Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UERJ CENTRO BIOMÉDICO FACULDADE DE ENFERMAGEM Manejo clinico para prevenção e tratamento de afecções no sistema tegumentar Drª Alcione Abreu Prof. Adjunto - Departamento de Enfermagem Médico- Cirúrgica (DEMC) UNIRIO -EEAP • RISCO DE INTEGRIDADE DA PELE PREJUDICADA • INTEGRIDADE DA PELE PREJUDICADA • RISCO DE INTEGRIDADE TISSULAR PREJUDICADA • INTEGRIDADE TISSULAR PREJUDICADA • RISCO DE INTEGRIDADE DA MEMBRANA MUCOSA ORAL PREJUDICADA • INTEGRIDADE DA MEMBRANA MUCOSA ORAL PREJUDICADA • RISCO DE LESÃO POR PRESSÃO • LESÃO POR PRESSÃO Conceito de ferida • Feridas são lesões teciduais, deformidades ou soluções de continuidade que podem comprometer desde as camadas mais superficiais da pele até camadas mais profundas como músculos e ossos. Geovanini, T (2014) Classificação das feridas Classificação das feridas Geovanini, T (2014) Quanto ao tempo de evolução Agudas Crônicas Ferida CRÔNICA: Uma ferida é considerada crônica quando a cicatrização completa requer um longo tempo para cicatrizar e/ou apresenta recidivas. Pode demorar mas de 12 semanas para cicatrizar e são associadas à doenças crônicas. (MARTINEZ-ZAPATA et al, 2012). Ferida AGUDA: Já a ferida aguda, apresenta um tempo estimado para cicatrizar até 12 semanas. (MARKOVA et al, 2012; POTT et al, 2014; LUND et al, 2014). • Traumáticas; • Acidentais; • Cirúrgicas; • Doenças cutâneas; • Queimaduras. Geovanini, T (2014) Agudas • Úlcera venosa; • Úlcera arterial; • Úlcera por pressão/lesão por pressão; • Úlcera neuropática. Geovanini, T (2014) Crônicas Tipos de Tecidos Tecido de granulação É um tecido viável, para o processo de cicatrização, é formado pela proliferação de células endoteliais vasculares e fibroblastos. Tecido desvitalizado É um tecido sem vitalidade; amarelo ou branco que adere ao leito da ferida . Este tecido retarda o processo de cicatrização das feridas. Tecido necrótico O tecido epitelial tem uma cor "rosada“, é o tecido que indica finalização do processo de cicatrização das feridas. O termo necrose significa a morte local do tecido. É um material seco, negro, semelhante parecido e duro como o couro. Este tecido retarda o processo de cicatrização das feridas. Tecido de Epitelização Tipos de Tecidos Queimaduras Definição: Queimaduras são lesões da pele, provocadas pelo calor, radiação, produtos químicos ou certos animais e vegetais, que causam dores fortes e podem levar a infecções. Queimadura é geralmente causada pelo calor, mas também pode ser provocada pelo frio, pela eletricidade, por certos produtos químicos, por radiações e até fricções. A pele pode ser destruída parcialmente ou totalmente, atingindo desde pêlos até músculos e ossos. Sociedade Brasileira de Dermatologia: Disponível em :http://www.sbd.org.br/orientacao/queimaduras/ Classificação das Queimaduras Classificação Profundidade Característica Imagem Ilustrativa 1º grau Epiderme (superficial) Dor, inchaço, vermelhidão (SEM BOLHAS) 2º grau Epiderme e Derme (parcial) COM BOLHAS 3º grau Espessura Total Indolor. Estima-se que as úlceras de perna, afetam de 1% a 2% da população mundial, sendo mais incidentes em pessoas acima de 65 anos. (TAVERNER, CLOSS e BRIGGS, 2011). A úlcera venosa é considerada a mais grave de todas as complicações da Insuficiência venosa crônica, geralmente ela apresenta características bem definidas: • longa de evolução, • localização, • tipo de tecido presente no leito e nas bordas. (ABREU, OLIVEIRA, 2015) Úlcera venosa Fisiopatologia da IVC Disponível: https://www.google.com.br/search?q=ulcera+venosa+esquema CARACTERÍSTICAS: A úlcera venosa é considerada a mais grave de todas as complicações da Insuficiência venosa crônica, geralmente ela apresenta características bem definidas: • longa de evolução, • localização, • tipo de tecido presente no leito e nas bordas. Úlcera venosa Características e Causas CAUSAS: Em geral, as causas da úlcera venosa estão relacionados com a hipertensão na parede das veias e ou incompetência valvular. Recomendações de Uso: Terapia compressiva Doença arterial periférica A Doença arterial periférica, que é caracterizada pela aterosclerose, leva á obstrução progressiva das artérias, acarretando isquemia. (IPOEMA e COSTA, 2011). Com evolução da doença: Há diminuição ou ausência das pulsações das artérias do pé e dor severa aumentada coma elevação das pernas, e tempo lento de enchimento capilar. ABBADE, 2010) Úlcera arterial Características e Causas CARACTERÍSTICAS • Extremidade fria e escura; • Retardo no retorno da cor pele após a elevação do membro, • Presença de necrose no leito da lesão; • Paciente relata dor intensa; • Perda de pelos; Disponível: https://www.google.com.br/search?q=ulcera+arterial CAUSAS: Em geral, as causas da úlcera arterial estão diretamente relacionadas a obstrução do fluxo sanguíneo dentro das veias (entupimento). O diabetes está previsto para atingir 250 milhões em 2025, devido ao envelhecimento crescente, à obesidade, ao estilo de vida sedentário e as modificações nos padrões dietéticos. Pessoas com diabetes fazem mais consultas ao médico, são mais frequentemente hospitalizadas e têm menos acesso ao mercado de trabalho do que os indivíduos na faixa etária semelhante, porém sem diabetes. Úlceras neuropáticas Características e Causas Úlcera Neuropática Pé Diabético . Lesão circular com bordas grossas, que se localizam na planta do pé do paciente com diabetes. São complicações/deformidades ocorridas no pé do paciente decorrentes do diabetes. Úlceras neuropáticas Características e Causas CARACTERÍSTICAS: • Lesões anestésicas em membros inferiores; • Circulares com hiperqueratose; • Geralmente quentes; • Podem apresentar sinais de infecção, • Desenvolvem-se sobre áreas de proeminências ósseas. CAUSAS: As causas mais comuns das úlceras neuropáticas são o não controle da glicemia (açucar) que leva a perda da sensibilidade nos membros inferiores. Recomendações de Uso: Hidrogel com Alginato Pé Diabético Características e Causas Características: • Deformidades na anatomia do pé do paciente com diabetes; • Os pés frequentemente encontram-se com a pele ressecada ; • Há presença de Calosidades Causas: As principais causas são as complicações crônicas decorrentes do diabetes como as ortopédicas e as neurológicas. Pé de Charcot Pé de Charcot Iatrogenias relacionadas a dermatologia • Iatrogenia ou condições iatrogênicas designam os efeitos colaterais produzidos pelos medicamentos, dispositivos, procedimentos médicos e infecções hospitalares. • LESÕES POR PRESSÃO; • LESÕES POR DISPOSITIVOS MÉDICOS; • LESÕES POR FRICÇÃO E LESÕES POR ADESIVOS Do ponto de vista epidemiológico • Apesar dos avanços tecnológicos nos cuidados com a saúde: A prevalência das lesões por pressão é e os principais pacientes Podem se desenvolver em poucos dias após internação • Tempo médio de internação de 57 dias, variando de 15 até 373 dias, • 92,6% dos pacientes PODEM desenvolver a LPP a partir de 16 dias de hospitalização. Footer33 Atualização Científica Material de Uso Interno. Proibida a Distribuição Mobilidade Reduzida ao leito Aumenta a pressão e predispõe ao cisalhamento. Grupos de risco/ UTI Piora do Estado Geral Aumento da suscetibilidade no desenvolver de LP. Idade e Desnutrição Comprometimento sistema imune Falha no processo de cicatrização normal da ferida Em relação ao custo para o tratamento • Lesão por pressão estágio 1= US$ 37,88; • Lesão por pressão estágio 2= US$ 35,34; • Lesão por pressão estágio 3= US$ 49,63; • Lesão por pressão estágio 4= US$ 51,39. Lima AFC, et al.(2016) O custo do tratamento foi de US$ 11,95 ao dia em relação ao material, enquanto o custo da prevenção foi de US$ 4,83.Lima ACB, Guerra DM (2011) • Ministério da Saúde cria o Programa Nacional de Segurança do Paciente para o monitoramento e prevenção de danos na assistência à saúde. • Portaria nº 529, de 1 de Abril de 2013 - Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Sistema Internacional De Classificação da Lesão Por Pressão É um dano localizado na pele e/ou tecido mole subjacente geralmente sobre proeminência óssea; • Pode estar relacionada a equipamentos médicos/ outros dispositivos; • Ocorre como um resultado de intensa e/ou prolongada pressão ou de pressão combinada com cisalhamento; • Pode ser dolorosa; Sistema Internacional De Classificação da Lesão Por Pressão A definição revisada de lesão por pressão estágio 2 esclarecer diferença entre danos na pele associados à umidade e lesões causadas por pressão e/ou cisalhamento. -O termo suspeito foi removido de lesão por pressão de tecidos profundos/tissular profundo. -Cada estadiamento descreve a extensão da perda de tecido e características anatômicas. Estágio 1 Eritema NÃO branqueável proeminência óssea. Em pele negra pode não ser visível o branqueamento. • Dor local; • Endurecimento do tecido; • Ou Amolecimento; • Aumento ou diminuição da temperatura do tecido adjacente. Avaliar Estágio 1 Fotos disponíveis na internet Estágio 2 • Perda Parcial da epiderme; • Derme; • Presença de tecido de granulação no leito; • Ausência de tecido desvitalizado. Pode também apresentar-se como flictena fechado ou aberto preenchido por líquido seroso. *Atenção necessário diagnóstico diferencial para DAI, Lesão por adesivos. Estágio 2 Fotos arquivo pessoal do autor. Estágio 3 Perda Total da Espessura dos tecidos da pele. O tecido adiposo/subcutâneo pode ser visível, porém os ossos, tendões ou músculos não estão expostos. *Pode estar presente algum tecido desvitalizado. Estágio 3 Fotos arquivo pessoal do autor. Estágio 4 Perda total da espessura dos tecidos com exposição óssea, tendões ou dos músculos. Pode apresentar tecido de desvitalizado e ou necrose em algumas áreas do leito da lesão. Frequentemente são cavitárias e ou fistulizadas. Apresentam grande risco para desenvolver osteomielite. Estágio 4 Fotos arquivo pessoal do autor. Lesão por pressão não Estadiável/ ou sem condição de estadiar Há perda total da espessura dos tecidos, sendo que a úlcera está recoberta por tecido desvitalizado e/ou necrótico . Até que seja removido esse tecido, a verdadeira profundidade e, por conseguinte, o estagio da úlcera, não pode ser determinada. LPP após desbridamento Lesão Tissular Profunda Surgimento de área de cor vermelha escura, ou área sem coloração ou com flictema, ocasionadas pela pressão e/ou cisalhamento, que provocam danos ao tecido mole subjacente. A lesão pode evoluir de forma rápida e expor outras camadas de tecidos ou pode resolver sem perda tecidual. • Lesão por Pressão Relacionada a Dispositivo Médico; • Lesão por Pressão em Membrana Mucosa. Lesão por Pressão relacionada a Dispositivo Médico Resulta do uso de dispositivos concebidos e aplicados para fins de diagnóstico ou terapêutico. Geralmente está em conformidade com o padrão ou formato do dispositivo. Footer56 Atualização Científica Material de Uso Interno. Proibida a Distribuição Fatores que interferem na cicatrização Monaco JL, Lawrencw WT. Acute wound healing an overview. Clin Plast Surg 2003; 30:1-12. 10. Correia MITD, Renofi o J, Serpa Let al. Sociedade Brasileira de Nutrição, Parenteral e Enteral; Associação, Brasileira de Nutrologia. Terapia Nutricional para Portadores de Ulceras por Pressao. Associação Medica Brasileira/Conselho Federal de Medicina - Projeto Diretrizes (DITEN), 2011 Prevenção da Lesão por pressão 1-Avaliação dos Fatores de Risco; 2-Avaliação da Pele; 3-Cuidado com a Pele; 4-Nutrição; 5-Alternancia de decúbito; 6-Superfície de suporte Avaliação Estruturada de Riscos • Utilizar uma escala estruturada para a avaliação dos riscos, por meio de julgamento clínico e conhecimento dos fatores de risco relevantes. • Não há universalmente uma melhor abordagem para a realização da avaliação de riscos. • Entretanto, o consenso de especialistas sugere que a abordagem seja "estruturada" para identificação de todos os fatores de risco relevantes. Escalas para avaliação dos Riscos Da LPP • ESCALA DE NORTON • ESCALA DE WATERLOW • ESCALA DE CUBBIN E JACKSON • ESCALA DE BRADEN Recomendações para aplicação de creme hidratantes na pele frágil: • Aplicar creme hidratante e umectante na pele ressecada pelo menos duas vezes ao dia, principalmente nos braços e pernas, evitando-se as áreas lesionadas. • Evitar cremes que contenham álcool, pois ressecam a pele. • Evitar cremes perfumados e coloridos, por serem potenciais irritantes da pele. • Não massagear a pele durante a aplicação de cremes. A aplicação de hidratante deve ser realizada com movimentos suaves e circulares. (PERES, STRAZZIERI-PULIDO) • A cicatrização requer um aporte nutricional adequado de proteínas e de calorias, além de vitaminas, como a vitamina C e o zinco. • Esse aporte poderá estar comprometido nos casos de desnutrição, má absorção gastrointestinal e dietas inadequadas. • Para além da dieta habitual, oferecer suplementos nutricionais de elevado teor calórico e proteico a adultos em risco nutricional e em risco de desenvolver lesões por pressão caso as exigências nutricionais não sejam satisfeitas através da ingestão alimentar. (Força da Evidência = A) • Oferecer suplementos de elevado teor proteico, arginina e micronutrientes a adultos com lesões por pressões estágio 3 ou 4 ou com várias lesões. (Força da Evidência = B) • Providenciar/incentivar os indivíduos avaliados com risco de desenvolver lesões por pressão a ingerir suplementos de vitaminas e sais minerais sempre que a ingestão alimentar for insuficiente ou sempre que forem confirmadas deficiências nutricionais. (Força da Evidência= C) PROLINA e ARGININA O aminoácido prolina, é um dos componentes primários da proteína colágeno, que liga e da sustentação a todos os nossos tecidos, melhorando a textura da pele e auxiliando na cicatrização de feridas. Já a arginina, possui papel fundamental no processo de cicatrização, por ser um coadjuvante na síntese proteica e proliferação celular. NOVASOURCE® PROLINE CICATRIZAÇÃO SE CONSTRÓI COM INOVAÇÃO 66 Hipercalórico e Hiperproteico Com Prolina Com Arginina Alto teor de Vitamina C, A, E, Zinco e Selênio Comprovação em Casos Clínicos Comprovação em estudo científico • Os cuidados com a pele, estão relacionados a sua proteção contra lesões, e para isso é necessário realizar alguns cuidados essenciais como: • o uso de hidratantes, • beber bastante água, • evitar banhos quentes e demorados, • usar sabonetes neutros, evitar exposição excessiva ao sol. Esses cuidados restauram a pele, proporcionando hidratação, maciez ao toque e prevenção de futuras lesões. ( FORTES TML, SUFFREDINI IB 2014) ▪ Hidrogel; • AGEs; ▪ Polímeros ▪ Fibras. ▪ Alginatos. Referencias • FORTES TML, SUFFREDINI IB. Avaliação de pele em idoso: revisão da literatura J Health Sci Inst. 2014;32(1):94-101).Disponível em: ttps://www.unip.br/presencial/comunicacao/publicacoes/ics/edicoes/2014/01_ja n-mar/V32_n1_2014_p94a101.pdf • GAYTON, AC. Tratado de fisiologia médica. 5. Ed. Rio de Janeiro: Intera- mericana;1976. P.335-6. • NASIMOTO, MCG; DOMANSKY, RC. Prevenção de lesões causadas por adesivos.In: Manual para a prevenção de lesões de pele: Recomendações baseadas em evidências. DOMANSKY, R de C.BORGES, E.L. Rio de janeiro: Editora Rúbio, 2012. • OLIVEIRA, A.R. A pele nos diferentes ciclos da vida. In: Manual para a prevenção de lesões de pele: Recomendações baseadas em evidências. DOMANSKY, R de C.BORGES, E.L. Rio de janeiro: Editora Rúbio, 2012. • PERES, G.R.P; STRAZZIERI-PULIDO, K.C. Prevenção de lesões por fricção. In: Manual paraa prevenção de lesões de pele: Recomendações baseadas em evidências. DOMANSKY, R de C.BORGES, E.L. Rio de janeiro: Editora Rúbio, 2012. • RIBEIRO, Cláudio J. Cosmetologia aplicada a dermoestética. 2. ed. São Paulo: Pharmabooks, 2010.
Compartilhar