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Resumo de Sedimentologia

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~ Resumo de Sedimentologia – Vitória Azevedo ~
! Como Organizar a Caderneta de Campo!
· Preparando a caderneta para o campo
– Dê preferência a lápis grafite ou caneta com tinta resistente à água.
– Antes de tudo, escreva seu nome, endereço, nome do projeto, ano e número da caderneta (caso o projeto necessite) na capa.
– Numere as páginas de forma sequencial. 
– Reserve as primeiras folhas para elaboração de um índice, que fará menção do conteúdo às datas e ao número das páginas.
· Em campo
– Comece as anotações de cada dia em uma nova página, anotando sempre: data e dia da semana, as condições do tempo (se estas forem excepcionais, tais como nevasca, chuva intensa, nevoeiro, etc.), o planejamento do dia (perfil a ser levantado ou follow-up de anomalias), a hora e local de saída, breve descrição do deslocamento até o ponto de parada (as condições de acesso e a equipe participante, inclusive o nome dos auxiliares locais). 
– É sempre bom ter o contato (endereço e fone) anotado ao final da caderneta. Eles podem ser muito úteis para trabalhos futuros.
– Estabeleça previamente um esquema de numeração dos afloramentos, o qual possa ser continuado em etapas posteriores de campo. 
– Dica: utilize iniciais (do projeto e de seu nome) mais o número sequencial, como por exemplo: FN-JS-001 (afloramento 001 do geólogo João da Silva do Projeto Ferro Nordeste).
· Como organizar sua caderneta
– Usar tópicos
– Destacar o número do ponto parada 
– Fazer croquis (com escala e orientação)
– “Puxar” detalhes do croqui
– Separar as descrições das interpretações
– Anotar sempre o número da foto e o que você quer mostrar com ela.
· Roteiro para descrição de afloramento
· Localização
1. Coordenadas e datum (caso utilize coordenadas UTM, não se esquecer de colocar a zona e hemisfério);
2. Altitude do ponto;
3. Localização detalhada: estrada, km, fazenda, rio, etc.;
4. Tipo do afloramento: corte de estrada, lajedo, escarpa, leito de rio, sangradouro de açude, etc. Mencione as dimensões aproximadas do afloramento.
· Aspectos fisiográficos descreva de forma sucinta o tipo de relevo, de vegetação e de solo.
· Geologia descreva, inicialmente, o afloramento à distância e depois em detalhe:
1. À distância descreva as principais estruturas (acamamento, falhas, juntas, contatos, presença de veios e/ou diques, etc.) e os litotipos presentes. Neste ponto, cabe muito bem a confecção de um desenho esquemático com indicação e descrição das feições mais importantes do afloramento;
2. Em detalhe descreva todos os litotipos presentes quanto a: mineralogia, textura, fábrica, grau de intemperismo (fraco, médio ou alto), estruturas planares e lineares.
3. Caso o afloramento contenha ocorrência mineral, é essencial citar: o mineral ou rocha de interesse, teor desse mineral em relação à zona mineralizada (e quando possível, estimar o teor do elemento de interesse, por exemplo, BIF com 50% de Fe), dimensões da zona mineralizada (comprimento x largura x espessura, sempre nesta ordem), tipo de encaixante, tipo de alteração na encaixante (sulfetação, sericitização, biotitização, epidotização, cloritização, carbonatação etc.), as dimensões da zona de alteração, medidas estruturais (foliação, lineação, fraturas, etc.) da encaixante e da zona mineralizada.
· Amostragem anote o tipo (grab, chip, canal, etc.), a quantidade coletada, de que parte da(s) rocha(s) foi coletada, a finalidade (química, geocronologia, micropetrografia, etc.) e o nome (idêntico ao que foi escrito na etiqueta) da amostra. De preferência, faça amostragem orientada.
· Croquis ou Perfis desenhe as feições principais, tais como contatos, estruturas notáveis e litótipos. Oriente e coloque escalas gráficas (vertical e horizontal). Quando houver mineralizações no afloramento, indique na ilustração. Se necessário desenhe ZOOM de detalhes e indique no croqui.
· Fotos fotografe o afloramento como um todo e, depois, em detalhe. Utilize a função 'macro' para close-up (como por exemplo o de ocorrências minerais). 
Use escala adequada como cartão, caneta ou moeda para pequenas feições; martelo para feições de tamanho médio; e, pessoas ou automóveis para feições de grande porte. 
Procure sempre, orientar suas fotos, com indicação do norte. Anote o tema fotografado, com o número da foto, no afloramento correspondente na caderneta.
· Como Desenhar uma seção/perfil estratigráfica
– Definir a escala que vai usar
– Identificação inicial da litologia
– Geometria dos corpos e dos contatos.
– Descrição sequencial (perfis): estruturas, texturas, cores, composição (lupa de 10x), paleocorrentes, fósseis, etc...
– Descrição de afloramentos x testemunhos: interpretação bi- e tridimensional com correlação em seções.
· O que levar para o campo
– Caderneta de campo
– GPS e Bússola 
– Os mapas da área (cartas estratigráficas da área, seção tipo, artigos referência...)
– Lupa de mão
– Máquina fotográfica
– Roupas leves e de cor clara (calça e camiseta com manga)
– Boné/ chapéu
– Capa de chuva
– Tênis confortável que de preferência seja aprova de água
– Protetor solar
– Repelente para insetos
– Remédios de uso pessoal; Papel Higiênico/Lenço de papel
– Água
– Lanches fáceis (biscoitos ou frutas)
– Saquinho para recolher seu lixo
– Documento pessoal (Carteira de Identidade)
· Conceito de sedimentologia estudo de sedimentos.
– A base para a sedimentologia moderna foi lançada durante a Renascença, Revolução industrial, por pesquisadores como Leonardo da Vinci, William Smith e James Hutton. 
– Leonardo da Vinci fez estudos da intercalação de água com obstáculos e com isso pode mudar o rumo de uma partícula que estava sendo carregada. Fez o primeiro mapa topográfico.
– James Hutton (1726 – 1797) fez a base da interpretação geológica, os processos que são responsáveis pelas sucessões antigas são os mesmos que atuam hoje, sendo cíclico. Introduziu o conceito de tempo profundo. Livro Teoria da Terra, que foi o primeiro livro de geologia oficial. 
– William Smith (1769 – 1839) produziu o primeiro mapa geológico. Introduziu o princípio da sucessão faunística e florística. Primeiras ideias sobre a sucessão faunística, empilhamento de rochas e a ciclicidade dos eventos.
· Final do século XVIII e XIX
– Sedimentação gradual regularidade de sedimentação ao longo do tempo, processos lineares. Os registros sedimentares são contínuos, com poucos hiatos. Sendo algo constante, pois sempre há deposição de sedimentos. 
– Sedimentação episódica variações de taxas de sedimentação ao longo do tempo, os processos não são lineares. Registro sedimentar incompleto, com muitos hiatos.
· Evidência de sedimentológica de sedimentação episódica no registro sedimentar
1. Turbiditos os depósitos de turbiditos são de deposição rápida e episódica, quanto mais mal selecionado, pior será a porosidade. Transporte rápido (de minutos a horas), sedimenta espessa camadas. Sedimentação formada por um episódio catastrófico. Transporte por gravidade. Ambiente de baixa energia, como os ambientes lacustre e marinho. A sedimentação é fina composta de argila e silte.
· 2. Tempestitos formados por tempestades nos ambientes marinho e lacustre. De grande liberação de sedimentos. O transporte é feito por movimento das tempestades. Formação de estrutura sedimentar específica Hummocky (é uma face fina intercalada com face grossa) que é uma estrutura catastrófica. A sedimentação leva apenas algumas horas. Há períodos sem nenhuma deposição. Para gerar uma estrutura dessas atualmente seria necessário um furação.
3. Inunditos formados por inundações violentas. De ambiente fluvial e marinho. Nos períodos de inundação, mobiliza maior quantidade de sedimentos. Está relacionado a inundações catastróficas. 
· Uniformitarismo por James Hutton, de natureza lenta e gradual, tanto dos processos bióticos (i.e., evolução da vida) quanto processos geológicos como por ex a sedimentação. Os fenômenos que atuam na natureza e os processos sempre aturaram dessa forma, desde o mais remoto passado até os dias atuais. É algo contínuo e gradual aolongo do tempo. “O presente é a chave do passado”. Recusou a criação da Terra a partir do dilúvio (como único evento criador). Encontrou vestígios de repetidas perturbações alternadas com longos períodos calmos de sedimentação. Sequência de estrato assenta sobre camadas revolvidas ou corta camadas inclinadas.
1 – Camadas horizontais (deposição).
2 – Inclinação (movimentação)
3 – Erosão 
4 – Nova deposição
“Não encontramos nenhum sinal de começo, nenhuma perspectiva do fim.”
· Catastrofismo recorrência cíclica de catástrofes, como grandes inundações marinhas e descontínuas enchentes fluviais que são responsáveis por controlar a erosão a sedimentação e a modelagem do relevo da Terra. Essas catástrofes seriam responsáveis pela extinção da vida nas áreas afetadas. Vida esta que era tão recriada por mãos divinas.
· Neocatastrofismo junção de catastrofismo e uniformitarismo, eventos de grandes magnitudes, porém não muito raro de acontecer como no catastrofismo. Demonstra que a Terra possui acontecimentos graduais e catastróficos. Há coisas que se observa todo dia e outras que só estão preservadas no registro geológico. O principal argumento era que na natureza existe eventos de diferentes durações e magnitudes. Como por exemplo os hummocky, que podem representar alguns minutos de registro geológico. Espessa camada de turbiditos, que tem registros de algumas horas de sedimentação. Os eventos de grande magnitude são raros na óptica humana tendo uma frequência muito baixa, porém são extremante frequentes na escala de tempo geológico.
· Catastrofismo atualista é mais usado atualmente, em que o registro sedimentar é, em sua maioria, fruto de processos instantâneos do ponto de vista do tempo geológico. São eventos pontuais que envolvem elevado grau energético. (Kenneth Hsu, 1983).
· Quanto maior a magnitude, menos frequente o evento é. Porém, seu potencial de preservação será maior, já que ele “apaga” o evento anterior.
· Todos os ambientes sedimentares apresentam dois tipos de regimes de sedimentação
– Longos períodos de pouca ou nenhuma sedimentação (situação do dia a dia). E pouco ou nada acontece em termos de registro sedimentar.
– Períodos breves de sedimentação muito intensa, com elevados taxas de deposicionais, e os depósitos são significativos. 
· Hiato é um período em que não houve sedimentação. É uma ausência de registro.
· Glauconita é característico de ambiente marinho intermediário a profundo.
· Autoclásticas erode a própria borda do vulcão.
· Formigas produzem bioturbação (corroem sedimentos), pois possuem ácido fólico.
· A cor da rocha pode indicar o ambiente deposicional.
· Ambiente oxidante + úmido gera oxidação do ferro2+ como ocorre nos folhelhos.
· Um ambiente redutor é um ambiente mais seco.
· O carvão sendo uma rocha orgânica que acumula e é composta por mais de 50% de matéria orgânica e pouco sedimento.
· Tipos de rochas 
– Rocha extrabacial que é alóctone, é formada por sedimento que vem de fora da bacia, erodindo por diferentes processos. Composição pela área fonte é controlada pelo ambiente deposicional (também é controla o tamanho dos grãos). Detrítica. Exemplo siltito, conglomerado, folhelho, siliciclásticas, terrígenas e exógenas. 
Siliciclástica = rocha extrabacial, sendo composta por detritos que vem de fora da bacia.
– Rocha intrabacial que é autóctone, sendo rochas químicas (evaporitos, estromatólitos, carbonáticas) ou biológicas. São formadas por sedimentos aloquímicos ou principais constituintes precipitados dentro da dentro da bacia. Não detrítica. Sendo frias, pois as bactérias sobrevivem no frio. Exemplo rocha carbonática, evaporítica, fosfáticas, silicosas, ferríferas, carvão (orgânica) e bauxita. 
· Outros tipos de rocha
– Rochas híbridas são formadas por junção de componentes. Do lado de fora da bacia a composição é detrítica e se tiver porosidade alta é um ótimo reservatório. Exemplo coquina.
– Bacia costeira borda da bacia, área de estacionamento de sedimentos. Em uma bacia sedimentar depende do nível do mar, sendo o rio um agente transportador. 
– Rocha vulcanoclástica composição vulcânica e textura clástica, possui o mesmo transporte das rochas sedimentares. Transporte do vento → cinza vulcânica, fluxo pela lava → gravitacional.
· Fissilidade uma rocha que desplaca/desagrega é físsil, devido ser composta de argila. A capacidade de desagregar os folhelhos tem a ver com a fissilidade e a quantidade de matéria orgânica e o ambiente deposicional. O folhelho com fissilidade é rico em matéria orgânica. Se não desplaca é um argilito.
· Friável é um arenito que não se desmancha (desagrega).
· Roteiro de classificação de rochas
1. Identificação da amostra usa código e origem.
2. Cor 
3. Textura utiliza o tamanho do grão, seleção (bem ou mal selecionado) e grau de arredondamento
4. Dureza para folhelho e siltito é fissilidade e friabilidade para arenito.
5. Estrutura pode ser maciça, orientada ou estratificada
6. Composição descreve a mineralogia, matriz, clastos e fósseis.
7. Grau de alteração que pode ser inalterada, sã, ligeiramente sã ou bastante alterada
8. Outras observações se a rocha tem fratura, icnofóssil, marcas, etc
9. Tipo da rocha a qual grupo pertence
10. Classificação dá o nome da rocha
· Exemplo de classificação de rocha
1. Identificação da amostra: UERJ R55 - 235
2. Cor: Laranja e pêssego
3. Textura: Areia fina, bem selecionado
4. Dureza: Friável
5. Estrutura: Laminar
6. Composição: Quartzo e feldspato 
7. Grau de alteração: Sã
8. Outras observações: Fratura
9. Tipo da rocha: Extrabacial
10. Classificação: Arenito
· Rochas sedimentares e ciclos sedimentares 
· Rochas sedimentares se formam na superfície da crosta terrestre sob temperaturas e pressões relativamente baixas, pela desagregação de rochas pré-existentes/ se formaram a partir de sedimentos soltos, seguida do transporte e da deposição dos detritos, ou de forma menos comum, através da acumulação química podem ser produzidas por material detrítica ou não detríticas. Através da erosão gera sedimentos que são transportados, depois são depositados (no substrato ou na bacia), vira estrato (camada).
· Ciclo sedimentar 
– Intemperismo é a alteração física e química das rochas (atmosfera, hidrosfera e biosfera).
– Erosão destruição das rochas, removendo partículas produzidas pelo intemperismo. Principais agentes são a água, gelo e vento.
– Transporte transporta os materiais alterados para áreas de acumulação. Agentes são a água, gelo, vento e gravidade. Solução, suspensão, arrasto/arraste, rolamento e saltação.
– Sedimentação/deposição acumulação/deposição de materiais em camadas ou estratos que são depositados em depressões ou na bacia sedimentar, no fundo de lagos, rios e marés. Deposição de partículas ou precipitação de minerais.
– Litificação transformação dos materiais/sedimentos em rocha dura, sendo esse processo designado como processo diagenético em que os processos diagenéticos mais importante são a compactação (quando os grãos são compactados pelo peso do sedimento sobreposto, formando uma massa mais densa que a original, sendo algo físico) e a cimentação (quando minerais se precipitam ao redor das partículas depositadas e agregam-se umas às outras, sendo algo químico).
– Soterramento compactação das camadas sedimentares acumuladas.
– Diagênese é o processo de formação de rocha sedimentar. Quando pressão, calor e reações químicas pelas quais os sedimentos soterrados são litificados e transformados em rochas sedimentares. Ocorre em temperaturas abaixo de 200°C. se os sedimentos ou rocha sofrerem transformações acima de 200°C, são submetidos ao metamorfismo.
· Quando um sedimento é coberto por sedimentos mais recentes a pressão aumenta, ocorrendo duas coisas importantes:
– Compactação a sedimentação é um processo contínuo, o sedimento é preservado e é compactado, como consequência os poros diminuem. Os sedimentos depositados no fundo do mar ou de um lago são rapidamente cobertos por novos sedimentos. À medida que as argilas são gradualmente cobertas por novos sedimentosa pressão aumenta. Leva os flocos de minerais de argila a se aproximarem uns dos outros. A estrutura aberta do sedimento original colapsa. Os minerais de argila dispõem-se paralelamente uns em cima dos outros. Deste modo, a porosidade das argilas é reduzida drasticamente. Expulsa a água, diminui o espaço poroso, devido ao aumento de pressão com o soterramento (sedimentos depositados acima), processo físico. Este apertar dos sedimentos é referido como compactação. A compactação é um dos mecanismos que transforma um sedimento em rocha.
– Cimentação une os grãos de sedimento inconsolidado. Quando o sedimento é cimentado, o material que forma o cimento pode ser fornecido ao sedimento a partir de outro local pela água dos poros – ou pode formar-se localmente por dissolução por pressão. 
Os poros podem ser preenchidos por calcita que é um dos minerais mais comuns a constituir o cimento nas rochas sedimentares. Outros minerais que podem constituir o cimento são o quartzo e um grupo de óxidos/hidróxidos de ferro. Os minerais se precipitam ao redor de partículas depositadas e agregam-se umas nas outras, sendo um processo químico. Para distinguir os três tipos de cimento deve-se reconhecer que a calcita efervesce com o ácido clorídrico (HCL), o quartzo forma um cimento duro que não efervesce com o ácido clorídrico e os óxidos/hidróxidos formam um cimento com uma cor avermelhada característica.
– Autigênese formação de minerais in situ (denominados de autígenos) durante a diagênese. Ocorre formação da glauconita e transformação da matéria orgânica em hidrocarbonetos (petróleo).
· Os sedimentos são compactados e cimentados, depois de serem soterrados sob mais camadas de sedimentos. O arenito é formado pela litificação de partículas de areia e o calcário pela litificação de conchas e de outras partículas de carbonato de cálcio. 
· Sedimento inconsolidado é o material desagregado que foi transportado e depositado. Como por exemplo a areia da praia. 
· Dissolução por pressão é quando dois grãos em contato são sujeitos a pressões elevadas, o material ao longo das zonas de conforto se dissolve. No entanto, o material dissolvido é insolúvel na água – este precipita assim que desloca para um local onde a pressão é inferior – nos poros entre os grãos de areia. O quartzo depositado nos poros atua como um cimento – liga os grãos de areia entre si e transforma o sedimento solto numa rocha sedimentar – um arenito. 
· Sedimentos clásticos são sedimentos que se sofrem intemperismo químico ou físico, em que toda a rocha é partida em pequenos fragmentos. O grão do mineral é liberado da rocha fonte tornando-se um grão. Os grãos ou fragmentos de rocha formados desse modo são os grãos clásticos, detríticos, litoclasto (fragmento de rocha dentro de uma rocha) ou fragmento lítico. Sendo uma rocha clástica. Vários grãos clásticos juntos formam um sedimento clástico, exemplo de rochas sedimentares clásticas são folhelho, conglomerado, arenito e tilito. 
O material clástico normalmente não permanece por muito tempo no local onde se formou. Após a liberação do material da rocha-mãe, este é muitas vezes transportado para outro local através de água, vento, gelo ou outros mecanismos de transporte. A partir do momento que o mecanismo de transporte não possui energia para transportar o material detrítico este é depositado constituindo um sedimento clástico. O sedimento clástico é classificado de acordo com o tamanho das partículas clásticas. Dividido as partículas desde grande a pequenos em blocos, calhau, matacão, areia, silte e argila. 
· Sedimentos químicos e bioquímicos são substancias químicas novas que se formam por precipitação quando alguns dos componentes das rochas dissolvem-se durante o intemperismo e são carregados pelas águas dos rios para o mar. Entre esses sedimentos incluem-se as camadas de minerais como a halita (cloreto de sódio) e calcita (carbonato de cálcio), frequentemente encontrados na forma de recifes e conchas. As rochas sedimentares biogênicas e quimiogênicas formam-se quando íons dissolvidos na água, ao ficar saturada irá precipitar para formar minerais em solução. Como por ex se uma solução possuir uma elevada concentração em Ca2+ e CO²3, então começará a formar calcita (CaCO3). A calcita assim fromada irá crescer nos limites dos grãos e nos espaços entre os grãos de areia. O mineral recém formado atua do mesmo modo que o cimento – liga os grãos de areia uns ao outros. É desta forma que a areia solta se transforma em um arenito duro.
· Intemperismo conjunto de modificações de ordem física (desagregação e fragmentação mecânica), química (decomposição química dos minerais primários) e biológica (influência de raízes e ácidos orgânicos), que transforma rochas ígneas, sedimentares e metamórficas na superfície da Terra em materiais friáveis e solos. Intemperismo químico e físico atuam junto na rocha.
– Meteorização (intemperismo) e erosão o transporte e sedimentação são promovidos pela água e vento. Correntes oceânicas transportam e depositam matérias pela corrente e pela precipitação química. À medida que se acumulam novos sedimentos os estratos inferiores transformam-se em rochas sedimentares.
· Fatores que controlam a ação do intemperismo 
– Clima variação de temperatura e quantidade de chuvas na região.
– Relevo ou topografia é um regime de infiltração e drenagem das águas.
– Tempo de exposição 
– Estrutura da rocha rochas maciças e rochas com foliações, falhas, fraturas e estratificações. 
– Fauna e flora fornecem matéria orgânica para as reações químicas e remobilizam materiais. Matéria orgânica do solo decompõe-se, liberando CO2, diminuindo o Ph das águas de infiltração.
· Tipos de intemperismo
1. Intemperismo físico ocorre quando a rocha sólida é fragmentada por processos mecânicos que não mudam sua composição química.
1.1. Variação de temperatura as rochas por ação do sol são aquecidas (podendo chegar a temperaturas acimas de 60°). A noite diminuí a temperatura chegando de 20° a 0°. Cada mineral possui um coeficiente de dilatação e compressão internas no maciço rochoso. As rochas nessas condições durante o dia dilatam-se e durante a noite contraem-se.
1.2. Hidratação dos minerais das rochas a maioria dos minerais das rochas, inclusive os feldspatos: quando o feldspato alcalino é exposto a águas ácidas, ocorre uma reação química que hidrata e transforma o feldspato em caulinita (um mineral de argila de fórmula química Al2Si2O5 (OH)4). A hidratação dos minerais origina tensões internas que são as principais responsáveis pela desagregação das rochas, dando origem a solo com fragmentos de rochas e arenosos, quando originados de rochas macro granulares (granitos, gnaisses, conglomerados, arenitos, etc) dando origem a solo siltitosos, quando originários de rochas micro granulares (basaltos, riolitos, etc).
1.3. Congelamento e de gelo (crioclastia) a água ao congelar, cristaliza aumentando de volume (9%). Quando a fenda estiver cheia de água e temperatura tingir –22°C, o congelamento da água exerce sobre as paredes uma força expansiva da ordem de 200kgf/cm², que poucas rochas são capazes de resistir. A repetição periódica do congelamento e degelo das águas intersticiais, que ocupa parcialmente ou totalmente os poros e as fendas acaba por fragmentar a rocha, mesmo as mais resistentes. Em regiões sujeitas a ciclo de congelamento e de gelo, as rochas estão cobertas por uma camada de cascalho anguloso (fragmentos de rocha) resultantes da ação do gelo. Logo, a água penetra nas fendas das rochas, congela e descongela gerando a quebra da rocha.
1.4. Crescimento dos minerais (cristais) águas de infiltração e/ou gases podem precipitar de forma lenta e gradual, soluto nas fendas das rochas, dando origem a cristalização de sais ou minerais. Os minerais dessa forma podem exercer forças de expansão devido a cristalização (similares ao congelamento das águas intersticiais), nas paredes das fendas, capazes de provocar a fragmentação das rochas adjacentes de forma lenta e progressiva.
1.5. Alívio de pressãodegelo de espessas camada de gelo após um período glacial ou erosões de espessas camadas de solo e rochas, provocam nos maciços rochosos alivio de pressão e consequente expansão do maciço, originando fraturas paralelas a superfície do terreno ou a abertura de fendas existentes.
· Gelo é o menor agente de seleção. Vento é o maior agente de seleção.
2. Intemperismo químico são processos capazes de decompor os minerais das rochas, essa decomposição transforma os minerais primários em minerais secundários (argilo minerais). Os minerais de uma rocha podem ser alterados ou dissolvidos quimicamente. Principal agente é a água que enfraquece a rocha, tornando mais suscetível a fragmentação. Influência no intemperismo químico composição da rocha e fatores climáticos. As principais reações químicas dependentes 
– Dos reagentes minerais originais da rocha e soluções de alteração. A água da infiltração proveniente da chuva, que chega até as rochas, é levemente ácida, pois incorpora CO2, oxigênio e nitrogênio ao atravessar a atmosfera. Ácidos orgânicos e CO2 provenientes da transpiração e putrefação dos organismos em geral microrganismos, que existem em abundancia nos poros da parte superior dos solos sobre as rochas.
– Das condições em que as reações se processam (clima, relevo, presença de organismos, tempo).
– Reações 
2.1. Hidratação entrada de H2O na estrutura dos minerais. Exemplo anidrita + água = gipsita.
2.2. Hidrólise destrói a estrutura mineral, libera cátions e aníons removidos pela drenagem e recombinados em novos minerais. Todas as reações do intemperismo químico ocorrem nas fraturas das rochas onde há percolação da água podendo resultar em decomposição esferoidal (tipo cascas de cebola). Arestas e os vértices dos blocos são mais expostos ao ataque do intemperismo químico que as faces. 
2.3. Oxidação exemplo pirita com H2O = goethita.
2.4. Carbonatação CO2 e H2O e ácido carbônico.
2.5. Complexação complexos orgânicos solúveis, ligam-se a elementos químicos insolúveis, mobilizando-os.
· Solução de alteração é a água da chuva carregada em elementos/substancias dissolvidas.
· Solução de lixiviação é a água da chuva modificada pelas reações do intemperismo.
· Solução em íons o transporte é através da suspensão. 
· Quando sofrem intemperismo químico, dolomita e calcita se dissolvem sem deixar resíduos. Feldspatos, piroxênios, mica/biotita viram argilas e o quartzo como é muito resistente ao intemperismo químico, não se decompõe.
3. Intemperismo biológico caracterizado por rochas que perdem alguns de seus nutrientes essenciais para organismos de seus nutrientes essenciais para organismos vivos e plantas que crescem em sua superfície. Plantas podem provocar o intemperismo mecânico quando suas razies penetram, de forma profunda na rocha, provocando fendas. A ação de formigas gera ácido fórmico. 
· As rochas alteram-se mais rápido em climas tropicais úmidos do que em climas temperados ou frios. Porque plantas e bactérias crescem de maneira acelerada em climas quentes e úmidos. A maioria das reações químicas, inclusive o intemperismo, acelera com o aumento de temperatura.
· Quanto menores os blocos produzidos pelo intemperismo físico, maior é a superfície disponível para a ação do intemperismo químico.
· Erosão processo de desagregação e remoção de partículas do solo ou fragmentos de rocha. Os principais agentes são gravidade, água, vento, gelo ou organismos. Pode ocorrer por ação de fenômenos da natureza ou do ser humano. Carrega o material do intemperismo.
– Causas naturais água é o principal agente erosivo, vento, gravidade e mudança na composição química do solo. 
– Causas humanos ao retirar a coberta vegetal e um solo, este perde sua consistência, pois a água antes absorvida pelas raízes das arvores e plantas, passa a se infiltrar no solo, essas infiltrações pode causar a instabilidade do solo e a erosão. Atividades de mineração, de forma desordenada, também podem provocar erosão, ao retirar uma grande quantidade de terra de uma jazida de minério, os solos próximos podem perder sua estrutura de sustentação.
· Tipos de erosão 
1. Erosão eólica é a erosão através do vento com a retirada do material da superfície mais fina. Bastante comum, pode gerar uma forma bastante pitoresca, como em forma de taças e cogumelos. O impacto será maior quanto mais forte for o vento. O transporte e a deposição de grãos de areia pela ação do vento podem formar dunas capazes de arruinar grandes áreas agrícolas e invadir cidades.
· Erosão pela água
2. Erosão marinha age tanto no sentido de construir como de destruir formas de relevo.
3. Erosão pluvial provocada pela água da chuva que vai retraindo a camada superficial do solo. Camada fértil do solo tornando-os cada vez mais improdutivo. Arrancam a vegetação. Provocam o deslizamento da terra, desprendimento da camada superior do solo a qual desliza das encostas.
4. Erosão fluvial acontece por causa das correntes dos rios, que ficam constantemente arrastando a terra pelo seu leito e suas margens, o que acarreta o desmoronamento das suas margens e seu alargamento. Diminui a velocidade do rio e profundidade.
5. Erosão glacial as geleiras se descolam-se lentamente provocando erosão e sedimentação glacial. Ao longo dos anos o gelo pode desaparecer das geleiras.
6. Erosão por gravidade movimento de rochas e sedimentos, a montanha abaixo principalmente. O deslize numa montanha, a água debilitou o solo, em razão da força da gravidade.
· Transporte é o arreamento ou remoção dos produtos do intemperismo e da erosão (se há transporte há erosão). Os principais agentes são fundamentalmente os mesmos que atuam na erosão. Se o transporte for de caráter episódico, geralmente sendo catastróficos como terremotos, vulcões etc.
– Durante o processo de transporte partículas pelas águas das correntes, podem se depositar de forma diferenciada, dependendo da granulometria, forma e densidade, esse fenômeno é conhecido como transporte seletivo.
Para uma determinada granulometria, o material esférico decanta mais rapidamente do que o material em formato de disco, bem como minerais mais pesados que assentam antes de minerais leves, sendo favorecidos pelo processo de transporte em suspensão. Por outro lado, durante o transporte por arrastre ou tração pelo fundo, às esferas rolam mais facilmente e vão deixando para trás às partículas mais achatadas. 
O transporte de sedimentos pela correntes fluviais, pode ser agrupado em três tipos principais: transporte por arrastre, transporte por suspensão e transporte por saltação. 
· Transporte por ação da água (chuva, rios e correntes costeiras)
1. Solução transportado por soluções constituintes de rocha que podem ser solubilizados. Carregados pelas águas superficiais ou pelas águas subterrâneas, para rios e lagos e por fim oceanos. A carga solúvel de um rio é produto da área drenada pelo mesmo e por seus afluentes. Ocorre quando a intensidade de turbulência é maior que a velocidade de deposição das partículas movimentadas pelos esforços tangenciais e pelas forças de ascensão. Neste caso, às partículas são carreadas de forma completamente independente do leito fluvial.
2. Suspensão ocorre quando a intensidade da turbulência e a velocidade são maiores que a velocidade de assentamento das partículas sedimentares. Quanto maior for a velocidade de um rio, maior será sua capacidade de manter e transportar partículas em suspensão. 
O transporte de detritos pelas águas pode ocorrer em suspensão para materiais finos.
3. Tração (trativo) transporte de partículas grosseiras que fazem seu caminho próximo ao fundo do rio. Podendo ser dividido em:
3.1. Rolamento transporte de detritos pelas águas de materiais mais pesados e grosseiros.
3.2. Saltação é um fluxo não contínuo. Transporte de detritos pelas águas de materiais mais pesados e grosseiros. O transporte por saltação envolve o deslocamento das partículas ao longo do leito fluvial, que se dá por uma série de saltos curtos. O movimento por saltação pode ser considerado como uma fase intermediariaentre o transporte por tração e por suspensão. Às partículas que não são suficiente grandes para se manterem sobre o leito, sofrem arrastre e nem suficiente pequenas para serem transportadas em suspensão, podem ser momentaneamente levantadas, movendo-se para diante em uma série de saltos e avanços sucessivos.
3.3. Escorregamento
Obs: Transporte por arrasto/arraste é o transporte de detritos pelas águas de materiais mais pesados e grosseiros. Possui uma velocidade constante. De esforços tangencias ao longo do fundo da corrente, provocado pela água em movimento, cujo efeito é reforçado pelas forças ascensionais devidas de um fluxo turbulento. O transporte por arrastre ou por tração é em função da forma, tamanho e densidade das partículas que constituem a carga. Quando às condições de fluxo são alteradas, por redução na velocidade média da corrente ou na intensidade da turbulência, às partículas maiores, mais densas e de menor esfericidade são deixadas para trás. O movimento das partículas por arraste, devido estar restrito ao leito fluvial é mais limitado e sensível às condições de variação de velocidade e de turbulência que o transporte por suspensão. 
4. Correntes costeiras correntes longitudinais e deriva litorânea
– Frente de onda oblíquas a praia gera fortes correntes longitudinais.
– Frente de onda paralela à praia gera correntes longitudinais fracas e corrente de retorno iminentes. Correntes costa a dentro (ons hore currents). Correntes costa a fora (off shore currents). 
A corrente flui sobre um leito de cascalho, areia, silte e argila transporta uma carga em suspensão de partículas finas. À medida que a velocidade da corrente aumenta a carga em suspensão cresce. A partícula se move por saltação pulando na superfície do leito. E uma carga de fundo de material que rola e arrasta sobre o leito...com isso aumenta o cisalhamento sobre o leito, gerando aumento de carga de fundo. Em uma determinada velocidade de corrente, as partículas menores se deslocam mais alto e mais longe que os grãos maiores.
– Ação do vento promove o descolamento do material sedimentar de barlavento para sotavento, tanto a favor como contra o declive do terreno. Transporte característico de deserto ou planícies costeiras (rara planície aluvial e regiões periglaciais). Vento transporta sedimentos em suspensão, saltação, arrastamento superficial. 
– Geleiras
– Movimentos de massa (fluxos gravitacionais)
· Se os sedimentos estiverem no mar, terão mais transporte e retrabalhamento, pela ação de ondas.
· Tipos de transporte 
– Mecânico (grãos)/fluxo fluído (fluxo de baixa viscosidade) o seu mecanismo de transporte é em função da granulometria, densidade e morfometria. Ex rios, ondas, mares e vento.
– Químico (soluto)/fluxo denso (fluxo de alta viscosidade) possui uma grande concentração de sedimentos, com maior coesão e atrito. Como declives (encostas e taludes) e deposição com diminuição do gradiente. De caráter episódico.
· Tipos de fluxos densos
1. Escorregamento e deslizamento
2. Fluxo de lama e detritos
– Fluxo laminar devido à alta viscosidade
– Matriz pelítica sustenta os clastos grosseiros
3. Correntes de turbidez
– Água e sedimentos com alta turbulência 
· O tipo de fluxo influência como o sedimento vai se formar.
· Fluxo laminar quando as partículas de fluído movem-se em trajetórias retilíneas e paralelas, deslizando uma sobre as outras. Sem se misturar ou se cruzar. Gera leito plano. Viscoso. Velocidade baixa.
· Fluxo turbulento quando a velocidade aumenta ou a camada se torna rugosa, as trajetórias do fluxo curvam-se formando redemoinhos. Misturam-se formando espirais turbulentas. Escava o leito, gera marca ondulada e ondulação. Esse tipo de fluxo é mais eficaz em erodir o fluxo laminar. Carrega mais material se não for episódico. Turboglifo se forma em leito raso, de fluxo turbulento.
· Com o aumento da velocidade todo o perfil vertical torna-se turbulento, onde a camada sub laminar é destruída.
· Movimentos de massa/fluxos gravitacionais/fluxo gravitacional sendo um movimento de massa, corresponde ao transporte de sedimentos paralelemente ao substrato, com maior ou menor participação, porém sempre essencial, da gravidade. Existe diversos tipos de movimentos de massa, em relação aos tamanhos e natureza dos materiais. Processos e produtos ligados a esses fenômenos são de interesse para a geologia, geomorfologia e geotécnica. Não estão restritos aos ambientes subaéreos, ocorre também em ambiente subaquático, de fundo lacustre raso até submarinos profundos. No fluxo gravitacional há os leques aluviais (que são um deposito de fluxo de massa).
· Processos gravitacionais subaéreos ou escorregamento subaéreos refere-se a qualquer movimentação declive abaixo do material. Devido à natureza dos processos e materiais envolvidos, as velocidades desses movimentos permitem distinguir, vários tipos
– Queda de rocha e detritos descidas rápidas de massas rochosas, provenientes de uma falésia por saltos, declive abaixo, originando depósitos de talús.
– Deslizamento de rochas e detritos descida rápida de massas rochosas por deslizamento declive abaixo, formando montes e massas irregulares de fragmentos.
– Corrida de lama um fluxo de detritos no qual a consistência é de lama, contém abundante argila e água. Associado a intensas chuvas, pode ter velocidade lenta ou rápida.
– Escorregamento deslizamento para baixo de um corpo coerente de rocha o regolito ao longo de superfície de ruptura curva. A superfície original da massa deslizada ou qualquer superfície plana nela contida torna-se rotacionada com a movimentação. Movimento rápido de material e intemperizado.
– Deslizamento de detritos/massa ou fluxo de detritos em um deslizamento de detritos, rochas, solos e objetos superficiais (como árvores) movem-se encosta abaixo como um corpo unitário e mais rápido que um escorregamento. Fluxo rápido declive abaixo de massa de detritos de natureza plástica. Comumente forma depósitos em formas de avental ou língua com superfície irregular. Por vezes inicia-se como deslizamento a montante e exibe cristais concêntricas e sulcos transversais.
– Rastejo de solo esse movimento declive abaixo do regolito é tão lento que é impossível não pratica ser medido em dias ou em poucas semanas. Pode ser diagnosticado pela inclinação vertente abaixo dos troncos de arvores ou pela danificação de construções artificiais como muros, casas e estradas. Ocorre de forma lenta e gradual.
· Processos subaquosos sedimentos grossos removidos das margens continentais e transportados para as bacias oceânicas profundas por processos gravitacionais subaquosos. Pode ser introduzido pelos fatores de dinâmica externa como ondas, marés e correntes costeiras. São reconhecidos quatro tipos:
– Correntes de turbidez deslocam-se como um fluxo de alta viscosidade e maior densidade em meio à água do mar ou de um lago, devido à presença de uma grande quantidade de sólidos suspensos. O nome da corrente de turbidez se originou do aspecto turbídio de torrentes fluviais que adentravam lagos glaciais, o que foi observado pela primeira vez no lago Geneva, já no século XIX. As correntes de turbidez são fluxos gravitacionais bipartidos, com uma base laminar mais densa e uma porção superior mais diluída e totalmente turbulenta, sendo disparada por eventos catastróficos de curta duração (por ex ondas de tempestade, choque induzido por terremotos, falhamento de sedimentos em taludes íngremes) ou de mais longa duração, tais como grandes cheias fluviais. A presença de finos é importante, pois aumenta a densidade da corrente e auxilia na geração de turbulência na camada superior do fluxo agindo na lubrificação dos grãos maiores da camada basal, o que permite ao fluxo carregar os sedimentos mais longe. Ao perder os finos, os choques entre grãos passam a acontecer, o atrito aumenta muito e o fluxo desacelera e deposita a carga areno conglomerática.
– Fluxo de sedimentos liquefeitos expansão de uma camada granular. O fluxo através de uma camada granular, de fluido dirigido paracima, faz com que essa se transforme em “camada expandida” de dispersão concentrada que, na prática se comparta como fluído viscoso.
– Fluxo granular/grãos areias com este fenômeno ocorrem de preferência em declives entre 18° a mais de 30° inexistentes e escala regional nos fundos submarinos, pode ocorrer em decliveis mais suaves. Nesse fluxo há presença de água. Se não tiver água terá um atrito de grãos.
– Fluxo de detritos ocorre como movimento declive abaixo de mistura de sólidos granulares (areia, cascalho etc) e argilominerais.
· Para diferenciar subaquoso este possui grãos bem selecionados, de gradação inversa, e o subaéreo possui gradação inversa. 
· Classificaçao dos principais tipos de fluxo gravitacionais subaquosos, com base no mecanismo de sustentaçao dos sedimentos
· Classificação de processos
– Diversos agentes estão envolvidos na destruição da superfície da Terra, como por exemplo rios que escavam canais, ondas atacam às praias e costões, ventos movimentam a areia das dunas e das praias, geleiras desgastam vales glacias, todos esses processos envolvem agentes móveis. 
– No entanto, outros processos atuam por intermédio de agentes essencialmente imóveis, como a variação termo higrométrica diária, o congelamento de água em fraturas ou a dissolução de calcário em cavernas. 
– Os vários processos, tanto móveis como imóveis que destroem às rochas são agrupados genericamente como erosão. O desgaste mecânico realizado pelos ventos ou rios, por meio das partículas que geralmente carregam é chamado de corrasão ou abrasão, enquanto o desgaste químico é chamado de corrosão. 
– A maioria dos processos realizados por agentes essencialmente imóveis, são agrupados genericamente como intemperismo. Intemperismo químico é chamado de decomposição e o intemperismo físico é chamado de desintegração. 
· 2 principais correntes
– Deriva litorânea 
– Correntes longitudinais responsáveis pelo transporte dos sedimentos costeiros, possui duas direções. 
· Taxa de deriva é o tanto eu as areias se deslocam.
· Pré-sal: carbonatos e pós-sal: turbiditos.
· Ortoconglomerado X Paraconglomerado
	É sustentado pelo grão. Conglomerado suportado pelo arcabouço (clastos) com menos de 15% de matriz. 
	É sustentado pela matriz. Conglomerado matriz suportado (mais de 15% de matriz). A matriz varia de grossa (grânulos e areia) até fina (silte a argila). Um paraconglomerado de matriz fina recebe o nome de diamictito.
	
	
· Estruturas sedimentares
Importância das estruturas sedimentares
1. Fornece informações paleoambientais.
2. Reconstituição da história deposicional da bacia.
3. Revela o tipo de fauna e flora presentes no registro. 
4. Predição das características dos reservatórios associados.
As estruturas sedimentares permitem determinar as condições hidrodinâmicas sob as quais determinados sedimentos foram depositados. Quando estruturas sedimentares isoladas são insuficientes para interpretações paleoambientais. É a associação paragenética de estruturas sedimentares e a sua presença em determinada sequência fornece as chaves mais adequadas para a interpretação paleoambiental.
· Fatores que controlam as estruturas sedimentares
1. Meio de deposição
2. Energia de deposição
3. Ambiente de deposição
4. Profundidade da lâmina d’água (tamanho de água)
5. Atividade biológica 
6. Processos digenéticos 
· Classificação das estruturas
1. Estrutura primária (singenética) = estratificação resulta do processo físico atuante durante a sedimentação, como por exemplo marcas de onda e estratificação cruzada. Característica hidrodinâmica, direção de fluxo. Esse tipo de estrutura é gerado com a deposição como ripple marks que são formadas por fluxo turbulento. Pode ser dividida de forma externa ou interna.
Estratificação é uma estrutura primária, sendo que essa estrutura se formou quando a rocha foi formada.
– Estratificação sedimentar sedimentos são depositados em camadas (horizontais) no fundo do oceano. Se consolida durante a diagênese, transforma-se em rocha sedimentar estratificada.
– Estratificação magmática a rocha ígnea pode ter estrutura primária, formada durante a cristalização de rochas geralmente constituídas por um grande derrame de lava basáltica depositada na forma de camadas (horizontais).
– Estratificação inclinada sedimentos nunca se depositam desde modo. A inclinação (basculamento) diz que a crosta foi rotacionada depois da consolidação das rochas sedimentares. A crosta deforma-se.
– Estratificação modal camadas claras e escuras. Estratificação visível, pois algumas camadas intemperizam mais rápido que outras. Formada durante a cristalização da rocha.
 
– Estratificação cruzada arranjo de camadas depositadas com um ou mais ângulos em relação ao mergulho original, consiste em leitos inclinados em relação a superfície principal de sedimentação. 
Um ambiente deposicional onde pode formar esse tipo de estratificação são os deltas. 
Um delta forma-se no local onde um rio desagua num lago ou no mar. As areias são depositadas assim que a velocidade da corrente diminui quando as águas do rio desaguam no mar. Grande parte das areias acumula-se sob a forma de leitos inclinados ao longo da vertente além da desembocadura do rio. À medida que mais areia se acumula, a vertente cresce para a jusante. Os leitos inclinados ao delta designam-se por foresets. Algum material carregado pelo rio deposita-se a montante do contorno frontal do delta onde irá formar leitos horizontais. Esses leitos são denominados por unidade basal (bottom sets). A unidade frontal (foresets) e a unidade basal (bottom sets) possuem orientações muito distintas, foresets são inclinados enquanto que a unidade basal é horizontal. Quando o nível do mar sobe, a desembocadura do rio irá se mover a montante, em direção ao continente, em relação a antiga desembocadura do rio. O novo delta em formação irá crescer sobre o antigo delta.
A classificação é feita em dois grandes conjuntos:
1. Cruzadas planares com bases paralelas e bases inclinadas (tangencial). Leito de rio plano.
2. Cruzadas acanaladas com bases paralelas e bases curvas. Quando observadas numa seção perpendicular ao da paleocorrente, recebe o nome de festoon ou estratificação cruzada acanalada festonada.
4 principais tipos de estratificação cruzada
· Quanto maior a espessura maior será o aporte sedimentar.
2. Estrutura secundária (epigenéticas) formada logo após ou muito tempo depois da deposição. Resultado de processos geoquímicos como por ex nódulos (pequeno) e concreções (grande).
· Formas de estruturas sedimentares
1. Forma externa 
– Camadas tabulares camada de mesma espessura, ou quase, continuidade lateral repetitiva/uniforme em espessura, camadas contínuas. 
– Camadas contínuas camada com espessura diferente lateralmente visíveis em espessura com inclinação.
– Camadas lenticulares camadas desiguais em espessura, lateralmente variáveis em espessura e descontínuas.
· Camada com uma maior espessura aumenta o aporte sedimentar.
2. Forma interna reflete a organização internada da camada, o acamamento. 
– Maciça sem estrutura interna aparente. De um fluxo de alta energia.
– Laminada/estratificada termo usado para estudos com lâmina internas de espessura menor que 1 cm. A laminação pode ser horizontal (planar ou ondulada) ou cruzada.
– Gradada (gradação inversa ou normal) quando há variação do tamanho do grão dentro da camada. Aumenta ou diminui o tipo de grão. 
– Orientada são imbricados (dá o sentido do fluxo) ou outro arranjo interno orientado, como por ex conglomerado ou seixo imbricado.
– Estrutura de crescimento (estromatólitos) 
· Estruturas sedimentares e formas de leito
Em leitos comuns
1. Ondulação por corrente e por ondas
2. Dunas subaquáticas
3. Leito plano sua laminação é plana.
4. Antidunas
5. Barras compostas normais (monolitológicas) e heterolíticas
· Estruturas sedimentares formadas por migração de formas de leito
1. Acamamento planos visíveis, marcados por diferença de granulometria ou composição. Pode ser uma estratificação.Varia de centímetros a poucos metros.
2. Estratificação é possível ver a longa distância, sendo maior que 1 cm de espessura. Pode ser paralela, cruzada (correntes, ondas), por alternância de ambientes, não deposição contínua, gerando novos cimentados (hardgrounds) ou pela exposição subaérea.
3. Laminação camadas de menos de 1 cm de espessura (lâminas). É comumente diagenética por alternância de níveis com ou sem cimentação, pode ser primária, por variação de composição ou granulometria. Níveis com laminação irregular são comumente formados por bactérias como os estromatólitos.
· Marcas onduladas (preservadas) ambiente de pouca energia (se tiver muita energia gera estratificação plano paralela) gerado pela movimentação de areia (sand ripples). Forma de leito de escala centimétrica. Se desenvolve em eventos de curta duração como horas ou dias, em lençóis de areia, regiões de interdunas, face frontal de dunas e drass.
– Laminação cruzada
– Laminação cruzada cavalgante
· Dunas subaquáticas ou eólicas 
– Estratificação cruzada Acanalada ou Tabular
· Natureza da laminação/estratificação 
· Estratificação recumbente estratos deformados podem ser decorrentes de vários processos. O cisalhamento produzido por correntes sobre uma superfície sedimentar e a fricção de arrasto exercida pelo movimento de areia são postuladas para causar acamamento convoluto e acamamento recumbente. Processos de perda de água como fluidificação e liquefação são frequentemente induzidos pelo impacto de terremotos, em muitos casos associados a movimentos de falhas sedimentares.
· Estratificação convoluta quando a rocha é modificada por um agente tectônico.
· Carbonatos/rochas carbonáticas são originados dentro da bacia (intrabacial), como por ex estromatólitos. Existência de correntes frias, não permite a formação de carbonatos. Como por ex Cabo Frio para locais abaixo dele, recebe corrente das Malvinas. É importante para reconstituições paleoambientais e paleográficas, evolução da vida. 95% das rochas carbonáticas são formadas em ambiente marinho, precipitando na maré alta e se forma na maré baixa.
· Controle sobre a sedimentação carbonática sedimento carbonático produzidos em ambientes marinhos e terrestres. Sua predominância em mares tropicas rasos, baixa entrada de sedimentos siliciclásticos.
· Plataforma carbonática se desenvolve dependendo da interação de:
– Latitude
– Temperatura
– Salinidade
– Profundidade da água
– Intensidade da luz
– Turbidez 
– Entrada de nutrientes 
· Fábrica marinha tropical de mares rasos, cálidos entre 0° e 30° de latitude N e S.
· Diferença entre produção de carbonatos
1. Carbonato orgânico são componentes de esqueletos dominados por corais e algas, Maior quantidade. Padrão de crescimento sigmoidal, onde a criação do novo espaço (acomodação) é mais rápida no começo que a capacidade de preenchimento do espaço da nova população (fase start up). O crescimento da população pode exceder a velocidade de criação da acomodação na fase catch up.
2. Carbonato inorgânico componente não esqueleto que compreende oóides, peloídes e clásticos. Desenvolve geometria estratigráfica de sequência semelhante ao sistema siliciclástico.
· Classificação genética das plataformas carbonáticas (baseado no seu ambiente tectônico e basinal/cenozoico) ambiente tectônico principal controlador da evolução morfologia e estratigráfica de uma plataforma carbonática a escala regional.
· Fácies sobre as plataformas carbonáticas diferença entre rampa e rimmed shelf são
1. A margem mais fina de uma plataforma rimmed shelf (algumas centenas de metros ou menos em espessura).
2. A presença de um talude bem definido sobre os quais atuam os processos sedimentares.
· O presente nem sempre é a chave do passado para as rochas carbonáticas devido a diferentes organismos e fácies com o tempo. Áreas com sedimentação carbonática são menores atualmente do que no passado, pois na época glacial, a água era mais fria, sem mares rasos epicontinentais e grandes volumes de sedimentos clásticos nas áreas de plataforma.
· Composição simplicidade mineralógica possui carbonatos, quartzo, raro argilominerais e outros acessórios. Grande complexidade de texturas e estruturas (interpretação do ambiente deposicional), relacionado a atuação direta ou indireta de organismos.
· Mineralogia dos carbonatos calcita CaCO3 (trigonal), aragonita CaCO3 (ortorrômbica) com baixo Mg, dolomita CaMg (CO3)2 (trigonal) normalmente diagenética. A calcita também pode ser ferrosa e a dolomita também (inclui anquerita).
 Minerais acessórios quartzo, argilas detríticas, pirita, hematita, glauconita, chert e fosfatos.
· Ambiente de deposição carbonáticos a água do mar está próxima a saturação para carbonatos de cálcio. Com o aumento de temperatura, o CO2 sai de solução promovendo a precipitação. A luz é essencial, pois as águas são a base da cadeia alimentar, simbiontes dos bioconstrutores e também produtores diretas de carbonato. Ambiente de acumulação de sedimentos carbonáticos são: plataformas e marés com águas rasas e quentes (riftes tropicais, mares intracratônicos), límpidas (pouco sedimentos terrígenos), clima seco, ilhas.
· Geometria das margens carbonáticas (Rampas) aprofundamento gradual, bancos de areia carbonática na faixa de ação de ondas, praias ou planícies de maré, comumente produtos de progradação. Como por ex a Formação Macaé (Bacia de Campos, Cretáceo).
· Carbonatos marinhos essencialmente lacustres. Plataformas lacustres podem apresentar recifes estromatolíticos, bancos de bioacumulados (pelecípodes, gastrópodes, ostracodes), oncólitos, carófitas, calcilutitos de talude e fundo, algumas vezes com turbiditos carbonáticos.
· Carbonatos não marinhos são organismos de origem continental.
· Calcita é uma solução sólida, onde minerais trocam de estrutura dentro dele, suporta alto teor de magnésio.
· Dolomita é mais instável, se dissolve primeiro.
· Constituintes primários são originados no próprio ambiente de deposição (intrabacial). Diversas rochas carbonáticas mostram arranjo textural similar aos arenitos e conglomerados. Outras mostram textura totalmente cristalina, ou textura e estruturas produzidas diretamente pelo crescimento de organismo in situ.
· Partículas aloquímicas (alos do grego = estranhai, fora do comum), sendo precipitados químicos “anormais”
– Oólitos estrutura pequena de 12cm, seu diâmetro comum é de 0,2 – 0,5 mm, não é fixo, se move como grão independente. Sua precipitação é a partir da água do mar (comumente agitada, boa seleção). Formado por acreção de camadas concêntricas de calcita ou aragonita em torno do núcleo (grão de areia, bioclasto, etc), saturada em carbonato. Sendo gerado em ambiente com salinidade anormal como por ex lagunas hipersalinas, de estrutura radial, originado por acreção físico química, tendo forma esférica em geral. É aloquímico. Camadas finas podem recobrir superficialmente grãos (oólitos superficiais) ou agregar dois ou mais oólitos (policompostos).
– Oncólitos partículas com estrutura concêntrica irregular, formadas pela acreção de bactérias azuis-verdes (cianofíceas) precipitação biológica. Os envelopes ou camadas concêntricas são descontinuas e irregulares. Formados em ambiente de baixa energia, como a água do mar de uma enseada, tendo uma má seleção. Podem formar aglomerados em torno de dois ou mais núcleos. Há também os oncólitos escuros que são formados pelo resto de matéria orgânica, de seleção ruim, tonalidades diferentes, feito de lama carbonática. 
– Pisólitos corpos concêntricos > 2mm, regulares ou irregulares. Formados por precipitação orgânica em um ambiente subaéreo, na zona vadosa em caliches (concreções concêntricas em cavernas) pérolas em cavernas, logo dentro de uma caverna.
– Pellets partículas de origem fecal sem estrutura interna, com uma forma oval ou esferoide, com diâmetro geral entre 0,1 – 0,5 mm.
– Peloídes são grãos formados por composição carbonática, maciço, textura fina, cor acastanhado marrom, homogêneo, produto da transformação do vulcão. Sendo partículassem estrutura interna, forma ovalada ou esférica, de > 0,5 mm, cuja origem não é evidente. Gerado por micritização, completa de oólitos, oncólitos e bioclastos. Utiliza a denominação “peloídes fecais” para grãos elipsoides de seção circular, micríticos, de origem fecal com diâmetro entre 0,1 – 0,5 mm. 
– Esferulitos é importante para o pré-sal. Sendo partículas de forma esférica ou sub esférica de contorno liso ou lobados de tamanho inferior a 2mm.
– Intraclastos fragmentação formado por retrabalhamento. Sendo fragmentos de sedimentos carbonáticos precocemente litificados que foram erodidos e redepositados na própria bacia de deposição (pedaços de rochas carbonáticas com outras rochas carbonáticas dentro dela).
– Bioclasto são fragmentos e esqueletos inteiros de organismos carbonáticos, identificáveis por forma externa e textura interna (quando não destruída pela diagênese). Moluscos (bivalves, gastrópodes, cefalópodes, escafópodes), braquiópodes, equinodermas, corais, briozoário, foraminíferos, esponja, artrópodes, algas rodofíceas (vermelhas), clorofíceas (verdes) e crisofíceas, bactérias cianofíceas (estromatólitos).
· Braquiópodes eram organismos comum no fundo marinho do Cambriano ao Devoniano. Conseguiam obter da água tudo o que era preciso para sobreviver. Extraem Ca2+ e CO32- da água do mar, utilizavam esses íons para construir suas conchas. Durante sua longa vida os braquiópodes constroem uma concha de calcita enorme, e depois eles morrem. Em breve outros braquiópodes se juntarão ao braquiópodes mortos. As partes moles dos braquiópodes se decompõe depressa, depois só resta a concha vazias são cobertas por conchas novas e por outros materiais depositados no fundo oceânico. Ficam sujeitas a pressão e temperatura crescentes, levando a compactação e cimentação das conchas, estas são submetidas a diagênese. Desta forma, as conchas calcíticas transformam-se num calcário (sendo uma rocha sedimentar biogênica).
· Corais estes organismos vivem em colônia. Cada coral constrói sua própria casa – um tubo de carbonatos de cálcio – que se liga as dos seus vizinhos. Em conjunto formam grandes recifes de coral. Pode-se encontrar recifes de corais em águas profundas e em regiões tropicais.
· Coquina rocha de grande porosidade. Quando um sedimento constituído por fragmentos de concha (de caracóis e outros materiais calcíticos) relativamente granes, sofre diagênese formam-se um calcário muito incoeso.
· Foraminíferos extraem Ca2+ e CO32- da água do mar para construir conchas calcíticas.
· Giz quando um depósito de concha foraminíferas e de conchas calcíticas de outros organismos são submetidos a diagênese forma-se a rocha designada por giz.
· Radiolários e diatomáceas extraem silício da água e usam para construir seu esqueleto/ conchas.
· Diatomito quando a areia diatomítica sofre diagênese forma-se a rocha sedimentar diatomito.
· Fosforito quando depósitos de ossos ricos em fósforo, conchas e excrementos (de pássaro, morcego) sofrem diagênese, forma-se uma rocha rica em minerais fosfatados – majoritariamente constituída de apatita. Uma rocha rica em fósforo é um fosforito/ fosfática.
· Micrita (lama carbonática) sedimento carbonático fino constituído por agulhas de aragonita < 0,004 mm, produzida pela desintegração de esqueletos de algas verdes e corais, e por precipitação direta de bactérias. So decanta em ambientes tranquilos.
Micritização rocha toda vira micrita, o maior peloíde é maior que 0,5 e não é possível reconhecer a olho nu o grão que sofre micritização.
· Textura e estruturas
– Granulometria não depende do ambiente deposicional. A energia deposicional é indicada pela presença ou ausência de micrita.
– Forma das partículas é função do tipo aloquímico.
– Laminação 
– Estratificação
· Para reconhecer uma sequência de Balman é através da sequência sedimentar de turbiditos. Grãos mais grossos na base até chegar nos turbiditos.
· Calcífera são bolas de carbonato ligados a plantas.
· Espatito rocha composta somente de cimento.
· Rudito conglomerado de fragmentos grandes, menos a matriz.
· Greta sua exposição subaérea, seca a água do local.
· Sin deposicional no momento em que a rocha está depositando.
· Chert quartzo microcristalino.
· Sabkha é um ambiente extra seco.
· Solúvel = solubiliza = precipita.
· Bacia sedimentar recebe sedimentação episódica e gradual. É uma depressão de origem tectônica que acumula sedimentos. Ocorre em zona deprimida. Criada a partir de uma falha normal. 
· Ambientes de sedimentação 
Objetivo estudo dos ambientes de sedimentação e seus sistemas deposicionais através da
Análise dos processos sedimentares (erosão, transporte e sedimentação)
– Formas resultantes.
– Compreensão dos parâmetros físicos que sustenta os sistemas ambientais atuais (meio físico).
Análise das fácies 
– Associação de fácies 
– Sucessões estratigráficas resultantes
– Reconhecimento no registro geológico
– Compreensão da paleográfica deposicional
· Conceitos
1. Ambiente sedimentar área da superfície terrestre onde ocorre um conjunto de processos físicos, químicos e biológicos. Podendo ser por:
– Erosivo onde predomina os processos erosivos. 
– Neutro em que há processos erosivos e deposicionais em equilíbrio. 
– Deposicional onde predomina os processos de acumulação (deposição) de sedimentos.
1.2 Ambiente deposicional é um ambiente sedimentar, onde predomina processos de acumulação de sedimentos.
2. Fácie sedimentar termo introduzido por Steno (1669) e popularizado por Gressly (1838). Corpo de rocha que possui aspecto diferente das rochas acima, abaixo e lateralmente adjacentes. Pode ser definida em várias escalas, depende do objetivo do estudo, tempo disponível e abundâncias de feições na rocha. Esses corpos de rocha são caracterizados por uma combinação de atributos que o diferencia dos corpos sedimentares adjacentes que é a litologia, estrutura sedimentar, conteúdo fossilífero, geometria, padrão de paleocorrente, processos diagenéticos. Resultado de um processo ou de um conjunto de processos deposicionais que ocorre em um ambiente deposicional. Objetivo principal fazer interpretações paleoambientais a partir de fácies. 
Fácies=processos.
2.1 Associações de fácies grupo de fácies geneticamente relacionados e que tenham algum significado relacionado ao ambiente de deposição. (Collinson, 1969). De mesmo ambiente de deposição, mesmo agente tipo um rio. Como por ex um conglomerado lenticular acamado e arenito com estratificação cruzada planar subordinado ou associação de litofácies de canal fluvial. São blocos básicos do ambiente deposicional (associação de fáceis de geometria tridimensional).
3. Elementos arquiteturais subdivisão morfológica de um sistema deposicional particular caracterizada por uma assembleia distinta de fácies e processos deposicionais. 
elemento característico que determina um sistema deposicional, como associação de fácies, geometria e processos deposicionais. Exemplo uma barra de pontal de um sistema deposicional fluvial.
4. Sistemas deposicionais assembleia tridimensional de litofácies geneticamente ativos (sistemas modernos) ou inferidos (sistemas antigos). Representa o ambiente deposicional e os processos que atuam nele. Formando pela associação de fácies acumuladas pelos diversos processos deposicionais que se desenvolve em um mesmo ambiente deposicional.
5. Sucessões de fácies mudança progressiva e sistemática das propriedades de fácies numa determinada direção (horizontal ou vertical). Ou seja, o empilhamento vertical é p resultado da variação lateral. Exemplos teor de areia, granulometria (granodecrescência), espessura das camadas (estratodescrescência), tipo de estruturas sedimentares.
5.1. Modelo de fácies (modelo deposicional) um sumário geral de um sistema deposicional particular, envolvendo inúmeros exemplos individuais de sedimentos recentes e rochas antigas (Walker, 1994). Como por ex sistema fluvial entrelaçado e sistema fluvial meandrante.
6. Lei de Walther fácies que ocorrem em sucessões verticais concordantes também ocorremem ambientes lateralmente adjacentes. Ou seja, uma sucessão vertical de fácies reflete mudanças laterais.
7. Princípio da análise faciológica
8. Mecanismos controladores da sedimentação
9. Transgressão e regressão: progradaçao e retrogradação 
· Um conjunto de associação de fácies determina o ambiente.
· Associação de fácies – empilhamento vertical.
· Ambiente deposicional (há um acúmulo de sedimentos) = sedimentar. 
· Assembléia = conjunto.
· Estuarino marino corpo de água muito próximo do mar, onde a água do mar entra e sai do ambiente. Como por ex Baia de Sepetiba,
· Lagoa é um corpo de água isolado conectado com um rio.
· Lago não é conectado a um rio, ele é sozinho.
· Imaturidade textural sedimento pouco retrabalhado, rocha que não sofreu tantos processos erosivos, foi depositado próximo da área fonte.
· Sistema deposicional 
Importância do estudo dos ambientes deposicionais
– Científico reconstrução paleoambiental, compreensão de problemas ambientais. 
– Econômico prospecção de recursos naturais, como carvão, petróleo, calcário, fosfato, ouro, diamante etc.
· Classificação dos ambientes de sedimentação (Selley, 1976) 
	Continentais (em terra)
	Transicionais/costeiro (parte em terra, parte em mar)
	Marinho (no mar)
	Desértico
	Deltaíco
	Recifal 
	Glacial
	Estuarino 
	Plataforma continental
	Fluvial
	Lagunar 
	Talude continental
	Paludal (pântano)
	Litorâneo 
	Marinho profundo
	Lacustre 
· Sistemas fluviais
1. Erosão fluvial
Incisão e migração lateral/avulsão.
2. Transporte e deposição é feita através do fluxo gravitacional, tração, suspensão e solução.
2.1 Fluxos gravitacionais
Os fluxos podem ser:
– Fluxos de detritos (debris flow) tem uma seleção pobre, os clastos são orientados de forma aleatória e a matriz do clasto é suportada. Há ausência de estrutura sedimentar.
– Fluxos torrenciais e canalizados (stream floods)
– Fluxos torrenciais não canalizados = enxurrada (sheet floods) os clastos são imbricados, os grãos são suportados e a gradação é normal.
– Correntes normais (em canis tipo “braided”) 
3. Leques aluviais são feições geométricas geradas pela deposição de sedimentos. Ocorre no sopé de regiões de relvo acentuado (sopé de cadeia de montanhas, bases de escarpas de falha). O leque se assemelha a um delta, porém o leque é sedimento sem água. 
Os fluxos dominantes são os fluxos de detritos e enxurradas. São depósitos de material detrítico, mal selecionado e pouco trabalhado, em forma de leque ou cone formado no sopé de áreas montanhosas onde os talvegues dos vales encontram uma área plana, quase sempre coincidente com uma planície aluvionar ou área lacustre. Em geral, o clima é semi árido ou árido. Também está relacionado a regiões tectonicamente ativas durante a sedimentação. 
As correntes aluviais formadas durante as chuvas torrenciais, descem pelas vertentes das montanhas e ao desembocarem numa área plana (planície aluvionar ou área lacustre) perdem rapidamente sua energia. E assim sedimentos de granulometria variável se depositam. 
Os são leques dominados por processos gravitacionais, controlados pelo clima seco e/ou pelo tectonismo ativo apresentam depósitos de fluxos subaéreos, fluxos de detritos e corrida de lama, com fácies de fluxo gravitacional. 
Já os leques costeiros que terminam no corpo de água apresentam depósitos subaquosos com fácies de correntes de turbidez. Podem ser de clima seco (pequenos e medias dimensões radiais, pulos volumosos e interrompidos e menor proporção de argila) ou úmido (pulsos contínuos, talude estável e maior proteção da matriz). Há três tipos de leques:
– Leque proximal de maior declive, sedimentos mais grossos, fluxo de canais com conglomerados clasto suportados, fluxos gravitacionais com depósitos de granulometria mal selecionada e sem estruturas bem definidas, ou seja, conglomerados matrizes suportado, areias muito grossas a conglomerática com fácies de gradação inversa ou de enxurrada.
– Leque intermediário de granulometria intermediária com fluxos de canal e detritos. Depósitos de areia e cascalho em lençóis, podendo exibir estratificações cruzadas acanaladas com seixos e tabulares de forma de leito 2D e planares. Fácies de gradação normal sem finos.
– Leque distal sedimentos de granulometria mais fina, com ausência de canais bem definidos, depósitos em lençol com melhor seleção, podendo apresentar cruzadas de baixo ângulo.
As fácies dos leques aluviais são de granulometria grossa, imaturidade textural e composicional, em afloramento as camadas tem pouca continuidade lateral, quebra de granulometria, superfície erosiva. A geometria dos corpos é lenticular acanalado. De região proximal para distal, ocorre diminuição do tamanho do grão, da espessura das camadas, aumento de grau do arredondamento e de cores avermelhadas na matriz (predominante).
· Areia e arenito as areias são um tipo de sedimento composto principalmente por pequenos grãos de quartzo e feldspato. Arenito sedimento em fração areia. Nas areias, os espações entre os grãos de areia (os poros) estão preenchidos por água. Quando as areias se afundam, processos diagenéticos levam a litificação das areias, formando um arenito.
· Argila e xisto argiloso = folhelho argilas são um sedimento comum nos fundos oceânicos. Argilas são ricas em alumínio e potássio. Durante o afundamento, as argilas sofrem litificação e transforma-se num folhelho, que é uma rocha sedimentar composta de argila e silte. Sedimento em fração argila. Ocorre a uma profundidade de cerca de 4 – 5 km e a uma temperatura de cerca de 150°C. Os minerais que compõem a argila dependem de qual mineral virou argila durante o intemperismo. 
· Conglomerado sedimento em fração seixo. O fundo dos rios que correm pelas encostas das montanhas estão cobertos por uma mistura de areias, cascalhos e fragmentos rochosos. São rochas arredondadas. A razão para isso acontecer é que as rochas foram moldadas pela água e a areia durante milhares de anos. Quando esse tipo de material sofre litificação forma-se um conglomerado. Um bloco no leito de um rio, quando este rio for coberto por uma espessa camada de sedimentos mais recentes, estes se transformarão num conglomerado.
· Marcas onduladas há uma relação entre o ângulo de cavalgamento e inclinação do dorso das formas de leito (β): subcrítico, crítico e supercrítico. Ocorre em um ambiente de pouca energia, se tiver muita energia gera estratificação plano paralela.
· Morfologia de formas de leito dunas 2D e dunas 3D
· Dunas 2D e 3D são subaquáticas.
· Mecanismos controladores de sedimentação
– Autóctones = interno, pertencentes são próprio sistema deposicional como por exemplo o processo de migração lateral de um sistema fluvial meandrante.
– Alóctones = externos, ao sistema deposicional, como variação do nível do mar, climáticas e tectônicas (subsidência/soerguimento). 
· Transgressão e regressão 
– Transgressão é o deslocamento da linha de costa no sentido do continente, onde o mar avança sobre o continente.
– Regressão é o deslocamento da linha de costa no sentido do mar (bacia), onde o continente avança sobre o mar. Fácies marinhas depositadas em fácies costeiras.
· Progradação e retrogradação
– Progradação é um influxo sedimentar, que juntamente a uma taxa de criação de espaço gera fácies mais próximas sobrepostas as mais distais.
– Retrogradação influxo sedimentar com uma menor taxa de criação de espaço gera fácies mais distais que são sobrepostas as mais proximais. 
· Morainas/moraina/morena quando um material foi arrancado do leito rochoso por um glacial desliza por um vale, tritura-se e desloca pedações do leito que se encontra abaixo. Mais tarde, quando glacial recua o material desagregado permanece como uma moraina ou morena. Os materiais de morainas consistem em uma mistura desordenada de blocos, seixos, areais e pequenas partículas. O material de uma moraina é mal selecionado e anguloso, sendo uma característica típica de morainas. Em um depósito de morena, quando este litificar irá formar uma rochachamada tilito. Sendo que o tilito é um conglomerado do ambiente glacial.
· Sedimento típico de ambiente marinho profundo/talude/planície abissal é o pelito.
· Sedimento do ambiente marinho raso o tipo de rocha mais comum são as rochas carbonáticas em margens passivas.
· Rocha vermelha é indicativo de oxidação.
· Espaço de acomodamento pode ser originar pela ação da tectônica, sobe o nível do mar e gera espaço para a deposição de sedimento.
· Evaporito forma-se por evaporação da água, onde os minerais se encontravam dissolvidos. São depósitos salinos formados pela precipitação de elementos químicos (sais) a partir de salmouras ou soluções concentradas por evaporação, em ambientes salinos (mares e lagos salgados) e em regiões áridas, quente e seco. Os principais minerais evaporitos são halita, que forma os depósitos de sal-gema e o gipso que gera depósitos de gesso. São de baixa resistência mecânica, solúveis em água (evaporito, chert e diatomitos), por isso sua intercalação ou associação com outras rochas sedimentares (como calcário).
· Calcário e dolomito são rochas carbonáticas compostas por mais de 50% de minerais carbonáticos (calcita ou dolomita). Ambos são rochas sedimentares.
– Importantes para indústria cimenteira, de cal, vidreira, siderúrgica, tinta, borracha etc. 
– Pelo intemperismo químico, a calcita é dissolvida pela água, formando cavernas, dolinas, sumidouros e outras feições cársticas. 
– Dolomito pode ser usado como corretivo de acidez de solo e como brita, em agregados para concreto. É mais duro que calcário. De cor cinza clara, granulação fina. A transformação de calcita em dolomita pode ocorrer durante a diagênese do calcário, ou após sua formação pela percolação de aguas magnesianas ou pela organização de íons Mg2+ na estrutura cristalina da calcita.
– Calcário é uma rocha formada pelo processo químico/bioquímico em ambiente marinho, de água rasa. Pode se formar por fragmentos ou grãos carbonáticos mecanicamente transportados e depositados em geral, na própria bacia de sedimentação. O calcário argiloso, possui uma porcentagem de argila que é superior a 50%, conhecido como marga.
Travertino é uma variedade de rocha calcaria, de cor bege, estrutura maciça, formada pela precipitação química a partir de águas superficiais ou subsuperficiais, ao redor de fontes, geralmente termais.
· Classificação mineralógica e classificação granulométrica de rochas carbonáticas sedimentares 
	Classificação mineralógica 
	Dolomita (%)
	Calcário 
	0 – 10%
	Calcário dolomítico 
	10 – 50%
	Dolomito calcítico 
	50 – 90%
	Dolomito 
	90 - 100%
	Classificação granulométrica
	Tamanho dos grãos (mm)
	Calcirudito
	 > 2 mm
	Calcarenito 
	0,06 – 2 
	Calcissiltito 
	0,002 – 006
	Calcilutito
	< 0,002
· 3 tipos de rochas detríticas: ruditos, arenitos e lutitos.
1. Ruditos ou psefitos rochas sedimentares detríticas, contendo mais de 25% de componentes de fragmentos de rocha, com tamanho > 2 mm (podendo ser métrico). Quando a forma dos grãos é arredondada a rocha recebe a denominação de conglomerado e quando é angulosa é brecha. Ruditos com quantidade significativa de matriz são denominados diamictitos.
2. Arenitos ou psamitos são rochas sedimentares detríticas contendo mais de 50% de grãos com tamanho entre 2 – 0,06 mm. Os principais tipos são:
– Quartzo arenito, que é o mais abundante. O quartzo (hialino, enfumaçado/fumê ou leitoso) constitui mais de 95% de grãos clásticos. Pode conter até 15% de matriz silto-argilosa. O cimento quando presente é a sílica, carbonatos etc. Em parte dessas rochas, sob condições adequadas há o sobre crescimento (overgrowth) dos grãos de quartzo, que cessa ao encontrar a borda de outro grão. Isso gera forte coesão na rocha. A cor é branca ou avermelhada (fina película de óxidos/hidróxidos de fero que recobre os grãos).
– Arcoséo derivado de rochas graníticas, contem quartzo e mais de 2515 de fedspato entre os minerais clásticos. Fragmentos de rochas e micas detríticas podem estar presentes, assim como matriz argilosa (até 15%) e cimento. A presença de óxidos de ferro fornece cor avermelhada a rocha.
– Grauvaca contem abundante (15-75%) de matriz constituída de clorita, sericita e grãos tamanho silte de quartzo e feldspatos. Na fração areia, os grãos de quartzo dominam sobre os de plagioclásio e de fragmentos de rocha, de composição variada. A cor é cinza-escura a preta.
3. Lutitos ou pelitos são rochas detríticas, compostas por partículas tamanho silte (0,06 – 0,004 mm) e argila (< 0,004). É o grupo mais abundante de rocha sedimentar. Principal constituinte são argilominerais (ilita, caulinita e às vezes montmorilonita) e partículas de quartzo no tamanho silte. As cores estão relacionadas ao conteúdo do material carbonoso, como grafita, que confere uma cor cinza escura a preta e estado de oxidação de ferro. As cores avermelhadas são devido a presença de óxidos que atuam como pigmentos. Essas rochas possuem fissilidade que é a propriedade de separação de placas segundo planos paralelos finamente espalhados, tais como acamamento, está relacionada a orientação dos minerais filossilicatos. De acordo com a predominância de silte ou argila e os graus de fissilidade da rocha, tem-se: 
– Siltito rocha sem fissilidade, constituída de partículas tamanho silte. Ao tato é áspera, devido ter quartzo em sua composição. 
– Folhelho síltico rocha físsil constituída de partículas de tamanho silte e argila.
– Argilito rocha sem fissilidade constituída de partículas tamanho argila. Ao tato é lisa e possui plasticidade quando úmida. Principais constituintes argilominerais.
– Folhelho argiloso rocha com fissilidade, constituía de partículas tamanho argila.
– Ritmito rocha com estratificação marcante, caracterizada pela alternância de finas lâminas de material ora sílitico (cinza claro) ora argiloso (preto). 
· Principais componentes das rochas detríticas 
– Clastos fragmentos de rochas e grãos minerais como quartzo e fedspato.
– Matriz granulometria mais fina (silto-argilosa), é localizada entre grãos.
– Cimento quase sempre silicoso (calcedônia), carbonático (calcita) ou ferruginoso (hematita e magnetita). O tipo de cimento determina se a rocha tem maior ou menor resistência mecânica da rocha. Cimentos silicosos fornece maior coesão e dureza a rocha. Cimentos de carbonato são solúveis em meios ácidos (sais são solúveis em meios ácidos).
· Carvão rocha formada por processos bioquímicos, a partir de restos vegetais acumulados sob condições anaeróbicas, que impediram sua oxidação, tais como ambientes de acumulação de água estagnada (pântanos).
– A série do carvão é formada pelos seguintes tipos: Turfa: rocha de cor castanha-amarelada, textura fibrosa, origem orgânica e bem preservada. Linhito: rocha de cor castanha, mais compacta que a turfa, cujo fragmentos de planta ainda podem ser reconhecidos. Carvão mineral ou hulha: rocha de cor preta em que a matéria vegetal foi totalmente transformada em mineral. Antracito: rocha de cor preta, densa e brilhante.
– Folhelho pirobetuminoso é uma rocha de cor castanho-escuro a preta, com fissilidade e granulometria fina, constituída de silte, argila e matéria orgânica na forma de querogênio (mistura de hidrocarbonetos de moléculas grandes) que pode ser extraído, por destilação na forma de petróleo. No mercado é conhecido como xisto betuminoso. O conteúdo de matéria orgânica varia de 20 – 30% e o óleo extraído de 2 – 12%. Na região Sul do Brasil, no Paraná e Santa Catarina, ocorrem importantes depósitos dessa rocha, bem como carvão mineral. 
EXERCÍCIO 1 – Rochas Sedimentares 
1. Rochas sedimentares clásticas são compostas de detritos e litoclastos/fragmentos de rocha derivado(a)s de material pré-existente.
2. O que é intemperismo físico? 
Processo que desagrega a rocha de forma física ou mecânica, sendo provocado pelo stress gerado por mecanismos como a crioclastia, descompressão, expansão e contração térmica e crescimento de cristais de sais, sem que tenha alteração química dos minerais constituintes, aumentando

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