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Resumão IESC IV N1

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Carla Bertelli – 4° Período 
 
 – Entender os aspectos básicos da Política Nacional 
de Atenção à Saúde da Criança (PNAISC) 
 – Conhecer a avaliação do RN e do 
acompanhamento da prematuridade na atenção primária 
à saúde 
 – Compreender e aplicar a puericultura como 
ferramenta de avaliação ampliada da Saúde da Criança 
 – Entender as articulações intersetoriais na 
abordagem à saúde do escolar – PSE 
 – Identificar as principais afecções respiratórias na 
criança (Asma, bronquite, rinite, bronquiolite, pneumonia) 
 – Compreender a atenção à saúde do 
adolescente na APS 
 - Programa Nacional de Imunização e Diversidade 
Sexual 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de atenção integral à 
saúde da criança Brasília (DF), 2018.BRASIL. Ministério da Saúde. 
Secretaria de Atenção à Saúde. 
BRASIL, Ministério da Saúde. Carteira de serviços da atenção 
primária à saúde (CaSAPS). Brasília, 2019. 
O Brasil assumiu desde 1988 uma obrigatoriedade com o 
SUS garantindo o direito universal à Saúde e Proteção 
Integrada da Criança com o advento do Estatuto da 
Criança e do Adolescente (ECA). O país conquistou 
diminuição nas taxas de mortalidade infantil (<1 ano) e 
mortalidade na infância (<5 anos), tendo cumprido o 
Objetivo de Desenvolvimento do Milênio Também é 
perceptível a diminuição da mortalidade por doenças 
imunopreveníveis como a diarreia, e uma grande 
diminuição nos índices de desnutrição e melhora 
crescente nos indicadores de aleitamento materno. A 
escola por exemplo, na questão da oferta de alimentos 
ajudou a diminuir a desnutrição no Brasil. 
Os direitos da criança estão consagrados na Constituição Federal de 
1988 e reafirmados no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), 
que considera a criança, a pessoa até 12 anos incompletos, e o 
adolescente, a pessoa entre 12 e 18 anos de idade. A Convenção 
sobre os Direitos da Criança (CDC) de 1989 considera a criança todo 
ser humano com menos de 18 anos de idade. 
O Ministério da Saúde (MS), para efeitos da Política Nacional de 
Atenção Integral à Saúde da Criança (Pnaisc), segue o conceito da 
Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera: “Criança” – 
pessoa na faixa etária de zero a 9 anos, ou seja, de zero até 
completar 10 anos ou 120 meses; “Primeira infância” – pessoa de 
zero a 5 anos, ou seja, de zero até completar 6 anos ou 72 meses 
O í çã à
ú ç é: Promover e proteger a saúde da 
criança e o aleitamento materno, mediante a atenção e 
cuidados integrais e integrados, da gestação aos 9 anos 
de vida, com especial atenção à primeira infância e às 
populações de maior vulnerabilidade, visando a redução 
da morbimortalidade e um ambiente facilitador à vida 
com condições dignas de existência e pleno 
desenvolvimento. 
í : 
à à ú (acesso universal e igualitário às 
ações e serviços para promoção, proteção integral e 
recuperação da saúde); 
ç (primazia da criança em 
receber proteção e cuidado em quaisquer circunstâncias, 
ter precedência de atendimento nos serviços de saúde 
e preferência nas políticas sociais); 
à ú (receber atenção de cuidado 
necessários e dever de política de saúde, acolhimento, 
escuta qualificada, avaliação com classificação de risco e 
vulnerabilidades sociais); 
 (atenção global da criança, 
promoção, prevenção, tratamento, reabilitação, cuidado); 
ú (igualdade da atenção à saúde, sem 
privilégios ou preconceitos, mediante a definição de 
prioridades de ações e serviços de acordo com as 
demandas de cada um, com maior alocação dos recursos 
onde e para aqueles com maior necessidade.); 
à (estabelecimento a qualidade de 
vínculo entre criança e sua mãe/família/cuidadores e 
destes com os profissionais, compreensão da relação 
entre indivíduo e sociedade); 
çã çã (qualificar as práticas do cuidado, 
mediante soluções concretas para os problemas reais 
vividos no processo de produção de saúde, de forma 
criativa e inclusiva, com acolhimento, gestão participativa 
e cogestão); 
ã . (fomentar a 
democracia representativa e criar condições para o 
desenvolvimento da cidadania ativa. São canais 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
institucionais, de diálogo social, as audiências públicas, as 
conferências e os conselhos de saúde em todas as 
esferas de governo que conferem à gestão do SUS) 
 – Gestão Inter federativa das ações 
de saúde da criança; Organização das ações e dos 
serviços na rede de atenção; Promoção da Saúde; 
Fomento à autonomia do cuidado e da sua 
corresponsabilidade da família; Qualificação da força de 
trabalho do SUS; Planejamento e desenvolvimento de 
ações; Incentivo à pesquisa e à produção de 
conhecimento; Monitoramento e avaliação; 
Intersetorialidade. 
Aleitamento materno exclusivo deve ser ofertado, 
prioritariamente até os 6 meses de idade 
Os primeiros anos de vida da criança são os mais 
importantes e quando a atenção deve ser ainda mais 
redobrada para detecção de problemas/doenças em 
estágios iniciais. 
O cuidado da criança demanda de uma visão de 
integralidade, contemplando postura acolhedora com 
escuta qualificada, olhar zeloso e estabelecimento de 
vínculo e responsabilização. É necessária a visão integral 
dos demais pontos da Rede de Atenção, potencializando 
recursos disponíveis para oferecer uma resposta mais 
adequada, completa e resolutiva. O foco dos profissionais 
deve ser a criança dentro do contexto da sua família e 
sociedade. A organização da atenção à saúde em linhas 
de cuidado é uma estratégia que favorece a atenção 
integral, com a continuidade do cuidado, desde ações de 
promoção de saúde, prevenção de doenças e agravos, 
até medidas de tratamento, cuidado e reabilitação. 
çã à çã
 – Consiste na melhoria do acesso, 
cobertura, qualidade e humanização da atenção 
obstétrica e neonatal, integrando as ações do pré-natal e 
acompanhamento da criança na atenção básica com 
aquelas desenvolvidas na maternidade, conformando-se 
uma rede articulada de atenção. A atenção integral à 
gestação, ao parto e ao nascimento inicia-se com a visão 
abrangente de saúde integral da mulher e promoção da 
saúde sexual e reprodutiva, desde a adolescência. A rede 
de atenção da saúde materna, neonatal e infantil (rede 
cegonha) tem por objetivo fomentar a implementação 
de um novo modelo de atenção à saúde da mulher e da 
criança, com foco na atenção ao parto, nascimento, 
crescimento e desenvolvimento da criança (0 a 24 
meses), e organizar os pontos de atenção para a garantia 
do acesso, acolhimento e resolutividade, com a finalidade 
de reduzir a mortalidade materna e infantil, com foco no 
componente neonatal, integrando a rede de atenção 
perinatal, com definição das responsabilidades com todos 
os níveis de ação, integração do cuidado da atenção 
básica com a atenção hospitalar. 
Propõem-se mudanças no modelo de atenção obstétrica 
e neonatal no País, buscando equilíbrio e prevenção de 
intervenções desnecessárias, assumindo-se que práticas 
çã é durante o trabalho de parto e 
nascimento podem contribuir para a persistência dos 
índices ainda elevados de morbidade e de efeitos 
adversos físicos e psíquicos, imediatos, de médio e longo 
prazo na vida da mulher e da criança, com prejuízo do 
seu pleno desenvolvimento. Repercutem ainda na 
satisfação das mulheres com a experiência do parto e 
nascimento, que apontam tratamento desrespeitoso e 
violência institucional, inclusive em relação a práticas 
desnecessárias realizadas com o bebê, como a sua 
separação da mãe logo após o nascimento – 
intervenções desnecessárias em crianças nascidas 
saudáveis pode acarretar complicações maternas e fetais 
irreversíveis. 
A atenção pré-natal é realizada na atenção básica e a 
continuidade do cuidado até o parto deve ser mantida 
durante toda a gestação por esta equipe. Mais do que 
isso, esse cuidado deve ser planejado e estruturado, uma 
vez que a gestante vai necessariamente demandar 
cuidados em outro nível de atenção à saúde quando oparto acontecer na Atenção Hospitalar. O parto é uma 
urgência prevista, que deve ser contemplada no 
planejamento da Atenção Básica e da rede local de 
saúde. Mesmo nos casos em que também é necessário 
acompanhamento é
çã á
çã çã
á
O aleitamento materno tem se constituído em tema 
fundamental para a saúde e a qualidade de vida da criança. 
Evidências científicas comprovam que a amamentação, 
quando praticada de forma exclusiva até os 6 meses e 
complementada com alimentos apropriados até os 2 
anos de idade ou mais, demonstra grande potencial 
transformador no crescimento, no desenvolvimento e na 
prevenção de doenças na infância e idade adulta e 
promoção não apenas da sobrevivência infantil, mas do 
pleno desenvolvimento do ser humano. 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
A abordagem durante o pré-natal é fundamental para as 
orientações sobre como o leite é produzido, a 
importância da amamentação precoce, do contato pele 
a pele efetivo e do aleitamento na primeira hora de vida, 
evitando-se a separação mãe e bebê para rotina 
padronizadas nos serviços que podem ser feitas após a 
primeira hora de vida), o aleitamento materno sob livre 
demanda, o papel do alojamento conjunto, os riscos do 
uso de chupetas, mamadeiras e qualquer tipo de bico 
artificial; orientação quanto ao correto posicionamento da 
criança e pega da aréola; como realizar a ordenha manual 
do leite, como guardá-lo e/ou doá-lo; como superar 
dificuldades como o ingurgitamento mamário, oferecer 
apoio emocional e estimular a troca de experiências, 
dedicar tempo e ouvir as dúvidas, as preocupações e as 
dificuldades da mulher e fortalecer sua autoconfiança e o 
protagonismo da mulher sobre sua capacidade de 
amamentar desde a gestação, no momento do parto e 
nascimento para garantir a qualidade do encontro com o 
bebê para uma interação efetiva, além de envolver os 
familiares e a comunidade nesse processo. 
Programa Nacional de 
Imunização (PNI); Programa Saúde na Escola (PSE); 
Atenção à Saúde Bucal; Saúde da Criança nas Redes 
Temáticas; Saúde da Criança na Rede de Atenção 
Materno, Neonatal e Infantil (Rede Cegonha). 
çã – Tem objetivo de 
erradicar, eliminar e controlar as doenças 
imunopreviníveis no território brasileiro. A vacinação é a 
maneira mais eficiente de evitar diversas doenças 
imunopreveníveis, como a varíola (erradicada em 1980), a 
poliomielite/paralisia infantil, sarampo, tuberculose, rubéola, 
gripe, hepatite A e B, febre amarela. Os registros na 
Caderneta Nacional de Vacinação devem ser sempre 
observados pelos profissionais da Atenção Básica e 
mesmo de outros serviços de saúde, com objetivo de 
sempre manter atualizada. 
ú – Intuito de instigar a criança 
desde pequena, é feita preferencialmente por um 
profissional da saúde, abordagem de temas como 
cuidados com o corpo, saúde, alimentação saudável. A 
nova concepção em Saúde na Escola foi incorporada nos 
Parâmetros curriculares Nacionais, consagrando o tema 
de saúde como transversal às disciplinas e às ações no 
contexto escolar, nas dimensões de promoção, 
prevenção e de atenção aos cuidados de crianças e 
adolescentes. As Políticas de Saúde e de Educação 
investiram no PSE tendo como desafios o uso de 
estratégias pedagógicas coerentes com produção de 
educação e saúde integral, fundamental para produzir 
autocuidado, autonomia e participação dos escolares de 
acordo com a idade que se encontram. São inúmeras as 
possibilidades da atuação do PSE no território, no 
desenvolvimento de atividades lúcidas e de promoção de 
saúde, na identificação precoce e oportuna de problemas 
de saúde, no desenvolvimento e na aprendizagem, na 
construção de estratégias articuladas que evitem a 
medicalização, na qualificação dos profissionais, familiares 
e responsáveis, ampliando a capacidade de produzir 
diálogo e vínculo entre as partes envolvidas. A 
organização das ações do PSE, por meio das Equipes 
das UBS e das escolas, está estruturada de forma 
intersetorial, segundo os seguintes componentes: 
avaliação das condições de saúde; promoção de saúde; 
prevenção de doenças e agravos; formação de 
profissionais da saúde e da educação. 
A avaliação das condições de saúde tem por objetivo 
avaliar a saúde bucal, ocular, auditiva, situação vacinal, 
vigilância alimentar e nutricional e o desenvolvimento, 
com encaminhamento para rede de saúde quando 
necessário. A avaliação conjunta das equipes de saúde e 
da educação, com a participação da família e/ou 
responsáveis promove o desenvolvimento integral da 
criança e permite troca de saberes, informações e 
corresponsabilidade. 
çã à ú – Deve-se realizar o cuidado bucal 
da gestante e depois com o RN, que antes de completar 
o primeiro ano de idade, deve ter pelo menos 2 consultas 
odontológicas 
ú ç á – As RAS são 
arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de 
diferentes densidades tecnológicas que integrada por 
meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão 
buscam garantir a integralidade do cuidado. Para 
assegurar a resolutividade na rede de ação, alguns 
fundamentos precisam ser considerados: economia de 
escala, qualidade, suficiência, acesso e disponibilidade de 
recursos. A RAS reúne um conjunto de ações de vários 
serviços de saúde articulados em níveis de complexidade 
crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da 
assistência à saúde, com consonância com as diretrizes 
da RAS no âmbito do SUS – como por exemplo a 
atenção a mães de risco intermediário/alto, que segue 
um outro acompanhamento, e quando RN nasce já 
segue a partir desse acompanhamento também. 
 
 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. 
Departamento de atenção básica. Saúde da Criança: Crescimento e 
desenvolvimento Brasília, 2012. Cap.2 e 3. 
O cuidado com a saúde do RN tem importância 
fundamental na redução da mortalidade infantil, assim 
como a promoção de melhor qualidade de vida e a 
diminuição das desigualdades em saúde. No período 
neonatal, momento de grande vulnerabilidade, 
concentram-se riscos biológicos, ambientais, 
socioeconômicos e culturais, havendo a necessidade de 
cuidados especiais, com atuação oportuna, integral e 
qualificada de proteção social e de saúde. 
Visitas domiciliares são recomendadas às famílias de 
gestantes e de crianças na primeira semana pós-parto e, 
posteriormente a esse período, a periodicidade deve ser 
pactuada com a família a partir das necessidades 
evidenciadas e considerando-se os fatores de risco e de 
proteção. Cabe lembrar que a visita domiciliar não é 
apenas uma atribuição do agente comunitário, pois toda 
a equipe faz uso dessa prática, podendo a primeira 
consulta do RN e da puérpera ocorrer em domicilio, 
conduzido pelo médico e/ou enfermeiro – a visita 
domiciliar é de extrema importância, torna-se um 
momento de troca de informações vinculadas às 
necessidades particulares de cada indivíduo 
É muito importante avaliar o bebê como um todo nessa 
primeira visita – coto umbilical, amamentação, pele do 
RN, limpeza. Em todas as visitas domiciliares é importante 
avaliar e investigar sinais de perigo à saúde da criança. As 
crianças <2 meses podem adoecer e morrer em um 
curto período de tempo por infecções bacterianas 
graves. Um estudo mostra as boas evidências dos 
benefícios das visitas durante os períodos pré e pós natal, 
onde salienta-se: 
• Desenvolvimento da parentalidade 
• Melhoria de alguns problemas de comportamento da criança 
• Melhoria no desenvolvimento cognitivo de grupos específicos 
(pré-maturos e RN de baixo peso) 
• Redução de lesões não intencionais 
• Melhoria na detecção e manejo da depressão pós-parto 
• Melhoria nas práticas de amamentação 
Em todas as visitas domiciliares, é fundamental que o 
profissional de saúde saiba identificar sinais de perigo à 
saúde da criança, que incluem: 
• Recusa alimentar 
• Vômitos importantes 
• Convulsões ou apneia• FC <100bpm 
• Letargia ou inconsciência 
• Respiração rápida 
• Atividade reduzida (movimenta-se menos) 
• Febre 
• Hipotermia 
• Tiragem subcostal, batimentos de asa de nariz 
• Cianose generalizada ou palidez importante 
• Icterícia visível abaixo do umbigo ou nas primeiras 24h de vida 
• Gemidos 
• Fontanela abaulada 
• Secreção purulenta no ouvido 
• Umbigo hiperemiado 
• Pústulas na pele 
As crianças são frequentemente acometidas por 
doenças respiratórias e gastrointestinais. Sendo assim, o 
profissional de saúde deve conseguir identificar sinais de 
maior gravidade dessas doenças. Para a criança com 
tosse ou dificuldade para respirar, é importante verificar 
se a frequência respiratória está intensificada, se a criança 
apresenta sibilos (chiado) ou estridor e se apresenta 
tiragem subcostal (a parede torácica inferior se retrai 
quando a criança inspira). Para a criança com diarreia, é 
importante identificar sinais de gravidade de desidratação 
(letargia, inconsciência, inquietude, irritação, olhos fundos, 
sinal da prega), ou se a criança não consegue mamar ou 
beber líquidos. 
Objetivos da primeira visita domiciliar: 
• Observar as relações familiares 
• Facilitar o acesso ao serviço de saúde 
• Possibilitar ou fortalecer o vínculo das famílias com as equipes 
de saúde 
• Escutar e oferecer suporte emocional nessa etapa de crise vital 
da família 
• Estimular o desenvolvimento da parentalidade 
• Orientar a família sobre os cuidados com o bebê 
• Identificar sinais de depressão puerperal 
• Promover o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de 
vida 
• Prevenir lesões não intencionais 
• Identificar sinais de perigo à saúde da criança 
A possibilidade de acompanhar as famílias ao longo do 
tempo mantém os profissionais da atenção básica em 
uma situação privilegiada no reconhecimento de 
situações que necessitam ser mais bem entendidas e 
acompanhadas. Nos serviços de atenção básica, os 
profissionais que realizam o pré-natal frequentemente 
são os que seguirão acompanhando a família durante a 
puericultura da criança. Sendo assim, o vínculo entre a 
equipe de saúde e a família do recém-nascido 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
A primeira consulta do RN deverá ocorrer na sua 
primeira semana de vida, que é um momento propício 
para estimular e auxiliar a família nas dificuldades do 
aleitamento materno exclusivo, orientar a realização da 
imunização, verificar a triagem neonatal (teste do 
pezinho) e para estabelecer ou reforçar a rede de apoio 
à família. Como a primeira consulta da criança pode ser 
programada pela equipe, é possível adaptar a agenda 
para o referido momento, adequando o tempo da 
consulta às suas necessidades inerentes. Por exemplo: o 
procedimento de reservar dois horários de consultas 
normais para a primeira consulta do RN garantiria mais 
tempo do profissional com a família. 
 – Avalia-se principalmente as condições de 
nascimento da criança (tipo de parto, local, peso ao 
nascer, idade gestacional, índice APGAR, intercorrências 
clínicas na gestação, no parto, no período neonatal e nos 
tratamentos realizados, antecedentes familiares). O índice 
APGAR é a ‘’nota’’ que o RN recebe a nascer, avaliado 
até o 5° min de vida. (7-10 é considerado normal, 4,5 ou 
6 é considerado intermediário e se relaciona com 
prematuridade, medicamentos utilizados pela mãe, 
malformação congênita, não significando risco para 
disfunção neurológica. Já os índices de 0 – 3 relacionam-
se com maior risco de mortalidade e paralisia cerebral. No 
entanto, um índice de apgar, isoladamente, não prediz 
disfunção neurológica. 
í – É consenso que o exame físico 
e seus achados devem ser descritos e compartilhados 
com os pais, como forma de facilitar-lhes a percepção 
das necessidades do bebê. Avalia-se o Peso, 
comprimento e PC, Desenvolvimento Social e 
Psicoafetivo, Estado Geral, Face, Pele, Crânio (fontanelas), 
olhos, orelhas e audição, nariz, boca, pescoço, tórax, 
abdome, genitália, ânus e reto, sistema osteoarticular, 
coluna vertebral e avaliação neurológica. 
 
 
 
 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
 
 
Avalia-se a orienta-se situações de vulnerabilidade, que 
incluem: 
• Crianças Residentes em áreas de risco 
• Baixo peso ao nascer (<2.500g) 
• Prematuridade (<37 semanas) 
• Asfixia grave ou APGAR menor que 7 no 5° min 
• Internações/Intercorrências 
• Mãe com <18 anos 
• Mãe com baixa escolaridade 
• Histórico familiar de morte de crianças <5 anos 
. Durante todas as consultas, é muito importante o 
preenchimento da Caderneta de Saúde da Criança. Além 
disso, deve-se explicar para os pais como buscar as 
informações nela. A Caderneta de Saúde da Criança é 
um documento que deve ficar de posse da família e que, 
se devidamente preenchido pelos profissionais de saúde, 
contém informações valiosas sobre vários aspectos de 
saúde da criança, que podem ser utilizadas por diversos 
profissionais e serviços. De igual forma, quando os dados 
são anotados na caderneta, uma sugestão é evitar 
termos técnicos prolixos ou que sejam compreendidos 
apenas pela categoria profissional da equipe de saúde. Por 
isso, deve-se preferir a utilização de termos de mais fácil 
compreensão por parte da família. Assim, estimula-se a 
produção de autonomia das famílias na interpretação dos 
dados sobre a criança e valoriza-se a função da 
caderneta como “histórico volante”. 
 
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. 
Departamento de atenção básica. Saúde da Criança: Crescimento e 
desenvolvimento Brasília, 2012. Cap. 7 e 8 . 
As curvas de crescimento, revisadas em cada consulta, 
é um instrumento tecnicamente robusto e presenta 
melhor a descrição existente do crescimento físico para 
crianças menores de 5 anos de idade. Consiste no 
registro periódico do peso, estatura, PC e do IMC da 
criança. É uma tabela com padrão da OMS é um padrão 
que deve ser utilizado em qualquer país, independente 
da etnia, condição socioeconômica e tipo de alimentação. 
No entanto, para que uma criança seja efetivamente 
classificada dentro de um desses grupos de ‘’desvio 
nutricional’’, é necessário a avaliação das características 
individuais e do meio onde ela vive, para que se possa 
atribuir as causas que levam a ela estar fora da curva 
esperada e poder agir sobre elas, quando possível. 
O acompanhamento sistemático do crescimento e do 
ganho de peso permite a identificação de crianças com 
maior risco de morbimortalidade por meio da sinalização 
precoce da subnutrição e da obesidade. 
A vigilância nutricional e o monitoramento do 
crescimento objetivam promover e proteger a saúde da 
criança e, quando necessário, por meio de diagnóstico e 
tratamento precoce para sub ou sobrealimentação, 
evitar que desvios do crescimento possam comprometer 
sua saúde atual e sua qualidade de vida futura O melhor 
método de acompanhamento do crescimento infantil é o 
registro periódico do peso, da estatura e do IMC da 
criança na Caderneta de Saúde da Criança 
A Caderneta de Saúde da Criança utiliza como 
parâmetros para a avaliação do crescimento de crianças 
(menores de 10 anos) os seguintes gráficos: Perímetro 
Cefálico (0-2 anos), Peso para a Idade (0-2 anos, 2-5 anos 
e de 5-10 anos), Comprimento/Estatura para a idade (0-2 
anos, 2-5 anos e 5-10 anos), Índice de Massa Corporal 
(IMC) para a idade (0-2 anos, 2-5 anos e 5-10 anos) 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
A inclusão do IMC como parâmetro permite que a 
criança seja mais bem avaliada na sua relação 
pesoXcomprimento (<2 anos) ou pesoXaltura (>2 anos). 
Esse parâmetro auxilia na classificação de crianças que 
em um determinado período estiveram desnutridas e 
tiveram o comprometimento de sua estatura, 
possibilitando uma melhor identificação de crianças com 
excesso de peso e baixa estatura. 
Já o peso por idade limita-se a mostrar se a criança está 
com peso abaixo do recomendado para a sua idade, mas 
não mostra se a sua estaturajá foi comprometida 
 
 
 
 Crianças com 
alguma modificação no peso (sobrepeso ou baixo peso) 
é necessário investigar a alimentação dessa criança. Além 
disso é muito importante valorizar a introdução alimentar 
e as orientações nutricionais dos profissionais. 
Verificar a existência de erros alimentares, identificar a 
dieta da família e orientar a mãe ou cuidador para 
administrar uma alimentação mais adequada de acordo 
com as recomendações para a alimentação saudável 
Verificar as atividades de lazer das crianças, como o 
tempo em frente à televisão e ao videogame, 
estimulando-a realizar passeias, caminhadas, bicicleta, 
jogos com bola e outras brincadeiras 
Encaminhe a criança para o Nasf quando disponível 
Realize a avaliação clínica da criança. 
 
<2 anos 
Investigar possíveis causas, com atenção especial para o 
desmame 
Oriente a mãe sobre a alimentação complementar 
adequada para a idade 
Se a criança não ganhar peso, solicite seu 
acompanhamento no Nasf, se tal possibilidade estiver 
disponível. 
Oriente o retorno da criança no intervalo máximo de 15 
dias. 
>2 anos 
Investigue possíveis causas, com atenção especial para a 
alimentação, para as intercorrências infecciosas, os 
cuidados com a criança, o afeto e a higiene. 
Trate as intercorrências clínicas, se houver. 
Solicite o acompanhamento da criança no Nasf, se tal 
possibilidade estiver disponível. 
Encaminhe a criança para o serviço social, se isso for 
necessário. 
Oriente a família para que a criança realize nova consulta 
com intervalo máximo de 15 dias. 
 
Investigue possíveis causas, com atenção especial para o 
desmame (especialmente para os menores de 2 anos), 
a alimentação, as intercorrências infecciosas, os cuidados 
com a criança, o afeto e a higiene. 
Trate as intercorrências clínicas, se houver. 
Encaminhe a criança para atendimento no Nasf. 
Encaminhe a criança para o serviço social, se este estiver 
disponível. 
Oriente a família para que a criança realize nova consulta 
com intervalo máximo de 15 dias. 
 
Particularidades da Criança Prematura ou com Restrição 
do Crescimento Intrauterino 
O acompanhamento do crescimento de crianças pré-
termo ou com baixo peso para a idade gestacional exige 
um cuidado maior, pois elas não tiveram seu crescimento 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
intrauterino adequado. O acompanhamento ideal das 
crianças pré-termo exige a utilização de curvas 
específicas ou que se corrija a idade cronológica até que 
completem 2 anos de idade para a utilização das curvas-
padrão. A idade corrigida (idade pós-concepção) traduz 
o ajuste da idade cronológica em função do grau de 
prematuridade. Considerando-se que o ideal seria nascer 
com 40 semanas de idade gestacional, deve-se 
descontar o número de semanas que faltaram para o 
feto atingir essa idade gestacional, ou seja, para uma 
criança nascida com 36 semanas, o peso aos 2 meses 
será registrado na idade de um mês. 
 
Crianças que, além de prematuras, apresentaram 
restrição de crescimento intrauterino têm médias 
inferiores de peso, comprimento e perímetro cefálico 
aos 2 anos de idade corrigida, quando comparadas com 
crianças-controle da mesma idade gestacional. A 
restrição do crescimento pósnatal, mais especificamente 
o menor perímetro cefálico, por sua vez, relaciona-se 
com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor aos 2 
anos de idade corrigida 
Toda criança com história de baixo peso ao nascer deve 
ser considerada criança de risco nutricional e deve ser 
acompanhada com maior assiduidade pelos serviços de 
saúde, principalmente no primeiro ano de vida. Isso não 
apenas pelo risco ampliado de internações e maior 
mortalidade infantil no primeiro ano de vida mas também 
pelo risco ampliado de desenvolver doenças 
crônicodegenerativas na vida adulta, tais como 
hipertensão arterial sistêmica, infarto do miocárdio, 
acidentes vasculares cerebrais e diabetes, quando ao 
longo da vida há um ganho excessivo de peso. 
As crianças com baixa estatura para a idade tendem a 
ter menor rendimento escolar no futuro, redução da 
produtividade econômica, menor altura e, no caso das 
mulheres, descendentes com menor peso ao nascer. 
Como agravante, as crianças que sofreram restrição do 
seu crescimento intrauterino ou nos dois primeiros anos 
de vida e que mais tarde passaram a ganhar peso 
rapidamente estão particularmente em risco de adquirir 
doenças crônicas cardiovasculares e metabólicas. Isso 
sugere que o dano sofrido no início da vida lev a à 
incapacidade permanente e pode afetar também as 
gerações futuras. Sua prevenção provavelmente irá 
trazer importantes benefícios de saúde, educação e 
econômicos 
 
O conceito de desenvolvimento é amplo e refere-se a 
uma transformação complexa, contínua, dinâmica e 
progressiva, que inclui, além do crescimento, maturação, 
aprendizagem e aspectos psíquicos e sociais. Costuma-
se falar em desenvolvimento de forma distinta entre 
desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial, como 
uma forma de facilitar o estudo do desenvolvimento 
humano. Mas eles estão interligados e influenciam-se 
mutuamente durante a vida do indivíduo. 
A interação da criança com os membros de sua família 
e com a sua rede social de proteção assegura a sua 
sobrevivência e a sua relação com o mundo, contribuindo 
para o seu desenvolvimento psicossocial. Na sua relação 
com os adultos, ela assimila habilidades que foram 
construídas pela história social ao longo do tempo, tais 
como as habilidades de sentar, andar, falar, controlar os 
esfíncteres 
í é
é
í á A criança estabelece o vínculo 
com as pessoas que interagem com ela de forma 
privilegiada, com características de condutas, 
representações mentais e sentimentos. 
O acompanhamento do desenvolvimento da criança na 
atenção básica objetiva sua promoção, proteção e a 
detecção precoce de alterações passíveis de 
modificação que possam repercutir em sua vida futura. 
Isso ocorre principalmente por meio de ações educativas 
e de acompanhamento integral da saúde da criança. A 
criança deve atravessar cada estádio segundo uma 
sequência regular, ou seja, os estádios de 
desenvolvimento cognitivo são sequenciais. Se a criança 
não for estimulada ou motivada no devido momento, ela 
não conseguirá superar o atraso do seu 
desenvolvimento. Afinal, o desenvolvimento infantil se dá 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
à medida que a criança vai crescendo e vai se 
desenvolvendo de acordo com os meios onde vive e os 
estímulos deles recebido 
A identificação de problemas (tais como: atraso no 
desenvolvimento da fala, alterações relacionais, tendência 
ao isolamento social, dificuldade no aprendizado, 
agressividade, entre outros) é fundamental para o 
desenvolvimento e a intervenção precoce para o 
prognóstico dessas crianças. Portanto, são de relevância 
o diagnóstico e o acompanhamento do desenvolvimento 
das crianças, sendo que os principais protocolos 
preconizam a avaliação objetiva de habilidades motoras, 
de comunicação, de interação social e cognitivas nas 
consultas de supervisão de saúde 
As avaliações do desenvolvimento infantil devem sempre 
levar em consideração as informações e opiniões dos 
pais e da escola sobre a criança. Recomenda-se procurar 
ouvir, informar e discutir assuntos que dizem respeito às 
habilidades desenvolvidas e à maneira como a criança as 
explora, relacionando-as aos riscos de lesões não 
intencionais e às medidas para a sua prevenção 
 
 
 
 
 
 
 
ú
Os fatores de risco para problemas no desenvolvimento 
podem ser classificados em genéticos, biológicos e/ou 
ambientais. No entanto, a maior parte dos traços de 
desenvolvimento da criança é de origem multifatorial e 
representa a interação entre a herança genética e os 
fatores ambientais 
O baixo peso ao nascer e a prematuridade são eventos 
que aumentam o risco da criança para alterações globais 
no seu desenvolvimento (distúrbios da linguagem, 
motricidade, aprendizageme atraso neuropsicomotor), 
podendo evoluir durante os primeiros dois nos de vida 
para padrões de normalidade na maioria dos casos. No 
entanto, as maiores taxas de deficiência ocorrem nas 
menores faixas de peso e idade gestacional, tendo 
correlação com a incidência de complicações no período 
neonatal. A manifestação das dificuldades no 
desenvolvimento é muito variável e pode ser de ordem 
mental, física, auditiva, visual ou relacional. 
 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
í – Reconhecido como um marno no 
desenvolvimento infantil. Os métodos utilizados e a época do início 
do treinamento são variáveis, dependendo de cada cultura. No 
entanto, constata-se que o controle vem sendo postergado na 
maioria dos países. Observa-se também que o início precoce, sem 
respeitar a maturação da criança, aumenta o risco para o 
aparecimento de disfunções, como enurese, encoprese, constipação 
e recusa em ir ao banheiro. A idade ideal para iniciar o processo 
educativo varia de criança para criança: algumas entre 18 e 24 meses 
já mostram sinais de que estão prontas; outras não se mostram 
prontas antes dos dois anos e meio. Considera-se um início precoce 
o processo educativo realizado a partir de idade em torno dos 18 
meses. Por sua vez, é tido como um treinamento tardio o processo 
realizado após os 36 meses. O importante é identificar quando a 
criança está pronta para esta etapa e, então, auxiliála sem cobrança 
de resultados, isto é, sem estresse. O treinamento vai exigir muita 
paciência e determinação dos pais e de quem mais cuidar da criança. 
Para as crianças que estão na escola, é importante orientar os pais 
para que repitam em casa a mesma rotina escolar 
 
BRASIL, Ministério da Saúde. Ministério da Educação. Passo a passo 
PSE programa saúde na escola Brasília, 2011 
É uma política intersetorial instituída em 2007. A 
intersetorialidade das redes públicas de saúde e de 
educação e das demais redes sociais para o 
desenvolvimento de ações do PSE implica muito mais do 
que a simples oferta de serviços num mesmo território, 
pois deve propiciar a sustentabilidade das ações a partir 
da conformação das redes de corresponsabilidade. A 
articulação entre Escola + Atenção Primária à Saúde é 
a base do PSE. O PSE é uma estratégia de integração 
da saúde e educação para o desenvolvimento da 
cidadania e da qualificação das políticas públicas brasileiras. 
O PSE visa a integração e a articulação permanente da 
educação e da saúde – proporcionando melhorias na 
qualidade de vida 
Tem como objetivo: contribuir para a formação integral 
dos estudantes por meio de ações de promoção, 
prevenção e atenção à saúde, com vistas ao 
enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem 
o pleno desenvolvimento de crianças e jovens. 
O público beneficiário do PSE são estudantes da 
educação básica, gestores e profissionais da educação e 
da saúde, comunidade escolar, estudantes da Rede 
Federal de Educação Profissional e Tecnológico e 
Educação de Jovens e Adultos (EJA). 
As atividades do PSE ocorrem nos territórios definidos 
segundo a área de abrangência da ESF, tornando 
possível o exercício de criação de núcleos e ligações 
entre os equipamentos públicos da saúde e da educação. 
O planejamento das ações do PSE considera o contexto 
escolar e social, o diagnóstico local em saúde do escolar 
e a capacidade operativa em saúde do escolar. A escola 
é uma área institucional privilegiada deste encontro da 
educação e da saúde – um espaço para convívio social 
e para o estabelecimento de relações favoráveis à 
promoção da saúde pelo viés de uma educação integral. 
Para o alcance dos objetivos e sucesso do PSE é de 
extrema importância compreender a educação integral 
como um conceito que compreende a proteção, a 
atenção e o pleno desenvolvimento da comunidade 
escolar. Na esfera da saúde, as práticas das equipes de 
saúde da família incluem a prevenção, promoção, 
recuperação e manutenção da saúde dos indivíduos. 
Para alcançar estres propósitos, o PSE foi constituído por 
5 componentes: (1) Avaliação das condições de saúde das 
crianças, adolescentes e jovens da escola pública, (2) 
promoção de saúde e de atividades de prevenção, (3) 
educação permanente e capacitação dos profissionais da 
educação e da saúde, e dos jovens, (4) Monitoramento 
da avaliação da saúde dos estudantes (5) Monitoramento 
e avaliação do programa. 
Mais do que uma estratégia de integração das políticas 
setoriais, o PSE propõe a ser um novo desenho da 
política de educação, já que: (1) Trata a saúde e educação 
integrais como parte de uma formação ampla para a 
cidadania e o usufruto pleno dos direitos humanos (2) 
permite a progressiva ampliação das ações executadas 
pelos sistemas de saúde e educação com vistas à 
atenção integral à saúde das crianças e adolescentes, (3) 
promove a articulação de saberes, a participação de 
estudantes, pais, comunidade escolar e sociedade em 
geral na construção e controle social da política pública. 
A Agenda de Educação e Saúde é uma estratégia 
fundamental de implementação das ações compartilhadas 
nos territórios municipais. São escolhidos ‘’recortes’’ do 
território integrando escolas e unidade de saúde, a fim de 
gerar uma articulação das práticas. A agenda definirá as 
propostas comunitárias para estes microterritórios onde 
as escolas estão inseridas, refletindo as expectativas 
comunitárias em relação à interface educação e saúde. 
No âmbito da escola, as atividades de planejamento e 
gestão do coletivo formulação dos inventários detalhados 
e da condução dos processos participativos integrados 
aos estudos do PPP apresentam uma oportunidade ímpar 
para os exercícios da cidadania. 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
 – É a inflamação do parênquima pulmonar, 
causada por vírus ou bactérias. 
 
 
É caracterizada por sinais e sintomas de desconforto 
respiratório e opacidades radiográficas, então o 
diagnóstico é feito com base na história clínica, exame 
físico e radiografia de tórax. Sempre que lidamos com 
uma criança com febre e dificuldade respiratória nossa 
maior preocupação deve ser excluir a possibilidade de 
pneumonia, tendo em vista que causa mais de 1 milhão 
de mortes por ano no mundo. Logo, o tratamento não 
deve ser adiado pela ausência de radiografia de tórax e 
a suspeita diagnóstica deve se basear em critérios 
clínicos. A taquipneia é o sinal isolado mais sensível para 
o diagnóstico de pneumonia em crianças <5 anos. A FR 
deve ser avaliada com a criança afebril, tranquila e 
contada durante um min, 2x. 
 
Outros sinais a serem reconhecidos incluem crepitações, 
tiragens intercostais (indicam esforço). Quando há 
consolidação pulmonar observa-se macicez à percussão 
do tórax. A ausência de sinais de esforço respiratório, 
taquipneia, crepitações e a diminuição dos sons 
respiratórios exclui a presença de pneumonia, com alta 
especificidade, ou seja, se não há nenhum desses sinais, 
não há pneumonia. Depois de estabelecido o diagnóstico 
de pneumonia, 3 perguntas devem ser respondidas: 
existem indicação de internação? É necessário utilizar 
antibiótico? Qual antibiótico? 
A maioria das crianças pode ser tratada 
ambulatorialmente, com acompanhamento em 24-48h. 
As indicações de internação são idade inferior a <6 
meses, pneumonia extensa, pneumotórax, derrame 
pleural, abcesso, condições associadas (cardiopatia, 
displasia broncopulmonar, imunodeficiência), situação 
social, presença de esforço respiratório, falha no 
tratamento ambulatorial. 
 
– Doença inflamatória crônica das vias aéreas que 
resulta de uma interação entre genética e fatores de 
risco. As vias aéreas se tornam inflamadas e hiper-
reativas, resultando em obstrução que se manifesta por 
tosse, vigilância, dispneia e dor torácica. É decorrente de 
uma interação entre células inflamatórias, mediadores 
químicos e células das VA. A obstrução das vias aéreas 
na asma é reversível. 
 
O diagnóstico édifícil, é necessária uma história clínica 
detalhada. Na asma, os fatores que sugerem diagnóstico 
são: episódios frequentes de sibilância, tosse ou sibilo 
induzido por exercício, tosse noturna fora de episódio de 
infecção viral, ausência de variação sazonal na sibilância e 
sintomas que persistem após 3 anos. 
 
Tratamento preventivo da asma tem objetivo de 
controlar os sintomas clínicos, evitando exacerbações e 
hospitalização. Envolve ações educativas entre família, 
paciente e equipe. 
Farmacológico - Corticoide inalatório é o principal, pois 
bloqueia as vias de inflamação (budesonida, fluticasona, 
beclometasona, salbutamol) 
 
 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
 
 - Distúrbio sintomático, induzido por inflamação 
após exposição das membranas do nariz a alérgenos. A 
única via considerada é a do nariz aos brônquios. O 
quadro clinico se manifesta por: rinorreia, obstrução nasal, 
prurido nasal, espirros, pode estar associado a 
conjuntivite, otite e sinusites de repetição. É classificada 
como: 
 
Fatores de Risco – História familiar de doenças alérgicas, 
sexo masculino, nascimento durante estação do pólen, 
estado de primogênito, uso precoce de antibióticos, 
tabagismo materno, exposição interna a alérgenos, níveis 
elevados de IgE. 
Tratamento – Redução de exposição aos alérgenos 
(ácaro, animais, pólen, mofo), lavagem nasal, uso de 
medicamentos como anti-histamínicos orais e 
descongestionantes nasais, imunoterapia. 
 – Infecção viral que afeta as vias respiratórias 
inferiores de bebês e crianças pequenas com menos de 
24 meses de idade. Os sintomas se caracterizam por 
corrimento nasal, tosse, sibilos, dificuldade para respirar. 
Pode ser causada por vírus sincicial respiratório, vírus do 
resfriado comum (rinovírus) e parainfluenza. O 
tratamento preventivo consiste em evitar contato com 
pessoas contaminadas, aleitamento materno exclusivo, 
cuidados básicos de higiene e evitar ambientes 
fechados/mal ventilados. 
 
A Caderneta do Adolescente é uma estratégia de 
sucesso (masculina e feminina) que contém informações 
a respeito do crescimento, desenvolvimento, alimentação 
saudável, da prevenção da violência e promoção da 
cultura da paz, da saúde bucal e da saúde sexual. É uma 
estratégia de auxilio aos adolescentes para se ter noção 
das transformações que vão ocorrer com a vida dele 
durante seu crescimento, principalmente na evolução do 
seu corpo. Traz ainda sobre o método e espaço de 
registro antropométrico e dos estágios de maturação 
sexual, das intervenções odontológicas e o calendário 
vacinal. Elas não são tão ofertadas na vida diária das UBS. 
Escala de Tanner – Avaliação da maturação sexual 
através do desenvolvimento físico da criança, 
adolescente e adulto A escala define as medidas físicas 
do desenvolvimento baseado nas características sexuais 
externas primárias e secundárias, tais como tamanho das 
mamas, dos órgãos genitais, volume dos testículos, 
desenvolvimento de pelos pubianos e axilares. 
 
No atendimento à saúde de adolescente, alguns pontos 
devem ser considerados durante a abordagem clínica, 
destacando-se o estabelecimento do vínculo de 
confiança entre a Estratégia Saúde da Família, as 
Unidades Básicas de Saúde, os adolescentes, suas famílias 
e os estabelecimentos escolares. Uma atitude acolhedora 
e compreensiva também possibilitará a continuidade de 
um trabalho com objetivos específicos e resultados 
satisfatórios no dia a dia. Princípios importantes que 
facilitam a relação entre a equipe de saúde e o 
adolescente: 
1. O adolescente precisa perceber que o profissional de 
saúde inspira confiança, que adota atitude de respeito e 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
imparcialidade. Não emite juízo de valor sobre as 
questões emocionais e existenciais escutadas. Nesse 
terreno o profissional de saúde não deve ser normativo. 
2. O adolescente precisa estar seguro do caráter 
confidencial da consulta, mas ficar ciente também das 
situações na qual o sigilo poderá ser rompido, o que, no 
entanto, ocorrerá sempre com o conhecimento dele. 
Essas situações estão relacionadas a riscos de vida do 
adolescente e de outras pessoas. 
3. É importante estar preparado não só para ouvir com 
atenção e interesse o que o adolescente tem a dizer, 
mas também ter sensibilidade suficiente para apreender 
outros aspectos que são difíceis de serem expressados 
verbalmente por eles. 
4. Geralmente, o atendimento de adolescente necessita 
de tempo e, na maioria das vezes, demanda mais de um 
retorno. 
ê - Resiliência é a capacidade de 
voltar ao estado normal. No campo da psicologia, resiliência 
significa resistência ao choque, à adversidade. É um termo 
usado em diversas áreas do conhecimento, tais como a 
administração, a ecologia, a física e a psicologia. 
O conjunto de forças psicológicas e biológicas exigidas para 
que uma pessoa, ou um grupo de pessoas, supere com 
sucesso seus percalços, situações adversas ou situações 
estressantes, que modificam muito a vida das pessoas, tem 
sido chamada de resiliência 
Resiliência inclui: criatividade, reconhecimento e 
desenvolvimento de seus próprios talentos; um forte e flexível 
sentido de autoestima; independência de pensamento e ação; 
habilidade de dar e receber nas relações, como o 
estabelecimento de um círculo de amizades; disciplina pessoal 
e receptividade de novas ideias. 
Mangham e colaboradores identificam como elementos 
chaves da resiliência familiar, de equipes e de outros arranjos 
grupais a estabilidade, coesão e adaptabilidade. 
Estabilidade – Resistência à ruptura interna e senso de 
permanência 
Coesão – Senso de afeto mútuo, companheirismo e 
segurança 
Adaptabilidade – Habilidade coletiva para adaptar-se às 
mudanças e continuar funcionando a despeito de condições 
adversas. 
Repertório de estratégias e atitudes para superar situações 
estressantes 
Redes de suporte para entender as capacidades da família ou 
dos grupos por meio de outros familiares, amigos, vizinhos, 
companheiros de trabalho, outros grupos, etc. 
É necessário ter um olhar clínico para tentar entender todas 
as situações da vida do adolescente/paciente 
São situações de risco ou de vulnerabilidade, que merecem 
ser tratadas da forma mais ampliada possível pela saúde, 
podendo merecer também ações intersetoriais 
Adolescentes que residem em áreas de risco ambiental, risco 
à saúde e com estatísticas de maior violência 
E que vivem em famílias sem referências significativas, 
passando por processos de desestruturação de vínculos e/ou 
por processos de fragilidade econômica 
Que estejam sofrendo ou em risco de sofrer violência 
doméstica 
Que estejam com dificuldades escolares significativas, 
tendendo à evasão escolar 
Que já tenham iniciado a vida sexual sem o necessário apoio 
dos serviços de saúde 
Que estejam vivenciados situação de gravidez não planejada 
 
Divisão Binária – Masculina X Feminina 
Pensar sobre o significado de homem e mulher nas 
práticas sociais existentes 
Não é negação do biológico, é perceber/saber a relação 
que este biológico existe em um contexto social, político 
e econômico – a partir da identificação e cada um – os 
papéis sociais afetam a forma de estar no mundo e a 
maneira de ser tratado. 
Corpo – Domínio médico, é o que a medicina diz 
(estrutura morfofisiológica). 
 - É importante acontecer 
com naturalidade, transparecer segurança, em espaço 
seguro, sem reprodução de estigmas e tabus 
Variabilidade nas vivências das identidades de gêneros, de 
expressão de gênero, de orientação sexual e práticas 
sexuais. Necessidade de ter os direitos sexuais garantidos. 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
 
çã á - 
Ambiência e organização do serviço – bandeiras e 
adesivos com símbolos feministas, LGBT, movimento 
negro ou pessoas que convivem com HIV sinalizam que 
o serviço oferece espaço e é acolhedor 
Pessoas Transgêneros devem ser chamadas pelo nome 
social e o sistema de Informação,prontuários e cartões 
de identificação precisam registrar adequadamente o 
nome e o gênero referido 
Profissionais da recepção devem estar treinados para 
perguntar sobre identidade de gênero e relacionamentos 
com tranquilidade. 
çã - Abordagem da sexualidade – 
o que não segue a norma é inviabilizado. Temor de 
julgamentos ou falta de assistência 
Apertar a mão ou tocar a pessoa no início da consulta 
envia a mensagem de que a pessoa não é ‘’suja’’. 
Atenção ao sigilo, porta fechada e sem interrupções. 
Confidencialidade do registro do prontuário (podem 
haver familiares na UBS). Paciente deve autorizar a 
divulgação da informação caso se pretenda discutir o 
caso em reunião de equipe. 
Perguntar sobre o processo de identidade de gênero, 
abordar situações familiares, redes de apoio e 
vulnerabilidades. 
Abordar histórico de cirurgias e/ou silicone industrial, uso 
de hormônios 
Avaliar a saúde mental 
Perguntar e pactuar os pronomes ao invés de arriscar 
Pacientes podem usar palavras tradicionalmente 
ofensivas como ‘’puta’’ ou ‘’viado’’ podem ser usadas 
como símbolo de afirmação. 
 - Conhecer ONGs locais; 
Manter-se atualizado sobre os temas de saúde LGBT; 
Desafiar as atitudes negativas de colegas; Permitir que as 
pessoas se auto identifiquem e usem seu nome social 
(mesmo em mudança de nome); Linguagem corporal 
neutra; Normalizar comportamentos sexuais; Notificação 
de violência transfobia 
Mulheres cisgêneras lésbicas e bissexuais possivelmente têm 
mais risco cardiovascular e de câncer de mama, ovário e 
pulmão, pois apresentam maior prevalência de fatores 
associados a essas patologias, como obesidade, tabagismo, 
diabetes e nuliparidade. 
Embora o rastreamento de câncer de colo do útero esteja 
indicado, as lésbicas e bissexuais tendem a iniciar mais 
tardiamente o Papanicolau e com menor adesão, inclusive por 
menor solicitação de profissionais. A vaginose, embora não 
seja considerada uma IST, pode ser transmitida na relação 
entre duas mulheres. 
O índice de estupro, agressão física e perseguição ao longo 
da vida é maior em mulheres bissexuais (61%), seguido de 
lésbicas (44%) e heterossexuais (35%). As agressões a 
mulheres bissexuais ocorrem, em sua maioria, por parceiro 
homem (67%). O uso de anticoncepção de emergência e de 
gravidez indesejada são maiores nas mulheres bissexuais em 
relação às heterossexuais 
Sempre estar atendo às agressões/violência 
Pessoas transgêneras - O Brasil é o país com maior número 
de assassinatos dessa população e estima-se que sua 
expectativa de vida no país seja de 35 anos. Elas têm maior 
dificuldade de permanência na escola, menor acesso ao 
mercado de trabalho e à justiça, e muitos são expulsos de 
casa quando assumem sua identidade. Nessas situações, 
subempregos e prostituição tornam-se uma das poucas 
possibilidades de geração de renda 
Pela dificuldade de acesso aos serviços de saúde, as travestis 
e mulheres transexuais frequentemente se submetem a 
procedimentos arriscados para obter as transformações 
corporais desejadas. As aplicações de silicone industrial por 
“bombadeiras” são comuns e podem trazer complicações. O 
uso de hormônios sexuais precisa ser acompanhado, e 
possíveis riscos, monitorados. Os índices de depressão, 
suicídio, ansiedade, ISTs e HIV são mais elevados nessa 
população, assim como nas pessoas LGBs. Os cuidados em 
saúde devem ser realizados de acordo com as diretrizes para 
a população geral, considerando alguns riscos aumentados 
dessa população 
 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
 
çã
çõ – Objetivo de possibilitar uma avaliação 
dinâmica da ocorrência de surtos ou epidemias a partir do 
registro dos imunobiológicos aplicados e do número de 
pessoas vacinadas. 
çã – O próprio sistema imune do indivíduo, 
ao entrar em contato com alguma substância estranha, 
responde com a produção de anticorpos e células imunes 
(ex. vacinação) 
çã – Administração de anticorpos prontos, 
são anticorpos que ficam no organismo por um curto 
período de tempo (Ex. aleitamento materno). 
 – Vírus que após cultivados em meios adversos, 
perderam sua virulência mantendo a capacidade 
imunogênica. São feitas menos doses pelo seu potencial 
duradouro de imunização. (Ex. Vacina oral da Poliomielite, 
sarampo, rubéola, caxumba, febre amarela, rotavírus, 
varicela, BCG (bacilo Calmette-Guérin). 
 – Administração de microrganismos mortos para 
induzir a resposta imunológica, não conferem imunidade 
duradoura, tendo de ser repetida periodicamente durante 
toda vida. (Ex. Vacina inativada da Poliomielite, hepatite A, 
raiva, vacina tríplice bacteriana) 
 – Fabricadas com fração de microrganismos 
purificados (sacarídeos) ligados a proteínas, com capacidade 
de induzir memória imunológica. (Ex. Influenza tipo B, 
Neisseria meningitidis tipo C 
 – Produzida com micro-organismos 
geneticamente modificados, pela inserção do fragmento de 
DNA do antígeno em determinado micro-organismos para 
a produção da proteína imunogênica (Ex.. Hepatite B) 
 - Resulta da agregação de diferentes antígenos 
para proteção contra diferentes doenças que são 
administradas em uma mesma preparação. Exemplo: vacina 
tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola [SCR] 
 – Idade, Gestação 
(não usar vacinas vivas), amamentação (febre amarela é 
contraindicada), pacientes imunossuprimidos (incapacidade 
de resposta), uso de antitérmico profilático (deve ser 
evitado), relacionados a produção da vacina (variação de 
lote, falha na qualidade), erros na administração, esquemas 
vacinais incompletos (vacinas inativadas precisam de mais 
de uma dose para proteção adequada), armazenamento e 
conservação. 
çõ – Histórico de hipersensibilidade a 
qualquer componente da vacina, ocorrência de 
hipersensibilidade confirmada após recebimento de doses 
anteriores, vacinas de vírus vivos atenuados, reações 
anafiláticas anteriores, gestantes e imunossuprimidos. 
çã – Até 3 meses após tratamento 
com imunossupressores (corticoides), individuo que 
necessita receber imunoglobulina, sangue ou 
hemoderivados, durante a evolução de doenças agudas 
febris graves. 
çõ - Doença aguda benigna sem 
febre, quando a criança não apresenta histórico de doença 
grave ou infecção simples das vias respiratórias superiores; 
Prematuridade ou baixo peso ao nascer (nesse caso as 
vacinas devem ser aplicadas na idade cronológica 
recomendada com exceção para a vacina BCG, que deve 
ser administrada nas crianças com peso ≥ 2 kg); Ocorrência 
de evento adverso em dose anterior de uma vacina, a 
exemplo da reação local (dor, vermelhidão ou inflamação 
no lugar da injeção); Diagnostico clinico prévio de doenças 
como tuberculose, coqueluche, tétano, difteria, poliomielite, 
sarampo, caxumba, rubéola ou dengue; Alergias, exceto as 
alergias graves a algum componente de determinada vacina 
(anafilaxia comprovada); História de alergia não específica, 
individual ou familiar; História familiar de evento adverso à 
vacinação (exemplo: convulsão); Uso de antibiótico, 
profilático ou terapêutico e antiviral; Tratamento com 
corticosteroides em dias alternados em dose não 
imunossupressora; Uso de corticosteroides inalatórios ou 
tópicos ou com dose de manutenção fisiológica.; Quando o 
usuário é contato domiciliar de gestante, uma vez que os 
vacinados não transmitem os vírus vacinais do sarampo, da 
caxumba ou da rubéola.; Convalescença de doenças 
agudas.; Usuários em profilaxia pós-exposição e na 
reexposição com a vacina raiva (inativada); Internação 
hospitalar; Mulheres no período de amamentação 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
(considere as situações de adiamento para a vacina febre 
amarela). 
 – Indicado para formas graves 
de tuberculose (miliar e meníngea). Dose única, 
preferencialmente nas primeiras 12h de vida, ainda na 
maternidade. Pode ser administrada até 4 anos, 11 meses e 29 
dias. Administração intradérmica no braço (identificação pela 
cicatriz). 
 – Vacinarecombinante que contém o antígeno 
recombinante de superfície (HBsAg). Indicado para gestantes 
em qualquer faixa estaria e idade gestacional, RN nas primeiras 
12h de vida ou até 30 dias de vida, e população vulnerável. 3 
doses com intervalos de 30 dias entre a 1° e a 2° dose, 
intervalo de 6 meses entre a 1° a 3° dose (0,1,6). Via 
intramuscular 
 – Combinada, contra difteria, tétano, coqueluche, 
hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae 
B. Indicada <5 anos de idade. 3 doses que devem ser 
administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade, com intervalo de 
60 dias entre as doses. São necessárias doses de reforço com 
a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP), que 
devem ser administradas aos 15 meses e aos 4 anos de idade. 
Via Intramuscular 
 – Protege contra difteria, tétano e 
pertussis. Indicado para crianças <7 anos como dose de 
reforço para o esquema da pentavalente. O primeiro reforço 
deve ser com 15 meses e o segundo aos 4 anos de idade. A 
idade máxima para sua administração é 6 anos, 11 meses e 29 
dias. Via Intramuscular 
 – Previne contra a poliomielite 
causada por vírus 1, 2 e 3. Recomenda-se a vacinação de 
crianças a partir de 2 meses até menores de 5 anos de idade. 
São 3 doses (2 VIP e 1 VOP), aos 2 e 4 meses (VIP) e 1 dose 
de VOP (aos 6 meses) com intervalo de 60 dias entre as 
doses e no mínimo 30 dias. Via intramuscular 
 – Indicado para prevenir contra a poliomielite causada por 
vírus do tipo 1, 2 e 3. Recomenda-se a vacinação de crianças 
de 6 meses até menores de 5 anos, como dose do esquema 
básico ou reforço. Via Oral 
– Indicada para prevenir contra 
infecções invasivas (sepse, meningite, pneumonia, bacteremia) 
e otite média aguda causadas pelos 10 sorotipos de 
Streptococus pneumoniae, contidos na vacina, em crianças 
menores de 2 anos de idade. Via intramuscular 
 – Indicado para a prevenção de 
gastroenterites causadas por rotavírus dos sorotipos G1. 
Esquema corresponde a duas doses, administradas aos 2 e 
aos 4 meses de idade. Via Oral 
 – Prevenção da doença sistêmica 
causada pela Neisseria meningitis do sorogrupo C. Esquema 
corresponde a duas doses, administradas aos 3 e 5 meses de 
idade, com intervalo de 60 dias entre as doses e o mínimo de 
30 dias. Via intramuscular 
 – Prevenir contra a febre amarela em 
residentes ou viajantes que se deslocam para as áreas com 
recomendação de vacinação (ACRV) e países com risco para 
a doença, a partir dos 9 meses de idade, conforme Calendário 
Nacional de Vacinação. Uma dose a partir dos 9 meses de 
idade. Via subcutânea 
 - Indicada para vacinação de usuários a partir de 
12 meses de idade. Administração de duas doses depende de 
casos específicos. Via subcutânea 
 - PNI recomenda a vacinação de crianças de 12 
meses até menores de 2 anos de idade. Uma dose aos 12 
meses de idade na rotina de vacinação. É intramuscular. 
 – É 
indicada para a vacinação de crianças com 15 meses de 
idade que já tenham recebido a primeira dose da vacina 
tríplice viral. Uma dose aos 15 meses de idade em crianças 
que tenham recebido a primeira dose da tríplice viral. 
Subcutânea 
 
- É indicada para prevenir contra o tétano e a difteria. A 
vacinação de mulheres em idade fértil (MIF) (dos 10 aos 
49 anos), gestantes e não gestantes é feita também para 
a prevenção contra o tétano neonatal. Administrada em 
>7 anos de idade. Casos de reforço são específicos de 
acordo com esquema vacinal (incompleto, completo ou 
sem comprovação). Intramuscular profunda 
 Jovens do sexo 
feminino de 9 a 13 anos de idade 3 doses com o seguinte 
esquema vacinal: zero, 6 e 60 meses. Intramuscular 
Influenza: indicada para proteger contra o vírus da 
influenza e contra as complicações da doença, 
principalmente as pneumonias bacterianas secundárias 
Raiva: indicada para a profilaxia da raiva humana 
Varicela: rotina de vacinação da população indígena

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