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AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

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AO DOUTO JUÍZO DA ... VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO DE JANEIRO/RJ
PEDRO DA SILVA, qualificação completa, através do seu advogado devidamente constituído conforme procuração anexa, vem perante Vossa Excelência, propor:
AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
em face da AUTARQUIA FEDERAL A E SEU PRESIDENTE, qualificação completa, O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE LICITAÇÃO, qualificação completa, A MULTINACIONAL M, qualificação completa, SEU DIRETOR EXECUTIVO e o MINISTRO DE ESTADO, qualificação completa, pelos fatos e motivos seguintes:
DOS FATOS
Após receber “denúncia de irregularidades” em contratos administrativos
celebrados pela Autarquia Federal A, que possui sede no Rio de Janeiro, o
Ministério Público Federal determina a abertura de inquérito civil e penal para
apurar os fatos.
Neste âmbito, são colhidas provas robustas de superfaturamento e fraude
nos quatro últimos contratos celebrados por esta Autarquia Federal, sendo certo
que estes fatos e grande parte destas provas acabaram divulgados na imprensa.
Assim é que o cidadão Pedro da Silva, indignado, procura se inteirar mais
sobre o acontecido, e acaba ficando ciente de que estes contratos foram realizados nos últimos 2 (dois) anos com a multinacional M e ainda estão em fase de execução.
Mas não só. Pedro obtém, também, documentos que comprovam, mais
ainda, a fraude e a lesão, além de evidenciarem a participação do presidente da
Autarquia A, de um Ministro de Estado e do presidente da comissão de licitação,
bem como do diretor executivo da multinacional M.
DO DIREITO
A Ação Popular é cabível na medida em que visa à defesa dos interesses
do cidadão na proteção do patrimônio público, conforme o disposto no Art. 5º,
LXXIII, da CRFB/88.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa,
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o
autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do
ônus da sucumbência;
Presente o interesse de autarquia federal, a ação deve ser ajuizada perante
a Justiça Federal, nos termos do Art. 109, I, da CRFB/88.
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés,
assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de
acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça
do Trabalho;
Embora o Ministro de Estado seja um dos legitimados passivos da referida ação popular, a jurisprudência do STF é firme no sentido de considerar que o rol do Art. 102 e do Art. 105 da CRFB/88, que estabelecem a competência do STF e do STJ, é taxativo e não exemplificativo. Portanto, como tais dispositivos não preveem o julgamento de ação popular ajuizada em face do Ministro de Estado, o STF entende que o processo e julgamento ficam a cargo do juiz de primeira instância.
A legitimidade ativa do autor, Pedro, é comprovada pela sua condição de cidadão, conforme título de eleitor anexo.
A legitimidade passiva é composta pela autarquia federal A e seu presidente, o ministro de estado, o presidente da comissão de licitação, a multinacional M, que
contratou com o Poder Público, e seu diretor executivo, conforme o disposto no Art. 6º da Lei nº 4.717/65.
Quanto ao mérito, a contratação é fraudulenta, pois os contratos, com preço mais elevado que o ofertado no mercado, caracteriza evidente afronta à legalidade e provoca grande lesividade ao patrimônio público, nos termos do Art. 3º e Art. 4º,
III, c, ambos da Lei nº 4.717/65.
Art. 3º Os atos lesivos ao patrimônio das pessoas de direito
público ou privado, ou das entidades mencionadas no art. 1º,
cujos vícios não se compreendam nas especificações do artigo
anterior, serão anuláveis, segundo as prescrições legais,
enquanto compatíveis com a natureza deles.
Art. 4º São também nulos os seguintes atos ou contratos,
praticados ou celebrados por quaisquer das pessoas ou
entidades referidas no art. 1º.
III - A empreitada, a tarefa e a concessão do serviço público,
quando:
c) a concorrência administrativa for processada em condições
que impliquem na limitação das possibilidades normais de
competição.
DA TUTELA DE URGÊNCIA
A tutela de urgência na Ação Popular está presente no art. 5º, § 4º, da Lei
4717/65 e também no art. 300 do CPC.
Art. 5º Conforme a origem do ato impugnado, é competente
para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de
acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para
as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao
Estado ou ao Município.
§ 4º Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão
liminar do ato lesivo impugnado.
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo
de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
O “fumus boni iuris” está demonstrado nos argumentos de mérito evidenciado pela patente violação à Lei e o “periculum in mora” é mais que evidente, pois o dinheiro público será direcionado ao pagamento de valores superfaturados.
DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
a) a concessão da tutela de urgência para a suspensão dos contratos
administrativos superfaturados, nos termos do art. 5º, § 4º, da Lei nº
4.717/65;
b) a procedência do pedido para a declaração de nulidade dos contratos
administrativos superfaturados;
c) a citação dos réus, para querendo oferecer contestação no prazo legal com as advertências legais;
d) a condenação dos responsáveis ao ressarcimento dos danos causados, nos termos do art. 11 da Lei nº 4.717/65;
e) a condenação dos Réus em custas e em honorários advocatícios, nos
termos do art. 12 da Lei nº 4.717/65;
f) a intimação do Representante do Ministério Público, nos termos do art. 7º,I, ‘a’, da Lei nº 4.717/65;
Requer a produção de todos os meios de provas em direito admitidas, com asteio no art. 319, VI, do CPC.
Atribui-se a causa o valor de R$ ...
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local, Data.
ADVOGADO
OAB/UF

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