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por @viciodeumaestudante gabarito COMENTADOCOMENTADO Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br Simulados - Método QLR OAB Elaborado por Ana Clara Fernandes @viciodeumaestudante Material de uso individual. Proibido o repasse! SIMULADO 03: GABARITO COMENTADO SIMULADO INÉDITO 01 ÉTICA PROFISSIONAL 01. LETRA C A Lei nº 13.875, de 2019, ao alterar o Estatuto da Advocacia e da OAB passou a prever, no Art. 63, § 2º que para se candidatar aos cargos da OAB "O candidato deve comprovar situação regular perante a OAB, não ocupar cargo exonerável ad nutum, não ter sido condenado por infração disciplinar, salvo reabilitação, e exercer efetivamente a profissão há mais de 3 (três) anos, nas eleições para os cargos de Conselheiro Seccional e das Subseções, quando houver, e há mais de 5 (cinco) anos, nas eleições para os demais cargos." Assim sendo, Ana Carolina não poderá se candidatar à vaga de Conselheira Federal pois este cargo necessita do desempenho da profissão há mais de 5 anos. Matheus, por sua vez, embora possua o tempo mínimo para se candidatar à vaga de Conselheiro Seccional (3 anos), está investido em cargo exonerável ad nutum e por isso não pode concorrer ao cargo. Já Marina, mesmo sendo advogada há 7 anos, não se encaixa no “exercer efetivamente a profissão”, visto que, conforme o Art. 5º do Regulamento Geral, “Considera-se efetivo exercício da atividade de advocacia a participação anual mínima em cinco atos privativos da advocacia.” 02. LETRA D Segundo o Art. 33, do Código de Ética e Disciplina da OAB, “Salvo em causa própria, não poderá o advogado, enquanto exercer cargos ou funções em órgãos da OAB ou tiver assento, em qualquer condição, nos seus Conselhos, atuar em processos que tramitem perante a entidade nem oferecer pareceres destinados a instruí-los.” Parágrafo único. A vedação estabelecida neste artigo não se aplica aos dirigentes de seccionais quando atuem, nessa qualidade, como legitimados a recorrer nos processos em trâmite perante os órgãos da OAB. Tendo tais normas em mente, entende-se que Sebastião poderá atuar em processo perante a OAB, mesmo estando investido em cargo, quando for para exercer a defesa própria. 03. LETRA C O Regulamento Geral da OAB prevê, em seu Art. 2º, que O visto do advogado em atos constitutivos de pessoas jurídicas, indispensável ao registro e arquivamento nos órgãos competentes, deve resultar da efetiva constatação, pelo profissional que os examinar, de que os respectivos instrumentos preenchem as exigências legais pertinentes. Parágrafo único. Estão impedidos de exercer o ato de advocacia referido neste artigo os advogados que prestem serviços a órgãos ou entidades da Administração Pública direta ou indireta, da unidade federativa a que se vincule a Junta Comercial, ou a quaisquer repartições administrativas competentes para o mencionado registro.” Visto que a pessoa jurídica seria registrada perante a Junta Comercial do mesmo estado a que Giulia está vinculada, tem-se que ela está impedida de visar o ato constitutivo pretendido por Pablo. 04. LETRA C Art. 9º, § 4º, EOAB. O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em Direito que queira se inscrever na Ordem. 05. LETRA B Art. 89, RGOAB. Compete à Segunda Câmara: I – decidir os recursos sobre ética e deveres do advogado, infrações e sanções disciplinares. 06. LETRA C Art. 40, Código de Ética, “Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser compatíveis com a diretriz estabelecida no artigo anterior, sendo vedados: I - a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão.” IV - a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a indicação de vínculos entre uns e outras”. Art. 42. É vedado ao advogado: V - insinuar-se para reportagens e declarações públicas. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br Simulados - Método QLR OAB Elaborado por Ana Clara Fernandes @viciodeumaestudante Material de uso individual. Proibido o repasse! Art. 45. São admissíveis como formas de publicidade o patrocínio de eventos ou publicações de caráter científico ou cultural, assim como a divulgação de boletins, por meio físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de interesse dos advogados, desde que sua circulação fique adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico. 07. LETRA B Art. 26, CED. O substabelecimento do mandato, com reservas de poderes, é ato pessoal do advogado da causa. §1º - O substabelecimento do mandato sem reserva de poderes exige o prévio e inequívoco conhecimento do cliente. Se por um lado um advogado pode substabelecer com reserva de poderes sem necessidade de comunicação e aceitação, por outro, precisa comunicar e ter a anuência do cliente para que substabeleça sem reserva de poderes - até porque o cliente não é obrigado a aceitar que um novo profissional assuma sua causa. 08. LETRA C Após ser questionado sobre a constitucionalidade de alguns dispositivos do Estatuto da Advocacia e da OAB, o Supremo Tribunal Federal entendeu que padecia de vício de inconstitucionalidade a expressão “assim reconhecidas pela OAB” no assunto referente à prisão dos advogados. Após tal decisão, tem-se que de fato o advogado não pode ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, mas estas não precisam ser reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar. FILOSOFIA 09. LETRA D Jellinek foi o fundador da teoria do mínimo ético, que em resumo tratava as normas jurídicas como normas morais por acreditar que o direito não seria algo diferente da moral, mas uma parte dela que estava protegida por garantias específicas. Assim, seria papel do legislador estar atento à ética e à moral da sociedade no processo de criação das normas jurídicas. 10. LETRA C A interpretação teleológica busca os fins da norma legal, ou seja, faz uma análise de quais seriam os objetivos por trás da edição de determinada norma. CONSTITUCIONAL 11. LETRA B O Poder Legislativo, em sua função de legislar, não fica vinculado às decisões do controle concentrado de constitucionalidade. 12. LETRA C Conforme o art. 17, § 1º, não há obrigatoriedade para os partidos de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal. 13. LETRA D O Decreto Legislativo é o meio hábil para que o Congresso Nacional regulamente as matérias que são da sua competência exclusiva. Como a temática em tela se encaixa no art. 49, I (competências exclusivas do CN), tem-se que é cabível o Decreto Legislativo. 14. LETRA B Art. 22, CF. Compete privativamente à União legislar sobre: IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão. 15. LETRA C Art. 27, CF. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. 16. LETRA B Não há na Constituição Federal uma relação de hierarquia entre as normas previstas, guardando todas as disposições uma relação de igualdade jurídica. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br Simulados- Método QLR OAB Elaborado por Ana Clara Fernandes @viciodeumaestudante Material de uso individual. Proibido o repasse! 17. LETRA B Os direitos fundamentais de primeira dimensão/geração - são os ligados ao valor liberdade, são os direitos civis e políticos. São direitos individuais com caráter negativo por exigirem diretamente uma abstenção do Estado, seu principal destinatário. DIREITOS HUMANOS 18. LETRA A Art. 47, § 3º, CF. Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 19. LETRA A ARTIGO II. Na presente Convenção entende-se por genocídio qualquer dos seguintes atos, cometidos com a intenção de destruir no todo ou em parte, um grupo nacional. étnico, racial ou religioso, como tal: e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo. DIREITO INTERNACIONAL 20. LETRA B O ato de Assinatura de tratado é de competência privativa do Presidente da República, delegável, portanto. Já o ato de Ratificação é indelegável, cabendo exclusivamente ao Presidente da República. 21. LETRA D A Denúncia é o ato unilateral pelo qual uma Parte Contratante manifesta a sua vontade de deixar de ser Parte no tratado. DIREITO TRIBUTÁRIO 22. LETRA A Alternativa A: correta. Só por meio de lei complementar a União pode instituir os chamados impostos residuais (art. 154, I da CF), que não podem possuir fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição. Assim, a assertiva está correta ao afirmar que em nenhuma hipótese a União pode instituir os impostos residuais por meio de lei ordinária. Alternativa B: incorreta. A União é competente para instituir todas as contribuições sociais, todas as contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE) e todas as contribuições corporativas. Os Municípios são competentes para instituir a contribuição social previdenciária dos servidores públicos municipais e a COSIP. O Distrito Federal é competente para instituir a contribuição social previdenciária dos servidores públicos distritais e a COSIP. Os Estados são competentes para instituir a contribuição social previdenciária dos servidores públicos estaduais, mas não são competentes para instituir a COSIP. Alternativa C: incorreta. A Constituição não exige lei complementar para a instituição do ICMS. Alternativa D: incorreta. Conforme determina o art. 148 da CF, apenas a União é competente para instituir, mediante lei complementar, empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; e no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. 23. LETRA C A: incorreta. O art. 97 do CTN estabelece quais são as matérias que somente a lei (aqui entendida como lei formal) pode estabelecer, determinando, no inciso IV, que a fixação de alíquota do tributo deve, em regra, ser realizada por meio de lei formal. Alternativa B: incorreta. O Imposto Extraordinário de Guerra dispensa edição de lei complementar para sua instituição. Assim, os quatro tributos que precisam ser instituídos por meio de lei complementar são: Empréstimos Compulsórios, Imposto sobre Grandes Fortunas, Impostos Residuais e Contribuições Sociais Residuais. Alternativa C: correta. O art. 153, §1º da CF permite que o Poder Executivo majore as alíquotas do Imposto de Importação e do Imposto de Exportação, já tendo o STF entendido (Tema 53 de Repercussão Geral – RE 570680) que tal possibilidade não se Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br Simulados - Método QLR OAB Elaborado por Ana Clara Fernandes @viciodeumaestudante Material de uso individual. Proibido o repasse! limita ao Chefe do Poder Executivo Federal (Presidente da República), mas também, no caso dos impostos de Importação e Exportação, se estende à CAMEX, que é órgão integrante do Poder Executivo Federal. Alternativa D: incorreta. O art. 97 do CTN estabelece quais são as matérias que somente a lei (aqui entendida como lei formal) pode estabelecer, determinando, no inciso V, que deve ser realizada por meio de lei formal a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a lei ou para outras infrações definidas em lei. 24. LETRA D A alternativa D está correta. A imunidade tributária de partidos políticos, entidades sindicais dos trabalhadores, instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos está prevista no art. 150, VI, “c” da CF e é classificada como condicional, por condicionar o deferimento de tal imunidade ao cumprimento de requisitos legais, que estão previstos nos incisos do art. 14 do CTN, quais sejam: I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. 25. LETRA C O art. 133 do CTN dispõe sobre a responsabilidade tributária por sucessão na hipótese de trespasse de estabelecimento empresarial. Tal dispositivo prevê em seu caput que, em regra, o adquirente do estabelecimento empresarial que continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato de forma integral se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; ou de forma subsidiária com o alienante se o alienante prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. Excepcionalmente, conforme §1º do referido dispositivo legal, o adquirente não responderá pelo pagamento dos tributos anteriores se a alienação judicial ocorrer em processo de falência; ou se o trespasse se der sobre filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial. Mas atenção: há algumas hipóteses em que mesmo se o trespasse ocorrer em processo de falência ou recuperação judicial, o adquirente ainda vai responder pelos tributos anteriores (ou seja, volta para a regra geral), o que ocorre se o adquirente for uma das pessoas indicadas no §2º do art. 133 do CTN, sendo elas: sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial; parente, em linha reta ou colateral até o 4º grau, consanguíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária. Na questão em tela, o adquirente é parente de 5º grau de um dos sócios da empresa alienante e o trespasse se deu por alienação judicial em processo de falência, de modo que Juliano se enquadra nas hipóteses excepcionais de ausência de responsabilidade tributária por sucessão, tornando a questão C correta. 26. LETRA D A alternativa D está correta, posto que consonante com o art. 154 da CF, que dispõe que: Art. 154. A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos noartigo anterior, desde que sejam não- cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br Simulados - Método QLR OAB Elaborado por Ana Clara Fernandes @viciodeumaestudante Material de uso individual. Proibido o repasse! suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. DIREITO ADMINISTRATIVO 27. LETRA D Aplicação da Teoria do Risco onde é necessário que haja Ato + Nexo Causal + Dano = Responsabilidade Com fundamento na teoria do risco, o Estado deve arcar com os prejuízos que sua atividade causar a sociedade, não sendo necessário questionar a culpa de seu agente ou fato do próprio serviço. A simples prestação do serviço gera o dever de indenizar. CF/88 - Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. A ação é em face da concessionária porque no Brasil, a delegação de serviços, regulamentada pela Lei 8.987/95, deixa expresso que essas empresas prestam o serviço por sua conta e risco, e em caso de danos assumem a responsabilidade objetiva de repará-los. Com base na lei, o Estado responde por eventuais danos causados pelas concessionárias de forma subsidiária, ou seja, quando aquela concessionária não obtiver recursos financeiros para supri-los e isso restar comprovado. Nesses casos, o poder público assume a obrigação principal de indenizar ou reparar o dano. O direito de regresso apenas ocorre quando houver uma responsabilização indevida dessa concessionária. 28. LETRA C O Art. 32 da LEI 8.987/1995 traz a resposta para essa questão: Art. 32. O poder concedente poderá intervir na concessão, com o fim de assegurar a adequação na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais, regulamentares e legais pertinentes. Parágrafo único. A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente, que conterá a designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida. Por isso não deixe de ler a lei seca recomendada no seu cronograma. Muito do que você vai estudar e ler será materializado nas questões. 29. LETRA D De acordo com a nova Lei de licitações, quando existe um valor vultoso de contratos públicos, a Administração Pública pode exigir do Particular uma garantia, seja ela: seguro-garantia, caução em dinheiro ou títulos da dívida pública. 30. LETRA A A lei de licitações traz casos de dispensa de licitação, onde teremos uma exceção a regra que é o procedimento licitatório. Sendo assim, é possível dispensar a licitação no caso da letra da questão acima, conforme o artigo: Art. 75. É dispensável a licitação: I – para contratação que envolva valores inferiores a R$ 100.000,00 (cem mil reais), no caso de obras e serviços de engenharia ou de serviços de manutenção de veículos automotores; II – para contratação que envolva valores inferiores a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), no caso de outros serviços e compras; (...) 31. LETRA B A Lei nº 8.987/95, em seu artigo 6 nos diz: Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato. §2 A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br Simulados - Método QLR OAB Elaborado por Ana Clara Fernandes @viciodeumaestudante Material de uso individual. Proibido o repasse! Assim, sobre o princípio da atualidade, os serviços públicos devem se adaptar tanto à evolução social, como tecnológica. Isso porque as necessidades da sociedade variam de tempos em tempos, devendo sempre o serviço publico acompanha-las no intuito de prestar o melhor serviço possível. 32. LETRA B A alternativa correta possui apoio em decisões do STF: A criação de cargos em comissão somente se justifica para o exercício de funções de direção, chefia e assessoramento, não se prestando ao desempenho de atividades burocráticas, técnicas ou operacionais; b) tal criação deve pressupor a necessária relação de confiança entre as autoridades nomeante e o servidor nomeado; c) o número de cargos comissionados criados deve guardar proporcionalidade com a necessidade que eles visam suprir e com o número de servidores ocupantes de cargos efetivos no ente federativo que os criar; e d) as atribuições dos cargos em comissão devem estar descritas, de forma clara e objetiva, na própria lei que os instituir. São esses, portanto, os requisitos para criação de cargos em comissão. (ADI 5542, rel. Ministro ROBERTO BARROSO, Plenário, Sessão Virtual de 8.11.2019 a 19.11.2019) DIREITO AMBIENTAL 33. LETRA C Conforme o princípio da prevalência da norma mais protetiva/benéfica ao meio ambiente e art. 24, VI, da CRFB/88: Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: VI – florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição. O Município tem competência para legislar sobre meio ambiente e controle da poluição, quando se tratar de interesse local (STF, RE 194.704, 2017). Assim, prevalecerá a norma municipal, pois trata-se de aplicação do princípio da prevalência da norma mais protetiva/benéfica ao meio ambiente. 34. LETRA D Conforme Res. 237/97 do Conama em seu artigo 6º: Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos competentes da União, dos Estados e do Distrito Federal, quando couber, o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe forem delegadas pelo Estado por instrumento legal ou convênio. DIREITO CIVIL 35. LETRA A Nesta questão, o examinando precisa saber que o perdão da dívida (remissão) pode ser total (estendido a todos os devedores) ou parcial (não se estende aos demais devedores na integralidade da dívida – art. 277 do CC). O perdão da dívida parcial funciona como se o credor descontasse o valor da cota perdoada do todo devido. Assim, Glauco só poderá cobrar R$ 2.000 de qualquer um dos demais devedores, de acordo com a sua vontade. Ciente de que, agora, o valor devido é de R$2.000,00, o examinando deve passar a analisar as consequências da morte de Tício. Com o falecimento de um dos devedores solidários (Tício), cada um de seus herdeiros (Maria e João) poderá ser cobrado de R$ 500,00 (metade de R$ 1.000,00 – cota parte do falecido), até o valor da quota correspondente ao seu quinhão hereditário, pois com a morte cessa a solidariedade em relação aos herdeiros (E NÃO EM RELAÇÃO AOS CODEVEDORES SOLIDÁRIOS VIVOS). Nesta toada, o credor poderá cobrar R$500,00 de Maria + R$500,00 de João + R$1000,00de Mévio ou R$2.000,00 apenas deste último. Atenção: o que eu vou explicar agora NÃO foi cobrado nesta questão, mas é importante você saber → Se a dívida fosse um bem indivisível (um animal, uma casa) e, estivesse em posse de um dos herdeiros, este deveria entregar o bem inteiro ao credor. Além disso, o art. 276 do CC estabelece que se todos os herdeiros (Maria e João) estiverem reunidos, deverão ser considerados como um devedor solidário em relação aos demais codevedores. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br Simulados - Método QLR OAB Elaborado por Ana Clara Fernandes @viciodeumaestudante Material de uso individual. Proibido o repasse! 36. LETRA D Em se tratando de bens móveis com defeito oculto (o vício só pode ser conhecido mais tarde), o prazo para postular a demanda redibitória é de 30 dias, contados da data em que o adquirente teve ciência do defeito, desde que o vício surja dentro de 180 dias a contar da aquisição do bem (art. 445, §1º do CC). No mais, não há que se falar em erro quanto à qualidade essencial do objeto, visto que este instituto está relacionado ao vício de consentimento (falsa ideia da realidade). Ex.: Compro um faqueiro pensando que era de prata, mas na verdade era apenas banhado → perceba que não há um defeito ou vício na coisa, apenas o comprador que se confundiu. Por fim, conforme o art. 441, parágrafo único do CC, é plenamente possível à demanda redibitória na doação onerosa (Ex.: Arthur doa a máquina para Juliette, desde que ela entregue 03 cestas básicas a instituição de caridade local). 37. LETRA D A usucapião ordinária exige, além dos requisitos comuns (posse mansa, pacífica, ininterrupta, com animus domini), a presença de justo título e boa-fé (art. 1.242 do CC). Assim, não há o que se falar em aquisição da propriedade pela usucapião ordinária. Por outro lado, a usucapião extraordinária exige os requisitos comuns, mas dispensa o justo título e boa- fé. Pela regra geral, Josimar só iria adquirir a propriedade quando atingisse os 15 anos da posse “ad usucapionen”, todavia, o parágrafo único do artigo 1.238 do CC estabelece que o prazo será reduzido para 10 anos, se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo. Superada tal parcela, o examinando precisa saber que a usucapião é modo originário de aquisição de propriedade, gerando a extinção por completo da nua-propriedade e o direito real de usufruto anteriormente existente. Por fim, com fulcro nos arts. 1.406 (o usufrutuário deveria ter comunicado a nu-proprietária da invasão) c.c 186 do CC, Cristina têm direito à reparação civil em face de Maria (agiu com desídia). 38. LETRA C A Emancipação é a antecipação da capacidade plena através da autorização dos representantes legais do menor, do juiz ou pela superveniência de fato a que a lei atribui força para tanto. Seguindo isso, a emancipação pode ser: Voluntária, Judicial ou Legal. - Voluntária ocorre pela concessão de ambos os pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independente de homologação judicial, desde que o menor possua 16 anos completos. Ainda que a guarda seja unilateral, é necessária a autorização de ambos os genitores, visto que a guarda não interfere no poder familiar. - Judicial ocorre pela concessão do juiz, ao menor com 16 anos completos, a pedido do tutor ao tutelado, ou pelos pais quando há discordância entre eles. - Legal ocorre automaticamente quando atinge-se uma das hipóteses elencadas no artigo 5º do C.C: - pelo casamento; - pelo exercício de emprego público efetivo; - pela colação de grau em curso de ensino superior; - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. Sendo assim, a emancipação de Eduarda, ao ter a anuência de ambos os genitores (ainda que a guarda seja unilateral), poderá ser realizada de forma voluntária, ou seja, por meio de instrumento público. 39. LETRA C Regime de bens é o conjunto de normas que irá regular as relações patrimoniais dentro do relacionamento. É regido pela liberdade de escolha e mutabilidade. Isso significa dizer que, via de regra, as pessoas podem escolher por meio de pacto antenupcial qual regime de bens querem que prevaleça em seus relacionamentos, observando aquilo que mais vai se adequar aos seus estilos de vida. Ocorre que, quando as pessoas não fizerem essa escolha, o regime de bens que irá prevalecer Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br Simulados - Método QLR OAB Elaborado por Ana Clara Fernandes @viciodeumaestudante Material de uso individual. Proibido o repasse! será o de comunhão parcial, também chamado de regime de bens supletivo. Esse regime termina por ser o mais comum entre os casais, já que a realização do pacto antenupcial ainda não é tão comum. Está regulado entre os artigos 1.658 e 1.666 do Código Civil. O Artigo 1.660 do C.C, estabelece tudo aquilo que entra na comunhão, que forma o patrimônio comum do casal denominado de aquestos: - Comunicam-se os bens adquiridos de forma onerosa pelo casal durante a constância do relacionamento. - Bens adquiridos por sorte, por recompensa, por aposta. Lembrando que só irá haver a comunicação, se o benefício tiver sido recebido durante a constância da relação. Então no caso da questão, tendo em vista que Caio obteve o prêmio do Big Brother na constância do casamento, esse prêmio irá ser partilhado. - Também entra na comunhão bens recebidos por meio de doação, herança, legado, contanto que exista cláusula expressa afirmando que é em benefício de ambos os cônjuges. - Benfeitorias em bens particulares, ou seja, toda melhoria realizada em bem particular, durante a constância da relação, comunica-se. - E, por fim, frutos de bens comuns ou particulares. No caso da questão, os aluguéis irão também ser partilhados visto que constituem frutos do bem particular (imóvel) de Eduarda. Os aluguéis serão partilhados, porém o apartamento não. E o que não se comunica está previsto no artigo 1.659 do C.C: - Os bens que cada cônjuge ou companheiro, possuíam antes do relacionamento. - Bens adquiridos por meio de doação, herança e bens subrogados em lugar dos bens particulares. Por tal motivo, o imóvel que Eduarda recebeu quando seus pais faleceram, é particular. - O ônus da prova para poder ter a exclusão do bem subrogado na partilha é do interessado na sub- rogação. - Também não se comunicam as obrigações existentes antes do casamento. - Não se comunicam obrigações provenientes de atos ilícitos, a não ser que sejam de proveito de ambos os cônjuges. - Bens de uso pessoal, livros e instrumentos de profissão não entram na comunhão. - Proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge, pensões e outras rendas semelhantes. 40. LETRA D Primeiramente temos que lembrar que à união estável, serão aplicadas as mesmas regras sucessórias do casamento. Se na questão afirma que o casal não realizou contrato elegendo o regime de bens, isso significa dizer que o regime será o supletivo de comunhão parcial, assim como estabelece o artigo 1.640 do Código Civil. Um dos princípios do direito sucessório é o da proximidade, em que o legislador estabelece uma ordem de prioridade na sucessão, presumindo quem sãoos parentes mais próximos da pessoa. Essa ordem está prevista no artigo 1.829 do Código Civil: ● Descendentes; ● ascendentes; ● cônjuge/companheiros; ● colaterais até o 4º grau. Esse princípio é relativizado pelo direito de representação, ou sucessão por estirpe estabelecido no artigo 1.851 do Código Civil. O direito de representação ocorre quando se chamam parentes do falecido para suceder em todos os direitos que ele sucederia e não sucede porque se encontra pré- morto. É válido salientar que este só ocorre na descendência e na colateralidade. Não ocorre na ascendência (Art. 1.852 do C.C). Além disso, na descendência essa representação é ilimitada, enquanto na colateralidade, se limita até o filho do irmão (Art. 1.853 do C.C). Quando uma pessoa falece, a primeira coisa que deve ser observada é se essa pessoa era casada ou possuía união estável, se sim, deve ser analisado qual era o regime de bens para poder fazer a meação e depois Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br Simulados - Método QLR OAB Elaborado por Ana Clara Fernandes @viciodeumaestudante Material de uso individual. Proibido o repasse! poder prosseguir com a partilha da herança. Sendo assim, havendo relacionamento, o cônjuge ou companheiro irá concorrer com os descendentes ou ascendentes (se não houver descendentes). Porém, existem alguns casos em que não vai haver a concorrência (inciso I do artigo 1.829 do C.C): - Quando o regime de bens for o de separação obrigatória; - Quando o regime de bens for o de comunhão universal; - Quando o regime de bens for o de comunhão parcial, mas não houver bens particulares. Em relação à divisão do quinhão hereditário, o artigo. 1.832 do C.C, estabelece que o cônjuge/companheiro irá receber o mesmo percentual dos descendentes, não podendo receber menos que ¼ se for ascendente dos herdeiros com quem concorre (se os filhos forem comuns). A concorrência com os ascendentes ocorre independente do regime de bens, e será em cota igualitária. Se não forem ascendentes de primeiro grau, terá direito à metade da herança (Art. 1.837 d o C.C). Se não houver descendentes, nem ascendentes, receberá 100% da herança, independente do regime de bens. No regime de comunhão parcial, os bens adquiridos na constância do relacionamento serão partilhados e aqueles adquiridos antes do relacionamento, serão particulares. Sendo assim, é válido salientar que o cônjuge/companheiro só irá concorrer com os descendentes/ascendentes na herança em relação aos bens particulares. Sendo assim, considerando que Vinícius e Ana tinham um relacionamento regido pela comunhão parcial de bens; que haviam bens particulares (R$800.00,00 adquiridos antes do relacionamento) e comuns (R$300.000,00 adquiridos na constância do relacionamento); possuíam 3 filhos (Luiz, Rodrigo e Romero); Luiz encontrava-se pré-morto (morreu antes de Vinícius) e tinha 2 filhos (Lucas e Leonardo), sendo que um deles faleceu (Leonardo) e deixou 2 filhos (Mário e Mariana); a sucessão se dará da seguinte maneira: Em relação aos R$300.000,00 que são bens comuns, Ana irá receber R$150.000,00 à titulo de meação e o restante do valor será dividido de forma igualitária entre os descendentes. R$50.000,00 irá para Rodrigo; R$50.000,00 irá para Romero e R$50.000,00 irá ser dividido entre Lucas e Leonardo que irão representar Luiz na herança de Vinícius, porque Luiz se encontrava pré-morto quando Vinícius faleceu, sendo assim, Lucas receberá R$25.000,00 e Leonardo receberia R$25.000, ocorre que com o falecimento de Leonardo, esse valor irá para seus descendentes em cotas iguais (Mário e Mariana); então Mário vai receber R$12.500,00 e Mariana também. Em relação aos R$800.000,00 que são bens particulares, Ana irá concorrer com os descendentes, isso porque assim como foi afirmado anteriormente: o cônjuge concorre com os descendentes em cotas iguais nos bens particulares. Sendo assim, R$200.000,00 irá para Ana; R$200.000,00 irá para Rodrigo; R$200.000,00 irá para Romero e R$200.000,00 irá ser dividido entre Lucas e Leonardo que irão representar Luiz na herança de Vinícius, porque Luiz se encontrava pré- morto quando Vinícius faleceu, sendo assim, Lucas irá receber R$100.000,00 e Leonardo receberia R$100.000,00, ocorre que com o falecimento de Leonardo, esse valor irá para seus descendentes em cotas iguais (Mário e Mariana); então Mário vai receber R$50.000,00 e Mariana também. Somando os valores: Ana irá receber R$350.000,00; Rodrigo R$250.000,00; Romero R$250.000,00; Lucas R$125.000,00; Mário R$62.500,00 e Mariana R$62.500,00. 41. LETRA C Pessoas que sofrerem danos ocasionados por outras, podem buscar uma indenização do agente causador do dano, desde que presentes todos os pressupostos legais para a responsabilização deste ofensor. A finalidade principal é recolocar a vítima em seu status quo ante, buscando-se sempre o equilíbrio social e econômico. Porém, quando não for possível repor o estado anterior das coisas, o infrator ficará condicionado ao pagamento de uma indenização pecuniária. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br Simulados - Método QLR OAB Elaborado por Ana Clara Fernandes @viciodeumaestudante Material de uso individual. Proibido o repasse! A responsabilidade civil tem os seguintes pressupostos essenciais: - Conduta; - Dano; - Nexo causal. A conduta pode ser positiva ou negativa, ou seja, uma ação ou omissão; ilícita ou lícita, ou seja, com ou sem culpa (quando há análise de culpa estamos diante da responsabilidade subjetiva, quando não há análise de culpa estamos diante da responsabilidade objetiva). A voluntariedade deve estar presente em todas as condutas do indivíduo para que possa ser responsabilizado, essa consiste na liberdade de escolha do agente que tem discernimento necessário para entender a ação praticada. Quanto ao dano, seja qual for a espécie de responsabilidade, é necessário que o mesmo esteja configurado. Sem ele, não há reparação. O dano pode ser material, o qual é analisado sobre dois aspectos: o dano emergente que causa um prejuízo sobre o patrimônio da vítima, no caso em questão, esse dano ocorreu no celular e computador de Luisa, é possível estabelecer com precisão o desfalque causado; ou ainda o lucro cessante que incide sobre o que a vítima deixou de ganhar, esse não pode ser estabelecido com precisão, também sendo o caso da questão visto que Luisa ficou sem poder exercer seu trabalho de uber. Além do dano material, também existe o dano imaterial ou moral, ocorrem quando atingem os direitos da personalidade. A responsabilidade subjetiva encontra-se amparada pelo artigo 186 do Código Civil, estabelecendo que: “Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.” A partir da análise desse artigo, pode-se concluir que nessa espécie de responsabilidade, o elemento principal e essencial está fundado na culpa (dolo ou culpa stricto sensu) do agente causador do dano, se essa não for devidamente comprovada, o agente não será responsabilizado. É a responsabilidade adotada como regra no código civil, mas em contraposição, também existe a responsabilidade objetiva. A responsabilidade objetiva encontra-se amparada pelo artigo 927 do Código Civil, o qual estabelece que: “Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem." É possível perceber pela transcrição do artigo, que essa responsabilidade ignora a existência de culpa, sendo necessário para o surgimento do dever de reparação apenas uma conduta, que pode ser lı́cita ou ilı́cita, o dano a um bem jurı́dico alheio e o nexo de causalidade entre a conduta causada e o dano sofrido. Em outras palavras, basta que o dano ocorra para que surja o dever de indenizar, não há que se falar em dolo ou culpa. A responsabilidade objetiva ocorrerá somente quando prevista em lei ou quando a atividade desenvolvida por sua natureza gerar risco para o direito de terceiros. Nesse sentido, o Código Civil estabelece no artigo 937 que: “Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.” Percebe-se que o artigo nada fala sobre análise de culpa, sendo assim, já é possível compreender que a responsabilidade do proprietário é objetiva. Além desse artigo, o enunciado n. 556 da VI Jornada de Direito Civil do Conselho da Justiça Federal, estabelece: “A responsabilidade civil do dono do prédio ou construção por sua ruína, tratada pelo art. 937 do C.C, é objetiva”. Portanto, Leandro será responsável por indenizar Luisa independentemente de culpa. A obrigação de indenizar não é personalíssima. Dessa maneira, falecido o autor do dano, os seus herdeiros passam a ser responsáveis pela Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br Simulados - Método QLR OAB Elaborado por Ana Clara Fernandes @viciodeumaestudante Material de uso individual. Proibido o repasse! indenização da vítima. Da mesma forma, falecida a vítima, transmite-se aos seus herdeiros o direito à indenização. É o que estabelece o artigo 943 do Código Civil. Sendo assim, é possível que os herdeiros de Luisa exijam reparação dos danos causados. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 42. LETRA C Conforme art. 1.638, V, do CC: Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que: entregar de forma irregular o filho a terceiros para fins de adoção. 43. LETRA D Conforme Artigo 42, § 6º, da Lei 8.069/90: A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença. DIREITO DO CONSUMIDOR 44. LETRA D Conforme art. 2°, parágrafo único, do CDC: Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Parágrafo único. Equipara se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. 45. LETRA B Conforme o artigo 26 do CDC: O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis; II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis. DIREITO EMPRESARIAL 46. LETRA C A Letra A está na parte da Lei 11.101/05 que diz acerca “Do Financiamento do Devedor e do Grupo Devedor durante a Recuperação Judicial”, vejamos: Art. 69-A. Durante a recuperação judicial, nos termos dos arts. 66 e 67 desta Lei, o juiz poderá, depois de ouvido o Comitê de Credores, autorizar a celebração de contratos de financiamento com o devedor, garantidos pela oneração ou pela alienação fiduciária de bens e direitos, seus ou de terceiros, pertencentes ao ativo não circulante, para financiar as suas atividades e as despesas de reestruturação ou de preservação do valor de ativos. A Letra B também encontra respaldo na Lei alterada, em seu art. 167-A e seguintes, igualando a posição entre credores estrangeiros e brasileiros. A Letra D encontra-se no art. 48, § 3º: “Para a comprovação do prazo estabelecido no caput deste artigo, o cálculo do período de exercício de atividade rural por pessoa física é feito com base no Livro Caixa Digital do Produtor Rural (LCDPR), ou por meio de obrigação legal de registros contábeis que venha a substituir o LCDPR, e pela Declaração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF) e balanço patrimonial, todos entregues tempestivamente”. Essa questão poderia confundir o aluno, pois o produtor rural já poderia pedir a recuperação judicial por não ser o seu registro obrigatório, mas facultativo. Entretanto, não havia regulamentação legal acerca disso, logo, trata-se de inovação legal. A Letra C, entretanto, apresenta o erro, pois a ESC é uma exceção legal sobre a aplicação da Lei de Recuperação e Falência em instituições financeiras, logo, em regra, essas permanecem como um proibitivo exposto no art. 2º, II. 47. LETRA D AVIAMENTO: atributo do estabelecimento empresarial, resultado do conjunto e vários fatores de ordem material ou imaterial que lhe conferem capacidade ou aptidão de gerar lucros: é subjetivo quando a capacidade de gerar lucros resulta substancialmente de qualidades do titular da empresa (a pizzaria só lucra porque seu titular é um italiano de renome na cidade); é objetivo se decorrente da qualidade do estabelecimento empresarial (há toda uma estrutura que permite que a pizzaria lucre, com ambiente, cozinha, etc.). Letra A incorreta. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br Simulados - Método QLR OAB Elaborado por Ana Clara Fernandes @viciodeumaestudante Material de uso individual. Proibido o repasse! ESTABELECIMENTO: todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária: universalidade de fato (art. 90, CC): objeto unitário; conjunto de bens, instrumento para o desenvolvimento da atividade, faz parte do patrimônio da empresa: logo, não tem personalidade jurídica ou autonomia, configura a união de direitos e negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza: pode ser negociado, desde que haja averbação e publicação na imprensa oficial. Observe que a universalidade de bens não "passa a ser" uma universalidade de fato, "na medida em que" seus elementos se reúnem em um objetivo econômico comum, é a destinação unitária da universalidade de bens que os torna uma universalidade de fato. O aluno pode lembrar aqui dos bens afetados do Direito Administrativo como um comparativo: uma vez afetados por uma destinação, eles fazem parte de um todo. Lembre-se também que, embora o intuito da empresa seja sempre obter lucro, não se pode dizer que essa seja a destinação dos bens do estabelecimento. A destinação é desenvolver a atividade. Letra B e C incorretas. PATRIMÔNIO EMPRESARIAL: o estabelecimento faz parte do patrimônio, mas nem todo o patrimônio é parte do estabelecimento: a empresa pode comprar, por exemplo, um imóvel, como um bem a ser explorado futuramente. Enquanto ele não possuir uma destinação na atividade empresarial, não será parte do estabelecimento. 48. LETRA D LEI DO CHEQUE (Lei 7.357/85): PROTESTO deve ser interposto no lugar de pagamento ou do domicílio do emitente, antes da expiração do prazo de apresentação (30 dias se emitido na mesma praça do pagamento – 60 dias se em praça diferente), entretanto, pode o portadorpromover a execução do cheque (art. 47) contra o emitente e seu avalista (devedor principal); contra os endossantes e seus avalistas (coobrigados), se o cheque apresentado em tempo hábil e a recusa de pagamento é comprovada pelo protesto (torna os endossantes coobrigados) ou por declaração do sacado, escrita e datada sobre o cheque, com indicação do dia de apresentação (dispensa protesto), ou, ainda, por declaração escrita e datada por câmara de compensação (dispensa protesto). Letra A incorreta na sua segunda parte. Letra A incorreta. CHEQUE PRO SOLUTO: a obrigação estampada é cumprida com a simples entrega do título independente do seu pagamento ou não: em regra (art. 62), a emissão ou a transferência do cheque não exclui a ação fundada na relação causal, feita a prova do não-pagamento, entretanto, a condição pro soluto retira essa garantia (tem que estar expresso no título – princípio na literalidade), tal qual a novação. Isso porque os títulos de crédito costumam ter quitação pro solvendo, ou seja, a obrigação é cumprida apenas com a efetiva quitação do título e não meramente a sua entrega ao devedor, ou seja, o pagamento se efetiva apenas quando o dinheiro estiver realmente nas mãos ou em conta bancária do vendedor. Letra B incorreta. PRESCRIÇÃO: art. 59: 6 (seis) meses, contados da expiração do prazo de apresentação: cheques são reapresentáveis: só começa a contar o prazo da prescrição depois do prazo de apresentação e não da primeira tentativa de receber o crédito. Letra C incorreta. PRAZO PARA PAGAMENTO: art. 49: portador (João) deve dar aviso da falta de pagamento a seu endossante (Sebastião – coobrigado) e ao emitente (Maria Madalena – devedora principal), nos 4 (quatro) dias úteis seguintes ao do protesto ou das declarações que dispensam o protesto, havendo cláusula ‘’sem despesa’’, ao da apresentação. Letra D correta. 49. LETRA D ENDOSSO-CAUÇÃO: artigo 19 da Lei Uniforme de Genebra: institui penhor sobre o título de crédito, transformando-o em uma garantia real: entrega do título de crédito ao credor caucionado (endossatário) sem que se transfira a titularidade do crédito representado pelo título de crédito: o endossatário pignoratício ao receber o título, pode praticar todos os atos necessários para a defesa e conservação dos direitos emergentes da letra, de Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br Simulados - Método QLR OAB Elaborado por Ana Clara Fernandes @viciodeumaestudante Material de uso individual. Proibido o repasse! que está de posse, mas não pode a outro: se transferir, será nas mesmas condições que o recebeu, com os mesmos poderes. O cheque caução é uma garantia também, mas os efeitos dele estão vinculados a um contrato, aplicando-se a regra do direito civil se repassado a outrem pelo credor pignoratício, ou seja, o cheque é repassado como título de crédito ao terceiro de boa-fé, todos os seus direitos e deveres serão transferidos. Letra A incorreta. CLÁUSULA NÃO À ORDEM: o endosso transmite e garante a dívida, pois o endossatário passa a ser coobrigado, mas a cláusula proibitiva de novo endosso retira essa garantia: só pode ser transmitido por cessão de crédito (para quem firmou a cláusula): limita a responsabilidade diante de endossatários futuros: não impede o posterior endosso do título: retira a garantia do endosso. Não há cláusula similar no aval. Logo, a letra B está incorreta, pois há exclusão da responsabilidade no endosso. ENDOSSO-MANDATO: confere ao endossatário o exercício dos direitos inerentes ao título, salvo restrição expressamente estatuída: o endossatário de endosso-mandato, que não perde a eficácia com a morte ou a superveniente incapacidade do endossante, só pode endossar novamente o título na qualidade de procurador, com os mesmos poderes que recebeu, embora possa o devedor opor ao endossatário de endosso-mandato somente as exceções que tiver contra o endossante (art. 917, CC). Letra C incorreta e D correta. 50. LETRA A CRÉDITOS CONCURSAIS: são os créditos provenientes da atividade do empresário devedor enquanto esse ainda estava na condução de sua atividade empresarial, logo, exceto créditos expressamente excluídos do concurso de credores (extraconcursais), os créditos concursais são os que se originaram de fatos praticados pelo devedor ou decorrentes de negócio jurídico por esse celebrado antes da decretação de sua falência ou, na hipótese de convolação da recuperação judicial em quebra, antes do pedido de recuperação judicial: a ordem correta consta no art. 83 da Lei de Recuperação e Falências, tendo sido incluídos nos créditos quirografários os de privilégio geral e de privilégio especial. PROCESSO CIVIL 51. LETRA B A - Incorreta. O litisconsórcio não é necessário (art. 114, CPC - “O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes”), tendo em vista que se trata de devedores solidários, podendo qualquer um deles ser demandado pelo todo sem ser necessária a presença do outro na lide. B - Correta. Em se tratando de litisconsórcio, caso um dos litisconsortes deixe de praticar um ato, mas o outro o pratique, caso a conduta seja benéfica, beneficiará o outro litisconsorte. No caso de ser prejudicial, não prejudicará o outro litisconsorte. C - Incorreta. A prescrição pode ser reconhecida de ofício pelo magistrado (art. 487, II, CPC - “II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição”). D - Incorreta. Quando são constituídos advogados diferentes, de escritórios de advocacia diferentes, os prazos para as manifestações dos litisconsortes são contados em dobro apenas e tão somente no caso de processos físicos (art. 229, CPC - “Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento (...) § 2º Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.”). Assim, a expressão “ainda que os autos sejam eletrônicos” torna a alternativa errada. 52. LETRA C A - Incorreta. Quando o réu propõe reconvenção, o autor é intimado na pessoa do seu advogado para apresentar resposta em 15 (quinze) dias, vide art. 343, § 1º, CPC: “Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias”. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br Simulados - Método QLR OAB Elaborado por Ana Clara Fernandes @viciodeumaestudante Material de uso individual. Proibido o repasse! B- Incorreta. A desistência da ação não impede o prosseguimento do processo quanto à reconvenção, nos termos do art. 343 § 2º, CPC: “A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção”. C - Correta. A reconvenção pode ser proposta independentemente de ser ofertada contestação, nos termos do art. 343, § 6º, CPC: “O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação”. D - Incorreta. O réu pode propor reconvenção contra o autor e um terceiro, vide art. 343, § 3º, CPC: “A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro”. 53. LETRA D Trata-se de letra de lei, precisamente oart. 830 do Código de Processo Civil. Acontece que na execução por quantia certa o crédito já está certificado por um título executivo (judicial ou extrajudicial), de modo que os próximos passos são expropriatórios, isto é, buscam retirar bens da esfera do executado e transferir para o exequente, de modo a satisfazer o crédito que possui. Código de Processo Civil. Art. 830. Se o oficial de justiça não encontrar o executado, arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para garantir a execução. 54. LETRA B O Código de Processo Civil é expresso ao prever que o recurso interposto por um dos litisconsortes servirá aos interesses dos demais, exceto se os interesses buscados por eles forem opostos. Desse modo, sendo autores e com interesses idênticos, o recurso interposto por Roberto será aproveitado por Yasmin. Art. 1.005. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses. Parágrafo único. Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor aproveitará aos outros quando as defesas opostas ao credor lhes forem comuns. 55. LETRA B A única parte que poderia reclamar pela ausência de intimação seria a parte autora, tendo em vista que em função da ausência de intimação deixou de apresentar a réplica. Ocorre que não houve prejuízo para Ícaro, vez que todos os seus pedidos foram julgados procedentes. Art. 282. § 2º Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta. Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial. 56. LETRA D A - Incorreta. A alternativa está incorreta apenas e tão somente em razão da disposição sobre a dispensa de custas. Anote-se que no caso de tutela provisória antecipada antecedente não há dispensa quanto ao recolhimento das custas processuais. O recolhimento é feito na própria petição do pedido de tutela, sendo que, posteriormente, havendo aditamento, não haverá incidência de novas custas processuais (art. 303, § 3º, CPC: “O aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem incidência de novas custas processuais”). B- Incorreta. Ingressar com ação de obrigação de fazer com pedido de tutela de urgência não é a forma mais rápida de se conseguir o resultado almejado. C - Incorreta. Não é possível ingressar com uma ação de obrigação de fazer com pedido de tutela de evidência em razão de ser evidente a urgência no caso em questão, já que presentes os requisitos fumus boni iuris e periculum in mora. Isso porque os requisitos mencionados são o da tutela de urgência (art. 300, CPC - “A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”) e não da tutela de evidência, a qual tem as suas hipóteses no art. 311, CPC. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br Simulados - Método QLR OAB Elaborado por Ana Clara Fernandes @viciodeumaestudante Material de uso individual. Proibido o repasse! D - Correta. Havendo o indeferimento da tutela antecipada, deverá ser feita a emenda no prazo de 05 (cinco) dias, nos termos do art. 303, § 6º, CPC: “Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito”. Essa emenda e o prazo de 05 dias não podem ser confundidos com o aditamento que deve ser feito em 15 (quinze) dias, quando há o deferimento da tutela. 57. LETRA C A - Incorreta. Existem hipóteses de improcedência liminar no sistema atual e não há ofensa aos princípios mencionados. Vide art. 332, CPC, in verbis: “Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça; II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local”. B - Incorreta. O julgamento liminarmente improcedente não é cabível apenas nos casos de em que os pedidos contrariarem enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, conforme art. 332, CPC, transcrito na explicação da alternativa anterior. C - Correta. O juiz pode julgar liminarmente improcedente o pedido nas causas em que dispensem instrução probatória, nas hipóteses do art. 332, caput, CPC (“Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar...). Destarte, havendo necessidade de dilação probatória, não cabe improcedência liminar do pedido. D - Incorreta. As hipóteses de improcedência liminar do pedido encontram-se no art. 332 do CPC, sendo que não há inépcia dentre tais hipóteses. DIREITO PENAL 58. LETRA D O art. 168-A diz expressamente que é extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. Como ainda estava em fase de Memoriais, não havendo a ação fiscal, Hulk terá extinta a sua punibilidade. 59. LETRA C Observem na questão que o seguinte: “Após o contato e narrado o ocorrido, Ana Clara decide ajudar a ocultar o automóvel subtraído no estabelecimento de sua propriedade”. O delito de Favorecimento Real é caracterizado como auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime. Ante ao exposto, vemos que Ana Clara não ocultou o veículo para si mas para prestar auxilio a Renata. Gabarito letra C. 60. LETRA D É o clássico caso de Erro de Tipo. O erro de tipo acontece quando o sujeito pratica uma conduta típica, porém falta a complementação de uma elementar do próprio tipo penal. No caso acima, vemos que Matheus pratica o verbo “subtrair”, condizente com o crime de furto. Porém, falta o elemento “coisa alheia”. Ao subtrair o presente, Matheus acreditava que o objeto era seu e não de outra pessoa. Assim, existe um erro diante de um elemento que constitui o próprio tipo penal. Extraímos tal informação do art. 20, §1º do Código Penal. 61. LETRA B Estelionato e Furto Mediante Fraude não podem se confundir. O estelionato acontece na aplicação de uma falsa percepção da realidade, sendo assim, a própria vítima entregava a vantagem indevida ao autor do delito. No caso, Marina ao vender a vodka mas que na verdade era água, criava uma falsa percepção da realidade, convencendo a vítima a pagar o valor como se fosse uma bebida destilada. O Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br Simulados - Método QLR OAB Elaborado por Ana Clara Fernandes @viciodeumaestudante Material de uso individual. Proibido o repasse! Furto Mediante Fraude, serve para DRIBLARa vigilância da vítima. Em ambos a fraude existe, porém no primeiro cria-se uma realidade fictícia e no segundo serve para que a vítima não perceba que está sendo subtraída. Nesse sentido, quando Matheus vai ao caixa, a vigilância da cobradora é driblada pois tudo indicava que aquele produto era, de fato, água e não outro produto destilado. Não há o que se falar em concurso de pessoas uma vez que não foi trazido nenhum acordo de vontades objetivo ou subjetivo. Apenas uma coincidência de ambos estarem no mesmo local. Gabarito Letra B. 62. LETRA D A questão narra o faro de Erro Sobre a Pessoa. Uma vez que Ana Clara acreditava que estava matando seu próprio filho e não de outrem. O direito penal adota responsabilidade subjetiva e não objetiva. Nesse sentido, temos fundamentação no art. 20, § 3º, o erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. Gabarito letra D. 63. LETRA B Mesmo Matheus não sendo Funcionário Público, exerce uma função equiparada para tal. Assim, estamos diante da modalidade de “Peculato Furto” e da aplicação da súmula 599 do STJ afirmando que o princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública. Gabarito letra B. PROCESSO PENAL 64. LETRA B Os prazos penais não podem começar ou terminar em dia não útil. Assim, o prazo do recurso em sentido estrito é de 05 dias, iniciando na segunda-feira. Nesse sentido, conforme o art. 581, IV do Código de Processo Penal o último dia do prazo é dia 18 de fevereiro de 2022. Gabarito letra B. 65. LETRA D O crime cometido por Eduardo é o crime de Estelionato. Assim, esse delito houve uma transformação com o Pacote Anticrime, tal seja agora é Ação Penal Pública Condicionada, exigindo representação. Assim, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime. Matheus só veio saber quem era o autor do delito dois dias depois, assim, o prazo decadencial passou a contar no dia 16.04.2022. Na época da denuncia não havia qualquer representação fazendo com que ela deva ser rejeitada. Gabarito D. 66. LETRA A A invasão o delegado configura quebra da cadeia de custódia. Nesse sentido, vejamos: A quebra da cadeia de custódia tem como objetivo garantir a todos os acusados o devido processo legal e os recursos a ele inerentes, como a ampla defesa, o contraditório e principalmente o direito à prova lícita. O instituto abrange todo o caminho que deve ser percorrido pela prova até sua análise pelo magistrado, sendo certo que qualquer interferência durante o trâmite processual pode resultar na sua imprestabilidade (RHC 77.836/PA, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 05/02/2019, DJe 12/02/2019). Gabarito letra A. 67. LETRA C Quando o crime deixa vestígios, é indispensável a realização do exame de corpo de delito, direto ou indireto, conforme preceitua o artigo 158 deste Código. Assim, havendo um caso de homicídio, por exemplo, sem laudo necroscópico, nem outra forma válida de produzir a prova de existência da infração penal, deve ser decretada a nulidade do processo. Trata-se de nulidade absoluta. Gabarito C. 68. LETRA D Vejamos que não se pode confundir um flagrante preparado com um flagrante postergado. A questão narra que o delegado responsável comunica ao juiz que fará uma ação controlada para capturar a droga. Ocorre que para que seja realizada tal conduta seria imprescindível uma AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. Bem verdade que teoricamente diante de uma situação de flagrante delito a autoridade policial é obrigada a agir. Porém, se retardarem o flagrante para capturar um maior número de pessoas, é preciso que seja Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br Simulados - Método QLR OAB Elaborado por Ana Clara Fernandes @viciodeumaestudante Material de uso individual. Proibido o repasse! dada a autorização por meio de um juiz. Nesse sentido, podemos extrair essa informação conforme o art. 53, II da lei 11.343/06 a possibilidade da não- atuação policial e no parágrafo único a necessidade de uma autorização e de não mera comunicabilidade: Na hipótese do inciso II deste artigo, a autorização será concedida desde que sejam conhecidos o itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou de colaboradores. Gabarito letra D. 69. LETRA C Falta de justa causa para a instauração de ação penal, já que a denúncia se encontra lastreada exclusivamente em uma prova ilícita, porquanto decorrente de violação a uma norma de direito material artigo 151 do CP e também com fundamento no art. 395, III, do Código de Processo Penal. Letra C. DIREITO DO TRABALHO 70. LETRA B Consoante o art. 60 da CLT, a realização de horas extras por funcionário que labora em ambiente insalubre não é permitida, salvo se houver licença prévia do Ministério do Trabalho, não constituindo infração nesses casos. Todavia, o parágrafo único do mesmo artigo prevê expressamente que se excetuam da exigência de licença prévia as jornadas de doze horas de trabalho por trinta e seis horas ininterruptas de descanso. Ou seja, em regra, não é permitida a realização de horas extras por funcionário que labora em ambiente insalubre, salvo se houver licença prévia do Ministério do Trabalho. EXCEÇÃO: excetuam da exigência de licença prévia as jornadas de doze horas de trabalho por trinta e seis horas ininterruptas de descanso. (escala 12x36 horas). 71. LETRA C A Súmula 428, I do TST prevê expressamente que o mero uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso. Ademais, o TST já entendeu que o regime de sobreaviso, embora o art. 244 elenque os trabalhadores ferroviários, se estende a todos os demais trabalhadores. 72. LETRA A A CLT prevê que, embora ao empregador seja vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, nos casos de extinção do estabelecimento, tal transferência é lícita. Redação do art. 469, §2º da CLT. 73. LETRA B O fundamento se encontra no art. 75-C, §2º da CLT. Enquanto para a transição do regime presencial para o teletrabalho haja a necessidade de mútuo acordo entre empregado e empregador, tal requisito não se faz presente no retorno ao regime presencial. Nessa hipótese, basta que o empregador conceda aos funcionários um prazo de transição de 15 dias, além de registrar a informação em aditivo contratual. 74. LETRA C Redação da Súmula nº 367, I do TST, que prevê que a habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares. Como o enunciado elenca o veículo como indispensável à funcionária, poderá essa usá-lo, também, em atividades particulares. 75. LETRA D O art. 320, §2º da CLT prevê que não serão descontadas, para professores, no decurso de nove dias, as faltas verificadas por motivo de gala, exceção à regra geral de 3 dias prevista no art. 473, II do mesmo dispositivo legal. Ademais, as faltas justificadas são consideradas hipótese de interrupção do contrato de trabalho, situaçãoem que o empregado continua recebendo salário, além de haver a contagem do tempo de serviço. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br Simulados - Método QLR OAB Elaborado por Ana Clara Fernandes @viciodeumaestudante Material de uso individual. Proibido o repasse! PROCESSO DO TRABALHO 76. LETRA C O recurso cabível nesse caso é o recurso ordinário perante o TST e não novo Mandado de Segurança. Conforme o art. 895, II, da CLT e Súmula 201 do TST, observe-se: Art. 895 da CLT: - Cabe recurso ordinário para a instância superior: [...] II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. Súmula 201, do TST: Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segurança cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) dias, para o Tribunal Superior do Trabalho, e igual dilação para o recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade. 77. LETRA C Primeiramente vale ressaltar que os prazos para interpor recurso na justiça do trabalho, em regra, é de 08 (oito) dias. Dessa forma, de acordo com a Súmula 425 do TST: O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. DECORE: o Jus Postulandi na justiça do trabalho não é MARAA: Mandado de segurança. Ação cautelar. Recursos de competência do TST (ex: Recurso de Revista). Ação rescisória. Acordo extrajudicial (homologação). 78. LETRA A Súmula 23 do TST: Não se conhece de recurso de revista ou de embargos, se a decisão recorrida resolver determinado item do pedido por diversos fundamentos e a jurisprudência transcrita não abranger a todos. 79. LETRA B Conforme o Art. 852-A, parágrafo único, da CLT, que diz: Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo. Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional. Portanto, como a Sociedade de Economia Mista pertence a administração pública indireta e não se classifica como sendo autárquica ou fundacional, deverá seguir o rito sumaríssimo. 80. LETRA C CLT. Art. 800. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo. § 1º Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência a que se refere o art. 843 desta Consolidação até que se decida a exceção. § 2º Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias. § 3º Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência, garantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no juízo que este houver indicado como competente. § 4º Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso, com a designação de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual perante o juízo competente. Licensed to Thamires Pamela Macedo Moura - pamela.thamires@yahoo.com.br
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