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MEMBRO INFERIOR - PROF ANDRÉ

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ANATOMIA  PROF. ANDRÉ / MECIDINA -UNCISAL  TURMA 52 
 
 Os membros inferiores (MMII) são extensões do 
tronco especializadas para sustentação do peso do corpo, 
locomoção, manutenção do equilíbrio e da postura ereta 
(ortostática). 
 Os MMII são constituídos por uma raiz (quadril) e 
uma parte livre (coxa, perna e pé), estando unido ao axial por 
um cíngulo resistente (cíngulo do membro inferior). 
PARTE ÓSSEA DOS MMII 
O esqueleto do membro inferior (31 ossos) pode ser 
dividido em dois componentes funcionais: o cíngulo do 
membro inferior – união do sacro com os ossos do quadril 
direito e esquerdo – e os ossos do membro inferior livre. 
OSSO DO QUADRIL 
É o grande osso pélvico formado pela fusão de três 
ossos primários – ílio, ísquio e púbis – no fim da 
adolescência. 
 Forame obturado: grande abertura oval ou 
triangular no osso do quadril. Exceto por uma pequena 
passagem para os nervos e vasos obturatórios (o canal 
obturatótio), o forame obturado é fechado pela membrana 
obturadora. Sua impotência é minimizar a massa óssea (peso). 
FÊMUR 
 É o osso mais longo e mais pesado do corpo, seu 
comprimento corresponde, aproximadamente, a um quarto 
da altura da pessoa. 
 A região proximal do fêmur é curva (em forma de “L”), 
fazendo com que o fêmur tenha um ângulo de inclinação 
que é maior ao nascimento e diminui gradualmente ao longo 
do crescimento. 
*O ângulo de inclinação é menor nas mulheres em razão da 
maior largura entre os acetábulos (consequência de uma pelve 
menor mais larga) e da maior obliquidade do corpo do fêmur. 
 
TÍBIA E FÍBULA 
 São os ossos da perna, que são unidos por uma 
membrana interóssea densa de tecido fibroso. 
 
 
REGIÕES DO MEMBRO INFERIOR: 
1. Região Glútea: região de transição entre o tronco e 
os MMII. Inclui as nádegas e a região do quadril 
lateral. 
2. Região da Coxa (femoral): parte livre dos MMII, 
situada entre a região glútea e o joelho. 
3. Região do Joelho: inclui as proeminências da parte 
distal do fêmur e da parte proximal da tíbia, a cabeça 
da fíbula e a patela, bem como as articulações entre 
essas estruturas. 
4. Região Crural (perna): parte situada entre o joelho 
e a parte distal da perna. 
5. Tarso ou talocrural: inclui os maléolos que ladeiam 
a articulação do tornozelo. 
6. Pé: parte distal dos MMII que contém o tarso, o 
metatarso e as falanges. 
*Obs: Na aula, André só cita quatro regiões: região glútea, 
coxa, perna e pé. 
 
ANATOMIA  PROF. ANDRÉ / MECIDINA -UNCISAL  TURMA 52 
 
OSSOS DO PÉ 
 Os 26 ossos do pé são os tarsais (7), os metatarsais(5) 
e a as falanges(14). 
 
Obs: Estrutura e acidente não são sinônimos. Toda estrutura 
é um acidente, mas nem todo acidente é uma estrutura. 
Estrutura, geralmente, é uma saliência. (Fóveas, fossas e 
forames são acidentes). 
ARTICULAÇÕES DO MEMBRO INFERIOR 
 
 SÍNFISE PÚBICA: União anterior dos dois ossos do 
quadril (coxais). É uma articulação secundária cartilagínea que 
pode exibir um mínimo grau de mobilidade durante os 
movimentos do quadril, da articulação sacroilíaca e durante o 
parto. 
 
*O ângulo subpúbico no homem é mais fechado (em 
“V”) no homem e mais aberto na mulher (em “L”). 
COXOFEMORAL: 
É uma articulação de alta potência para suportar o peso do 
corpo para executar movimentos. Tem uma cápsula de alta 
resistência e um ligamento ligando a cabeça do fêmur à 
fossa acetabular. É triaxial, ou seja, é esferoide. (Eixo latero-
lateral  flexão e extensão ; eixo antero-posterior  
abdução e adução e eixo crânio-caudal rotação lateral e 
medial). 
TIBIOFEMORAL: 
É a articulação do joelho. É uma articulação condilar que 
possui 2 eixos – biaxial (flexão, extensão e rotação). *Obs: 
Uma grande rotação da articulação do joelho indica ruptura 
dos ligamentos cruzados. 
A estabilidade da articulação do joelho depende (1) da 
força e das ações dos músculos adjacentes e seus tendões e 
(2) dos ligamentos que unem o fêmur à tíbia. 
LIGAMENTOS: 
 Intrínsecos: estabilizam e evitam a demasia 
de rotação e o movimento antero-posterior. Exemplo: 
Ligamentos cruzados anterior e posterior. Exame: 
“Sinal de gaveta” identifica ruptura dos ligamentos. Além 
disso, dentro da cápsula articular também se encontra os 
meniscos lateral e medial, que estão juntos através do 
ligamento transverso do joelho. E, posteriormente, 
encontra-se o ligamento menisco-femoral posterior. 
FRATURAS DE COLO DO FÊMUR: 
É uma região com pouco suprimento vascular. Inclusive, 
não tem vasos para o suprimento da cartilagem, quem o faz é o 
próprio líquido sinovial. A artéria femoral, emite a artéria 
femoral profunda, que, por sua vez, emite dois ramos : artérias 
circunflexas lateral e medial, as quais emitirão ramos que 
suprem a cabeça e o colo do fêmur. As fraturas, geralmente, 
interrompem a perfusão sanguínea para essas regiões, resultando 
em necrose avascular da cabeça do fêmur. 
 
Fraturas nessa região são muito comuns porque o colo é 
a parte mais estreita do osso e faz um ângulo acentuado com a 
linha de sustentação de peso. Torna-se cada vez mais vulnerável 
com a idade, principalmente nas mulheres, devido a 
osteoporose. 
*Obs: Ficar atento à possibilidade de osteoporose por 
falta de perfusão sanguínea resultante da arteriosclerose. 
 
ANATOMIA  PROF. ANDRÉ / MECIDINA -UNCISAL  TURMA 52 
 
 Extrínsecos: limitam o movimento latero-
lateral em demasia. Como principais exemplos tem-se o 
ligamento colateral lateral (fibular) e ligamento 
colateral medial (tibial). Além desses, tem o ligamento 
da patela e o ligamento poplíteo. 
MENISCOS: 
 Lateral: é menor e mais móvel. 
 Medial: é menos móvel, o que faz com que, 
comumente, seja lesado. Geralmente, a lesão está no 
corno. O indivíduo tem um bloqueio no agachamento. 
RETINÁCULOS: 
Mantém a estabilidade. Temos o longitudinal e o 
transversal. O principal a ser estudado é o retináculo 
do túnel do carpo, que, ás vezes encurta e pressiona o 
nervo. 
TIBIOFIBULAR: 
A tíbia e a fíbula estão unidas por duas articulações, 
tibifibular proximal e distal. 
Tibiofibular proximal: é sinovial plana, ou seja, faz 
movimento de translação. Tem uma cápsula articular 
fortalecida pelos ligamentos anterior e posterior da cabeça 
da fíbula. Além disso, a articulação é cruzada posteriormente 
pelo tendão poplíteo. 
Tibiofibular distal: não tem cápsula articular, não 
tem líquido sinovial, ou seja, a sindesmose tibiofibular é uma 
articulação fibrosa que une a tíbia e a fíbula por meio da 
membrana interóssea e os ligamentos tibiofibulares 
anterior, interósseo e posterior. Seu objetivo é estabilizar o 
tornozelo. 
*Obs: A membrana interóssea é importante para separar os 
compartimentos da perna. 
SÍNDROME COMPARTIMENTAL: 
A síndrome compartimental consiste na pressão 
aumentada do tecido dentro de um compartimento fascial 
apertado, o que resulta em isquemia do tecido. O primeiro 
sintoma consiste em dor exagerada, proporcional ao grau da 
lesão. O diagnóstico é clínico, sendo em geral confirmado pela 
aferição da pressão compartimental. O tratamento consiste 
em fasciotomia. 
TALOCRURAL: 
As extremidades distais da tíbia e da fíbula formam 
um encaixe maleolar no qual se encaixa a tróclea do tálus. É 
uma articulação monoaxial (permite a flexão plantar e a 
dorsiflexão), ou seja, é do tipo gínglimo. 
 
INTERTÁRSICA Articulações sinoviais planas. 
TARSOMETATÁRSICAS Articulações sinoviais planas. 
METATARSO-FALÂNGICAS Elipsoideas (4 movimentos) 
INTERFALÂNGICAS Articulações do tipo gínglimo. 
LIMITES: 
Superior: Crista ilíaca. 
Inferior: prega infraglútea. 
Medial: sacro. 
Lateral: linha vertical da espinha ilíaca anterossuperior até a 
prega infraglútea. 
QUADRANTES: 
1. Q. Lateral superior 
2. Q. Lateral inferior 
3. Q. Médio superior 
4. Q. Médio Inferior 
 
*Obs: A injeção dorso-glútea intra-muscular deve ser 
aplicada no quadrante lateralsuperior (1) devido à presença 
no nervo isquiático na região do quadrante médio inferior(4) 
que, se for atingido, pode necrosar e causar paralisia 
MÚSCULOS SUPERFICIAIS: 
 Os músculos da região glútea localizam-se em um 
mesmo compartimento, mas são organizados em duas 
camadas, superficial e profunda: 
 A origem dos músculos superficiais está parte ilíaca 
do osso do quadrial. Deve-se identificar três linhas glúteas no 
osso do quadril: 1.Posterior (origem do m. glúteo máximo), 2. 
Anterior (origem do m. glúteo médio) e 3. Inferior (origem do 
m. glúteo médio. 
1. M. GLÚTEO MÁXIMO 
É o mais superficial e cobre os demais, ou seja, é um 
músculo largo. Deve ser rebatido durante a dissecação. 
2. M. GLÚTEO MÉDIO 
3. M. GLÚTEO MÍNIMO 
2 e 3 têm forma de leque, além de terem as mesmas ações 
e inervação, inclusive, são supridos pelo mesmo vaso 
sanguíneo, a artéria glútea superior. Eles abduzem a coxa ou 
a estabilizam e giram-na lateralmente. 
*Obs: 2 e 3 também são importantes para a estabilização 
do quadril e manutenção da marcha estabilizada. Desse modo, 
lesão na sua inervação, o nervo glúteo superior, gera 
alteração na marcha. MARCHA DE TRENDELENBURG: 
durante o ato de andar, ergue-se um membro e quadril do 
lado suspenso cede. 
 
4. M. TENSOR DA FÁSCIA LATA 
Mantém a fáscia lata tensa e, consequentemente, 
mantém o joelho estendido, inclusive quando este músculo 
fadiga, a pessoa flexiona um pouco o joelho. Ao descer, 
forma-se uma região mais espessa mediana, formando o 
tratoiliotibial, que é uma condensação de fáscias. 
 
 
ANATOMIA  PROF. ANDRÉ / MECIDINA -UNCISAL  TURMA 52 
 
LIGAMENTOS: 
Existem dois ligamentos importantes na região glútea: o 
sacrotuberal e sacro-espinhal, que formam o forame 
isquiático maior e o forame isquiático menor. Entre os dois 
ligamentos, passam o nervo pudendo e a artéria pudenda. 
*Através do forame isquiático maior passa o nervo 
isquiático e a sua compressão é chamada de isquiatalgia. 
 
 
MÚSCULOS PROFUNDOS 
1. M. PIRIFORME: 
Tem origem na face interna do sacro e sua inserção é 
trocantérica. Seu ventre atravessa o forame isquiático maior, 
dividindo este em dois recessos: (1) recesso suprapiriforme 
E (2) recesso infrapiriforme. Nesses recessos encontram-se 
os feixes neurovasculares superior e inferior. 
Feixe neurovascular superior: nervo glúteo-superior e 
artéria e veia glúteo-superiores. 
Feixe neurovascular inferior: nervo glúteo-inferior, 
artéria e veia glúteo-inferiores e nervo cutâneo posterior da 
coxa. 
2. M. GÊMEO SUPERIOR 
3. M. GÊMEO INFERIOR 
Entre os gêmeos, há o tendão do músculo obturador 
interno (atentar nisso para a prática). 
4. MÚSCULO OBTURADOR INTERNO 
5. M. QUADRADO DA COXA 
INERVAÇÃO 
Quanto a inervação, ela advém do plexo lombossacro 
(l4 a S4) e o nervo para cada músculo é denominado de 
acordo com o músculo correspondente. 
VARIAÇÕES: 
O nervo isquiático pode: 1. Se dividir alto, na região 
glútea, ao invés de se dividir na região da fossa poplítea em 
nervo tibial e nervo fibular, 2. Atravessar o ventre do 
piriforme ou 3. Nascer no recesso suprapiriforme. 
 
A região da coxa é constituída por três compartimentos 
musculares: anterior (extensor), medial (adutor) e 
posterior (flexor). Em geral, o grupo anterior é suprido pelo 
nervo femoral, o grupo medial pelo nervo obturatório e o 
grupo posterior pela parte tibial do nervo isquiático. 
 
 
TRÍGONO FEMORAL 
É um espaço subfascial que tem como limite proximal 
ou base do triângulo o ligamento inguinal - aquele 
ligamento fibroso da sínfise púbica até a crista ilíaca. Seu 
limite lateral é borda medial do músculo sartório e seu 
limite medial é a borda medial do músculo adutor longo. 
Seu assoalho é formado pelo músculo iliopsosas lateralmente 
e o músculo pectíneo medialmente. 
 O trígono femoral é conhecido como um trígono 
mortal por conta do seu conteúdo, uma tríade 
neurovascular: Nervo femoral, Artéria Femoral e Veia 
Femoral (NAV). *Obs: Se houver lesão nessa tríade, a morte 
é muito rápida. 
ANEL INGUINAL 
No homem, passa o funículo espermático. 
Na mulher, passa o ligamento redondo do útero. 
Poder ter uma hérnia indireta pela entrada visceral nele. 
ESPAÇO RETROINGUINAL 
Nele existem dois compartimentos: 
Compartimento muscular: lateral, com os músculos 
iliopsosas e pectíneo. 
Compartimento vascular: medial, onde se encontra o a 
artéria femoral e a veia femoral. 
*Arco iliopectíneo é um septo que separa os dois 
compartimentos, além de separar o nervo femoral da artéria 
femoral (é a própria fáscia do músculo iliopsoas). 
NERVO FEMORAL 
É o maior ramo do plexo lombar. Ele se origina no 
abdome, dentro do psoas maior e desce através da pelve até 
aproximadamente o ponto médio do ligamento inguinal. 
Depois, entra no trígono femoral, lateralmente aos vasos 
femorais. Depois de entrar no trígono femoral, o nervo 
femoral se divide em vários ramos para os músculos anteriores 
da coxa. 
BAINHA FEMORAL 
É um tubo fascial afunilado que reveste o 
compartimento vascular do espaço retroinguinal. Não reveste 
o nervo femoral porque este atravessa o compartimento 
muscular. É subdividida em três compartimentos por septos 
de tecido conjuntivo. São eles: 
Compartimento lateral para a artéria femoral. 
Compartimento medial para a veia femoral. 
Compartimento medial, que forma o canal inguinal. 
 *Dentre o seu conteúdo, também temos linfonodos 
inguinais profundos e vasos linfáticos associados (Moore, 6ª 
edição). 
ANATOMIA  PROF. ANDRÉ / MECIDINA -UNCISAL  TURMA 52 
 
CANAL DOS ADUTORES 
É uma passagem longa que se estende do ápice do 
trígono femoral até o hiato dos adutores. Proporciona uma 
passagem intermuscular (sob o sartório) para artéria e 
veia femorais, levando-os até a fossa poplítea, onde se 
tornarão vasos poplíteos. 
HIATO DOS ADUTORES 
 É uma abertura entre o músculo adutor magno e o 
fêmur. No hiato do adutor, artéria e veia femorais 
transformam em artéria e veia poplíteas. 
HÉRNIA FEMORAL 
A hérnia femoral apresenta-se como massa dolorosa 
no trígono femoral. O saco herniário comprime o conteúdo do 
canal femoral e distende a parede do canal. 
 
 
 
COMPARTIMENTOS DA COXA 
 
COMPARTIMENTO ANTERIOR 
 O compartimento anterior da coxa contém os 
músculos extensores do joelho. São eles: 
 
1. M. QUADRÍCEPS FEMORAL: 
É o maior e mais forte dos músculos do corpo. É 
composto por: reto da coxa, vasto lateral, vasto medial e 
vasto intermédio. 
2. M. ILIOPSOAS: 
É o principal flexor da coxa, o maior flexor do 
quadril, com maior amplitude. A parte lateral larga, o músculo 
ilíaco e sua parte medial longa, o músculo psoas maior, 
originam-se na fossa ilíaca e nas vértebras lombares 
respectivamente. 
3. M. SARTÓRIO: 
É o músculo mais longo do corpo e atua em duas 
articulações: flerte a articulação do quadril e participa da 
flexão do joelho. 
 LESÃO NO NERVO FEMORAL: 
 A lesão do nervo femoral gera paralisia dos 
músculos do compartimento anterior e consequente 
alteração da marcha. 
 MARCHA ALEMÃ: A pessoa que tem lesão unilateral 
do nervo femoral inclina o corpo para o lado sadio e estende 
a perna por flexão vigorosa do quadril. 
 MARCHA EM PASSOS CURTOS: A pessoa que tem 
lesão bilateral do nervo femoral passa a andar apoiando um 
côndilo femoral no outro. 
COMPARTIMENTO MEDIAL: 
1. M. PECTÍNEO 
Em geral, é suprido por dois nervos diferentes e tem 
três ações: aduz, flerte e auxilia na rotação medial da coxa. 
Por isso, na verdade, é considerado um músculo de transição 
entre os dois compartimentos, anterior e medial. 
2. M. GRÁCIL 
É o mais superficial e mais fraco do compartimento. 
Único a cruzar as articulações do joelho e do quadril. 
3. M. ADUTOR LONGO 
4. M. ADUTOR CURTO 
5. M. ADUTOR MAGNO 
*Obs: os músculos deste compartimento são 
vulgarmente conhecidos como “protetores das virgens” por 
auxiliar a manter as pernas fechadas.Em caso de suspeita de 
estupro, a medicina legal avalia se há alguma lesão nesses 
músculos, o que significa que a vítima lutou. 
 
LESÃO NO NERVO OBTURATÓRIO: 
A inervação do compartimento medial é feita pelo 
nervo obturatório e lesão nele gera alteração na marcha. 
MARCHA CEIFANTE: a pessoa perde a adução. Anda 
fazendo um movimento semicircular com a perna. Apresenta 
hemiplegia. 
COMPARTIMENTO POSTERIOR: 
1. M. BÍCEPS DA COXA / BÍCEPS FEMORAL 
2. M. SEMITENDÍNEO 
3. M. SEMIMEMBRANOSO 
Estes três músculos são conhecidos como músculos 
do jarrete. Atuam em duas articulações, produzindo a 
extensão da articulação do quadril e a flexão da 
articulação do joelho. 
ANATOMIA  PROF. ANDRÉ / MECIDINA -UNCISAL  TURMA 52 
 
*Obs: O m. semitendíneo acaba se fundindo com m. 
grácil, que, por sua vez, acaba se fundindo com o m. sártório, 
formando o que chamamos de pata de ganso, ou seja, um 
músculo de cada compartimento acaba “casando” os três 
compartimentos medialmente na tíbia. 
 
LESÃO NO NERVO ISQUIÁTICO: 
A inervação do compartimento posterior é feita 
pelo nervo isquiático, e lesão nele gera monoplegia (perde 
a ação da perna e posterior da coxa). 
 
DISTENSÕES NOS MÚSCULOS DO JARRETE: 
As distensões nos músculos do jarrete são muito 
comuns em indivíduos que correm e/ou chutam forte. O 
esforço muscular violento necessário para ter êxito em alguns 
esportes pode causar arrancamento de parte das fixações 
tendíneas proximais de tais músculos. 
Em geral, as distensões são acompanhadas por 
contusão e ruptura das fibras musculares, resultando em 
ruptura dos vasos sanguíneos que irrigam os músculos. O 
hematoma resultante acaba sendo contido pela fáscia lata 
densa, semelhante a uma meia. 
 
 
FOSSA POPLÍTEA 
Superficialmente, quando o joelho é flertido, a fossa 
poplítea se apresenta como uma depressão em forma de 
losango posterior à articulação do joelho. É limitada 
superolateralmente pelo tendão de inserção do bíceps da 
coxa, superomedialmente pelo tendão de inserção do 
semitendíneo e inferiormente pelo tendão de origem do 
gastrocnêmio. 
É nela que o nervo isquiático se divide em nervo 
tibial e nervo fibular comum. O conteúdo da fossa poplítea 
inclui: (1) extremidade da veia safena parva, (2) artérias e veias 
poplíteas, (3) nervos tibial e fibular comum, (4) nervo cutâneo 
fibular posterior e (5) linfonodos e vasos linfáticos poplíteos. 
COMPARTIMENTOS DA PERNA 
Septos intermusculares anteriores e posteriores 
partem da superfície da fáscia sural (fáscia da perna). Assim, a 
membrana interóssea e os septos musculares dividem a perna 
em três compartimentos: anterior (dorsiflexor), lateral 
(fibular) e posterior (flexor plantar). O compartimento 
posterior, por sua vez, é subdivido pelo septo intermuscular 
transverso, que separa os músculos flexores plantares 
superficiais e profundos. 
 
COMPARTIMENTO ANTERIOR 
1. M. TIBIAL ANTERIOR 
2. M. EXTENSOR LONGO DOS DEDOS 
3. M. EXTENDOR LONGO DO HÁLUX 
4. M. FIBULAR TERCEIRO 
Esses músculos dão dorsiflexores da articulação 
talocrural, elevando a parte anterior do pé e abaixando o 
calcanhar. 
LESÃO NO NERVO FIBULAR PROFUNDO: 
O nervo fibular profundo, um dos dois ramos terminais 
do nervo fibular, é o nervo do compartimento anterior. Lesão 
nele geral alteração na marcha. 
MARCHA EQUINA: pode ser chamada de marcha em 
gota ou marcha escavante, é quando a pessoa fica como pé 
em flexão plantar. 
 
COMPARTIMENTO LATERAL 
É o menor dos compartimentos da perna e seus músculos 
são eversores do pé. 
1. M. FIBULAR LONGO (inserção no 1º metatarso). 
2. M. FIBULAR CURTO (insersão no 5º metatatrso). 
LESÃO NO NERVO FIBULAR SUPERFICIAL: 
O nervo fibular superficial, ramo terminal do nervo fibular 
comum é o nervo do compartimento lateral. Lesão nele gera 
alteração na marcha. 
MARCHA INVERTIDA: a pessoa apresenta inversão 
plantar (“pé para dentro”), porque os músculos eversores 
perdem a função. 
 
COMPARTIMENTO POSTERIOR: 
É o maior dos três compartimentos da perna. Divido em 
uma parte superficial – menos limitada – e uma profunda – 
mais limitada, o que o torna mais propício à síndrome 
compartimental. Os músculos deste compartimento 
produzem flexão plantar do tornozelo, inversão das 
articulações talocalcânea e transversa do tarso, além da 
flexão dos dedos. 
ANATOMIA  PROF. ANDRÉ / MECIDINA -UNCISAL  TURMA 52 
 
POSTERIOR SUPERFICIAL 
1. M. GASTROCNÊMIO 
2. M. SÓLEO 
3. M. PLANTAR DELGADO 
O famoso tendão de Aquiles (tendão calcâneo) é a junção 
dos tendões de inserção dos músculos de 1 a 3. 
 
POSTERIOR PROFUNDO 
1. M. TIBIAL POSTERIOR 
2. M. FLEXOR LONGO DO HÁLUX* 
3. M. FLEXOR LONGO DOS DEDOS* 
4. M. POPLÍTEO 
*Obs: 2 e 3 são bipenados. 
LESÃO NO NERVO TIBIAL: 
O nervo tibial, maior dos dois ramos do nervo isquiático, 
supre todos os músculos do compartimento posterior. Lesão 
nele, apesar de ser rara, causa paralisia dos músculos 
flexores da perna e dos músculos intrínsecos da planta do 
pé. Além disso também gera alteração da marcha. 
MARCHA CALCÂNEA: também conhecida como 
“marcha arrastada”. A pessoa fica com o pé em dorsiflexão. 
 
O esqueleto do pé é formado por 7 ossos tarsais, 5 
metatarsais e 14 falanges. Nas faces lateral e posterior do pé, 
a fáscia muscular é contínua com a fáscia plantar, a fáscia 
profunda da planta, a qual tem uma parte central espessa e 
partes lateral e medial mais fracas. A parte central e espessa 
forma a aponeurose plantar. 
Nas partes média e anterior do pé, septos intermusculares 
verticais estendem-se das margens da aponeurose plantar em 
direção ao 1º e 5º metatarsais, formando três 
compartimentos: (1) compartimento medial da planta - 
que é recoberto pela fáscia plantar medial (2)compartimento 
central da planta – coberto superficialmente pela aponeurose 
plantar densa – e (3) compartimento lateral da planta – 
coberto superficialmente pela fáscia plantar lateral. 
Dos 20 músculos individuais do pé, 14 estão localizados 
na face plantar, 2 estão na face dorsal e 4 são intermediários. 
(Músculos do pé = páginas 607 a 609 do Moore, 6ª edição). 
 
FASCITE PLANTAR: 
É a inflamação da fáscia plantar, que costuma ser 
causada por um mecanismo de uso excessivo. Causa dor na 
superfície plantar do pé e no calcanhar. Há dor à palpação no 
local de fixação proximal da aponeurose no tubérculo medial 
do calcâneo. A dor aumenta com a extensão passiva do hálux 
e pode ser ainda mais exarcebada por dorsiflexão do 
tornozelo e/ou sustentação do peso. 
TRÍCEPS 
SURAL

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