somente a afirmação II está correta. c) As afirmações II e III estão corretas. d) Somente a afirmação III está correta. e) Todas as afirmações estão corretas. Questão 9 (Fuvest-SP) Uma esfera condutora A, de peso P, eletrizada positivamente, é presa por um fio isolante que passa por uma roldana. A esfera A se aproxima, com velocidade constante, de uma esfera B, idêntica à anterior, mas neutra e isolada. A esfera A toca em B e, em seguida, é puxada para cima, com velocidade também constante. Quando A passa pelo ponto M a tração no fio é T1 na descida e T2 na subida. Podemos afirmar que: a) T1 < T2 < P. b) T1 < P < T2 c) T2 < T1 < P d) T2 < P < T1 e) P < T1 < T2 Dicas: 1) velocidade constante implica equilíbrio, lembra disso Aristóteles ? 2) indução eletrostática implica atração eletrostática (na descida). A M B Questão 10 (UFRS) Três esferas metálicas idênticas , x y, z, estão colocadas sobre suportes feitos de isolantes elétrico e y está ligada a terra por um fio condutor, conforme mostra a figura a seguir. x e y estão descarregadas, enquanto z está carregada com uma quantidade de carga elétrica q. Em condições ideais, faz-se a esfera z tocar primeiro a esfera x e depois a y. Logo após esse procedimento, as quantidades de carga elétrica nas esferas x, y e z, são, respectivamente: X Y Z a) 3 q , 3 q , 3 q b) 2 q , 2 q , 4 q c) 2 q , 2 q e nula d) 2 q , nula e 2 q e) 2 q , nula e nula Questão 11 Sejam A, B, C e D quatro pequenas esferas condutoras isoladas. Através de experiências laboratoriais, a aluna Mariana da Turma Saúde 10 percebeu que: I. A atrai B II. A repele C III. A atrai D IV. B atrai D Adicionalmente, seu amigo Leandro verificou, através de um eletroscópio, que a esfera D não está neutra. A partir desses fatos, Mônica pode concluir que: a) A e D podem se repelir. b) A está neutra. c) B e D têm sinais contrários. d) A e B têm sinais contrários. e) B está neutra. Questão 12 (UFPE 2002) Duas partículas de massas 2M e M têm cargas respectivamente iguais a +Q e +3Q. Sabendo-se que a força gravitacional é desprezível em comparação com a força elétrica, indique qual das figuras melhor representa as acelerações vetoriais das partículas. a) Q 3Q b) Q 3Q c) Q 3Q d) Q 3Q e) Q 3Q Pergunta conceitual: Qual delas sofre maior força elétrica, com base na 3ª lei de Newton (ação e reação) ? Qual delas tem mais massa ? Com base na 2ª lei de Newton (FR = m.a), qual delas sofrerá maior aceleração ? Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 27 Questão 13 Uma pequena esfera condutora de raio 2 cm, maciça, eletrizada com carga –4C, está no interior de uma casca esférica metálica de raio 5 cm, eletrizada com carga + 18C. Um fio isolante que passa por pequeno orifício permite descer a esfera A até que encoste na casca esférica B. a) quais as cargas finais de cada esfera, após esse contato ? b) caso o contato tivesse ocorrido externamente, quais as cargas finais adquiridas por cada esfera ? Questão 14 (Fuvest-SP) Três pequenas esferas carregadas com cargas de mesmo módulo, sendo A positiva e B e C negativa, estão presas nos vértices de um triângulo eqüilátero. No instante em que elas são soltas, simultaneamente, a direção e o sentido de suas acelerações serão mais bem representados pelo esquema: a) A BC b) A BC c) A BC d) A BC e) A BC Questão 15 (UEL-PR) Três partículas carregadas positivamente, cada uma com carga q, ocupam os vértices de um triângulo retângulo cujos catetos são iguais e medem d. Sabendo-se que as cargas estão num meio cuja constante eletrostática é k, a força elétrica resultante sobre a carga do ângulo reto é dada pela expressão: a) 2 2 d2 kq b) 2 2 d2 kq2 c) 2 2 d kq d) 2 2 d kq2 e) 2 2 d kq2 Questão 16 A figura mostra três cargas A, B e C de mesma intensidade Q posicionadas ao longo de um hexágono regular interagindo eletricamente com uma carga de prova positiva +q. O prof Renato Brito pede para você determinar a intensidade da força elétrica resultante sobre esta última, sabendo que ela é repelida pela carga A com uma força elétrica de intensidade F. a) F b) 2F c) 3F d) 4F e) 5F +q A B C Dica: Propriedade da resultante entre doss vetores que têm módulos iguais e formam 120o entre si. Questão 17 (FUVEST) Considere as três cargas pontuais representadas na figura por +Q, Q e +q. Determine o módulo da força eletrostática total que age sobre a carga q. +Q -Q +q 30 o 30 o R R Dica: Se dois vetores têm o mesmo módulo, a resultanteentre eles está na bissetriz. FR = F.cos30o + F.cos30o Semana 1 de 15 Assunto sugerido: Vetores e Cinemática Geral. REVISÃO SEMANAL PROGRAMADA Se você revisar um pouquinho a cada semana, não acumulará toda a revisão para a semana da véspera do vestibular, né verdade ? Questão 18 Uma carga elétrica +Q desconhecida encontra-se fixa no plano mostrado abaixo. Uma carga de prova +q, quando colocada nos pontos A e C desse plano, fica sujeita a forças elétricas repulsivas FA e FC de mesma intensidade 64 N, mostradas na figura abaixo. Assim, quando prof Renato Brito colocá-la no ponto B, a carga de prova +q fica sujeita a uma força elétrica de intensidade: A B C F A F C a) 80 N b) 64 N c) 36 N d) 90 N e) 120 N Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 28 Questão 19 (UFPE) Duas bolinhas iguais, carregadas negativamente, estão presas por fios de seda de 3 cm de comprimento a um ponto comum, como mostra a figura. Cada bola tem massa igual a 80 g. Qual a quantidade de carga das bolas para que os fios formem entre si 90o ? a) 4 .10–2 C. b) 4.10–4C. c) 4 .10–6 C. d) 4.10–7C. e) 4.10–8 C. 90º 3 cm 3 cm qq Dica: A massa precisa estar em kg, distâncias em metros. Questão 20 Três pequenas esferas isoladas, carregadas com cargas respectivamente +q, –q e +q estão localizadas como mostra a figura. A força (resultante) exercida sobre a esfera C pelas esferas A e B é de 5N. A força (resultante) exercida sobre as esferas A e B, valem, respectivamente: a) 32N, 27 N b) 30N, 45N c) 36N, 48N d) 27N, 36N e) 16N, 25N Questão 21 (Cescea-SP) Uma mola de constante elástica K = 400 N/m tem uma extremidade presa a um suporte fixo e a outra possui uma carga elétrica puntiforme, de massa desprezível, de +10C. Essa mola encontra-se permanentemente comprimida devido à presença de uma segunda carga elétrica q, localizada a uma distância d = 60 cm da primeira. Sabendo que a compressão permanente da mola vale x = 0,5 cm nesse equilíbrio, a carga q deve ser de: a) 16 C b) 8 C c) –12 C d) –36C e) 24C Questão 22 O prof Renato Brito conta que duas esferas A e B condutoras de raios 3R e 2R e cargas elétricas +2Q e –Q estão separadas a uma grande distância D e que se atraem mutuamente com um força elétrica de intensidade F = 50 N. Se as esferas forem postas em contato e separadas, novamente, a uma distância D, passarão a: a) se repelir com uma força elétrica de 2N b) se repelir com uma força elétrica de 4N c) se repelir com uma força elétrica de 6N d) se repelir com uma força elétrica de 8N e) se repelir com uma força elétrica de 9N Questão 23 (Fuvest-SP) Quatro cargas pontuais estão colocadas nos vértices de um quadrado. As duas cargas +Q e –Q têm mesmo valor absoluto e as outras duas, q1 e q2, são desconhecidas. A fim de determinar a natureza destas cargas, coloca-se uma carga de prova positiva no centro do quadrado e verifica-se que a força sobre ela é F, mostrada na figura. Podemos afirmar que: a) q1 > q2 > 0 b) q2 > q1 > 0 c) q1 + q2 > 0 d)q1 + q2 < 0 e) q1 = q2 > 0 F -Q +Q q 1 q 2 Carga de prova positiva Questão 24 (Mack-SP) Um modelo conhecido para o átomo de hidrogênio é o de um elétron de carga q girando em trajetória circular de raio R em torno do próton localizado no núcleo. Sendo k a constante eletrostática do vácuo, a energia cinética do elétron, nessas condições, é: a) 2 R.q.k.5 2 b) R q.k.2 2 c) 2 R.q.k.3 2 d) R.2 q.k 2 e) 4 R.q.k.5 2 Dica: encontre inicialmente a velocidade v do elétron, lembrando que a força elétrica é a força resultante centrípeta que age sobre o elétron. A energia cinética é dada por Ecin = m.v² / 2 . Questão 25 Duas pequenas esferas de carga +q e massa 600g cada, penduradas em cordões de comprimento L = 2 m , giram em movimento circular num plano horizontal com velocidade angular = 2 rad/s. Sendo g = 10 m/s2 a aceleração da gravidade, determine +q. (K = 9.109 e g = 10 m/s2) Dica: Colocação de forças num pêndulo cônico : uma prá cima, uma prá baixo, uma prá dentro e (eventualmente) uma prá fora , lembra ? Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 29 Questão 26 (UFRS) A figura representa os pontos A, B, C , D e E e duas cargas elétricas iguais e de sinais opostos, todos contidos no plano da página. Em qual dos pontos indicados na figura o campo elétrico é mais intenso? + - A B D E C Dica: Veja figura 9 página 15 Questão 27 (UFRS) A figura representa duas cargas elétricas positivas iguais e diversos pontos. As cargas e os pontos estão localizados no plano da página. Em qual dos pontos indicados na figura o campo elétrico é menos intenso? + + A E C D B Dica: Veja figura 8 página 15 Questão 28 (UF-RS) A figura representa as linhas de força do campo elétrico que existe em certa região do espaço. Sobre uma carga de prova positiva colocada em P agirá uma força : a) dirigida para A b) dirigida para B c) dirigida para C d) dirigida para D e) nula. A B P C D Questão 29 (Cesgranrio-RJ) Quatro cargas elétricas: três positivas e uma negativa, estão colocadas nos vértices de quadrado, como mostra a figura. O campo elétrico produzido por estas cargas no centro do quadrado é representado por: + 2q +q +q -2q a) + 2q +q +q -2q b) + 2q +q +q -2q c) + 2q +q +q -2q d) + 2q +q +q -2q Questão 30 A figura mostra uma estrela (hexágono regular estrelado) em cujos vértices encontram-se fixas 6 cargas elétricas puntiformes. O prof Renato Brito pede para você determinar qual dos vetores abaixo melhor representa o campo elétrico resultante no centro dessa estrela : a) b) c) d) e) -q +3q +3q +3q -q +q Semana 2 de 15 Assunto sugerido: Leis de Newton Sem Atrito, Espelhos Planos. REVISÃO SEMANAL PROGRAMADA Se você revisar um pouquinho a cada semana, não acumulará toda a revisão para a semana da véspera do vestibular, né verdade ? Questão 31 Na distribuição de cargas elétricas representadas na figura, o ponto onde o campo elétrico é nulo fica: d = 2m +9q -4q a) entre as cargas e no centro. b) entre as cargas e a 0,3 m de +9q. c) a 2 m de – 4q e à sua direita. d) a 4 m de – 4q e à sua direita. e) a 2 m de +9q e à sua esquerda. Questão 32 A figura mostra duas cargas fixas ao longo de um eixo. Em qual posição se deve colocar uma terceira Q, para que ela permaneça em equilíbrio ? d = 2m +9q +4q a) entre as cargas e no centro. b) entre as cargas e a 1,2 m de +9q. c) a 2 m de – 4q e à sua direita. d) a 4 m de – 4q e à sua direita. e) a 2 m de +9q e à sua esquerda. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 30 Questão 33 A figura mostra duas cargas fixas ao longo de um eixo. Em qual posição se deve colocar uma terceira Q, para que ela permaneça em equilíbrio ? d = 2m +q -q a) entre as cargas e no centro. b) entre as cargas e a 1,2 m de +9q. c) a 2 m de – 4q e à sua direita. d) a 4 m de – 4q e à sua direita. e) não existe uma posição de equilíbrio Questão 34 (FMC Santa Casa - SP) Considerando o esquema abaixo. Se a constante eletrostática vale K, o módulo do vetor campo elétrico no ponto P, devido às cargas elétricas + q e – q, é dado por: +q -q P r r a) 2r3 kq4 b) 2r kq c) 2r4 kq3 d) 2r kq2 Questão 35 (UFAL) Considere um retângulo de lados 3 cm e 4 cm. Uma carga elétrica q colocada num dos vértices do retângulo gera no vértice mais distante um campoelétrico de modulo E. Nos outros dois vértices, o modulo do campo elétrico é: a) E/9 e E/16 b) 4E/25 e 3E/16 c) 4E/3 e 5E/3 d) 5E/4 e 5E/3 e) 25E/9 e 25E/16 Questão 36 (Fuvest-SP) O campo elétrico de uma carga puntiforme em repouso tem, nos pontos A e B, as direções e sentidos indicados pelas flechas na figura. O módulo do campo elétrico do ponto B vale 24V/m. O módulo do campo elétrico no ponto P da figura vale, em volt por metro: a) 3 b) 6 c) 4 d) 12 e) 23 A B P Dica: veja questão 9 de classe – página 21 Questão 37 (FUMEC-MG) Qual dos gráficos pode representar o campo elétrico criado por uma carga elétrica positiva, sendo d a distância do ponto considerado à carga? a) E 0 d 1 b) E 0 d c) E 0 2d 1 d) E 0 d2 e) E 0 d Questão 38 (Fafeod-MG) Uma placa condutora extensa e carregada positivamente produz um campo elétrico uniforme, conforme mostrado na figura a seguir. Uma carga pontual positiva q = 2C, colocada no ponto P sofre a ação de uma força elétrica FP = 30 N. Se essa mesma carga for colocada nos pontos Q e R, sofrerá ação de forças elétricas FQ e FR, tais que: a) FQ = FR = 30 N b) FQ = 15 N e FR = 10 N c) FQ = 60 N e FR = 90 N d) FQ = 15 N e FR = 90 N e) FQ = 60 N e FR = 10 N + + + + + E P Q R xxx Questão 39 Uma partícula com carga positiva é abandonada entre duas placas planas, verticais, eletrizadas como mostra a figura abaixo. Considerando que o peso desta partícula não é desprezível, a trajetória que ela irá descrever será melhor representada por: + + + + + + + + + + + + ---- ---- ---- ---- ---- ---- ---- Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 31 a) b) c) d) e) Questão 40 (UFPA) Entre as placas defletoras de um osciloscópio de raios catódicos a intensidade do vetor campo-elétrico é de 30.000 N/C. Sabendo-se que um elétron tem massa m = 910 31 kg e carga elétrica q = 1,6 10–19 C, a intensidade da aceleração que atua sobre um elétron colocado entre as placas é, aproximadamente, de: a) 1,9 . 1012 m/s2. b) 5,3 . 1015 m/s2. c) 1,9 . 1016 m/s2. d) 1,9 . 1050 m/s2. e) 5,3 . 1050 m/s2. Questão 41 (FEI-SP) Uma pequena esfera de massa m, eletrizada com carga q, está apoiada numa placa isolante, inclinada, com um ângulo de com o horizonte. Calcular a intensidade do campo eletrostático E que mantém a esfera em equilíbrio. E Dica: você não vai esquecer de desenhar a normal N, vai ? Como se trata de um problema de equilíbrio, qualquer par de eixos resolve o problema. Assim, há duas opções para decompor as forças: 1) decompor apenas a normal N em suas componentes Nx e Ny, sem decompor nem o peso nem a força elétrica; 2) decompor o peso e a força elétrica, sem decompor a normal N, o que é mais trabalhoso e inviável. Questão 42 (FUVEST)Sobre uma partícula carregada atuam exclusivamente as forças devidas aos campos elétrico e gravitacional terrestres. Admitindo que os campos sejam uniformes e que a partícula caia verticalmente, com velocidade constante (equilíbrio), podemos afirmar que: a) a intensidade do campo elétrico é igual à intensidade do campo gravitacional b) a força devida ao campo elétrico é menor, em modulo, do que o peso da partícula c) a força devida ao campo elétrico é maior, em modulo, do que o peso da partícula d) a força devida ao campo elétrico é igual, em modulo, ao peso da partícula e) a direção do campo elétrico é perpendicular à direção do campo gravitacional Dica: velocidade constante lhe diz alguma coisa, Aristóteles ? Equilíbrio, força resultante nula. Questão 43 A figura mostra um pêndulo elétrico em equilíbrio sob ação de um campo gravitacional g = 10 m/s² e um campo elétrico uniforme de intensidade E = 7,5 . 103 N/C. Se a massa da esfera do pêndulo vale m = 10 g e = 37o, determine a carga elétrica da esfera do pêndulo (expressa em C ). (Dado: sen 37o = 0,6 cos37o = 0,8) E Questão 44 Uma carga elétrica +q está localizada a uma distância D de um enorme plano eletrizado uniformemente com densidade superficial de carga + num meio onde a permissividade elétrica vale . O prof Renato Brito pede para você determinar a força elétrica com que essa carga será repelida : a) q. b) 2 q. c) 2D.2 q. d) 2D. q. e) 4 q. Dica: veja questão 19 de classe, página 23. A carga elétrica sofrerá a ação do campo elétrico gerado por uma única placa. Questão 45 Uma carga elétrica negativa q está localizada exatamente no ponto médio entre duas placas planas paralelas eletrizadas com densidades superficiais de cargas respectivamente iguais a + e num meio onde a permissividade elétrica vale . Se a distância entre as placas vale D, o prof Renato Brito pede para você determinar a força elétrica com que age nessa carga: -q + + + + + + + + - - - - - - - - D a) q. b) 2 q. c) 2D.2 q. d) 2D. q. e) 2D.4 q. Dica: veja questão 19 de classe, página 23. A carga elétrica sofrerá a ação do campo elétrico total gerado pelas duas placas. Quanto vale esse campo elétrico ? Semana 3 de 15 Assunto sugerido: Leis de Newton Sem Atrito, Espelhos Esféricos. REVISÃO SEMANAL PROGRAMADA Se você revisar um pouquinho a cada semana, não acumulará toda a revisão para a semana da véspera do vestibular, né verdade ? Questão 46 Duas pequenas esferas condutoras idênticas apresentam cargas elétricas +3q e –q, estão inicialmente separadas por uma distância d e se atraem com uma força de 6N. Quando colocadas em contato e colocadas em suas posições iniciais, as esferas: a) passam a se atrair com uma força de 8 N b) passam a se repelir com uma força de 8 N Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 32 c) passam a se atrair com uma força de 2 N d) passam a se repelir com uma força de 2 N e) passam a se repelir com uma força de 6 N Questão 47 Uma carga de prova q negativa é abandonada nas proximidades de uma carga fonte negativa Q fixa numa certa região do espaço. O efeito da gravidade é desprezível. Durante o movimento posterior da carga de prova, quais gráficos abaixo representam respectivamente o comportamento da intensidade da força que age sobre ela, da sua aceleração e da sua velocidade da partícula em função do tempo ? Despreze a gravidade. a) I, I e II b) I, I e I c) II, II e II d) I, II e III e) II, II e II E -Q fixa -q tempo (I) tempo (II) tempo (III) tempo (IV) Questão 48 Seja um campo elétrico E uniforme gerado por um par de placas elétricas eletrizadas com cargas de sinais opostos. Uma carga elétrica é abandonada no interior desse campo elétrico uniforme nas proximidades da placa negativa. Quais gráficos a seguir melhor representam respectivamente a intensidade da força resultante agindo sobre a partícula, sua aceleração e sua velocidade em seu movimento posterior no interior desse campo elétrico ? Despreze as ações gravitacionais. -q + + + + + + + + - - - - - - - - tempo (I) tempo (II) tempo (III) tempo (IV) a) IV, IV e IV b) III, III e III c) II, II e II d) I, II e III e) III, III e IV Questão 49 (UECE 2010.2 1ª fase) Qual é o efeito na força elétrica entre duas cargas q1 e q2 quando se coloca um meio isolante, isotrópico e homogêneo entre elas? a) Nenhum, porque o meio adicionado é isolante. b) A força aumenta, devido a cargas induzidas no material isolante. c) A força diminui, devido a cargas induzidas no material isolante. d) Nenhum, porque as cargas q1e q2 não se alteram. Dica: esse conteúdo está explicado em detalhes nas páginas 18 e 19. Hora de Revisar Hora de Revisar Questão 01 Um automóvel percorre a estrada ABC mostrada na figura ao lado, da seguinte maneira: trecho AB = velocidade média de 60 km/h durante 2 horas; trecho BC = velocidade média de 90 km/h durante 1 hora. A velocidade média do automóvel no percurso AC será: a) 75 km/h b) 70 km/h c) 65 km/h d) 80 km/h Questão 02 Qual dos gráficos abaixo representa melhor a velocidade v, em função do tempo t, de uma composição do metrô em viagem normal, parando em várias estações? a) b) Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 33 c) d) Questão 03 Os gráficos abaixo referem-se às distâncias percorridas por três móveis à medida que o tempo passa. Podemos afirmar que o módulo da velocidade diminui em: a) I b) II c) III d) I, II e III e) I e II Questão 04 Dois corpos partem em queda livre no mesmo instante. Ao corpo A é aplicada uma velocidade inicial para baixo, enquanto B parte do repouso. Se A é mais pesado que B, temos o seguinte gráfico velocidade x tempo: a) b) c) d) e) Questão 05 O famoso professor Raul Brito viaja para Sobral toda semana para lecionar Matemática. Usualmente, ele desenvolve uma velocidade média de 100 km/h durante todo o percurso. Na viagem da semana passada, ao ser surpreendido por uma chuva, decide reduzir a velocidade para 60 km/h, permanecendo assim até a chuva parar, 20 min depois, quando retorna à sua velocidade inicial. Essa redução temporária de velocidade fez com que o tempo da viagem do Raul aumente, com relação à estimativa inicial, em: a) 4 min b) 6 min c) 8 min d) 10 min e) 12 min Questão 06 Uma pessoa que estava no alto de um prédio lançou uma pedra verticalmente para cima. Se a resistência do ar é desprezível, qual dos gráficos abaixo melhor descreve a velocidade escalar da pedra, em função do tempo, durante o seu movimento posterior sob ação exclusiva da gravidade ? (a) tempo V (b) tempo V (c) tempo V (d) tempo V (e) tempo V Questão 07 (Unifor) Um corpo escorrega por um plano inclinado, sem a ação de forças dissipativas. Aceleração da gravidade vale g = 10 m/s². Partindo do repouso, ele desce 10 m em 2,0 s. Nessas condições, o ângulo que o plano inclinado forma com a horizontal mede: a) 15o b) 30º c) 45º d) 60º e) 75º Questão 08 (Unifor) Um projétil de massa 10 g e velocidade 400 m/s atravessa um obstáculo de 2,0 cm de espessura, perdendo 50% da sua velocidade. Nestas condições, a intensidade da força de resistência, exercida pelo obstáculo à penetração do projétil, suposta constante, foi de: a) 1000 N b) 2000 N c) 10.000 N d) 20.000 N e) 30.000 N Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 34 Questão 09 Na questão anterior, o módulo do impulso sofrido pelo projétil, ao atravessar o obstáculo,vale: a) 2 N.s b) 4 N.s c) 20 N.s d) 40 N.s e) 0,2 N.s Questão 10 (Unifor) Um bloco de madeira, de massa 40 kg e volume 50 litros, flutua parcialmente submerso em água. Sendo g = 10 m/s², determine a intensidade da força mínima que deve ser aplicada ao bloco de madeira para que ele fique completamente imerso na água: a)100 N b) 200 N c) 300 N d) 400 N e) 500 N Questão 11 (Unifor 2013.2) Dois aviões comerciais partem de Fortaleza com destino a Lisboa, com 30 minutos de diferença. O primeiro viaja a uma velocidade de 880 km/h. Já o segundo viaja a 1.040 km/h. Em quanto tempo, após a partida do segundo avião, o primeiro é ultrapassado? a) 2h 15min. b) 2h 20min. c) 2h 30min. d) 2h 45min. e) 2h 50min. Questão 12 (Unifor 2013.2) Em uma construção, os tijolos são arremessados do solo plano por um servente de pedreiro, para outro que se encontra no alto e na borda do prédio, com uma velocidade inicial Vo = 10,0 m/s, formando um ângulo β de 60º com a horizontal, conforme figura abaixo. Cada tijolo é pegado (o certo é pegado, pego é errado) pelo servente de pedreiro no alto do prédio, 1,0 s após ser arremessado. Despreze as dimensões dos tijolos, dos serventes de pedreiro e a resistência do ar. Adote g = 10,0 m/s2, sen60o = 0,8 e cos60o = 0,5. A partir dessas informações, analise as proposições a seguir: I. Os tijolos são recebidos pelo servente na trajetória descendente do arremesso. II. A distância X do arremessador ao prédio é menor do que 6,0 metros. III. Os tijolos são pegos pelo servente ainda na trajetória ascendente. IV. A altura do prédio, o valor de Y, é maior do que 5,0 metros. Assinale a alternativa CORRETA: a) São verdadeiros os itens I, II e III. b) São verdadeiros os itens II, III e IV. c) São verdadeiros os itens I e II. d) São verdadeiros os itens II e III. e) São verdadeiros os itens III e IV. Questão 13 Dois carros da polícia se cruzam numa esquina e prosseguem, cada um, em seus movimentos retilíneos com velocidades 30 m/s e 40 m/s, respectivamente. A comunicação entre os carros via rádio só é possível enquanto a distância entre eles for inferior a 1 km. Durante quanto tempo, após o cruzamento, os policiais conseguirão manter a comunicação via rádio ? Renato Brito Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 1– Por que Estudar Trabalho e Energia em Eletrostática ? No capítulo de “Trabalho e Energia”, mostramos a importância desses conceitos na análise e resolução de problemas de Mecânica, especialmente em situações em que as forças atuantes eram variáveis (força elástica, por exemplo) e, portanto, tornava-se indispensável a aplicação dos conceitos de Energia para solucionar as questões usando apenas matemática de 2o grau. Em problemas de Eletrostática, a intensidade da força elétrica que atua sobre cargas elétricas, geralmente, varia, durante o deslocamento delas. Esse fato faz, dos conceitos de Trabalho e Energia, uma ferramenta indispensável ao estudo da dinâmica do movimento de cargas elétricas. 2 – Forças Conservativas e a Função Potencial No capítulo de “Trabalho e Energia”, aprendemos que uma Força Conservativa é aquela cujo rabalho realizado no deslocamento entre dois pontos tem sempre o mesmo valor, independente da trajetória seguida pela força ao se mover entre aqueles dois pontos. Essa propriedade se deve, em parte, ao fato de que cada Força Conservativa tem uma função peculiar, denominada função potencial, que surge naturalmente, quando se determina o trabalho realizado por qualquer força desse tipo, conforme estudado no capítulo 5 para o caso das forças peso e elástica. Em geral, as funções potenciais são função de alguma coordenada espacial tal como a altura H de uma massa no campo gravitacional, ou a deformação X apresentada por uma mola, sendo, tipicamente, funções independentes do tempo. Por essas suas características, os valores fornecidos por essas funções potenciais são, fisicamente, interpretados como Energias Potenciais, isto é, energias que estão armazenadas no sistema e que estão relacionadas à posição ocupada pelo corpo, medidas em relação a algum nível de referência do sistema. Tabela – Forças conservativas e suas energias potenciais Forças Conservativas Energia Potencial Trabalho Realizado Força peso Ep = m.g.H = mg.H i – m.g.H F Força elétrica Ep = q . v = q.V i – q.V F Força elástica Ep = 2 xK 2 = 2 x.K 2 x.K 2 F 2 i A grande utilidade do conceito de função potencial e energia potencial é calcular o trabalho realizado por qualquer uma dastrês forças conservativas FC , no deslocamento de um móvel entre dois pontos, sem levar em conta o caminho percorrido pelo móvel entre esses dois pontos, isto é, conhecendo-se apenas as posições inicial e final ocupada pelo móvel, fazendo uso da expressão: FC = Epot inicial – Epot Final [eq-1] A tabela mostra a aplicação da expressão [eq-1] para cada uma das três forças conservativas da natureza. Ei, Renato Brito, quer dizer que a força elétrica também tem uma função potencial peculiar, eh? Certamente, Claudete. Por ser conservativa, a Força Elétrica apresenta uma função potencial associada a si e, conseqüente- mente, uma energia potencial elétrica. A forma da função potencial varia, dependendo do tipo de campo elétrico em que se esteja trabalhando. Basicamente, trabalharemos com dois tipos de campo: (1) o campo coulombiano causado por cargas puntiformes; (2) e o campo elétrico uniforme, produzido por placas ou planos uniformemente eletrizados. 3 – Energia Potencial em campos coulombianos A figura 1 mostra uma carga puntiforme +q se move entre dois pontos A e B do campo elétrico coulombiano gerado por uma carga fonte puntiforme +Q. figura 1 Durante esse deslocamento, a força elétrica que atua sobre a carga de prova +q é dada pela Lei de Coulomb e sua intensidade diminui desde o valor inicial FA até o valor final FB conforme o gráfico da figura 2: F d d A d B F A F B Figura 2 com FA = 2 A )d( q.Q.K e FB = 2 B )d( q.Q.K O trabalho realizado pela força elétrica, quando a carga puntiforme se desloca da posição A até a posição B, representado por AB , é dado pelo valor da área hachurada no gráfico F x d. A técnica matemática capaz de calcular a área sob o gráfico de qualquer Capítu lo 14 - Trabalho e Energia no Campo Eletrostát ico Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 36 função chama-se Integração, uma ferramenta matemática de nível superior que foge aos interesses do nosso curso. O aluno não deve se preocupar com os detalhes operacionais do cálculo da área hachurada, mas, sim, com o seu significado físico. Sem entrar nos detalhes operacionais, o valor da área hachurada sob o gráfico da figura 2, entre as posições dA e dB , é dada por: AB = área hachurada AB = Ad q.Q.K – Bd q.Q.K [eq-2] Comparando as expressões [eq-1] e [eq-2], mais uma vez percebemos a presença da função potencial no cálculo do trabalho realizado por uma força conservativa. Ela surge naturalmente, conforme dito anteriormente e, nesse caso, é dada por: EP = d q.Q.K [eq-3] Pela análise dimensional da expressão [eq-2], como o trabalho AB é expresso em joules (SI), a função potencial [eq-3] também fornece valores em joules e, assim, associa um valor de energia potencial elétrica a cada posição d da carga de prova +q no campo coulombiano gerado por +Q na figura 1. Energia potencial elétrica de um par de cargas elétricas Q e q Quando um par de cargas Q e q interagem eletricamente entre si, separadas por uma distância d, a energia potencial elétrica EP associada a essa interação é dada pela expressão [eq-3] e é conhecida como a Energia de ligação elétrica do par de cargas. figura 4 – a todo par de cargas elétricas que interagem entre si está associada uma energia potencial elétrica, uma “energia de ligação”. 4 – Entendendo Fisicamente a Energia Potencial elétrica Costumo dizer aos alunos que, por ser muito abstrato, o conceito de Energia Potencial é um desafio tanto para quem vai ensiná-lo quanto para quem vai aprendê-lo. Assim, a fim de torná-lo o mais intuitivo possível, tirarei proveito de algumas semelhanças entre a Energia Potencial Elétrica de um par de cargas e a Energia Potencial Elástica armazenada numa mola. Desse ponto em diante, o aluno deve se concentrar bastante no texto, tentando abstrair o simples do complicado, para que vençamos, juntos, o desafio. Afff.. profinho, eu pensava que era só eu que achava essa matéria abstrata. Tomara que eu consiga entender a Física em jogo dessa vez. Para entender, fisicamente, a Energia Potencial Elétrica, tomemos, por exemplo, um sistema atrativo como o da figura 5: Uma carga positiva, fixa à parede, atraindo uma carga elétrica negativa. Esse sistema elétrico atrativo possui energia potencial negativa, segundo a expressão eq-3 (produto de cargas de sinais contrários). Isso ocorre à maioria dos sistemas atrativos e compreenderemos a seguir o significado físico desse sinal negativo. EPot = K ( Q) ( q) K.Q.q d d < 0 Para aumentar a distância d entre as cargas elétricas da figura 5, ou seja, para aumentar o comprimento da “ligação elétrica” existente entre elas, o operador precisa aplicar uma força e, assim, realizar um trabalho contra as força elétricas atrativas (movimento forçado), como ilustra a figura 5. Quanto maior se tornar a distância d entre essas cargas elétricas, maior terá sido o trabalho realizado pelo garoto para afastá-las. Esse trabalho que ele realiza fica armazenado no sistema na forma de Energia Potencial Elétrica, aumentando a “energia de ligação do par de cargas” (eq-3). d figura 5 – garoto afastando cargas elétricas que se atraem - movimento forçado - A energia potencial do sistema aumenta Assim, à medida que a distância d entre as cargas elétricas for progressivamente aumentando ( d = 1 m, 10 m, 100 m, 1000 m...), até atingir uma distância infinita d = , o sistema armazenará uma energia potencial crescente – 1000J, –800J, – 500 J,...., – 200J, 100 J, 10 J..... etc. atingindo energia potencial elétrica máxima de 0 J quando as partículas estiverem infinitamente afastadas. Isso está está de acordo com eq-3 . K.Q.q Epot elétrica d < 0 O operador na Figura 5 está realizando trabalho positivo ( força F para a direita, deslocamento para a direita; enquanto a força elétrica que age na carga negativa está realizando trabalho negativo (força elétrica para a esquerda , deslocamento para direita ). d figura 5 – garoto afastando cargas elétricas que se atraem movimento forçado - A energia potencial do sistema aumenta Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 37 Esse comportamento também é esperado. Em todo movimento não-espontâneo, a força conservativa (força gravitacional, peso, força elétrica ou força elástica) sempre realiza trabalho negativo. De acordo com a famosa relação abaixo (válida para qualquer força conservativa), esse trabalho negativo da força elétrica está associado ao aumento da Epot do sistema (Epot final > Epot inicial) Forças Conservativas = Epot inicial – Epot Final Felétrica = Epot inicial – Epot Final Esse aumento da Epotencial elétrica do sistema está associado ao descréscimo de energia que o próprio operador sofre nesse processo. Se a energia potencial elétrica do sistema aumentar 100J, o corpo humano do operador teve esse decréscimo de energia e precisará se alimentar novamente para repor esse gasto de energia. Pode parecer brincadeira mas é sério. Ei, Renato Brito, e se o sistema fosse repulsivo ? Boa pergunta, como sempre, Claudete. Para falar sobre isso, considere o sistema mostrado na figura 7. Para um operador reduzir a distância entre cargas que se repelem, ele terá que realizar um trabalho contra as forças elétricas repulsivas (movimento forçado), trabalho esse que irá sendo armazenado no sistema, na forma de “energia potencial da ligação elétrica do par de cargas”, à medida que for sendo realizado. d figura 7 – garoto aproximando cargas elétricas que se repelemmovimento forçado – A energia potencial do sistema aumenta Assim, à medida que a distância d entre as cargas repulsivas (figura 7) for diminuindo (+, 1000 m, 100 m, 10 m, 1 m .. etc o sistema armazenará uma energia potencial elétrica crescente começando com o valor mínimo de 0 J (para d = ) e aumentando +10 J, 100J, + 200J, + 400J, ..., + 1000J), o que está, matematicamente, de acordo com a expressão eq-3. K.Q.q Epot elétrica d > 0 O operador na Figura 7 está realizando trabalho positivo ( força F para a direita, deslocamento para a direita ; enquanto a força elétrica que age na carga negativa está realizando trabalho negativo (força elétrica para a esquerda , deslocamento para direita ). Esse comportamento também é esperado. Em todo movimento não-espontâneo, a força conservativa (força gravitacional, peso, força elétrica ou força elástica) sempre realiza trabalho negativo. De acordo com a famosa relação abaixo (válida para qualquer força conservativa), esse trabalho negativo da força elétrica está associado ao aumento da Epot do sistema (Epot final > Epot inicial) Forças Conservativas = Epot inicial – Epot Final Felétrica = Epot inicial – Epot Final Podemos generalizar, dizendo que, ao aproximarmos cargas que se repelem, estamos realizando um processo não-espontâneo, um deslocamento forçado. Nesses tipos de processos, a energia potencial do sistema sempre aumenta. Por outro lado, ao afastarmos cargas elétricas que se repelem, a energia potencial do sistema diminuirá, visto que o deslocamento será espontâneo. Esse princípio é geral e se aplica ao trabalho realizado por qualquer uma das três forças conservativas (elétricas, elásticas ou gravitacionais). O diagrama da figura 9 resume as idéias em jogo: Movimentos não-espontâneos Energia potencial aumenta Movimentos espontâneos Energia potencial diminui Figura 9 – Diagrama mostrando a relação entre a Espontaneidade e Energia potencial no trabalho realizado por forças conservativas É devido a essa conexão entre Espontaneidade e Energia Potencial que, em geral, sistemas atrativos apresentam Energia potencial negativa, e vice-versa. Esse fato pode ser verificado até mesmo em sistemas atrativos gravitacionais como a Terra-sol , estudados em gravitação. A exceção ocorre apenas no caso da energia potencial elástica, que é sempre positiva (EPelást = k.x2 / 2) , independente de o sistema elástico estar se comportando como atrativo (mola elongada) ou repulsivo (mola comprimida). Ainda assim, a relação entre Espontaneidade e Energia Potencial , esquematizada na figura 9, permanece verdadeira para qualquer uma das três forças conservativas da natureza, inclusive a força elástica. Ei, Renato Brito, e se ambas as cargas se moverem durante o episódio, como se calcula o trabalho realizado pelas forças elétricas nesse processo? Claudete, observe o episódio da figura 10 onde duas cargas elétricas Q e q se deslocam, enquanto interagem mutuamente. Conforme as expressões eq-1 e eq-2, dado o caráter conservativo das força elétricas, o trabalho que todas elas realizam nesse deslocamento das cargas (no caso, temos um par de forças ação-reação) , é simplesmente dado por: Felétricas = Epot inicial – Epot Final = Ad q.Q.K – Bd q.Q.K figura 10 – A energia potencial elétrica do sistema só depende da energia de ligação do par de cargas nos estados inicial e final, independente do percurso. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 38 Exemplo Resolvido 1 : Duas cargas elétricas que estão no vácuo, inicialmente distanciadas de di = 4 m, se atraem com uma força elétrica Fi = 500 N. O garoto Raul irá aumentar a distância entre essas cargas desde di = 4m até dF = 20m, puxando a carga negativa com muito sacrifício, como mostra a figura. A carga positiva está fixa à parede. a) Determine a intensidade da força elétrica entre as cargas, quando a distância entre elas for dF = 20 m. b) Adotando o referencial no infinito, determine a energia potencial elétrica do sistema quando as distâncias que separam as cargas valerem, respectivamente, di = 4m e dF = 20m. c) Qual o trabalho realizado pela força elétrica nesse episódio ? d) Sabendo que a caixa está em repouso no início e no término desse deslocamento, qual o trabalho realizado pelo Raul ? d Figura 11 Solução: a) Se a força inicial vale Fi = 500 N, para di = 4 m, com base na Lei de Coulomb, facilmente determinamos o valor da força FF para dF = 20 m. Veja: Fi = 2 i )d( q.Q.K 500 = 2)4( q.Q.K [eq-4] FF = 2 F )d( q.Q.K FF = 2)20( q.Q.K [eq-5] Dividindo, membro a mesmo, as relações [eq-4] e [eq-5], vem: FF 500 = 16 400 FF = 20 N F(N) d(m)4 20 500 20 figura 12 – gráfico mostrando a intensidade da força elétrica que atua sobre as cargas +q e –q quando a distância entre elas é aumentada de 4m até 20 m. b) Da expressão [eq-4], é fácil perceber que: K.|Q|.|q| = 500 x 42 = 8000 (no SI) [eq-6] Ei, Renato Cabrito.... como vou saber se a conta deve ser feita "em módulo" ou levando em consideração os sinais, hein? Isso é moleza, Claudete ! Veja a seguir. Claudete, quando estivermos determinando o módulo de uma grandeza vetorial, como força, campos etc. o cálculo é sempre efetuado “em módulo”. Por outro lado, em se tratando de grandezas escalares, como energia, o cálculo precisa ser feito algebricamente, levando-se em conta o sinal das grandezas envolvidas, como as cargas elétricas. Nesse problema, estamos tratando com cargas de sinais opostos. Todas as expressões de energia, incluindo as expressões eq-1, eq-2 e eq-3 , serão usadas algebricamente (escalarmente). Fazendo uso das expressões eq-3 e eq-6, vem: Epi = id )q).(Q.(K = 4 8000 = –2000 J [eq-7] EpF = Fd )q).(Q.(K = 20 8000 = –400 J [eq-8] Como era esperado, a energia potencial elétrica do sistema (da figura 11) aumentou , no deslocamento não-espontâneo da carga negativa, passando de Epi = –2000 J para EpF = –400J. Assim, ao final desse deslocamento, o sistema apresenta um maior conteúdo energético (–400J > –2000 J) . c) O trabalho realizado pela força elétrica pode ser determinado pelas expressões eq-1 ou eq-2, resultando: Felet = Epot inicial – Epot Final Felet = [ –2000 ] – [ –400J ] Felet = –1600 J [eq-9] Fisicamente, esse resultado diz que a energia potencial elétrica do sistema aumentou 1600 J , em conseqüência desse deslocamento não-espontâneo. Note que esse valor corresponde à área hachurada sob o gráfico da figura 12, conforme aprendemos em eq-2. d) Como a caixa parte do repouso vi = 0 e pára, ao término do deslocamento, vF = 0, pelo Princípio do Trabalho Total, temos: total = Ecin F – Ecin i total = Felétrica + operador = Ecin F – Ecin i total = Felétrica + operador = 0 – 0 operador = – Felet , assim : operador = – Felet = + 1600 J [eq-9] Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 39 Por que o trabalho realizado pelo operador foi positivo? Fisicamente, a força que Raul aplicou, durante o deslocamento da carga negativa, está na mesma direção e sentido do deslocamento dessa carga, o que justifica o sinal algébrico positivo (+) encontrado para o trabalho realizado por essa força. Em última análise, o Raul gastou 1600 J nesse episódio e essa energia ficou armazenada no sistema em forma de energia potencialelétrica da interação entre as cargas. Exemplo Resolvido 2: profinho, se o Raul soltar agora a corda, qual será a velocidade da carga negativa, ao passar pela posição original ? Facinho, claudete ! Aplique conservação de energia ! Solução: Se o Raul soltar a corda, a energia potencial elétrica do sistema irá, gradativamente, diminuir (–400J, –600J, –1000J, ... , –2000J) , durante o movimento espontâneo de retorno da caixa, sendo convertida em energia cinética durante a realização de trabalho por parte da força elétrica. Como a única força a realizar trabalho, nesse retorno, é conservativa (força elétrica), o sistema será conservativo. d = 20 m figura 13 – Situação inicial, no retorno da caixa: o sistema só tem energia potencial elétrica. A carga negativa parte do repouso (v=0). d = 4 m v figura 14 – Situação final , no retorno da caixa: o sistema tem energia potencial elétrica e tem energia cinética da carga negativa que se move. Energia total inicial = Energia total final Epot i + Ecin i = Epot F + Ecin F Epot i + 0 = Epot F + Ecin F Ecin F = Epot i – Epot F A expressão acima confirma que a energia cinética Ecin adquirida pela carga negativa é proveniente da redução da Epot do sistema, evidenciada pela redução da distância entre as cargas. Substituindo, vem: Ecin F = Epot i – Epot F 2 v.m 2 = di )q).(Q.(K – Fd )q).(Q.(K Para fins de cálculo, adotaremos que a massa da carga negativa vale m = 20 g = 20.10–3 kg. Ainda se tratando das cargas do exemplo anterior, podemos fazer uso da relação eq-6, e escrever: 2 v.m 2 = ( 20 8000 ) – ( 4 8000 ) 2 v.10.20 23 = 1600 v = 400 m/s O cálculo acima mostrou que, durante o retorno espontâneo da carga negativa, a força elétrica realizou trabalho e converteu em energia cinética os 1600 J que Raul havia, inicialmente, injetado no sistema na forma de trabalho. 5 – O Referencial da Energia Potencial elétrica Conforme já aprendemos, energia potencial significa energia de posição, energia associada à posição dos corpos num sistema. Essa modalidade de energia estará presente sempre que corpos interagirem entre si através de alguma das três forças conservativas da natureza. Assim como a toda mola deformada está associada uma Energia Potencial Elástica, a todo par de cargas elétricas está associada uma Energia Potencial Elétrica. No caso de uma mola, é preciso que a mesma apresente qualquer deformação (compressão ou elongação) para que haja interação elástica, para que haja força e energia potencial elásticas em jogo. Caso contrário, força e energia potencial elásticas no sistema serão nulas. Entretanto, no caso das cargas elétricas, basta que uma delas esteja, meramente, na presença da outra para que haja interação (força) elétrica entre elas, para que haja energia potencial elétrica no sistema. Para anular a Energia potencial elétrica de um sistema composto por duas cargas elétricas (figura 4 – pág 36), seria preciso afastá- las infinitamente. Matematicamente, isso significa d na expressão eq-3 (pág 36), implicando que EP0. Fisicamente, significa que uma carga elétrica deixaria de “sentir a presença da outra”, deixaria de haver interação (força) elétrica entre elas, a “ligação entre elas seria rompida”, como se diz na Química. Vale ressaltar que, de fato, as ligações iônicas são de natureza meramente eletrostática, ao contrário das ligações covalentes. Assim, da mesma forma que convencionamos que a energia potencial gravitacional EPot = m.g.h é zero quando o corpo está no chão (h = 0), também fica convencionado que, num campo coulombiano, a energia potencial do sistema é nula quando a distância entre as cargas for infinita ( d ). Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 40 LEITURA COMPLEMENTAR Rigorosamente, a energia potencial de um par de cargas poderia ser admitida nula para qualquer distância d de separação entre elas (figura 4 – pág 36), o que faz com que a expressão eq-3 possa ser escrita na forma mais geral : EP = d q.Q.K + Ep0 [eq-10] onde Epo é uma constante arbitrária que permite ajustar para qual distância d de separação entre as cargas a energia potencial elétrica Ep do par será anulada. Conforme dito, em geral, em campos coulombianos o referencial é tomado no infinito, isto é, convenciona-se EP = 0 quando d . Assim, conforme eq-10, quando essa for a convenção adotada, teremos: EP = d q.Q.K + Ep0 = 0 , com “d = ” EP = K.Q.q + Ep0 = 0 0 + Ep0 = 0 Ep0 = 0 Nesse caso, portanto, adotaremos EPo = 0 e diremos que “o referencial adotado está no infinito”, ou seja, que arbitramos Epot = 0 para d = . A constante arbitrária EP0 tem papel secundário em nosso estudo, visto que o nosso objetivo maior é determinar o trabalho realizado por forças elétricas nas mais diversas circunstâncias e saber tirar proveito disso. Como esse cálculo é realizado subtraindo-se as energias potenciais inicial e final do sistema através da expressão eq-2 (pág 36), o valor do trabalho acaba independendo da constante arbitrária EP0, que é cancelada durante a operação de subtração. Quando nada for dito sobre o referencial adotado em problemas de eletrostática (em campos elétricos coulombianos, subentende-se que o referencial está adotado no infinito. Em campos elétricos uniformes não existe essa convenção uma vez que a relações eq2 e eq3 pagina 36 não são validas para esses campos. 6 – A Energia Potencial elétrica de um sistema de partículas Quando um sistema é composto por apenas um par de partículas elétricas, apenas uma interação elétrica (ligação elétrica) ocorrerá no sistema (figura 4 – pág 36). Nesse caso, a energia potencial do sistema será a energia de uma única ligação elétrica, dada pela expressão eq-3 (pág 36) . figura 15 – A figura ilustra um sistema elétrico composto por três cargas elétricas puntiformes +Q dispostas nos vértices de um triângulo equilátero de lado L. Mas o que dizer de um sistema composto por três cargas elétricas de mesmo módulo Q dispostas, por exemplo, nos vértices de um triângulo equilátero de lado L (figura 15) num plano horizontal liso ? Quantas interações elétricas ocorrem nesse sistema ? Para melhor compreender, note que cada interação consiste em: um par de cargas um par de forças (ação-reação) e uma energia de ligação daquele par, dada por eq-3. A Energia Potencial Elétrica total de um sistema é a soma das energias de todas as “ligações elétricas” presentes no sistema, resultado da interação de todos os pares de cargas elétricas que o compõem, duas a duas. Na figura 15, facilmente podemos contar um total de três “ligações elétricas”. Somando a energia de cada uma das três ligações, fazendo uso de eq-3, facilmente determinamos a energia potencial elétrica total do sistema: Epot-elet- sistema = Epot A-B + EpotA-C + Epot B-C Epot-elet- sistema = L )Q).(Q.(k + L )Q).(Q.(k + L )Q).(Q.(k Epot-elet- sistema = – L Q.k 2 [eq-11] Essa é a energia potencial elétrica total armazenada no sistema da figura 15. Exemplo Resolvido 3 : Noooossa, profi ! Se liberarmos a carga C, a partir do repouso, na figura 15, teremos uma baladeira elétrica ! Com que velocidade a carga C cruzaria o segmento que une as cargas fixas A e B, profi ? Boa idéia, Claudete ! Aplique de novo a conservação de energia ! Solução: A energia cinética adquirida pela carga C é proveniente da diminuição das energias potenciais elétricas das interações AC e BC,evidenciada pela redução do comprimento dessas ligações. O problema é facilmente resolvido por conservação de energia, visto que a única força que realiza trabalho é conservativa (força elétrica). figura 16 – Liberando a carga C a partir do repouso, a sua energia cinética aumentará às custas da diminuição da energia potencial elétrica do sistema. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 41 A seguir, determinaremos a energia potencial elétrica total do sistema (final) mostrado na figura 16: Epot-elet- sistema Final = Epot A-B + EpotA-C + Epot B-C Epot-elet-sistemaFinal = L )Q).(Q.(k + 2/L )Q).(Q.(k + 2/L )Q).(Q.(k Epot-elet- sistema Final = – L Q.k.3 2 [eq-12] Comparando-se as energias potenciais do sistema antes e após o deslocamento da carga C, vemos que sua energia potencial diminuiu. Em se tratando de um sistema conservativo, isso implica tanto que a energia cinética do sistema aumentou, quanto que o movimento da partícula foi espontâneo: – L Q.k.3 2 < – L Q.k 2 Epot final < Epot inicial movimento espontâneo Podemos aplicar a conservação da energia total do sistema e, facilmente, determinar a velocidade v da carga C da figura 16: Energia total antes = energia total depois Epot antes + Ecin antes = Epot depois + Ecin depois Epot antes + 0 = Epot depois + Ecin depois Ecin depois = Epot antes – Epot depois A expressão acima confirma que a energia cinética Ecin adquirida pela carga C provém da diminuição da Epot do sistema. Seja m a massa da carga C. Substituindo os resultados anteriores eq-11 e eq-12 , vem: Ecin depois = Epot antes – Epot depois Ecin depois = (– L Q.k 2 ) – (– L Q.k.3 2 ) 2 v.m 2 = L Q.k.2 2 v = L.m k .Q.2 Essa é a velocidade v atingida pela carga C, ao cruzar o segmento que une as cargas A e B (figura 16). Vale ressaltar que a carga C permanecerá oscilando indefinidamente, sobre a mediatriz do segmento AB, entre dois extremos simétricos em relação a esse eixo. O movimento será periódico, mas não será um MHS. Afinal, nem todo movimento periódico pertence à classe dos movimentos harmônicos simples, conforme veremos no módulo de MHS adiante. 7 – Numero de ligações elétricas num sistema de partículas O leitor deve perceber que a quantidade de “ligações elétricas” a serem computadas, no cálculo da energia potencial elétrica de um sistema , aumenta muito rapidamente, quando mais cargas são adicionadas ao sistema. Por exemplo, acrescentando apenas mais uma carga elétrica ao sistema da figura 15, o número de ligações a serem computadas salta de três ligações para seis ligações, como mostra a figura 17. A energia potencial elétrica desse sistema (formado por 4 cargas elétricas positivas +Q dispostas nos vértices de um quadrado de lado L) é dada pela somas das energias das seis ligações: Epot. Elétr sistema = K.Q.Q K.Q.Q 4. 2. L L. 2 Podemos generalizar dizendo que, num sistema composto por N cargas elétricas, cada carga interage com as demais (N–1) cargas, perfazendo um total de N.(N–1) interações. Entretanto, note que cada interação foi contada duas vezes (AB e BA) e, assim, precisamos dividir esse resultado por dois. figura 17 – um sistema composto por quatro cargas elétricas possui um total de 6 interações elétricas, isto é, seis ligações cujas energias devem ser somadas para se obter a energia potencial total do sistema. Finalmente, para um sistema composto por N cargas elétricas (que podem estar alinhadas ou não) , estarão presentes um total de “N.(N–1) / 2” interações a ser computadas no cálculo da Energia Potencial Elétrica total do sistema. No caso particular da figura 17, temos um sistema com N = 4 cargas elétricas e um total de 6 ligações elétricas a serem computadas. figura 18 – esse sistema também é formado por quatro cargas elétricas e, portanto, também apresenta 6 “ligações elétricas” . Você é capaz de contá-las ? Usando a linguagem da Análise Combinatória, o número de ligações a serem computadas é “combinação no número N de cargas do sistema, tomadas 2 a 2”, já que precisamos computar todos os pares presentes, dois a dois. 8 – Energia potencial de uma partícula do sistema Conforme já vimos, a energia potencial do sistema é o resultado de todas as interações que ocorrem em seu interior e está disponível para todas as partículas que o compõem. Em outras palavras, essa energia, rigorosamente, pertence a todo o sistema e, não, a uma partícula individual. Entretanto, costumeiramente, é útil imaginar qual parcela dessa energia potencial está disponível para uma certa partícula do sistema, se todas as demais fossem mantidas fixas. É o que se chama de energia potencial daquela partícula. figura 19 – sistema composto por três cargas QA , QB e QC . Assim, considere o sistema da figura 19. Se mantivermos B e C fixas, qual é a energia potencial elétrica da carga A ? A energia potencial de uma partícula de um sistema é soma das energias de todas as ligações das quais ela participa naquele sistema. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 42 Observando a carga elétrica QA , vemos que ela interage com as cargas B e C, através das ligações LAC e LAB e, portanto, a sua energia potencial elétrica é dada por: EpotA = Epot-AC + Epot-AB = AC CA D QQ.K + AB BA D QQ.K [eq-13] Exemplo Resolvido 4 : Noooossa, profi ! Se liberarmos a carga A, a partir do repouso, na figura 19, ela irá se afastar indefinidamente do sistema pelos próximos um milhão de anos ? Quase isso, Claudete. Analisemos a sua pergunta a seguir. Solução: Se abandonarmos a carga A, mantendo B e C fixas, essa é a energia (EpotA) que a carga A irá dispor para se afastar espontaneamente de B e C rumo ao infinito. À medida que A vai se afastando, sua energia potencial elétrica vai, gradativamente, sendo convertida em energia cinética, durante a realização do trabalho realizado pela força elétrica. Quando a carga A estiver infinitamente distante das demais cargas (DAC , DAB , EpotA 0) , a sua energia potencial será nula, porque terá sido totalmente convertida na sua energia cinética de movimento. Em termos químicos, as ligações LAC e LAB terão sido rompidas. Fisicamente, significa que a carga A não estará mais interagindo com B e C, não haverá mais forças elétricas agindo sobre A, restando a ela apenas a sua energia cinética, apenas a sua velocidade, dada pela conservação de energia: Epot Sist- inicial + Ecin sist - inicial = Epot sist- final + Ecin sist -final BC CB D QQ.K + AC CA D QQ.K + AB BA D QQ.K + 0 = BC CB D QQ.K + 2 V.m 2A AC CA D QQ.K + AB BA D QQ.K + 0 = 2 V.m 2A onde mA é a massa da carga A e V, a velocidade que ela atingirá, quando estiver infinitamente afastada do sistema. De posse dos valores numéricos das cargas, massas e distâncias envolvidas, facilmente obteríamos o valor dessa velocidade v . Para complementar, o prof Renato Brito mostra a seguir o cálculo da energia potencial elétrica de cada uma das demais cargas B e C do sistema da figura 19, a fim de solidificar o aprendizado do aluno. Por interagir com as cargas A e C, a carga B apresenta uma energia potencial : EpotB = Epot-BC + Epot-AB = BC CB D QQ.K + AB BA D QQ.K [eq-14] A carga C, por interagir com as cargas A e B, apresenta uma energia potencial: EpotC = Epot-AC + Epot-BC = AC CA D QQ.K + BC CB D QQ.K [eq-15] ai ai ....não foi isso que eu lhe disse na seção 6 ! Afff.. profinho, quer dizer que a Energia Potencial Elétrica total de um sistema é a soma das energias potenciais de todas as cargas que pertencem ao sistema, certo ? Claudete, tome, por exemplo, o sistema da figura 19. Se você somar as energias potenciais elétricas de cada carga A, B e C, dadas por eq-13, eq-14 e eq-15, obterá, como resultado, o dobro da Energia Potencial Elétrica do Sistema, visto que a energia de cada ligação será computada duas vezes. Pense sobre isso, e revise a seção 6, caso se sinta insegura nos conceitos. figura 20 – sistema elétrico composto por um par de cargas Q e q, contendo uma única ligação (interação) elétrica. No caso particular do sistema composto por uma única ligação (figura 20), vimos que a sua Energia Potencial é dada pela expressão eq-3: Epot = d q.Q.K [eq-3] Fisicamente, essa energia potencial elétrica está disponível para qualquer uma das cargas Q e q que estejam livres para se mover, por isso, essa energia potencial elétrica do par pode ser interpretada de duas formas alternativas: I) Ela é a Energia Potencial Elétrica da carga q, caso Q seja admitida imóvel e fonte do campo elétrico que atuará sobre a carga móvel q; II) Ela é a Energia Potencial Elétrica da carga Q, caso q seja admitida imóvel e fonte do campo elétrico que atuará sobre a carga móvel Q; Logicamente que, se ambas as cargas da figura 20 se moverem, como ocorreu na figura 10, é preferível raciocinar em termos de “energia da ligação” , ao invés de computar a energia potencial de cada carga individualmente. 9 – O conceito de Potencial Tão abstrato quanto o conceito de Energia potencial é o conceito de Potencial . Esses conceitos surgem tanto na eletricidade quanto na Mecânica e, mais uma vez, conto com o seu esforço para, juntos desvendarmos esse conceito. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 43 O conceito de potencial, em alguns contextos da Física, chega a ser mais útil que o próprio contexto de Energia potencial e, portanto, merece nossa atenção especial. Tomemos como exemplo, o trabalho realizado pela força pelo, estudado no módulo de Trabalho e Energia: Seja uma bola de massa m que está caindo em trajetória parabólica, como mostra a figura 21, sob ação exclusiva da força peso P. P A P P P B HA HB Figura 21 – Uma bola cai em trajetória parabólica, sob ação exclusiva da força peso P, movendo-se de um ponto A a um ponto B. Sendo, o peso, uma força conservativa, o aluno aprendeu, naquela ocasião, que esse trabalho, poderia ser calculado pela relação eq-1 : AB peso = Epot inicial – Epot final [eq-1] AB peso = m . g (HA – HB) = m g HA – m g HB [eq-16] onde a energia potencial gravitacional foi definida pela função Epot-grav = m.g.h. Podemos, arbitrariamente, chamar, o termo Vg = g.h de potencial gravitacional, de tal forma que a energia potencial gravitacional poderia ser rescrita como: Epot-grav = m.g.h = m . V g joules joules kg joules kg , com V g = g.h [eq-17] mas profinho, qual seria o significado físico desse tal de potencial gravitacional V g ? É a mesma coisa que energia potencial gravitacional ? Perceba a diferença, Claudete – a cada ponto do campo gravitacional terrestre, podemos associar duas grandezas físicas: o vetor campo gravitacional g e a grandeza escalar denominada potencial gravitacional , Vg. Enquanto o vetor campo gravitacional g define o valor da força gravitacional P = m. g que atua numa massa de prova m colocada naquele ponto, a grandeza escalar Potencial Gravitacional Vg define o valor da energia potencial gravitacional Epot-grav = m. Vg armazenada por uma massa m de prova localizada naquele ponto. Note que, tanto o campo gravitacional g quanto o potencial gravitacional Vg são característicos de cada ponto do campo gravitacional e seus valores independem de haver ou não uma massa m localizada naquele ponto. Afinal, essas grandezas são causadas, em cada ponto do campo de forças, pela respectiva fonte do campo de forças, no caso , o planeta Terra. Uma forma alternativa de se definir o potencial gravitacional Vg , é escrevê-lo como: Vg = m Epot grav g.h m h.g.m [eq-18] Figura 22 – Toda carga elétrica Q causa campo elétrico em torno de si. A cada ponto do campo elétrico, podemos associar as grandezas Vetor Campo Elétrico E e Potencial Elétrico V. Da mesma forma, a cada ponto do espaço em volta de uma carga fonte Q (figura 22) podemos associar duas grandezas físicas: o vetor campo elétrico E e a grandeza escalar denominada potencial elétrico V. Enquanto o vetor campo elétrico E define o valor da força elétrica E q. Fe que atua numa carga de prova q colocada naquele ponto do campo, a grandeza escalar Potencial elétrico V define a energia potencial elétrica Epot-eletr = q.V armazenada por uma carga q de prova colocada naquele ponto do campo. Note que tanto o campo elétrico E quanto o Potencial elétrico V são característicos de cada ponto do campo elétrico e seus valores independem de haver ou não uma carga de prova q localizada naquele ponto. Afinal, essas grandezas são causadas, em cada ponto do campo de forças, pela respectiva fonte do campo de forças, no caso , a carga fonte Q (figura 22) Uma forma alternativa de se definir o potencial elétrico de um ponto de um campo elétrico coulombiano, com base na eq-3, é escrevê-lo como: V = q Epot eletri d K.Q q d q.Q.K V d K.Q [eq-19] 10 - Cálculo do Potencial Elétrico num campo criado por uma partícula eletrizada Vimos que o potencial gravitacional em um ponto a uma altura h acima do nível de referência era dado pela expressão: V = g.hP Assim, vemos que o potencial, bem como a energia potencial, são grandezas que dependem basicamente da posição do corpo de prova dentro do campo de forças. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 44 O potencial elétrico em um ponto do campo elétrico gerado por uma carga fonte Q depende, também, basicamente, da posição do ponto dentro do campo elétrico. Especificamente, depende, basicamente, da distância D do ponto até a carga fonte. Veja: P + D Figura 23 O potencial no ponto P acima é dado pela expressão: V = KQ D [eq-19] onde K é a constante eletrostática do meio e Q é o valor algébrico da carga fonte. O gráfico representativo do potencial em função da distância à carga puntiforme gerada do campo elétrico é uma curva denominada hipérbole eqüilátera. V 0 d Q > 0 V 0 d Q < 0 Para carga positiva Para carga negativa. Figura 24 – Gráficos do potencial V x d para carga fonte positiva (Q>0) e para carga fonte negativa (Q<0) . Figura 25 –Gráfico tridimensional do potencial V próximo de uma carga pontual positiva. Observe que, para pontos vizinhos à carga positiva, o potencial é bastante intenso e positivo. Exemplo Resolvido 5: Uma carga de –2C foi abandonada num ponto de um campo elétrico onde o potencial elétrico vale +30V. Determine a energia potencial elétrica armazenada por essa carga ? Solução: A energia potencial elétrica é dada pela expressão: Ep = q.V = (–2.10–6C) . (+ 30 V) = –6.10–5 J Perceba que as grandezas devem ser substituídas com os seus respectivos sinais algébricos. Exemplo Resolvido 6: Determine o potencial elétrico causado por uma carga de –4C nos pontos A e B, distantes respectivamente 20 cm e 30 cmda carga . Solução: - Q d a A B d b VA = kV180V180.10- 10.20 )10.4.(9.10 d Q.K 3 2 69 a VB = kV120V120.10- 10.30 )10.4.(9.10 d Q.K 3 2 69 b Exemplo Resolvido 7: Uma carga puntiforme de +2C é abandonada em repouso no ponto B do exemplo anterior. Devido à atração, essa carga desloca-se aceleradamente em direção ao ponto A. Determine: a) A energia potencial elétrica da carga puntiforme, quando abandonada no ponto B; b) A energia potencial elétrica da carga puntiforme, quando passar pelo ponto A; c) O trabalho realizado pela força elétrica nesse deslocamento; d) A energia cinética da carga puntiforme, ao passar por A Solução: A partir da expressão da energia potencial elétrica, vem : EpB = q. VB = (+ 2.10–6 ). (–120.103) = –2,4.10–1 J que é a energia potencial elétrica armazenada pela carga puntiforme, quando localizada no ponto B; - Q A B +q carga fonte fixa a seguir, calcularemos a sua energia potencial elétrica, ao passar pelo ponto A: EpA = q. VA = (+ 2.10–6 ). (–180 x 103) = –3,6.10–1 J - Q A B +q carga fonte fixa F F Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 45 Perceba que a força elétrica atrativa entre as cargas de sinais opostos varia, aumenta durante a aproximação da carga de prova, já que a distância entre elas diminui. Assim, não podemos lançar mão da expressão T = F.d para o cálculo do trabalho da força elétrica. O trabalho realizado pela força elétrica no deslocamento da carga puntiforme de B até A é calculado pela variação da energia potencial elétrica: TBA = Epot-B – Epot-A = –2,4.10–1 J – (–3,6.10–1 J) = + 0,12 J O trabalho realizado pela força elétrica foi positivo; isso é uma indicação de que o deslocamento da carga de prova foi espontâneo. De fato, a carga de prova desloca-se espontaneamente, devido à atração. A determinação da energia cinética da carga ao passar pelo ponto A pode ser efetuada pela conservação da Energia Total do sistema: Epotsist- inicial + Ecin sist- inicial = Epotsist- final + Ecin sist- final (–2,4.10 –1 J ) + ( 0 + 0 ) = (–3,6.10–1 J) + ( 0 + Ec) Ec = + 0,12 J Determinamos, assim, a energia cinética da carga puntiforme, ao se deslocar meros 10 cm do ponto B até o ponto A, atraída pela carga fonte. O aluno talvez não tenha percebido o significado fantástico desse valor de energia cinética aparentemente pequeno. Para dar um significado mais real a esse número, suponhamos que essa carga puntiforme + q tenha uma massa de 6.10–16 kg, o que é razoável, lembrando que a massa de um elétron vale 9.10–31 kg. Determinemos a velocidade da carga puntiforme, ao passar pelo ponto A: 2 16 2 7a a c a m.V 6.10 .V E 0,12 V 2.10 m/s 2 2 Uau ! A carga puntiforme foi acelerada, a partir do repouso, até a velocidade de setenta e dois milhões de quilômetros por hora, após percorrer apenas 10 cm sob ação da força elétrica atrativa ? É realmente quase inacreditável, amigo Nestor. Grandes acelerações como estas têm duas causas importantes: A força elétrica coulombiana aumenta muito rapidamente quando a distância entre as cargas diminui; As partículas em questão apresentam massas muito pequenas. Grandes acelerações desse tipo são utilizadas para construir aceleradores de partículas, extremamente úteis para o estudo e descoberta das mais variadas sub-partículas atômicas, através do bombardeamento do material em análise com um feixe de elétrons de alta energia. 11 - Potencial num ponto causado por duas ou mais partículas Seja o ponto A da figura 26, imerso no campo produzido pelas cargas Q1, Q2 e Q3. O potencial elétrico resultante VA é dado pela soma algébrica dos potenciais que cada uma das cargas causa em A: A 1A 2A 3A V = V + V + V 3 3 2 2 1 1 A d KQ + d KQ + d KQ =V [eq-20] Q3 D1 D2 Q2 D3 A Figura 26 – Três cargas Q1 , Q2 e Q3 causando potencial elétrico no ponto A Isso é válido para um sistema com um número qualquer de partículas. Note que trata-se, simplesmente, de uma soma escalar algébrica e não, uma soma vetorial, além do mais, cada uma das parcelas acima pode ser positiva ou negativa, de acordo com o sinal das cargas Q1, Q2, Q3 ... Figura 27 –Gráfico tridimensional do potencial V próximo a um par de cargas do mesmo sinal. Veja esses gráficos ampliados em www.fisicaju.com.br/potencial Figura 28 –Gráfico tridimensional do potencial V próximo a um dipolo elétrico de cargas +Q e –Q. Note como o potencial tende a + quando nos aproximamos da carga +Q e, a –, quando nos aproximamos da carga –Q. Exemplo Resolvido 8: Duas cargas puntiformes qa = +12C e qb = –6C localizam-se nos vértices de um triângulo equilátero, de lado 30 cm. Determine: Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 46 +qa -qb C da db a) O potencial elétrico resultante no vértice C; b) A energia potencial elétrica armazenada por uma carga de 4C, quando colocada no vértice C. Solução: O potencial resultante no ponto C é calculado pela soma algébrica dos potenciais que cada carga qa e qb , individualmente, causam no referido ponto. Matematicamente: Vc = Va-c + Vb-c d q .K d q .K b b a a Vc 2 69 2 69 b b a a 10.30 )10.6 (- .9.10 10.30 10.12 .9.10 d q .K d q .K Vc = 360 KJ / C 180 KJ / C = 180 KJ / C Assim, após determinarmos o potencial elétrico do ponto C, calculamos a energia potencial elétrica armazenada pela carga de prova, quando colocada em C: Ep = q. Vc = 4.10–6 C . ( C J .10 180 3 ) = 0,72 J 12 - Eqüipotenciais Eqüipotenciais são linhas (no plano) ou superfícies (no espaço) onde o potencial, em todos os pontos, assume o mesmo valor algébrico. As eqüipotenciais, num campo elétrico criado por uma partícula eletrizada, são circunferências (no plano) ou superfícies esféricas (no espaço). Tal afirmativa é facilmente constatável, bastando, para isso, analisar a expressão do potencial. Desse modo, notaremos que, para os mesmos Q e K, o potencial assumirá valores iguais nos pontos do espaço eqüidistantes da carga fonte. + A ilustração mostra eqüipotenciais num campo elétrico criado por uma carga puntiforme positiva. Observemos que, se a carga fosse negativa, mudaria apenas o sentido das linhas de força, que passariam a ser de aproximação. Com relação ao formato das eqüipotenciais, nada mudaria. Num dipolo elétrico, isto é, para duas partículas eletrizadas com cargas de mesmo módulo, porém de sinais opostos, as eqüipotenciais assumem o aspecto da figura a seguir: - + É muito importante observar que as eqüipotenciais são sempre perpendiculares às linhas de força. Para um campo elétrico uniforme, as eqüipotenciais são retas ou planos normais à direção definida pelas linhas de força. A figura mostra eqüipotenciais num campo elétrico uniforme. 13 - Trabalho em superfícies eqüipotenciais É importante lembrar que em dois pontos de uma mesma eqüipotencial a diferença de potencial é nula. Assim, o trabalho que o campo elétrico realiza sobre uma partícula eletrizada q, para levá-la de um ponto a outro da mesma eqüipotencial, também é nulo, independente da trajetória seguida por essa partícula. = 0 AB + d q Q B A Agora, podemos explicar por que as eqüipotenciais são sempre perpendiculares às linhas de força. Para isso, consideremos dois pontos A e B quaisquer de uma mesma eqüipotencial: BA Desloquemos uma partícula de carga q de A para B, ao longo da eqüipotencial. O trabalho realizado pelo campo elétrico é nulo, pois VA = VB: 0=)Vq.(V= BAAB Masisto será verdade somente se a força eletrostática se mantiver sempre perpendicular à trajetória seguida. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 47 BA Como a força tem a mesma direção do campo elétrico este, por uma vez, tem a mesma direção das linhas de força, concluímos que essas linhas também são perpendiculares à superfície eqüipotencial. 14 - Propriedades do Campo Elétrico Na figura abaixo, utilizando a eq-19 , calculamos alguns potenciais ao longo da linha de força do campo elétrico criado por cargas puntiformes. Q + +200V +100V +20V . . . Q - - 200V - 100V - 20V . . . Conclusão: O potencial sempre decresce algebricamente ao longo da linha de força e no mesmo sentido dela. Conseqüência Direta: As linhas de força do campo elétrico (estático) não podem ser fechadas. 15 - Espontaneidade e Trabalho Seja um corpo que se desloca sob ação de uma força e na mesma direção dela. Se o deslocamento se der no mesmo sentido da força, dizemos que essa força realiza um trabalho espontâneo, um trabalho motor. Caso contrário, dizemos que a força realiza um trabalho não-espontâneo, resistente, que se opõe ao movimento. Exemplo: Uma pedra, quando abandonada a uma certa altura, desloca-se espontaneamente para baixo. A força peso e a direção de deslocamento apontam (ambas) para baixo. Dizemos que a força peso realiza um trabalho positivo, já que não se opõe ao movimento. Deslocamento espontâneo Trabalho positivo > 0 Uma pedra foi jogada para cima. A força peso se opõe ao movimento (não - espontâneo) da pedra, realizando um trabalho negativo. A força peso aponta para baixo e o deslocamento para cima. Deslocamento não-espontâneo Trabalho negativo < 0 Conclusão: Todo sistema evolui espontaneamente a fim de minimizar sua energia potencial. É o que acontece com a pedra, quando abandonada a uma certa altura, que cai, diminuindo cada vez mais sua energia potencial Ep = m.g.h. 16 - Partícula abandonada num campo elétrico CARGA ELÉTRICA POSITIVA: Quando abandonada sob ação de um campo elétrico, busca minimizar sua energia potencial elétrica. Como: E = q.VP Sendo q positiva, esta se deslocará espontaneamente para pontos de potencial V cada vez menor algebricamente. Assim, se q se desloca espontaneamente de um ponto A para um ponto B, temos necessariamente V < VB A . Veja: )V q.(V= BA , se q > 0 e V < VB A , teremos > 0, garantindo um trabalho espontâneo! CARGA ELÉTRICA NEGATIVA: Quando abandonada sob ação de um campo elétrico, também busca minimizar sua energia potencial elétrica. Como EP = q.V e sendo a carga q negativa, esta se deslocará espontaneamente para os pontos de potencial V cada vez maior algebricamente. Assim, se q se desloca espontaneamente de um ponto A para um ponto B, temos, necessariamente, V > VB A . Veja: )V q.(V= BA , se q < 0 e V > VB A , teremos > 0, correspondendo a um movimento espontâneo ! RESUMINDO: Quando abandonadas num campo elétrico, as cargas positivas dirigem-se para potenciais menores, enquanto as negativas dirigem-se para potenciais maiores. Tanto as cargas positivas como as negativas buscam uma situação de energia potencial mínima. Quando partículas eletrizadas são abandonadas sob a ação exclusiva de um campo elétrico, o trabalho realizado por este campo é sempre positivo. 17 - Trajetória da Carga: Quando uma partícula carregada se move sob ação exclusiva de um campo elétrico E, ela fica sujeita a uma força elétrica resultante FE que é sempre tangente às linhas de força do campo elétrico em cada instante (veja figura abaixo). O que mais se pode afirmar sobre o movimento da partícula ? E FE FE FE v A trajetória dela coincidirá com alguma das linhas de força do campo elétrico E ? Ora, para que isso aconteça, é necessário que as linhas de força do campo elétrico sejam retilíneas, o que ocorre tanto no caso do campo elétrico uniforme quanto no caso do campo elétrico radial produzido por uma carga puntiforme.Veja as figuras abaixo: E E A partícula se manterá sobre a linha de força retilínea do campo elétrico tanto se ela for abandonada em repouso nesse campo, quanto se ela for inicialmente impulsionada na direção do campo retilíneo. Se a partícula for impulsionada numa direção oblíqua a um campo elétrico uniforme, descreverá uma trajetória parabólica, analoga- mente ao que ocorre no lançamento de projéteis no campo gravitacional uniforme, como mostra a figura a seguir: Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 48 E FE FE FE v v v v Uma partícula não consegue se manter sobre uma linha de força curvilínea de um campo elétrico E pelo fato de que a força elétrica age estritamente na direção tangencial, faltando uma força na direção centrípeta para curvar a trajetória da partícula. 18 – Diferença de Potencial entre dois pontos Consideremos um campo elétrico uniforme, representado por suas linhas de força retilíneas, paralelas e espaçadas igualmente, e duas eqüipotenciais A e B, tal que o potencial elétrico em A é maior do que em B ( V > VA B ). Uma partícula eletrizada com carga positiva q é abandonada em A. q E + d BA O campo elétrico existente na região incumbe-se de levar a carga positiva q ao longo da linha de força, através da aplicação de uma força F . Uma vez que o campo elétrico é uniforme, a força F é constante, pois F = q E . Assim, o trabalho realizado pelo campo, no deslocamento da carga q entre as eqüipotenciais A e B, pode ser calculado por: AB = F.d (I) Entretanto, também pode ser usada a expressão: )Vq.(V= BAAB (II) Sendo U=VV BA e comparando-se (I) e (II), tem-se: F.d = q.U (III) Mas F = q E. Substituindo em (III), vem: q.E.d = q.U E.d = U [eq-21] Num campo elétrico uniforme, a diferença de potencial (ddp) entre duas eqüipotenciais é igual ao produto do módulo do campo E pela distância entre as eqüipotenciais. A expressão eq-21 só vale em campos uniformes, não sendo válida em campos coulombianos. Da relação encontrada, pode-se perceber que, no SI, a unidade de campo elétrico é volt / metro, que equivale a newton / coulomb. 19 - Campo Elétrico do Condutor Esférico Um condutor esférico não possui saliências nem reentrâncias. Assim, ao ser eletrizado, as cargas distribuem-se uniformemente pela sua superfície externa, de tal modo que a sua densidade superficial de cargas é a mesma em todas as regiões. Daí dizer-se que a superfície de uma esfera condutora, ao receber cargas, fica uniformemente eletrizada. Assim, pode-se afirmar, para um condutor esférico eletrizado em equilíbrio eletrostático, que: Nos pontos internos o vetor campo elétrico é nulo: E = 0int O vetor campo elétrico é perpendicular à superfície externa do condutor esférico em cada ponto dela, tendo módulo dado por: E = | | 2 sup A densidade superficial de cargas é dada pelo quociente da carga total Q existente na esfera pela área A de sua superfície externa: A |Q| |=| A2 |Q| =Esup Entretanto, para uma esfera, A = 4 r 2 , onde r é o raio. Por isso, vem: E = |Q| 4 2r = 1 4 . |Q| 2r sup 2 2 Mas, no SI, 1 4 = K (constante eletrostática do meio). Assim, segue que: E = 1 2 K |Q| r sup 2 Nas vizinhanças da superfície da esfera, o módulo do vetor campo elétrico é dado por: E = 2Epróx sup Daí: E = K |Q| r próx 2 Devido à simetria da esfera e à distribuição de cargas em sua superfície, para se calcular o módulo do vetor campo elétrico em pontos mais afastados, tudo se passa como se a carga estivesse totalmente concentrada nocentro da esfera. Assim, para uma esfera genérica eletrizada, tem-se: d r o P + + + + + + + + E = K |Q| d ext 2 É importante observar que d é a distância do ponto externo considerado (P) ao centro O da esfera. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 49 E ro - - - - - - - - d O gráfico mostra a variação do módulo do vetor campo elétrico criado por uma esfera condutora eletrizada. Convém observar que o sinal da carga não muda o aspecto do gráfico, pois é usado o módulo da carga no cálculo da intensidade do vetor campo elétrico. 20 - Cálculo de campos elétricos causados por distribuições esféricas de carga. Nesta secção, estamos interessados em resolver a seguinte questão: Exemplo Resolvido 09: Seja uma cavidade esférica metálica de raio interno r e raio externo R eletrizada com uma carga +Q. Coloca-se em seu centro uma pequena esfera metálica eletrizada com carga +q. Pede-se calcular a intensidade do campo elétrico nos pontos A,B e C, localizados a distâncias Ra, Rb e Rc do centro das esferas, respectivamente, conforme a figura. Solução: Antes de partirmos para a solução do problema, precisamos aprender o seguinte lema: “Nenhuma distribuição esférica de cargas elétricas consegue criar campo elétrico no seu interior. O campo elétrico causado por tal distribuição só atua fora da superfície esférica”. A figura anterior mostra que o campo elétrico de uma distribuição esférica de cargas só atua fora da superfície esférica. Tal distribuição é incapaz de causar campo no interior da região esférica. Observe na figura que não há linhas de forças no interior da esfera. Visto esse lema, precisamos, ainda, determinar como as cargas da esfera oca e da esfera menor se arranjarão no equilíbrio eletrostático Como assim, prôfi ? Perceba que a questão especifica apenas a carga total da esfera oca (+Q), mas não diz como tal carga está distribuída ao longo das superfícies interna e externa dessa esfera. Isso fica por conta do aluno. Assim, nesse caso ocorrerá uma indução total e a distribuição de cargas no equilíbrio será : A carga +q da pequena esfera induz uma carga q na superfície interna da cavidade. Pelo princípio da conservação das cargas, uma carga (Q+q) deve aparecer na superfície externa da cavidade Agora estamos aptos a calcular os campos pedidos. Cálculo de Ea: A figura anterior nos mostra as três distribuições esféricas de carga formadas após atingido o equilíbrio, quais sejam (+q) , (q) e (Q+q). Quais destas distribuições de carga causam campo elétrico em A ? Ora, segundo o lema visto anteriormente, o ponto A encontra-se no interior das distribuições esféricas (Q+q) e (q) que são, portanto, incapazes de criar campo em A . Assim, o campo em A é causado apenas pela distribuição de cargas (+q). Apenas para efeito de cálculo, consideramos essa carga concentrada no centro das esferas e calculamos esse campo: Ea = K q Ra . ( )2 Cálculo de Eb: Pela figura, vemos que o ponto B encontra-se no interior apenas da distribuição de cargas (Q+q) que, segundo o lema, não causará campo em B. Apenas as outras duas distribuições causarão campo nesse ponto. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 50 Assim, para efeito de cálculo, consideramos a carga total dessas duas distribuições concentrada no centro das esferas e calculamos o campo em B: Eb = 2)Rb( ] (-q) + (+q) [ . K = 0 Esse resultado já era esperado, pois B é um ponto de uma região metálica de um condutor em equilíbrio eletrostático, onde o campo elétrico sempre é nulo . Cálculo de Ec: Pela figura, percebemos que o ponto C é externo às três distribuições esféricas de carga, portanto todas elas causarão campo em C. Assim, para efeito de cálculo, consideramos a carga total das três distribuições concentrada no centro das esferas e calculamos o campo nesse ponto: Ec = K. [ (+q) + (-q) + (Q+q) ] (Rc)2 Ec = K ( Q Rc + q) ( )2 Linhas de força do campo elétrico : Perceba que só há campo elétrico nas regiões onde as linhas de força estão presentes. Nas regiões acinzentadas o campo elétrico é nulo. Comentários finais: Note que, antes de se fazer o cálculo do campo elétrico causado por condutores esféricos eletrizados, é indispensável determinar como as cargas desses condutores se distribuíram no equilíbrio eletrostático. Ei, prôfi, e o que aconteceria aos campos Ea, Eb e Ec se a esfera fosse ligada à Terra ? Embora seja uma excelente pergunta, é facilmente respondida seguindo-se o procedimento anterior: determina-se como as cargas estarão distribuídas no equilíbrio eletrostático e, a partir daí, calcula-se os campos Ea, Eb e Ec. Veja: Conforme aprendemos no apêndice do capítulo 1, após a ligação à terra, a esfera atingirá o equilíbrio eletrostático com sua superfície externa neutralizada pela subida de elétrons provenientes da terra, como na figura anterior. Assim, é fácil concluir que os campos Ea e Eb permanecem inalterados, pois independem da distribuição de cargas que foi neutralizada. O cálculo de Ec será: Ec = K. [ (+q) + (-q) + (0) ] (Rc) 0 2 Assim como Eb, Ec também passa a ser nulo, por ser nula a carga total capaz de causar campo nesses pontos. Apenas o campo Ea será diferente de zero, nesse caso. Linhas de força do campo elétrico após a ligação à terra. Perceba a existência de linhas de força apenas no interior da cavidade. O campo elétrico é nulo tanto nas regiões sombreadas, como fora da esfera maior. Ei, prôfi, e o que aconteceria a estes campos se, ao invés de termos ligado a esfera maior á terra, ligássemos as esferas entre si ? Uma boa pergunta, também de fácil resolução. Para respondê-la, façamos outra pergunta: ligando-se as esferas entre si, no equilíbrio eletrostático, onde estarão as cargas desse novo Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 51 sistema ? Ora, as duas esferas, ligadas entre si, atuarão como um único condutor eletrizado. Assim, toda a carga desse condutor só poderá estar em sua superfície mais externa, que coincide com a superfície externa da cavidade. Assim, a carga total (+q) + (–q) + (Q+q) = (Q+q) estará toda na superfície mais externa. É fácil ver que teremos: Ea = Eb = zero, Ec = K ( Q Rc + q) ( )2 Linhas de força do campo elétrico, após as esferas terem sido ligadas entre si. Perceba que só teremos campo elétrico fora da esfera maior. Ea e Eb serão nulos pelo fato de que a distribuição esférica de cargas (Q+q) não é capaz de criar campo elétrico no seu interior, onde estão os pontos A e B, de acordo com o lema visto anteriormente. Nesse momento, o aluno deve sentir-se capaz de calcular o campo elétrico de qualquer distribuição esférica de cargas, em qualquer situação. Um aspecto curioso da indução total em esferas é mostrado a seguir. A figura anterior mostra uma carga puntiforme +q no centro de uma esfera condutora oca neutra. Devido à indução total, a carga puntiforme +q induz uma carga superficial –q na face interna. Uma carga de sinal oposto +q é induzida na face externa, visto que o condutor está neutro. As linhas do campo elétrico da carga puntiforme central principiam no centro da esfera e terminam na face interna. As linhas de um novo campo, agora devido às cargas induzidas na superfície externa +q, recomeçam na face externa e vão para o infinito. Se a carga puntiforme for deslocada do centro da esfera, a distribuição das cargas induzidas na superfície interna do condutor se altera, de forma a manter nulo o campo elétrico no interior da paredemetálica (E = 0 através da parede). Assim, a parede metálica blinda e impede qualquer comunicação entre os campos internos e externos à esfera. Por esse motivo, as cargas da superfície externa “não tomam conhecimento” do que houve no interior da esfera, e a sua distribuição na superfície externa permanece homogênea e uniforme. O campo elétrico externo, portanto, não sofre nenhuma alteração. Isso não é incrível ? Após este breve apêndice, é fundamental o aluno ter em mente, pelo menos, o fato de que em um condutor eletrizado em equilíbrio eletrostático , jamais haverá cargas em suas partes metálicas. Apenas em sua superfície mais externa e, eventualmente, em sua superfície interna, caso esteja ocorrendo indução total. 21 – Campo Elétrico no Interior de uma esfera Isolante Na seção anterior, fizemos uso do seguinte lema para determinar o campo elétrico causado por distribuições esféricas de cargas: “Nenhuma distribuição esférica de cargas elétricas consegue criar campo elétrico no seu interior. O campo elétrico causado por tal distribuição só atua fora da superfície esférica”. A seguir, faremos mais uma vez o uso desse lema para calcular a intensidade do campo elétrico uniforme E gerado por uma esfera maciça isolante neutra uniformemente eletrizado em todo o seu volume com uma carga total Q. Para isso, considere o problema a seguir: Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 52 Exemplo Resolvido 10: Uma esfera isolante, de raio R, encontra- se uniformemente carregada em todo o seu volume com uma carga total Q. Isso significa que temos cargas elétricas uniformemente espalhadas desde o centro da esfera isolante até a sua superfície. Determine a intensidade do campo elétrico E gerado por essa esfera eletrizada em pontos internos à mesma, localizados a uma distância genérica x do seu centro, com x R. Q R Se fosse uma esfera condutora, toda a sua carga elétrica se distribuiria sobre sua superfície mais externa. Como se trata de uma esfera isolante, sua carga elétrica não tem como se deslocar, permanecendo uniformemente eletrizada. Solução: Seja o ponto A localizado no interior da esfera a uma distância genérica x do seu centro. Conforme o lema estudado anteriormente, sabemos que apenas a carga elétrica q contida na esfera sombreada de raio x gera campo elétrico no ponto A. Q R A x q Entretanto, a carga q da região sombreada é uma fração da carga total Q da esfera isolante. Como determinar essa carga q ? Ora, como a carga elétrica total Q encontra-se uniformemente distribuída em todo o volume da esfera isolante de raio R, podemos dizer, por exemplo, que se o volume da esfera cinza de raio x fosse a metade do volume total, a sua carga q seria a metade da carga elétrica total Q da esfera. Assim, a carga q da região cinza é diretamente proporcional ao seu volume, valendo, portanto, a seguinte proporção: interna aargC interno Volume total aargC total Volume q x. 3 4 Q R. 3 4 33 Assim, determinarmos a carga q contida na região esférica de raio genérico x: q = 3 3 .x R Q , válido para 0 x R Finalmente, estamos aptos a determinar o campo elétrico que essa carga q gera no ponto A, localizado a uma distância x do centro da esfera: E = 2 3 3 22 x .x R Q .K x q.K D q.K = .x R Q.K 3 E = .x R Q.K 3 , válido para 0 x R Assim, sendo K, Q e R constantes, vemos que o campo elétrico E gerado no interior dessa esfera (ou seja, para 0 x R) aumenta lineamente com a distância x ao centro da mesma conforme a expressão determinada acima. Para x = 0 (centro da esfera), temos E = .0 R Q.K 3 E = 0 Para x = R, temos E = .x R Q.K 3 = .R R Q.K 3 E = 2R Q.K E X R 2R Q.K 0 0 Para pontos externos à esfera (x R), o campo elétrico E decresce com o aumento da distância x ao centro da esfera, de acordo com a expressão convencional : E = 2X Q.K , para x R O gráfico acima mostra o comportamento do campo elétrico E em função da distância x ao seu centro tanto para pontos internos à esfera quanto para pontos externos à mesma. Note que no interior da esfera, a intensidade do campo elétrico uniforme E aumenta linearmente com o aumento da distância x, ao passo que fora da esfera sua intensidade diminui proporcionalmente a 1/x². 22 - Potencial Criado Por Um Condutor Eletrizado É importante lembrar que: Partículas eletrizadas, abandonadas sob a influência exclusiva de um campo elétrico, movimentam-se entre dois pontos quaisquer somente se entre eles houver uma diferença de potencial (ddp) não-nula. Quando fornecemos elétrons a um condutor, eletrizamos, inicialmente, apenas uma região do mesmo. Nessa região, as cargas negativas produzem uma diminuição no potencial, que é mais acentuada do que no potencial de regiões mais distantes. A diferença de potencial estabelecida é responsável pela movimentação dos elétrons para regiões mais distantes, o que provoca um aumento no potencial do local onde se encontravam e uma diminuição no potencial do local para onde foram. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 53 - - -- --- - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- - - -- No início No final Por outro lado, na eletrização positiva são tirados elétrons de uma região, provocando um aumento no potencial desse local. Como conseqüência, elétrons livres das partículas neutras das regiões mais distantes movimentam-se para o local inicialmente eletrizado. Tal fato faz surgir cargas positivas nas regiões neutras, diminuindo a quantidade de cargas positivas na região eletrizada inicialmente. Tudo acontece como se as cargas positivas se movimentassem ao longo do condutor. - - - + +++ + + + + + + + + + + + + + + + + + + ++ + + ++ + + + No início No final É fácil notar que a movimentação das cargas, no condutor, ocorre durante um breve intervalo de tempo, após o que as partículas elementares atingem posições tais que a diferença de potencial entre dois pontos quaisquer do corpo torna-se nula. Dizemos, então, que o condutor atingiu o equilíbrio eletrostático. A diferença de potencial (ddp) entre dois pontos quaisquer de um condutor em equilíbrio eletrostático é sempre nula. Do exposto, conclui-se que, nos pontos internos e na superfície de um condutor eletrizado em equilíbrio, o potencial elétrico assume o mesmo valor. O potencial assume valores diferentes apenas nos pontos externos ao condutor. V = Vinterno superfície Assim, um condutor em equilíbrio eletrostático é uma superfície eqüipotencial. 23 - Potencial criado por um condutor esférico isolado Suponhamos uma esfera condutora eletrizada em equilíbrio eletrostático. O potencial elétrico assume o mesmo valor em todos os pontos desse condutor, sejam eles internos ou localizados na superfície. Para pontos externos à esfera condutora, o potencial varia com a distância do ponto considerado ao centro O da esfera. Para efeito de cálculo desse potencial, considera-se toda a carga elétrica da esfera concentrada em seu centro. Isso, entretanto, só é possível devido à simetria da mesma. Assim, tem-se: d+ + + ++ + ++ + + + + + + + + r O P V = V = K Q r interno superfície V = K Q d externo O gráfico da variação do potencial em função da distância ao centro da esfera eletrizada é dado pelo gráfico a seguir: d + + + ++ + ++ + + + + + + + + r O V = K. Q r V - - - -- - -- - - - - - - - - rO V = K. Q r V 24 - Condutores Esféricos Ligados Entre Si Na página 4, exercício resolvido No 1, o prof Renato Brito mostrou como se determinar as cargas finais de dois condutores que foram encostados entre si, dados os seus raios e as suas cargas elétricas iniciais. A seguir, retomamos o mesmo problema no contexto do Potencial Elétrico: Exemplo Resolvido 11 Sejam duas esferas metálicas A e B, de raios Ra e Rb, eletrizadas com cargas, respectivamente, iguais a Qa e Qb. Qa, Ra Qb, Rb Pede-se determinar : a) Os potenciais iniciais de cada esfera. b) Os potencial final das esferas, após ligarmos uma à outra. c) As cargas finais Qa’ e Qb’ de cada uma. Solução: Seus potenciais iniciais podem ser facilmente calculados pelas expressão vista na secção anterior: Va = K Qa Ra . Vb = K Qb Rb . Mas o que acontece se ligarmos entre si esferas metálicas eletrizadas de raios diferentes ? Figura 29 –Cilindros contendo líquidos em níveis diferentes. Sabemos que o líquido fluirá para o cilindro da direita até que seus níveis fiquem à mesma altura, isto é, ao mesmo potencial gravitacional Vg = g.h Para uma perfeita compreensão, façamos uma breve analogia: Observe os dois cilindros acima. O potencial gravitacional (Vg = g.h) do líquido A está, inicialmente, superior ao do líquido B. Assim, ao ligarmos os cilindros através de um cano, o líquido A fluirá em direção ao cilindro B, até que seus potenciais gravitacionais se tornem iguais (Vga =Vgb), o que, obviamente, ocorrerá quando seus níveis estiverem iguais (ha = hb). Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 54 Analogamente, quando conectarmos as esferas através de um fio condutor, elétrons fluirão de uma esfera a outra até que seus potenciais elétricos se tornem iguais (Va=Vb). Qa’, Ra Qb’, Rb Elétrons fluirão de uma esfera a outra até que seus potenciais elétricos se tornem iguais (Va = Vb). Quando a diferença de potencial (ddp) entre tais esferas se anular (Va Vb = 0), cessará a corrente elétrica entre as mesmas e o sistema atingirá o equilíbrio eletrostático. A partir daí, quando a diferença de potencial (U=VaVb) entre as tais esferas se anular, cessará a corrente elétrica de uma a outra, e o sistema terá atingido o equilíbrio eletrostático. Sendo Qa’ e Qb’ as cargas finais das esferas A e B após atingido o equilíbrio eletrostático, pelo princípio da conservação das cargas, podemos escrever: Qa + Qb = Qa’ + Qb’ (1) Queremos calcular o potencial final VF das esferas. Sobre VF, podemos escrever: VF = K Ra . Qa ' = K Rb . Qb ' (2) Pela propriedade das proporções, podemos reescrever: VF = K Ra . Qa ' + K.Qb ' + Rb = K Qa Ra Rb ( ' + Qb ' ) = K Qa Ra Rb ( + Qb) = VF = KQa + KQb Ra +Rb , mas como temos Va = K Qa Ra . e Vb = K Qb Rb . , podemos reescrever: VF = Va Ra Rb .Ra + Vb.Rb (3) A equação (3) é extremamente útil pois expressa o potencial de equilíbrio VF das esferas apenas em função de seus potenciais iniciais Va e Vb e de seus raios. Pode, facilmente ser memorizada. Assim, de posse da equação (3), determinamos VF. Substituindo-se VF na equação (2), facilmente determinamos Qa’ e Qb’. Confira: VF = K Ra . Qa ' = K Rb . Qb ' (2) 25 - O Potencial Elétrico Da Terra. No estudo da eletrostática, o planeta Terra é considerado uma enorme esfera condutora eletrizada negativamente com carga elétrica estimada em 600.000 C. Sendo o seu de raio de aproximadamente 6.400 km, o potencial elétrico da Terra em relação ao infinito, suposta isolada no universo, vale: VTerra = 8 x 108 V (em relação ao infinito) Embora, a rigor, o potencial resultante na Terra sofra influência das cargas elétricas dos corpos celestes vizinhos, as cargas elétricas separadas pela atividade humana praticamente não produzem efeitos sensíveis no seu potencial elétrico. Assim, para todos os efeitos, a Terra atua como um padrão invariável de potencial elétrico e, portanto, pode ser tomada como nível de referência para potenciais elétricos, isto é, podemos arbitrar um potencial fixo para a Terra. Qual seria um valor interessante de potencial para se adotar para a Terra ? Por simplicidade, adotamos VTerra = 0 V. Ei, prôfi, e o que aconteceria se um condutor isolado de outros condutores fosse conectado à Terra ? Ela ficaria eletricamente neutro ? Por que ? Calminha, Claudete. Se o condutor estiver isolado (ou seja, não estiver sofrendo indução eletrostática devido a presença de outras cargas ao seu redor), ele realmente se tornará neutro após ser conectado à Terra. Para entendermos por que isso ocorre, consideraremos três casos possíveis: Caso 1 – Condutor Com Potencial Elétrico Positivo Estando o corpo isolado eletrizado positivamente com carga +Q, ele terá um potencial elétrico positivo +K.Q/R em relação à Terra (isto é, Vcorpo > VTerra = 0 ), ou seja, haverá uma ddp entre ele e a Terra, o que motivará o aparecimento de uma corrente elétrica entre os mesmos. Conectando-se o condutor à Terra, elétrons (que têm carga elétrica negativa) passarão espontaneamente da Terra para o condutor (do potencial menor para o potencial maior). Durante essa passagem, o potencial +K.Q/R do corpo vai gradativamente diminuindo (+200V, +100V, +50V, +10V) com a chegada de elétrons (visto que a carga +Q do condutor vai diminuindo) até que seu potencial se iguale ao da Terra, cujo potencial é admitido constante VTerra = 0. VA > VTerra Quando finalmente tivermos Vcorpo = VTerra = 0, não haverá mais ddp entre eles e, portanto, não haverá mais corrente elétrica (cessa o movimento de elétrons). Dizemos que o sistema “Terra+corpo” atingiu o equilíbrio eletrostático. Nesse caso, o anulamento do potencial elétrico do condutor obriga o anulamento da sua carga elétrica, ou seja, +K.Q/R = 0 Q = 0) Note que, quando dois corpos estão em equilíbrio eletrostático entre si, eles não precisam ter necessariamente cargas elétricas iguais, mas sim, potenciais elétricos iguais. Caso 2 – Condutor Com Potencial Elétrico Negativo Estando o corpo isolado eletrizado negativamente com carga Q, ele terá um potencial elétrico negativo K.Q/R em relação à Terra (isto é, Vcorpo < VTerra = 0 ), ou seja, haverá uma ddp entre ele e a Terra, o que motivará o aparecimento de uma corrente elétrica entre os mesmos. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 55 Conectando-se o condutor à Terra, elétrons (que têm carga elétrica negativa) passarão espontaneamente do condutor para a Terra (do potencial menor para o potencial maior). Durante essa passagem, o potencial K.Q/R do corpo vai gradativamente aumentando (100V, 80V, 40V, 20V, 10V) com a saída de elétrons (visto que o módulo da carga do condutor vai diminuindo) até que seu potencial se iguale ao potencial da Terra, potencial este admitido constante (VTerra = 0 = constante) durante todo o processo. VB < VTerra Quando finalmente tivermos Vcorpo = VTerra = 0, não haverá mais ddp entre eles e, portanto, não haverá mais corrente elétrica (cessa o movimento de elétrons). Dizemos que o sistema “Terra+corpo” atingiu o equilíbrio eletrostático. Nesse caso, o anulamento do potencial elétrico do condutor obriga o anulamento da sua carga elétrica, ou seja, K.Q/R = 0 Q = 0) Caso 3 – Condutor Com Potencial Elétrico Nulo Tendo o condutor um potencial elétrico nulo em relação à Terra (isto é, Vcorpo = VTerra = 0 ), não há diferença de potencial elétrico (ddp) entre eles, portanto, não haverá corrente elétrica. Os elétrons não têm motivação para fluir espontaneamente de umcorpo ao outro. Dizemos que os corpos já estão em equilíbrio eletrostático entre si. Em suma, se não houver ddp, não haverá corrente elétrica. As ligações à Terra são muito usadas para proteger o homem contra o perigo de um choque elétrico ou mesmo uma descarga elétrica. Por exemplo: um pára-raios é sempre aterrado, assim como um chuveiro elétrico, uma torneira elétrica, uma máquina de lavar roupas. Toda vez que ligamos à Terra uma armadura metálica garantimos que o seu potencial elétrico se anula. Assim, se uma pessoa que está com os pés no chão (potencial elétrico nulo) tocar numa geladeira (cuja superfície metálica também está a um potencial nulo, visto que está aterrada), a pessoa jamais tomará choque, visto que não haverá ddp para provocar descarga elétrica através da pessoa em direção à Terra. Afinal, todos estão no mesmo potencial elétrico. 26 - O PáraRaios. O objetivo principal de um pára-raios é proteger uma certa região ou edifício ou residência, ou semelhante, da ação danosa de um raio. Estabelece com ele um percurso seguro, da descarga principal, entre a Terra e a nuvem. Um pára raios consta essencialmente de uma haste metálica disposta verticalmente na parte mais alta do edifício a proteger. A extremidade superior da haste termina em várias pontas e a inferior é ligada à Terra através de um cabo metálico que é introduzido profundamente no terreno. Quando uma nuvem eletrizada passa nas proximidades do pára- raios, ela induz neste cargas de sinal contrário. O campo elétrico nas vizinhança das pontas torna-se tão intenso que ioniza o ar e força a descarga elétrica através do pára-raios, que proporciona ao raio um caminho seguro até a Terra. 27 – Cálculo do Potencial Elétrico de uma Esfera Não-Isolada. Seja uma esfera metálica neutra de raio R, com cargas induzidas +q e q, na presença de um indutor puntiforme de carga +Q a uma distância D do seu centro. Para determinar o potencial elétrico da esfera induzida, é suficiente determinar o potencial elétrico do seu centro A. Tanto a carga indutora +Q, quanto as cargas induzidas q e +q produzem potencial no ponto A. Note que estamos admitindo, por simplicidade, a esfera induzida como estando neutra (q + q = 0). + +Q + + + + + + + + + + - - - - - D -q +q RR indutor A Esfera induzida Segundo o prof Renato Brito, o potencial da esfera induzida A é a soma dos potenciais elétricos que todas as cargas geram no seu centro A. Assim, matematicamente, vem: Efeito do indutor R )q.(K R )q.(K D Q.K VA Efeito das cargas induzidas A expressão acima nos mostra que, estando o condutor neutro, as cargas que aparecem por indução (+q e q) não influenciam o seu potencial elétrico resultante. Segundo o prof Renato Brito, para determinar o potencial elétrico de um condutor esférico neutro na presença de vários indutores ao seu redor (logicamente, o condutor esférico estaria sofrendo indução), basta determinar somar dos potenciais que cada um deles individualmente gera no centro da esfera induzida, conforme a expressão a seguir: Efeito dos indutores R )q.(K R )q.(K .... D Q.K D Q.K D Q.K V 3 3 2 2 1 1 A Efeito das cargas induzidas onde D1, D2, D3 ... são as distância do centro de cada um dos indutores ao centro da esfera induzida. + + + + + - - - - --q +q R Esfera induzida A Q3 Q1 D1 D2Q2 D3 Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 56 Como as cargas indutoras puntiformes Q1, Q2, Q3 poder sem positivas ou negativas, o potencial elétrico resultante da esfera induzida terá um sinal algébrico que dependerá tanto dos valores das cargas indutoras, quanto da maior ou menor proximidade delas ao centro da esfera. Lembre-se que os cálculos acima não são feitos em módulos, mas sim, com os respectivos sinais algébricos das cargas elétricas. Caso a esfera metálica não estivesse neutra, a determinação do potencial elétrico da esfera condutora seguiria um raciocínio semelhante, como o prof. Renato Brito mostrará a seguir: Seja uma esfera condutora com várias cargas q1, q2, q3 ..... qn distribuídas sobre sua superfície esférica. Tais cargas podem ter sido induzidas ou não, esse fato é irrelevante. Seja qTotal o somatório dessas cargas: q1 + q2 + q3 + ..... + qn = qTotal Note na figura a seguir que a distância de todas as cargas q1, q2, q3, q4 ..... qn ao centro da esfera indutora sempre vale R. q1 indutores R q2 q3 qn Q1 Q2 Q3 D1 D2 D3 R Sejam D1, D2, D3 as respectivas distâncias dos centro das cargas indutoras ao centro da esfera. Segundo o prof Renato Brito, o potencial elétrico resultante dessa esfera condutora, nesse caso geral, é dado por: R )q.(K ..... R )q.(K R )q.(K ... D Q.K D Q.K D Q.K V n21 3 3 2 2 1 1 A R )q ... qqq.(K ... D Q.K D Q.K D Q.K V n321 3 3 2 2 1 1 A Sendo q1 + q2 + q3 + ..... + qn = qTotal, vem: R )q.(K ... D Q.K D Q.K D Q.K V Total 3 3 2 2 1 1 A A expressão geral acima mostra que o sinal algébrico do potencial elétrico de um condutor sofrendo indução não depende apenas do sinal da sua carga total qTotal, mas também dos sinais algébricos dos indutores ao seu redor, bem como das distâncias entre eles. Assim, o sinal algébrico do potencial elétrico de um condutor sofrendo indução (condutor não-isolado) não precisa coincidir com o sinal algébrico da carga elétrica total qTotal desse corpo. É possível, por exemplo, que um corpo eletrizado negativamente esteja a um potencial elétrico positivo, bastando, para isso, que haja vários indutores positivos ao seu redor que compensem o potencial negativo produzido pela sua carga total qtotal negativa. Ei, prôfi, e o que aconteceria se uma esfera dessas que está sofrendo indução fosse conectada à Terra ? Ela também ficaria eletricamente neutra ? O processo é semelhante ao explicado nos casos 1, 2 e 3 da seção 25 (O Potencial Elétrico da Terra), Claudete. Entretanto, conforme veremos a seguir, no equilíbrio eletrostático entre o condutor não-isolado (isto é, condutor sofrendo indução) e a Terra, ele não ficará mais eletricamente neutro. Para entender melhor, considere uma esfera condutora (suposta eletricamente neutra por simplicidade) sofrendo indução devido à presença de uma carga +Q nas proximidades. + +Q + + + + + + + + + + - - - - - D -q +q RR indutor induzido A Vesfera > 0 Sendo +Q uma carga positiva, e estando condutor com carga total nula (+q q = 0), seu potencial elétrico VA nesse caso é positivo e dado por: Efeito do indutor 0 R )q.(K R )q.(K D Q.K VA Efeito das cargas induzidas Como o potencial VA do condutor esférico é maior que o da Terra (Vesfera > VTerra = 0 V), existe uma ddp entre eles, ddp essa que motiva o aparecimento de uma corrente elétrica entre os mesmos. Elétrons gradativamente subirão da Terra para o condutor (do potencial menor para o potencial maior), reduzindo pouco a pouco o potencial elétrico do condutor (+100V, +80V, +40V, +20V) até que ele se iguale ao potencial elétrico da Terra (suposto constante Vterra = 0). + +Q + + + + + + + + + + - - - - - D -q +qindutor e - R Logicamente, durante esse processo, o condutor (inicialmente neutro) se tornará mais e mais eletronegativo, durante a subida dos elétrons. Quando o equilíbrio eletrostático for finalmente atingido, não haverá mais ddp (Vesfera = VTerra = 0) nem corrente elétrica entre a Terra e o condutor (que agora estará eletrizado negativamente e com potencial elétrico nulo), como mostra a figura a seguir: + +Q + + + + + - - - - - D-qindutor R Vesfera = 0 A Podemos, agora, calcular o potencial elétrico do condutor esférico da figura acima (calculando o potencial elétrico do seu centro A) e igualá-lo a zero. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 57 Efeito do indutor esfera A Terra K.( Q) K.( q) V V V 0 D R Efeito da carga induzida Fazendo isso, determinamos o módulo da carga indutora q que haverá na superfície da esfera condutora em função de Q, do raio R da esfera e da distância D do indutor ao centro da esfera. Isso não é o máximo !!?? Veja: esfera A Terra K.( Q) K.( q) V V V 0 D R R )q.(K D )Q.(K q = D R.Q !!!!!!!! O interessante resultado acima mostra que a carga induzida que haverá na esfera, conforme esperado, é tão maior quanto maior for a carga indutora Q e quanto menor for a distância D da indutora à esfera, ou seja, quanto mais próximo eles estiverem, maior será o módulo da carga induzida. Assim, mantendo a esfera ligada à Terra e variando-se a distância D entre o indutor e a mesma, a carga induzida q variará de tal forma a manter nulo o potencial da esfera, enquanto a mesma estiver conectada à Terra, sendo sempre dada por: q = D R.Q Ainda assim, como a distância D será sempre maior que o raio R da esfera (D > R), vemos que o módulo da carga induzida será sempre menor que o módulo da carga indutora (|q| < |Q|) nesses casos em que o indutor está do lado de fora do induzido. Essa relação (|q| < |Q|) caracteriza o que chamamos de Indução Parcial. 28 - Blindagem eletrostática. Consideremos um condutor oco (A), eletrizado ou não. Ele apresenta as mesmas propriedades que um condutor maciço: é nulo o campo elétrico em seu interior e as cargas elétricas em excesso, se existirem, distribuem-se pela sua superfície. Se considerarmos um corpo B, neutro, no interior de A, o campo elétrico no seu interior será nulo; mesmo que A esteja eletrizado, B não será induzido. Se, agora, aproximarmos de A um corpo E, eletrizado, haverá indução eletrostática em A, mas não em B. Observamos que o condutor oco A protege eletrostaticamente os corpos no seu interior. Dizemos que o condutor oco A constitui uma blindagem eletrostática. A carcaça metálica de um amplificador eletrônico é uma blindagem eletrostática. A carcaça metálica de um carro ou de um ônibus é uma blindagem eletrostática. 29 - Entendendo Matematicamente o Poder das Pontas No começo do nosso curso de Eletrostática, ficamos intrigados com o poder das pontas: Por que a densidade de cargas elétricas (Coulombs / m2 ) é maior nas regiões mais pontudas de um condutor ? Agora sim, após ter adquirido uma base sólida no conceito de Equilíbrio Eletrostático, o prof. Renato Brito te explicará, com detalhes, passo-a-passo: Passo 1: Como se calcula o potencial elétrico de um condutor (suposto inicialmente esférico, por simplicidade) ? K.Q 1 Q V . R 4 R (eq 1) Passo 2: Como se calcula a densidade superficial de cargas elétricas espalhadas sobre a superfície esférica do condutor de raio R e área A = 4R2 (geometria espacial) ? 2 2 coulombs Q Q = Am 4 R (eq2) Passo 3: Isolando a carga Q em eq1 e substituindo em eq2, temos: 2 2 Q 4 .R.V .V = R4 R 4 R .V = R (eq3) Sabemos, adicionalmente que, independente de o condutor ser esférico ou não, o potencial elétrico V em todos os pontos de sua superfície metálica e do seu interior tem o mesmo valor (V.=.constante). Afinal de contas, se ele está em equilíbrio eletrostático, não haverá corrente i, portanto não poderá haver ddp U, o que obriga que todos os pontos tenham “o mesmo tanto de volts”. Sendo constantes a permissividade elétrica do meio e o potencial elétrico V em toda superfície do condutor metálico, de acordo com a relação eq3, onde haverá maior densidade superficial de cargas (Coulombs/ m2) ? Ora, onde o condutor tiver menor raio R de curvatura, isto é, no lado mais pontiagudo (lado A na figura abaixo). RB Condutor de Metal Modelo simplificado usando esferas RA A B No condutor acima, supondo que sua extremidade esquerda tenha raio 3 vezes menor que sua extremidade direita (RA.=.RB./.3), a densidade de cargas (Coulombs./.m2) A será 3 vezes maior que B (A = 3.B) conforme a relação eq3 acima !! É o poder das pontas ! Entretanto, não confunda densidade superficial de cargas (Coulombs./.m2) com cargas elétricas (Coulombs): sendo VA = VB, ou seja, K.QA / RA = K.QB / RB, com RB = 3.RA, teremos QB = 3.QA !! A extremidade A tem mais C/m² que a extremidade B, porém, a extremidade B tem mais coulombs que a extremidade A . Sentiu a pegadinha ? Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 58 Pensando em Classe Pensando em Classe Questão 1 Duas cargas elétricas que estão no ar (k = 9x109), inicialmente distanciadas de di = 5 m, se atraem com uma força elétrica Fi = 800 N. O garoto Raul irá aumentar a distância entre essas cargas desde di = 5m até dF = 20m, puxando a carga negativa com muito sacrifício, como mostra a figura. A carga positiva está fixa à parede. d a) Este deslocamento será espontâneo ou forçado ? b) A energia potencial elétrica do sistema deverá aumentar ou diminuir ? c) O trabalho realizado pela força elétrica será positivo ou negativo ? e o trabalho realizado pelo garoto ? d) Determine a intensidade da força elétrica entre as cargas, quando a distância entre elas for dF = 20 m. e) Adotando o referencial no infinito, determine a energia potencial elétrica do sistema quando as distâncias que separam as cargas valerem, respectivamente, di = 5m e dF = 20m. f) Qual o trabalho realizado pela força elétrica nesse episódio ? g) Sabendo que a caixa está em repouso no início e no término desse deslocamento, qual o trabalho realizado pelo Raul ? Questão 2 O sistema abaixo foi abandonado do repouso sobre um plano horizontal liso infinitamente grande. Se a massa de cada pequena esfera vale m e suas cargas elétricas valem +Q, o prof Renato Brito pede para você determinar a velocidade atingida por esses corpos, quando estiverem infinitamente distanciados. Questão 3 (ITA) Uma partícula de massa m e outra de massa 2m têm cargas elétricas q de mesmo módulo, mas de sinais opostos. Estando inicialmente separadas de uma distância R, são soltas a partir do repouso. A constante eletrostática no meio vale K. Nestas condições, quando a distância entre as partículas for R/2, desprezando a ação gravitacional terrestre, pode-se afirmar que: a) Ambas terão a mesma velocidade v = q(K / 3mR)1/2 . b) Ambas terão a mesma velocidade v = q(K / mR)1/2. c) Ambas terão a mesma velocidade v = 2q(K / 3mR)1/2. d) Uma terá velocidade q(K / mR)1/2 e a outra terá velocidade de 2q(K / 3mR)1/2. e) Uma terá velocidade q(K / 3mR)1/2 e a outra terá velocidade 2q( K / 3mR)1/2. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 59 Questão 4 O sistema abaixo foi montado trazendo-se, uma a uma, cada uma das pequenas esferas a, b e c, idênticas, a partir do repouso, do infinito. Inicialmente foi trazida a esfera a. a) Qual o trabalho realizado pelo operador para trazer a segunda esfera b, a partir do infinito, e colocá-la em repouso a uma distância d da esfera a ? b) Qual o trabalho realizado pelo operador para trazer a terceira e última esfera c, a partir do infinito, e colocá-la em repouso a uma distância d da esfera b ? c)Qual a energia potencial elétrica do sistema abc montado. Questão 5 Quatro cargas elétricas ABCD de mesmo valor +Q encontravam-se infinitamente distanciadas entre si inicialmente. Um operador teve o trabalho de pegar todas essas cargas e aproximá-las, fixando as mesmas nos vértices de um tetraedro regular de lado L. A primeira carga +Q trazida foi fixada ao vértice A. O trabalho realizado pelo operador para trazer a 2ª carga +Q e fixá-la ao vértice B foi de +100 J. O prof Renato Brito pede que você determine: a) o trabalho realizado pelo operador para trazer a 3ª carga +Q e fixá-la ao vértice C do tetraedro; b) o trabalho realizado pelo operador para trazer a 4ª carga +Q e fixá-la ao vértice D do tetraedro; c) o trabalho total realizado pelo operador para montar esse tetraedro ABCD; d) a energia potencial elétrica armazenada no sistema montado. Questão 6 UECE 2003 (modificada) No átomo de hidrogênio, o módulo da força de atração entre o núcleo (um próton), e o elétron é dado por F = K.q2 / r2 , onde q é o módulo das cargas do elétron e do próton, k é uma constante e r é a distância entre o elétron e o centro do núcleo. Imagine que o elétron esteja inicialmente se movendo em torno do núcleo ao longo de uma circunferência de raio r1 , de acordo com o modelo atômico de Bohr : a) determine a energia cinética do elétron em função de K, q e do raio r1 da órbita: b) determine a energia potencial elétrica do par elétron-próton; c) a partir das letras a e b, determine a energia total do átomo; d) para que o elétron transite dessa órbita de raio r1 para uma órbita r2 > r1 , qual a energia do fóton que ele precisa absorver? Questão 7 O prof Renato Brito conta que duas cargas estão localizadas sobre o eixo X e simetricamente dispostas em torno do eixo Y de um sistema de coordenadas cartesianas. Considere o trabalho realizado pela força elétrica quando uma terceira carga elétrica +q é levada do ponto a até o ponto b desse campo. Pode-se afirmar que: -Q+Q a b c d a) o trabalho realizado será negativo; b) o trabalho realizado será nulo; c) o trabalho é positivo, sendo maior quando realizado pelo trajeto acb d) o trabalho é positivo, sendo maior quando realizado pelo trajeto adb e) o trabalho é positivo e seu valor independe da trajetória seguida entre os pontos a e b. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 60 Questão 8 (ITA-SP) Duas cargas elétricas puntiformes, de mesmo valor absoluto e de sinais contrários +q e q, estão em repouso em pontos A e B. Traz-se de muito longe uma terceira carga positiva, ao longo de uma trajetória que passa mais perto de B do que de A. Coloca-se essa carga num ponto C tal que ABC é um triângulo eqüilátero. Podemos afirmar que o trabalho necessário para trazer a terceira carga: a) é menor se em B estiver a carga +q do que se em B estiver –q. b) é maior se em B estiver a carga +q do que se em B estiver –q. c) será independente do caminho escolhido para trazer a terceira carga e será nulo. d) será independente do caminho escolhido para trazer a terceira carga e será positivo. e) será independente do caminho escolhido para trazer a terceira carga e será negativa. Questão 9 A figura mostra as linhas de força do campo elétrico coulombiano gerado por uma carga positiva Q = +6C no vácuo. As circunferências de raios 3m, 6m e 9m são superfícies equipotenciais desse campo. O prof Renato Brito pergunta: a) Quanto valem os potenciais elétricos dos pontos A e B ? E quanto vale a diferença de potencial elétrico UAB = VA – VB ? b) Qual o trabalho total realizado pela força elétrica, quando uma carga +q é movida no percurso ACD ? c) Se uma carga positiva q = +4C fosse abandonada em repouso no ponto D, quanto seria a sua velocidade a passar pelo ponto B ? (dado massa m = 2 x 10–5 kg ) ? d) e quanto seria a sua velocidade, quando estivesse infinitamente distanciada da carga fonte ? E A B C + Q D Questão 10 O prof Renato Brito conta que uma partícula de carga q e massa m foi abandonada nas proximidades de uma placa infinita uniformemente eletrizada que produz um campo elétrico uniforme E. Não há gravidade. Sobre o movimento posterior da partícula, pode-se afirmar que: a) durante o movimento, a intensidade força elétrica Fe que atua sobre a partícula será cada vez menor caso ela tenha carga positiva +q ;. E q b) sendo o campo elétrico uniforme, a partícula abandonada se moverá em movimento uniforme ; c) durante o movimento da carga, sua energia potencial elétrica aumentará caso a partícula tenha carga positiva +q ; d) durante o movimento da carga, sua energia potencial elétrica aumentará caso a partícula tenha carga negativa –q ; e) independente do sinal da carga, sua energia potencial elétrica necessariamente diminuirá durante o seu movimento. Este enunciado refere-se às questões 11, 12, 13 e 14: ao se mapear uma região do espaço onde existe um campo elétrico produzido por uma determinada distribuição de carga, encontrou-se o seguinte conjunto de linhas de força: E A B C VA VB VC Questão 11 Estabeleça uma ordem crescente para as intensidades EA, EB e EC dos campos elétricos respectivamente nas regiões A, B e C. Questão 12 Estabeleça uma ordem crescente para os potenciais elétricos VA, VB e VC respectivamente nas regiões A, B e C. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 61 Questão 13 Se uma carga elétrica for abandonada nas regiões A, B e C desse campo Elétrico, ficará sujeita a forças elétricas respectivamente iguais a FA, FB e FC. Estabeleça uma ordem crescente para essas forças elétricas. Essa ordem depende do sinal da carga elétrica ? Questão 14 Se uma carga elétrica for abandonada nas regiões A, B e C desse campo Elétrico, ela armazenará energias potenciais elétricas respectivamente iguais a EpotA, EpotB e EpotC. Estabeleça uma ordem crescente para essas energias potenciais elétricas. Essa ordem depende do sinal da carga elétrica ? Questão 15 A figura mostra um campo elétrico uniforme de intensidade E = 200 V/m. O prof Renato Brito pergunta: E 1 cm 1 cm A C B D a) se adotarmos a referência de potencial nulo no ponto D (VD = 0V) , quais os potenciais elétricos dos pontos C, B e A ? b) Uma carga negativa q = –5C foi colocada inicialmente no ponto C desse campo. Sua energia potencial elétrica, quando posicionada no ponto C, foi arbitrada como valendo EpotC = +50J. Qual energia potencial elétrica essa carga teria no ponto B ? E no ponto A ? c) Se essa partícula, cuja massa vale m = 1,5 g, fosse abandonada em repouso no ponto B, com que velocidade ela atingiria o ponto A ? d) Ela estaria se movendo com aceleração de módulo crescente ou decrescente ? Quanto valeria essa aceleração ? Conclusão: A questão 15, elaborada pelo prof Renato Brito, mostra que no campo elétrico uniforme não existe um ponto privilegiado em relação ao qual todas as distâncias devem ser medidas.. A referência de potencial nulo pode ser escolhida em qualquer um desses pontos e, a partir daí, os potenciais dos demais pontos podem ser determinados. O importante é que as distâncias D sejam medidas “ao longo de uma linha de força do campo elétrico”. Questão 16 Entre duas placas eletrizadas dispostas horizontalmente existe um campo elétrico uniforme. Uma partícula com carga de –3C e massa m é colocada entre as placas, permanecendo em repouso. Sabendo que o potencial da placa A é de 500 V, que a placa B está ligada a terra, que a aceleração a gravidade no local vale 10 m/s2 e que a distância d entre as placas vale 2 cm, determine a massa m da partícula. +++++++++++ d A B - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - SimétricoPré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 62 Questão 17 O prof Renato Brito conta que duas enormes placas planas paralelas foram conectadas aos terminais de uma bateria, ficando submetidas a uma diferença de potencial U. Reduzindo-se a distância entre as placas à metade, sem desconectar a bateria, pode-se afirmar que: +++++++++++++++ ------------------------- U Ed a) a diferença de potencial entre as placas duplica; b) a diferença de potencial entre as placas se reduz à metade; c) a carga elétrica de cada placa se reduz à metade; d) o campo elétrico entre as placas se reduz à metade; e) a carga elétrica das placas duplica. Questão 18 O prof Renato Brito conta que duas enormes placas planas paralelas foram conectadas aos terminais de uma bateria, ficando submetidas a uma diferença de potencial U. Duplicando-se a distância entre as placas, após ter desconectado a bateria, pode-se afirmar que: +++++++++++++++ ------------------------- U Ed a) a diferença de potencial entre as placas se reduz à metade; b) O campo elétrico entre as placas duplica; c) a carga elétrica de cada placa duplica; d) o campo elétrico entre as placas se reduz à metade; e) a diferença de potencial entre as placas duplica. Questão 19 O prof Renato Brito conta que duas enormes placas planas paralelas foram conectadas aos terminais de uma bateria, ficando submetidas a uma diferença de potencial U. Para uma certa distância d entre as placas, o campo elétrico uniforme presente na região entre elas fez uma pequena esfera, de massa m e carga q, levitar (flutuar em equilíbrio) como mostra a figura. Reduzindo-se a distância entre as placas a um terço da distância inicial , pode-se afirmar que: +++++++++++++++ ------------------------- U E g d a) a diferença de potencial entre as placas triplica; b) a esfera passa a subir em movimento acelerado com aceleração a = g ; c) a esfera passa a subir em movimento acelerado com aceleração a = 2g ; d) a esfera passa a descer em movimento acelerado com aceleração a = g ; e) como o campo elétrico é uniforme, a força elétrica que atua sobre a esfera não se altera. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 63 Questão 20 Em um tubo de TV existem um filamento f e uma placa p, entre os quais é estabelecida uma certa voltagem Upf. Ao ser aquecido, o filamento emite elétrons (com velocidade praticamente nula) que são acelerados pela ddp fornecida por uma poderosa bateria em direção à placa p, passando por um orifício nela existente e deslocando-se até atingirem a tela. a) Determine a velocidade v do elétron ao passar pelo orifício existente na placa (dê sua resposta em função da carga q do elétron, de sua massa m e da voltagem Upf). b) Em um tubo de TV, um elétron, acelerado por voltagem Upf = 15000 V, atingiu a placa p com velocidade v. Caso o filamento f fosse aproximado da placa p, reduzindo-se a distância entre eles à metade, a intensidade do campo elétrico E uniforme na região entre o filamento e a placa se tornaria quantas vezes maior ? Nesse caso, a velocidade com que o elétron atingiria a placa p seria quantas vezes maior que v ? c) Qual deveria ser o valor da voltagem entre a placa e o filamento para que o elétron atingisse a placa com uma velocidade 2v ? Questão 21 (UFSC) A figura abaixo mostra um arranjo de placas metálicas paralelas. As placas 2 e 3 possuem um furo em seus centros. Leia as afirmativas a seguir e marque V ou F : 12 V 12 V 1 2 3 cm 3 4 3 cm3 cm A a) O potencial da placa 4 é igual ao da placa 1. b) O campo elétrico entre as placas 1 e 2 tem sentido da placa 2 para a placa 1 e seu módulo vale 400 V/m c) Se abandonarmos um elétron no ponto A, o movimento do mesmo será acelerado entre as placas 1 e 2, uniforme entre as placas 2 e 3 e retardado entre as placas 3 e 4 d) O trabalho realizado para deslocar um elétron da placa 1 até a placa 4 é nulo. e) O campo elétrico entre as placas 2 e 3 é nulo. f) A diferença de potencial entre as placas 1 e 4 é 24 V. Questão 22 Nesta questão vamos analisar algumas particularidades a respeito do potencial elétrico produzido por cargas existentes em condutores em equilíbrio eletrostático. Observe as figuras para saber se mostram situações verdadeiras ou falsas. Dê como resposta a soma dos números associados às situações verdadeiras. (01) B ++ + + + + + Linha de força A 02) B ++ + + + + + + + E B = E C = 0 V A > V B = V C C A Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 64 (04) + + + + ++ + + + + - - - - -- - - - - - Linhas de força (08) -- - - - - - - - A - Linha de força (16) ++ + + + + + + + B + A C V A = V B > V C (32) Linha de força D C A B E Questão 23 Considere um condutor esférico eletrizado negativamente e em equilíbrio eletrostático. Sejam VA, VB e VC os potenciais elétricos nos pontos A, B e C indicados na figura. Pode-se afirmar que: a) VA > VB > VC b) VA = VB < VC c) VA = VB = VC d) VA = VB > VC e) VA > VB = VC A B C Questão 24 Seja uma esfera condutora isolada em equilíbrio eletrostático. Se os potenciais elétricos a 20 cm, 40 cm e 100 cm do centro da esfera vale 40 V, 40 V e 20V, respectivamente, O prof Renato Brito pede para você determinar: a) O raio dessa esfera; b) A intensidade do campo elétrico e do potencial elétrico a 45 cm do centro da esfera; c) A intensidade do campo elétrico e do potencial elétrico a 2 m do centro da esfera. Questão 25 Quatro esferas condutoras de raios 10 cm, 20 cm, 30 cm e 40 cm têm potenciais elétricos respectivamente +120 V, +60 V, + 40 V e –30 V. Interligando-se essas esferas entre si através de fios condutores, elétrons fluirão através dos condutores até que todas as esferas atinjam um mesmo potencial elétrico de equilíbrio VF. O prof Renato Brito pede para você determinar VF . Questão 26 O prof Renato Brito conta que uma esfera estava inicialmente neutra e que sofreu indução devido a um bastão que foi aproximado de sua superfície. Admita que o bastão e a esfera encontram-se fixos em repouso. A respeito do potencial elétrico nos pontos a, b, c, d e e, pode-se afirmar que: a) Vd < Vb b) Vb < Vd c) Ve < Va d) Vb < Vc e) Vb < Ve a c d e b + + + + --- -- -- -- -- -- Pergunta: se desejássemos ligar essa esfera à Terra, a fim de eletrizá-la, qual dos pontos a, b, c ou d seria mais indicado para fazer a conexão ? Justifique. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 65 Pensando em Casa Pensando em Casa Questão 1 Duas cargas elétricas que estão no vácuo, inicialmente distanciadas de di = 4 m, se atraem com uma força elétrica Fi = 500 N. O garoto Raul irá aumentar a distância entre essas cargas desde di = 4m até dF = 20m, puxando a carga negativa com muito sacrifício, como mostra a figura. A carga positiva está fixa à parede. d a) Determine a intensidade da força elétrica entre as cargas, quando a distância entre elas for dF = 20 m. b) Adotando o referencial no infinito, determine a energia potencial elétrica do sistema quando as distâncias que separam as cargas valerem, respectivamente, di = 4m e dF = 20m. c) Qual o trabalho realizado pela força elétrica nesse episódio ? d) Sabendo que a caixa está em repouso no início e no término desse deslocamento, qual o trabalho realizado pelo Raul ? Dica: Veja exemplo resolvido 1 – página 38 Questão 2 Quando duas partículas eletrizadas, que se repelem, são aproximadas, pode-se afirmar que: a) A energia potencial do sistema aumenta. b) a Energiacinética do sistema diminui c) A força elétrica realiza trabalho positivo d) A energia cinética do sistema aumenta e) A energia potencial do sistema diminui. Questão 3 Quando duas partículas eletrizadas, que se atraem, são afastadas, pode-se afirmar que: a) A força elétrica realiza trabalho positivo b) A energia cinética do sistema aumenta c) A energia potencial do sistema diminui. d) A energia potencial do sistema aumenta. e) a Energia cinética do sistema diminui Questão 4 Considere o sistema a seguir formado por três cargas A, B e C, de intensidades +Q, +Q e Q localizadas sobre um plano horizontal liso. Estando A e B fixas ao solo, abandona-se a carga C apartir do repouso. Determine a velocidade atingida por essa carga, ao cruzar o segmento AB. Dica: Veja exemplo resolvido 3 – página 40 Questão 5 Três pequenas esferas foram abandonadas em repouso (perfeitamente alinhadas) sobre um plano horizontal liso isolante infinitamente grande, como mostra a figura abaixo. Sabendo que as esferas têm massas idênticas m, cargas idênticas +Q e que estão no vácuo, determine a velocidade atingida por uma delas, quando estiverem infinitamente distanciadas. Dica: A esfera central é igualmente repelida de ambos os lados. Será que ela adquire velocidade ? Questão 6 (MACK-SP) Uma partícula de massa igual a 2 centigramas e carga de +1 C é lançada com velocidade de 300 m/s, em direção a uma carga fixa de +3 C. O lançamento é feito no vácuo de um ponto bastante afastado da carga fixa. Desprezando ações gravitacionais, qual a mínima distância entre as cargas? Questão 7 O sistema da figura foi montado trazendo-se, uma a uma, cada uma das cargas a, b e c, idênticas, a partir do repouso, do infinito. Inicialmente foi trazida a carga a. a) qual o trabalho realizado pelo operador para trazer a carga c, a partir do infinito, e colocá-la em repouso a uma distância 2d da carga a ? b) qual o trabalho realizado pelo operador para trazer a última carga b, a partir do infinito, e colocá-la em repouso exatamente entre as cargas a e c? c) qual a energia potencial elétrica do sistema abc montado. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 66 Questão 8 (UECE 2007.2 – 2ª fase) Qual é o trabalho realizado por um operador para montar a configuração a seguir , constituída de três cargas +Q iguais, trazendo-as do infinito ? Dado: K = constante eletrostática do meio. a a aB C Q Q Q Dica: Fisicamente, a energia gasta na realização desse trabalho permanece armazenada no sistema, na forma de energia potencial elétrica . Veja as questões 4 e 5 de classe – página 59. Questão 9 (Fuvest-SP) Um sistema formado por 3 cargas puntiformes iguais, colocadas em repouso nos vértices de um triângulo eqüilátero, tem energia potencial eletrostática igual a U. Substitui-se uma das cargas por outra, na mesma posição, mas com o dobro do valor, qual será a energia potencial eletrostática do novo sistema em função de U ? Questão 10 - (ESCS – Escola Superior de Ciências de Saúde 2008) Duas partículas, de cargas iguais a +q e −q, estão fixas, respectivamente, nos vértices A e B do triângulo equilátero ABC representado na figura 1. Nesse caso, a energia potencial eletrostática do sistema formado por elas é U1. A B +q -q A B +q -q +q C figura 1 figura 2 A B +q -q C figura 3 -q Uma terceira partícula, de carga +q, é fixada no vértice C do triângulo, como mostra a figura 2. Nesse caso, designamos por U2 a energia potencial eletrostática do sistema formado pelas três partículas carregadas. Substitui-se a partícula do vértice C por outra, de carga −q, como mostra a figura 3. Nesse caso, designamos por U3 a energia eletrostática das três partículas carregadas. Essas energias potenciais eletrostáticas são tais que a) U1 < U3 < U2 ; b) U1 < U3 = U2 ; c) U3 < U1 < U2 ; d) U3 < U2 < U1 ; e) U1 = U2 = U3 . Questão 11 O prof. Renato Brito deseja posicionar quatro cargas elétricas idênticas +q nos vértices de um tetraedro regular de lado L. As cargas encontram-se infinitamente afastadas entre si na situação inicial, no vácuo, onde a constante eletrostática vale K. Determine o trabalho realizado pelo operador ao montar esse sistema. Dica: Veja as questões 4 e 5 de classe – página 59. Questão 12 O prof. Renato Brito deseja posicionar quatro cargas elétricas de mesmo módulo nos vértices de um tetraedro regular de lado L, sendo três positivas +q e uma negativa q. As cargas encontram- se infinitamente afastadas entre si na situação inicial, no vácuo, onde a constante eletrostática vale K. Determine o trabalho realizado pelo operador ao montar esse sistema. Dica: Veja as questões 4 e 5 de classe – página 59. Questão 13 Três cargas elétricas positivas idênticas +q encontram-se fixas nos vértices de um triângulo eqüilátero de lado 2L, enquanto uma quarta carga elétrica positiva +q encontra-se infinitamente afastada do sistema. O prof. Renato Brito deseja mover essas quatro cargas e fixá-las aos vértices de um tetraedro regular de lado L. Determine o trabalho realizado pelo operador, ao realizar este procedimento. Dica: Veja as questões 4 e 5 de classe – página 59. Questão 14 (UERN 2005) No modelo atômico de Bohr para o átomo de hidrogênio, o elétron se move em torno do núcleo positivo com actp proveniente da força elétrica coulombiana de atração entre eles. Sejam EP e Ecin, respectivamente, a energia potencial e a energia cinética do átomo de hidrogênio. O quociente EP / Ecin vale: a) 2 b) 1/2 c) 2 d) 1/2 Dica: Veja a questão 6 de classe Questão 15 No modelo atômico de Bohr para o átomo de hidrogênio, o elétron se move em torno do núcleo positivo com actp proveniente da força elétrica coulombiana de atração entre eles. Sejam EP, Ecin e ETOTAL respectivamente, a energia potencial, a energia cinética e a energia total do átomo de hidrogênio, com ETOTAL = EP + Ecin. O quociente Ecin / ETOTAL vale: a) 2 b) 1/2 c) 1 d) 1/2 Semana 4 de 15 Assunto sugerido: Atrito, Óptica 3 (Refração) REVISÃO SEMANAL PROGRAMADA Se você revisar um pouquinho a cada semana, não acumulará toda a revisão para a semana da véspera do vestibular, né verdade ? Questão 16 O prof Renato Brito conta que duas cargas estão localizadas sobre o eixo X e simetricamente dispostas em torno do eixo Y de um sistema de coordenadas cartesianas. Considere o trabalho realizado pela força elétrica quando uma terceira carga elétrica q é levada do ponto a até o ponto b desse campo. Pode-se afirmar que: -Q+Q a b a) o trabalho realizado será negativo, se a carga deslocada for positiva; b) o trabalho realizado será positivo, se a carga deslocada for positiva; c) o trabalho realizado é positivo independe do sinal da carga deslocada; d) o trabalho realizado é negativo independe do sinal da carga deslocada; e) o trabalho realizado é nulo independe do sinal da carga deslocada; Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 67 Questão 17 (UFRS) Duas cargas elétricas puntiformes, de mesma intensidade e sinais contrários, estão situadas nos pontos X e Y representados na figura. Entre quais dois pontos, indicados na figura, a diferença de potencial gerada pelas cargas é nula? Em outras palavras, indique dois pontos nessa figura que tenham potenciais elétricos iguais. a) O e R b) X e R c) X e Y d) P e Q e) O e Y R Y QP O X Questão 18 A figura mostra as linhas de força do campo elétrico coulombiano gerado por uma carga positiva Q = +4C no vácuo. As circunferências de raios 3m, 6m e 9m são superfíciesequipotenciais desse campo. E A B C + Q O prof Renato Brito pergunta: a) Uma carga elétrica q = +5C foi abandonada em repouso no ponto A. Quanto valerá a sua Ecin ao passar pelo ponto C ? b) Se a massa da partícula vale m = 0,2 gramas, quanto valeria a sua velocidade ao passar pelo ponto C ? c) Se você tentar determinar essa velocidade usando a equação de Torricelli do MUV, não terá encontrará a resposta correta. Por que a equação de Torricelli não se aplica a esse cálculo? Questão 19 Uma partícula fixa, eletrizada com carga + 5 C, é responsável pelo campo elétrico existente numa determinada região do espaço. Uma carga de prova de +2 C e 0,25 g de massa é abandonada a 10 cm da carga fonte, recebendo desta uma força de repulsão. Determine: a) o trabalho que o campo elétrico realiza, para levar a carga de prova a 50 cm de distância da carga fonte; b) a velocidade da carga de prova, submetida exclusivamente ao campo citado, quando estiver a 50 cm da carga fonte. Atenção !!!! : Use K = 1 . 1010 N. m2 C2. Questão 20 (FEI-SP) Sendo VA, VB e VC os potenciais eletrostáticos de três pontos de uma linha de campo, com 0 < VA – VC < VB – VC, podemos afirmar que no sentido da linha de campo a ordem dos três pontos é: a) A, B e C b) B, A e C c) C, A e B d) B, C e A e) A, C e B Questão 21 (UFC 2001) A figura ao lado representa três condutores elétricos e algumas linhas de força entre eles. Se V1, V2 e V3 são os potenciais elétricos dos condutores, podemos afirmar, com certeza, que: a) V1 = V2 b) V3 > V2 c) V2 > V3 d) V3 > V1 e) V2 = V3 1 2 3 Dica: O potencial elétrico SEMPRE DIMINUI quando se caminha na mesma direção e sentido da flecha do campo elétrico E . Questão 22 (Uniceb-SP) No campo elétrico devido a uma carga puntiforme positiva Q, são dados os pontos A, B e C situados em esferas concêntricas com centro em Q. Uma carga de prova q, positiva, pode ser deslocada nesse campo. Podemos afirmar que o trabalho da força elétrica, quando q é deslocada entre dois desses pontos: B QC A a) tem módulo maior no percurso AC que no percurso BC b) é positivo no percurso BA c) é nulo no percurso AC d) é negativo no percurso AB e) em qualquer dos percursos, o trabalho depende da trajetória seguida pela carga q. Questão 23 (FCMSC-SP) As linhas de força de um campo elétrico são: a) perpendiculares às superfícies eqüipotenciais e dirigidas dos pontos de menor para os de maior potencial. b) perpendiculares às superfícies eqüipotenciais e dirigidas dos pontos de maior para os de menor potencial c) inclinadas em relação às superfícies eqüipotenciais. d) tangentes às superfícies. e) necessariamente retilíneas e suas direções nada têm que ver com as superfícies eqüipotenciais. Questão 24 A figura abaixo ilustra as superfícies equipotenciais do campo elétrico causado por uma carga fonte +Q puntiforme positiva. O prof Renato Brito pede para você marcar a opção correta: A B C a) Uma carga de prova positiva +q abandonada no ponto B, se moverá espontaneamente para o ponto C; Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 68 b) A energia potencial elétrica de uma carga elétrica negativa –q é maior quando ela é colocada em B do que quando ela é colocada em A. c) A força elétrica que uma carga +q sofre, quando colocada em A, é menor que ela sofreria se estivesse em C. d) Uma carga de prova positiva +q, abandonada no ponto B, se moverá espontaneamente para a esquerda; e) O campo elétrico em C é mais fraco que o campo elétrico em B. Questão 25 Com relação ao trabalho realizado pelo campo elétrico, quando abandonarmos uma carga elétrica em repouso nesse campo, ele: a) será sempre positivo b) será sempre negativo c) será sempre nulo d) será negativo, se a carga abandonada for negativa. e) será nulo, se a carga for abandonada sobre uma linha eqüipotencial. Questão 26 Com relação à uma carga elétrica abandonada em repouso em um campo elétrico, sob ação exclusiva da força elétrica, marque V verdadeiro ou F falso: a) a carga se moverá espontaneamente, independente do seu sinal elétrico; b) a sua energia cinética aumentará, independente do sinal da carga; c) a sua energia potencial elétrica diminuirá, independente do sinal da carga d) se a carga for positiva, ela se moverá em direção a potenciais elétricos cada vez menores; e) se a carga for negativa, ela se moverá em direção a potenciais elétricos cada vez maiores; f) o trabalho realizado pela força elétrica será necessariamente positivo, independente do sinal da carga elétrica. Questão 27 (UFF-RJ) Duas placas metálicas, planas e paralelas são conectadas aos bornes de uma bateria. Sejam 1 e 2 pontos no espaço entre as placas, conforme mostra a figura. Sobre os potenciais, V1 e V2, e as intensidades, E1 e E2, do campo elétrico nos pontos 1 e 2, respectivamente, pode-se afirmar que: a) V1 < V2 e E1 < E2 b) V1 < V2 e E1 > E2 c) V1 = V2 e E1 = E2 d) V1 > V2 e E1 = E2 e) V1 > V2 e E1 > E2 1 -+ 2 Questão 28 A figura mostra um campo elétrico uniforme de intensidade E = 400 V/m. O prof Renato Brito pergunta: a) Se adotarmos a referência de potencial nulo no ponto D (VD = 0V) , qual o potencial elétrico dos pontos C, B e A ? b) Uma carga negativa q = 10C foi colocada inicialmente no ponto C desse campo. Sua energia potencial elétrica, quando posicionada no ponto C, foi arbitrada como valendo EpotC = 100J. Qual energia potencial elétrica essa carga teria no ponto B ? E no ponto A ? E 1 cm 1 cm A C B D Questão 29 A figura mostra uma carga puntiforme de +2C em repouso imersa num campo elétrico uniforme de intensidade E = 4.108 V/m, numa posição onde armazena uma energia potencial elétrica de 20 J. Em seguida, a carga foi movida 3 cm para baixo e 4 cm para a esquerda. Qual a energia potencial elétrica armazenada pela carga em sua posição final ? a) 52 J b) –12 J c) 60 J d) 8 J e) 20 J E +q Dica: Veja questão 15 de classe Questão 30 (UFRS) Uma carga elétrica puntiforme positiva é deslocada ao longo dos três segmentos indicados na figura, AB , BC e CA , em uma região onde existe um campo elétrico uniforme, cujas linhas de força estão também representadas na figura. Assinale a alternativa correta. A B C E a) De A até B a força elétrica realiza sobre a carga um trabalho negativo. b) De A até B a força elétrica realiza sobre a carga um trabalho nulo. c) De A até B a força elétrica realiza sobre a carga um trabalho de módulo igual a lWCAl.cos, onde lWCA l é o módulo do trabalho realizado por esta força entre C e A. d) De B até C a força elétrica realiza sobre a carga um trabalho nulo. e) De B até C a força elétrica realiza sobre a carga um trabalho igual àquele realizado entre A e B. Questão 31 (UFRS) A figura representa linhas eqüipotenciais de um campo elétrico uniforme. Uma carga elétrica puntiforme positiva de 2,0 C é movimentada com velocidade constante sobre cada um dos trajetos de A até B, de B até C e de A até C. Nessas condições, o trabalho necessário para movimentar a carga: a) de A ate B é nulo b) de B até C é nulo c) de A até C é igual ao de B até C. d) de A até B é igual ao de B até C. e) de A até B é maior do que de A até C. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 69 A B C +10 V + 5V 0 V - 5 V - 10 V Pergunta: Uma carga elétrica positiva abandonada em repouso no ponto B se moveria espontaneamente em qual direção ? E se ela fosse negativa ? Questão 32 (Cesgranrio-RJ) Duas placas metálicas paralelas são ligadas aos terminais de uma bateria. Considere o caminho 1 –2 – 3 – 4 – 1 no espaço entre as duas placas. O potencial elétrico varia ao longo do caminho, conforme o gráfico. + - 4 1 2 3 a) 1 2 3 4 1 V b) 1 2 3 4 1 V c) 1 2 3 4 1 V d) 1 2 3 4 1 V Questão 33 Numa experiência nos laboratórios do Simétrico, um estudante fez com que uma pequena esfera de massa m e carga elétrica q “levitasse” entre duas placas eletrizadas, conectadas a uma bateria que fornece tensão elétrica U. Se a distância entre as placas vale d e a aceleração da gravidade é g, então: a) q.U = m.g.d b) q.d = U.m.g c) q.U = d g.m d) d g.m U q e) E = g U Questão 34 (FM ABC-SP) No esquema representado abaixo, A e B são duas placas uniformemente eletrizadas, com cargas de sinais contrários. Entre as placas estabelece-se um campo elétrico uniforme, de intensidade E = 5 . 103 N/C. Um corpúsculo de massa m = 2 g é colocado num ponto entre as placas, ficando em equilíbrio. Admita a aceleração da gravidade igual a 10m/s2. A intensidade da força elétrica que atua sobre esse corpúsculo e sua carga elétrica vale, respectivamente: + + + + + + + + + + + + + - - - - - - - - - - - - - - - - - - - q, m A B g a) F = 2.10–2 N; q = – 4 C b) F = 2,5. 10–5 N; q = – 0,4 C c) F = 2 . 10–2 N; q = + 4 C d) F = 2,5. 105 N; q = + 0,4 C e) F = 2,5. 10–1 N; q = – 0,4 C Questão 35 (U Mackenzie-SP) Uma carga elétrica q = 1 C e massa 0,5 g, colocada num campo elétrico uniforme de intensidade E, sobe com aceleração de 2 m/s2. Sendo g = 10 m/s2 a aceleração da gravidade local, podemos afirmar que a intensidade do campo elétrico é, em N/C: a) 500 b) 1000 c) 2000 d) 4000 e) 6000 q + + + + + + + + + + + + + - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Dica: FR = m.g q.E ou FR = q.E m.g ? , FR = m.a A massa deve estar em grama ou kg ? Essa questão despreza a gravidade g, ou não ? Questão 36 Duas enormes placas planas paralelas foram conectadas aos terminais de uma bateria, ficando submetidas a uma diferença de potencial U. Se o prof Renato Brito duplicar a distância entre as placas, sem desconectar a bateria, pode-se afirmar que: +++++++++++++++ ------------------------- U Ed a) a diferença de potencial entre as placas se reduz à metade; b) a diferença de potencial entre as placas duplica; c) a carga elétrica de cada placa duplica; d) o campo elétrico entre as placas duplica; e) a carga elétrica se reduz à metade. Questão 37 Duas enormes placas planas paralelas foram conectadas aos terminais de uma bateria, ficando submetidas a uma diferença de potencial U. Se o prof Renato Brito reduzir a distância entre as placas à metade, após ter desconectado a bateria, pode-se afirmar que: Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 70 +++++++++++++++ ------------------------- U Ed a) a diferença de potencial entre as placas duplica; b) O campo elétrico entre as placas se reduz à metade; c) a carga elétrica de cada placa se reduz à metade; d) o campo elétrico entre as placas duplica; e) a diferença de potencial entre as placas se reduz à metade. Questão 38 Duas enormes placas planas paralelas foram conectadas aos terminais de uma bateria, ficando submetidas a uma diferença de potencial U. Para uma certa distância d entre as placas, o campo elétrico uniforme presente na região entre elas fez uma pequena esfera, de massa m e carga q, levitar (flutuar em equilíbrio) como mostra a figura. Se o prof Renato Brito reduzir a distância entre as placas à metade, pode-se afirmar que: +++++++++++++++ ------------------------- U E g d a) a diferença de potencial entre as placas duplica; b) a esfera passa a subir em movimento acelerado com aceleração a = g ; c) a esfera passa a subir em movimento acelerado com aceleração a = 2g ; d) a esfera passa a descer em movimento acelerado com aceleração a = g ; e) como o campo elétrico é uniforme, a força elétrica que atua sobre a esfera não se altera. Questão 39 A figura deste problema mostra duas grandes placas metálicas A e D e uma caixa metálica oca cujas faces B e C são paralelas às placas. Duas baterias, de 300 V cada uma, são ligadas às placas e à caixa, da maneira mostrada na figura. Considerando a placa A como nível de potencial (potencial nulo), indique, entre as afirmativas seguintes, aquelas que estão corretas: a) O campo elétrico entre A e B está dirigido de B para A e vale 1,5 x 104 V/m b) O campo elétrico entre B e C é nulo. c) O campo elétrico entre C e D está dirigido de C para D e vale 1,5 x 104 V/m d) Os potenciais das faces B e C são ambos iguais a 300 V. e) O potencial da placa D vale zero. 300 V 2 cmA B C D2 cm 300 V + + Questão 40 Um elétron, abandonado (em repouso) próximo à placa A, segue a trajetória mostrada na figura do problema anterior, passando através de pequenos orifícios existentes em B e C. Analise as afirmativas seguintes e indique aquelas que estão erradas: a) Entre A e B o movimento do elétron é retilíneo uniforme. b) Entre B e C a energia cinética do elétron não varia. c) Entre C e D o movimento do elétron é uniformemente retardado. d) Ao atingir a placa D a velocidade do elétron é nula. e) A velocidade do elétron aumenta continuamente desde A até D. Questão 41 A diferença de potencial entre duas grandes placas paralelas separadas de 2 x 10–2 m é de 12 V. Se uma partícula de massa m = 2 g e carga elétrica 10–8 C for abandonada na região entre as placas, com que aceleração ela se moverá, em m/s2 ? a) 3 x10–3 b) 2 x10–3 c) 3 x10–6 d) 2 x10–6 Dica: se a questão não falar nada sobre a gravidade g, é porque a questão está desprezando a gravidade (g = 0). Nesse caso, despreze o peso “m.g” da partícula. Questão 42 Um elétron de massa m e carga q foi acelerada por um campo elétrico, atravessando uma diferença de potencial U a favor do seu movimento. O prof Renato Brito pede para você determinar a velocidade final V atingida pelo elétron: a) ( 2.q.U / m )1/2 b) ( q.U / m )1/2 c) 2.( q.U / m )1/2 d) ( 2.q.m / U )1/2 Dica: veja a questão 20 de classe Questão 43 Elétrons emitidos com velocidade desprezível, a partir de um filamento aquecido, são acelerados por uma ddp U = 2000 V. A velocidade final atingida por eles vale, aproximadamente: a) A velocidade típica de um carro de Fórmula 1 b) A velocidade do som no vácuo c) 10% da velocidade da luz no vácuo d) A velocidade típica de vôo de um Boeing comercial e) A velocidade do som na água Dado: massa do elétron = 9 x 10–31 kg Semana 5 de 15 Assunto sugerido: Força Centrípeta, Óptica 4 (Lentes) REVISÃO SEMANAL PROGRAMADA Se você revisar um pouquinho a cada semana, não acumulará toda a revisão para a semana da véspera do vestibular, né verdade ? Questão 44 A figura representa um objeto metálico, isolado, eletrizado e em equilíbrio eletrostático, em que se distinguem as regiões A, B, C e D na superfície e E no interior. A B C D E Representando os potenciais elétricos das mencionadas regiões, respectivamente, por VA, VB, VC, VD, e VE é correto afirmar que: Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 71 a) VA > VD > VC > VB > VE b) VE > VB > VC > VD > VA c) VE = 0 e VA = VB = VC = VD 0 d) VA = VB = VC = VD = VE 0 e) VE > VA > VD Questão 45 (PUC-SP) Um condutor carregado, afastado de outros condutores, é dotado de uma ponta. Em comparação às demais regiões do condutor, a região próxima ao ponto P da ponta: a) tem mais volts . b) tem menos volts. c) tem mais coulombs d) tem menos coulombs e) tem mais coulombs por metro quadrado P Questão 46 A figura representa uma esfera metálica eletrizadacom uma carga positiva Q, em equilíbrio eletrostático. A respeito da intensidade do campo elétrico E e do potencial elétrico V nos pontos indicados, podemos afirmar que: 1 3 2 5 4 + + + + + ++ + + + + 01) E1 = E2 = E3 = E4 = E5 = 0 02) V1 = V2 = V3 = V4 = V5 > 0 04) E1 < E5 e V1 < V5 08) V1 = V2 = V3 = V4 = V5 = 0 16) E1 = E2 = E3 = E4 = 0 32) E5 > 0 Dê como reposta a soma dos números associados às afirmações corretas. Questão 47 (UFRS) A figura representa uma superfície esférica condutora carregada positivamente e dois pontos A e B, ambos no plano da página. Nessa situação, pode-se afirmar que: + + + + + ++ + + ++ + A B a) o potencial em B é maior do que em A. b) um elétron em A tem maior energia potencial elétrica do que em B. c) o campo elétrico no ponto A é mais intenso do que no ponto B. d) o potencial em A é igual ao potencial em B. e) o trabalho realizado para deslocar um elétron de A para B com velocidade constante é nulo. Pergunta: o que mudaria, se a superfície condutora estivesse eletrizada negativamente ? Questão 48 Duas esferas metálicas 1 e 2, de raios R1 e R2 , sendo R1 > R2 , estão ambas eletrizadas positivamente. Ligam-se as esferas por meio de um fio condutor. Após ser atingido o equilíbrio eletrostático, designemos por Q1 e Q2 as cargas em cada esfera e V1 e V2 os potenciais de cada uma. Podemos afirmar que: a) V1 > V2 e Q1 > Q2 b) V1 > V2 e Q1 = Q2 c) V1 = V2 e Q1 > Q2 d) V1 = V2 e Q1 = Q2 e) V1 < V2 e Q1 = Q2 + + ++ ++ + + + + + ++ + + + 1 2 Questão 49 (FM ABC-SP) Duas esferas metálicas A e B, de raios 3R e R, estão isolados e em equilíbrio eletrostático. Ambas estão eletrizadas com cargas positivas 6Q e Q, respectivamente. Interligando-as com fio metálico, podemos afirma que: a) os elétrons vão de B para A. b) os elétrons vão de A para B. c) cargas positivas movimentar-se-ão de A para B. d) não há passagem de cargas elétricas. e) cargas positivas movimentar-se-ão de B para A. Dica: Quem é maior, VA ou VB ? Elétrons, espontaneamente, se movem para em direção a potenciais maiores ou menores ? 3R +6Q A R +Q B Pergunta: Para que a resposta fosse letra d, a carga inicial da esfera B deveria ser quanto ? Questão 50 Seja um condutor metálico representado pela união entre duas esferas metálicas A e B, de raios RA e RB (com RB = 2.RA) eletrizados com cargas QA e QB. Sejam A e B as densidades superficiais de cargas das extremidades A e B do condutor. De acordo com seus conhecimentos sobre o Poder das Pontas em superfícies metálicas em Equilíbrio Eletrostático, assinale a alternativa correta: RB Condutor de Metal Modelo simplificado usando esferas RA A B a) B = 2.A e QB = 2.QA b) B = 2.A e QA = 2.QB c) A = 2.B e QA = 2.QB d) A = 2.B e QB = 2.QA Dica: Leia a página 57, Entendendo Matematicamente o Poder das pontas. Questão 51 Três esferas condutoras de raios 10 cm, 30 cm e 60 cm têm potenciais elétricos respectivamente +120 V, +60 V e –30 V. Interligando-se essas esferas entre si através de fios condutores, elétrons fluirão através dos condutores até que todas as esferas atinjam um mesmo potencial elétrico de equilíbrio VF. Determine VF . Dica: Veja questão 25 de classe Questão 52 (UFMG) Atrita-se um bastão com lã de modo que ele adquire carga positiva. Aproxima-se então o bastão de uma esfera metálica com o objetivo de induzir nela uma separação de cargas. Essa situação Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 72 é mostrada na figura. Pode-se então afirmar que o campo elétrico no interior da esfera é: + + + + + +++ + + + + + + + - - - - - - - a) diferente de zero, horizontal, com sentido da direita para a esquerda. b) diferente de zero, horizontal, com sentido da esquerda para a direita. c) nulo apenas no centro. d) nulo em todo o interior da esfera, devido à blindagem eletrostática. Questão 53 O prof Renato Brito conta que uma esfera estava inicialmente neutra e que sofreu indução devido a um bastão que foi aproximado de sua superfície. Admita que o bastão e a esfera encontram-se fixos em repouso. A respeito do potencial elétrico nos pontos a, b, c, d e e, pode-se afirmar que: a) Vd > Vb b) Vb > Vd c) Ve > Va d) Vb > Vc e) Vb > Ve + + + + a c d e b +++ ++ ++ ++ ++ ++ Questão 54 (Fuvest-SP) Quando se aproxima um bastão B, eletrizado positivamente, de uma esfera metálica, isolada e inicialmente descarregada, observa-se a distribuição de cargas representadas na Figura 1. Mantendo o bastão na mesma posição, a esfera é conectada a terra por um fio condutor que pode ser ligado a um dos pontos P, R ou S da superfície da esfera. Qual dos diagramas melhor indica o fluxo de elétrons através do fio e a carga final adquirida pela esfera: Isolante SP R + + + + + + - - - - - - + + + + + + + + + + + + + + + Bastão B a) + P b) - S e) - P c) + S d) 0 R Pergunta conceitual: Tanto faz ligar qualquer um dos pontos P, Q ou R à Terra ? Por que ? Qual deles está a um maior potencial elétrico ? Questão 55 (Fuvest-SP) Duas esferas metálicas A e B estão próximas uma da outra. A esfera A está ligada a Terra, cujo potencial é nulo, por um fio condutor. A esfera B está isolada e carregada com carga +Q. Considere as seguintes afirmações: I. O potencial da esfera A é nulo. II. A carga total da esfera A é nula. III. A força elétrica total sobre a esfera A é nula. Está correto apenas o que se afirma em: a) I b I e II c) I e III d) II e III e) I, II e III B A Questão 56 Seja uma esfera condutora isolada em equilíbrio eletrostático. Se o potencial elétrico a 10 cm, 20 cm e 100 cm do centro da esfera vale 40 V, 40 V e 10V, respectivamente, O prof Renato Brito pede para você determinar: a) O raio dessa esfera; b) A intensidade do campo elétrico e do potencial elétrico a 20 cm do centro da esfera; c) A intensidade do campo elétrico e do potencial elétrico a 2 m do centro da esfera. Semana 6 de 15 Assunto sugerido: Trabalho e Energia, Gases REVISÃO SEMANAL PROGRAMADA Se você revisar um pouquinho a cada semana, não acumulará toda a revisão para a semana da véspera do vestibular, né verdade ? Questão 57 A Rigidez dielétrica de um meio isolante é a maior intensidade de campo elétrico Emax que ele é capaz de suportar sem se tornar condutor. Para campos elétricos mais intensos, ele se tornará condutor. Os raios que saltam entre as nuvens e a Terra, durante uma tempestade, ocorrem exatamente quando o campo elétrico através da atmosfera fica intenso demais rompendo a rigidez dielétrica do ar atmosférico, da ordem de Emax = 3 .106 N/C. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 73 Baseado nessas informações, determine qual a maior carga elétrica com que se pode eletrizar uma esfera condutora de raio 10 cm no vácuo, sem que ela se descarregue através de faíscas. (Dado: K ar k vácuo = 9 X 109 N.m2.C–2 ) a) 3,3 C b) 0,33 C c) 6,6 C d) 0,66 C e) 9 C Dica: A intensidade do campo elétrico E no ar ao redor da esfera, infinitamente próximo a ela, não pode ultrapassar a rigidez dielétrica do ar. Caso isso ocorra, o ar se torna condutor e raios começam a saltar da esfera faíscas. Hora de Revisar Hora de Revisar Questão 01 Em uma experiência, verificou-se que a velocidade inicial necessária para que um corpo atingisse a altura H, quando lançado verticalmente para cima, era igual a v0. Se o mesmo corpo for lançado com uma velocidade inicial igual a 2v0, a sua velocidadeao atingir a altura H (desprezada a resistência do ar) será: a) V0 b) v0 / 2 c) v0 / 4 d) v0 3 e) v0 / 3 Dica: A questão deseja meramente relacionar velocidade com altura e altura com velocidade. É melhor resolver usando energia ou por cinemática ? Questão 02 (UECE 2007.1 2ª Fase) - Uma máquina térmica funciona de modo que n mols de um gás ideal evoluam segundo o ciclo ABCDA, representado na figura.Sabendo-se que a quantidade de calor Q absorvida da fonte quente, em um ciclo, vale 18.n.R.To, onde To é a temperatura do estado A, o rendimento dessa máquina vale, aproximadamente: a) 55% b) 44% c) 33% d) 22% P V Vo 3Vo Po A 3Po B C D Questão 03 (UFPE 2007) Quando um corpo de 3,0 kg está completamente imerso em água, cuja densidade é r = 1,0 g/cm3, seu peso aparente é de 2 kgf. Quando o mesmo corpo é pesado dentro de outro líquido de densidade dL, a leitura da balança é igual a 1 kgf. Determine a densidade do líquido, em g/cm3. a) 2,6 b) 1,8 c) 2,0 d) 2,2 e) 2,4 Questão 04 (UFPE 2007) Um mol de um gás ideal, inicialmente à temperatura de 300 K, é submetido ao processo termodinâmico ABC mostrado no diagrama V versus T. Determine o trabalho realizado pelo gás, em calorias. Considere R = 2,0 cal/mol.K. a) 1600 cal b) 1200 cal c) 1300 cal d) 1400 cal e) 1500 cal Questão 05 (UFPE 2007) Um objeto de altura h = 2,5 cm está localizado a 4 cm de uma lente delgada de distância focal f = +8 cm. Determine a altura deste objeto, quando observado através da lente. a) 6,5 cm b) 2,5 cm c) 3,0 cm d) 4,5 cm e) 5,0 cm Questão 06 (UECE 2006.2 2ª fase) Dois blocos de massa m são ligados por um fio inextensível e de massa desprezível, que passa por uma roldana que pode girar sem atrito. Um dos blocos repousa sobre um plano inclinado com inclinação com a horizontal, conforme a figura. O menor coeficiente de atrito para que o sistema esteja em equilíbrio estático vale: a) cos1 sen b) cos sen 1 c) cos1 sen d) cos sen Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 74 Questão 07 Um balde vazio, de capacidade igual a dez litros, é afundado verticalmente, com a boca para baixo, em um lago de águas tranqüilas, cuja densidade vale 103 kg/m3. Sendo de 105 N/m2 a pressão atmosférica na superfície da água e considerando que a temperatura da mesma não varia com a profundidade, o volume de ar, no interior do balde, a 10 m de profundidade, será. (g = 10m/s2) a) 2 litros d) 6 litros b) 4 litros e) 8 litros c) 5 litros Dica: 1 atm = pressão da coluna de 10 m de água. Questão 08 (Cefet 2005) Na figura de dispersão apresentada, luz branca incide no dioptro AR-ÁGUA e se decompõe em suas formas monocromáticas do espectro visível. É correto afirmar que: a) na água, a velocidade da luz verde é maior que a velocidade da luz vermelha b) o índice de refração da água para a luz violeta é maior que para a luz vermelha c) o índice de refração da água é o mesmo para as diferentes cores d) a velocidade da luz na água é a mesma para as diferentes cores e) a luz que sofre o maior desvio no meio indica menor índice de refração para esse meio Questão 09 O esquema da figura mostra um pêndulo cônico que executa um MCU num plano horizontal, numa circunferência de raio 7,5 m. Sabendo que a massa da esfera vale 4 kg, com que velocidade angular ela deve se mover para que a tração no fio tenha intensidade T = 50 N ? ( g = 10 m/s2) Questão 10 (UERN-2006) Considere-se uma pequena esfera presa a um fio ideal, de comprimento L, descrevendo um movimento circular uniforme em torno do centro, em um plano horizontal, constituindo um pêndulo cônico. Sabendo-se que o módulo da aceleração da gravidade local é igual a g e que o ângulo que o fio forma com a vertical é , então o período T de rotação é dada pela expressão: a) 2 L g b) 2 g L c) 2 cos L g d) 2 g cosL e) 2 L seng Dica: Veja demonstração, página 106, Figura 73, na apostila 1 (capa verde). Questão 11 (AFA-2007) Um projétil de massa m incide horizontalmente sobre uma tábua com velocidade v1 e a abandona com velocidade, ainda horizontal, v2. Considerando-se constante a força exercida pela tábua de espessura d, pode-se afirmar que o tempo de perfuração é dado por: a) 21 vv 2d b) 21 vv 2d c) )21 v2(v d d) )21 v2(v d Questão 12 (AFA-2007) Uma prancha de comprimento 4 m e de massa 2 kg está apoiada nos pontos A e B, conforme a figura. Um bloco de massa igual a 10 kg é colocado sobre a prancha à distância x = 1 m da extremidade da direita e o sistema permanece em repouso. Nessas condições, o módulo da força que a prancha exerce sobre o apoio no ponto B é, em newtons: a) 340 b) 100 c) 85 d) 35 Questão 13 (AMAN-2005) Um fabricante de automóveis deseja colocar em seus veículos um espelho retrovisor que forneça ao motorista, uma imagem do veículo que o segue, reduzida à metade do seu tamanho natural, quando ele estiver a 5,0 m de distância do vértice do espelho. A opção que contém as características do espelho a ser utilizado é: a) espelho esférico côncavo com raio de curvatura igual a 2,50 m. b) espelho esférico côncavo com distância focal de 2,50 m. c) espelho esférico côncavo com distância focal de 5,0 m. d) espelho esférico convexo com distância focal de 2,50 m. e) espelho esférico convexo com raio de curvatura igual a 10,0 m. Questão 14 (UECE 2010.1 – 1ª Fase) Um corpo de massa 2 kg parte do repouso e cai na vertical. O ar exerce no corpo uma forca de resistência ao seu movimento. O modulo da forca R de resistência do ar e o dobro do modulo da velocidade v do corpo em cada instante. (R = 2v) Considerando que a aceleração da gravidade e 10 m/s2, o trabalho da forca resultante que age no corpo, da posição inicial ate o ponto onde sua velocidade será metade da velocidade terminal, é: a) 35 J b) 15 J c) 25 J d) 50 J Renato Brito Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 1. O DIVISOR DE CORRENTES SIMPLES Exemplo Resolvido 1: Considere o trecho de circuito abaixo. Nosso objetivo é determinar como as correntes se dividirão no trecho AB, só que de forma prática e rápida sabe como? 4 2 3 10 A i A B Usando um método facílimo importado de cajúpiter trazido por mim mesmo. Veja: 4 2 3 10 A A B i 2 i 1 Procuramos as correntes i1 e i2, tais que: I) i1 + i2 = i = 10 II) UAB = R1 . i1 = R2 . i2 (em paralelo mesma ddp) ou seja, 2 . i1 = 3 i2 Para isso, simplesmente “invertemos os valores dos resistores, acrescentando uma variável x”, veja: 4 2 3 10 A 2 x 3 x Pela lei dos nós, escrevemos: 3x + 2x = 10 5 x = 10 x = 2 Assim: 3x = 6 A e 2x = 4 A Exemplo Resolvido 2: 4 22 88 30 A 2 30 A 45 90 Como se determinar de forma prática e rápida todas as correntes no circuito? Usando uma tática super legal, veja: Mantendo apenas a mesma proporção entre os valores das resistências, vem; y2 y1 2 1 90 45 , x4 x 4 1 88 22 Agora atribuímos os valores de correntes ao resistor trocado: 4 22 88 30 A 2 30 A 45 90 4x x 2y y Facilmente determinamos os valores de x e y MENTALMENTE: 4x + x = 30 5x = 30 x = 6A x = 6 4x = 24A 2y + y = 30 3y = 30 y = 10A y = 10 2y = 20A Prontinho! Com esse método, com algum treino você encontrará as correntes elétricas do circuito mentalmente!Ei, profinho, e se fossem mais de dois resistores, hein ? moleza, claudete, veja como será beem facinho ! Capítu lo 15 Circuitos Elétr icos Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 76 2. DIVISOR DE CORRENTES COMPOSTO Não interessam quantos resistores estejam em paralelo, tudo fica igualmente simples de se resolver pelo método cajupiteriano veja: 6 2 430 A i 3 6 4 Para saber qual a corrente em cada resistor do divisor de corrente, siga os passos: Passo 1: Mentalmente, responda qual o mmc de 2, 3, 4 e 6? Parabéns! A resposta é 12. Passo 2: Sendo 12 o mmc, mentalize 12x. Agora divida 12x por cada resistor do divisor de corrente, determinando a corrente de cada um: x2 6 12x ,x3 4 12x ,x4 3 12x ,x6 2 x12 Passo 3: Agora que atribuímos uma variável para a corrente elétrica em cada resistor, determinamos o valor do x: 6 2 4 30 A 3 6 4 6x 4x 3x 2x mentalmente determinamos o valor do x: 6x + 4x + 3x + 2x = 30 15x = 30 x = 2 Agora estão determinadas as correntes: 6x = 12 A 4x = 8 A 3x = 6 A 2x = 4 A 6 2 4 30 A 3 6 4 8A 6A A B 12A 4A Note que como todas os 4 resistores ligados entre A e B estão em paralelo, a ddp em cada um deles é a mesma, pois coincide com UAB: UAB = 12 x 2 = 8 x 3 = 6 x 4 = 4 x 6 = R . i = 24 V 3 - CÁLCULO DE DIFERENÇAS DE POTENCIAL EM CIRCUITOS Passo 1: Estabelecemos um potencial de referência, atribuindo OV a algum nó do circuito Passo 2: Partindo do nó de referência, percorremos todo o circuito elétrico passando por cada elemento do circuito, determinando o potencial elétrico de cada ponto em relação ao potencial de referência. Para isso, fazemos uso da tabela abaixo: ix R X - R. i i x R x + R.i x + x- x + - x x + - -+ C Q x Q Passo 3: Determinamos a ddp entre dois pontos quaisquer desejados, a partir da subtração direta dos seus potenciais: Exemplo Resolvido 3 : 2 1 3 3 2 2 4 1A 1A 20 V + - 10 V + - 3A 3A 3A 2A Para determinar os potenciais de dos pontos desejados, elegemos um nó qualquer e atribuímos a ele o potencial OV. Os demais potenciais são determinados percorrendo o circuito: 2 1 3 3 2 2 4 1A 20 V + - 10 V + - 3A 3A 3A 2A-8 V +1 V -9 V 0V 2A 4 V 6 V 12 V x 1A 1A 2 Vy Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 77 2 1 3 3 2 2 4 1A 20 V + - 10 V + - 3A 3A 3A 2A-8 V +1 V -9 V 0V 2A 4 V 6 V 12 V x 1A 1A 2 Vy Partindo da referência OV, percorrendo no sentido horário, vem: OV 0 – 3 x 3 = –9V –9 + 10 = 1 V 1 – 3 x 3 = –8 V –8 + 20 = + 12 V 12 – 2 x 3 = 6 V 6 – 2 x 1 = 4 V 6 – 4 x 1 = 2 V 4 – 2 x 2 = 0V 2 – 2 x 1 = 0 V Voltamos à referência e encontramos OV. Assim, por exemplo, para determinar a tensão Uxy entre os pontos x e y, vem: Uxy = Vx – Vy Uxy = 12 – 4 Uxy = 8 V 4 - Método para Simplificação de Circuitos Na teoria de circuitos elétricos, denomina-se “uma porta” qualquer trecho de circuito que possua um único acesso de entrada e um único acesso de saída, representados pelos pontos A e B na figura 1. São os chamados terminais de acesso do uma porta. A B Uma porta i i Figura 1 – esquema de um “uma porta” O conteúdo do “uma porta” nem sempre é conhecido e, frequentemente, ele é tratado como uma mera “caixa-preta” com dois terminais de acesso. Logicamente que, em qualquer instante, a corrente elétrica entrando por um dos terminais de acesso é igual à corrente saindo pelo outro terminal. Os geradores e receptores estudados no Ensino Médio são exemplos de “uma porta”. R A B gerador i i R A B receptor i i Figura 2 – exemplos de “uma porta” Considere os seguintes os seguintes parâmetros elétricos : U = ddp entre os terminais A e B de acesso do “uma porta” ; i = corrente que atravessa esse elemento. Nos circuitos estudados no Ensino Médio, para cada valor de corrente i que percorre o elemento, haverá um único valor de U associado. Dizemos que U é função de i, isto é, existe uma função matemática U(i). Quando essa função é do 1º grau, dizemos que se trata de um “uma porta linear”. U i (a) (b) (c) Figura 3 – curvas características de elementos lineares Exemplos de funções lineares U x i : U = 2.i + 3 U = 6 4.i U = 3.i U = 5 Os circuitos estudados no ensino médio são, em geral, circuitos lineares, visto que são constituídos apenas de elementos lineares: Resistores: U = R.i (função linear, gráfico na figura 3a) Geradores: U = R.i (função linear , gráfico na figura 3b) Receptores: U = + R.i (função linear , gráfico na figura 3c) Um capacitor só tem característica linear quando já está plenamente carregado ( U = q / C é uma função constante no tempo). Do contrário, ele se comporta de forma não-linear. Circuitos que contém capacitores em processo de carga ou descarga têm comportamento não-linear. A função U(i) de um elemento chama-se Característica ou Função Característica do elemento e o seu gráfico U x i é chamado Curva Característica do elemento. Na figura 3, vemos curvas características de resistores (3a), geradores (3b) e receptores (3c). 5 - Equivalência entre Elementos Lineares A equivalência entre dois elementos lineares de circuito pode ser estabelecida pela seguinte proposição: 1º postulado da equivalência: dois elementos lineares são equivalentes entre si quando apresentarem características iguais e, consequentemente, curvas características iguais: Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 78 A B i i 3 2 15V 5V A B i i 5 20V i Elemento a Elemento b Figura 4 – elementos lineares equivalentes Os elementos lineares acima são equivalentes. Eles apresentam a mesma função característica VA VB = UAB = U = 20 5.i e, conseqüentemente, a mesma curva característica: U i 20 0 0 4 a icc característica inclinação a U = 20 – 5.i Figura 5 – Curva Característica comum aos elementos a e b da figura 4 6 - Interpretando o coeficiente angular da Característica Comparando a função característica (U = 20 5.i) dos elementos a e b da figura 4 com a função característica de um gerador genérico (equação do gerador, U = R.i), temos: U = 20 – 5.i U = – R.i Y = b – a.X O parâmetro a de uma função do 1º grau ( y = a.x + b), conhecido como coeficiente angular, está relacionado com a inclinação da reta no gráfico U x i, isto é, com a tangente geométrica do ângulo a no gráfico U x i na figura 5. Vemos que o módulo desse coeficiente angular, no gráfico U x i da figura 5, é numericamente igual ao valor de uma resistência R = 5 . Entretanto, como determinar diretamente o valor dessa resistência interna R por inspeção direta dos circuitos a e b da figura 4, caso a função característica do “uma porta linear” não estivesse disponível ? Determinando o valor de R A resistência interna R do "uma porta” é a resistência equivalente medida entre os seus terminais de acesso (A e B) quando todas as baterias (geradores ou receptores) contidas no “uma porta” são substituídas por curtos-circuitos (fios de resistência nula). substituir cada bateria por curto-circuito para determinar R A seguir, determinaremos a resistência interna dos elementos a e b da figura 4. Substituindo todas as baterias por curtos- circuitos, temos: A B i i 3 2 A B i i 5 i Req AB = R= 5 Figura 6 – identificando a resistência interna do “uma porta” Assim, por inspeção direta, vemos que ambos os circuitos a e b da figura 4 apresentam a mesma resistência interna R = 5 , o que era esperado já que eles têm curvas características idênticas (U = 20 5.i). 7 - Interpretando a corrente de curto-circuito na característica Observando o gráfico da função característica U = 20 5.i na figura 4, vemos que ele toca o eixo horizontal no ponto icc, a chamada corrente de curto-circuito da bateria (icc = 4A na figura 4) . A corrente icc de curto-circuito de “uma porta” é a corrente que circula através através de um fio de resistência nula (o chamado curto-circuito), quando este é conectado externamente aos terminais A e B desse “uma porta”. Essa conexão é chamada de curto-circuito e impõe o anulamento da ddp U entre os terminais do elemento, isto é, UAB = VAVB = U = 0 . A seguir, o prof Renato Brito determiná a corrente icc de cada um dos elementos da figura 4, mostrando que ambos têm a mesma corrente de curto-circuito. Para o elemento a, tem-se: A B 3 2 15V 5V Icc a = 4A Curto-circuito = fio de resistência nula icc a Elemento a icc a A4i )32( V)515( Req U i cc cc a a Para o elemento b, tem-se: A B icc b = 4A Curto-circuito = fio de resistência nula Elemento b 5 20V i icc b icc b A4 i 5 V 20 Req U i cc cc b b Assim, vemos que os elementos de circuito a e b da figura 4 têm : Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 79 resistências internas iguais, isto é, R a = Rb = 5 (figura 6); conseqüência direta 1: Suas curvas características (U x i) são retas com inclinações iguais, já que o coeficiente angular dessas retas tem módulo numericamente igual à resistência interna do elemento linear. correntes de curto-circuito iguais, isto é, icc a = icc b = 4A conseqüência direta 2: Suas curvas características (U x i) são retas que têm um ponto em comum no plano U x i : o ponto (U, i ) = (0, icc). Esse ponto está destacado como icc na figura 5. Ora, a geometria nos ensina que, se duas retas têm inclinações iguais (conseqüência direta 1) e têm um ponto em comum (conseqüência direta 2), então tratam-se da mesma reta. Em outras palavras, se dois elementos lineares têm a mesma resistência interna e a mesma corrente de curto-circuito icc, eles terão curvas características U x i idênticas e, portanto, serão elementos lineares equivalentes. Assim, o 1º postulado da equivalência pode ser enunciado de uma forma alternativa operacionalmente mais simples: 2º postulado da equivalência: dois elementos lineares são equivalentes entre si, se e somente, apresentarem resistências internas R iguais e correntes de curto-circuito idênticas. Exemplo Resolvido 1: Mostre que os elementos de circuito abaixo são equivalentes. 12V 6 9V 3 A B 10V 2 A B circuito original circuito equivalente simplificado Resolução: para mostrar que eles são equivalentes, devemos mostrar que eles têm resistências internas iguais e correntes de curto-circuito icc iguais. Determinando Rinterna do circuito original: Para isso, devemos calcular a resistência equivalente entre os pontos A e B do circuito original, substituindo todas as baterias por fios de resistência nula (curto-circuito): 6 3 A B circuito original Rinterna = Req AB = 6 // 3 = 36 3 x 6 Rinterna = 2 Determinando Rinterna do circuito simplificado: Para isso, devemos calcular a resistência equivalente entre os pontos A e B do circuito simplificado, substituindo a bateria de 10 V por um fio de resistência nula (curto-circuito): 2 A B circuito equivalente simplificado Rinterna = 2 Concluímos que, de fato, tanto o circuito original quanto o equivalente simplificado têm a mesma resistência interna Rinterna = 2 . A seguir, o prof Renato Brito verificará a igualdade entre as correntes de curto-circuito icc de cada um dos circuitos propostos. Determinando a icc do circuito original: Para isso, devemos ligar um fio de resistência nula (curto- circuito) externamente, entre os pontos A e B, e determinar a corrente icc que passa através desse fio: 9V 3 A B circuito original icc a Curto-circuito = fio de resistência nula 12V 6 icc1 icc2 icc a = icc 1 + icc 2 = 3 V9 6 V12 R R 2 2 1 1 = 2 + 3 = 5A Determinando a icc do circuito simplificado : Para isso, devemos ligar um fio de resistência nula (curto- circuito) externamente, entre os pontos A e B, e determinar a corrente icc que passa através desse fio: A B Curto-circuito = fio de resistência nula 10V 2 circuito equivalente simplificado icc b icc b = 5A 2 10V R Após determinarmos as correntes de curto circuito icc a e icc b , verificamos que elas, de fato, são idênticas: icc a = icc b = 5A. Assim, como tanto o circuito original quanto o equivalente simplificado têm resistências internas e correntes de curto-circuito em comum, eles são equivalentes. Exemplo Resolvido 2: Determine os valores de e R para obter um circuito equivalente simplificado . 24V 12 12V 4 A B R A B circuito original circuito equivalente simplificado Resolução: Conforme aprendemos, o valor de R procurado é o valor da resistência equivalente entre os pontos A e B do circuito original, quando todas as baterias (geradores e receptores) são substituídas por fios de resistência nula (curto-circuito): 12 4 A B circuito original Rinterna = Req AB = 12 // 4 = 412 4 x 12 Rinterna = 3 Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 80 Portanto, até agora, já determinamos o valor de R. 24V 12 12V 4 A B A B circuito original Equivalente simplificado 3 Nesse ponto, a fim de determinar o valor de , o prof Renato Brito deverá impor a condição de que ambos, circuito original e equivalente simplificado, apresentem a mesma corrente icc de curto-circuito: Aplicando o curto-circuito nos terminais A e B do circuito original, podemos determinar icc a : Curto-circuito = fio de resistência nula 12V 4 circuito original 24V 12 icc1 icc2 A B icc a icc a = icc 1 + icc 2 = 4 V12 12 V24 R R 2 2 1 1 = 2 + 3 = 5A Aplicando o curto-circuito nos terminais A e B do circuito equivalente (figura abaixo), determinaremos o valor de impondo a condição de que a corrente de curto-circuito icc b deverá ter o mesmo sentido e o mesmo valor da corrente de curto- circuito icc a = 5A do circuito original : A B icc b = 5A Curto-circuito = fio de resistência nula 3 circuito equivalente simplificado Assim, temos: = R.i = 3 x 5 = 15V. Pronto. Após termos determinado o valor de e R, finalmente obtivemos o equivalente simplificado do circuito original, mostrado abaixo: 24V 12 12V 4 A B A B circuito original circuito equivalente simplificado 3 15V Exemplo Resolvido 3: Determine os valores de e R para obter um circuito equivalente simplificado . 12 12V 4 A B R A B circuito original equivalente 24V Resolução: Conforme aprendemos, o valor de R procurado é o valor da resistência equivalente entre os pontos A e B do circuito original, quando todas as baterias (geradores e receptores) são substituídas por fios de resistência nula (curto-circuito): 4 12 A B circuito original Rinterna = Req AB = 12 // 4 = 412 4 x 12 Rinterna = 3 Portanto, até agora, já determinamos o valor de R. 12 12V 4 A B A B circuito original equivalente 24V 3 Nesse ponto, a fim de determinar o valor de , devemos impor a condição de que ambos, circuito original e equivalente simplificado, apresentem a mesma corrente icc de curto-circuito: Aplicando o curto-circuito nos terminais A e B do circuito original, podemos determinar icc a : 12 circuito original 24V 4 icc1 icc2 A B 12V cu rt o- ci rc ui to icc a icc 1 = 4 V12 R1 1 = 3A , icc 2 = 12 V24 R 2 2 = 2A 12 circuito original24V 4 3A 2A A B 12V 3A2A Superpondo os efeitos, obtemos a corrente de curto circuito i cc a : icc a = 1A 12 circuito original 24V 4 3A 2A A B 12V Aplicando o curto-circuito nos terminais A e B do circuito equivalente (figura abaixo), determinaremos o valor de impondo a condição de que a corrente de curto-circuito icc b deverá ter o mesmo sentido e o mesmo valor da corrente de curto-circuito icc a = 1A do circuito original : Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 81 A B icc b = 1 A Curto-circuito = fio de resistência nula 3 equivalente Assim, temos: = R.i = 3 x 1 = 3 V. Percebemos nesse caso que, a fim de garantir que as correntes de curto-circuito icc a (no circuito original) e icc b (no circuito equivalente) tenham o mesmo sentido para cima 1A, a polaridade (+/) do elemento de tensão no circuito equivalente teve que ser invertida, de forma que o pólo negativo () seja o de cima e vice-versa. Afinal, essa bateria funcionará como um gerador. Pronto. Após termos determinado o valor de e R, finalmente obtivemos o equivalente simplificado do circuito original, mostrado abaixo: 12 12V 4 A B A B circuito original equivalente 24V 3V 3 Exemplo Resolvido 4: Determine a corrente que atravessa o resistor de 1 . 12 12V 4 Figura 7 24V 32V 3 1i Resolução: podemos dividir o circuito acima em duas partes (trecho I e trecho II) , com terminais de acesso A e B conforme a figura abaixo: 12 12V 4 A Btrecho I 24V 32V 3 1A B trecho II O trecho I do circuito acima pode ser simplificado aproveitando o resultado obtido anteriormente no exemplo resolvido 3 : 12 12V 4 A B A B trecho I 24V 3V 3 trecho I equivalente Substituindo, no circuito original, o trecho I pelo seu equivalente simplificado, obteremos o seguinte circuito: A Btrecho I equivalente 3V 3 B 32V 3 1A trecho II Figura 8 3 B 32V 3 1A 3V i i i Figura 9 A partir do circuito simplificado da figura 9, o prof Renato Brito efetuará o cálculo da corrente elétrica i que atravessa o resistor de 1: i = 1)3(3 3)V(32 qRe U = 5A Note que o circuito da figura 7 foi temporariamente reduzido ao circuito da figura 9 (seu equivalente) apenas facilitar a determinação da corrente elétrica que atravessa o trecho II do circuito. Tendo sido determinado o valor dessa corrente elétrica, ela pode ser prontamente substituída de volta no circuito original na figura abaixo: 12 12V 4 24V 32V 3 15A 5A Figura 10 Ei Renato Brito, e como eu poderia calcular as outras duas corrente elétricas ? é fácil, veja a seguir, claudete ! Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 82 Atribuindo correntes x e y de sentidos arbitrários nos demais ramos do circuitos , obteremos o esquema da figura 11. Considere ainda os pontos A, B, C e D distribuídos nesse circuito. Atribuindo-se a referência de potencial VB = 0V para o ponto B e fazendo o percurso BCDA, podemos determinar o potencial VA: 0 3 X 5 + 32 1 x 5 = VA 0 15 + 32 5 = VA VA = 12 V 12 12V 4 24V 32V 3 1 B 5A 5A x y C D A Figura 11 Agora, partindo do ponto B e chegando ao ponto A, passando pelo resistor de corrente x, podemos escrever: 0 + 4.x 12 = VA , sendo VA = 12 V, vem: 0 + 4.x 12 = 12 V 4.x = 24 x = 6A Agora, partindo do ponto B e chegando ao ponto A, passando através do resistor de corrente y, o prof Renato Brito pode escrever: 0 12.y + 24 = VA, sendo VA = 12 V, vem: 0 12.y + 24 = 12 V 12.y = 12 y = 1A Podemos facilmente verificar que nosso resultado obtido está correto, testando a lei dos nós para as correntes que chegam ou que saem do nó B. Essas correntes elétricas devem satisfazer a relação: x = y + 5A Os valores obtidos para as corrente x e y, de fato, satisfazem a relação acima. Verifique você mesmo . Exemplo Resolvido 5: Determine a corrente elétrica X no circuito abaixo sem determinar as outras correntes : 6 50V 15 40V 2 15 X 20V 10 Figura 12 Resolução: podemos dividir o circuito acima em duas partes (trecho I e trecho II) , com terminais de acesso A e B conforme a figura 13: 6 50V 15 40V 2 15 X 20V 10 B A B A Figura 13 trecho I trecho II Simplificaremos o trecho I do circuito a seguir, determinando o valor dos parâmetros e R com base no 2º postulado da equivalência. A figura 14 mostra o trecho I e o seu equivalente simplificado que desejamos determinar: 6 50V 15 20V 10 B A Figura 14 trecho I A B R trecho I equivalente Conforme aprendemos, o valor de R procurado é o valor da resistência equivalente entre os pontos A e B do circuito original, quando todas as baterias (geradores e receptores) são substituídas por fios de resistência nula (curto-circuito): 615 10 B A Figura 15 trecho I A B R trecho I equivalente Assim, na figura 15, vemos que R é dado por: 6 1 10 1 15 1 R 1 R = 3 Portanto, até agora, já determinamos o valor de R, estabelecendo a equivalência mostrada na figura 16. 6 50V 15 20V 10 B A Figura 16 trecho I A B trecho I equivalente 3 Nesse ponto, a fim de determinar o valor de , o prof Renato Brito deverá impor a condição de que ambos, trecho I original e trecho I equivalente, apresentem a mesma corrente icc de curto- circuito: Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 83 Aplicando o curto-circuito nos terminais A e B do trecho I original, podemos determinar icc a : 6 50V 15 20V 10 Figura 15 icc a Curto-circuito = fio de resistência nula A B icc1 icc2 A B icc3 trecho I original A A B B icc a = icc 1 + icc 2 + icc 3 = 6 V20 10 V0 15 V50 RR R 3 3 2 2 1 1 icc a = A 3 10 0 A 3 10 icc a = A 3 20 A figura 16 mostra a corrente icca = (20/3) A atravessando o curto-circuito (fio) conectado externamente aos terminais A e B do circuito do trecho I. 6 50V 15 20V 10 Figura 16 icc a A B icc1 icc2 A B icc3 techo I A A B B A 3 20 Aplicando o curto-circuito nos terminais A e B do trecho I equivalente na figura abaixo, o prof Renato Brito determinará o valor de impondo a condição de que a corrente de curto- circuito icc b deverá ter o mesmo sentido e o mesmo valor da corrente de curto-circuito icc a = (20/3) A do trecho I original : icc b Curto-circuito = fio de resistência nula A 3 20 A B trecho I equivalente 3 Assim, temos: = R.i = 3 x 3 20 = 20V. Pronto. Apóstermos determinado o valor de e R, finalmente obtivemos o equivalente simplificado do circuito original, mostrado abaixo: 6 50V 15 20V 10 B A Figura 17 trecho I A B trecho I equivalente 3 20V Substituindo o trecho I equivalente no circuito original pelo seu equivalente simplificado, obteremos o seguinte circuito: 6 50V 15 40V 2 15 X 20V 10 B A B A Figura 18 trecho I trecho II 40V 2 15 X B A Figura 19 trecho II A B trecho I equivalente 3 20V 40V 2 15 X B A Figura 20 trecho IItrecho I equivalente 3 20V X A partir da figura 20, podemos efetuar o cálculo da corrente elétrica X desejada : i = )1523( V)2040( = 1A Note que o circuito da figura 12 foi temporariamente reduzido ao circuito da figura 20 (seu equivalente) apenas para facilitar a determinação da corrente elétrica X que atravessa o trecho II do circuito. Tendo sido determinado o valor dessa corrente elétrica, ela pode ser prontamente substituída de volta no circuito original completo da figura 21: 6 50V 15 40V 2 15 1A 20V 10 Figura 21 Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 84 Pensando em Classe Pensando em Classe Questão 1 Em cada circuito abaixo, calcule todas as correntes elétricas, bem com a diferença de potencial elétrico entre os pontos A e B, UAB = VA – VB : a) B A 60 V2 4 6 4 b) A 6 2 4 3 1 60 V B Questão 2 No circuito abaixo, sabendo que UAB = VA – VB = 4V, pede-se determinar: a) a tensão elétrica UCD = VC – VD entre os pontos C e D: b) A tensão U fornecida pela bateria. U + - 1 2 24 5 B C A D Questão 3 No circuito abaixo, as tensões Uab = Va – Vb entre os pontos a e b com a chave k fechada e com a chave k aberta valem, respectivamente : a) 10 V, 40 V b) 10 V, 80 V c) 25 V, 45 V d) 20 V, 80 V 3 3 15 V 60 V 20 V 2 2 3 A B k Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 85 Questão 4 (UFMA) Na associação de lâmpadas abaixo, todas elas são iguais. Podemos afirmar, corretamente, que: a) nenhuma das lâmpadas tem brilho igual. b) a lâmpada L1 brilha mais que todas as outras. c) todas as lâmpadas tem o mesmo brilho. d) as lâmpadas L1, L2 e L3 têm o mesmo brilho. e) a lâmpada L1 brilha mais que a L2. L 1 L 3 U L 2 L 4 Questão 5 (Cesgranrio) Você dispõe de duas lâmpadas, uma de 25 W–125 V e outra de 200 W– 125 V. Você liga essas lâmpadas, conectadas em série, a uma tomada de 125 V, e observa que: a) a lâmpada de 25 W queima. b) a lâmpada de 200 W queima. c) a lâmpada de 25 W tem brilho quase normal e a lâmpada de 200 W não chega a acender. d) a lâmpada de 25 W não chega acender e a lâmpada de 200 W tem brilho quase normal. e) as duas lâmpadas acendem com brilho normal. Questão 6 (PUC-RJ) Três lâmpadas com as seguintes características L1 (100 W – 110 V), L2 (25 W– 110 V) e L3 (200 W – 110 V) são conectadas da maneira representada na figura e, em seguida, o conjunto é ligado a uma tomada de 220 V. Assim fazendo, qual (ou quais) das lâmpadas vai (vão) queimar? a) L1 apenas b) L2 apenas c) L1 e L2 apenas d) L2 e L3 apenas e) L1, L2 e L3. L 1 L 2 L 3 Tomada de 220 V Questão 7 (Fuvest-SP) Um circuito é formado de duas lâmpadas L1 e L2, uma fonte de tensão e uma resistência R, conforme desenhado na figura. As lâmpadas estão acesas e funcionando em seus valores nominais L1(0,9 W e 3V) e L2 (0,3W e 3V). Determine: a) o valor da resistência R; b) a tensão fornecida pela bateria. Lâmpada 2 R Lâmpada 1 Questão 8 A especificação da fábrica garante que uma lâmpada, ao ser submetida a uma tensão de 120 V, tem potência de 100 W. O circuito ao lado pode ser utilizado para controlar a potência dissipada pela lâmpada, variando-se a resistência R. Para que a lâmpada funcione com uma potência de 25 W, a resistência R deve ser igual a: a) 25 b) 36 c) 72 d) 144 e) 288 Lâmpada 180V R Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 86 Questão 9 A figura abaixo ilustra um circuito elétrico composto por 4 lâmpadas idênticas conectadas a uma chave K e uma bateria elétrica. Fechando-se a chave K, podemos afirmar que: K A B C D a) a lâmpada D entra em curto circuito e queima; b) o brilho da lâmpada A diminui e da lâmpada B aumenta; c) o brilho da lâmpada A aumenta e da lâmpada C aumenta; d) o brilho da lâmpada A aumenta e da lâmpada B diminui; e) o brilho das lâmpadas A e B diminui. Questão 10 Considere o circuito da figura anterior. Sabendo que a tensão elétrica entre os terminais da lâmpada B vale 200V quando a chave encontra-se aberta, fechando-se essa chave, a tensão elétrica sobre a lâmpada A valerá: a) 150 V b) 250 V c) 300 V d) 350 V e) 450 V Questão 11 (UFMG) A figura ilustra a forma como três lâmpadas idênticas estão ligadas a uma tomada. A corrente elétrica no ponto P do fio é iP e no ponto Q é iQ. P Q L 1 L 2 L3 Em um determinado instante, a lâmpada L2 se queima. Pode-se afirmar que: a) as duas correntes não se alteram. b) as duas correntes se alteram. c) a corrente iP não se altera e iQ se altera. d) a corrente iP se altera e iQ não se altera. Questão 12 No circuito a seguir, o fio AB tem resistência desprezível. A corrente elétrica através desse fio vale: a) 3 A b) 2A c) 1 A d) 0A 6 3 4 4 2 36 V A B Questão 13 A figura abaixo mostra o circuito de um chuveiro elétrico com uma chave rotatória que pode assumir as posições a, b e c, de acordo com o aquecimento desejado para a água. tomada 220V R R R a b c Pode-se afirmar que: Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 87 a) As posições a, b e c da chave rotatória representam, respectivamente as posições quente, morna e fria , pois nesse caso, quanto maior a corrente elétrica, maior a potência dissipada pelo conjunto. b) As posições a, b e c da chave rotatória representam, respectivamente as posições fria, morna e quente, pois nesse caso, quanto maior a resistência elétrica, maior a potência dissipada pelo conjunto. c) As posições a, b e c da chave rotatória representam, respectivamente as posições quente, morna e fria , pois nesse caso, quanto maior a resistência elétrica, maior a potência dissipada pelo conjunto. d) As posições a, b e c da chave rotatória representam, respectivamente as posições quente, morna e fria , pois nesse caso, quanto maior a tensão elétrica, maior a potência dissipada pelo conjunto. Questão 14 Um estudante cearense utilizava um chuveiro elétrico de valores nominais 4400W/220V para tomar banho diariamente em Fortaleza. Ao se mudar para São Paulo, onde a tensão fornecida pela rede elétrica é de apenas 110 V,levou o chuveiro elétrico e percebeu que a água estava aquecendo menos do que quando ele morava em Fortaleza. Assinale os procedimentos que o estudante pode executar a fim de que o chuveiro em São Paulo passe a aquecer tão bem quanto antes. I) aumentar a resistência elétrica do chuveiro; II) diminuir o comprimento da resistência elétrica; III) Substituir por uma resistência de fio mais grosso; IV) Diminuir a vazão do chuveiro elétrico, abrindo menos a torneira. V) Trocar a resistência do chuveiro por outra feita de metal com maior resistividade Questão 15 Considere duas lâmpadas, A e B, idênticas a não ser pelo fato de que o filamento de B é mais grosso que o filamento de A. Se essaslâmpadas forem ligadas em série a uma tensão elétrica adequada U de forma que nenhuma das lâmpadas chegue a queimar. Pode-se afirmar que: a) A será a mais brilhante, pois tem a maior resistência. b) B será a mais brilhante, pois tem a maior resistência. c) A será a mais brilhante, pois tem a menor resistência. d) B será a mais brilhante, pois tem a menor resistência. e) ambas terão o mesmo brilho. Questão 16 (PUC-SP) Considere duas lâmpadas, A e B, idênticas a não ser pelo fato de que o filamento de B é mais grosso que o filamento de A. Se cada uma estiver sujeita a uma ddp de 110 volts: a) A será a mais brilhante, pois tem a maior resistência. b) B será a mais brilhante, pois tem a maior resistência. c) A será a mais brilhante, pois tem a menor resistência. d) B será a mais brilhante, pois tem a menor resistência. e) ambas terão o mesmo brilho. Questão 17 Um jovem casal instalou em sua casa uma ducha elétrica moderna de 7700W/220V. No entanto, os jovens verificaram, desiludidos, que toda vez que ligavam a ducha na potência máxima, desarmava-se o disjuntor (o que equivale a queimar o fusível de antigamente) e a fantástica ducha deixava de aquecer. Pretendiam até recolocar no lugar o velho chuveiro de 3300W/ 220V, que nunca falhou. Felizmente, consultaram um velho amigo engenheiro eletrônico, o Renato Brito que, naturalmente - os socorreu. Substituiu o velho disjuntor por outro, de maneira que a nova ducha funcionasse normalmente. A partir desses dados, assinale a única alternativa que descreve corretamente a possível troca efetuada pelo amigo: Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 88 a) Substituiu o velho disjuntor de 20 A por um novo de 30 A. b) Substituiu o velho disjuntor de 20 A por um novo de 40 A . c) Substituiu o velho disjuntor de 10 A por um novo de 40 A. d) Substituiu o velho disjuntor de 30A por um novo de 20 A. e) Substituiu o velho disjuntor de 40 A por um novo de 20 A. Questão 18 Considere o circuito abaixo contendo 4 lâmpadas elétricas incandescentes e dois fusíveis que suportam uma corrente elétrica máxima de 10A cada um. Quando o prof Renato Brito fecha a chave K, pode-se afirmar que: 610A 3 72V 2 2 10A K a) Assim que a chave K é fechada, a corrente elétrica no circuito diminui; b) a lâmpada de resistência de 2 , em paralelo com a chave K, é queimada; c) ambos os fusíveis queimam; d) a corrente elétrica final, na bateria, será 9A. e) o fusível superior é queimado Questão 19 (Fuvest) Um circuito doméstico simples, ligado à rede de 110 V e protegido por um fusível F de 15 A, está esquematizado abaixo. A potência máxima de um ferro de passar roupa que pode ser ligado, simultaneamente, a uma lâmpada de 150 W, sem que o fusível interrompa o circuito, é aproximadamente de: a) 1100 W b) 1500 W c) 1650 W d) 2250 W e) 2500 W Questão 20 O circuito elétrico do enfeite de uma árvore de natal é constituído por várias lâmpadas idênticas (cada uma com tensão nominal de 6V e resistência de 30 ohms) e uma fonte de tensão de 6V com potência máxima de 18 watts . Calcule o número máximo de lâmpadas que podem ser acesas simultaneamente sem queimar a fonte. Questão 21 No alojamento dos alunos do Poliedro, existe um chuveiro elétrico de características 200V – 4000W. Da experiência do dia-a-dia, os alunos percebem que a água que sai do chuveiro fica menos quente quando a torneira é demasiadamente “aberta”. Prá “melhorar a situação” , descobriram que o sr. Hildo (o eletricista) ligou o chuveiro à rede elétrica de 100 V, por engano ! Supondo que a água na caixa d’água esteja a 20C, pede-se: a) O valor da resistência elétrica desse chuveiro elétrico, e a corrente elétrica que ele “puxará”, nas condições em que foi ligado; b) Para que vazão devemos ajustar a torneira do chuveiro (em m/min ) para que a temperatura do banho seja de 45C ? Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 89 Questão 22 Determine a resistência equivalente entre os pontos A e B em cada circuito a seguir: a) b) R R R R R R R R R R R R A B Questão 23 Calcule todas as correntes no circuito abaixo, sem efetuar muitos cálculos, fazendo uso das propriedades da simetria 1 2 2 4 2 4 4 4 0,5 40 V Questão 24 Determine quanto marca os voltímetros e amperímetros idéias nos circuitos a seguir: a) 3 60 V 20 V 2 A V b) 3 60 V 20 V 2 V A Questão 25 Determine a corrente elétrica no resistor em destaque: a) 12 6 4 1 1 112V 12V 12V 2V b) 12 24V 4 12V 9V 3 2 c) 4V 8V 24 V 32 V 1 12 2 1 1 12 Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 90 Pensando em Casa Pensando em Casa Questão 1 Em cada circuito abaixo, calcule todas as correntes elétricas, bem com a diferença de potencial elétrico entre os pontos A e B, VAB = VA – VB : a) B A 60 V 4 4 4 2 3 b) B 18A A B 2 1 2 2 6 5 c) 2 5 A 2 3 80 V B 2 Questão 2 Considerando o esquema e os valores nele indicados, a diferença de potencial entre os pontos X e Y, em volts, é igual a: 2A 7 Z Y i X 10 30 20A a) 10 b) 50 c) 154 d) 20 e) 90 Questão 3 No circuito elétrico a seguir, a diferença de potencial elétrico UAB entre os pontos A e B vale: a) 20 V b) 16 V c) 12 V d) 8 V e) 24 V 60 V4 5 4 12 6 B A Semana 7 de 15 Assunto sugerido: Impulso e QDM, Termodinâmica REVISÃO SEMANAL PROGRAMADA Se você revisar um pouquinho a cada semana, não acumulará toda a revisão para a semana da véspera do vestibular, né verdade ? Questão 4 No circuito abaixo, as tensões Uab = Va – Vb entre os pontos a e b com a chave k fechada e com a chave k aberta valem, respectivamente : a) 10 V, 40 V b) 50 V, 80 V c) 20 V, 90 V d) 50 V, 90 V 3 3 30 V 60 V 20 V 2 2 3 A B k Questão 5 (Eng. UFSCar-SP) No circuito da figura, quanto valem, respectivamente os potenciais dos pontos A e C do circuito, sabendo que VB = 0V ? + - =14 Vr = 1 4 B A C 2 Questão 6 (Mackenzie-SP) No circuito esquematizado, a indicação do amperímetro ideal A é: a) 4A b) 3A c) 2A d) 1A e) 0,5 A Questão 7 No circuito representado a seguir, calcule o valor da resistência R a fim de que seja nula a ddp entre os pontos A e B: BA 0,5 0,3 R1 12 V 36 V Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 91 Questão 8 (U.E. Londrina-PR) Três resistores iguais, M, N e P, são associados como mostra a figura e ligados a uma fonte de tensão constante U. Sabendo que o resistor P dissipa uma potência de 60 W, as potências dissipadas por M e N valem, respectivamente: a) 60 W e 30 W b) 60 W e 60 W e) 120 W e 30 W d) 120 W e 60 W e) 240 W e 60 W U M N P Dica: veja questão 4 de classe Questão 9 Quatro lâmpadas idênticas (de mesma resistência) são ligadas, conforme o circuito abaixo. 200V L1 L2 L3 L4 É correto afirmar que: a) as lâmpadas L3 e L4 têm a mesma luminosidade. b) a lâmpada L2 é a mais luminosa de todas. c) a lâmpada L1 é a mais luminosa de todas. d) as lâmpadas L1 e L2 têm a mesma luminosidade. Dica: veja questão 4 de classe Questão 10 Três lâmpadas, L1, L2 e L3, identificadas, respectivamente, pelas inscrições (2w – 12V), (4w – 12V) e (6w – 12V), foram associadas conforme mostra o trecho de circuito a seguir. 12 V L1 L2 L3 Após calcular a resistência de cada lâmpada, determine a intensidade de correnteelétrica que passa pela lâmpada L3 : a) 0,25 A c) 1,0 A e) 2,0 A b) 0,33 A d) 1,6 A Dica: calcule a resistência de cada lâmpada e, em seguida, resolva normalmente como se fossem meros resistores, como de costume. Questão 11 Duas lâmpadas incandescentes, cuja tensão nominal é de 110 V, sendo uma de 20 W e a outra de 100 W, são ligadas em série a uma fonte de 220 V. Conclui-se que: a) As duas lâmpadas acenderão com brilho normal. b) A lâmpada de 20 W apresentará um brilho acima do normal e logo queimar-se-á. c) A lâmpada de 100 W fornecerá um brilho mais intenso do que a de 20 W. d) A lâmpada de 100 W apresentará um brilho acima do normal e logo queimar-se-á. e) Nenhuma das lâmpadas acenderá. Dica: veja questão 5 de classe Questão 12 (MACK-SP) No trecho de circuito a seguir, L1 e L2 são lâmpadas de valores nominais (80 W, 20 V) e (36 W, 12 V), respectivamente: Determine o valor da resistência R a fim de que L1 e L2 funcionem conforme suas especificações. Dica: veja questão 7 de classe Questão 13 O circuito ao lado mostra duas lâmpadas L1 e L2 de valores nominais respectivamente iguais a 20V–80 W e 12V–36 W, respectivamente. Ao fechar a chave k por um breve intervalo de tempo, percebeu-se que a lâmpada L1 apresentou um brilho abaixo do normal, ao passo que a lâmpada L2 não queimou por pouco. A fim de que ambas as lâmpadas passem a funcionar de acordo com suas especificações, o que se deve fazer: L1 L2 10 72 V ch a) Associar em série com L1 um resistor de 6 ; b) Associar em paralelo com L1 um resistor de 8 ; c) Associar em série com L2 um resistor de 10 ; d) Associar em paralelo com L2 um resistor de 12 ; Questão 14 (Fuvest-SP) A figura mostra um trecho de circuito com 3 lâmpadas funcionando de acordo com as características especificadas: L1: 100 V – 50w , L2: 100 V e 100w e L3: 100 V. Os pontos A e B estão ligados numa rede elétrica. A potência dissipada por L3 é: a) 75 W b) 50 W c) 150 W d) 300 W e) 200 W L 1 L 2 A B L 3 Dica: veja questão 7 de classe Questão 15 O circuito esquematizado ao lado compreende um gerador, três lâmpadas iguais L1, L2 e L3 e uma chave interruptora Ch. Com a chave Ch aberta, as lâmpadas L1 e :L2 ficam acesas apresentando brilhos normais. Ao fechar a chave, observa-se que: L 1 L 2 G E R A D O R L 3 Ch a) os brilhos de L1 e L2 aumentam. b) os brilhos de L1 e L2 diminuem. c) os brilhos de L1, L2 e L3 apresentam-se normais. d) o brilho de L1 aumenta e o de L2 diminui. e) o brilho de L2 aumenta e o de L1 diminui. Dica: veja questão 9 de classe Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 92 Questão 16 A figura abaixo ilustra um circuito elétrico composto por 4 lâmpadas idênticas conectadas a uma chave K e uma bateria elétrica. Abrindo-se a chave K, podemos afirmar que: K A B C D a) a lâmpada D entra em curto circuito e queima; b) o brilho da lâmpada A diminui e da lâmpada B aumenta; c) o brilho da lâmpada A aumenta e da lâmpada C aumenta; d) o brilho da lâmpada A aumenta e da lâmpada B diminui; e) o brilho das lâmpadas A e B diminui. Dica: veja questão 9 de classe Questão 17 Considere o circuito da questão anterior. Sabendo que a tensão elétrica entre os terminais da lâmpada A vale 180V quando a chave encontra-se fechada, abrindo-se essa chave, a tensão elétrica sobre a lâmpada B valerá: a) 150 V b) 100 V c) 80 V d) 120 V e) 60 V Questão 18 (UFC 2004) No circuito esquematizado a seguir, A1 e A2 são amperímetros ideais idênticos. Ligando-se a chave C, observa-se que: R1 A2 R1 A1 C a) a leitura de A1 e a leitura de A2 não mudam. b) a leitura de A1 diminui e a leitura de A2 aumenta. c) a leitura de A1 não muda e a leitura de A2 diminui. d) a leitura de A1 aumenta e a leitura de A2 diminui. e) a leitura de A1 aumenta e a leitura de A2 não muda. Dica: veja questão 11 de classe. Amperímetro ideal pode ser substituído por um fio de resistência nula. Questão 19 Quatro lâmpadas idênticas 1, 2, 3 e 4, de mesma resistência R, são conectadas a uma bateria com tensão constante V, como mostra a figura. V 2 3 BA 1 4 Se a lâmpada 1 for queimada, então: a) a corrente entre A e B cai pela metade e o brilho da lâmpada 3 diminui. b) a corrente entre A e B dobra, mas o brilho da lâmpada 3 permanece constante. c) o brilho da lâmpada 3 diminui, pois a potência drenada da bateria cai pela metade. d) a corrente entre A e B permanece constante, pois a potência drenada da bateria permanece constante. e) a corrente entre A e B e a potência drenada da bateria caem pela metade, mas o brilho da lâmpada 3 permanece constante. Dica: Quando a lâmpada 1 queima, a lâmpada 2 permanece acesa ou apaga ? A ddp entre os pontos A e B aumenta ou diminui ? A ddp que as lâmpadas 3 e 4 recebem aumenta ou diminui ? Veja questão 12 de classe. Questão 20 (UFV-MG) Dois chuveiros elétricos, um de 110 V e outro de 220 V, de mesma potência, adequadamente ligados, funcionam durante o mesmo tempo. Então, é correto afirmar que: a) o chuveiro ligado em 110 V consome mais energia; b) ambos consomem a mesma energia; c) a corrente é a mesma nos dois chuveiros; d) as resistências dos chuveiros são iguais; e) no chuveiro ligado em 220 V a corrente é maior. Questão 21 Considere duas lâmpadas, A e B, de valores nominais respectivamente iguais a 220V/100W e 220V/60W. Se essas lâmpadas forem ligadas em série a uma tensão elétrica adequada U de forma que nenhuma das lâmpadas chegue a queimar. Pode- se afirmar que: a) A será a mais brilhante, pois tem a maior resistência. b) B será a mais brilhante, pois tem a maior resistência. c) A será a mais brilhante, pois tem a menor resistência. d) B será a mais brilhante, pois tem a menor resistência. Dica: veja as questões 15 e 16 de classe. Questão 22 (UFC 2004) Duas lâmpadas, L1 e L2, são idênticas, exceto por uma diferença: a lâmpada L1 tem um filamento mais grosso que a lâmpada L2. Ao ligarmos cada lâmpada a uma tensão de 220 V, observaremos que: a) L1 e L2 terão o mesmo brilho. b) L1 brilhará mais, pois tem maior resistência. c) L2 brilhará mais, pois tem maior resistência. d) L2 brilhará mais, pois tem menor resistência. e) L1 brilhará mais, pois tem menor resistência. Dica: veja as questões 15 e 16 de classe. Questão 23 Ganhei um chuveiro elétrico de 6050W - 220V. Para que esse chuveiro forneça a mesma potência na minha instalação, de 110V, devo mudar a sua resistência para o seguinte valor, em ohms: a) 0,5 b) 1,0 c) 2,0 d) 4,0 e) 8,0 Questão 24 Para obter uma iluminação pouco intensa, pode-se utilizar uma lâmpada de 220 V ligando-a em 110 V, em vez de usar uma lâmpada de baixa potência, mas de mesma tensão que a da rede elétrica. A principal vantagem desta opção é a de aumentar a vida útil da lâmpada que, em condições nominais, é projetada para uma vida útil de 1000 horas. Ligando uma lâmpada de 40 W - 220 V numa rede elétrica de 110 V e considerando que a resistência elétrica da lâmpada não varia com a temperatura, a potência dissipada por esta lâmpada será de a) 5 W. b) 7 W. c) 10 W d) 20 W. e) 40 W. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 93 Semana 8 de 15 Assunto sugerido: Impulso e QDM, Ciclos Termodinâmicos REVISÃO SEMANAL PROGRAMADA Se você revisar um pouquinho a cada semana, não acumulará toda a revisão para a semana da véspera do vestibular, né verdade ? Questão 25 Uma lâmpada, cujos dados nominais são 120V – 60W, está funcionando de acordo com as especificações. Admitindo que a lâmpada seja um resistor de resistência constante, se a tensão sofrer um acréscimo de 10%a intensidade da corrente elétrica no filamento da lâmpada e a potência por ela dissipada aumentarão, respectivamente: a) 10% e 21% b) 11% e 10% c) 11% e 21% d) 21% e 10% b) 21% e 21% Questão 26 Considere a montagem da figura, composta por 4 resistores iguais R, uma fonte de tensão , um medidor de corrente A, um medidor de tensão V e fios de ligação. O medidor de corrente indica 8 A e o de tensão, 2 V. Pode-se afirmar que a potência elétrica total, consumida pelos 4 resistores, vale : a) 8 W b) 16 W c) 32 W d) 48 W e) 64 W V A R R R R Dica: Pela conservação da energia elétrica no circuito, toda a potência elétrica fornecida pela bateria (Pot bateria = .i) será integralmente consu- mida (dissipada) nos resistores. Veja questão 19 de classe. Questão 27 (Cesgranrio-RJ) O fusível de entrada de uma casa, alimentada em 110 V, queima se a intensidade da corrente total ultrapassar 20 A. Qual é o número máximo de lâmpadas de 100 W que poderão estar ligadas sem que o fusível queime? (Supõe-se que nenhum outro aparelho elétrico esteja funcionando.) a) 2 b) 22 c) 5 d) 60 e) 11 Questão 28 (Fuvest) No circuito elétrico residencial a seguir esquematizado, estão indicadas, em watts, as potências dissipadas pelos diversos equipamentos. O circuito está protegido por um fusível, F, que funde quando a corrente ultrapassa 30A, interrompendo o circuito. Que outros aparelhos podem estar ligados ao mesmo tempo que o chuveiro elétrico sem "queimar" o fusível? a) Geladeira, lâmpada e TV. b) Geladeira e TV. c) Geladeira e lâmpada. d) Geladeira. e) Lâmpada e TV. Dica: Veja questão 19 de classe. Questão 29 A figura representa três resistências elétricas A, B e C, ligadas em série, que dissipam as potências de 20W, 40W e 60W, respectivamente, quando a ddp aplicada nas extremidades da ligação é de 12 V. A B C 12 V A corrente elétrica fornecida pela bateria vale: a) 2A b) 4A c) 6A d) 10A e) 12A Dica: Veja questão 19 de classe. Questão 30 Na montagem esquematizada na figura, F1, F2 e F3 são fusíveis de resistências desprezíveis, que suportam, no máximo, as correntes neles indicadas: Se os pontos A e B forem submetidos a uma diferença de potencial de 120 V, que fusíveis deverão queimar-se? Questão 31 Considere o circuito abaixo contendo 4 lâmpadas elétricas incandescentes e dois fusíveis que suportam uma corrente elétrica máxima de 5A cada um. Quando o prof. Renato Brito fecha a chave K, pode-se afirmar que: 65A 3 36V 2 2 5A K a) Assim que a chave K é fechada, a corrente elétrica no circuito diminui; b) a lâmpada de resistência de 2 , em paralelo com a chave K, é queimada; c) ambos os fusíveis queimam; d) a corrente elétrica final, na bateria, será 4,5A; e) o fusível superior é queimado Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 94 Questão 32 Uma estudante da Turma Saúde 10, descontente com o desempenho de seu secador de cabelos, resolve aumentar a potência elétrica do aparelho. Sabendo-se que o secador tem potência elétrica nominal 1200W e opera em 220V, a estudante deve: a) ligar o secador numa tomada de 110 V. b) aumentar o comprimento do fio metálico que constitui o resistor do secador. c) diminuir o comprimento do fio metálico que constitui o resistor do secador. d) diminuir a espessura do fio metálico que constitui o resistor do secador. e) trocar o material do fio metálico que constitui o resistor do secador por outro de maior resistividade. Questão 33 Três fios metálicos resistivos R1, R2 e R3 cujas características são fornecidas pelo quadro a seguir, são submetidos a uma mesma tensão elétrica U, e dissipam, respectivamente, as potências P1, P2 e P3. fios comprimento diâmetro resistividade R1 L d R2 2L 2d R3 L/ 2 d / 2 2 Entre as potências valem as relações: a) P1 = P2 = P3 b) P1 = 1/2 P2 = P3 c) P1 = 2P2 = 1/2 P3 d) P1 = 1/2 P2 = 4P3 e) P1 = P2 = 2P3 Questão 34 Muitos aparelhos eletrodomésticos têm seu funcionamento baseado simplesmente no comportamento de resistências elétricas. Exemplos destes são as lâmpadas incandescentes, ferros de passar, chuveiros elétricos, entre outros. Considerando o funcionamento das resistências, é correto afirmar: a) Ao se diminuir a resistência de um chuveiro elétrico, reduz-se a potência consumida por ele. b) A resistência de uma lâmpada incandescente de 100W é maior que a de uma lâmpada de 60W. c) Em um chuveiro elétrico, para manter estável a temperatura quando se aumenta a vazão de água, deve-se diminuir a resistência do chuveiro. d) Quando se seleciona em um ferro de passar a posição "mais quente", o que se está fazendo é aumentar a resistência do ferro ao maior valor possível. e) A potência consumida independe da resistência desses aparelhos. Questão 35 Para determinar a potência de um aparelho eletrodoméstico, um estudante da Turma Saúde 10 seguiu este procedimento: 1) Desligou todos os aparelhos elétricos de sua casa, exceto uma lâmpada de 100W e outra de 60W; observou, então, que o disco de alumínio do medidor de consumo de energia elétrica, na caixa de entrada de eletricidade de sua casa, gastou 8,0 s para efetuar 10 voltas. 2) Em seguida, apagou as duas lâmpadas e ligou apenas o aparelho de potência desconhecida; verificou que o disco de medidor gastou 4,0s para realizar 10 voltas. O estudante calculou corretamente a potência do aparelho, encontrando, em watts; a) 80 b) 160 c) 240 d) 320 e) 480 Dica: a corrente elétrica que atravessa o medidor e, conseqüentemente, a potência elétrica consumida por essa resistência é diretamente proporcional ao número de voltas que o disco dá por segundo, isto é, à sua freqüência de rotação ( 1 Hertz = 1 voltas /seg). Questão 36 (UERJ) A figura abaixo mostra quatro passarinhos pousados em um circuito no qual uma bateria de automóvel alimenta duas lâmpadas. Ao ligar-se a chave S, o passarinho que pode receber um choque elétrico é o de número: a) I. b) II. c) III. d) IV. e) nenhum deles Questão 37 O gráfico abaixo mostra a potência elétrica consumida, ao longo do dia, em uma certa residência alimentada com a voltagem de 120 V. Se o kWh custa R$ 0,10, o valor pago por 30 dias de consumo é: a) R$ 88,00. b) R$ 112,00. c) R$ 144,00. d) R$ 162,00. Questão 38 Um forno de microondas opera na voltagem de 120 V e corrente de 5A. Colocaram nesse forno 200 mililitros de água à temperatura de 25°C. Admite-se que toda energia do forno é utilizada para aquecer a água. O tempo para elevar a temperatura da água a 100 °C é: a) 60 s. b) 100 s. c) 120 s. d) 150 s. Dica: 1 ml de água corresponde a 1 g de água – o calor específico da água vale c = 1 cal/g.oC, 1 cal = 4J Questão 39 Um vaporizador converte 500 cm3 de água por hora em vapor de água, quando submetido a uma diferença de potencial de 120 V. Sabendo que são necessários 2.160 J de energia para vaporizar 1g de água e considerando a perda de calor desprezível, a resistência elétrica do resistor do vaporizador tem valor, em , igual a: a) 48. b) 36. c) 28. d) 20. e) 12. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 95 Questão 40 Maria da Paz deseja ferver uma certa quantidade de água a fim de fazer café para o Dr..Rômulo. Para isso, a prendada cozinheira dispõe de dois resistores RA e RB bem como de uma fonte de tensão constante U. Admita que toda a potência dissipada nos resistores, em cada caso, seja integralmenteconvertida em calor a fim de aquecer a água. +- RA U +- RB U +- RB U RA 1 2 3 Da Paz, dispondo de um cronômetro, percebeu que ao usar o circuito 1 para ferver a água, gastou um tempo TA para atingir o seu objetivo, ao passo que, usando o circuito 2, gastou um tempo TB > TA para ferver a mesma amostra de água. Assim, se a Da Paz fizer uso do circuito 3 para ferver a mesma amostra de água, levará um tempo: a) TA + TB b) A B T T 2 c) TB TA d) A B A B T .T T T Questão 41 Uma pequena esfera condutora, isolada eletricamente, é carregada com uma quantidade de carga Q. Em seguida essa esfera isolada é aterrada através de um resistor de 0,25 . A carga da esfera é descarregada em 0,5 s com uma corrente elétrica constante escoando através da resistência, que dissipa uma potência de 0,5 W. A carga Q, em coulombs, vale: a) 2 b) 4 c) 2 d) 22 Questão 42 – (UECE 2005.2 2ª fase) - Resolvida Considere um conjunto constituído de infinitos resistores iguais (R), ligados entre si formando conforme a figura abaixo. R R R R R R R R R R R R P Q A resistência equivalente entre os pontos P e Q vale: a) R.( 1 + 2 3 ) b) R.( 3 1) c) R.( 3 + 1) d) R.(2 3 1) O prof Renato Brito comenta: Devemos calcular a resistência equivalente entre os pontos P e Q na figura 1, numa malha com infinitas células quadradas. Essa resistência equivalente entre os pontos P e Q, na figura 1, é a mesma resistência equivalente entre os pontos a e b, na figura 2. Afinal, na figura 2, a malha ainda possui infinitas células de resistores. R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R a P Q b a b Req Req R R R Req a P Q b Figura 1 Figura 2 Figura 3 Req = resistência equivalente entre P e Q na figura 1. Req = resistência equivalente entre a e b na figura 2. Assim, o circuito da figura 1 equivale ao circuito da figura 3, onde os resistores em destaque (os da figura 2) foram substituídos pela resistência equivalente Req. A resistência equivalente entre os pontos P e Q, na figura 3, ainda vale Req. Calculando Req, na figura 3, temos: Req = R + Req R qRe . R + R Req = 2R + Req) R( qRe . R , desenvolvendo vem: Req = 2R + Req) R( qRe . R Req.( R + Req) = 2R.(R + Req) + R.Req Req.R + Req² = 2R² + 2R.Req + R.Req Req² 2.R.Req 2.R² = 0 Equação do 2º grau na variável Req: a = 1 b = (2R) c = (2.R²) Req = a2 b = )1.(2 R2).4( R4 R2 22 = Req = 2 R12 R2 2 = 2 R.32 R2 = R.( 1 + 3 ) Resposta: Req = R.( 1 + 3 ) Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 96 Questão 43 A figura mostra uma rede resistiva composta por infinitas células compostas por resistores de 1 e 2 conectados regularmente. Sabendo que a bateria ideal fornece uma tensão de 6V para o circuito, o prof. Renato Brito pede que você determine a corrente elétrica fornecida pela bateria: a) 1 A b) 2 A c) 3 A d) 4 A e) 5 A 1 6V 1 2 2 1 6V 1 2 2 Dica: Substitua esse conjunto de resistores pela sua Req, que precisa ser previamente calculada seguindo o raciocínio da questão 42 de classe. Questão 44 No circuito elétrico, o gerador ideal fornece uma fem , os fios ac e bc têm resistência elétrica nula e não se tocam no ponto de cruzamento deles. O prof. Renato Brito pede que você determine a corrente elétrica que percorre o fio bd: a) 4. 5R b) 3. 5R c) 2. 5R d) 5R e) 0 R R R R R a b cd Questão 45 Em cada circuito a seguir, determine a resistência equivalente entre os pontos A e B: a) A B 2 3 4 2 3 4 5 6 b) A B R R RR R R c) R R R R R R R R R R A B d) Questão 46 (UECE 2007.1 2ª fase) Considere a figura a seguir. Ela é formada por um conjunto de resistores de mesma resistência R. A resistência equivalente entre os pontos A e B vale: a) R/3 b ) R/5 c) 2R/3 d) 4R/5 e) 5R/6 R R R R R R R R R R A BR R Questão 47 No circuito abaixo, sabendo que = 10V e R = 5, a potência elétrica total consumida pelos resistores vale: a) 5W b) 10W c) 15W d) 20W e) 50W R 2R R 2R 2R R R R RR Questão 48 No circuito abaixo, sabendo que = 10V e R = 1, a a corrente elétrica fornecida pela bateria vale: a) 1A b) 2A c) 3A d) 4A e) 5A 8R 16R 2R 4R R 16R Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 97 Questão 49 Considere o circuito abaixo onde todos os resistores têm a mesma resistência R. Utilizando argumentos como Simetria e Kirchhoff, determine: i a) A resistência equivalente “sentida” pela bateria, em função de R; b) Sendo R = 4 e = 48 V, determine a corrente i em destaque no circuito. Dica: Se você olhar atentamente, vai perceber um octaedro, uma figura especial semelhante a um balão de festa junina . Questão 50 No circuito abaixo, todos os resistores valem 2. Sabendo que a corrente no resistor em destaque vale 2A, determine a fem da bateria. Utilize argumentos de simetria. 2A Questão 51 (IME 2009) No circuito abaixo, a resistência equivalente entre os pontos A e B vale: a) R/3 b) R/2 c) 2R/3 d) 4R/3 e) 2R Questão 52 Calcule todas as correntes no circuito abaixo, sem efetuar muitos cálculos, fazendo uso das propriedades da simetria (linhas iguais ou linhas proporcionais) em circuitos. 3 9 2 6 2 6 4 4 2 80V Questão 53 Determine todas as correntes na ponte de resistores abaixo: 4 4 46 U = 60V 2 8 Dica: Essa circuito trata-se da tradicional ponte de Wheatstone com aquele formato de losango. Para achar o losango, gire a resistência de 4 central em 90º no sentido anti-horário. Ela será o resistor que fica no centro do losango Questão 54 Determine quanto marca os voltímetros e amperímetros idéias nos circuitos a seguir: a) 2 50 V 20 V 3 A V b) 4 60 V 25 V 2 V A Questão 55 Determine a corrente elétrica no resistor em destaque: 8 4 1 2 9V 9V 1V9V 8 Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 98 Questão 56 (UECE 2005.2 2ª fase) No circuito da figura, as baterias são ideais e os resistores são constantes. A corrente, em ampères, no resistor em destaque, vale: a) 4 b) 3 c) 1 d) 6 22 6V 2 6V 6V Questão 57 Determine todas as correntes elétricas no circuito 16V 8V 18V 9V 1 42 2 3 1 6 Questão 58 (UECE 2002) No circuito visto na figura, R = 10 e as baterias são ideais, com E1 = 60V, E2 = 10V e E3 = 10V. A corrente, em ampères, que atravessa E1, é: a) 2 b) 4 c) 6 d) 8 E2 R E1 E3 R R Questão 59 No circuito abaixo, apesar de haver corrente no resistor R, não há corrente elétrica na lâmpada L (i=0), o que a mantém permanente- mente apagada. o valor da resistência R é: a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 4 40V 32V L R i i 3 4 A B c Questão 60 (UNIFOR Medicina 2009.2) Considere o circuito elétrico esquematizado abaixo e os valores indicados nos elementos constituintes. Nesse circuito é correto afirmar que a: a) intensidade da corrente elétrica em R1 vale 4A. b) intensidade da corrente elétrica em R2 vale 3A. c) ddp entre os pontos A e B vale 8 V. d) potência elétrica dissipada em R1 vale 25 W. e) potência elétrica dissipada em R2 vale 20 W. Questão 61 (Fuvest) O circuito da figura é formado por quatro pilhas ideais (resistênciainterna nula) de tensão V e dois resistores de mesma resistência R. Podemos afirmar que as correntes i1 e i2 valem respectivamente: a) i1 = R V2 , i2 = R V4 b) i1 = zero, i2 = R V2 c) i1 = R V2 , i2 = R V2 d) i1 = zero, i2 = R V4 Questão 62 O prof. Renato Brito associou M resistores de 4 em série e N resistores de 4 em paralelo, conforme o esquema abaixo, a fim de obter uma resistência equivalente de 129. M resistores em série N resistores em paralelo O total de resistores M+N usados nessa associação vale: a) 36 b) 32 c) 24 d) 16 e) 18 Questão 63 A figura abaixo uma matriz de baterias formada por n conjuntos ligados em paralelo. Cada conjunto contém m baterias idênticas ligadas em série. Cada uma das n x m baterias tem f.e.m. = 2V e resistência interna r = 10. Sendo m = 30 e n = 20, se o prof. Renato Brito ligar uma resistência R = 5 aos terminais A e B dessa matriz, a corrente elétrica através de cada bateria valerá: a) 0,10 A b) 0,15 A c) 0,20 A d) 0,25 A e) 0,30 A 1 2 3 m 1 2 3 n A B R Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 99 Semana 9 de 15 Assunto sugerido: Hidrostática e Entropia REVISÃO SEMANAL PROGRAMADA Se você revisar um pouquinho a cada semana, não acumulará toda a revisão para a semana da véspera do vestibular, né verdade ? Hora de Revisar Hora de Revisar Questão 01 Na figura mostramos a trajetória seguida por uma abelha voando e o gráfico que descreve a velocidade da abelha em função do tempo. Assinale a afirmativa certa: a) No trecho AB, a resultante das forças que atuam sobre a abelha é igual a zero. b) No trecho BC, o movimento é retilíneo uniforme. c) No trecho CD, não existe aceleração. d) No trecho BC, o módulo e a direção da velocidade não variam. e) No trecho AB, o movimento é uniforme e tem aceleração. Questão 02 A leitura de uma balança dentro de um elevador, subindo com uma aceleração constante para cima de 2,0 m/s2, quando uma pessoa de massa 70,0 kg está parada em cima dela, será: a) 0,00 N b) 140 N c) 700 N d) 840 N e) 1400 N Questão 03 Um corpo de peso P, apoiado sobre uma superfície horizontal, é submetido à força, F, apresentada no diagrama. Sendo c o coeficiente de atrito cinético, o módulo da força de atrito entre o corpo e a superfície é: a) Igual à componente horizontal de F, quer o corpo esteja parado, quer esteja em movimento retilíneo uniforme. b) Igual a c.P, se o corpo estiver em movimento retilíneo uniforme. c) Maior do que a componente horizontal de F, se o corpo permanecer parado. d) Igual a c.(P + F cos), se o corpo estiver em movimento retilíneo uniforme. e) Não poderá ser inferior a c .(P + F sen ). Questão 04 A figura abaixo representa um bloco de massa a 2 kg, apoiado sobre um plano inclinado, que faz com o plano horizontal um ângulo b = 37°, Sabendo-se que o coeficiente de atrito estático entre o bloco e o plano inclinado é igual a 0,50, para que este bloco fique em repouso sobre o plano inclinado, qual deverá ser o mínimo valor da força F (g = 10 m/s2 ) ? a) 4 N b) 8 N c) 10 N d) 12 N e) 20 N sen 37o = 0,6 , cos 37o = 0,8 Questão 05 A figura abaixo representa um bloco de massa a 2 kg, apoiado sobre um plano inclinado, que faz com o plano horizontal um ângulo b = 37°, Sabendo-se que o coeficiente de atrito estático entre o bloco e o plano inclinado é igual a 0,50, para que este bloco fique em repouso sobre o plano inclinado, qual deverá ser o máximo valor da força F (g = 10 m/s2 ) ? a) 4 N b) 8 N c) 10 N d) 12 N e) 20 N sen 37o = 0,6 , cos 37o = 0,8 Questão 06 (UNIFOR 2007.2) Uma máquina térmica opera segundo o ciclo de Carnot entre duas fontes térmicas cujas temperaturas são 23 oC e +227o C. Se, em cada ciclo, a máquina térmica rejeita 24 calorias para a fonte fria, o trabalho que ela realiza em cada ciclo vale: a) 48 cal b) 36 cal c) 24 cal d) 12 cal e) 6,0 cal Questão 07 (UNIFOR 2007.2) Um pequeno objeto é colocado a 60 cm do vértice de um espelho esférico côncavo, próximo ao seu eixo principal. O espelho conjuga ao objeto uma imagem real, três vezes menor que o objeto. A distância focal do espelho vale: a) 45 cm b) 35 cm c) 30 cm d) 20 cm e) 15 cm Questão 08 (UFPE 2007) Quatro cargas elétricas puntiformes, de intensidades Q e q, estão fixas nos vértices de um quadrado, conforme indicado na figura. Determine a razão Q/q para que a força sobre cada uma das cargas Q seja nula. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 100 a) 4 2 b) 2 / 4 c) 2 / 2 d) 2 e) 2 2 Questão 09 (UECE) Na seqüência de figuras, estão representadas três fases sucessivas de uma experiência para determinar a densidade de um sólido. Dispõe-se de uma balança de braços iguais, com massas aferidas, um vaso com água e o sólido atado a um fio. Sabendo que a densidade da água vale é 1 g/cm3 , a densidade do sólido vale: 600 g 400g 440g (1) (2) (3) a) 2,0 g/cm3 b) 3,0 g/cm3 c) 4,0 g/cm3 d) 4,5 g/cm3 e) 5,0 g/cm3 Questão 10 (Simulado Turma Saúde 10 – imperdível) A figura ilustra um pêndulo simples, composto de uma esfera de massa 200 g presa a um fio de comprimento L = 50 cm, oscilando entre as posições extremas A e C. Sabendo que a gravidade local vale g = 10 m/s2 e que o pêndulo atinge uma velocidade máxima v = 2 m/s durante suas oscilações, pede-se determinar a aceleração do pêndulo ao atingir o ponto A, bem como a tração no fio, ao atingir o ponto C: a) 6 m/s2 , 1,6 N b) 8 m/s2, 1,2 N c) 5 m/s2, 1,6 N d) 6 m/s2, 1,2 N e) 8 m/s2, 1,5 N B L A g C Questão 11 (UECE 2005.2 2ª fase) Uma pequena esfera métalica de raio R, com carga Q, produz em um ponto P, distante r do centro da esfera, um campo elétrico de intensidade E. Suponha r >>>R. Se, em vez da esfera, for colocado, no ponto antes ocupado pelo seu centro, uma carga puntiforme Q, o módulo do campo elétrico, no ponto P, será: a) Rr R .E b) E c) R r .E d) r R .E Questão 12 UFC 2005 – Um gás sofre o processo cíclico mostrado no diagrama PxT mostrado abaixo, composto pelos processos termodinâmicos ab, bc e ca. P T a b c Assinale a alternativa abaixo que contém o diagrama PxV equivalente a esse ciclo: a) P V a b c b) P V a b c c) P V a b c d) P V a b c e) P V a b c Questão 13 (UECE 2007.2 2ª FASE) Uma bolha de ar (considerado um gás ideal), com volume de 5 cm3, forma-se no fundo de um lago, a 20 m de profundidade. A bolha sobe com velocidade constante, ate atingir a superfície do lago. A pressão atmosférica na superfície do lago e 1,0 atm e a temperatura do lago e considerada a mesma em qualquer profundidade. O processo termodinâmico sofrido pela bolha de ar, ao se deslocar desde o fundo ate a superfície do lago, o valor da pressão (em atm) sobre a bolha no fundo do lago e o volume da bolha (em cm3) ao atingir a superfície são, respectivamente (considere g = 10m/s2): a) Isotérmico, 1, 5 b) Isotérmico, 2, 10 c) Isotérmico, 3, 15 d) Isovolumétrico, 2, 5 Dica: 1 atm = pressão de uma coluna de água de 10 m de altura. Questão 14 Uma amostra gasosa de gás hidrogênio, para uma dada pressão P e temperatura T, apresenta uma densidade d. Uma amostra de gás oxigênio, nas mesma condições de pressão e temperatura, teria densidade: a) d b) 2d c) 4d d) 8d e) 16d Questão 15 A figura mostra uma rampa que se move em movimento retilíneo e uniforme numsolo horizontal liso. Sobre a sua superfície inclinada, encontra-se uma caixa que permanece em repouso em relação à rampa. Dos cinco vetores desenhados na figura, qual deles melhor representa a força que a rampa exerce sobre o bloco ? Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 101 a) I b) II c) III d) IV e) V Questão 16 O escorregador da figura a seguir tem massa M e encontra-se solto no piso horizontal sem atrito. Uma criança, de massa m, sobe cuidadosamente no escorregador e começa a escorregar pela sua superfície, também sem atrito. Para manter o escorregador em repouso durante a descida da criança, sua mãe, Dona Gorete, deve aplicar neste uma força horizontal F de intensidade: a) 2 1 .m.g.sen.cos b) 2 1 .m.g.cos 2 c) 2 1 .m.g.sen 2 d) 2.m.g.sen.cos e) M.g. sen.cos Questão 17 Considere uma partícula maciça que desce uma superfície côncava e sem atrito, sob a influência da gravidade , como mostra a figura. Na direção do movimento da partícula, ocorre que: a) velocidade e aceleração crescem b) velocidade e aceleração decrescem c) a velocidade decresce e a aceleração cresce d) a velocidade e a aceleração decrescem e) a velocidade cresce e aceleração decresce. Questão 18 Um pequeno bloco foi lançado ladeira acima com velocidade inicial Vo ao longo de uma rampa inclinada áspera. Responda: a) Qual dos gráficos melhor representa o módulo da aceleração do bloco durante seu movimento de sobe e desce ao longo dessa rampa ? b) Qual dos gráficos melhor representa o módulo da velocidade do bloco durante seu movimento de sobe e desce ao longo dessa rampa ? Vo t(I) t(II) t (III) t(IV) t t(V) (VI) Questão 19 (UECE 2010.1 1ª Fase) Num prato giratório plano horizontal, esta localizada uma pequena moeda solta, a 10 cm do seu centro. A moeda gira com o prato com velocidade angular constante. Logo as forcas que o prato exerce sobre a moeda são: a) peso mais a forca normal. b) peso mais a forca de atrito. c) normal mais a forca de atrito. d) forca centrípeta mais a forca de atrito. Questão 20 (UECE 2010.1 2ª Fase) A figura mostra as velocidades versus tempo de um caminhão e um automóvel ambos em MRUV. No instante t=0s o caminhão ultrapassa o automóvel. No instante t = 10 s, a distancia que separa o caminhão do automóvel em metros é: a) 10 b) 5 c) 0 d) 20 Dica: aplicação direta do método da gravata . Questão 21 (UECE 2010.1 2ª Fase) Um bloco de massa M = 2 kg desliza sobre um plano inclinado com atrito, conforme a figura abaixo. O bloco parte do repouso do topo do plano inclinado e, após ter descido uma altura vertical de 5 m, atinge uma velocidade de 5 m/s. O modulo do trabalho da forca de atrito entre o bloco e a superfície da rampa, durante esse deslocamento, vale (em Joules): a) 150 b) 75 c) 50 d) 125 Dica: use trabalho e energia Renato Brito Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 1 – Introdução Até o presente momento, você aprendeu a analisar circuitos contendo geradores, receptores e resistores (lâmpadas, chuveiros elétricos) , calculando correntes elétricas e ddp’s em circuitos de uma ou várias malhas. No presente capítulo, você conhecerá mais um componente eletrônico presente em todos os circuitos elétricos modernos, como circuitos de televisores, computadores, video-cassetes, walkmans etc: o capacitor. De agora em diante, você será capaz de analisar circuitos que contenham também esse componente. 2 – Visão Geral de um capacitor Um capacitor é formado por duas placas condutoras, separadas por um isolante ( óleo, porcelana, ar ) , que impede qualquer contato elétrico entre as placas. Capacitor Lâmpada não acende Assim, no circuito ao lado, estando o capacitor carregado, a lâmpada não acenderá, pois o capacitor funciona como uma chave aberta, impedindo a passagem da corrente elétrica através do circuito. Capacitor Lâmpada acende Para “criar” um “caminho livre” para a corrente, podemos ligar um resistor em paralelo com o capacitor. Agora, a corrente elétrica passará integralmente pelo resistor e circulará, acendendo a lâmpada. Ora, Dirceu. Para simplificar, podemos resumir dizendo que um capacitor é como uma represa. Uma represa armazena energia potencial gravi- tacional, que será convertida, posteriormente, em energia elétrica, nas turbinas da hidrelétrica. Puxa. Se ele impede que a lâmpada acenda, para que serve então o capacitor ? Um capacitor também armazena energia potencial elétrica, que poderá ser distribuída pelo circuito quando necessário. As verdadeiras aplicações para o capacitor ficam mais claras na Engenharia Eletrônica ou em Cursos Técnicos. + + + + + + + + + - - - - - - - - - + - +q -q E Um capacitor armazena cargas elétricas de sinais contrários em suas placas. Suas placas eletrizadas armazenarão, no espaço entre elas, um campo elétrico uniforme. Tal campo, por sua vez, armazena energia potencial elétrica, capaz, por exemplo, de acelerar um elétron abandonado nesse campo. Conclusão: Um capacitor, em última análise, armazena cargas elétricas (em suas placas) e energia elétrica ( no seu campo) . Capacitância de um capacitor: indica a capacidade de armazenamento de um capacitor. Não significa o quanto de cargas ele pode armazenar. Na verdade, significa “ quantos coulombs ele consegue armazenar, por cada volt de ddp que é aplicado em seus terminais. “ . Todo capacitor tem um valor fixo de capacitância, que é sua característica mais importante. Unidade de capacitância: Farad (F) Equivalência: 1 Farad = 1 coulomb/ volt . Por exemplo, um capacitor de 100F ( cem micro-fárads) significa um capacitor de 100C/ v ( cem micro-coulombs por volt ), ou seja, um capacitor U C q de 100F é capaz de armazenar uma carga elétrica de 100C para cada volt que for aplicado entre seus terminais. Dobrando-se a ddp, dobra-se a carga elétrica armazenada, proporcionalmente. Matematicamente, podemos escrever: q = C.U (eq 1) onde: q = módulo da carga elétrica armazenada pelo capacitor (Coulomb) C = capacitância do capacitor ( Fárads ) U = módulo da ddp aplicada aos terminais do capacitor 3 – Estudo do Capacitor plano Estudemos, agora com mais detalhes, o capacitor plano, cujas armaduras são placas planas, paralelas e iguais. Chamemos a área de uma face de cada placa de A e a distância que as separa de d. Ligando-se o capacitor a um gerador de tensão contínua, há corrente no gerador apenas durante o rápido processo de carga do capacitor. Em seguida, a corrente cessa e temos, então, as placas já eletrizadas, passando a existir entre elas um campo elétrico aproximadamente uniforme E . Capítu lo 16 C a p a c i t o r e s Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 103 d QQ A AE Dielétrico (E) u + Da eletrostática, temos que: || = E , onde é a densidade superficial de cargas ( C /m2 ) Mas como A Q = || , vem: A Q = E Lembrando, ainda, que num campo elétrico uniforme E d = U, obtemos: A d Q = Ed = U Finalmente, determinemos a capacitância: d A = C A d Q Q = U Q = C Importante: Dessa expressão, concluímos que a capacitância de um capacitor plano depende da permissividade absoluta () do meio, da área (A) e da distância (d) entre as placas, isto é, da sua geometria e do dielétrico. Da eletrostática, temos 0 meio R = = k , onde: Nomenclatura: k = (constantedielétrica) R = (permissividade relativa do meio) 0 = (permissividade absoluta do vácuo) meio = (permissividade absoluta do meio) Assim, meio o = k . Como D A. = C o k . . A C = D Caso particular Meio é vácuo k = R = 1, então o o 1 . . A C = D oo . A C = D Observação: Observe que como 1k R , a capacitância sempre aumenta com a introdução de um dielétrico entre as placas do capacitor a vácuo. Para aumentar consideravelmente a área, mantendo reduzidas as dimensões do capacitor, é comum utilizar, como armaduras, duas longas fitas metálicas muito finas – de alumínio, por exemplo – para construir capacitores. Essas fitas, isoladas entre si por fitas de papel, são enroladas, constituindo um capacitor tubular. Alumínio Alumínio Alumínio Alumínio Papel Papel Papel Papel Terminal Terminal Capacitor variável: Área Efetiva Deslocando-se uma lâmina em relação a outra, alteramos a área efetiva do capacitor e, conseqüentemente, a sua capacitância. Este é o princípio de funcionamento do capacitor variável, utilizando, por exemplo, nos sintonizadores de rádio. Con junt o fix o Conjunto giratório O conjunto fixo está isolado do conjunto giratório, mas as lâminas de cada conjunto estão ligadas entre si. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 104 4 – Rigidez Dielétrica Denomina-se rigidez dielétrica de um dielétrico o maior campo elétrico a que se dielétrico pode ser submetido, sem que ocorra sua ionização. Caso isso aconteça, ele se tornará condutor e uma faísca saltará através dele, danificando o capacitor. A máxima diferença de potencial em que o capacitor pode operar, sem ser danificado, é chamada tensão de ruptura do dielétrico. Por isso, ao adquirir um capacitor, devemos nos preocupar não apenas com sua capacitância, mas também com a tensão máxima a que ele poderá ser submetido, ou seja, com a tensão de ruptura. 5 – Energia armazenada no capacitor Ao ligarmos um capacitor descarregado a uma bateria, ele gradativamente vai se carregar, num processo que demora alguns frações de segundos. C q U A expressão acima nos diz que: quanto maior a carga q armazenada no capacitor, maior deverá ser a tensão U entre seus terminais. Acontece que existe um limite para o armazenamento de carga. O processo de carga termina quando a quantidade de cargas nas placas do capacitor forem suficientes para que a tensão entre suas placas seja igual à tensão aplicada pela bateria externa. A partir desse ponto, dizemos que o capacitor está carregado. Na figura representamos o gráfico da carga em função da d.d.p. Como vimos no item anterior, há uma energia elétrica armazenada no capacitor.Trata-se, portanto, de uma energia potencial. Esta energia pode ser calculada pela área hachurada do gráfico da figura. Q O U carga d.d.p. Assim: N p = E área do triângulo hachurado 2 U . Q = Ep Lembrando, também, que Q = C . U, vem: 2 CU = 2C Q = 2 QU = E 22 p 6 – Associação de Capacitores Basicamente, as associações de capacitores podem ser de dois tipos: série ou paralelo. A seguir, faremos o estudo de cada uma dessas associações visando determinar o capacitor equivalente, isto é, o único capacitor que, quando submetido à mesma tensão de associação, armazena a mesma carga total e a mesma energia elétrica. a) Associação em paralelo Consideremos um conjunto de capacitores inicialmente neutros. Liguemos a um fio A todas as armaduras coletoras e a um mesmo fio B todas as armaduras condensadoras. A seguir, liguemos a uma bateria esta associação, tal que: o fio A esteja no pólo positivo e o fio B no negativo. B A T E R IA + - C1 + - + - C2 + - C3 fio A fio B (V A ) (V B ) Ao longo do fio A tem-se um mesmo potencial VA e ao longo do fio B um mesmo potencial VB. Assim, todos os capacitores estão sob a mesma ddp U: U = VA – VB As armaduras coletoras adquirem cargas positivas, enquanto as armaduras condensadoras adquirem cargas negativas. Sejam Q1, Q2 e Q3 as cargas, em valor absoluto, de C1, C2 e C3, respectivamente. Temos: Q1 = C1 . U Q2 = C2 . U Q3 = C3 . U (1) A carga total coletada é: Q = Q1 + Q2 + Q3 (2) O capacitor equivalente desta associação deverá ter carga igual à carga total Q, sob ddp igual a U. U V B V A + - Ceq Para calcular sua capacitância equivalente basta aplicar a definição: U Q = Ceq (3) Substituindo (2) em (3): U Q + Q + Q = C 321eq (4) Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 105 Substituindo (1) em (4): U U . C + U . C + U . C = C 321eq Logo: 321eq C + C + C = C Resumo das principais propriedades da associação paralelo 1a) Em paralelo, os capacitores ficam sob mesma ddp U. 2a) A carga total acumulada pela associação é igual à soma das cargas de cada capacitor. 3a) A carga de cada capacitor é diretamente proporcional à sua respectiva capacitância. 4a) A capacitância equivalente é igual à somatória das capacitâncias individuais. 5a) A capacitância equivalente é sempre maior do que cada uma das capacitâncias associadas. b) Associação em série Consideremos um conjunto de capacitores inicial-mente descarregados. Vamos associá-los conforme a figura abaixo, isto é: a armadura condensadora de C1 ligada à coletora de C2; a condensadora de C2 ligada à coletora de C3. Se mais capacitores houvesse, seguir-se-ia a mesma seqüência. A E F B C 1 C 2 C 3 Ligamos, a seguir, ao pólo positivo de uma bateria a armadura coletora A de C1 e ao pólo negativo, a condensadora B de C3. Ocorrerá o seguinte fenômeno: a armadura coletora de C1 adquire carga positiva de valor +Q (proveniente do pólo positivo da bateria); devido à indução total, será induzida na outra armadura de C1 uma carga negativa -Q (esta carga só pode ter vindo da armadura coletora de C2). Evidentemente, C2 tem em sua armadura coletora uma carga +Q e, devido à indução total, a outra armadura adquire carga -Q (esta carga só pode ter vindo da armadura coletora de C3). Percebemos novamente, que o fenômeno se repete em C3: sua armadura coletora adquire carga +Q e, por indução total, a armadura condensadora, carga -Q (agora proveniente do pólo negativo da bateria). BATERIA (+Q) (-Q)C 3 C 2 C 1 A B -+ +Q -Q + + + + - - - - + + + + - - - - + + + + - - - - +Q -Q +Q -Q (-Q) (-Q) Observemos que em todos os capacitores o valor absoluto das cargas adquiridas é Q, isto é, todos adquiririam a mesma carga. As cargas nas armaduras do capacitor equivalente desta associação deverão ser iguais aos valores algébricos obtidos na armadura coletora A e na condensadora B ou seja: +Q e -Q, respectivamente. + + + + - - - - U A B C eq +Q -Q Observemos então que o capacitor equivalente tem carga total de valor absoluto Q igual a de qualquer um dos capacitores associados. Nele a ddp U é igual à soma das ddp individuais: Então: eqC Q = U (3) De (2) em (3), resulta: 321eq C 1 + C 1 + C 1 . Q = C Q Logo: 321eq C 1 + C 1 + C 1 = C 1 Resumo das principais propriedades da associação-série 1a) Capacitores inicialmente descarregados, associados em série, após eletrizados, apresentam a mesma carga. 2a) A carga do capacitor equivalente e, portanto, da associação, é igual à carga de um dos capacitores associados. 3a) A tensão total da associação é igual à somatória das tensões parciais. 4a) As tensões em cada capacitor são inversamente proporcionais às suas respectivas capacitâncias. 5a) O inverso da capacitância equivalente é igual à somatória dos inversos das capacitâncias individuais. 6a) A capacitância equivalente,é sempre menor do que cada uma das capacitâncias associadas. 7 – Circuito R-C Paralelo Consideremos um capacitor e um resistor ligados em paralelo e alimentados por um gerador de corrente contínua de intensidade constante i. A C B R i U Como sabemos, entre as armaduras do capacitor há um isolante o que impede a passagem da corrente contínua. O capacitor, no circuito elétrico, comporta-se como uma chave aberta para a corrente contínua. Assim, toda a corrente que alimenta o par R-C passa exclusivamente pelo resistor. No entanto, estando eles em paralelo, há, no capacitor, uma tensão igual à do resistor. A despeito de não ser percorrido pela corrente, o capacitor, sob ddp, acaba se carregando e adquire uma polaridade. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 106 A C B R i U i i Como, no resistor, há uma queda de potencial no sentido da corrente, concluímos que VA > VB. Conseqüentemente, no capacitor teremos o pólo positivo associados ao ponto A, enquanto o negativo está associado a B. Para efeito de resolução de problemas, desprezamos o fenômeno transitório de carga do capacitor, isto é, admitimos que ele já esteja carregado. Note que a placa superior ficou eletrizada positivamente pelo fato de que VA > VB no resistor R. 8 – Circuito R-C Série - Como um capacitor se carrega ? Considere um circuito contendo um resistor R em série com um capacitor conectados a uma fonte de tensão através de uma chave ch. Estando o capacitor inicialmente descarregado, fecha-se a chave do circuito. A partir desse momento vamos descrever o que ocorre na pequena fração de tempo que o capacitor leva para se carregar. Logo após fechar a chave, a bateria passa a retirar elétrons da placa a do capacitor e bombeá-los até a placa b, através do circuito externo. Ora, um fluxo de elétrons num certo sentido corresponde a uma corrente elétrica i no sentido contrário. Assim, durante o processo de carga do capacitor, haverá uma breve corrente elétrica i no circuito que perdura apenas durante o processo de carga do capacitor. R ch C a b elétrons Observando o circuito abaixo, podemos escrever a seguinte equação dinâmica: – C q – R.i = 0 ou C q + R.i = Essa relação é dita dinâmica, porque os seus termos variam com o passar do tempo. A carga q armazenada pelo capacitor, que era inicialmente nula (q = 0 em t = 0), vai aumentando gradativamente, ao passo que a corrente elétrica i vai diminuindo, visto que o termo é constante. R ch C a b i i i No instante final t = tF , quando o capacitor atingir a sua carga final qF, a corrente elétrica no circuito terá se anulado (i = 0 em t = tF ). io i2 q f t2 t2 t1 t1 i(A) t(s) t(s) q(C) i 1 q 1 q 2 Os gráficos descrevem o comportamento da corrente elétrica i e da carga elétrica q armazenada no capacitor, ao longo do tempo. Na maioria dos circuitos elétricos envolvendo capacitores, admite- se que os mesmos já encontram-se plenamente carregados e, portanto, a corrente elétrica em todo o ramo do circuito que contém um capacitor é nula (i = 0). Estando plenamente carregado, o capacitor atua como uma chave aberta. 9 – Associação de Dielétricos Nessa seção, estudaremos os casos especiais de associação de dielétricos através do estudo de três exemplos resolvidos: Exemplo Resolvido 1: Um capacitor a vácuo (ko = 1) é formado por um par de placas planas paralelas de área A cuja distância entre elas vale d. A sua capacitância inicial vale C. Admita que, em seguida, o meio entre as placas foi preenchido com um par de dielétricos de espessuras iguais a d/2, constantes dielétricas k1 e k2 e áreas iguais à área A das placas do capacitor. Determine a nova capacitância do capacitor assim formado. K1 K2 Solução: A capacitância inicial do capacitor a vácuo (k = 1) é dada por: C = d A..k o = d A..1 o C = d A.o O novo capacitor formado pode ser interpretado como uma associação em série de dois capacitores cuja distância entre as placas vale d/2: C1 = )2/d( A..k o1 d A..k .2 o1 C2 = )2/d( A..k o2 d A..k .2 o2 K1 K2 Calculando a capacitância equivalente em série, vem: Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 107 21 C 1 C 1 Ceq 1 = A..k.2 d o1 + A..k.2 d o2 = 21o k 1 k 1 . A..2 d Ceq 1 21 21 o k. k kk . A..2 d Ceq = 21 21 kk k.k.2 d A.o Entretanto, sendo C = d A.o , temos: Ceq = 21 21 kk k.k.2 .C Exemplo Resolvido 2: Um capacitor é formado por um par de placas planas paralelas de área A cuja distância entre elas vale d. O meio entre as placas é inicialmente preenchido com vácuo (ko = 1), situação em que a sua capacitância vale C. Admita que, em seguida, uma placa de metal de espessura b será inserida entre as placas do capacitor, paralelamente às mesmas, a uma distância qualquer entre as placas. Determine a nova capacitância do capacitor assim formado. d metal bd Solução: A capacitância inicial do capacitor a vácuo (k = 1) é dada por: C = d A..k o = d A..1 o C = d A.o Mais uma vez, podemos considerar o novo capacitor formado,após a introdução da placa metálica, como uma associação em série de vários capacitores. metalb m n m n Note que a distância d entre as placas é tal que d = m + b + n. Adicionalmente, veja que na região preenchida com metal não haverá campo elétrico (não há campo elétrico no interior de um metal em equilíbrio eletrostático) nem ddp, podendo essa região ser ignorada. Assim, temos: Cm = m A..k distância A..k oo , Cn = n A..k distância A..k oo nm C 1 C 1 Ceq 1 = A..k m o + A..k n o = A..k nm o Lembrando que d = m + b + n m + n = d b, temos: Ceq 1 = A..k nm o = A..k bd o Ceq = )bd( A..k o Observando o resultado obtido acima vemos que, ao introduzir o metal de espessura b entre as placas, tudo se passa como se a as mesmas tivessem se aproximado em uma distância igual à espessura b do metal , de forma que a distância entre as placas passa de d para db . metal bd (d-b) Exemplo Resolvido 3: Um capacitor a vácuo (ko = 1) é formado por um par de placas planas paralelas de área A cuja distância entre elas vale d. A sua capacitância inicial vale C. Admita que, em seguida, o meio entre as placas foi preenchido com um par de dielétricos de mesma espessura d, constantes dielétricas k1 e k2 e áreas iguais à metade área A das placas do capacitor. Determine a nova capacitância do capacitor assim formado. K1 K2 Solução: A capacitância inicial do capacitor a vácuo (k = 1) é dada por: C = d A..k o = d A..1 o C = d A.o O novo capacitor formado pode ser interpretado como uma associação em paralelo de dois capacitores cuja áreas das placas valem A/2: K1 K2 K1 K2 C1 = d )2/A.(.k o1 d2 A..k o1 C2 = d )2/A.(.k o2 d2 A..k o1 Calculando a capacitância equivalente em paralelo, vem: Ceq = C1 + C2 = d2 A..k o1 + d2 A..k o1 = d A. 2 kk o21 Entretanto, sendo C = d A.o , temos: Ceq = C. 2 kk 21 Simétrico Pré-Universitário – Turma Saúde 10 – Especialista em Medicina ou Odontologia – www.fisicaju.com.br 108 Pensando em Classe Pensando em Classe Questão 01 No circuito a seguir, ao fechar-se a chave ch, a corrente i e a carga Q no capacitor variam no tempo de acordo com os gráficosabaixo: 3F 16V48V Rch i O prof Renato Brito pede para você determinar: a) O valor da resistência R b) A corrente inicial io c) a corrente i2 no instante t2 . d) A carga final qf io 3 i2 q f 72 12 t2 t2 t1 t1 i(A) t(s) t(s) q(C) Questão 02 No circuito abaixo, o capacitor C encontra-se inicialmente descarregado. Fechando-se a chave k, uma corrente elétrica percorrerá o circuito até que o capacitor seja plenamente carregado. Encerrado o processo de carga, nenhuma corrente elétrica percorrerá o circuito. Assim, o prof. Renato Brito pede para você determinar a corrente elétrica que estará percorrendo o circuito no momento em que a carga armazenada pelo capacitor for 1/4 da sua carga final. a) R2 b) R3 c) R6 d) 4R C R 2R Questão 03 Em cada um dos circuitos abaixo, determine as correntes em cada trecho do circuito e a carga armazenada no capacitor a) 20V 2F 5 2 5 3 i1 i2 i3 6V b) 4V 3 40V 3 2 4 4F 3 Simétrico Pré-Universitário – Há 20 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 109 Questão 04 No circuito a seguir, determine a tensão e a carga armazenada em cada capacitor. 2F 3F 4F 52 V3 Questão 05 No circuito abaixo, determine: a) A corrente no circuito. b) A carga em cada capacitor c) A ddp Uab entre os pontos A e B 12V C 1 C 2 324V A B 5 12F4 F Questão 06 No circuito abaixo, o prof Renato Brito pede para você determinar: a) a) a carga em cada capacitor. b) a ddp Uab = VA – VB entre os pontos A e B. c) a energia armazenada no capacitor de 3F 760V B A 4F 3F 12V 7 7 2F Questão 07 No circuito abaixo, os capacitores C1, C2 e C3 têm cargas elétricas respectivamente iguais a 5C, 10C e 15C, com as polaridades indicadas na figura. Em seguida, a chave será fechada e o sistema rapidamente evoluirá para uma nova situação de equilíbrio. Determine: a) as cargas finais adquiridas por cada capacitor; b) a ddp final entre os terminais dos capacitores. ch 5uF 3 2uF 3uF C1 C2 C3 Simétrico Pré-Universitário – Turma Saúde 10 – Especialista em Medicina ou Odontologia – www.fisicaju.com.br 110 Questão 08 Seja um capacitor de capacitância C = 3F, composto por um par de placas quadradas de lado L, distanciadas entre si em uma distância D. O meio entre as placas é vácuo (k = 1). Se o prof Renato Brito duplicar o lado L das placas desse capacitor, reduzir a distância entre as placas à metade da distância inicial e preencher o meio entre as placas com o material isolante porcelana, de constante dielétrica k = 5, a capacitância passará a valer: a) 120 F b) 60 F c) 30 F d) 15 F e) 6 F Questão 09 Um capacitor de capacitância C foi carregado até atingir uma carga Qo. Em seguida, foi conectado a um conjunto de resistores 6R, 2R e 3R em paralelo, como mostra a figura a seguir. Fechando-se a chave, o capacitor se descarrega através dos resistores, dissipando toda a sua energia armazenada em efeito joule através dos resistores. Determine a energia dissipada em cada resistor. 6RC 3R ++ ++ -- -- Qo 2R Questão 10 Observando a figura abaixo, o capacitor é carregado com a chave do lado esquerdo fechada e a do lado direito aberta. Após o carregamento, a chave do lado esquerdo é aberta e, para lançar a energia acumulada no capacitor (desfibrilador) no paciente, a chave do lado direito é fechada. Uma bateria ou outra fonte de energia elétrica V carrega o banco de capacitores C quando a chave de carga é fechada. Quando os capacitores estão carregados, a chave de carga é aberta e a chave de descarga é fechada. O capacitor realiza uma rápida e intensa descarga da energia armazenada no peito do paciente. Usando o esquema mostrado, em uma determinada ocorrência, com o capacitor totalmente carregado, 800 J de energia foram suficientes para reanimar o paciente. Dessa forma, a quantidade de carga que ainda permaneceu no capacitor foi de a 0,1 C. b) 0,2 C . c) 0,4 C. d) 0,6 C. e) 0,8 C. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 111 Pensando em Casa Pensando em Casa Questão 01 No circuito a seguir, ao fechar-se a chave ch, a corrente i e a carga Q no capacitor variam no tempo de acordo com os gráficos abaixo: io 4 i2 q f 36 24 t2 t2 t1 t1 i(A) t(s) t(s) q(C) 2F 10V34V Rch i O prof Renato Brito pede para você determinar: a) O valor da resistência R b) A corrente inicial io c) a corrente i2 no instante t2 . d) A carga final qf Questão 02 (UFC 2001) No circuito mostrado abaixo, o capacitor está inicialmente descarregado. A chave S é ligada e o capacitor começa a ser carregado pela bateria (de força eletromotriz igual a E) cuja resistência interna é desprezível. No instante em que a diferença de potencial no capacitor atingir o valor E / 3, a corrente no resistor R será : a) nula b) 3R E c) 3R 2E d) R E 3 e) 2R 3E E C R Questão 03 No circuito a seguir, a chave k encontra-se inicialmente aberta e o capacitor está descarregado. Fechando-se a chave o capacitor irá, gradativamente, se carregar até atingir a sua carga final QF . O prof Renato Brito pede para você determinar a carga armazenada no capacitor no instante em que a corrente i ainda vale 2A, bem como o valor da carga final QF. a) 24 C, 32 C b) 20 C, 36 C c) 24 C, 30 C d) 30 C, 36 C e) 30 C, 32 C 12 V 2 2 5F 3 i Questão 04 No circuito abaixo, a lâmpada L só permanece acesa se a chave Ch2 estiver fechada, independente do estado da chave Ch1. Isso acontece porque: Ch1 Ch2 C R1 R2 L a) As resistências impedem a passagem da corrente elétrica. b) O capacitor tem resistência nula, visto que suas placas são feitas de material condutor. c) A bateria é curto-circuitada pela chave Ch1 , o que justifica o comportamento da lâmpada. d) O capacitor carregado funciona como uma chave aberta, impedindo a passagem de corrente contínua pelo seu ramo no circuito. e) O capacitor carregado funciona como um curto-circuito, impedindo o acendimento da lâmpada ao fecharmos a chave Ch1. Questão 05 No circuito abaixo, determine a carga armazenada no capacitor: 40V 3 3 2 6F Questão 06 No circuito a seguir, determine: a) A corrente i1 . b) As correntes i2 e i3 . c) A carga armazenada no capacitor 20 V 2F 5 2 5 3 i1 i2 i 3 Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 112 Questão 07 No circuito ao lado, sabendo que a corrente no resistor de 3 vale i = 2A e que o capacitor encontra-se plenamente carregado, determine: a) A corrente i. b) A ddp U entre os terminais do capacitor c) A carga armazenada pelo capacitor. 3F 22 5 3 2A R i Questão 08 No circuito abaixo, determine a carga do capacitor: 2F 4 3 2 4 4 60V Questão 09 (UFC 2002) Três capacitores idênticos, quando devidamente associados, podem apresentar uma capacitância equivalente máxima de 18 F. A menor capacitância equivalente que podemos obter com esses mesmos três capacitores é, em F: a) 8 b) 6 c) 4 d) 2 e) 1 Questão 10 Dados três capacitores iguais, de capacidade C cada um, vamos associá-los em série e depois em paralelo. Se aplicarmos uma ddp U na associação paralela, qual deve ser a ddp na associação em série para que ambas associações tenham a mesma carga elétrica: a) U / 9 b) U / 3 c) U d) 3U e) 9U Questão 11 No circuito a seguir, determine a tensão e a carga armazenadaem cada capacitor. 6F 3F 5F 42 V3 Questão 12 No circuito abaixo, determine: 12V 12F 4F C1 C2 5 736V A B a) A corrente no circuito. b) A carga em cada capacitor c) A ddp Uab entre os pontos A e B Questão 13 No circuito abaixo, determine a carga armazenada em cada capacitor: 2F 4F 5 36V 3F Questão 14 No circuito abaixo, determine: 760V B A 8F 4F 4F 12V 7 7 a) Determine a carga em cada capacitor. b) Determine a ddp Uab entre os pontos A e B. Questão 15 Determine a carga armazenada em cada capacitor no circuito abaixo : 32V 12F 3 40V5 6F Questão 16 Três capacitores iguais, C1, C2 e C3 estavam inicialmente descarregados e foram estão associados conforme o circuito abaixo: C1 C2 C3 Sendo Q1, Q2 e Q3 as suas respectivas cargas armazenadas, é correto afirmar que: a) Q1 = Q2 = Q3 b) Q1 = Q2 Q3 c) 2.Q1 = Q2 + Q3 d) Q1 = Q2 + Q3 e) Q1 = Q3 Q2 Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 113 Questão 17 No esquema está representado um circuito com uma bateria e cinco capacitores idênticos. De acordo com as ligações do esquema, o capacitor que está com maior carga elétrica é o: a) C1 b) C2 c) C3 d) C4 e) C5 C 1 C 2 C 3 C 4 C 5 Questão 18 Na figura, apenas o capacitor de 5 F encontra-se inicialmente carregado com carga q = 30 C. Fechando-se a chave do circuito, o prof Renato Brito pede para você determinar: 5uF 3 2uF 3uF q a) a carga final adquirida por cada capacitor; b) a ddp final entre as placas dos capacitores. c) a energia dissipada no resistor durante esse processo. Dica: veja questão 7 de classe. Questão 19 Dois condensadores (capacitores) , C1 = 20 F e C2 = 30 F, são individualmente carregados através de duas baterias de 20 V e 10 V, respectivamente. Em seguida, os capacitores são ligados entre si conforme cada um dos esquemas abaixo. Calcule a ddp final entre os pontos A e B: C1 C2 + + ++ - - - - A B C1 C2 + + - - A B ++ -- Montagem 1 Montagem 2 a) Caso seja feita a montagem 1; b) Caso seja feita a montagem 2. Dica: veja questão 7 de classe. Questão 20 (Mack-SP) No circuito representado a seguir, o gerador de força eletromotriz 10V é ideal e todos os capacitores estão inicialmente descarregados. Giramos inicialmente a chave ch para a posição (1) e esperamos até que o capacitor de 8F adquira carga máxima. A chave Ch é então girada para a posição (2). A nova diferença de potencial entre as armaduras do capacitor de 8F será igual a: a) 8 V b) 6 V c) 5 V d) 4 V e) zero. 3 uFch 6 uF 10 V 8uF 1 2 Dica: veja questão 7 de classe. Questão 21 Todo material condutor possui uma capacitância, podendo, assim, ser um capacitor. Considere duas esferas condutoras de raios diferentes, apoiadas sobre suportes isolantes e conectadas por um fio condutor fino, como mostra a figura. A capacitância da esfera A vale CA = 4 x10 12 F e a capacitância da esfera B é CB = 2 x 10 12 F. Uma carga total igual a Q = + 3,0 x 1011C está distribuída sobre as duas esferas, que se encontram conectadas por um fio de cobre. Esfera A Esfera B C A C B Nestas condições, as cargas nas esferas A e B são, respectivamente, a) QA = +1,5 x 10 11 C e QB = +1,5 x 10 11 C b) QA = +2,0 x 10 11 C e QB = +1,0 x 10 11 C c) QA = +1,0 x 10 11 C e QB = +2,0 x 10 11 C d) QA = +4,0 x 10 11 C e QB = -1,0 x 10 11 C Questão 22 Seja um capacitor de capacitância C = 20F, composto por um par de placas quadradas de lado L, distanciadas entre si em uma distância D. O meio entre as placas é porcelana, cuja constante dielétrica vale k = 5. Se o prof Renato Brito retirar toda a porcelana da região entre as placas (deixando o vácuo), duplicar o lado L das placas desse capacitor, reduzir a distância entre as placas à 1/3 da distância inicial , a capacitância passará a valer: a) 48 F b) 16 F c) 80 F d) 15 F e) 60F Questão 23 Seja Co a capacitância de um condensador a vácuo. Se a região entre as placas do capacitor for completamente preenchida por um isolante de constante dielétrica K, a capacitância do condensador passará a valer C, tal que: a) C = Co b) C = K C o c) C = 2 o K C d) C = K.Co Questão 24 Dois condensadores iguais, a vácuo (k = 1) , estão associados em paralelo. A capacitância dessa associação é de 30 F. Supondo agora que esses condensadores sejam ligados em série e mergulhados num líquido dielétrico (isolante) de constante dielétrica k = 6, qual a capacitância final dessa nova associação ? Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 114 Questão 25 Um capacitor de armaduras planas e paralelas é carregado por uma bateria. Em seguida, a bateria é desligada e o espaço entre as armaduras é preenchida com um isolante. Com isso, pode-se afirmar que: a) a ddp entre as placas aumenta; b) a carga elétrica do capacitor aumenta c) a intensidade do campo elétrico entre as placas diminui d) a energia armazenada no capacitor aumenta e) a energia armazenada no capacitor não se altera. Questão 26 Você sabia que, ao usar o teclado de um computador, na verdade você está pressionando plaquinhas de capacitores ? O texto a seguir fala mais sobre essa interessante aplicação dos capacitores no nosso cotidiano: as chaves capacitivas. “Uma placa metálica ligada a cada tecla atua como a placa superior de um capacitor (veja figura). Quando a tecla é pressionada, a distância entre as suas placas é reduzida, aumentando-se a capacitância do capacitor. O circuito do computador é, então, disparado para registrar e processar o sinal.” Fonte: Paul Tipler – Física – 4ª edição- Editora LTC Admita que um desses capacitores esteja permanentemente ligado a uma bateria de 12 V e que, quando a sua respectiva tecla é pressionada, a distância d entre suas placas diminua 20%. Isso implica que: a) a carga armazenada nesse capacitor aumenta 25 %; b) o campo elétrico entre as placas desse capacitor aumenta 80 %; c) a capacitância desse capacitor aumenta 60 %; d) a energia armazenada nesse capacitor aumenta 40 %; e) a ddp entre os terminais desse capacitor diminui 25 %. Questão 27 Um capacitor de capacitância C foi carregado até atingir uma carga Qo. Em seguida, foi conectado a um conjunto de resistores RA, RB e RC em série, como mostra a figura a seguir. Fechando-se a chave, o capacitor se descarrega através dos resistores, dissipando toda a sua energia armazenada em efeito joule através dos resistores. Determine a energia dissipada em cada resistor. RA RBC RC ++ ++ -- -- Qo Questão 28 (Unicamp 2014) O sistema de imagens street view disponível na internet permite a visualização de vários lugares do mundo através de fotografias de alta definição, tomadas em 360 graus, no nível da rua. a) Em uma câmera fotográfica tradicional, como a representada na figura abaixo, a imagem é gravada em um filme fotográfico para posterior revelação. A posição da lente é ajustada de modo a produzir a imagem no filme colocado na parte posterior da câmera. Considere uma câmera para a qual um objeto muito distante fornece uma imagem pontual no filme em uma posição p’ = 5 cm. O objeto é então colocado mais perto da câmera, em uma posição p = 100 cm, e a distância entre a lente e o filme é ajustada até que uma imagem nítida real invertida se forme no filme, conforme mostra a figura. Obtenha a variação da posição da imagem p’ decorrente da troca de posição do objeto. b) Nas câmeras fotográficas modernas, a captação da imagem é feita normalmente por um sensor tipo CCD (ChargeCouple Devide). Esse tipo de dispositivo possui trilhas de capacitores que acumulam cargas elétricas proporcionalmente à intensidade da luz incidente em cada parte da trilha. Considere um conjunto de 3 capacitores de mesma capacitância C = 0,6 pF, ligados em série conforme a figura ao lado. Se o conjunto de capacitores é submetido a uma diferença de potencial V = 5,0 V, qual é a carga elétrica total acumulada no conjunto? Questão 29 – (Medicina Christus) Observando a figura abaixo, o capacitor é carregado com a chave do lado esquerdo fechada e a do lado direito aberta. Após o carregamento, a chave do lado esquerdo é aberta e, para lançar a energia acumulada no capacitor (desfibrilador) no paciente, a chave do lado direito é fechada. Uma bateria ou outra fonte de energia elétrica V carrega o banco de capacitores C quando a chave de carga é fechada. Quando os capacitores estão carregados, a chave de carga é aberta e a chave de descarga é fechada. O capacitor realiza uma rápida e intensa descarga da energia armazenada no peito do paciente. Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 115 Usando o esquema mostrado, em uma determinada ocorrência, com o capacitor totalmente carregado, 500 J de energia foram suficientes para reanimar o paciente. Dessa forma, a quantidade de carga que ainda permaneceu no capacitor foi de a 0,2 C. b) 0,4 C . c) 0,5 C. d) 0,6 C. e) 0,8 C. Questão 30 – Medicina Christus 2013 Numa determinada situação de emergência, um condensador é carregado a uma diferença de potencial de cerca de 5.000 volts. O capacitor é então totalmente descarregado em alguns milésimos de segundo no peito do enfermo a ser reanimado. Sabendo que a capacitância do condensador vale 20 F, a energia (em joules) liberada nessa descarga elétrica estará no intervalo entre: a) 93 – 160. b) 126 – 170. c) 144 – 194. d) 155 – 180. e) 194 – 253. Questão 31 O circuito da figura é constituído por um condensador de 10F, eletrizado com 400 C , um resistor de 10 e uma chave aberta. A chave ch é fechada e, logo após, é aberta. Nesse intervalo de tempo, a energia dissipada em calor no resistor é de 6.103 J. A carga que restará no capacitor será: a) 50 C b) 100 C c) 150 C d) 200 C e) 250 C C = 10F + + - - 10 ch Hora de Revisar Hora de Revisar Questão 01 Observa-se que um bloco, de massa m, desliza para baixo, com velocidade constante, quando abandonado em um plano inclinado cujo ângulo de inclinação é . A força de atrito cinético que o plano exerce no bloco vale: a) zero b) mg c) mg sen d) mg tg e) mg cos Questão 02 Suponha que o mesmo bloco da questão anterior fosse lançado, para cima, ao longo do mesmo plano inclinado. O valor da aceleração do bloco, neste movimento, seria: a) zero b) g c) g sen d) 2g sen Questão 03 Um bloco está em repouso sobre um plano inclinado (veja figura) , Se o coeficiente de atrito estático entre o bloco e o plano é e = 0,70 e o peso do bloco é p = 100 N, a força de atrito no bloco vale: a) 70 N b) 60 N c) 100 N d) 50 N e) 110 N Questão 04 Se O bloco da questão anterior estiver subindo o plano em velocidade constante, puxado por uma força F paralela ao plano, concluímos que o módulo de F deverá ser (considere c = 0,50): a) 50 N b) 100 N c) 60 N d) 93 N e) 43 N Questão 05 Duas esferas, A e B, de materiais diferentes e de mesmo volume, ligadas entre si por um fio fino e inextensível de massa desprezível, flutuam em água (densidade igual a 1g/cm3) como indicado na figura. Sabendo-se que a tensão de ruptura do fio é de 0,1N , e que a densidade da esfera A é 0,8 g/cm3, podemos afirmar que o volume máximo que as esferas podem ter para que o fio não quebre vale: a) 30 cm3. b) 10 cm3. c) 50 cm3. d) 40 cm3. e) 20 cm3. Questão 06 Um garoto, que se encontra em repouso, faz girar, com velocidade constante, uma pedra de massa m presa a um fio ideal. Descrevendo uma trajetória circular de raio R num plano vertical, essa pedra dá diversas voltas, até que, em um dado instante, o fio arrebenta e ela é lançada horizontalmente, conforme ilustra a figura a seguir. Sujeita apenas à aceleração da gravidade g, a pedra passou, então, a descrever uma trajetória parabólica, percorrendo uma distância horizontal x equivalente a 4R. A tração experimentada pelo fio toda vez que a pedra passava pelo ponto onde ele se rompeu era igual a a) mg b) 2 mg c) 3 mg d) 4 mg Simétrico Pré-Universitário – Há 23 anos ensinando com excelência os estudantes cearenses – www.simétrico.com.br 116 Questão 07 Uma criança se balança em um balanço, como representado esquematicamente na figura a seguir. Assinale a alternativa que melhor representa a aceleração a da criança no instante em que ela passa pelo ponto mais baixo de sua trajetória. a) b) c) d) e) Questão 08 Para facilitar a movimentação vertical de motores pesados em sua oficina, um mecânico montou a associação de roldanas mostrada de forma simplificada na figura. Todos os fios, roldanas, os ganchos 1 e 2 e a haste horizontal têm massas desprezíveis. Um motor de peso P será pendurado no gancho 1 e um contrapeso, de peso P / 5, é permanentemente mantido na posição indicada na montagem. O motor permanecerá em repouso, sem contato com o solo, se no gancho 2, preso no contrapeso, for pendurado outro corpo de peso: a) P 2 b) P 4 c) P 8 d) P 10 e) P 20 . Questão 09 Uma esfera de raio = 0,500 m, com distribuição homogênea de massa flutua com 3/4 de seu volume submerso em água, conforme ilustração seguinte. A massa da esfera, em kg, e igual a a) 750 b) 500 c) 250 d) 125 Questão 10 Um aluno de engenharia pretende determinar a densidade de um corpo maciço e realiza uma experiência que consiste, inicialmente, em suspender o corpo, em uma das extremidades de uma balança de braços iguais, com uma massa de 100 gramas, conforme figura 1. A seguir ele coloca o corpo dentro de uma vasilha com água, cuja densidade é de 1,0 g/cm3, e a equilibra com uma massa de 60 gramas (figura 2). O valor encontrado da densidade do corpo, em g/cm3, é igual a a) 8,75. b) 7,50. c) 6,75 d) 3,50. e) 2,50. Questão 11 - UFJF 2011 O olho mágico é um dispositivo óptico de segurança residencial constituído simplesmente de uma lente esférica. Quando um visitante está a 0,5 m da porta, esse dispositivo óptico forma, para o observador, no interior da residência, uma imagem três vezes menor e direita do rosto do visitante. É correto afirmar que a distância focal e o tipo da lente que constituem o olho mágico são, respectivamente: a) 0,5 m, divergente. b) 0,25 m, divergente. c) +0,25 m, convergente. d) +0,5 m, convergente. e) 0,25 m, convergente. Questão 12 - UFPR 2012 Um perito munido de uma lupa analisa uma impressão digital. Sua lupa é constituída por uma lente convergente com distância focal de 10 cm. Ao utilizá-la, ele vê a imagem virtual da impressão digital aumentada de 10 vezes em relação ao tamanho real. Com base nesses dados, assinale a alternativa correta para a distância que separa a lupa da impressão digital. a) 9,0 cm. b) 20,0 cm. c) 10,0 cm. d) 15,0 cm. e) 5,0 cm. Questão 13 Um aluno possui hipermetropia e só consegue ler se o texto estiver a pelo menos 1,5 m de distância. Qual deve ser a distância focal da lente corretiva para que ele possa ler se o texto for colocado a 25 cm de seus olhos? a) 10 cm b) 20 cm c) 30 cm