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Biologia - Luciano e Tati

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Biologia Prof. Luciano e Tati 1 
 
IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO ÀÀ BBIIOOLLOOGGIIAA 
11.. OORRIIGGEEMM DDAA VVIIDDAA 
a) Teoria da Criação Especial (Criacionismo ou Fixismo) – teoria 
que atribuiu o surgimento da vida na Terra a um ser onipotente, 
sobrenatural. Os defensores dessa teoria não admitem a evolução. 
b) Teoria da Panspermia Cósmica (Cosmogênese) – a vida poderia 
ter surgido em outro planeta, e através de uma grande explosão 
milhares de partículas teriam viajado pelo vácuo espacial e teriam 
caído “esporos” no solo fértil da Terra e assim surgido a vida. 
c) Teoria da Abiogênese (Geração Espontânea) – teoria 
desenvolvida a mais de 2000 anos onde um princípio ativo teria dado 
origem à vida. 
 Principais Defensores: 
Não Vivo  Vivo  Van Helmont 
 Jonh Needham 
d) Teoria da Biogênese – a vida só pode ser originada de outra pré-
existente e semelhante. 
 Principais Defensores: 
Vivo  Vivo  Francesco Redi 
 Lazzaro Spalllanzani 
 Louis Pasteur 
e) Teoria da Evolução Química 
inorgânico  orgânico  biológico 
Defensores: Oparin e Haldane (1927) - A vida na Terra teria se 
originado da matéria inorgânica, numa forma lenta e ocasional. Havia 
uma atmosfera primitiva constituída basicamente de: metano (CH4) - 
amônia (NH3) - hidrogênio (H2) - vapor d’água (H2O) 
* Hipótese Heterotrófica – segundo Oparin os primeiros seres vivos 
eram heterotróficos pelas seguintes razões: seres muito simples, não 
apresentando o complexo mecanismo de um organismo 
fotossintetizante. Estavam imersos num “caldo nutritivo” onde poderiam 
retirar todos os seus nutrientes para o seu metabolismo. 
* Hipótese Quimiolitoautotrófica - defende que os seres vivos 
primordiais eram autótrofos, ou seja, eram capazes de fabricar seu 
próprio alimento. Os cientistas defendem essa teoria com o argumento 
que na Terra primitiva não havia alimento para todos os seres 
habitantes e que sustentasse o aumento da população até o 
aparecimento da fotossíntese. 
Porém, a produção do próprio alimento era bem diferente da 
fotossíntese atual. Eles não utilizavam água, gás carbônico e luz solar 
como produtos da reação. 
 
Equação da fotossíntese: 
12 H2O + 6 CO2 + LUZ -> C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O 
A energia utilizada no processo era proveniente das reações 
químicas que aconteciam entre as moléculas inorgânicas da crosta 
terrestre. Os reagentes que eram utilizados eram formados 
provavelmente por ferro e enxofre, que eram muito abundantes na 
Terra primitiva. 
FeS + H2S -> FeS2 + H2 + Energia 
Sulfeto de ferro + gás sulfídrico -> dissulfeto de ferro + gás hidrogênio + 
Energia 
 
A partir desses organismos passou a surgir outros seres com 
capacidade de realizar fermentação, fotossíntese e finalmente, 
organismos que respiravam oxigênio. 
Cientistas descobriram um grupo de bactérias com características 
muito primitivas, que obtêm energia de um modo muito semelhante 
com o que foi descrito acima: elas utilizam sulfeto de ferro e gás 
sulfídrico como reagentes e obtêm dissulfeto de ferro, gás hidrogênio e 
energia como produtos. Essas bactérias são chamadas de 
quimiolitoautotróficas e vivem próximas à vulcões e em fontes de água 
quente, situação muito parecida com as condições da Terra primitiva. 
Por isso, os cientistas acreditam que os primeiros seres vivos eram 
quimiolitoautotróficos. 
 
 
22.. CCAARRAACCTTEERRÍÍSSTTIICCAASS GGEERRAAIISS DDOOSS SSEERREESS VVIIVVOOSS 
* ORGANIZAÇÃO CELULAR – com exceção dos vírus, que são 
desprovidos de uma organização celular, todos os demais seres vivos 
são formados por células. 
* COMPOSIÇÃO QUÍMICA – os seres vivos são formados por 
substâncias químicas semelhantes, que podem ser orgânicas e 
inorgânicas, em proporções variáveis. 
* REPRODUÇÃO – capacidade de originar descendentes, com 
características semelhantes. 
* CRESCIMENTO – acréscimo em tamanho, devido ao aumento em 
número e tamanho das células. 
* DESENVOLVIMENTO – seqüência de eventos que tornam a 
estrutura dos seres vivos mais complexa. 
* METABOLISMO – conjunto de processos químicos responsáveis 
pela transformação e utilização de matéria e energia pelo organismo. O 
metabolismo pode ser dividido em dois processos. 
anabolismo: síntese de substâncias utilizadas para o crescimento do 
organismo e recuperação de suas perdas. 
catabolismo: degradação de substâncias, com liberação da energia 
necessária as funções orgânicas. 
* EVOLUÇÃO – processo de modificações por que passam os seres 
vivos ao longo do tempo. As modificações favoráveis à adaptação do 
ser vivo ao ambiente são selecionadas e mantidas ao longo das 
gerações (seleção natural). 
* RESPOSTAS A ESTÍMULOS AMBIENTAIS – capacidade de 
detectar estímulos ambientais e de reagir a eles, permitindo a 
sobrevivência e a reprodução dos seres vivos. 
* HOMEOSTASE – capacidade do organismo de manter em equilíbrio 
seu meio interno 
 
CCIITTOOLLOOGGIIAA 
11 -- HHIISSTTÓÓRRIICCOO 
 1590 – Microscópio (Zacharias Janssen) 
 1665 – Conceito de célula (Robert Hooke) 
 
 
Imagem da cortiça observada por 
Hooke 
 
 
 1673 – Observação das primeiras células animais 
(Leeuwenhoeck) 
 1833 – Descoberta do núcleo celular (R. Brown) 
 1838-1839 - Teoria Celular (Schleiden e Schwann)  “Todos os 
seres vivos são formados por células” 
 1858 – Rudof Virchow  “Toda célula tem sua origem em outra 
preexistente” 
 
Célula – unidade morfofisiológica e genética dos seres vivos 
 
22 -- CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO CCEELLUULLAARR 
a) Quanto ao ciclo vital (Bizzozero) – lábeis, estáveis e permanentes. 
b) Quanto á estrutura – 
 
Procariontes e eucariontes - (VÍRUS são acelulares!!) 
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22-- BBIIOOQQUUÍÍMMIICCAA CCEELLUULLAARR 
Componentes Inorgânicos 
a) Água – substância mais abundante nos seres vivos. 
Funções: Solvente universal 
 Transporte de substâncias 
 Equilíbrio térmico 
 Ação lubrificante 
 Atuação em reações de hidrólise 
b) Sais Minerais 
Íons Papel Biológico 
Cálcio (Ca
+2
) 
Sódio (Na
+1
) e Potássio (K
+1
) 
Ferro (Fe
+2
) 
Magnésio (Mg
+2
) 
Fósforo (P
+2
) 
Iodo (I
-1
) 
 
Componentes Orgânicos 
a) Glicídios (carboidratos ou hidratos de carbono) 
 Monossacarídeos - açucares simples (OSES). 
CARBOIDRATO PAPEL BIOLÓGICO 
RIBOSE 
DESOXIRRIBOSE 
GLICOSE 
FRUTOSE 
GALACTOSE 
 
 Dissacarídeos - formados pela união de dois monossacarídeos. 
CARBOIDRATO CONSTITUINTES 
SACAROSE glicose + frutose 
LACTOSE glicose + galactose 
MALTOSE glicose + glicose 
 
Polissacarídeos - formados pela união de vários monossacarídeos 
CARBOIDRATO CONSTITUINTES 
AMIDO Glicose 
CELULOSE Glicose 
GLICOGÊNIO Glicose 
 
b) Lipídios 
LIPÍDIO APRESENTAÇÃO 
GLICERÍDIOS óleos e gorduras 
CERÍDEOS ceras 
 
ESTERÓIDES 
 
colesterol 
testosterona 
progesterona 
CAROTENÓÍDES caroteno 
 
c) Proteínas - são compostos formados pela união de aminoácidos 
através de ligações peptídicas, que consiste na união entre o carbono 
do grupo ácido de um aminoácido com o nitrogênio do grupo amina de 
outro aminoácido. 
 
Desitratação e Hidrólise 
 
 
FUNÇÕES 
Estrutural Glicoproteínas (glicocálice), queratina, osseína, actina, 
miosina, etc. 
Enzimática Enzimas – biocatalisadores hidrolíticos 
Hormonal Insulina, calcitonina, STH, prolactina, etc. 
Proteção Anticorpos (Imunoglobulina), trombina, fibrinogênio 
Transporte Hemoglobina, hemocianina, citocromos 
Reserva Albumina (ovo) 
 
Estrutura das Proteínas: 
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a)Primária – (b)Secundária –(c) Terciária –(d) Quaternária 
 
ENZIMAS - são proteínas com atividade catalítica. Praticamente 
todas as reações que caracterizam o metabolismo celular são 
catalisadas por enzimas. 
Propriedades: 
 especificidade: cada enzima catalisa apenas uma reação, são 
especificas para um determinado substrato 
 recuperalidade: não é consumida na reação. 
 reversibilidade: pode catalisar o reverso da reação. 
 
Influenciam na ação enzimática: 
Temperatura – pH – Concentração do substrato 
 
 
 
d) Ácidos nucléicos 
 DNA RNA 
Pentose Desoxirribose Ribose 
Bases púricas Adenina e Guanina Adenina e Guanina 
Bases pirimídicas Citosina e Timina Citosina e Uracila 
Estruturas Duas cadeias helicoidais Uma cadeia 
Enzima 
hidrolítica 
Desoxirribonuclease 
(DNAase) 
Ribonuclease 
(RNAase) 
Origem Replicação Transcrição 
Enzima sintética DNA - polimerase RNA - polimerase 
Função Informação genética 
Síntese de 
proteínas 
 
* Tipos de RNA 
 RNA mensageiro – leva a informação o núcleo ao citoplasma, 
contém a informação transcrita de cada gene. 
 RNA transportador – transportam aminoácidos livres no citoplasma 
ata os ribossomos. 
 RNA ribossômico – é produzido no núcleo, combina-se com 
proteínas para formar os ribossomos. 
 
e) Vitaminas 
LIPOSSOLÚVEIS PAPEL 
BIOLÓGICO 
DISTÚRBIOS 
A (retinol) 
D (calciferol) 
E (tocoferol) 
K (naftoquinona) 
HIDROSSOLÚVEIS 
B1 (tiamina) 
B2 (riboflavina) 
B3 (niacina) 
B6 (piridoxina) 
B12 (cianocobalamina) 
C (ácido ascórbico) 
33-- EESSTTRRUUTTUURRAA CCEELLUULLAARR 
* MEMBRANA PLASMÁTICA – toda célula mantém um intercâmbio 
com o meio externo através de sua superfície. A membrana celular 
delimita a célula, retém seu conteúdo e a protege. 
 
Composição Química – a membrana plasmática é composta por lipoproteínas 
(modelo do MOSAICO FLUIDO – Singer e Nicholson, 1912). 
 
 
Funções: 
- contém e delimita o espaço da célula, 
- mantém condições adequadas para que ocorram as reações 
metabólicas necessárias. 
- seleciona o que entra e sai da célula, 
- ajuda a manter o formato celular, 
- ajuda a locomoção 
ENVÓLTÓRIOS DA MEMBRANA PLASMÁTICA: 
1. GLICOCÁLIX
2. PAREDE CELULAR 
 Transportes através da Membrana Plasmática 
Processo Característica 
Transporte 
Passivo Difusão 
É um espalhamento de partículas de locais de grande 
concentração para locais de pequena concentração. 
Transporte 
Passivo Osmose 
É a difusão de moléculas de água de locais de grande 
concentração para locais de menor concentração. 
Transporte ativo 
É uma modalidade em que a célula investe grande 
quantidade de energia (ATP) um exemplo é a bomba 
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de sódio e potássio. 
Fagocitose 
É o processo pelo qual a célula engloba "come" 
partículas sólidas. Processo comum aos macrófagos. 
Pinocitose 
É o processo pelo qual a célula engloba "bebe" 
partículas líquidas. Ocorre pelo invaginamento da 
membrana. 
Clasmocitose 
Processo pelo qual a célula expulsa partículas que não 
foram utilizadas ou também produtos de excreção. 
 
Osmose: 
 
 Especializações da membrana plasmática 
 
Microvilosodades: finíssimas evaginações que aumentam a superfície 
de contato. 
 Interdigitações: dobras profundas da membrana de uma célula 
acompanhada pela membrana da célula vizinha, possibilitando maior 
intercâmbio entre elas. 
 Desmossomos: especializações de contato entre duas células 
adjacentes formadas por áreas que incluem as membranas de duas 
células contíguas. 
* CITOPLASMA – região compreendida entre a membrana plasmática 
e o núcleo celular. 
Organização do Citoplasma 
 Hialoplasma – constituído de água, proteínas e outra 
substâncias. 
 Citoesqueleto – conjunto de filamentos (actina, miosina, 
microtúbulos) responsável por várias funções celulares. 
 Organelas Citoplasmáticas 
a) Reticulo Endoplasmático – conjunto de sistemas de bolsas e 
canais membranosos. 
Funções: síntese, transporte e armazenamento. 
 
 Retículo endoplasmático liso ou agranular (REL) 
 Retículo endoplasmático rugoso ou granular (REG) 
 
 
b) Ribossomos – essas organelas são observadas nas células ligadas 
ao RER ou livres no citoplasma. 
Função: SÍNTESE PROTÉICA. 
 
 
 
 
 
c) Complexo de Golgi – sistema de sáculos achatados de cujas 
bordas destacam-se inúmeras vesículas. Cada conjunto de sáculos 
achatados é denominado dictiossomo. Essa organela é mais 
desenvolvida em células secretoras, e esta relacionada à síntese de 
enzimas em determinadas células. 
 
d) Lisossomos – organelas que tem origem a partir do aparelho de 
Golgi. 
Função: Digestão intracelular. 
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e) Peroxissomos – organelas ricas em enzimas (ex. catalase) que 
decompõem substâncias tóxicas, entre elas o peróxido de hidrogênio. 
f) Centríolos – organelas são encontradas nas células animais, mas 
são ausentes nos vegetais superiores. Apresentam-se como uma 
forma de cilindro e há somente dois centríolos por células constituindo 
o diplossomo. 
 
 
 
g) Mitocôndria – em forma de bastonete, seu número é bem variável 
nas células. As mitocôndrias apresentam em seu interior DNA, RNA e 
proteínas, dessa forma podem se autoduplicar. 
 
 
 
 
 
 
h) Plastos – organelas exclusivas das células vegetais relacionadas 
com o processo de síntese de compostos orgânicos ou com o 
armazenamento de reserva. Dividem-se em cromoplastos (com 
pigmentos) e leucoplastos (sem pigmentos). 
 
Funções: 
 Participam do processo de divisão celular 
Formação dos cílios e flagelos. 
ETAPAS DA RESPIRAÇÃO CELULAR 
 
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FOTOSSÍNTESE 
 FASE CLARA (FOTOQUÍMICA) 
 FASE ESCURA (QUÍMICA) 
i) Vacúolos – são cavidades intracelulares envolvidas por uma 
membrana lipoprotéica. Nas células vegetais servem principalmente 
para armazenamento de água, pigmentos e outras substâncias 
(vacúolos vegetais ou de suco celular). Nos protozoários de água 
doce são observados vacúolos que tem como função manter o 
equilíbrio osmótico entre o meio e a célula (vacúolo contrátil ou 
pulsátil). 
 
 
** NNÚÚCCLLEEOO IINNTTEERRFFÁÁSSIICCOO 
 

 Carioteca (ou membrana nuclear) - envoltório duplo de constituição 
lipoprotéica. A carioteca é perfurada por inúmeros poros, por onde 
passa os ribossomos sintetizados no núcleo. 
 Cariolinfa – líquido onde estão dispersos os compostos nucleares 
(cromatina). 
 Nucléolos – pequenas estruturas ricas em proteínas e RNA, 
responsável pela produção dos ribossomos. 
 Cromatina – é um conjunto de fios, sendo cada um deles formados 
por uma longa molécula de DNA associada a proteínas. Quando esses 
fios se compactam dão origem aos cromossomos. 
OBSERVAÇÃO: Eucromatina e Heterocromatina 
 Constituição dos Cromossomos 
 Centrômeros - região que une os braços do cromossomo 
(cromátides). Conforme a sua posição podem ser classificados os 
cromossomos em: metacêntrico (centrômero no meio), 
submetacêntrico (centrômero um pouco afastado do meio), 
acrocêntrico (centrômero bem próximo a um dos pólos) e telocêntrico 
(centrômero situado em um dos pólos). 
 Constrições secundárias – Telômeros – Zona satélite 
 Cariótipo – representação total dos cromossomos da espécie 
Cariótipo no sexo masculino: 44A+XY 
Cariótipo no sexo feminino: 44A+XX 
Cromossomos Autossômicos – são cromossomos que determinam 
as características somáticas do organismo. 
Cromossomos Sexuais– são os cromossomos que determinam o 
sexo do organismo. 
 
 
** CCIICCLLOO CCEELLUULLAARR –– no ciclo de vida de uma célula distinguem-se 
dois momentos: 
1. INTERFASE – período em que a célula não está se dividindo e em 
plena atividade metabólica. 
 

 Autoduplicação do DNA (replicação) 
* Etapas: 
a) as pontes de hidrogênio são rompidas. 
b) nucleotídeos livres no citoplasma se ligam à fita. 
c) formação de duas fitas novas. 
* Enzima: DNA Polimerase 
* Processo semiconservativo 
 
 Transcrição – a seqüência de bases do DNA é transcrita para 
seqüências correspondentes no RNA. 
 
 Tradução – é a passagem da informação que esta contida no RNA 
para a síntese de proteínas. 
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três nucleotídeos no DNA  códon 
três nucleotídeos no RNAm  códon 
três nucleotídeos no RNAt  anticódon 
nº de nucleotídeos no DNA  nº de códon multiplicado por três 
 
2. DIVISÃO CELULAR 
A) MITOSE – processo no qual a célula se divide em duas novas 
células com o mesmo numero de cromossomos, esse tipo de divisão 
ocorre nas células somáticas do organismo, como pro exemplo nos 
eventos de cicatrização e renovação dos tecidos. 
 
 FASES 
 Prófase: fase preparatória, nesse período os centríolos já se 
encontram duplicados e migram para os pólos da célula. A carioteca 
fragmenta-se, as fibras do fuso mitótico começam a se formar, o 
nucléolo desaparece e os cromossomos iniciam sua condensação. 
 Metáfase: nessa fase os cromossomos dirigem-se para o equador 
da célula, ligando-se as fibras do fuso, é também nessa fase que os 
cromossomos estão no máximo de sua condensação, por isso nessa 
fase que é feita a analise do cariótipo. 
 Anáfase: as duas cromátides de cada cromossomo separam-se, 
sendo então agora denominadas de cromossomos-irmãos, 
afastando-se em direção aos pólos da célula. 
 Telófase: é a fase final da mitose, nessa fase ocorrem os eventos 
inversos da prófase (as fibras do fuso desaparecem, a carioteca e os 
nucléolos novamente se formam e os cromossomos desespiralizam-
se), indicando o término da divisão do núcleo, ou cariocinese. À 
medida que a cariocinese termina, inicia-se o processo de citocinese 
(divisão do citoplasma). 
 
 
 
B) MEIOSE – divisão celular em que uma célula se divide e origina 
quatro células com a metade de cromossomos da célula que deu 
origem. Esse tipo de divisão celular ocorre na formação dos gametas. 
A meiose é mais complexa que a mitose e envolve duas divisões, a 
meiose I (reducional) e a meiose II (equacional). 
 
 
 FASES DA MEIOSE I 

 Prófase I: essa fase é subdividida em 5 subfases: 
Leptóteno – Zigóteno – Paquíteno – Diplóteno – Diacinese 
 Metáfase I: os cromossomos entram em contato com as fibras do 
fuso, são então levados para a região mediana da célula. 
 Anáfase I: as fibras do fuso encaminham os cromossomos para cada 
um dos pólos da célula, separando os homólogos. Não houve divisão 
dos centrômeros nem separação das cromátides. 
 Telófase I: em torno dos cromossomos agrupados em cada pólo 
forma-se um carioteca, e os centríolos duplicam-se. 
 
 
 FASES DA MEIOSE II - os eventos são os mesmos que ocorrem na 
divisão mitótica. 
 
 
 
 
 
 
 
GGAAMMEETTOOGGÊÊNNEESSEE 
Os organismos que se reproduzem sexualmente produzem células 
haplóides especiais, denominadas de gametas destinadas à 
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reprodução. Tanto os gametas masculino e feminino são formados por 
células germinativas localizadas nas gônadas. 
1- Espermatogênese – processo de formação dos gametas 
masculinos. Apresenta quatro períodos: 
O PERÍODO GERMINATIVO é caracterizado por sucessivas 
divisões mitóticas, que dão origem as espermatogônias. Estas células 
passam por um PERÍODO DE CRESCIMENTO e tornam-se maiores, 
sendo denominadas de espermatócitos I. Cada espermatócito I entra 
no PERÍODO DE MATURAÇÃO, ocasião em que ocorre a meiose I. Ao 
final da meiose I (reducional), formam-se duas células haplóides 
chamadas de espermatócito II. Os espermatócitos II sofrem meiose II, 
dando origem a células haplóides denominadas de espermátides. 
Estas passam pela ESPERMIOGÊNESE, transformando-se em 
espermatozóides. 
 
2- Ovulogênese – processo de formação dos gametas femininos. A 
ovulogênese processa-se em três períodos: 
O PERÍODO GERMINATIVO é caracterizado por sucessivas 
divisões mitóticas, que dão origem as ovogônias. Estas células 
passam por um PERÍODO DE CRESCIMENTO e tornam-se maiores, 
sendo denominadas de ovócitos I. No PERÍODO DE MATURAÇÃO 
cada ovócito I passa pela meiose I, na qual são originadas duas células 
de tamanhos diferentes: o ovócito II fica com praticamente todo o 
citoplasma e o vitelo; a outra célula denominada glóbulo polar I, quase 
não possui citoplasma e logo degenera. O ovócito II sofre meiose II, 
dando origem a duas células de tamanhos diferentes, como ocorreu na 
meiose I: uma dessas células é o óvulo, grande e rica em vitelo; a 
outra célula, denominada glóbulo polar II é pequena e degenera. 
 
Observações: 
1) O óvulo é uma célula germinativa geralmente imóvel e muito maior 
que o espermatozóide. O citoplasma do óvulo é rico em vitelo, 
substância nutritiva que serve para nutrir o embrião. A quantidade de 
vitelo é variável nos diferentes óvulos, variando também a sua 
localização em relação ao citoplasma e o núcleo. 
 2) Em diversos animais, incluindo a espécie humana, o ovócito II só 
finaliza a meiose II se houver fecundação. Na ovulação, as mulheres 
liberam ovócitos II estacionados em metáfase II. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Principais diferenças entre os processos da gametogênese masculina e 
feminina. 
1. A espermatogênese é um processo contínuo, enquanto a ovogênese está 
relacionada ao ciclo reprodutivo da mulher; 
2. Na espermatogênese, cada espermatogônia produz 4 espermatozóides. Na 
ovogênese, cada ovogônia dá origem a apenas um ovócito II, uma ovótide e um 
óvulo caso ocorra fecundação, e células inviáveis denominadas corpúsculos 
polares; 
3. A produção de gametas masculinos é um processo que se continua até a 
velhice, enquanto que a produção de gametas femininos cessa com a 
menopausa; 
4. O espermatozóide é uma célula pequena e móvel, enquanto que o ovócito é 
uma célula grande e sem mobilidade; 
5. Quanto à constituição cromossômica, existem dois tipo de espermatozóides: 
23,X ou 23,Y; o homem é heterogamético. A mulher só produz um tipo de 
gameta quanto à constituição cromossômica: 23,X; ela é homogamética. 
 
 
RREEPPRROODDUUÇÇÃÃOO 
1. Reprodução Assexuada - ocorre com a participação de um único 
indivíduo, que dá origem a outros que são geneticamente idênticos, já 
que não há troca de material genético, com pouca chance de ocorrer 
variabilidade genética, salvo em caso de mutação genética. 
a) DIVISÃO SIMPLES (cissiparidade ou divisão binária) - consiste 
na divisão de uma célula em duas outras iguais. Ocorre por mitose e 
acontece nos unicelulares. Um indivíduo se divide originando dois 
outros iguais. O tempo de duplicação varia com a espécie, quantidade 
de nutrientes, temperatura, pH e outros fatores ambientais. 
b) DIVISÃO MÚLTIPLA - consiste na segmentação do corpo de alguns 
indivíduos, formando segmentos capazes de formar novos indivíduos 
completos. Os tipos de Divisão Múltipla são: 
• GEMULAÇÃO (Gemiparidade, Brotamento ou Gemulação): forma 
novos indivíduos através de brotos ou gemas e funciona da seguinte 
maneira: há uma aglutinação de células indiferenciadas em certos 
locais do corpo do animal formando uma saliência (broto) que pode se 
destacar ou não, dando origem a novos indivíduos.Ocorre em 
Poríferos, Cnidários, bactérias e em Fungos. 
 
• ESPORULAÇÃO: é a formação de células especializadas para a 
reprodução (esporos). O esporo se difere do gameta por causa da sua 
capacidade de "germinação" originando novos indivíduos através de 
mitoses completas. Ocorre em fungos, algas, bactérias, protozoários e 
em vegetais. 
 
• ESQUIZOGONIA: comum em protozoários, aqui a célula sofre 
sucessivas divisões em seu núcleo acompanhadas de divisões de seu 
citoplasma; em poucas horas o organismo pode originar numerosos 
outros. O Plasmodium, protozoário esporozoário, agente causador da 
malária, penetra nas hemácias humanas, cresce e aumenta seu 
número de núcleos e depois divide o seu citoplasma em tantos novos 
indivíduos quantos forem os núcleos. 
 
• ESQUIZOGÊNESE: ocorre nos anelídeos poliquetas, onde os vermes 
adultos separam segmentos da região final de seu corpo, os quais 
formam novos indivíduos. 
 
• LACERAÇÃO: processo semelhante a esquizogênese, a diferença 
está no tipo de fragmentação, pois a laceração é um processo 
traumático e não tão natural quanto a esquizogênese. Ocorre nas 
Planárias. 
 
• ESTROBILIZAÇÃO (fragmentação ou segmentação): é a 
fragmentação de um indivíduo em várias partes sendo que cada uma 
tem capacidade de gerar novos indivíduos. Ocorre em Celenterados e 
Platelmintos. 
 
2. Reprodução Sexuada - ocorre com a participação de gametas, 
células ou núcleos que se unem (cariogamia), o que proporciona maior 
variabilidade genética e o que é considerado um mecanismo mais 
interessante do ponto de vista biológico e, particularmente, evolutivo. A 
seleção atuará sobre populações formadas por indivíduos diferentes, 
com uma elevada probabilidade de sobrevivência. 
 
I. CASOS EM QUE OS GAMETAS SÃO NÚCLEOS: 
 Autogamia: ocorre dentro de uma mesma célula. O núcleo sofrerá 
meiose, porém a célula não se divide, originando dois e depois 4 
núcleos diferentes. Dos 4 núcleos, 3 degeneram ao acaso. A célula 
então se divide com o núcleo restante. As células resultantes terão 
informações genéticas diferentes da célula original. Exemplo: no 
Paramaecium, protozoário ciliado. 
 
 Conjugação: ocorre em organismos unicelulares (bactérias, 
cianobactérias, algas e protozoários ciliados), e consiste na união 
parcial por meio de uma ponte citoplasmática entre dois indivíduos 
unicelulares, havendo troca de material genético e, posteriormente a 
Biologia Prof. Luciano e Tati 9 
separação dos conjugantes, seguida de divisão por mitose. 
 
 
II. CASOS EM QUE OS GAMETAS SÃO CÉLULAS: FECUNDAÇÃO. 
 FECUNDAÇÃO ISOGÂMICA: grupos que produzem gametas 
femininos e masculinos idênticos. 
 FECUNDAÇÃO ANISOGÂMICA OU HETEROGÂMICA: grupos 
onde ocorre uma diferenciação morfológica entre os gametas. 
• Espécies monóicas: quando as gônadas femininas e masculinas 
estão presentes no mesmo indivíduo (unissexuados ou hermafroditas). 
• Espécies dióicas: quando são encontrados indivíduos femininos e 
masculinos (bissexuados). 
 
c) Casos Particulares de Reprodução 
 Metagênese – ocorre uma alternância de gerações sexuadas e 
assexuadas. 
 Partenogênese – nesse caso o óvulo se desenvolve sem ter sido 
fecundado, dando origem a um novo organismo que será haplóide. 
 Neotenia – trata-se de uma reprodução sexuada na fase de larva. 
 Poliovulação – no momento da ovulação são expelidos dois 
ovócitos, ao invés de um. 
 Poliembrionia – produção de vários embriões a partir de uma única 
célula fecundada, com o nascimento de filhotes idênticos 
geneticamente, como gêmeos idênticos. 
 
EEMMBBRRIIOOLLOOGGIIAA 
11-- TTIIPPOOSS DDEE OOVVOOSS 
 Isolécito: pouco vitelo homogeneamente distribuído no citoplasma. 
(mamíferos, anfioxo e equinodermos). 
 Heterolécito: distinção entre pólo animal e pólo vegetativo que 
contém vitelo (anelídeos, moluscos e anfíbios). 
 Telolécito: vitelo nitidamente separado do núcleo. (peixes, répteis e 
aves). 
 Centrolécito: vitelo ao redor do citoplasma e do núcleo, envolvendo 
todo o citoplasma, sem se misturar com ele. (artrópodes). 
 
22-- SSEEGGMMEENNTTAAÇÇÃÃOO –– após a fecundação, a célula ovo ou zigoto 
formado entra em clivagem ou segmentação, isto é, ocorrem divisões 
sucessivas das células embrionárias. 
 
 TIPOS DE SEGMENTAÇÃO 
 Segmentação holoblástica igual 
 Segmentação holoblástica desigual 
 Segmentação meroblástica discoidal 
 Segmentação meroblástica superficial 
 
 
 
 
 
 
33-- FFAASSEESS EEMMBBRRIIOOLLÓÓGGIICCAASS 
 
 
 
 
 
Biologia Prof. Luciano e Tati 10 
 
 ORGANOGÊNESE – DESTINO DOS FOLHETOS EMBRIONÁRIOS 
 
 
 
 
44-- AANNEEXXOOSS EEMMBBRRIIOONNÁÁRRIIOOSS 
 Saco Vitelínico – abriga o vitelo, que participa nos processos de 
nutrição do embrião. 
 Âmnios – proteção do embrião 
 Alantóide – função respiratória, excretora e transportadora de cálcio. 
 Córion – função protetora 
 Placenta – trocas gasosas, alimentação do embrião e eliminação dos 
catabólicos. 
 Cordão Umbilical – atua como ligação entre o embrião e a placenta. 
 
 
- Ocorência nos Vertebrados: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: 
 
Barreira Hemato - placentária: O sangue da mãe nunca se mistura ao 
sangue fetal porque os vasos sanguíneos de ambos não são 
contíguos, ou seja, não se encontram. Isto gera uma barreira natural 
que impede a passagem de algumas substâncias principalmente as de 
maior peso molecular. 
 
 
 
GGEENNÉÉTTIICCAA 
11.. CCOONNCCEEIITTOOSS BBÁÁSSIICCOOSS 
 Gene – segmento da molécula de DNA responsável pela 
determinação de características hereditárias. 
 Genes Alelos – genes que determinam a mesma característica, 
situados em um mesmo lócus (local) em cromossomos homólogos. 
 Cromossomos Homólogos – cromossomos de mesma forma que 
formam pares (encontrados em células 2n). 
 
 Genótipo – conjunto de genes que um organismo recebe e transmite 
hereditariamente, isto é, o patrimônio genético. 
 Fenótipo – expressão exterior do genótipo influenciada pela ação do 
ambiente. 
 Homozigoto (ou puro) – indivíduo que apresenta genes iguais. 
 Heterozigoto (ou híbrido) – indivíduo que apresenta genes 
diferentes, formando o par de alelos. 
 Caráter Dominante – todo caráter cujo gene que o determina, se 
manifesta tanto no estado de homo ou heterozigoto, em um individuo 
com a mesma expressividade. 
 Caráter Recessivo – é todo caráter cujo gene que determina só se 
manifesta em homozigose. 
 Genes Letais – são geralmente recessivos, promovendo a morte em 
homozigose. 
 Heredogramas (genealogias) - representação gráfica de uma família 
que permite, através da análise dos fenótipos e do grau de parentesco, 
o genótipo dos indivíduos envolvidos. 
 Noções de Probabilidade 
Regra do E  X 
Exemplo: Um casal quer ter 
dois filhos e deseja saber a 
probabilidade de que ambos 
sejam do sexo masculino. 
Regra do OU  + 
Exemplo: Qual é a 
probabilidade de um casal ter 
dois filhos, um do sexo 
masculino e outro do sexo 
feminino? 
Biologia Prof. Luciano e Tati 11 
22.. 11ºº LLeeii ddee MMeennddeell oouu ““LLeeii ddaa PPuurreezzaa ddooss GGaammeettaass”” oouu 
MMoonnoohhiibbrriiddiissmmoo 
“Cada caráter é condicionado por dois fatores, que se separam na 
formação dos gametas, indo apenas um fator para cada gameta”. 
** MMOONNOOIIBBRRIIDDIISSMMOO SSEEMM DDOOMMIINNÂÂNNCCIIAA - dois alelos expressam seus 
efeitos no heterozigoto, daí este apresentar um, fenótipo intermediário 
entre os tipos parentais. O fenótipo intermediário não representa uma 
mistura dos dois fenótipos parentais, dado os genes que determinam 
mantêmsuas identidades individuais. 
** AALLEELLOOSS MMÚÚLLTTIIPPLLOOSS OOUU PPOOLLIIAALLEELLIIAA – existência de mais de 
duas formas alélicas de um gene na população. 
EEXXEEMMPPLLOOSS  GGRRUUPPOOSS SSAANNGGUUÍÍNNEEOOSS 
a) Sistema ABO - os diferentes grupos sanguíneos na espécie 
humana são determinados devido à existência de antígenos presentes 
na superfície dos glóbulos vermelhos. Os antígenos são chamados de 
aglutinogênios e os anticorpos (presentes no plasma) aglutininas. 
 
Sangue Fenótipo Aglutinogênio Aglutinina 
Tipo A I
A
I
A
 ou I
A
i A anti-B 
Tipo B I
B
I
B
 ou I
B
i B anti-A 
Tipo AB I
A
I
B 
A e B nenhum 
Tipo O ii nenhum anti-A e anti-B 
 
 
 
 
 
b) Sistema do Fator Rh - um individuo é considerado Rh
+
 quando a 
mistura de seu sangue com soro Anti-Rh, resultar em aglutinação. Em 
caso contrário, o individuo é Rh
- 
 
 


 Eritroblastose Fetal (ou Doença Hemolítica do Recém Nascido) 
* Eritroblastose fetal somente ocorre quando a mãe é Rh
-
 e o feto Rh
+ 
* Prevenção: injeção de anticorpos anti-Rh 
 
33.. 22ºº LLeeii ddee MMeennddeell oouu LLeeii ddaa SSeeggrreeggaaççããoo IInnddeeppeennddeennttee oouu 
DDiiiibbrriiddiissmmoo 
“Quando dois ou mais pares de alelos, localizados em pares de 
cromossomos homólogos diferentes, cada um age e se segrega do 
outro de forma independente, totalmente ao acaso e com a mesma 
probabilidade, na formação dos gametas”. 
 Formação dos gametas – através do genótipo do indivíduo, pode-
se determinar quantos tipos de gametas o mesmo poderá gerar. 
Número de gametas = 2
n 
n= número de pares de alelos em heterozigose 
44.. IINNTTEERRAAÇÇÃÃOO GGÊÊNNIICCAA -- fenômeno pelo qual dois ou mais pares de 
genes alelos, localizados em cromossomos homólogos diferentes, 
interagem entre si, para determinar uma mesma característica. 
a) Epistasia - forma peculiar de interação entre genes não alélicos, em 
que um deles (impede a manifestação) a ação do outro. 
Gene Inibidor – EPISTÁTICO 
Gene(s) inibido(s) – HIPOSTÁTICO(S) 
b) Herança Quantitativa (poligenia) - fenômeno genético pelo qual 
dois ou mais pares de genes não alélicos contribuem para a expressão 
do fenótipo, apresentado vários fenótipos intermediários entre os 
fenótipos extremos. 
55.. PPLLEEIIOOTTRROOPPIIAA -- ocorre quando o mesmo par de genes alélicos 
condiciona mais de uma característica. 
66.. LLIINNKKAAGGEE GGÊÊNNIICCAA –– alguns genes encontram-se sempre no mesmo 
cromossomo e tendem a permanecer unidos durante a formação dos 
gametas (meiose), a não ser que ocorra permuta gênica ou crossing-
over. 
 
TIPOS DE LINKAGE: 
* COMPLETA X INCOMPLETA 
* CIS X TRANS 
 
Cálculo da Taxa de Recombinação ou Permuta 
TR = n
o
 de gametas recombinantes/ n
o
 total de gametas 
MAPAS GÊNICOS – distância relativa entre os genes 
↑ permuta - ↑ distância relativa 
↓ permuta - ↓ distância relativa 
 
Unidade: morganídeo ou UR (unidade de recombinação) 
1% permuta = 1% UR ou morganídeos 
Grupo Genótipo 
Rh
+ 
Rh
- 
RR ou Rr 
rr 
Transfusões 
Rh
+
  Rh+ 
Rh
-
  Rh- 
Rh
-
  Rh+ 
Transfusões no Sistema ABO 
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77.. HHEERRAANNÇÇAA LLIIGGAADDAA AAOO SSEEXXOO - são alterações que estão ligadas 
aos cromossomos sexuais. 
 Daltonismo – á uma anomalia hereditária e recessiva, cujo portador 
não consegue distinguir determinadas cores. 
 Hemofilia – ocorre a incapacidade de coagulação sanguínea devido 
a falta de um fator no sangue, também é hereditária e recessiva. 
88.. HHEERRAANNÇÇAA RREESSTTRRIITTAA AAOO SSEEXXOO -- causada por genes localizados 
no cromossomo Y, portanto trata-se de herança exclusiva dos machos. 
O caráter é transmitido de pai para filho. 
99.. HHEERRAANNÇÇAA IINNFFLLUUEENNCCIIAADDAA PPEELLOO SSEEXXOO -- alguns genes se 
expressam em ambos os sexos, porem de modo diferente. 
1100.. GGEENNÉÉTTIICCAA DDAASS PPOOPPUULLAAÇÇÕÕEESS 
Teorema de Hardy-Weinberg 
 “Uma população em equilíbrio, as freqüências gênicas e genotípicas 
permanecem constantes ao longo das gerações”. 
 
 
 
 
 
 
 
1111.. MMUUTTAAÇÇÃÃOO –– alterações que ocorrem no material genético, que 
podem envolver apenas um loco gênico (mutações gênicas) ou 
cromossomos (mutações cromossômicas). 
 Aberrações Cromossômicas 
a) Alterações Estruturais 
 Deleção – perda de uma parte do cromossomo. 
 Duplicação – presença de um segmento extra. 
 Inversão – um segmento do cromossomo destaca-se e solda-se na 
posição invertida. 
 Translocação – troca de segmentos não homólogos. 
b) Alterações Numéricas 
 Euploidias – quando a alteração envolve o genoma inteiro do 
organismo 
 Aneuploidias – quando ocorre a perda ou ganho de um ou dois 
cromossomos, pode ser nulissomia (2n + 2) monossomia (2n – 1), 
trissomia (2n + 1). 
 
PRINCIPAIS SÍNDROMES: 
 
Down - 47, XX ou XY +21 
- Prega Epicântica 
- Hipotonia 
- Hiperflexibilidade das Juntas 
- Baixa estatura com ossos curtos e largos 
- Deficiência Mental moderada 
- Frequência de 1/700 - 1/1000 nascidos vivos 
 
Patau - 47, XX (ou XY) + 13 
- Deficiência mental; 
- Surdez; Polidactilia 
- Lábio e/ou Palato Fendido 
- Anomalias Cardíacas 
- Ocorrência 1/10.000 
- 88% morre no 1º mês só 5% sobrevive até o 6º mês 
 
Edwards 47,XX +18 ou 47, XY +18 
- Deficiência mental e crescimento 
- Hipertonicidade 
- Implantação baixa das orelhas 
- Mandíbula Recuada 
- Rim duplo 
- Ocorrência 1/6.000 nascimentos 
- 5% a 10% sobrevive o 1º ano 
 
Turner - 45, X0 
- Desenvolvimento sexual retardado (indicando a necessidade de 
realização de análise cariotípica em adolescentes de baixa estatura 
que não apresentarem desenvolvimento das mamas até os 13 anos e 
apresentarem amenorréia primária ou secundária) 
- Geralmente estéreis ou subférteis 
- Baixa estatura; 
- Tendência a obesidade 
- Pescoço Alado 
- Defeitos Cardíacos 
- Ocorrência 1/2.500 - 1 / 10.000 nascimentos do sexo feminino 
 
Klinefelter 47, XXY 
- Homens subférteis 
- Desenvolvimento de seios 
- Timbre Feminino 
- Membros alongados 
- Desenvolvimento mental entre 85-90 em média 
- Problemas comportamentais 
- Ocorrência 1/1000 nascimentos do sexo masculino 
EEVVOOLLUUÇÇÃÃOO 
O estudo da origem da vida deixou-nos a idéia de que a ciência 
defende a evolução química. A evolução trata das modificações 
sofridas pelos seres vivos ao longo do tempo. Na história da ciência a 
idéia evolucionista é relativamente recente; o que prevaleceu até o final 
do século XVIII foi a idéia de que os seres vivos eram em número fixo e 
imutáveis – o FIXISMO. 
O Evolucionismo é transformista, antagônico ao fixismo. 
Admite que as espécies sejam dinâmicas e não estáticas, dando assim 
lugar ao aparecimento de novas espécies. 
a) Lamarckismo – Jean Baptiste Lamarck, foi um dos primeiros a 
elaborar uma teoria evolucionista, sua teoria se baseia em: 
 Adaptação ao meio – os seres vivos devem adaptar-se ao meio para 
poderem sobreviver. 
 Lei do uso e desuso – o uso contínuo de um órgão determina seu 
desenvolvimento e o não uso sua atrofia. 
 Lei da transmissão dos caracteres adquiridos – todas as 
características adquiridas ao longo da vida serão transmitidas aos seus 
descendentes. 
b) Darwinismo – Charles Darwin, naturalista inglês, considera o 
processo de seleção natural como sendo o mecanismo básico para a 
evolução. 
c) Neodarwinismo (Teoria Sintética da Evolução) – é a teoria mais 
aceita atualmente, é a combinação da Seleção Natural com a genética 
de Mendel. Os principais fatores são: 
Mutações - Recombinações gênicas - Seleção natural 
1.Evidências de Evolução: órgãos vestigiais, provas paleontológicas, 
provas embriológicas e anatomia comparada 
2. Adaptações Evolutivas 
 Irradiação Adaptativa – ocorre quando espécies próximas que 
acabem vivendo em ambientes diferentes resultam em 
desenvolvimento de formas completamente diferentes. 
 Adaptação Convergente – ocorre quando espécies diferentes, não 
aparentadas, evoluem para viver numa mesma região. Desta forma 
podem sofrer adaptações muito semelhantes. 
3. Especiação - formação de novas espécies 
 Isolamento Geográfico (especiação alopátrica) – separação de 
indivíduos de mesma espécie por barreiras físicas; 
 Isolamento Reprodutivo – se o isolamento geográfico persistir, as 
diferenças das populações separadas vão se tornando cada vez 
maiores. Pode ocorrer, neste caso, mudanças tão profundas de forma 
a impedir o acasalamento e até a reprodução, manisfestando-se por 
mecanismos pré-zigóticos e pós-zigóticos. 
 Especiação sem isolamento geográfico (simpátrica) – ocorre em 
populações que vivem em uma mesma área. 
 
OORRGGAANNIIZZAAÇÇÃÃOO DDOOSS SSEERREESS VVIIVVOOSS 
 A Taxionomia ou Sistemática tem por finalidade agrupar os seres 
vivos de acordo com as suas semelhanças e afinidades. 
 
11.. VVÍÍRRUUSS -- organismos acelulares, constituídos por apenas duas 
classes de substâncias químicas: acido nucléico, que pode ser DNA ou 
RNA, e proteínas. Não apresentam nenhum tipo de organela em sua 
constituição. 
Todos os vírus são PARASITAS INTRACELULARES 
OBRIGATÓRIOS, ou seja, ativa o seu metabolismo somente quando 
infecta uma célula hospedeira. 
 Estrutura dos vírus 
APLICAÇÃO DO TEOREMA DE HARDY-WEINBERG 
p+q=1 
p=freqüência do alelo dominante 
q=freqüência do alelo recessivo 
p
2
+2pq+q
2
=1 
p
2
=freq. de homozigotos dominantes 
2pq=freq. de heterozigotos 
q
2
=freq. de homozigotos recessivos 
 
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  Capsídio – envoltório dos vírus formado por proteínas. Protege o 
ácido nucléico viral, tem a capacidade de combinar com substancias 
presente nas células hospedeiras. 
  Material Genético – DNA ou RNA. 
 
Reprodução dos Vírus 
 Ciclo Lítico – quando a célula é destruída (vírus virulento). 
 Ciclo Lisogênico – quando a célula não é destruída (vírus 
temperado). 
 
 
22.. RREEIINNOO MMOONNEERRAA -- compreende organismo procariontes, 
unicelulares, apresentando os ribossomos como única organela. É 
representado pelas bactérias e cianobactérias. 
 
BACTÉRIAS – encontradas nos mais variados ambientes, podendo 
viver isoladas ou em colônias. 
a) Estrutura Bacteriana 
  Parede Celular – essa parede protege contra agressões físicas do 
meio. Sua composição é de peptidioglicano. 
  Material Genético das Bactérias – Nucleóide (região onde se 
encontra o cromossomo bacteriano) e Plasmídio (DNA extra-
cromossomal). 
b) Modo de Vida 
 Nutrição – autotróficas (fotossintetizantes ou quimiossintetizantes) e 
heterotróficas (saprófitas, parasitas, mutualistas). 
 Respiração – aeróbica, anaeróbica e facultativa. 
 Reprodução – assexuada (divisão binária) e sexuada (conjugação). 
c) Morfologia – cocos (arredondado), bacilo (bastonete reto), espirilo 
(espiralado) e vibrião (bastonete curto). 
 
 
 CIANOBACTÉRIAS (cianofíceas ou algas azuis) – apresentam 
estrutura celular semelhante a das bactérias. São clorofiladas e por 
isso realizam fotossíntese (autótrofas). 
 IMPORTÂNCIA – Além da capacidade de realizar fotossíntese, as 
cianobactérias fixam nitrogênio do ar (N2), convertendo-o em nitratos 
(NO3). 
 
33.. RREEIINNOO PPRROOTTOOCCTTIISSTTAA - compreende as algas e os protozoários. 
AA)) AALLGGAASS –– organismos eucariontes fotossintetizantes. 
Grupo 
Pigmentos 
fotossintetizantes 
Substância de reserva 
Euglenófitas Clorofilas A e B Paramilo 
Pirrófitas (Dinoflagelados) Clorofilas A e C Óleo e amido 
Crisófitas (Diatomáceas) Clorofilas A e C Clisolaminarina 
Feófitas(algas pardas) Clorofilas A e C Laminarina e manitol 
Rodófitas(algas vermelhas) Clorofilas A e D Amido da florídeas 
Euglenophyta → organismos unicelulares com dois flagelos, possuindo em seu 
interior estrutura chamada estigma, desempenhando função sensorial, 
proporcionando orientação a partir de uma fonte luminosa. Podem, conforme a 
baixa disponibilidade de luz, inativar seus cloroplastos, realizando nutrição 
heterotrófica, retornando a situação autotrófica em condições favoráveis. 
 
Dinophyta → organismos unicelulares, com endoesqueleto formado por delgadas 
placas justapostas, próximas à face interna da membrana plasmática. Podem se 
reunir estabelecendo colônias, produzindo toxinas em quantidade suficiente para 
provocar grande mortandade de peixes e outros animais. 
 
Bacillariophyta → organismos com parede celular desprovidas de celulose, porém 
impregnada com sílica (carapaça), conferindo aspecto rijo e uma enorme 
variedade de formas. 
 
Phaeophyta → organismos marinhos de regiões temperadas (água fria), e 
dimensões consideráveis, medindo aproximadamente 70 metros de comprimento, 
representados por algas pardas conhecidas por kelps. 
 
Rhodophyta → organismos multicelulares marinhos (algas vermelhas), com alto 
teor em vitamina C, utilizados na culinária oriental para preparação de sushi. 
 
Chlorophyta → organismos clorofilados, uni ou pluricelulares com ampla 
distribuição nos mais diversos ambientes aquáticos, ocupando também locais 
onde a umidade é constante (no tronco de árvores ou aderidas na superfície de 
rochas). 
 
BB))PPRROOTTOOZZOOÁÁRRIIOOSS - organismos unicelulares, eucariontes e 
heterótrofos (saprófitos, parasitas ou mutualistas). 
 
CLASSES HABITAT LOCOMOÇÃO 
Sarcodina ou 
Rhizopoda 
Meios terrestre 
e aquático. 
PSEUDÓPODES 
Flagellata Meio aquático. FLAGELOS 
Ciliophora Meio aquático. CÍLIOS 
Sporozoa 
Hospedeiro Sem estrutura de 
locomoção 
44.. RREEIINNOO FFUUNNGGII –– representado pelos fungos, organismos 
eucariontes, heterotróficos e geralmente pluricelulares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* Possuem células com reforço celulósico, com depósitos de quitina. 
* Apresentam nutrição externa, isto é, eliminam ao ambiente as enzimas 
digestivas que fragmentam as partículas a seres aproveitadas que, assim, 
são absorvidas pelo organismo. 
* Conseguem desenvolver-se praticamente em todos os ambientes onde haja 
umidade, matéria orgânica e pouca luz. 
* Suas células estão intimamente ligadas umas as outras, formando uma 
massa de longos filamentos multicelulares chamados de hifas. 
 
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 CLASSIFICAÇÃO 
CLASSES CARACTERÍSTICAS 
Ficomicetos 
 
 
Ascomicetos 
 
 
Basidiomicetos 
 
 
Deuteromicetos 
 
 
 REPRODUÇÃO 
a) Assexuada 
 Fragmentação – a maioria dos fungos se reproduz por 
fragmentação, onde um micélio se fragmenta e origina novos micélios. 
 Brotamento – leveduras como Saccharomyces cerevisae se 
reproduzem por brotamento. Os brotos normalmente se separam do 
genitor, mas eventualmente, podem permanecer grudados formando 
cadeias de células. 
 Esporulação – muitos fungos se reproduzem assexuadamente por 
esporos, células dotadas de paredes resistentes que, ao germinar, 
produzem hifas. Em certos fungos aquáticos, os esporos são dotados 
de flagelos, uma adaptação à dispersão em meio liquido. 
 b) Sexuada: observada em ficomicetos, ascomicetos e 
basiodiomicetos. 
 
5. RREEIINNOO PPLLAANNTTAAEE OOUU MMEETTAAPPHHYYTTAA –– reúne as plantas ou vegetais, 
organismos eucariontes, pluricelulares e fotossintetizantes. 
 CLASSIFICAÇÃO 
Criptógamas – as plantas criptógamas são aquelasque não 
apresentam flores nem sementes. 
a) Briófitas – seus representantes são 
pluricelulares com todos os tecidos exceto os de 
condução, por isso são chamados de vegetais 
avasculares. O transporte se dá por difusão. A 
ausência de vasos de condução da seiva 
determina o seu pequeno porte de crescimento 
rente ao chão, principalmente em lugares 
úmidos. As raízes e caules e folhas não são 
bem desenvolvidos, denominando-se 
respectivamente: rizóides, caulóides e 
filóides. São exemplos de Criptógamas os 
musgos e as Hepáticas. 
 Reprodução – ocorre por alternância de 
gerações. A geração duradoura é a geração 
haplóide, gametofítica (forma gametas). A 
geração diplóide, esporofítica (forma 
esporos) cresce sobre a gametofitica. 
 
b) Pteridófitas – são criptógamas vasculares, os representantes mais 
conhecidos desse grupo são as samambaias, avencas e xaxins. As 
pteridófitas apresentam raiz, caule e folhas (cormófitas). Uma das 
adaptações dos vegetais ao meio terrestre foi o desenvolvimento de 
um sistema vascular, observado pela primeira vez nesse grupo. 
 Reprodução – apresentam alternância de gerações; FASE 
DURADOURA = DIPLÓIDE (ESPOROFÍTICA). 
 
 
 
Fanerógamas - são os vegetais que apresentam flores e sementes, 
essas plantas apresentam seus órgãos reprodutores evidentes, ao 
contrário das criptógamas. 
c) Gimnospermas – são plantas lenhosas, arborescentes, podendo 
ser arbustivas. Não possuem frutos envolvendo as sementes. 
 
 Classificação - as gimnospermas compreendem quatro ordens: 1) 
Cycadales (uma única família: Cycadaceae); 2) Coniferae (formada 
por varias famílias, dentre os quais estão representados: Araucaria 
angustifólia, Pinus sp., Cedro, Sequóia e Ciprestes); 3) Gnetales (única 
família: Gnetaceae) e 4) Ginkgoales (única família: Ginkgoaceae - 
Ginkgo biloba). 
 Reprodução - apresentam alternância de gerações, e fase mais 
duradoura é a diplóide (esporofítica). No esporófito são formadas as 
flores (estróbilos ou cones), em geral díclinas: os microstróbilos 
(masculinos), que produzem os grãos de pólen, e os megastróbilos 
(femininos), que produzem os óvulos. 
 
 
 d) Angiospermas – são incluídos nessa classe vegetais lenhosos, 
embora muitos com tendência herbácea. A maioria é conhecida pelo 
homem principalmente na produção de alimentos como: trigo, banana, 
maçã, alho, cebola, etc. A principal característica que as diferencia das 
gimnospermas é a presença de um fruto, envolvendo as sementes. 
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CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DAS 
MONOCOTILEDÔNEAS E DICOTILEDÔNEAS 
 
Reprodução - apresentam alternância de gerações, e fase mais 
duradoura é a diplóide (esporofítica). 
 
 
 HISTOLOGIA VEGETAL 
 De acordo com a sua fisiologia, os tecidos vegetais podem ser 
classificados em: 
Tecidos embrionários ou meristemas – que pela divisão de suas 
células dão origem aos demais. Estão subdivididos em: 
PRIMÁRIO 
Formado por células 
embrionárias, com membrana 
celulósica delgada, 
citoplasma sem vacúolos ou 
reduzidos, núcleo volumoso; 
ao se multiplicarem 
promovem o crescimento 
longitudinal (alongamento) 
dos vegetais. Está localizado 
no ápice do caule e dos 
ramos e numa posição 
subterminal nas raízes. 
SECUNDÁRIO 
Constituído por células que 
readquiriram a capacidade de 
divisão celular. Diferenciam 
das células do meristema 
primário pela presença de 
grandes vacúolos no 
citoplasma. Está localizado na 
casca e no cilindro central 
 Tecidos adultos ou permanentes – são tecidos provenientes da 
diferenciação e especialização das células meristemáticas e que 
compõem os órgãos dos vegetais superiores. De acordo com as 
funções que desempenham, os tecidos adultos podem ser classificados 
em: 
a) tecidos de revestimento - são os tecidos mais externos do vegetal, 
revestindo e protegendo-o contra os agentes do meio ambiente e ao 
mesmo tempo permitindo o intercambio de substâncias. Compreendem 
a epiderme e o súber. 
b) tecidos de sustentação - são tecidos vivos ou mortos que tem por 
função sustentar e dar resistência aos vegetais. Por isso são também 
denominados de mecânicos ou esqueléticos. Compreendem o 
colênquima e o esclerênquima. 
c) parênquimas - são tecidos fundamentais, não muito diferenciados e 
que preenchem os espaços existentes entre os tecidos especializados. 
Considerando sua atividade funcional e anatômica, distinguimos os 
seguintes tipos de parênquima: assimilador, de reserva, aqüífero e 
secreção. 
d) tecidos de condução - são encarregados da condução da seiva 
bruta, para que nas folhas ocorra a fotossíntese e, posteriormente da 
seiva elaborada para todo o vegetal. Compreendem o xilema (lenho) 
ou floema (líber). 
 
 ORGANOGRAFIA VEGETAL 
 1. Raiz - é a parte do eixo da planta que fixa ao solo para dele 
absorver sais minerais em solução, matéria-prima para a fabricação de 
alimentos. A raiz é um órgão vegetativo, que tem sua origem na 
radícula do embrião. 
 Geralmente é subterrânea e tem as seguintes funções: fixar o 
vegetal a um substrato, absorver água e sais minerais, conduzir 
substancias nutritivas e armazenar substâncias (reserva). 
Constituição 
 
 Classificação - quanto ao meio onde se desenvolvem, as raízes 
classificam-se em: subterrâneas, aéreas e aquáticas. 
 
2. Caule - órgão vegetativo, originado do caulículo e da gema do 
embrião, e que desempenha as seguintes funções: sustentação 
(folhas, flores e frutos), condução da seiva, fotossíntese (quando 
clorofilado) e armazenamento de substâncias. 
 Regiões do Caule 
 
 Nós – são regiões espessadas do caule de onde partem uma gema, 
uma folha ou um ramo. 
 Internos – são os espaços compreendidos entre dois nos ou folhas 
sucessivas. 
 Gemas – são estruturas constituídas por tecido meristemático que dá 
origem a folhas, ramificações e flores. 
 Classificação dos Caules - quanto ao meio em que vivem, os 
caules podem ser classificados em: aéreos, subterrâneos e aquáticos 
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3. Folha - órgão vegetativo geralmente laminar, cuja origem esta nos 
meristemas primários do caule. A folha realiza as seguintes funções: 
fotossíntese, respiração, transpiração e gutação (ou sudação). 
 Constituição da Folha 
 Limbo – parte laminar onde são encontrados os tecidos clorofilados 
revestidos por uma epiderme. 
 Pecíolo – pequena haste que prende o limbo ao caule 
 Bainha – parte basal do pecíolo que abraça total ou parcialmente o 
caule. 
 Classificação 
 Quanto ao Aspecto do Limbo: composta (limbo todo dividido em 
folíolos) ou simples (limbo é indiviso). 
 Quanto a Nervura: paralelódromas (folhas com nervuras paralelas) 
ou reticulódromas (nervuras formam um retículo). 
 
4. Flor - conjunto de órgãos constituídos por folhas modificadas, que 
tem por função produzir e proteger as estruturas encarregadas de 
reprodução sexuada nos vegetais fanerógamos. 
 
 Constituição da Flor - uma flor completa apresenta verticilos florais 
de: sustentação (pedúnculo e receptáculo), proteção (cálice e corola) e 
de reprodução (androceu e gineceu). 
 
 
 Polinização - transporte do grão de pólen da antera ao estigma. Há 
dois tipos de polinização: direta e indireta. 
 
5. Fruto - é o desenvolvimento do ovário, cujas funções são: proteger a 
semente, armazenar e permitir uma disseminação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Classificação dos Frutos 
 Quanto à deiscência: deiscentes – frutos que se abrem 
naturalmente para liberará semente ou indeiscentes – aqueles que 
não se abrem para liberar as sementes. 
 Quanto ao acúmulo de substâncias: frutos secos – não 
apresentam acumulo de substâncias nutritivas e sofremdesidratação 
quase que total quando maduros ou frutos carnosos – acumulo de 
grande quantidade de reserva nutritiva. 
 
 Pseudofrutos - são aqueles que se originam de outras partes da 
flor ou de diversos ovários de uma só flor ou de diversas flores 
agrupadas. 
 Simples – origina-se de outras partes de uma só flor. 
 Compostos – originam-se de diversos ovários de uma só flor. 
 Múltiplos – originam-se de diversas flores, são também chamados 
de infrutescência. Ex.: abacaxi 
 
 Disseminação de Frutos e Sementes - fenômeno extremamente 
desejável e necessário para a preservação da espécie que, quanto 
mais variado e vasto seja o seu habitat, melhor condição de 
sobrevivência terá. 
 FISIOLOGIA VEGETAL 
A) Fotossíntese - processo de síntese orgânica a partir da qual os 
vegetais transformam a energia luminosa em energia química e 
armazenam em compostos orgânicos denominados de alimentos. 
 
 
Etapas da Fotossíntese 
  Etapa Fotoquímica – conhecida como fotólise da água, ocorre a 
decomposição da molécula de H2O, liberando O2 e formando ATP e 
NADPH2. 
  Etapa Química – também conhecida como etapa escura, é uma 
fase puramente enzimática, onde não é mais a presença de luz. Nesta 
fase, o ATP e HADPH2, que foram produzidos na primeira fase, e que 
em conjunto, contribuem para a absorção de CO2 do ar, formando 
moléculas de açucares, onde fica armazenada a energia oriunda da 
luz. 
Fatores que atuam na fotossíntese: intensidade luminosa, 
concentração de gás carbônico e temperatura. 
Constituição do Fruto - o fruto é constituído das seguintes partes: 
pericarpo e semente. 
 Pericarpo – compreende três camadas: epicarpo (a mais 
externa), mesocarpo (é a parte comestível na maioria dos frutos) e 
endocarpo (envolve diretamente as sementes e pode sofrer 
lignificação). 
 Semente – é constituída pelo tegumento ou casca, proveniente da 
primina e da secundina do óvulo, e pela amêndoa, proveniente das 
partes internas do óvulo. 
 
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B) Fitormônios - substâncias reguladoras do crescimento vegetal e 
caracterizam-se por agirem afastados dos locais de formação, atuando 
em pequenas quantidades, acelerando ou retardando o crescimento 
vegetal. 
AUXINA produzido pelas células meristemáticas dos 
ápices dos caules e raízes, das folhas jovens 
e embriões de sementes, deslocando-se 
sempre no sentido ápice-base de um 
determinado órgão promovendo o 
crescimento vegetal 
GIBERELINA os principais efeitos desse hormônio é 
acelerar o alongamento das plantas, estimular 
a germinação das sementes quebrando a 
dormência, estimular a floração prematura e a 
formação de frutas carnosas. 
CITOCININA Atua na divisão celular, atrasa a caulinar 
senescência foliar, a aplicação de citocinina 
pode causar a liberação da dominância apical 
em gemas laterais 
ETILENO Gás que está relacionado à maturação dos 
frutos. 
ÁCIDO ABSCÍSICO é usado como inibidor do desenvolvimento 
das raízes e esta relacionado à queda das 
folhas 
C) Movimentos Vegetais - os vegetais apresentam manifestações de 
sensibilidade através de movimentos ou reações de crescimento, 
controladas por efeitos hormonais. 
 Tropismos – crescimentos orientados, induzidos por algum fator 
ambiental, podendo se manifestar sob forma de curvatura de caules e 
raízes. 
- Tropismo positivo: crescimento orientado no sentido do estimulo 
- Tropismo negativo: crescimento orientado no sentido oposto ao 
estimulo. 
 Fototropismo – LUZ 
 Geotropismo – AÇÃO DA GRAVIDADE. 
 Quimiotropismo – SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS ESPECIAIS. 
 Tigmotropismo – CONTATO. 
 Tactismo – movimentos orientados de locomoção em relação a um 
estímulo. 
 Fototactismo – LUZ 
 Quimiotactismo – SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS. 
 Termotactismo – TEMPERATURA. 
 Nastismos – movimentos não orientados, não importando a 
natureza e a direção de estímulo. 
 Fotonastismos – VARIAÇÕES DE LUZ 
 Tigmonastismos – TOQUE 
 Sismonastismos – CHOQUE MECÂNICO. 
6. RREEIINNOO AANNIIMMAALLIIAA OOUU MMEETTAAZZOOAA –– reúne os animais, organismos 
eucariontes, pluricelulares e heterótrofos. 
 HHIISSTTOOLLOOGGIIAA AANNIIMMAALL – os tecidos animais podem ser classificados 
em quatro tipos funcionais: 
 Tecido Epitelial - tecido que apresenta pouca substancias 
intersticial, células justapostas, intensa atividade reprodutiva e 
avascular. 
 
Tecido Epitelial de 
Revestimento 
Tecido Epitelial 
Glandular 
* Forra todas as cavidades do 
corpo e toda a superfície externa. 
Basicamente pode apresentar 
uma única camada de células 
(epitélio simples), várias camadas 
(epitélio estratificado), uma 
camada de células em alturas 
diferentes (pseudoestratificado) 
ou conforme a distensão ou 
contração do órgão suas células 
variam (transição). 
 
MEMBRANAS  SEROSAS x 
MUCOSAS 
Constitui o tecido 
formador das glândulas, 
elas são classificadas em: 
 Glândulas Exócrinas – 
presença de ductos e 
lançam seu produto para o 
meio externo. 
 Glândulas Endócrinas – 
não apresentam ductos e 
a suas secreção é 
eliminada diretamente na 
corrente sanguínea 
(hormônio). 
 Glândulas Mistas – 
possuem uma porção 
endócrina e outra 
exócrina. 
 
Tecido conjuntivo - grande quantidade de substância intersticial, 
rico em fibras (colágenas, elásticas e reticulares) e vários tipos 
celulares. 
 Fibroblastos – formam fibras. 
 Macrófagos – células ricas em lisossomos (defesa). 
 Mastócitos – produção de heparina e histamina. 
 Plasmócitos – produção de anticorpos. 
 Melanócitos – produção de melanina. 
 Adipócitos – armazenamento de gordura. 
 Tecido Conjuntivo Propriamente Dito - localizado abaixo da 
epiderme, entremeado com outros tecidos, tem como principais 
funções: sustentação e nutrição de outros tecidos, acúmulo de gordura 
e resistência. 
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 Tecido Conjuntivo Cartilaginoso – forma as cartilagens, sem 
vasos sangüíneos e linfáticos, sem nervos e com nutrição a partir do 
pericôndrio. 
Células = Condroblastos + Condrócitos 
 Tecido Conjuntivo Ósseo – tecido de sustentação, apresenta uma 
matriz óssea (substancia inorgânica 65% e substancia orgânica 35%) 
Células = Osteoblastos – Osteócitos – Osteoclastos 
 Tecido Conjuntivo Hematopoético – é tecido formador dos 
elementos do sangue. É classificado em: 
a) Mielóide – formador das hemáceas e alguns leucócitos (medula 
óssea vermelha) 
b) Linfóide – formador de alguns leucócitos e plasmócitos (Gânglios 
Linfáticos). 
 Sangue 
 PLASMA - porção liquida do sangue, é basicamente formado por 
água (90%), corresponde a aproximadamente 55% do sangue. O 
fibrinogênio é a principal proteína encontrada no plasma. 
 ELEMENTOS FIGURADOS 
 Hemácias – células anucleadas, responsáveis pelo transporte de 
gases através do pigmento hemoglobina, rico em ferro e de cor 
avermelhada. 
 Leucócitos – células responsáveis pela defesa do organismo. Estão 
divididos em dois grupos: granulócitos e agranulócitos. 
 Plaquetas – não são células e sim fragmentos de célula 
denominadas megacariócitos. Estão relacionadas ao processo de 
coagulação do sangue. 
Associações da Hemoglobina com Gases 
Hg + Oxigênio = Oxiemoglobina 
Hg + Gás Carbônico = Carboemoglobina 
Hg + Monóxido de Carbono = Carboxiemoglobina 
 Tecido Muscular - tecido de origem mesodérmica, sendo 
caracterizado pela propriedade de contração e distensão de suas 
células, o que determina o movimento dos membros e das 
vísceras. 
 Tecido Muscular Estriado – representa a maior massa do 
organismo. Tem como características: células alongadas, 
multinucleadas com núcleos periféricos, presença de estrias 
transversais, contraçãovoluntária. 
 Tecido Muscular Estriado Cardíaco – apresenta células 
mononucleadas com núcleos centrais, apresenta estrias transversais e 
sua contração é involuntária. 
 Tecido Muscular Liso – tecido formador de algumas vísceras, com 
células alongadas e fusiformes; células mononucleadas e sua 
contração é involuntária. 
 
Tecido Nervoso - tecido formador do Sistema Nervoso, responsável 
recepção de estímulos externos e condução dos estímulos recebidos 
para os músculos e glândulas, contraindo os primeiros e ativando as 
secreções das últimas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
* Sinapse – passagem de estimulo nervoso de um neurônio para outro 
(local entre neurônios = sinapse nervosa) 
* Transmissão do Impulso Nervoso 
Dendrito  Corpo Celular  Axônio 
 
 
Neurônio – possui a capacidade de receber e transmitir o impulso 
nervoso. 
 Corpo Celular – parte mais alongada do neurônio, onde está 
localizado o núcleo. 
 Axônio – eixo cilíndrico, onde em sua porção final estão 
ramificações. 
 Dendritos – prolongamento que partem do corpo celular. 
 
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 CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO 
1. Filo PorIfera – representado por animais aquáticos (marinhos ou de 
água doce), com diferenciação histológica pouco acentuada, isolados 
ou coloniais, parede do corpo com numerosos poros, simetria radial e 
sésseis. 
 
Estrutura: 
* átrio ou espongiocele – é a cavidade central que permite a 
circulação da água. 
* ósculo - é o orifício superior que permite a saída da água que circula 
através do corpo da esponja. 
* sistemas ausentes: os processos de excreção, circulação e 
respiração são realizados por difusão. Digestão intracelular 
(coanócitos). 
 
Esqueleto – formado por espículas (silicosas e calcáreas) e/ou fibras 
de espongina. 
 
 
 Tipos Anatômicos de Esponjas 
 
 Reprodução das Esponjas 
 Assexuada – as esponjas podem ser reproduzir assexuadamente por 
brotamento ou gemulação. 
 Sexuada – não apresentam gônadas, mas produzem gametas que se 
formam a partir de células da mesogléia. A fecundação é interna e o 
desenvolvimento é indireto, com larvas denominadas de anfiblástulas. 
 
2. Filo Coelenterata ou Cnidária – representado por animais 
diblásticos, com simetria radial e com organização tecidual superior a 
das esponjas, são animais aquáticos (a maioria marinhos), e se 
apresentam de dois tipos: pólipo (fixo) e medusa (livre natante). 
 Os cnidários, também chamados de celenterados, são os primeiros 
animais a apresentar uma cavidade digestiva (gastrovascular) mas não 
apresentam abertura anal, que caracteriza um tubo digestivo 
incompleto. 
 
Cnidoblastos - células destinadas ao ataque e defesa. 
 
Estrutura 
 Respiração – por difusão. 
 Circulação – na cavidade gastrovascular. 
 Digestão – extra e intracelular; sistema digestivo incompleto. 
 Excreção – por difusão. 
 Sistema Nervoso – presente (rede de células nervosas espalhada 
por todo o corpo). 
 Sistema Esquelético – nas medusas não há, mas nos corais podem 
apresenta um exoesqueleto calcário. 
 Reprodução: 
* Assexuada – brotamento (em pólipos). 
* Sexuada – algumas espécies apresentam um ciclo de vida complexo, 
onde alternam gerações de pólipo e medusa (alternância de gerações 
ou metagênese). 

 Classificação - estão distribuídos em três classes. 
1. Classe 
Hydrozoa 
predominam as formas polipóides. Em certas 
espécies há apenas pólipos como as Hydra sp. 
Existem hidrozoários coloniais como as caravelas. 
2. Classe 
Anthozoa 
nesta classe existe apenas forma polipóides. Os 
representantes mais conhecidos dessa classe são 
as anêmonas-do-mar e os corais. 
3.Classe 
Scyphozoa 
predominam as formas medusóides. Em certas 
espécies de medusas, podem medir de 
centímetros até 2 metros de diâmetros. 
3. Filo Platyelmintes - são animais triblásticos, acelomados, com 
simetria bilateral, agrupa animais de corpo achatado, podem ser 
segmentados ou não, de vida livre ou parasita. 
Estrutura 
 As funções de circulação e respiração são realizadas através da 
parede do corpo do animal (difusão). 
 Sistema Tegumentário – formado por epitélio simples, revestido por 
uma cutícula. 
 Sistema Digestivo – incompleto. A digestão é intra e extracelular. 
 Sistema Excretor – composto por células flamas. 
 Sistema Nervoso – ganglionar ventral. 
 Reprodução 
 Assexuada: fragmentação e regeneração em turbelários. 
 Sexuada: fecundação interna (maioria); podem ser monóicos 
(planárias e tênias) ou dióicos (esquistossomos); com ou sem estágio 
larval. 
 Classificação - existem aproximadamente 13000 espécies descritas 
neste filo, divididas em três classes: 
1. Classe 
Turbellaria 
reúne os platelmintos de vida livre (planárias), que 
são aquáticas ou terrestres. 
2. Classe 
Trematoda 
reúne os parasitas (ectoparasitos ou 
endoparasitos). Apresentam uma cutícula 
resistente que os protegem contra eventuais 
ataques do hospedeiro. Na região anterior do 
corpo existem geralmente ventosas 
especializadas na fixação do verme ao 
hospedeiro. Seu representante mais comum é o 
Schistosoma mansoni (verme causador da 
barriga-da-água). 
3.Classe Cestoda reúne os vermes achatados com corpo alongado 
(semelhante à fita). Os representantes mais 
conhecidos são as tênias (Taenia solium e Taenia 
saginata). 
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Fasciola 
 
Schistossoma 
 
Taenia 
4. Filo Aschelminthes - são animais de corpo alongado e cilíndrico, 
não segmentados, triblásticos, pseudocelomados, com simetria 
bilateral. A maioria é de vida livre, mas muitos são parasitas de 
vegetais e animais. 
Estrutura 
 As funções de circulação e respiração são realizadas através da 
parede do corpo do animal (difusão). 
 Sistema Tegumentário – é constituído por uma epiderme recoberta 
por cutícula. 
 Sistema Muscular – uma camada de músculos. 
 Sistema Digestivo – completo (boca, faringe, esôfago, intestino e 
ânus). Digestão intra e extracelular 
 Sistema Excretor – dois canais excretores, localizados um em cada 
lado do corpo, que se unem na porção anterior formando um poro 
excretor. 
 Sistema Nervoso – anel de células nervosas em torno da faringe 
com dois cordões nervosos longitudinais. 
 Reprodução – são animais geralmente dióicos, com fecundação 
interna e desenvolvimento indireto, quase sempre com dimorfismo 
sexual. 
5. Filo Annelida - são os vermes cilíndricos, triblásticos, celomados, 
com simetria bilateral e nítida segmentação do corpo externa e interna. 
Podem ser aquáticos (marinhos ou dulcicolas) ou terrestres. 
Estrutura 
 Tegumento – possuem uma epiderme com cutícula permeável e 
glândulas mucosas que a mantém úmida, para que seja feita a 
respiração cutânea. Encontram-se também células fotorreceptores e 
sensitivas. 
 Sistema Respiratório – branquial (marinhos) ou cutânea (terrestres). 
 Sistema Circulatório – sistema circulatório fechado (sangue, vasos 
sanguíneos e arcos aórticos ou corações). 
 Sistema Digestivo – completo. Digestão extracelular. 
 Sistema Excretor – metanefrídeos (1 par por segmento). 
 Sistema Nervoso – cadeia nervosa ventral, com um par de gânglios 
por segmento e gânglios cerebrais bem desenvolvidos. Como 
elementos sensoriais aparecem células e órgãos sensitivos para o tato, 
paladar e percepção de luz. 
 Reprodução - apresentam reprodução sexuada; algumas espécies 
são hermafroditas (como a minhoca e sanguessuga), outras são 
dióicas (poliquetos). Com ou sem estágios larvais. 
 
 Classificação - compreende três classes: 
1. Classe 
Oligochaeta 
a maioria vive em solos úmidos ou em ambientes 
de água doce. Apresentam poucas cerdas.2. Classe 
Polychaeta 
com espécies marinhas, que possuem várias 
cerdas corporais e parápodes. 
3. Classe 
Hirudinea 
habitam ambientes terrestres ou aquáticos, não têm 
cerdas nem parápodes, com corpo ligeiramente 
achatado. Os representantes mais conhecidos dos 
hirudíneos são as sanguessugas. 
 
6. Filo Mollusca - são animais de corpo mole, não segmentado, 
dividido em cabeça, pé e massa visceral, geralmente protegido por 
concha. Em geral são aquáticos, mas há representantes terrestres. A 
simetria é bilateral. São triblásticos e celomados. 
 
Estrutura 
 Sistema Tegumentário – revestidos por um epitélio simples rico em 
glândulas mucosas. O tegumento possui uma prega, o manto que 
reveste a massa visceral e secreta as substâncias que formam a 
concha. 
 Sistema Digestivo – completo. Digestão predominante extracelular. 
Presença de rádula. 
 Sistema Respiratório – respiração pode ser cutânea, branquial ou 
pulmonar. 
 Sistema Circulatório – sistema do tipo aberto (cefalópodes com 
sistema circulatório fechado). 
 Sistema Excretor – nefrídios. 
 Reprodução – fecundação interna e cruzada, com espécies 
monóicas e espécies. Desenvolvimento indireto (véliger e trocófora). 
Biologia Prof. Luciano e Tati 21 
 
 Classificação 
1. Classe 
Polyplacophora 
 possuem na superfície dorsal uma armadura 
calcária composta por placas parcialmente 
sobrepostas. São todos marinhos. 
2. Classe 
Scaphopoda 
pequenos animais dotados de uma concha cônica e 
alongada. São marinhos, e vivem parcialmente 
enterrados na areia 
3. Classe 
Gastropoda 
corresponde ao maior grupo de moluscos, 
aquáticos ou terrestres. A concha, quando 
presente, tem formato helicoidal. 
4. Classe 
Pelecypoda ou 
Bivalvia 
são encontrados em água doce ou salga- 
da. Sua concha possui duas partes que 
encerram completamente o corpo do ani- 
mal. 
5. Classe 
Cephalopoda 
moluscos sem concha externa, exclusiva- 
mente marinhos. O pé dos cefalópodes é 
dividido em tentáculos. 
 
7. Filo Arthropoda - são animais cuja principal característica é 
apresentar patas articuladas e corpo segmentado. Apresentam 
exoesqueleto quitinoso sujeito a mudas ou ecdises. O exoesqueleto é 
trocado periodicamente através das mudas ou ecdises, para permitir o 
crescimento dos artrópodes. 
Estrutura 
 Sistema Digestivo – completo. Digestão extracelular. Peças bucais 
para manipular e tritura o alimento. 
 Sistema Circulatório – sistema circulatório aberto, com hemolinfa. 
 Sistema Respiratório – branquial (crustáceos), traqueal (insetos e 
aracnídeos) e pulmonar ou filotraqueal (aracnídeos). 
 Sistema Excretor – glândula verde (crustáceos), túbulos de Malpighi 
(insetos e aracnídeos) e glândulas coxais (aracnídeos). 
 Sistema Nervoso – composto por um cérebro e por uma cadeia 
nervosa ventral que se ramifica por todo corpo. Como elementos 
sensoriais aparecem órgãos de equilíbrio, olhos compostos e pêlos 
sensoriais. 
 Reprodução – fecundação externa ou interna; espécies dióicas; 
desenvolvimento direto ou indireto, com metamorfose gradual 
(hemimetábolos) ou completa (holometábolos). 
 
 
Gráfico que mostra o crescimento de um artrópode 
 
 Classificação - as cinco principais classes do filo dos artrópodes 
são: 
 Classe Insecta * corpo dividido em: cabeça, tórax e abdome. 
* um par de antenas. 
* três pares de patas. 
Classe 
Chilopoda 
* divisão do corpo: cabeça e um tronco alongado. 
* 1 par de antenas. 
* cada segmento do corpo tem um par de patas. 
Classe 
Diplopoda 
* corpo alongado, cilíndrico dividido em cabeça e 
tronco. 
* dois pares de patas por segmentos. 
* duas antenas curtas. 
Classe 
Crustacea 
* corpo dividido em cefalotórax e abdome. 
* inúmeras e diferentes patas, sendo cinco pares 
no tórax. 
* dois pares de antenas e olhos compostos. 
Classe 
Arachnida 
* corpo dividido em cefalotórax e abdome. 
* possuem um par de quelíceras, um par de 
pedipalpos e quatro pares de patas ambulacrárias. 
 
Aracnídeos – Ordem Acarí 
Biologia Prof. Luciano e Tati 22 
 
Diplópode 
 
Quilópode 
 8. Filo Echinodermata – são animais com simetria bilateral ou 
pentarradial, triblásticos, celomados e deuterostômios. Agrupa animais 
com endoesqueleto e corpo não segmentado recoberto por saliências 
espinhosas. 
 
Estrutura 
 Sistema Tegumentar – corpo recoberto por espinhos, que se 
movimentam lentamente por causa dos músculos presente em sua 
base. Possuem projeções tubulares denominadas de pés 
ambulacrários. 
 Sistema Digestivo – completo. Digestão extracelular. Lanterna de 
Aristóteles nos ouriços. 
 As funções de respiração, circulação e excreção são realizadas 
através do sistema ambulacral. 
 Sistema Nervoso – consiste de um anel nervoso, que circunda a 
boca e emite prolongamentos nervosos. 
 Reprodução - são dióicos, sem dimorfismo sexual. A fecundação é 
externa e o desenvolvimento é indireto. 

 Classificação 
 Classe Holoturoidea – pepino-do-mar 
 Classe Echinoidea – ouriço-do-mar 
 Classe Ophiuroidea – serpente-do-mar 
 Classe Asteroidea – estrela-do-mar 
 Classe Crinoidea – lírio-do-mar 
 
Ouriço-do-mar – lanterna de Aristóteles 
9. Filo Chordata - compreende animais triblásticos, celomados e 
deuterostômios, com simetria bilateral e corpo segmentado. 
Notocorda  eixo longitudinal de sustentação do corpo. Forma-se 
dorsalmente, acima do tubo digestivo e abaixo do tubo neural. Persiste 
por toda a vida nos protocordados, enquanto nos adultos de cordados 
superiores é substituída pela coluna vertebral. 
Tubo Neural  tubo localizado na região dorsal do embrião, acima da 
notocorda. Dá origem ao sistema nervoso central dos cordados 
adultos. 
Fendas Branquiais  aberturas laterais da faringe. Nos cordados 
aquáticos, dão origem às brânquias nos adultos. Nos demais que 
possuem respiração pulmonar, as fendas se fecham durante o 
desenvolvimento. 



 Classificação - compreende três subfilos: 
1. SubFilo Urochordata - compreende animais protocordados 
exclusivamente marinhos, apresentando notocorda apenas na fase 
larval (cauda). São fixos sobre rochas e alguns coloniais. 
2. SubFilo Cephalocordata – reúne animais que apresentam, em 
todas as fases de desenvolvimento, as três características básicas dos 
cordados. Os cefalocordados são considerados um grupo de transição 
entre os protocordados e os vertebrados mais simples. 
3. SubFilo Vertebrata - a característica fundamental dos vertebrados é 
a presença de um eixo longitudinal de sustentação do corpo: a coluna 
vertebral. A coluna substitui a notocorda do embrião e é formada por 
numerosas vértebras. 
Biologia Prof. Luciano e Tati 23 
 
Urocordados – Tunicados 
 
Cefalocordado- - anfioxo 
 VERTEBRADOS 
a) Superclasse Agnatha - são os vertebrados mais primitivos, sendo 
conhecidos como lampréias e peixe-bruxa. Os agnatos não possuem 
mandíbula e possuem uma boca circular. São animais exclusivamente 
aquáticos, dióicos e com fecundação externa. 
 
Padrão Evolutivo: 
 
Biologia Prof. Luciano e Tati 24 
b) Superclasse Gnathostomata – reúne os vertebrados que possuem 
mandíbula. Divide-se em: 
1. Classe Chondrichthyes – reúne os peixes que possuem esqueleto 
totalmente cartilaginoso. São predominantemente marinhos, mas 
algumas espécies são dulcícolas. 
2. Classe Osteichthyes – reúne os peixes que possuem o esqueleto 
predominantemente ósseo. Habitam tanto o meio marinho como 
dulcícola. 
 
Fisiologia das classes Chondrichthyes e Osteichthyes 
 corpo recoberto por escamas,

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