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SECAGEM

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Universidade Federal de Santa Maria - UFSM 
Centro de Tecnologia 
Departamento de Engenharia Química 
Laboratório II de Operações Unitárias (DEQ 1017) 
Prof. Dr. Evandro Stoffels Mallmann 
 
 
 
 
AULA PRÁTICA VII – SECAGEM EM BANDEJA 
 
 
 
Carolina Nardello Contin 
Eduarda Lauthart Vendruscolo 
Maryana Soares Pereira 
 
 
 
Santa Maria 
2022 
 
RESUMO 
SECAGEM EM BANDEJA 
 
 
Carolina Nardello Contin 
Eduarda Lauthart Vendruscolo 
Maryana Soares Pereira 
 
 
A operação unitária secagem envolve a transferência de calor e massa, e 
auxilia no controle das taxas de umidade de diferentes matérias-primas processadas 
com o ar atmosférico e pode ser definida como a operação de retirada de água de um 
produto por evaporação, aplicando-se calor. O experimento constitui-se em 
determinar a curva de secagem de uma amostra de carvão ativado. Caracterizando a 
operação de secagem de carvão ativado em bandeja, com ar quente escoando em 
paralelo, construindo uma curva da taxa de secagem em função da umidade média e 
uma curva do adimensional de água livre em função do tempo. Obteve-se como 
resultado de constante de secagem (K) 0,046 s-1, fator pré-exponencial (a) 1,079 e 
difusividade efetiva de umidade (Def) 4,021x10
-7 m²/s. Com a conclusão do 
experimento, foi possível obter as curvas da taxa de secagem em função da umidade 
média e do adimensional de água livre em função do tempo. Ademais, pode-se 
ajustar os dados experimentais ao modelo de Henderson e Pabis. 
 
Palavras chave: secagem, carvão ativado, transferência de massa. 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1. Curva de secagem típica em condições constantes de secagem..................8 
Figura 2. Taxa de secagem versus umidade..............................................................9 
Figura 3. Módulo experimental para a realização dos experimentos........................12 
Figura 4. Curva de secagem do carvão ativado com ponto fora da curva.................17 
Figura 5. Curva de secagem do carvão ativado.......................................................18 
Figura 6. Curva do adimensional de água livre (Y) em função do tempo (t)............19 
Figura 7. Valores observados em função dos valores preditos pelo modelo de 
Henderson e Pabis....................................................................................................20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1. Dados experimentais obtidos na execução do experimento.....................14 
Tabela 2. Valores calculados de X , Xm, N e Y........................................................15 
Tabela 3. Valores e confiabilidade dos parâmetros a e K.........................................19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................6 
2. OBJETIVOS......................................................................................................7 
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................................................................8 
3.1 SECAGEM.........................................................................................................8 
3.2 PERÍODOS DE SECAGEM................................................................................8 
3.3 TIPOS DE SECAGEM......................................................................................10 
3.3.1 Secagem em bandeja.....................................................................................10 
3.3.2 Secagem em leito fluidizado.........................................................................10 
3.3.3 Secagem por spray dryer .............................................................................10 
4. MATERIAIS E MÉTODOS..............................................................................12 
4.1 MATERIAIS......................................................................................................12 
4.2 MÉTODOS........................................................................................................12 
4.2.1 Tratamento de dados.....................................................................................13 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................................15 
6. CONCLUSÃO....................................................................................................21 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................23
6 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A secagem é uma das operações mais antigas e mais aplicadas em processos 
industriais. Ela envolve a transferência de calor e massa, auxilia no controle das 
taxas de umidade de diferentes matérias-primas processadas com o ar atmosférico. 
Além disso, a secagem pode ser também empregada para melhorar as características 
de manuseio e estabilizar os materiais sensíveis à umidade, como alimentos e 
produtos farmacêuticos. (DA SILVA, 2021). 
O processo de secagem pode ser definido como a operação unitária de 
retirada de água de um produto por evaporação, aplicando-se calor. Dessa maneira, 
a secagem promove o acabamento dos produtos e auxilia no equilíbrio da umidade 
dos diversos materiais processados com o ar atmosférico. Ademais, utiliza-se 
secagem com o objetivo de aumentar a conservação dos alimentos e dos materiais 
perecíveis, sendo amplamente utilizada na indústria alimentícia. A importância 
desse processo também está relacionada à redução do peso e do volume e à 
diminuição nos custos de transporte e armazenamento. (DA SILVA, 2021). 
O experimento realizado estuda a operação de secagem de carvão ativado em 
bandeja, com ar quente escoando em paralelo e analisa a perda da umidade do sólido 
em função do tempo devido à passagem de ar a uma dada temperatura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
2. OBJETIVOS 
 
O experimento tem como objetivo estimar as propriedades do ar utilizando 
a carta psicrométrica. Caracterizar a operação de secagem de carvão ativado em 
bandeja com escoamento paralelo do ar, mediante as seguintes curvas: Curva da taxa 
de secagem (N) em função da umidade média (Xm); curva do adimensional de água 
livre (Y) em função do tempo (t). Sendo que, na curva da taxa de secagem (N versus 
Xm) identificar a umidade inicial (X0), a umidade crítica (Xc) e a umidade de 
equilíbrio (Xe). Ademais, identificar os períodos de taxa constante e decrescente, 
além de obter a constante de secagem (K) e a difusividade efetiva de umidade (Def) 
através do ajuste dos dados experimentais (Y versus t) ao modelo de Henderson e 
Pabis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
3.1 SECAGEM 
A operação unitária de secagem consiste em retirar a quantidade de água de 
um material, o que ocasiona uma redução na massa do mesmo. (MCCABE, et al., 
1991). 
Quando um sólido úmido é submetido a secagem ocorrem simultaneamente 
dois fenômenos: transferência de massa e transferência de calor. A transferência de 
massa no processo está relacionada com a difusão da água no interior do sólido para 
a superfície. (FOUST et al., 1982). 
A resistência à transferência de massa é representada pelo coeficiente 
convectivo de massa e de difusão. Já a transferência de calor ocorre na superfície do 
sólido, onde a água que ali se encontra se vaporiza. A resistência à transferência de 
calor na superfície é representada pelo coeficiente convectivo de calor. Muitos 
mecanismos de transporte são estudados, tais como difusão molecular, capilaridade 
e difusão líquida (ZOGZAS, 1996). 
 
3.2 PERÍODOS DE SECAGEM 
Na secagem experimental de um sólido, os dados são colocados na forma de 
gráfico, relacionando a umidade (X, base seca) com o tempo de ensaio (θ), conforme 
a Figura 1. 
Figura 1 - Curva de secagemtípica em condições constantes de secagem. 
 
Fonte: FOUST et al., 1982. 
9 
A partir desse gráfico, se for realizada a diferenciação da curva (obtendo-se 
a cada instante a tangente no ponto), consegue-se então visualizar a taxa de secagem 
em função do tempo, conforme mostra a Figura 2. (MAYER, 2022). 
 
Figura 2 - Taxa de secagem versus umidade. 
 
Fonte: FOUST et al., 1982. 
O trecho AB da curva representa um período durante o qual o sólido se adapta 
às condições de secagem, podendo aumentar ou diminuir a taxa de secagem. 
(MAYER, 2022). 
O trecho BC representa o período de velocidade constante e corresponde a 
dX/dθ. (MAYER, 2022). 
O ponto C corresponde ao fim do período de velocidade constante, onde as 
coordenadas são a taxa de secagem constante (Rc) e umidade crítica do sólido (Xc). 
(MAYER, 2022). 
O trecho CD, é caracterizado de período de velocidade decrescente. 
(MAYER, 2022). 
 O ponto E representa o instante em que toda a superfície torna-se 
completamente insaturada e a partir de então o movimento interno da umidade passa 
a controlar a taxa de secagem. (MAYER, 2022). 
O trecho CE geralmente é chamado de primeiro período de velocidade 
decrescente, onde, na maioria dos casos, a taxa de secagem decresce linearmente. 
(MAYER, 2022). 
10 
Ou seja, pode-se dizer que o ponto C (Xc, Rc) representa o fim do período da 
velocidade constante e não existe água na superfície para mantê-la completamente 
úmida. O ponto E, representa o instante em que toda a superfície torna-se insaturada 
e o ponto D é quando o sólido atinge a umidade de equilíbrio e representa o final da 
secagem. 
 
3.3 TIPOS DE SECAGEM 
 Existem diversos métodos para secagem dos mais diversos tipos de materiais 
e produtos. Dentre os principais temos a secagem em bandejas, secagem em leito 
fluidizado e secagem por spray dryer. 
 
3.2.1 Secagem em bandejas 
 Os secadores em bandejas são um dos mais utilizados em processos que 
operam em bateladas. Geralmente empregados na indústria para desidratar alimentos 
e fertilizantes. Os sólidos a serem secados são posicionados dentro de bandejas, que 
são alocados dentro de uma câmara fechada que contém um gás circulando. O gás 
de secagem circula pela câmera e passe entre as bandejas, o qual deve ser inerte. 
Além de ar, são utilizados como agentes secantes nitrogênio e vapor superaquecido. 
(FOUST et al., 1982; DA SILVA, 2021). 
 As características mais importantes deste equipamento são a simplicidade de 
construção, operação e baixo custo de manutenção. (FOUST et al., 1982). 
 
3.2.2 Secagem em leito fluidizado 
Os secadores de leito fluidizado são comumente empregados na indústria 
para secagem de particulados como areia e minerais. Estes operam com grandes 
vazões de produtos e fluxos de gases. (FOUST et al., 1982; FELIPE, 2022). 
 
3.2.3 Secagem por spray dryer 
 A secagem por spray dryer tem como princípio a pulverização do produto a 
ser desidratado em pequenas partículas. As principais vantagens desse processo são 
o tempo (varia entre 3 a 12 s) e a temperatura do produto, que é relativamente baixa. 
Isso ocorre devido às partículas serem muito pequenas, fazendo com que a área de 
11 
contato com o ar seja grande, sendo assim o processo ocorre de forma mais rápida. 
Além disso, é um equipamento versátil pelo fato de produzir pós, grânulos ou 
aglomerados. Este tipo de secagem é muito utilizado na indústria de alimentos para 
produtos na forma pastosa ou líquida. (DA SILVA, 2021). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
4. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
 4.1 MATERIAIS 
O módulo experimental para a realização dos experimentos está apresentado 
na Figura 3. 
Figura 3 - Módulo experimental para a realização dos experimentos. 
 
Fonte: Autores, 2022. 
O módulo experimental é constituído pelos seguintes componentes: soprador 
axial; câmara de secagem com suporte para pendurar a bandeja; psicômetro de 
temperaturas (bulbo seco e bulbo úmido); anemômetro; resistências elétricas; 
termopares ligados a um painel. Também serão utilizados, copo de Becker, balança, 
paquímetro e cronômetro. O material a ser seco é o carvão ativado granular. 
 
4.2 MÉTODOS 
● Ligar o módulo de secagem, o soprador axial e ajustar a velocidade para 1,5 
m/s; 
● Ligar o sistema de aquecimento e ajustar a temperatura para 100 °C; 
Enquanto o sistema de secagem atinge a temperatura desejada, pesar 40,0 g 
de carvão ativado, e adicionar 500 mL de água. Deixar em repouso por 15 
minutos e filtrar; 
13 
● Colocar o carvão úmido em um papel filtro e este na bandeja de secagem. 
Pesar a massa úmida inicial, medir a área da bandeja e a espessura da amostra; 
● Assim que o sistema atingir 100 °C, colocar a bandeja no túnel de secagem e 
acionar o cronômetro; 
● A cada 3 minutos (nos primeiros 30 minutos) e a cada 5 minutos no restante 
da operação, anotar a massa de amostra (m) (na balança) e as temperaturas 
do ar de secagem (Tar), de bulbo seco (TBS) e de bulbo úmido (TBU); 
● Após três medidas consecutivas com diferença insignificante na balança, 
finalizar o experimento. 
 
4.2.1 Tratamento de dados 
 Para o tratamento dos dados experimentais e obtenção dos valores de X, Xm, 
N e Y deve-se utilizar como base as Equações 1, 2, 3 e 4 mostradas na sequência. 
𝑋 = 
𝑚−𝑚𝑠𝑠
𝑚𝑠𝑠
 (1) 
𝑋𝑚 = 
𝑋(𝑡=0)+𝑋(𝑡=3)…
2
 (2) 
𝑁 = 
𝑑𝑋
𝑑𝑇
 (3) 
𝑌 = 
𝑋−𝑋𝑒
𝑋0−𝑋𝑒
 (4) 
Onde mss é a massa de sólido seco, X0 é a umidade inicial e Xe é a umidade 
de equilíbrio (considerar Xe como o último ponto de umidade obtido no 
experimento). 
No cálculo da constante de secagem (K) realiza-se a regressão exponencial 
de Y versus t conforme a Equação 5. E para a difusividade efetiva de umidade (Def) 
utiliza-se a Equação 6. 
𝑌 = 𝑎 ∗ exp (−𝐾𝑡) (5) 
𝐾 = 
𝜋²𝐷𝑒𝑓
𝐿²
 (6) 
Em que a é o fator pré exponencial e L é a espessura do material. 
 
 
 
14 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Os dados de massa da amostra de carvão para cada intervalo de tempo, 
temperatura de bulbo seco (TBS), temperatura de bulbo úmido (TBU) e temperatura 
do ar (Tar) foram medidos na execução do experimento e estão dispostos na Tabela 
1. A massa de sólido inicial pesada é de 40,1 g de carvão ativado. Além disso, mediu-
se a espessura da camada de carvão ativado (0,932 cm). A área do papel filtro 
corresponde a 106,852 cm2 e a área da bandeja a 178,036 cm2. 
 
Tabela 1 - Dados experimentais obtidos na execução do experimento. 
(continua) 
t (min) m (g) Tar (°C) TBS (°C) TBU (°C) 
0 58,16 100,00 12,80 9,60 
3 56,79 100,00 13,40 10,00 
6 54,70 100,00 13,10 10,00 
9 48,66 101,00 15,90 10,20 
12 46,80 100,00 13,40 10,50 
15 45,05 100,00 13,30 11,00 
18 43,22 99,00 13,40 10,50 
21 41,59 99,00 13,30 10,40 
24 39,99 99,00 13,30 11,10 
27 38,87 100,00 13,20 10,30 
30 37,88 100,00 13,30 10,30 
15 
(conclusão) 
 t (min) m (g) Tar (°C) TBS (°C) TBU (°C) 
40 35,32 99,00 14,00 11,00 
45 34,22 100,00 14,10 11,00 
50 33,24 99,00 15,90 10,90 
55 32,37 100,00 14,00 11,00 
60 31,55 102,00 14,00 10,80 
65 30,88 100,00 13,80 10,80 
70 30,26 98,00 13,80 11,00 
Fonte: Autores, 2022. 
 A partir destes dados e com auxílio das equações 1, 2, 3 e 4 pode-se calcular 
os valores de X, Xm, N e Y, mostrados na Tabela 2. 
Tabela 2 - Valores calculados de X , Xm, N e Y. 
(continua) 
X 
gH2O/gss 
Xm 
gH2O/gss 
N 
gH2O/(gss . min) 
Y 
0,922 - - 1,025 
0,877 0,899 0,015 0,975 
0,808 0,842 0,023 0,898 
0,608 0,708 0,067 0,676 
16 
(conclusão) 
X 
gH2O/gss 
Xm 
gH2O/gss 
N 
gH2O/(gss . min) 
Y 
0,489 0,518 0,019 0,543 
0,4280,459 0,020 0,476 
0,374 0,401 0,018 0,416 
0,322 0,348 0,018 0,358 
0,285 0,303 0,012 0,316 
0,252 0,268 0,011 0,280 
0,208 0,230 0,009 0,231 
0,167 0,188 0,008 0,186 
0,131 0,149 0,007 0,146 
0,098 0,115 0,006 0,109 
0,070 0,084 0,006 0,078 
0,043 0,056 0,005 0,047 
0,020 0,032 0,004 0,023 
0,000 0,010 0,004 0,000 
0,000 0,000 0,000 0,000 
Fonte: Autores, 2022. 
17 
Vale ressaltar que para a Equação 1 precisa-se da massa de sólido seco (mss), 
para isso considera-se o último valor de massa medido no experimento, ou seja, mss 
= 30,26 g. 
Com os valores da Tabela 2, construiu-se o gráfico da curva de secagem (N) 
em função da umidade média (Xm), mostrado na Figura 4. 
 
Figura 4 - Curva de secagem do carvão ativado com ponto fora da curva. 
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
0,00
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
0,06
0,07
T
a
x
a
 d
e 
se
ca
g
em
, 
N
 (
g
H
2
O
/(
g
ss
 .
 m
in
))
Umidade média, Xm (gH2O/gss)
 
Fonte: Autores, 2022. 
 Na Figura 4, pode-se observar um ponto fora da curva no instante t = 9 
minutos, pelo fato de terem ocorrido erros operacionais na realização do 
experimento. Devido a isto, removeu-se o ponto correspondente, e novamente 
construiu-se o gráfico curva de secagem (N) em função da umidade média (Xm) do 
carvão ativado, demonstrado pela Figura 5. 
 
 
 
 
 
 
18 
Figura 5 - Curva de secagem do carvão ativado. 
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
0,00
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
0,06
0,07
x0
xC
T
a
x
a
 d
e 
se
ca
g
em
, 
N
 (
g
H
2
O
/(
g
ss
 .
 m
in
))
Umidade média, Xm (gH2O/gss)
A
BC
E
D
xE
 
Fonte: Autores, 2022. 
 Dessa forma, é possível observar que o gráfico se comporta de maneira 
semelhante ao representado na Figura 2. Ou seja, com período de adaptação do 
sólido nas condições de secagem (AB), período de velocidade constante (BC), fim 
do período de velocidade constante (ponto C), período de velocidade decrescente 
(CD). 
 Por meio do gráfico da Figura 5, também pode-se retirar os valores de 
umidade crítica (Xc), umidade de equilíbrio (Xe) e umidade inicial (X0), sendo, 
respectivamente, 0,34 gH2O/gss, 0,00 gH2O/gss e 0,90 gH2O/gss. 
 Em seguida, plotou-se a curva do adimensional de água livre (Y) em função 
do tempo (t). O gráfico está mostrado na Figura 6. 
 
 
 
 
 
 
 
19 
Figura 6 - Curva do adimensional de água livre (Y) em função do tempo (t). 
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Tempo, t (min)
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
Y
 
Fonte: Autores, 2022. 
 Assim, a partir de uma análise de regressão, definiu-se os valores para os 
parâmetros K e a com auxílio do programa Statistica a fim de ajustar ao modelo de 
Henderson e Pabis. Os valores encontrados estão dispostos na Tabela 3. 
 
Tabela 3 - Valores e confiabilidade dos parâmetros a e K. 
 a K 
Estimado 1,079 0,046 
Erro padrão 0,020 0,001 
t-value 53,019 31,688 
p-value 0,000 0,000 
R² 0,992 
Fonte: Autores, 2022. 
 Para analisar a confiabilidade do modelo utilizado, analisou-se o coeficiente 
de determinação (R2), t-value e p-value. O t-value mede o tamanho da diferença em 
relação à variação dos dados amostrais e o p-value mede o nível de significância. 
20 
Deste modo, quanto mais alto for t-value, mais próximo de zero for p-value 
e mais próximo de 1 for R2, significa que mais ajustado aos dados está o modelo 
matemático. Pelos valores encontrados na Tabela 3, verificamos que o modelo é 
satisfatório, uma vez que para ambos os parâmetros os valores de p-value são iguais 
a zero (0) e para t-value são iguais a 53,019 e 31,688, para K e a respectivamente, 
logo são superiores a 10. Além disso, o R2 obtido foi igual a 0,992, valor este que é 
muito próximo de 1 (valor ideal). 
 No gráfico mostrado pela Figura 7, estão representados os valores 
observados em função dos preditos. 
 
Figura 7 - Valores observados em função dos valores preditos pelo modelo de Henderson e Pabis. 
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
V
a
lo
re
s 
O
b
se
rv
a
d
o
s
Valores Preditos
 
Fonte: Autores, 2022. 
 Por meio do gráfico da Figura 7, observamos que os pontos estão distribuídos 
próximos e ao longo da reta, estando dentro do esperado. 
Além de obter o valor da constante de secagem (K), calculou-se a 
difusividade efetiva de umidade (Def) através da Equação 6, podendo-se entender a 
facilidade com que a água é removida do material. O valor encontrado foi de 
4,021x10-7 m²/s. De acordo com Nascimento (2014), a difusividade efetiva varia de 
3,70 x 10-7 m²/s até 5,88 x 10-7 m²/s para amostras de carvão do lodo e carvão da 
21 
madeira, por exemplo. Este valor pode variar conforme o tipo e composição de 
material a ser secado e das condições de secagem. Dessa forma, os valores obtidos 
estão dentro da faixa encontrada na literatura. 
Os resultados encontrados no experimento também podem ter sofrido 
alterações devido aos erros experimentais, como na pesagem e manuseio do 
equipamento. Mas estes se mostram satisfatórios de acordo com a análise de 
confiabilidade dos parâmetros e consulta na literatura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. CONCLUSÃO 
 
 Por meio do experimento de secagem, foi possível realizar a construção dos 
gráficos da curva da taxa de secagem (N) em função da umidade média (Xm) e curva 
do adimensional de água livre (Y) em função do tempo (t) para o carvão ativado. 
Além disso, identificou-se a umidade inicial (X0) como sendo igual a 0,90 gH2O/gss, 
a umidade crítica (Xc) igual a 0,34 gH2O/gss e a umidade de equilíbrio (Xe) igual a 
0,00 gH2O/gss, destacando-se os períodos de taxa constante e decrescente. 
 O gráfico da Figura 5, da curva da taxa de secagem (N) em função da 
umidade média (Xm), se comporta de maneira semelhante ao representado na Figura 
2. Ou seja, com período de adaptação do sólido nas condições de secagem (AB), 
período de velocidade constante (BC), fim do período de velocidade constante 
(ponto C), período de velocidade decrescente (CD). 
A partir do modelo matemático de Henderson e Pabis foi possível estimar os 
parâmetros a e K, sendo os valores obtidos iguais a 1,079 e 0,046 s-1 
respectivamente. Este modelo mostrou-se satisfatório para os dados experimentais 
obtidos tendo em vista que os valores de p-value são iguais a zero, ou seja, inferiores 
a 0,05, indicando um nível de significância de mais de 95% e para t-value superiores 
a 10. E, o coeficiente de determinação (R2 = 0,992) se aproxima do valor ideal que 
é 1. 
Obteve-se também a difusividade efetiva de umidade (Def) como sendo igual 
a 4,021x10-7 m²/s e percebe-se que o valor obtido vai de encontro com os valores 
apresentados por Nascimento (2014) que variam de 3,70 x 10-7 m²/s até 5,88 x 10-7 
m²/s para amostras de carvão do lodo e carvão da madeira, respectivamente. A 
discrepância entre os valores pode ser explicada devido a diferença de condições 
empregadas na secagem para cada caso. 
 Os resultados encontrados podem ter sofrido alterações devido aos erros 
operacionais e de manuseio ocorridos durante o processo experimental. 
 Ademais, o experimento de secagem realizado agregou ainda mais 
conhecimento e possibilitou o aprendizado prático dos conhecimentos adquiridos 
em aula. 
23 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
FELIPE, Carlos Alberto Severo. MONITORAMENTO DA SECAGEM DE 
SEMENTES EM LEITO FLUIDIZADO. Disponível em: https://ppgeq.furg.br/2-
sem-categoria/197-monitoramento-da-secagem-de-sementes-em-leito-fluidizado. 
Acesso em: 05 jul. 2022. 
 
FOUST, A. S.; WENZEL, L. A.; CLUMP, C. W.; MAUS, L.; ANDERSEN, L. B. 
Princípios das Operações Unitárias. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Dois, 1982. 
 
MAYER, F. D.; SCHLEMMER, D. F. Material Didático. Operações unitárias com 
transferência de calor e massa II, Santa Maria, 2022. 
 
MCCABE, W. SMITH, J.; HARRIOT, P. Unit operations of chemical engineering. 
5a ed. New York: McGraw-Hill, Inc., 1991. 1130p. 
 
NASCIMENTO, A. R. et al. Síntese e caracterização de materiais mesoporosos 
modificados com níquel para a captura de CO2. Cerâmica, v. 60, n. 356, p. 482–489, 
dez. 2014a. 
 
ZOGZAS, N. P., MAROULIS, Z. B. Effective Moisture Diffusivity Estimation from 
Drying Data. A Comparison Between Various Methods of Analysis, Drying 
Technology: An International Journal, 14:7-8 (1996) 1543 – 1573.

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