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1 - (Exame de Ordem 2 2009 – CESPE – Adaptada) Comparando-se as instituições do direito internacional público com as típicas do direito interno de determinado país, percebe-se que, no direito internacional: a) Há uma Constituição formal como no direito interno. b) Há órgão central legislativo para todo o planeta. c) Há cortes judiciais que exercem jurisdição internacional. d) Há um governo central, que possui soberania sobre todas as nações. 2 - (Agência Brasileira de Inteligência 2018 – CESPE/UnB – Adaptada) Sabendo que a Corte Internacional de Justiça (CIJ) foi estabelecida pela Carta das Nações Unidas e é considerada o principal órgão judiciário no âmbito da Organização das Nações Unidas, sendo possível extrair fontes do direito internacional público (DIP) do seu estatuto, julgue os itens subsecutivos. I - Por não se encontrarem inseridos no estatuto da CIJ, os atos unilaterais dos Estados, como o ato de reconhecimento do nascimento de outro Estado, possuem natureza política, não se revestindo de obrigatoriedade normativa. II - Na hipótese de uma obrigação ser fundamentada no costume internacional e ser exigida em face de determinado Estado, este não poderá defender-se invocando reserva feita em tratado com o mesmo conteúdo da norma consuetudinária. III - A opinio juris atesta, por si só, a obrigatoriedade do costume internacional na medida em que o simples fato de o Estado deixar de agir representa infração à norma costumeira. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) I e III. 3 - De acordo com a doutrina, as fontes formais do Direito Internacional Público podem ser divididas em fontes estatutárias (aquelas que constam no artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça) e fontes não-estatutárias (que não aparecem entre as fontes indicadas no Estatuto da Corte Internacional de Justiça). Dessa forma é possível afirmar que se trata, entre outras, de fonte formal não-estatutária do Direito Internacional Público: a) Tratados. b) Costume. c) Decisões judiciais. d) Decisões de Organizações Internacionais. e) Princípios Gerais de Direito. 4 - (XXVII Exame de Ordem Unificado – FGV – Adaptada) Em 14 de dezembro de 2009, o Brasil promulgou o Decreto nº 7.030, que internalizou a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados de 1969 ao ordenamento jurídico brasileiro. A Convenção codificou as principais regras a respeito da conclusão, entrada em vigor, interpretação e extinção de tratados. Tendo por base os dispositivos da Convenção, assinale a afirmativa correta. a) Para os fins da Convenção, “tratado” significa qualquer acordo internacional concluído por escrito entre Estados e/ou empresas transnacionais. b) Os Estados são soberanos para formular reservas, independentemente do que disponha o tratado. c) Um Estado não poderá invocar o seu direito interno para justificar o descumprimento de obrigações assumidas em um tratado devidamente internalizado. d) Os tratados que conflitem com uma norma imperativa de Direito Internacional geral têm sua execução suspensa até que norma ulterior de Direito Internacional geral da mesma natureza derrogue a norma imperativa com eles conflitante. e) Os tratados multilaterais celebrados no âmbito das Nações Unidas vinculam todos os Estados do mundo, independentemente de seu consentimento expresso. 5 - As regras imperativas de direito internacional geral (jus cogens) são normas que se caracterizam por possuir supremacia normativa, prevalecendo sobre quaisquer outras. Nesse sentido, é correto afirmar que tais normas: a) Não guardam qualquer relação com o conceito de obrigações erga omnes. b) Só podem ser derrogadas por costume internacional. c) Não podem ser revogadas por normas positivas de direito internacional. d) São reconhecidas pela comunidade internacional como um todo e somente podem ser modificadas por norma ulterior de direito internacional geral da mesma natureza. 6 - Não é uma condição de validade dos tratados: a) Objeto lícito. b) Agente capaz. c) Vontade livre. d) Denominação correta. e) Forma adequada. 7 - De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal: a) Tratados em matéria de direitos humanos ratificados e internalizados após a promulgação da Emenda Constitucional nº 45, de 2004, possuem status supraconstitucional. b) Todos os tratados em matéria de direitos humanos possuem status constitucional no direito brasileiro, independentemente de quando foram ratificados. c) Tratados em geral possuem status supralegal no ordenamento jurídico brasileiro. d) Tratados em matéria de direitos humanos ratificados e internalizados antes da promulgação da Emenda Constitucional nº 45, de 2004, possuem status supralegal. 8 - São sujeitos de direito internacional, EXCETO: a) Estados. b) Organizações internacionais. c) Grupos terroristas. d) Santa Sé. e) Comitê Internacional da Cruz Vermelha 9 - Sobre o Estado enquanto sujeito de direito internacional, assinale a alternativa correta. a) De acordo com a Convenção de Montevidéu sobre Direitos e Deveres dos Estados de 1933, um Estado como pessoal de direito internacional é composto por uma população permanente, um território determinado, um governo e capacidade de entrar em relações com empresas transnacionais. b) O reconhecimento de governo é uma condição necessária para a existência de um Estado. c) Em sua acepção jurídica, soberania significa independência jurídica em relação a outros Estados e submissão direta ao direito internacional. d) O ingresso de uma entidade como membro pleno em uma organização internacional implica o seu reconhecimento como Estado por parte de todos os demais membros dessa mesma organização internacional. 10 - Brasil e Itália celebram tratado para estimular o comércio entre os dois Estados. De acordo com esse tratado, a importação de vinhos italianos para o Brasil passaria a contar com uma alíquota do imposto de importação de 10% (a alíquota padrão do Brasil para esse produto é de 27%). O tratado foi concluído em janeiro de 2022, ficando dependente de referendo pelos Poderes Legislativos dos dois Estados contratantes. No entanto, enquanto o tratado tramitava no Congresso Nacional brasileiro, o governo brasileiro elevou, por meuo de decreto, a alíquota geral do imposto de importação de vinho para 30%. Esse decreto ainda estabelecia expressamente a revogação de todos os benefícios fiscais relacionados à importação de vinhos. Considerando que, por se tratar de imposto extrafiscal, o Presidente da República possui o poder de, por meio de decreto, elevar ou reduzir a alíquota do imposto de importação sem a necessidade de aprovação congressual, discorra sobre a legalidade, à luz do direito internacional, do decreto editado pela Presidência da República brasileira.
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