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SOI II - APG 15 - Paratireoide

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20/09/2022 FAMEG | Afya 1 
Marcela Beltrão 
Paratireoide
 
 
 
1. Compreender a morfofisiologia da 
paratireoide; 
2. Entender o funcionamento do hormônio da 
paratireoide e sua relação com o 
funcionamento do Ca+; 
3. Explicar como acontece a negligência, imperícia 
e imprudência no erro médico; 
 
 
 
Parcialmente embutidas na face posterior 
dos lobos direito e esquerdo da glândula tireoide, 
encontramos várias pequenas massas de tecido 
arredondadas chamadas de glândulas 
paratireoides. Pesam cerca de 40mg cada. Em 
geral, somam-se um total de quatro. 
 
 
FIGURA 1: AS QUATRO GLÂNDULAS PARATIREOIDES SE SITUAM 
IMEDIATAMENTE ATRÁS DA GLÂNDULA TIREOIDE. QUASE TODO O 
PARATORMÔNIO (PTH) É SINTETIZADO E SECRETADO PELAS CÉLULAS 
PRINCIPAIS. A FUNÇÃO DAS CÉLULAS OXÍFILAS É INDETERMINADA, MAS 
ELAS PODEM SER CÉLULAS PRINCIPAIS MODIFICADAS OU D QUE DEIXARAM 
DE SECRETAR O PTH. 
 
A paratireoide é formada por células 
epiteliais dispostas em cordões separados por 
capilares sanguíneos. Há dois tipos de células na 
paratireoide: principais e oxífilas. 
As células principais predominam 
amplamente sobre as outras, têm forma poligonal, 
núcleo vesicular e citoplasma fracamente acidófilo. 
São células secretoras do hormônio das 
paratireoides, o paratormônio. 
 Na espécie humana, as células oxífilas 
aparecem por volta dos 7 anos de idade e a partir 
daí aumentam progressivamente em quantidade, 
na fase idosa se equiparam, mas nunca 
ultrapassam as células principais. São poligonais, 
maiores e mais claras que as células principais. Sua 
função é desconhecida. 
 
FIGURA 2: A PARATIREOIDE OCUPA A MAIOR PARTE DA FIGURA. AO LADO 
DA GLÂNDULA HÁ ALGUNS FOLÍCULOS TIREOIDIANOS. 
[FOTOMICROGRAFIA. HE. PEQUENO AUMENTO] 
 
FIGURA 3: EM AUMENTO MAIOR SE OBSERVAM AS CÉLULAS PRINCIPAIS DA 
PARATIREOIDE, ORGANIZADAS EM CORDÕES, ALGUNS DOS QUAIS 
DESTACADOS POR TRAÇOS. [FOTOMICROGRAFIA. HE. MÉDIO AUMENTO] 
Objetivos 
Paratireoide 
20/09/2022 FAMEG | Afya 2 
Marcela Beltrão 
 
 
O paratormônio é o principal regulador dos 
níveis de cálcio (Ca2+), magnésio (Mg2+) e fosfato 
(HPO42-) no sangue. A ação específica do PTH é 
aumentar a quantidade e a atividade dos 
osteoclastos. O resultado é a reabsorção óssea 
acentuada, o que libera cálcio e fosfatos no sangue. 
O PTH também atua nos rins. Primeiro, retarda a 
perda de cálcio e magnésio do sangue para a urina. 
Em segundo lugar, acentua a perda de fosfato do 
sangue para a urina. Uma vez que mais fosfato é 
perdido na urina do que ganho dos ossos, o PTH 
diminui o nível sanguíneo de fosfato e eleva os 
níveis sanguíneos de cálcio e magnésio. Um 
terceiro efeito do PTH sobre os rins é a promoção 
da formação do hormônio calcitriol, que consiste 
na forma ativa da vitamina D. O calcitriol, também 
conhecido como 1,25-di-hidroxivitamina D3, 
aumenta a taxa de absorção sanguínea de cálcio, 
magnésio e fosfato no sistema digestório. 
 
 
 
 
O nível sanguíneo do cálcio controla 
diretamente a secreção da calcitonina e 
paratormônio por meio de alças de feedback 
negativo que não envolvem a glândula hipófise. 
 
1. O nível sanguíneo de íons cálcio acima do 
normal estimula as células parafoliculares da 
glândula tireoide a liberarem mais calcitonina; 
2. A calcitonina inibe a atividade dos osteoclastos, 
diminuindo, dessa forma, o nível sanguíneo de 
Ca2+; 
3. O nível sanguíneo de íons cálcio abaixo do 
normal estimula as células principais da 
glândula paratireoide a liberarem mais PTH; 
4. O PTH promove a reabsorção de matriz óssea 
extracelular, o que libera Ca2+ no sangue e 
retarda a perda de Ca2+ na urina, elevando o 
nível de Ca2+ no sangue; 
5. O PTH também estimula os rins a sintetizarem 
o calcitriol, que consiste na forma ativa da 
vitamina D; 
6. O calcitriol estimula a absorção mais acentuada 
de cálcio dos alimentos no sistema digestório, 
o que ajuda a aumentar o nível sanguíneo de 
Ca2+. 
 
FIGURA 4: CONTROLE DA SECREÇÃO DA CALCITONINA E DO 
PARATORMÔNIO. 
 
 
 
 
O cálcio e o fosfato desempenham papeis 
estruturais importantes nos tecidos duros e 
reguladores importantes nas vias metabólicas e de 
sinalização. No sangue, a maior parte do fosfato 
está na forma ionizada do ácido fosfórico, 
denominada fosfato inorgânico (Pi). As duas 
principais fontes de Ca2+ e Pi circulantes são os 
alimentos e o esqueleto. 
A 1,25-di-hidroxivitamina D (calcitriol) e o 
paratormônio (PTH), regulam a absorção intestinal 
de Ca2+ e Pi e a liberação desses elementos para a 
circulação após a reabsorção óssea. Os principais 
processos responsáveis pela remoção de Ca2+ e do 
Pi do sangue são excreção renal e a formação 
óssea. 
Como os tecidos moles contêm 10 vezes 
mais Pi em que Ca2+, um dado tecidual pode causar 
hiperfosfatemia. Como consequência, o Pi em 
grande quantidade no sangue forma complexos 
com o Ca2+, o que provoca hipocalcemina aguda. 
O Pi é um componente intracelular de 
importância fundamental. São as ligações fosfato 
de alta energia do ATP que mantêm a vida. A 
fosforilação e a desfosforilação de proteínas, 
lipídeos, segundos mensageiros e co-fatores 
correspondem às etapas reguladoras básicas de 
numerosas vias metabólicas e de sinalização, e o 
fosfato também forma a estrutura dos ácidos 
nucleicos. 
Paratormônio 
Controle da Secreção da Calcitonina e do 
Paratormônio 
Regulação Hormonal do Metabolismo do 
Cálcio e do Fosfato. 
20/09/2022 FAMEG | Afya 3 
Marcela Beltrão 
 
FIGURA 5: FLUXO DIÁRIO DE CÁLCIO E FOSFATO INORGÂNICO. 
 
 
O PTH é o principal hormônio que protege 
o corpo contra a hipocalcemia. Seus alvos 
primários são os ossos e os rins. O PTH também 
exerce uma retroalimentação positiva ao estimular 
a produção do calcitriol. 
O paratormônio é secretado como um 
polipeptídeo de 84 aminoácidos e é sintetizado 
como pré-pro-PTH, o qual é processado 
proteoliticamente em pro-PTH no retículo 
endoplasmático e, em seguida, em PTH no retículo 
de Golgi e nas vesículas secretoras. O PTH tem uma 
meia-vida curta (menos de 5 minutos). 
O principal sinal que estimula a secreção de 
PTH é a baixa concentração de Ca2+ circulante. A 
[Ca2+] extracelular é detectada pelos receptores 
sensíveis ao Ca2+ (CaSR) das células principais das 
paratireoides e ativam as vias de sinalização que 
inibem a secreção de PTH. 
O CaSR regula a todo instante a produção 
de PTH em resposta às flutuações sutis na [Ca2+]. 
A produção de PTH também é regulada no 
nível da transcrição do gene. O gene do PTH é 
inibido por um elemento em resposta ao cálcio 
localizado na região promotora desse gene. Assim, 
a via de sinalização que é ativada pela ligação do 
Ca2+ ao CaSR leva no final à inibição da expressão 
do gene e da síntese do PTH. O gene do PTH 
também é inibido pela 1,25-di-hidroxivitamina D. 
O receptor do PTH está expresso nos 
osteoblastos localizados no interior dos ossos e nos 
túbulos proximais e distais dos rins, e é o receptor 
que medeia as ações sistêmicas do PTH. Contudo, 
o receptor do PTH também está expresso em 
muitos órgãos em desenvolvimento. 
 
FIGURA 6: REGULAÇÃO DA EXPRESSÃO DO GENE E DA SECREÇÃO DO PTH. 
 
 
Na verdade, a vitamina D é um pró-
hormônio que precisa sofrer duas reações de 
hidroxilação sucessivas para se transformar na 
forma ativa 1,25-di-hidroxivitamina D. A vitamina D 
desempenha um papel decisivo na absorção do 
Ca2+ e, em menor grau, na absorção do Pi pelo 
intestino delgado e também regula a remodelação 
óssea e a reabsorção renal do Ca2+ e do Pi. 
A luz ultravioleta B (UV-B) converte o 7-de-
hidrocolesterol em vitamina D3 (também chamada 
de colecalciferol) nas camadas mais basais da pele. 
A vitamina D3 é transportada pelo sangue da pele 
para o fígado. No fígado, essas vitaminas sofrem 
hidroxilação na posição 25 transformando-se em 
25-hidroxivitamina D (calcifediol). A 25-
hidroxivitamina D hepática está expressa em um 
nível elevado e relativamente constante, de modo 
que os níveis circulantes refletem em grande parte 
a quantidade do precursor disponível para a 25-hidroxilação. 
A 25-hisroxivitamina D é novamente 
hidroxilada nos túbulos proximais dos rins. Essa 
hidroxilação na posição 1 produz a 1,25-di-
hidroxivitamina D (1,25-di-hidroxicolecalciferol), 
que é a forma mais ativa da vitamina D. 
A vitamina D e seus metabólitos circulam no 
sangue ligados principalmente à proteína de 
ligação da vitamina D (DBP). Que além do 
transporte, se constitui em um reservatório de 
vitamina D que protege o indivíduo contra a 
deficiência dessa vitamina. 
A 1,25-di-hidroxivitamina D exerce suas 
ações principalmente se ligando ao receptor 
Estrutura, Síntese e Secreção do PTH 
Vitamina D 
20/09/2022 FAMEG | Afya 4 
Marcela Beltrão 
nuclear da vitamina D (VDR). A principal ação da 
1,25-di-hidroxivitamina D é regular a expressão de 
genes em seus tecidos-alvo, que incluem o 
intestino delgado, os ossos, os rins e as glândulas 
paratireoides. 
As ações genômicas da 1,25-di-
hidroxivitamina D, quando mediadas pelo VDR, 
ocorrem em algumas horas ou dias. Mas a 1,25-di-
hidroxivitamina D também tem efeitos rápidos 
(segundos a 10min). Por exemplo, induzir 
rapidamente a absorção de Ca2+ pelo duodeno 
(transcaltaquia). 
 
FIGURA 7: ATIVAÇÃO DA VITAMINA D3 PARA A FORMAÇÃO DE 1,25-DI-
HIDROXIVITAMINA D E O PAPEL DA VITAMINA D NO CONTROLE DA 
CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA DE CÁLCIO. 
 
FIGURA 8: ESQUEMA DAS AÇÕES DO PTH E DA 1,25-DI-
HIDROXIVITAMINA D SOBRE O CÁLCIO E O FOSFATO INORGÂNICO. 
 
 
A absorção de cálcio no intestino é 
estimulada pela 1,25-di-hidroxivitamina D, por essa 
razão essa absorção é mais eficaz quando há um 
declínio no cálcio proveniente da ingestão 
alimentar. 
O Ca2+ é absorvido no duodeno e no jejuno 
por três vias: uma via transcelular regulada pelo 
Ca2+, uma via transcelular regulada por hormônios 
e uma via paracelular, passiva. 
Os ossos armazenam uma grande 
quantidade de Ca2+ e Pi. Logo, o processo de 
remodelagem óssea pode ser modulado para 
fornecer um ganho líquido (ou uma perda líquida) 
de Ca2+ e Pi, ao sangue e é sensível à atividade física 
(ou a falta dela), à dieta, à idade e à regulação 
hormonal. Uma vez que a integridade dos ossos é 
totalmente dependente do Ca2+ e do Pi, a 
desregulação crônica da [Ca2+] e da [Pi] ou dos 
hormônios que regulam essas concentrações 
causam doenças ósseas. 
 
FIGURA 9: RESPOSTA DO PARATORMÔNIO E DA 1,25-DI-
HIDROXIVITAMINA D A UM ESTÍMULO HIPOCALCÊMICO. 
 
FIGURA 10: RESUMO DOS EFEITOS DO PARATORMÔNIO. 
Transporte do Ca2+ e Pi 
20/09/2022 FAMEG | Afya 5 
Marcela Beltrão 
 
FIGURA 11: RAQUITISMO. 
 
FIGURA 12: RAIO X DE PACIENTES COM RAQUITISMO E OSTEOMALÁCIA, 
RESPECTIVAMENTE. 
 
FIGURA 13: TETANIA HIPOCALCÊMICA NA MÃO, DENOMINADA ESPASMO 
CARPOPÉDICO. 
 
FIGURA 14: PROCESSO DE OSTEOPOROSE NO OSSO. 
Regulação exercida pelos hormônios esteroides gonadais e 
adrenais. Esses hormônios têm efeitos importantes sobre o 
metabolismo do Ca2+ e do Pi e também sobre os ossos. O 
estradiol (E2) possui efeitos anabólicos e calciotrópicos sobre 
os ossos e estimula a absorção intestinal de Ca2+. O E2 é um 
regulador das funções osteoblásticas e osteoclástica. O 
estrógeno promove a sobrevida dos osteoblastos e a apoptose 
dos osteoclastos, favorecendo desse modo a formação óssea 
em detrimento da reabsorção. Em mulheres na pós-
menopausa, a deficiência de estrógeno leva a uma fase inicial 
de perda óssea rápida que dura cerca de 5 anos, seguida por 
uma segunda fase de perda óssea mais lenta que provoca 
hipocalcemia em razão da absorção ineficiente de Ca2+ e da 
perda renal desse íon, o que pode causar hiperparatireoidismo 
secundário. Os andrógenos também têm efeitos anabólicos e 
calciotrópicos ósseos, embora alguns desses efeitos sejam 
resultantes da conversão periférica da testosterona ao E2. 
Ao contrário dos esteróides gonadais, os glicocorticoides 
promovem a reabsorção óssea e a perda renal de Ca2+ e inibem 
a absorção intestinal de Ca2+. Os pacientes tratados com altas 
doses de glicocorticoide podem apresentar osteoporose 
induzida por glicocorticoide. 
O hiperparatireoidismo primário resulta da produção excessiva 
de PTH pelas glândulas paratireoides. Com frequência é 
causado por um único adenoma restrito a uma das glândulas 
paratireoides. 
Os pacientes com hiperparatireoidismo primário têm [Ca2+] 
sérica alta e, na maioria das vezes, [Pi] sérica baixa. A 
hipercalcemia resulta da desmineralização óssea, do aumento 
da absorção gastrointestinal de Ca2+ (mediada pela 1,25-di-
hidroxivitamina D) e do aumento da reabsorção óssea, à 
hipercalcemia e à hipercalciúria. A alta [Ca2+] sérica reduz a 
excitabilidade neuromuscular. As pessoas com 
hiperparatireoidismo exibem com frequência distúrbios 
psicológicos, sobretudo depressão. Também ocorrem outros 
sintomas neurológicos como fadiga, confusão mental e, 
quando os níveis estão muito elevados (acima de 15mg/dL), 
coma. A hipercalcemia pode causar parada cardíaca e levar à 
formação de úlceras pépticas uma vez que o Ca2+ aumenta a 
secreção de gastrina. Os cálculos renais (nefrolitíase) são 
comuns porque a hipercalcemia leva à hipercalciúria e o 
aumento da depuração de Pi causa fosfatúria. As altas 
concentrações de Ca2+ e Pi urinários aumentam a tendência à 
precipitações de sais de Ca2+ e Pi, nos tecidos moles dos rins. 
Quando o [Ca2+] sérico excede 13mg/dL e os níveis de fosfato 
estão formais, o produto de solubilidade do sistema Ca2+/Pi é 
ultrapassado. Nesse momento, formam-se sais insolúveis de 
Ca2+/Pi, que provocam a calcificação de tecidos moles, como 
vasos sanguíneos, pele, pulmões e articulações. 
Os indivíduos com hiperparatireoidismo apresentam 
evidências de aumento do processo de renovação óssea, como 
elevação dos níveis urinários de hidroxiprolina, que é indicativa 
de alta atividade reabsortiva óssea. A hidroxiprolina é um 
aminoácido característico do colágeno tipo I. Quando o 
colágeno é degradado, a excreção urinária de hidroxiprolina 
aumenta. Embora o hiperparatireoidismo cause no final 
osteoporose (perda de osso que envolve tanto o osteoide 
quanto a parte mineral), ela não é necessariamente o sintoma 
inicial. Contudo, a desmineralização óssea é evidente. 
Nos indivíduos com deficiência de vitamina D, o osteoide não 
se calcifica de modo adequado e o osso se torna frágil. A 
deficiência de vitamina D produz hipocalcemia e 
hipomagnesemia e reduz a absorção gastrointestinal de Ca2+ e 
Pi. A queda de [Ca2+] sérica estimula a secreção de PTH, que por 
sua vez estimula a excreção de Pi pelos rins, agravando dessa 
forma a perda de Pi sérico. E quando o produto Ca2+ x Pi do soro 
está baixo, a mineralização dos ossos é prejudicada e a 
desmineralização aumenta. Nas crianças, essa situação conduz 
ao raquitismo, no qual o crescimento dos ossos longos está 
anormal e o enfraquecimento dos ossos provoca um 
arqueamento das extremidades e o colapso da caixa torácica. 
Nos adultos, a deficiência de vitamina D causa osteomalácia, 
condição caracterizada pela presença de osteoide pouco 
calcificado e dor, pelo aumento do risco de fratura e pelo 
colapso das vértebras. A elevação secundária do PTH pode 
causar osteoporose. 
20/09/2022 FAMEG | Afya 6 
Marcela Beltrão 
 
• HALL, J.E.; GUYTON, A.C. Tratado de 
Fisiologia Médica. 13º edição. Rio de 
Janeiro: Elsevier Editora ltda, 2017. 
• BERNE, Robert M.; LEVY, Matthew N. 
Fisiologia. 6º edição. Rio de Janeiro: Elsevier 
Editora ltda, 2009. 
• TORTORA, Gerard e DERRICKSON, Bryan. 
Princípios da Anatomia e Fisiologia. 14º 
edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara 
Koogan ltda, 2016. 
• JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, José. 
Histologia básica texto e atlas. 13º edição. 
Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 
2017. 
 
Referências

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