Buscar

Nervos Cranianos (1 ao 6)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Lara Lessa Araújo Medicina 
 
 
 
 
Nervos Cranianos (I ao VI) 
I – Nervo olfatório 
A função do nervo olfatório é o olfato, considerada como sensibilidade visceral 
especial. A mucosa olfatória, situada no epitélio olfativo da cavidade nasal, é 
formada por um conjunto de células nervosas ciliadas especializadas, 
denominadas receptores olfativos. Seus axônios juntam-se em diversos filetes ou 
fascículos que penetram na cavidade craniana através de pequenos orifícios do 
osso etmoide, denominado conjunto lâmina crivosa ou cribriforme, fazendo 
conexão com o bulbo olfatório, localizado na superfície inferior do lobo frontal. 
Nessa estrutura ocorre o processamento preliminar da informação olfativa, pois aí 
existem os prolongamentos centrais das células olfatórias, que constituem o 
glomérulo olfatório, bem como as grandes células mitrais, cujos axônios emergem 
do bulbo pelo trato olfatório. Este cursa posteriormente pela superfície basal do 
lobo frontal. Pouco antes de atingir o nível do quiasma óptico, a maioria de suas 
fibras é deslocada medialmente, formando a estria olfatória medial. As fibras 
componentes da estria olfatória lateral cruzam a profundidade do sulco ou fissura 
lateral e vão atingir o lobo temporal, terminando no córtex olfatório primário do 
uncus e do giro para-hipocampal. As fibras da estria olfatória medial incorporam-
se à comissura anterior e terminam no lado oposto. 
II – Nervo óptico 
O nervo óptico é o conjunto dos axônios provenientes das células ganglionares da 
retina, estrutura localizada no olho, órgão receptor do sistema visual. O olho é 
composto por 1 lente autofocalizadora, o cristalino, 1 diafragma, a íris, e 1 
estrutura sensível à luz, a retina, formada por, pelo menos, dez camadas de 
células. A estimulação pela luz ativa produz sinais eletroquímicos na camada 
Lara Lessa Araújo Medicina 
 
 
 
pigmentar, formada por células chamadas cones e bastonetes. Esses sinais são 
processados e integrados pelas células das outras camadas retinianas até os 
axônios das células ganglionares da retina. A partir daí, esses sinais elétricos, sob a 
forma de potenciais de ação, são transmitidos, por meio dos nervos e dos tratos 
ópticos, para os núcleos geniculados laterais, calículos superiores e córtex visual 
primário (córtex calcarino, córtex estriado ou área 17 de Brodmann). 
Para o campo visual de cada olho, existem dois hemi-campos: um temporal e 
outro nasal. Os raios luminosos convergem para a hemirretina contralateral do 
respectivo olho. As fibras provenientes da retina nasal cruzam para o outro lado 
no quiasma óptico, enquanto as fibras provenientes da retina temporal seguem 
pelo mesmo lado, sem cruzamentos. O conjunto das fibras que se dirigem ao 
corpo geniculado lateral, após o quiasma óptico, constitui o trato óptico. Os 
axônios dos neurônios do corpo geniculado lateral constituem as radiações 
ópticas, que se dirigem para área cortical visual. 
III – Nervo oculomotor 
O núcleo do nervo oculomotor localiza-se no nível do calículo superior e aparece 
nos cortes transversais com a forma de trigêmeo, estando intimamente 
relacionado com o fascículo longitudinal medial. É um núcleo bastante complexo, 
constituído de várias partes, razão pela qual alguns autores preferem o termo 
complexo nuclear oculomotor. O complexo nuclear oculomotor pode ser 
funcionalmente dividido em uma parte somática e outra visceral. A parte somática 
contém os neurônios motores responsáveis pela inervação dos músculos reto 
superior, reto inferior, reto medial, oblíquo inferior e levantador da pálpebra. A 
parte somática do complexo oculomotor é constituída por vários subnúcleos, cada 
um dos quais destina fibras motoras para inervação de um dos músculos 
anteriormente relacionados. Essas fibras, após um trajeto curvo em direção 
ventral, no qual muitas atravessam o núcleo rubro, emergem na fossa 
interpeduncular, constituindo o nervo oculomotor. A parte visceral do complexo 
oculomotor é chamada de núcleo de Edinger-Westphal. Os núcleos oculomotores 
acessórios consistem em 3 núcleos intimamente associados com o complexo 
nuclear oculomotor. São eles o núcleo intersticial de Cajal, o núcleo de 
Darkschewitsch e o núcleo da comissura posterior. O núcleo de Edinger-Westphal 
pertence ao complexo oculomotor situado no mesencéfalo, no nível do calículo 
superior. Os núcleos viscerais do complexo oculomotor consistem em 2 grupos 
nucleares distintos, que estão em continuidade rostralmente. O núcleo de 
Edinger-Westphal consiste em 2 delgadas colunas de pequenas células dorsais 
aos 3/5 rostrais das células da coluna somática. Em seções transversais no terço 
médio do complexo, cada uma dessas colunas pareadas divide-se em 2 colunas 
celulares menores, que vão diminuindo e gradativamente desaparecem. 
Lara Lessa Araújo Medicina 
 
 
 
Rostralmente, a coluna de células do núcleo de Edinger-Westphal junta-se, na 
linha média, dorsalmente, tornando-se contínua com as células viscerais do núcleo 
mediano anterior. Células desse núcleo situam-se sobre a rafe entre porções das 
colunas celulares somáticas laterais rostrais. Tanto o núcleo de Edinger-Westphal 
como o núcleo mediano anterior dão origem a fibras pré-ganglionares 
parassimpáticas não cruzadas, que emergem com as fibras das raízes somáticas, 
projetam-se para o gânglio ciliar e fazem sinapse por meio do núcleo oculomotor. 
Essas fibras pertencem ao parassimpático craniano, estão relacionadas com a 
inervação do músculo ciliar e músculo esfíncter da pupila e são muito importantes 
para o controle reflexo do diâmetro da pupila em resposta a diferentes 
intensidades de luz e controle do cristalino. Embora os núcleos viscerais tenham 
sido considerados supridores de fibras pré-ganglionares parassimpáticas para o 
gânglio ciliar, estudos mais recentes demonstram que esses neurônios viscerais 
também se projetam para a porção inferior do tronco do encéfalo e para a medula 
espinal. O nervo oculomotor é responsável pela inervação intrínseca, por meio de 
fibras motoras viscerais, e extrínseca, por meio de fibras motoras somíticas, do 
globo ocular, exceto dos músculos oblíquo superior e reto lateral. O núcleo 
oculomotor, situado na base da substância cinzenta periaqueductal do 
mesencéfalo, origina as fibras para os músculos extraoculares. As fibras pré-
ganglionares parassimpáticas emergem do núcleo de Edinger-Westphal, 
cursando em conjunto com as do núcleo oculomotor pelo tegmento 
mesencefálico até a fossa interpeduncular, a origem aparente do nervo 
oculomotor. 
No seu trajeto em direção à órbita, o nervo oculomotor passa entre as artérias 
cerebelar superior e cerebral posterior, junto com o nervo troclear, e penetra no 
seio cavernoso, seguindo pela sua parede lateral. A saída do crânio para a 
cavidade orbitária se faz pela fissura orbital superior. 
Na órbita, o nervo oculomotor inerva os músculos (estriados) retos medial, 
superior e inferior, oblíquo inferior e elevador da pálpebra. Os músculos (lisos) 
esfíncter pupilar da íris, que faz a miose, ou fechamento da pupila, e ciliar, que 
controla o cristalino, são inervados pela parte parassimpática do nervo 
oculomotor. A abertura da pupila, pelo músculo dilatador da pupila, é controlada 
pelo sistema simpático. 
IV – Nervo troclear 
O núcleo do nervo troclear refere-se a grupos de pequenas células compactadas 
na borda ventral da substância cinzenta periaquedutal, nas proximidades do 
calículo inferior. O núcleo (eferente somático geral) é um pequeno apêndice do 
complexo oculomotor que se entremeia à margem dorsal do fascículo 
Lara Lessa Araújo Medicina 
 
 
 
longitudinal medial. Fibras radiculares do núcleo curvam-se dorsolateral e 
caudalmente próximo à margem da substância cinzenta central, decussam 
completamente no véu medular superior e emergem da superfície dorsal do 
tronco do encéfalo caudalmente ao calículo inferior. Perifericamente,a raiz 
nervosa curva-se ao redor da superfície lateral do mesencéfalo, passa entre a 
artéria cerebelar superior e a artéria cerebral posterior, assim como as fibras do 
nervo oculomotor, e entram no seio cavernoso. O nervo troclear, que inerva o 
músculo oblíquo superior, apresenta 2 particularidades: suas fibras são as únicas 
que saem da face dorsal do encéfalo e trata-se do único nervo cujas fibras 
decussam antes de emergirem do sistema nervoso central. As fibras motoras 
somíticas do nervo troclear são responsáveis pela inervação do músculo oblíquo 
superior, que desloca e gira o globo ocular medialmente para baixo. Os axônios 
originados do núcleo troclear, situados no mesencéfalo, emergem da face dorsal 
do tronco do encéfalo, ao nível do véu medular superior, abaixo dos colículos 
inferiores. Dessa forma, esse é o único nervo craniano com origem aparente 
posterior ou dorsal. 
O nervo troclear apresenta um trajeto lateral ao mesencéfalo, sob a borda livre do 
tentório, dirigindo-se anteriormente para passar pela parede lateral do seio 
cavernoso e pela fissura orbital superior até a órbita. 
V-Nervo trigêmeo 
O núcleo mastigatório é o núcleo motor do trigêmeo. Situado na ponte, ele forma 
uma coluna oval de típicos neurônios motores grandes medialmente à raiz motora 
e ao núcleo sensorial principal. Fibras eferentes branquiais desse núcleo 
emergem do tronco do encéfalo medialmente à entrada da raiz sensorial, passam 
sob o gânglio trigeminal e tornam-se incorporadas à divisão mandibular do nervo 
trigêmeo. Essas fibras inervam os músculos derivados do primeiro arco branquial, 
ou seja, os músculos mastigadores (temporal, masseter e pterigoideos lateral e 
medial), o músculo milo-hióideo e o ventre anterior do músculo digástrico, além 
do músculo tensor do tímpano do ouvido médio. O núcleo motor recebe 
colaterais vindas da raiz mesencefálica, a qual forma um arco reflexo de 2 
neurônios. Fibras trigeminais secundárias, tanto cruzadas como não cruzadas, 
estabelecem conexões reflexas entre os músculos da mastigação e regiões 
cutâneas, assim como com as membranas mucosas orais e da língua. Algumas 
fibras corticobulbares terminam direta e bilateralmente sobre os neurônios 
motores trigeminais, enquanto outras passam para os neurônios da formação 
reticular, os quais vão projetar fibras para o núcleo motor. 
As 3 divisões do nervo trigêmeo projetam-se para o tronco do encéfalo. A função 
do tato epicrítico ou delicado é retransmitida pelo núcleo sensorial principal, a dor 
Lara Lessa Araújo Medicina 
 
 
 
e a temperatura são retransmitidas pelo núcleo do trato espinal do trigêmeo e as 
fibras proprioceptivas formam o núcleo do trato mesencefálico do trigêmeo. O 
núcleo sensorial principal situa-se lateralmente à entrada das raízes das fibras 
trigeminais sensoriais na porção superior da ponte. As fibras radiculares, que 
levam pressão e impulsos para a sensibilidade tátil, entram no núcleo sensorial 
principal e são distribuídas de forma similar àquela descrita para o núcleo do trato 
espinal do trigêmeo. Fibras da divisão oftálmica terminam ventralmente, fibras da 
divisão maxilar são intermediárias e fibras da divisão mandibular são mais dorsais. 
Células do núcleo sensorial principal têm grandes campos receptores, mostram 
alta atividade espontânea e respondem a uma grande variação de estímulos 
pressóricos com pouca adaptação. O núcleo sensorial principal continua caudal-
mente com o núcleo do trato espinal. O núcleo do trato espinal do trigêmeo 
estende-se desde a ponte, passando pelo bulbo até a parte alta da medula 
espinal, onde se continua com a substância gelatinosa. É um núcleo bastante 
longo. Grande parte das fibras que penetram pela raiz sensorial do trigêmeo tem 
um trajeto descendente longo, antes de terminar em sua porção caudal. Elas 
agrupam-se em um trato, o trato espinal do trigêmeo, o qual acompanha o núcleo 
em toda a sua extensão, tornando-se cada vez mais afilado em direção caudal, à 
medida que as fibras vão terminando. O mesmo ocorre com o núcleo do trato 
mesencefálico, o qual é acompanhado por fibras ascendentes que se reúnem no 
trato mesencefálico do trigêmeo. O núcleo do trato mesencefálico do trigêmeo 
estende-se ao longo de todo o mesencéfalo e a parte mais cranial da ponte. 
Recebe impulsos proprioceptivos originados em receptores situados nos 
músculos da mastigação e, provavelmente, também dos músculos extrínsecos do 
bulbo ocular. No núcleo mesencefálico chegam fibras originadas em receptores 
dos dentes e do periodonto, que são importantes para a regulação reflexa da 
mordedura. 
Os neurônios do núcleo do trato mesencefálico são muito grandes e são na 
realidade neurônios sensoriais. Esse núcleo é uma exceção à regra de que os 
corpos dos neurônios sensoriais se localizam sempre fora do sistema nervoso 
central. 
O nervo trigêmeo tem sua origem aparente na face ventrolateral da ponte por 
meio de duas raízes adjacentes, sendo uma maior, sensorial, e uma menor, 
motora. Entre 1 e 2 cm da emergência das raízes na ponte, está o gânglio 
trigeminal (gânglio de Gasser, gânglio semilunar). As fibras que formam o gânglio 
trigeminal apresentam três divisões primárias: 
a) nervo oftálmico, que atravessa a fissura orbital superior e penetra no seio 
cavernoso, inerva parte superior da face; 
b) nervo maxilar, que passa pelo forame redondo e inerva a região facial média; 
Lara Lessa Araújo Medicina 
 
 
 
c) nervo mandibular, que atravessa o forame oval e inerva a porção inferior da face 
e os músculos da mastigação. 
Além da face, as fibras sensoriais gerais do nervo trigêmeo são responsáveis 
também pela sensibilidade da região anterior do couro cabeludo, da córnea, da 
mucosa das cavidades nasal, bucal e dos seios da face, das arcadas dentárias 
superior e inferior, dos 2/3 anteriores da língua e da maior parte da dura-máter 
craniana. Todas as formas de sensibilidade passam pelo gânglio trigeminal, pela 
raiz sensorial e pelo tronco do encéfalo, mas a seguir apresentam trajetos 
diferentes. As fibras táteis preferencialmente atingem o núcleo sensorial principal 
na ponte, decussam e se dirigem ao tálamo. As fibras de dor e temperatura 
seguem trajeto descendente pelo trato espinal do trigêmeo no bulbo, penetrando 
no núcleo progressivamente, de tal maneira que as fibras provenientes do ramo 
oftálmico são as que atingem nível mais inferior. A partir daí, todas as fibras 
cruzam a linha mediana e voltam a subir junto ao trato espinotalâmico. As fibras 
da propriocepção seguem ao núcleo do trato mesencefálico do trigêmeo. Desse 
núcleo tomam direção ao tálamo do lado oposto. As fibras do nervo trigêmeo 
dirigem-se ao núcleo ventral posteromedial do tálamo contralateral, e alguns 
autores chamam esse conjunto de fibras com mesmo destino no tronco do 
encéfalo de lemnisco trigeminal. As fibras motoras branquiais inervam os 
músculos derivados do primeiro arco branquial: temporal, masseter, pterigoideos 
medial e lateral, e ventre anterior do músculo digástrico. 
VI – Nervo abducente 
O núcleo do nervo abducente situa-se na ponte no colículo facial. É o único núcleo 
de nervos cranianos que contém 2 populações de neurônios: (1) típicos neurônios 
motores que projetam fibras via raiz do nervo para inervar o músculo reto lateral; 
(2) neurônios internucleares cujos axônios (retidos no tronco do encéfalo) cruzam 
a linha média, sobem até o fascículo longitudinal medial e terminam sobre as 
células do complexo oculomotor que inerva o músculo reto medial do lado 
oposto. O núcleo do nervo abducente recebe fibras aferentes provenientes do 
núcleo vestibular medial, da formação reticular e do núcleo prepósito. Aferentes 
do núcleo vestibular medial são predominantemente ipsilaterais, e ambas as 
populações de neurônios abducentes recebem o mesmo tipo de excitação 
dissináptica e inibição do labirinto. Aferentes para o núcleo do abducente 
provenientesda formação reticular pontina paramediana e o núcleo prepósito do 
hipoglosso não cruzam. O nervo abducente emerge de uma coleção de células 
motoras no assoalho do IV ventrículo, as quais se encontram dentro de um 
complexo circuito formado por fibras do nervo facial. Esse nervo motor dá origem 
a fibras para o músculo reto lateral, que faz a abdução do olho. Ele será citado 
novamente quando for descrito o núcleo facial. 
Lara Lessa Araújo Medicina 
 
 
 
O nervo abducente é responsável pela inervação do músculo reto lateral, que 
produz a abdução do globo ocular. As fibras do nervo abducente têm origem 
aparente no sulco bulbopontino, próximo à pirâmide bulbar. A origem real 
localiza-se no núcleo abducente, situado caudalmente na ponte, no assoalho do 
quarto ventrículo. O nervo abducente penetra no seio cavernoso e passa junto à 
porção horizontal da artéria carótida interna, dirigindo-se à órbita pela fissura 
orbital superior.

Outros materiais