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Técnicas de Pintura

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Técnicas de Pintura 
Thais Hayek1 
 
INTRODUÇÃO 
 
Agora que já vimos os materiais tradicionais da pintura, é 
hora de conhecermos alguns métodos para a melhor utilização 
destes materiais e outros materiais que possam auxiliar na arte 
educação. Munido destas técnicas, esperamos que você possa 
trabalhar a pintura de maneira que melhor lhe condiz a 
criatividade. 
A técnica é uma operação lógica que se utiliza na realização 
de um trabalho planejado com finalidades objetivas e definidas. 
Contudo, a arte não vê a técnica como um trabalho imutável, 
definido e acabado. Desse modo, para o artista ou educador de 
arte, a técnica é um facilitador da comunicação e da realização 
de uma ideia, oferecendo recursos e conhecimentos. Assim, na 
educação de artes, o aluno deverá ter o mesmo conceito que um 
artista na utilização das técnicas, ou seja, deve experimentar 
processos novos e modificar antigos. 
 
1 Thais Fernanda Martins Hayek. Doutora em Educação, Arte e História da 
Cultura (UPM), Mestra em Estética e História da Arte (USP) e Graduada em 
Educação Artística: Artes Plásticas. sTrechos do material composto para o 
Centro Universitário Claretiano, 2010. 
Antes de falarmos das técnicas de pintura em si, é 
necessário que relembremos a teoria das cores. 
A cor é a luz do sol branca desintegrada. Podemos 
comprovar esta teoria se deixarmos um raio de sol passar em um 
lugar escuro, colocando um prisma de cristal triangular no meio 
da luz, como podemos observar na Figura 1. Veremos que o raio 
de sol se decompõe em uma faixa de cores vermelho, laranja, 
amarelo, verde, azul e violeta. 
 
 
 
Figura 1 Luz branca decomposta em cores básicas ao atravessar um prisma. 
Vale destacar que, todo pintor (e educador de artes) é um 
pouco colorista e deve estudar as leis cromáticas, pois elas são 
aplicadas a todas as técnicas pictóricas. Vejamos a seguir a 
relação das leis cromáticas: cores primárias, secundárias e 
terciárias. 
 
1) Cores primárias: são as cores fundamentais que não 
podem ser obtidas pela mistura com outras. São 
elas: o amarelo, o vermelho e o azul. No entanto, 
quando se trata da combinação de cores dos 
pigmentos, as cores primárias usadas são: ciano, 
magenta e amarelo. 
2) Cores secundárias: são as cores obtidas pela 
mistura das cores primárias. São elas: vermelho 
(magenta e amarelo), verde (azul e amarelo) e 
violeta (azul e vermelho). A mistura de uma cor 
primária com uma secundária resulta nas chamadas 
cores intermediárias, são elas: amarelo-laranja, 
vermelho-laranja, vermelho-violeta, azul-violeta, 
azul-verde e amarelo-verde. 
3) Cores terciárias: da misturas das cores secundárias 
resultam as cores terciárias. Alguns exemplos de 
cores terciárias são: amarelo-terciário, vermelho-
terciário e azul-terciário. As cores terciárias são as 
mais abundantes na natureza e as mais utilizadas na 
pintura. A mistura das cores terciárias resulta nas 
cores quartenárias. 
Na Figura 2 podemos ver que, as três cores no triângulo são 
as primárias, as três cores no círculo cinza são as cores 
secundárias, e as de fora do círculo são as cores terciárias. 
Podemos ainda analisar a divisão entre cores quentes e frias. 
Observe. 
 
 
Figura 2 Cores primárias, secundárias e terciárias. 
 
AQUARELA 
 
A aquarela é a técnica de pintura na qual a tinta é o 
resultado de um pigmento ligado a um veículo (geralmente goma 
arábica) solúvel em água. A aquarela é uma das mais delicadas 
técnicas artísticas e está presente desde os tempos antigos até os 
dias atuais. Ela se apresenta de várias formas, como líquida e em 
tubos de aquarela, na qual a tinta tem uma consistência parecida 
com gel (Figura 3). 
 
 
Figura 3 Tipos de aquarela. 
 
 
Figura 4 Tipos de papel para aquarela. 
 
A aquarela requer grande atenção do artista, pois como é 
solúvel em água, deve-se ater a quantidade do solvente no pincel 
para evitar manchas onde não se deseja. Para obter bons 
resultados em aquarela, é necessário dedicar-se a técnica, pois 
cada obra que você fizer vai expressar gradualmente a sua 
expressão pessoal e estilo próprio. 
As propriedades de secagem da aquarela são quase 
imediatas e, devido a este fato, é uma técnica apropriada para 
pinturas ao ar livre, escolas e ateliês. 
Para pintar uma aquarela, o primeiro passo é escolher o 
material sobre o qual se quer pintar. O papel canson é bastante 
utilizado em aquarelas devido a sua textura, que absorve melhor 
a água. A cor do papel para aquarela também varia de acordo 
com o fabricante (Figura 4). 
A maneira de manusear o pincel também é importante, 
você deve segurá-lo como uma caneta ou lápis, a diferença é 
que, na maioria das vezes, você deve segurá-lo mais no fim de 
seu cabo. Um bom exercício para ter domínio da utilização do 
pincel é treinar a sua própria assinatura em diversos tipos de 
papéis. Sinta de que maneira as cerdas do pincel aderem à água e 
como os papéis absorvem as letras. Lembre-se também de 
mudar as posições de segurar o pincel, para sentir a diferença 
das densidades e da força gravitacional. Depois, misture algumas 
cores, comece rabiscando e gradualmente busque formas. 
A aquarela possui algumas técnicas peculiares ao seu 
material. Uma dessas, é conhecida por diversos nomes, tais 
como: lisa, plana, uniforme ou lavagem (Figura 5). Esta técnica 
consiste em pintar uma grande área do papel e pode ser feita de 
um só tom ou misturando os tons e as cores. 
 
 
Fonte: acervo pessoal do autor. 
Figura 5 Técnica de aquarela. 
 
A pintura da aquarela também difere seus resultados 
quando pintamos as camadas molhadas sobre molhadas e 
úmidas sobre secas. O método no qual se espera até a cor que se 
colocou por baixo secar para adicionar a outra, é conhecido 
como molhado-seco (Figura 6). Já o processo de sobrepor as 
cores ainda molhadas é conhecido como pintura molhado sobre 
molhado (Figura 7). O efeito visual que cada técnica obtém é 
bem diferente um do outro, como podemos observar nas figuras 
6 e 7. 
 
Fonte: acervo pessoal do autor. 
Figura 6 Molhado-seco. Figura 7 Molhado sobre molhado. 
Outra técnica da aquarela é a do pincel seco. Esta técnica 
consiste em usar um pincel carregado de tinta (mas não muita 
água) e arrastá-lo no papel seco. Este processo cria um efeito 
mais nítido e da a possibilidade de trabalhar com linhas e 
hachuras. 
Na Figura 8, podemos observar uma obra de Debret 
pintada em aquarela. Veja como o artista se utilizada das técnicas 
em aquarela para centralizar a imagem dos foliões. O papel, 
como podemos perceber, é muito importante na construção da 
pintura. Ele usa do recurso da transparência para dar uma 
perspectiva também por meio das cores. 
 
 
Figura 8 O entrudo no Rio de Janeiro, 1823. Jean-Baptiste Debret (França 1768-1848). 
Museu da Chácara do Céu – RJ. 
 
Algumas técnicas são bastante apropriadas para o ensino 
em sala de aula para crianças e adolescentes. Para que você 
possa compreender melhor, veja, no Quadro 1, duas destas 
técnicas. 
 
Quadro 1 Técnicas de pintura com aquarela. 
Técnica 1: lavagem e desenho Peça para que os alunos escolham um 
tom e misturem a tinta com um 
pouquinho de água, treine com eles a 
possibilidade das pinceladas e a dosagem 
do solvente. Depois que a técnica de 
lavagem estiver pronta, peça para achem 
figuras nas manchas. E que usem 
canetinha, ou algum material similar, 
para desenhar estas formas. Este é um 
exercício importante porque também 
trabalha o desenvolvimento do olhar 
criativo nos alunos e incita a questões 
que podemos trabalhar em sala de aula, 
como a percepção da arte. 
Técnica 2: umedecendo o papel Este é um exercício bem simples que 
pode ser aplicado a crianças de 8 a 80 
anos. Pegar um pedaço de papel grande 
e dobrar no meio, depois umedecer 
apenas uma das metades com uma 
escova ou uma esponja. Agora pedir para 
que eles pintem na parte seca e depois 
junte as duas metades.Depois repetir o 
processo, ao contrário, desenhando na 
parte úmida e depois juntar as duas 
partes. Peça para eles analisarem os 
efeitos das quatro metades. 
Fonte: disponível em: <http://www.buzzle.com/articles/watercolor-techniques-for-kids.html>. 
Acesso em: 10 de maio de 2010. Adaptado pelo autor. 
 
 
Como vimos, há diversas maneiras e materiais para criar 
aquarelas, agora, cabe a você experimentá-las. 
 
 
 
 
 
 
GUACHE 
 
A técnica de guache difere-se inicialmente da aquarela, 
porque seus pigmentos são colados com cola, e os tons mais 
claros são obtidos pela adição de pigmentos brancos. 
O guache (Figura 9) é muito diferente da aquarela em seus 
efeitos, no entanto é considerado como uma aquarela opaca. Ele 
tem as mesmas propriedades da aquarela, mas seu uso é 
geralmente para uma pintura mais livre e espontânea. Outra 
diferença entre o guache e a aquarela, é que o guache forma 
uma camada no papel, já a aquarela é muito mais delicada. 
 
Figura 9 Tipos de guache. 
 
As pinceladas a guache proporcionam cobertura total, e 
não se tornam progressivamente transparentes com o tempo, 
por isso seus efeitos não dependem da cor ou do fundo. Ao 
contrário da aquarela e da têmpera que são tintas translúcidas e 
delicadas e dependem de um fundo de branco puro para brilhar, 
que lhes dá luminosidade e um brilho intenso. 
O guache tem uma natureza distinta que lhe confere uma 
qualidade brilhante, e geralmente é usado em fortes contrastes 
de valores. Observe as figuras 10 e 11 feitas com tinta guache, 
nas quais cada artista buscou um método singular para sua 
execução. 
 
Figura 10 Banhista, 1911. Kazimir Malevitch. Guache sobre papel, 105 x 69 cm. 
 
 
Figura 11 Estrela da manhã, 1940. Juan Miró. Guache sobre papel, 38x46cm. 
 
 
A pintura guache comum é feita em papel de textura 
menos áspera do que a aquarela. É muito utilizado na criação de 
um efeito, e também muito usado como recurso na educação de 
arte. Além disso, é um material atóxico, permitindo também sua 
utilização com uma maior segurança entre a faixa etária escolar, 
do infantil ao ensino médio. 
As tintas guaches são feitas por meio da moagem de 
pigmentos utilizando o mesmo diluente que a aquarela (água), 
porém possui uma quantidade muito maior de aglutinante (laca 
ou goma arábica) em sua composição, se comparado à aquarela. 
Para funcionar como aquarela transparente, o guache é 
diluído em bastante água. Os materiais geralmente utilizados 
nesta técnica são: godês, pincéis, suporte e água. A preparação 
do material também é muito importante, e antes de iniciar o 
trabalho é fundamental assegura-se de que se dispõe dos 
materiais necessários para executar a pintura. Também é 
conveniente que utilize dois copos com água, um para limpar o 
pincel e outro para servir de diluente. 
A seguir, veja alguns passos importantes na preparação da 
tinta: 
1) utilizar o godê para colocar a tinta; 
2) molhar bem o pincel; 
3) misturar a água e a tinta, com o pincel, mexendo 
até se conseguir uma consistência cremosa; 
4) se necessário, molhe o pincel novamente para 
preparar a tinta com a consistência desejada. 
São muitas as vantagens da utilização do guache. Uma 
delas, é o fato de serem opacos, o que possibilita diversos efeitos 
nas pinceladas. Outra vantagem aparente é a rapidez com que 
esta tinta seca, muitos são os artistas que pintam ao ar livre e, 
por este motivo, preferem utilizá-la. A variedade de cores do 
guache é muito abrangente, incluindo o metálico e o pigmento 
florescente e, além disso, pode ser aplicado em diversas 
espessuras, variando de ultrafino para impasto (Figura 12). 
O impasto, ou empasto, é uma técnica usada na pintura na 
qual a tinta é aplicada numa área da superfície ou em toda a tela, 
em camadas muito grossas, de maneira que seja suficiente para 
que as marcas do pincel ou da espátula sejam bem 
visíveis. Apesar de ser utilizada com tinta guache e também tinta 
acrílica, esta técnica é mais utilizada com as tintas a óleo, e serve 
para vários efeitos: faz refletir a luz de um modo particular, 
dando o artista mais equilíbrio sobre o jogo de luz na pintura; 
trespassar a expressividade da pintura, sendo possível notar a 
força e a velocidade das pinceladas dadas pelo artista por meio 
desta textura; pode dar, de certa maneira, à pintura o efeito 
tridimensional da escultura. 
 
Fonte: acervo pessoal do autor. 
Figura 12 Impasto com guache. 
 
Algumas técnicas de pintura guache são bastante simples e 
podem ser aplicadas em sala de aula, respeitando a criatividade 
de cada aluno. Veja, no Quadro 2, duas destas técnicas. 
 
Quadro 2 Técnicas de pintura com tinta guache. 
Técnica 1: conhecendo densidades Umedecer com uma esponja o papel. 
Depois passar o pincel com a tinta bem 
diluída. Observar as manchas formadas e 
ir acrescentado mais tinta, só que agora 
sem diluir, para que os alunos conheçam 
as diversas consistências que o guache 
pode ter. Os godês podem ser feitos de 
potes recicláveis, proporcionando 
também a uma discussão sobre o meio 
ambiente em sala de aula. 
 
Técnica 2: guache sobre jornal Inicialmente, peça para que cada aluno 
escolha uma folha de jornal e análise a 
composição. Depois, peça para que 
façam um desenho sobre o jornal, 
aproveitando as imagens. E, por último, 
pintem o desenho com guache deixando 
espaços para que apareça parte do texto 
impresso, bem como as imagens. 
Fonte: (LEME, [s.d]). 
 
ACRÍLICA 
A tinta acrílica é uma tinta sintética que combina algumas 
das propriedades da tinta óleo e da aquarela. Ela é solúvel em 
água e sua secagem é muito rápida. Além disso, pode ser 
aplicada sobre larga variedade de superfícies, em camadas finas 
ou espessas. 
Esta tinta foi criada na década de 1940, por isso quanto a 
sua resistência, pode se supor que é permanente, mas só se terá 
a confirmação com o tempo. David Hockney e Morris Louis estão 
entre os primeiros artistas a experimentar a tinta acrílica. Nas 
figuras 12 e 13, podemos ver nitidamente a maneira distinta que 
os pintores utilizaram os métodos para compor suas obras. Na 
pintura de Morris Louis (Figura 13), o artista usou o recurso da 
lavada, usando como médium a água. Já na obra de David 
Hockney (Figura 14), ele utiliza a tinta em uma consistência mais 
densa para enfatizar as linhas e conseguir um tom de cor mais 
intenso. 
 
 Figura 13 “Saf Gimmel”, 254 x 350 cm, 1959. Morris Louis. 
 
Figura 14 Retrato de Nick Wilder, 1966. David Hockney. 
 
 
As tintas acrílicas são extremamente versáteis e podem ser 
usadas diretamente do tubo, com óleos ou diluídas com água ou 
um meio e utilizadas como aquarelas (Figura 15). 
Para iniciar a pintura com tinta acrílica, devemos nos ater a 
algumas dicas. Como esta tinta seca rapidamente, deve-se retirar 
pequenas quantidades de tinta do tubo, conforme for 
utilizando. Se você estiver usando uma paleta, tenha em mãos 
um spray com água, de modo que possa pulverizar uma névoa 
fina sobre a pintura regularmente para mantê-la úmida. Se quiser 
misturar cores, também precisa trabalhar rápido e, se estiver 
pintando sobre suporte de papel, umedeça a folha para 
aumentar o tempo da tinta fresca. 
 
Figura 15 Tipos de tinta acrílica. 
 
Como toda a pintura, a técnica de tinta acrílica tem 
vantagens e desvantagens. As vantagens são: 
1) a maioria das tintas acrílicas são atóxicas, o que 
possibilita seu uso em sala de aula; 
2) é facilmente diluída em água, portanto não há 
necessidade de diluentes especiais; 
3) os pincéis e espátulas são limpos com água e sabão; 
4) seca rapidamente, ao contrário dos óleos que 
podem levar semanas ou até meses; 
5) depois de seca, pode-se imediatamente colocar 
camadas adicionais na parte superior; 
6) é possível pintar em uma ampla variedade de 
suportes, incluindo telas, papéis, madeira, vários 
tipos de cartão, grandes murais e outros; 
7) as cores mudam muito pouco de seu estado de 
molhada para seca - ao contrário das aquarelas; 
8)não tem nenhum tipo de cheiro de solvente, como 
há com óleos e aguarrás. 
Entretanto, há algumas desvantagens que são necessárias 
considerar na pintura com tinta acrílica, tais como: 
1) por secar tão rapidamente, torna-se difícil misturar 
tintas, o que é possível com óleos – para pintar, por 
exemplo, um céu nublado ou retratos; 
2) deve-se manter os pincéis úmidos quando estiver 
pintando e nunca deixar secar com tinta acrílica sobre 
as cerdas, porque isso estraga o pincel; 
3) como é uma tinta de grande aderência, mancha com 
facilidade roupas, móveis e paredes; 
4) não se deve deixar os tubos abertos, porque a tinta 
seca. 
Na hora da escolha dos pincéis, compre os apropriados 
para o uso desta tinta, os do tipo plano e redondo são muito 
indicados. A tinta acrílica pode ser escolhida em duas categorias; 
para alunos e para artistas. A diferença entre ambas é que o 
pigmento que esta na tinta para artistas é de melhor qualidade, 
dando a pintura uma cor mais vibrante. Quando começar a pintar 
com acrílico dê preferência às cores primárias e as cores neutras 
(branco e preto), pois elas são melhores para se visualizar os 
contrastes. 
Um bom método para exercitar a pintura acrílica é o que 
podemos chamar “de trás para frente”. Escolher inicialmente o 
que pintar, esboçar em um papel e, então, seguir os seguintes 
procedimentos: 
1) Comece pela pintura em plano de fundo. Por 
exemplo, em uma paisagem pinte gramas, madeira, 
terra. Nesta fase, escolha cores sólidas ou texturas. 
2) Preencher alguns detalhes do fundo, como árvores, 
ervas, céu. 
3) Depois, faça as sombras de fundo (esfregue 
suavemente um pouco de preto na parte inferior do 
objeto na direção oposta da fonte de luz). 
4) Junte os detalhes ao meio-termo: o fundo, as 
sombras e o primeiro plano. 
5) Pinte o plano, ou seja, o desenho que 
escolheu. Conclua as sombras e não tenha medo de 
misturar cores. 
 
TÊMPERA 
Atualmente, a têmpera é aquela que emprega um médium 
que pode ser diluído em água, mas que uma vez seco possa ser 
bastante insolúvel a ponto de permitir mais camadas de pintura 
ou o uso de outros médiuns como o verniz e o óleo. Uma das 
características principais da têmpera é o seu aspecto brilhante e 
luminoso. Ela pode apresenta-se em diversos estados, como 
podemos ver na Figura 16. 
 
Figura 16 Tipos de têmpera. 
Apesar da têmpera ser insolúvel para novas camadas de 
pintura, não quer dizer que seja totalmente à prova d’água. 
Desse modo, é importante ter cuidado com a quantidade de água 
utilizada como diluente. Quando secas e finalizadas, as obras 
podem ser limpas com um pouco de acetona, mas sempre 
cuidadosamente. Os suportes utilizados para pintura a têmpera 
são papel, madeira, tela, entre outros. 
A escolha dos pigmentos que ficarão uns sob os outros não 
é tem tanta importância quanto na pintura a óleo, na qual a 
variação da absorção de óleo deve ser considerada. Porém, 
segundo Ralph Mayer (1996, p. 290), “[...] a regra de gradação de 
camadas ainda persiste, isto é, nenhuma camada deve ser menos 
flexível que sua camada inferior”. Já com os mediuns aquosos, 
uma camada não pode possuir uma quantidade de aglutinante 
maior que a inferior e, caso isto ocorra, a camada superior se 
romperá e causará o mesmo na camada inferior. 
A têmpera a ovo é uma tinta que pode ser feita até por 
crianças, por ser um processo bastante simples. Quando estiver 
pintando com ovo deve-se usar bastante água. Quando a 
quantidade de ovo estiver apropriada à quantidade de pigmento 
pode-se usar muito deste diluente (água). O ovo em demasia em 
sua composição acelera o processo de secagem e dificulta as 
pinceladas. 
As emulsões de ovo e óleo também podem ser aplicadas à 
tinta têmpera. A adição de óleo na têmpera a ovo altera algumas 
das qualidades do último, mas sem perder suas qualidades de 
têmpera. Além disso, torna-se mais fácil de pintar com a adição 
de óleo na têmpera e mais adaptável a outros efeitos. Vale 
ressaltar que para a utilização da técnica de impasto, esta 
emulsão é muito eficaz. 
As emulsões feitas à goma arábica produzem tintas muito 
boas, porém não se altera no processo de secagem e assim não 
são tão resistentes à água. As soluções de goma arábica se 
decompõem com o tempo, mas ainda sim são mais duráveis que 
a têmpera a ovo, quando guardadas bem fechadas. 
A têmpera também possibilita as emulsões de soluções de 
caseína com óleo e são bem fáceis de usar. Tem boas qualidades 
estruturais e são bastante estáveis, mas possuem uma 
característica de amarelar rapidamente. A têmpera da caseína é 
a pintura feita com a proteína do leite, tem origem também na 
antiguidade, ao lado das outras têmperas feitas de colas animais 
e vegetais. Ela pode ser usada na pintura mural, se adicionado 
anti-séptico (geralmente o cal). A caseína torna-se cinza, se 
misturada ao óleo. É muito sólida e não deve, por esta razão, ser 
feita em camadas grossas, pois corre o risco de craquelar. Vale 
ressaltar que a grande força de retração desta cola pode ser um 
inconveniente técnico. 
Deve se levar em consideração que a tempera é uma tinta 
barata e lavável. Ela funciona para todos os tipos de projetos 
para crianças, e é maravilhoso para se misturar com outros 
ingredientes como a cola branca para torná-la brilhante, ou com 
o amido para torná-la transparente, ou mesmo com água para 
fazer uma lavagem fina. Também é bem fácil de retirá-la dos 
pincéis. 
Vejamos a seguir algumas técnicas de pintura à têmpera. 
Técnica 1: a tradicional pintura de têmpera a ovo 
 
As técnicas de pintura à têmpera tradicional são baseadas 
em procedimentos bem elaborados. Contudo, dentro de certas 
limitações, a têmpera também é aplicada a métodos mais 
espontâneos de pintura. O procedimento habitual é baseado na 
técnica tradicional da gema de ovo pura, que consiste em fazer 
um desenho e calcá-lo em um painel preparado com fundo de 
gesso-cré e cola. Caso o desenho seja feito diretamente no gesso, 
deve-se tomar cuidado para não ficar marcas de borrado no 
mesmo. A pintura deve ser feita com a tinta diluída, molhando 
sempre o pincel em água, e com pinceladas finas e sombreadas 
fazer a gradação de cor. Se for aplicar a técnica de velaturas, as 
camadas de baixo devem ter tons claros (tons pastéis), senão 
aplicar cores bem intensas. Se quiser reproduzir os efeitos exatos 
dos antigos pintores, pesquise no tratado de Cennini instruções 
de como manipular os vários elementos da pintura. Podemos ver 
a aplicação desta técnica em uma pintura contemporânea na 
obra de Fred Wessel, Umbra, na qual ele emprega a tempera a 
ovo e folha de ouro, dando um efeito bastante parecido com as 
pinturas renascentistas a têmpera (Figura 17). 
 
Figura 17 Umbra. Fred Wessel, 2002. 
Técnica 2: técnica mista 
 
A técnica mista se dá na aplicação de velaturas com um 
médium oleoso sobre uma pintura de têmpera, e se segue 
pintando sobre a camada oleosa com têmpera aquosa, enquanto 
ainda está úmido. Desta técnica obtém-se um contraste vibrante 
de valores ópticos e texturas. Dois efeitos diferentes que se 
consegue pintando úmido sobre úmido são as representações de 
linhas finas, geralmente feitas com a ponta de um pincel fino. E o 
outro efeito é o de compor áreas opacas soltas e livres de cor 
clara, vários efeitos podem ser obtidos contrastando a têmpera 
opaca a transparente ou mesmo velaturas translúcidas. 
A têmpera espessa ou de impasto deve ser aplicada 
somente nas primeiras camadas. Os materiais mais populares 
que viabilizam melhores resultados para este tipo de pintura são 
a emulsão de ovo e óleo em conjunto com um medium de 
velatura feito com os mesmos componentes e a emulsão de 
goma e óleo. As camadas finas de velatura que cobrirão a pintura 
devem conter um pouco mais de óleo para maior flexibilidade da 
tinta. 
 
 
 
 
 TINTA A ÓLEO 
 
A tinta óleo é uma das técnicas mais usadas na pintura 
cavalete desde o século 15 (Figura 18). Embora todas as outras 
sejam optadas pela vantagem queexercem sobre o óleo, está 
técnica continua padrão porque a maioria dos pintores acha que 
suas qualidades excedem seus defeitos, e que em termos de 
variação das qualidades ópticas ela excede as outras, como a 
aquarela, o guache, a têmpera e a acrílica. 
Houve um tempo em que a aceitação da pintura a óleo era 
tanta que, no que diz respeito à apreciação pública, as outras 
técnicas eram relegadas à condição de técnicas menores. 
Contudo, atualmente, com as experimentações da arte moderna 
e contemporânea, não há uma relação de liderança entre o óleo 
e as outras técnicas. 
As vantagens latentes da tinta a óleo são: sua grande 
flexibilidade, facilidade de manipulação e efeitos obtidos; a 
liberdade do artista para combinar efeitos transparentes e 
opacos, massa de tintas e velaturas na mesma pintura; o grande 
número de efeitos obtidos com rapidez, aplicando uma técnica 
simples e direta; o fato de que grandes pinturas sejam 
transportáveis, quando feitas em telas; as cores não se 
modificam muito quando secam, a cor que o artista aplica é a 
mesma que obterá no final de sua pintura. 
Os principais defeitos apresentados pela tinta a óleo são o 
escurecimento eventual da tinta ou o amarelecimento do óleo, e 
também uma possível rachadura da película, todos estes fatores 
são apresentados com o tempo. Porém ambos podem ser 
evitados, se utilizar bons materiais e manusear corretamente a 
técnica. 
A tinta a óleo consiste de partículas finamente divididas e 
dispersadas por igual num médium ou veículo líquido, e possui 
uma propriedade de formar uma película aderente quando seca. 
O óleo é utilizado como médium para pintura e desempenha as 
seguintes funções: permite que as cores sejam espalhadas, 
mantém os pigmentos aglutinados e os protege da ação 
atmosférica, depois de seco fixa bem as cores ao fundo e 
também tem um efeito ótico que realça a profundidade e a 
tonalidade do pigmento. O processo secativo é acompanhado 
por uma série de outras reações químicas complexas. Quando 
seca, a tinta torna-se um material seco, sólido que não pode 
retornar ao seu estado original de modo algum. 
 
Figura 18 Tinta a óleo. 
 
 
 
Atualmente, a tinta a óleo é produzida com os mesmos 
componentes do século 15, apenas com algumas melhorias 
tecnológicas dos produtos. O pigmento é misturado com o óleo 
e, em vez de se moer cada cor manualmente, atualmente as 
tintas de melhor qualidade são produzidas por meio de uma 
variedade de métodos de moagem. 
O óleo de linhaça, por exemplo, seca por oxidação, um 
processo químico que ocorre quando o oxigênio entra em 
contato com a película de óleo exposta. Resumindo, as tintas a 
óleo secam por meio de um processo longo, de respiração lenta. 
O mecanismo de secagem é iniciado quando o oxigênio se 
adiciona à molécula do óleo, desencadeando uma reação que 
transforma a estrutura essencialmente linear do óleo fluido 
numa estrutura endurecida. Quando devidamente aplicada, a 
película de óleo pode ser muito estável e permanente. Contudo, 
qualquer coisa que interfira com o processo de secagem ou de 
polimerização produzirá uma película com menor capacidade 
para suportar os estragos do tempo. 
Alguns cuidados devem ser tomados na hora de utilizar 
esta técnica: 
• Tenha cuidado para não adicionar muito solvente à 
mistura de cor. O solvente em excesso enfraquece a 
estrutura química, impedindo as ligações e a 
formação da película estrutural. 
• Não utilize terebentina antiga ou oxidada. Para 
manter a terebentina fresca e utilizável, guarde-a 
sempre em frascos cheios e em local escuro. A 
terebentina oxidada deixa um resíduo pegajoso que 
pode impedir a secagem da tinta. 
Outro aspecto importante no processo de pintura da tinta a 
óleo é sobre a segurança e a limpeza dos materiais. A tinta a óleo 
não deve ser utilizada para ensinar crianças, devido sua toxidade. 
Esta técnica é mais utilizada em escolas de artes e ateliês (para 
adolescentes a partir de 15 anos e adultos). 
Vale ressalta que, quando se trabalha com materiais para 
belas-artes, especialmente com a tinta a óleo, devem ser 
adotados bons hábitos de trabalho, tais como: 
1) assegure-se de que existe bastante ventilação e 
circulação do ar; 
2) guarde todos os materiais, particularmente os 
solventes, bem fechados, quando não estiver sendo 
utilizados; 
3) não exponha os materiais para pintura a chamas ou 
a fontes de calor excessivo; 
4) não coma, beba ou fume enquanto estiver 
trabalhando devido ao risco de ingestão; 
5) evite o contato excessivo dos materiais com a pele, 
e particularmente dos solventes; 
6) não aplique a tinta diretamente com os dedos, 
utilize um creme protetor, ou luvas cirúrgicas 
quando quiser pintar com as mãos; 
7) quando utilizar pigmento em pó, utilize uma 
máscara e trabalhe com uma ventilação adequada 
para evitar inalação de partículas transportadas 
pelo ar (recomenda-se a utilização de um sistema 
de extração de ar com saída para o exterior); 
8) não coloque mais solvente do que o que necessita 
para a sessão de pintura porque este se evapora no 
ar da sala; 
9) se cair tinta ou solvente nos olhos ou na pele, lave 
com água abundante. 
Além disso, ao término da pintura, elimine todos os panos 
ensopados com solvente ou tinta, limpe a paleta e lave as mãos 
com água. Nunca utilize solventes restantes para tirar a tinta das 
mãos e sim um detergente específico para isso. 
 
Tipos de óleos e óleos secativos 
 
Assim como são exigidos padrões rigorosos na seleção dos 
pigmentos que satisfaçam da melhor forma as necessidades do 
artista, o mesmo acontece com os aglutinantes. 
O aglutinante tem três funções. Em primeiro lugar, 
transportar e cobrir o pigmento, pois para que o pigmento 
funcione de modo eficaz, deve estar envolvido de modo seguro. 
Isto significa que o pigmento deve estar uniformemente 
dispersado e suspenso. Em segundo lugar, para transmitir 
características de trabalho. O aglutinante transporta a cor pela 
superfície e permite que o pintor trabalhe a cor de modo 
consistente. E, por último, assegura que a cor fixe na superfície 
com o máximo de estabilidade. 
Para que você possa compreender melhor, vejamos no 
Quadro 3 uma lista de aglutinantes utilizados para tinta a óleo e 
suas especificidades: 
 
Quadro 3 Tipos de óleo utilizados. 
 
Óleo de linhaça Derivado da planta do linho, o óleo de 
linhaça é um óleo vegetal que origina 
uma película de tinta estável e resistente. 
O óleo de linhaça ainda pode ser utilizado 
cru ou refinado. É utilizado para diluir a 
tinta quando está muito espessa, e 
também é um ótimo secante (dois a três 
dias). Quando o mesmo é aquecido entre 
274ºC e 302ºC, durante algumas horas, 
obtém-se o óleo polimerizado. Este óleo 
é ideal para se conseguir uma fusão entre 
as cores e criar superfícies lisas, vítreas e 
brilhantes, nas quais não aparecem as 
marcas das pinceladas. 
Óleo de cártamo (açafrão) Devido à sua cor mais pálida, o óleo de 
cártamo é utilizado para a moagem de 
pigmentos brancos. Este óleo seca mais 
lentamente, mas pode ser misturado de 
modo seguro com o óleo de linhaça. É o 
mais moderno dos óleos utilizados em 
pintura artística. Não amarelece com o 
tempo, sendo, portanto ideal na pintura 
com cores azuis e brancas. O óleo de 
cártamo é o único que pode ser utilizado 
em grande quantidade, misturado à tinta 
para se criar o efeito aquarelado. 
Óleo de papoula e de nozes São óleos extraídos das sementes de 
papoula e de nozes. Os pigmentos 
brancos moídos com o óleo de papoula 
adquirem uma aparência um pouco mais 
clara e brilhante que com o uso do óleo 
de linhaça. Este óleo tem uma secagem 
muito lenta e não tem a mesma 
resistência que o óleo de linhaça, além de 
ter uma qualidade inferior no conjunto 
de suas propriedades. Já o óleo de nozes 
seca mais rápido que o óleo de papoula, 
deve ser usado em pouca quantidade 
para se aumentar o brilho das cores, pela 
sua leveza e fluidez e é ideal para a 
pintura de detalhes e miniaturas. 
Óleo miscívelcom água Para utilização como diluente para os 
óleos miscíveis com água, os óleos de 
linhaça e de cártamo foram 
quimicamente modificados para aceitar a 
água como dissolvente. Com essa 
exceção ao óleo modificado, funcionam 
como um óleo convencional, aceitando a 
água como agente diluente do mesmo 
modo que o óleo de linhaça aceita a 
aguarrás (mineral), formando então uma 
película estável por meio da oxidação. 
Óleos de secagem e de semi-secagem São óleos vegetais utilizados para fazer a 
cor, nomeadamente o de linhaça, o de 
papoula e o de cártamo. Diferentes 
métodos de processamento dão origem a 
óleos com ritmos de secagem, 
consistências e cores diferentes. Os óleos 
de secagem são muitas vezes utilizados 
para alterar a consistência e a secagem 
da cor de um modo muito semelhante ao 
dos óleos que misturamos na tinta. 
Óleo de linhaça prensado a frio Pode ser adicionado à tinta para diminuir 
a consistência, melhorar a fluidez e 
aumentar o brilho e a transparência. 
Óleo de linhaça fervido Melhora o fluxo e o nivelamento da cor. É 
adequado para velaturas e para 
pormenores, é resistente ao 
amarelecimento e aumenta a 
durabilidade da película. Além disso, 
torna mais lenta a secagem e é o melhor 
óleo a escolher como medium aditivo. 
Óleo de linhaça branqueador Acelera a secagem, melhora a fluidez e, 
devido à sua tonalidade esbatida, é 
particularmente adequado para 
utilização com cores claras. 
Óleo de linhaça secativo Possui a taxa de secagem mais rápida de 
todos os óleos de secagem e aumenta o 
brilho. 
Óleo de papoula secativo Acelera a secagem, é resistente ao 
amarelecimento e é adequado para 
utilização com cores claras. 
 
Fonte: (MAYER, 1996). 
Vernizes 
Os vernizes são essenciais para a proteção das pinturas a 
óleo finalizadas, e se inserem em duas categorias básicas: de 
retoque e de acabamento. 
O verniz de retoque pode ser utilizado como verniz 
temporário e para dar uma camada de proteção temporária a 
pinturas a óleo recentemente concluídas. Deve deixar-se secar as 
pinturas o máximo de tempo possível (um mês no mínimo) antes 
de aplicar o verniz de retoque. Este verniz não precisa ser 
removido antes de ser aplicado um verniz de acabamento. As 
pinturas que tenham tido aplicação de verniz de retoque 
necessitam de um período de secagem apropriado antes da 
aplicação do verniz de acabamento ou final (pelo menos seis 
meses para películas de tinta menos espessas). 
O verniz de acabamento ideal deve ser claro e resistente 
ao amarelecimento, proporcionar proteção contra sujeira e 
poeira, dar uma luminosidade uniforme à superfície da pintura e 
ser facilmente removível se a pintura precisar de reparação, 
restauração ou remoção de verniz sujo. 
Deve deixar-se secar completamente uma pintura a óleo 
antes de aplicar um verniz de acabamento. Se as pinturas forem 
envernizadas muito cedo, alguns problemas podem ocorrer: o 
verniz torna-se pegajoso e não seca; o verniz pode afundar na 
película de tinta e tornar a cor sensível ao solvente; e qualquer 
tentativa de limpar no futuro pode muito provavelmente 
remover a própria tinta. 
Para saber se a pintura está pronta para passar o verniz, 
aplique uma pequena quantidade de aguarrás num pano limpo e 
esfregue com cuidado um canto da superfície pintada com esse 
pano. Se não se soltar cor, a pintura está pronta. Se continuar a 
soltar cor após um período de secagem apropriado, isso pode 
significar que o óleo se afundou devido a uma base demasiado 
absorvente, ou ao fato de a cor ter sido excessivamente afinada 
com solvente. A pintura deve então ser “oleada” e deixada secar. 
Os vernizes podem ser aplicados com pincel ou com um 
aerossol. Para um acabamento satisfatório da superfície e para 
minimizar a exposição a quaisquer solventes da mistura, não é 
recomendável a aplicação de verniz à mão com um pano. 
 
 
Preparação das superfícies 
 
A preparação das superfícies é muito importante porque 
confere a estabilidade à pintura. A característica em comum 
entre todos os tipos de superfícies é que elas permitem a 
integridade essencial da película de tinta, e que esta seja mantida 
por várias gerações. Uma vez que o óleo se torna 
progressivamente mais frágil com o passar do tempo, elas 
impõem um mínimo de flexibilidade ou de choque à película. 
Para uma aderência de longo prazo, apresentam um nível 
moderado de enrugamento ou textura, bem como uma dose 
adequada de absorvência. Muita absorção provoca 
afundamentos e a separação entre o óleo e o pigmento, 
enquanto pouca significa que a película pode soltar e rachar. 
As telas compradas já prontas vem com diversos 
acabamentos, mas o mais comum é a tinta PVA, uma tinta 
arenosa que tende a craquelar com o tempo. O ideal para a 
preparação da superfície é a utilização de uma mistura de resina 
acrílica transparente com algum impermeabilizante, em partes 
iguais. Esta mistura evita a formação de fungos e mofos. Deve-se 
passar esta mistura na tela em três demãos, sempre esperando 
secar uma para passar a outra e, após este processo, passar uma 
lixa para deixar a superfície lisa. 
Ainda pode-se obter um acabamento mais sofisticado com 
a utilização do gesso acrílico depois da primeira demão da 
mistura mencionada anteriormente, aplicando-o em duas 
demãos e depois lixando novamente e a tela estará pronta para 
uso. 
 
Pintando a óleo 
A norma de aplicação correta dos materiais de pintura a 
óleo tradicional são as mesmas em todos os casos, apesar de 
existir uma infinidade de técnicas, combinações e escolas 
artísticas. 
O exemplo mais simples de pintura a óleo é a aplicação de 
duas ou três camadas de tinta. A superfície deve estar livre de 
umidade, e deve-se tomar cuidado para que a umidade não 
penetre por trás da tela. O grau de absorvência da superfície 
deve ser uniforme. Em um sistema de pintura a óleo com três 
camadas, a primeira deve ser mais texturizada, a segunda um 
pouco mais fina e a terceira deve ser a mais fina de todas. 
O emprego de essência de terebentina ou familiares como 
diluentes é uma parte necessária do processo de pintura a óleo. 
Vale ressaltar que o emprego do diluente se restringe à 
manipulação da tinta a óleo. 
 
Regras de pintura tradicional 
 
Algumas regras de pintura a óleo facilitam na hora da 
utilização das técnicas. Vejamos a seguir cada uma delas. 
 
 
Base 
Base é a primeira camada de tinta composta por óleo de 
cártamo espalhada sobre a tela. Devido à sua cor esbatida, o óleo 
de cártamo é utilizado na formulação da maioria dos brancos. No 
entanto, os brancos de óleo de cártamo não são recomendados 
para serem usados como base. Quando as tintas a óleo secam, a 
película de tinta passa por inúmeras alterações dimensionais, 
aumentando e diminuindo em peso à medida que ocorrem várias 
reações químicas. Os óleos de semi-secagem, tais como o óleo de 
cártamo e de papoula, sofrem alterações dimensionais mais 
significativas do que o óleo de linhaça. Apesar de um branco 
misturado com óleo de cártamo ser perfeitamente apropriado 
para uso em aplicações normais e em misturas, não é adequado 
para utilização como base. 
Assim, para bases é recomendado o “Branco de Primeira 
Camada”, pigmento de titânio moído em óleo de linhaça, e o 
“Branco Base”, um pigmento de chumbo igualmente moído em 
óleo de linhaça. 
 
Gordo sobre magro 
Este é o princípio mais frequentemente repetido quando 
nos referimos ao feito da película de tinta a óleo. Consiste em 
colocar uma camada flexível sobre outra menos flexível, porque 
quando camadas gradualmente mais flexíveis são colocadas 
umas sobre as outras, a película de tinta final terá a maior 
elasticidade possível, e tornar-se-á mais resistente. 
 
Espesso sobre fino 
As camadas mais espessas (grossas) de tinta a óleo aplicam-
se com mais facilidade sobre camadas inferiores finas. Ou seja, 
devem ser alternadas camadas de tintas e suas devidas 
espessuras. 
 
Ritmos de secagem 
Os diferentes ritmos de secagem das tintas a óleo devem-
se às diferentesreações de cada pigmento quando dispersos em 
óleo. Alguns pigmentos servem de catalisadores químicos, que 
aceleram o processo de secagem. Outros afetam pouco o 
processo, enquanto outros ainda atrasam-no. As camadas 
inferiores que demoram mais tempo a secar podem provocar a 
quebra de quaisquer camadas posteriores de secagem mais 
rápida. Normalmente, a única exigência é evitar as camadas 
espessas e contínuas de cores de secagem lenta nas camadas 
inferiores de uma pintura. 
 
Técnicas de pintura a óleo 
 
Existem diversas técnicas de pintura a óleo. Veja a seguir 
algumas delas para que você possa começar a criar seu próprio 
estilo pictórico. 
 
Mistura de cores 
O objetivo da mistura de cores é criar o maior número de 
opções a partir do número mínimo de cores. Utilize as três cores 
primárias e a partir delas obtenha diversas cores. Todos os 
pigmentos utilizados na formulação das gamas devem ser 
selecionados para criar um espectro equilibrado, permitindo que 
misture as cores desejadas de forma eficaz. 
 
Úmido sobre úmido 
Este método já foi mencionado na utilização da aquarela, 
trata-se do processo de adicionar tinta fresca às camadas já 
existentes e ainda úmidas. 
Esta técnica pode ser utilizada para conferir proximidade e 
interesse à imagem. Pode igualmente ser utilizada como uma 
técnica de mistura de cores e pode ser conseguida com a cor em 
praticamente qualquer estado de viscosidade, de espessa e rígida 
a fluida. 
 
Velatura 
É a construção de camadas de tintas transparentes ou 
semitransparentes sobre camadas inferiores secas. O efeito é de 
grande profundidade e cria uma atmosfera de espaço. É uma 
técnica demorada, também utilizada em outras tintas, mas os 
seus efeitos em óleo são inigualáveis, se comparados com outros 
meios. Um bom exemplo de velatura a óleo, esta na obra de 
Edward Hopper (Figura 19). Veja como ele trabalha o branco e 
suas tonalidades sobrepostas, e também se atente a 
transparência no vestido da moça. 
 
Figura 19 Verão, Edward Hopper, 1962. 
 
Empastamento 
É a técnica que consiste em aplicar a tinta espessa que 
retém as marcas do pincel e da espátula, como elemento central 
da pintura. Uma superfície de empastamento pode ser dinâmica 
e poderosa. Para um empastamento espesso, construa a textura 
em várias camadas, e permita que cada camada seque antes de 
aplicar uma outra. Um exemplo desta técnica está na obra de 
Van Gogh (Figura 20). Observe. 
 
Figura 20 Doze girassóis numa jarra, Vincent Van Gogh, 1888. 
 
Raspagem 
É a técnica que consiste em raspar uma película de tinta 
úmida, normalmente com o cabo de um pincel ou uma espátula. 
É um efeito expressivo e igualmente eficaz para a definição de 
contornos. 
 
 
 
Esbatimento 
Esta técnica consiste em passar com um pincel rígido, uma 
película fina de tinta opaca ou semi-opaca livremente sobre a 
pintura, permitindo que a cor da camada inferior apareça. 
 
Oleamento 
Consiste na aplicação do óleo em uma pintura que perdeu 
óleo para a camada inferior. Inicialmente, deverá ser limpo 
qualquer resíduo da obra. Deixar a pintura secar durante um ou 
dois dias. Se continuarem a existir pequenas áreas sem brilho, é 
necessário repetir o processo até que a pintura tenha recuperado 
uma luminosidade uniforme. 
O motivo mais comum para os afundamentos é a utilização 
de uma base demasiado absorvente. O afundamento pode 
também ocorrer como consequência do esbatimento excessivo 
da cor com dissolvente. 
 
Afrescos 
Com uma preparação adequada, as tintas a óleo podem ser 
uma escolha excelente para afrescos. Exceto se a parede for 
nova, a superfície deve ser raspada até ao estuque (espécie de 
argamassa feita geralmente com pó de mármore, cal fino, gesso 
e areia) e não deve estar empoeirada, quebradiça ou úmida. Se 
ela for nova, o estuque deve ser calibrado e, em seguida, 
preparado com gesso acrílico. Depois de concluída a pintura, 
deve deixar-se secar durante um período adequado (pelo menos 
seis meses para os óleos tradicionais) e, em seguida, protegê-la 
com um verniz de pintura removível. A tinta a óleo de secagem 
rápida é adequada como tinta a óleo para aplicações murais. A 
obra A criação de Adão de Michelangelo é um bom exemplo 
desta técnica (Figura 21). 
 
 
Figura 21 A criação de Adão, Michelangelo Buonarroti, 1511. Capela Sistina (Roma). 
 
Gravura 
A barra de tinta a óleo para artistas revelou-se 
particularmente popular junto dos impressores de gravura. Ela 
pode ser utilizada diretamente numa placa de vidro, com ou sem 
médio, para transferência direta para o papel (PYLE; PEARCE, 
2002). 
 
CONSIDERAÇÕES 
A partir das técnicas mencionadas nesta unidade você 
poderá começar a fazer suas próprias experimentações artísticas 
e também aprimorar seus métodos de ensino em sala de aula. 
Lembre-se de que, quanto mais você pintar, mais se familiarizará 
com os materiais e métodos, desta maneira pintará mais livre e 
espontaneamente e, quando tiver domínio das técnicas e tintas, 
tente experimentar misturá-las. 
 
E–REFERÊNCIAS 
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<http://www.youtube.com/watch?v=TYVOkwhwzMQ&feature=related>. Acesso em: 
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Óleo: disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=VVKPbVR5P5o>. Acesso em: 
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11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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______________ Enciclopédia de técnicas de pintura acuarela. Barcelona: Acanto 2001. 
MAYER, R. Manual do artista: de técnicas e materiais. São Paulo: Martins fontes, 1996. 
LEME, S. P. A cozinha da arte. Uberlândia: UFU,[ s. d.]. 
PYLE, D.; PEARCE, E. Winsor & Newton – o livro da pintura a óleo. ColArt Fine Art & 
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TAPPENDEN, C. Aprender a dibujar e pintar: manual enciclopédico de técnicas paso a 
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