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Seguridade Social INSS (Técnico)

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SEGURIDADE 
SOCIAL 
COLEÇÃO INSS 
 
ATUALIZADO EM 08/2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PATRICIA AKEMI FUGI - patricia.akemi.fugi@gmail.com - CPF: 324.269.438-40
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PATRICIA AKEMI FUGI - patricia.akemi.fugi@gmail.com - CPF: 324.269.438-40
APROVAÇÃO ÁGIL - SEGURIDADE SOCIAL - INSS (Técnico) 3 
 
SEGURIDADE SOCIAL - INSS (Técnico) 
 
Seguridade Social: Origem e evolução legislativa no Brasil ................................................ 5 
Seguridade Social: Conceituação ............................................................................................... 8 
Seguridade Social: Organização e princípios constitucionais ............................................. 9 
Legislação Previdenciária: Conteúdo, fontes, autonomia .................................................. 26 
Aplicação das normas previdenciárias: Vigência, hierarquia, interpretação e integração
 ........................................................................................................................................................... 32 
Regime Geral de Previdência Social: Segurados obrigatórios ......................................... 36 
Regime Geral de Previdência Social: Filiação e inscrição .................................................. 56 
Regime Geral de Previdência Social: Conceito, características e abrangência: 
empregado, empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso e 
segurado especial ......................................................................................................................... 73 
Regime Geral de Previdência Social - Segurado facultativo: conceito, características, 
filiação e inscrição .......................................................................................................................... 81 
Regime Geral de Previdência Social - Trabalhadores excluídos do Regime Geral ..... 83 
Empresa e empregador doméstico: conceito previdenciário ........................................... 84 
Financiamento da Seguridade Social - Receitas da União ................................................ 85 
Financiamento da Seguridade Social – Introdução ............................................................. 86 
Receitas das contribuições sociais: dos segurados ............................................................. 88 
Receitas das contribuições sociais: das empresas .............................................................. 98 
Receitas das contribuições sociais: do empregador doméstico ...................................... 114 
Receitas das contribuições sociais: do produtor rural ......................................................... 117 
Receitas das contribuições sociais: do clube de futebol profissional ........................... 123 
Receitas das contribuições sociais: sobre a receita de concursos de prognósticos 125 
Receitas das contribuições sociais: receitas de outras fontes ......................................... 127 
Salário-de-contribuição: Conceito; Parcelas integrantes e parcelas não-integrantes; 
Limites mínimo e máximo; Proporcionalidade; e Reajustamento ................................... 129 
Arrecadação e recolhimento das contribuições destinadas à seguridade social ...... 139 
Competência do INSS e da Secretaria da Receita Federal do Brasil ............................ 150 
Obrigações da empresa e demais contribuintes ................................................................ 153 
Prazo de recolhimento ................................................................................................................ 172 
Recolhimento fora do prazo: juros, multa e atualização monetária ................................ 181 
Decadência e prescrição .......................................................................................................... 188 
Crimes contra a seguridade social ......................................................................................... 194 
Recurso das decisões administrativas .................................................................................. 200 
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APROVAÇÃO ÁGIL - SEGURIDADE SOCIAL - INSS (Técnico) 4 
 
Plano de Benefícios da Previdência Social: beneficiários ............................................... 205 
Plano de Benefícios da Previdência Social: espécies de prestações - benefícios: 
disposições gerais ..................................................................................................................... 207 
Plano de Benefícios da Previdência Social: Aposentadoria por Invalidez ................... 213 
Plano de Benefícios: Aposentadoria por Idade ................................................................... 219 
Plano de Benefícios: Aposentadoria por Tempo de Serviço (ou por Tempo de 
Contribuição) ............................................................................................................................... 222 
Plano de Benefícios: Aposentadoria Especial .................................................................... 224 
Plano de Benefícios: Aposentadorias por Tempo de Contribuição e por idade do 
segurado com deficiência ........................................................................................................ 229 
Plano de Benefícios: Auxílio-Doença ..................................................................................... 233 
Plano de Benefícios: Salário-Família ...................................................................................... 241 
Plano de Benefícios: Salário-Maternidade ........................................................................... 245 
Plano de Benefícios: Pensão por Morte ............................................................................... 252 
Plano de Benefícios: Auxílio-Reclusão .................................................................................. 261 
Plano de Benefícios: Auxílio-Acidente .................................................................................. 264 
Plano de Benefícios: Abono Anual ........................................................................................ 266 
Plano de Benefícios: Seguro-desemprego ........................................................................... 267 
Plano de Benefícios da Previdência Social: períodos de carência ................................279 
Plano de Benefícios da Previdência Social: salário-de-benefício .................................. 284 
Plano de Benefícios da Previdência Social: renda mensal do benefício ..................... 293 
Plano de Benefícios da Previdência Social: reajustamento do valor dos benefícios 299 
Manutenção, perda e restabelecimento da qualidade de segurado ............................ 301 
Lei n° 8.742/93 (LOAS) .............................................................................................................. 306 
Decreto nº 6.214/07 ................................................................................................................... 328 
Emenda Constitucional nº 103/2019 (Reforma da Previdência) – Publicada em 
13/11/2019 .......................................................................................................................................346 
Lei nº 8.212/91 (na íntegra) ........................................................................................................ 373 
Lei nº 8.213/91 ............................................................................................................................... 414 
LEI Nº 13.846, DE 18 DE JUNHO DE 2019 (Conversão da Medida Provisória nº 871, de 
2019) .............................................................................................................................................. 465 
Notas sobre atualizações .......................................................................................................... 472 
 
 
 
 
PATRICIA AKEMI FUGI - patricia.akemi.fugi@gmail.com - CPF: 324.269.438-40
APROVAÇÃO ÁGIL - SEGURIDADE SOCIAL - INSS (Técnico) 5 
 
Seguridade Social: Origem e evolução legislativa no Brasil 
 
Veja as principais normas que trataram da seguridade social no Brasil. 
 
Primeira norma brasileira a tratar sobre a seguridade social (no caso instituía os chamados “socorros 
públicos”: inciso XXXI do art. 179 da Constituição de 1824: 
 
“Art. 179. A inviolabilidade dos Direitos Civis, e Politicos dos Cidadãos Brazileiros, que tem por base 
a liberdade, a segurança individual, e a propriedade, é garantida pela Constituição do Imperio, pela 
maneira seguinte. 
[...] 
XXXI. A Constituição tambem garante os socorros publicos.” (texto sem modificações) 
 
Após, alguns decretos instituíram montepios (pensões devidas aos herdeiros do trabalhador) e 
aposentadorias para determinadas categorias de trabalhadores. São exemplos os decretos nº 
9.212/1889 e 221/1890. 
 
Após, novamente a Constituição Federal tratou sobre a seguridade, mais especificamente sobre a 
aposentadoria. Neste caso, o art. 75 da Constituição de 1891: “A aposentadoria só poderá ser dada 
aos funcionários públicos em caso de invalidez no serviço da Nação.” 
 
Em 1923, a Lei Eloy Chaves (Decreto nº 4.682/23), que criou uma caixa de aposentadoria e pensões 
para os empregados das empresas de estrada de ferro em todo o território nacional. Protegia os 
trabalhadores desta categoria contra os riscos de doença, velhice, invalidez e morte (Art. 9º). 
 
A Constituição Federal de 1934 previu a forma tríplice de custeio: União, empregador e empregado 
contribuíram para a formação da previdência: 
 
“Art 121 - A lei promoverá o amparo da produção e estabelecerá as condições do trabalho, na cidade 
e nos campos, tendo em vista a proteção social do trabalhador e os interesses econômicos do País. 
 
§ 1º - A legislação do trabalho observará os seguintes preceitos, além de outros que colimem 
melhorar as condições do trabalhador: 
 
h) assistência médica e sanitária ao trabalhador e à gestante, assegurando a esta descanso antes e 
depois do parto, sem prejuízo do salário e do emprego, e instituição de previdência, mediante 
contribuição igual da União, do empregador e do empregado, a favor da velhice, da invalidez, da 
maternidade e nos casos de acidentes de trabalho ou de morte;” 
 
A Constituição de 1937, por seu turno, fixou em seu art.137, “m” (tal art. foi suspenso pelo Decreto nº 
10.358/1942): 
 
“Art. 137 - A legislação do trabalho observará, além de outros, os seguintes preceitos: 
m) a instituição de seguros de velhice, de invalidez, de vida e para os casos de acidentes do 
trabalho;” 
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A Constituição de 1946 expôs pela primeira vez em Lei a expressão “previdência social”. Trouxe em 
seu art. 157: 
 
”Art 157 - A legislação do trabalho e a da previdência social obedecerão nos seguintes preceitos, 
além de outros que visem a melhoria da condição dos trabalhadores: 
 
XV - assistência aos desempregados; 
 
XVI - previdência, mediante contribuição da União, do empregador e do empregado, em favor da 
maternidade e contra as conseqüências da doença, da velhice, da invalidez e da morte; 
 
XVII - obrigatoriedade da instituição do seguro pelo empregador contra os acidentes do trabalho.” 
 
Em 1960, foi instituída a Lei nº 3.807, a Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS), que unificou a 
legislação previdenciária. Unificou benefícios previdenciários, fixou alíquotas de contribuição dos 
trabalhadores e aumentou a gama de riscos sociais cobertos. 
 
Em 1966, o Decreto-Lei nº 72 centralizou a organização previdenciária por meio do Instituto Nacional 
de Previdência Social. 
 
A Constituição Federal de 1967 fixou: 
 
“Art 158 - A Constituição assegura aos trabalhadores os seguintes direitos, além de outros que, nos 
termos da lei, visem à melhoria, de sua condição social: 
 
XI - descanso remunerado da gestante, antes e depois do parto, sem prejuízo do emprego e do 
salário; 
 
XVI - previdência social, mediante contribuição da União, do empregador e do empregado, para 
seguro-desemprego, proteção da maternidade e, nos casos de doença, velhice, invalidez e morte; 
 
XVII - seguro obrigatório pelo empregador contra acidentes do trabalho; 
 
§ 1º - Nenhuma prestação de serviço de caráter assistencial ou de benefício compreendido na 
previdência social será criada, majorada ou estendida, sem a correspondente fonte de custeio total. 
 
§ 2º - A parte da União no custeio dos encargos a que se refere o nº XVI deste artigo será atendida 
mediante dotação orçamentária, ou com o produto de contribuições de previdência arrecadadas, 
com caráter geral, na forma da lei.” 
 
 
Lei nº 6.439/77 – instituiu o SINPAS (Sistema Nacional de Previdência Social). 
 
Dividia-se em 07 órgãos: INPS (Instituto Nacional da Previdência Social); IAPAS (Instituto de 
Administração Financeira de Previdência e Assistência Social; INAMPS (Instituto Nacional de 
Assistência Médica da Assistência Social); DATAPREV (empresa de processamento de dados); LBA 
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(Fundação Legião Brasileira de Assistência); CEME (Central de Medicamentos) e FUNABEM 
(Fundação Nacional de Assistência e Bem Estar do Menor). 
 
A Constituição Federal de 1988 destinou todo um capítulo para tratar da Seguridade Social (Capítulo 
II do Título VIII – art. 194 a 204). A Seguridade Social, de acordo com a fixação constitucional, passou 
a englobar a Previdência Social, a Assistência Social e a Saúde. 
 
A Lei nº 8.080/90 Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, 
a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. 
 
A Lei nº 8.212/91 dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá 
outras providências. A Lei nº 8.213/91 dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e 
dá outras providências 
 
A Lei nº 8.742/93 dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências. 
 
As Emendas Constitucionais 20/98, 41/03, 42/03, 47/05 e 51/06 alteraram disposições 
constitucionais sobre a matéria. Todas referidas alterações já constam de nosso material de estudo. 
 
Por fim, com a emendaconstitucional nº 103/19, foi feita a reforma da previdência, que alterou 
substancialmente o sistema previdenciário no Brasil. Referida atualização legislativa já consta do 
presente material de estudos. 
 
Atenção! Fato importante sobre a reforma previdenciária! 
 
Entenda que existe o princípio da supremacia da Constituição. A Constituição é a norma mais 
relevante do sistema legal brasileiro e, portanto, qualquer legislação que apresente termos 
conflitantes com seus termos não terá validade. No caso, a doutrina considera que a legislação 
anterior às mudanças constitucionais, como no caso da Emenda Constitucional nº 103/19, não foram 
recepcionadas pela ordem constitucional vigente. Em outras palavras, toda legislação que seja 
conflitante com a atual redação da Constituição Federal, não será válida. 
 
 
PATRICIA AKEMI FUGI - patricia.akemi.fugi@gmail.com - CPF: 324.269.438-40
APROVAÇÃO ÁGIL - SEGURIDADE SOCIAL - INSS (Técnico) 8 
 
Seguridade Social: Conceituação 
 
A definição constitucional de seguridade social está no caput do art. 194 da CF/88: 
 
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes 
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à 
assistência social. 
 
E, segundo Sérgio Pinto Martins (Direito da Seguridade Social – 12ª Edição, fls. 08) a seguridade 
social: 
 
“é o conjunto de princípios, de regras e de instituições destinado a estabelecer 
um sistema de proteção social aos indivíduos contra contingências que os 
impeçam de prover suas necessidades pessoas básicas e de suas famílias, 
integrado por ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, 
visando assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência 
social”. 
 
 
 
 
PATRICIA AKEMI FUGI - patricia.akemi.fugi@gmail.com - CPF: 324.269.438-40
APROVAÇÃO ÁGIL - SEGURIDADE SOCIAL - INSS (Técnico) 9 
 
Seguridade Social: Organização e princípios constitucionais 
 
Constituição Federal 
 
CAPÍTULO II 
DA SEGURIDADE SOCIAL 
 
Seção I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes 
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à 
assistência social. 
 
Atenção! Lembre-se: Seguridade Social = SAP - Saúde + Assistência + Previdência. 
 
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com 
base nos seguintes objetivos: 
 
I - universalidade da cobertura e do atendimento; 
 
Nota: Universalidade da cobertura e do atendimento– significa que a seguridade social tem por 
objetivo atender a todos infortúnios previstos na legislação, tais como o falecimento do segurado, 
acidente de trabalho, idade avançada, entre outros. Permite-se o acesso de todas pessoas às 
prestações oferecidas pela seguridade, quando atendidos os requisitos legais (especialmente em 
relação à previdência social). 
 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; 
 
Nota: Uniformidade refere-se às modalidades de auxílio em caso de ocorrência de infortúnios 
sociais, que devem ser cobertas pelos benefícios (pagamentos feitos aos segurados e dependentes 
pelo sistema de seguridade social). A equivalência trata da igualdade de valores a serem pagos para 
à população, sem diferenças em decorrência de se originarem de trabalho urbano ou rural. 
 
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
 
Nota: Seletividade – selecionam-se as prioridades de acordo com a disponibilidade orçamentária da 
seguridade social. Os benefícios e serviços não são pagos ou prestados de forma infinita e sem 
critérios, mas escolhidos diante da necessidade e da possibilidade orçamentária. 
 
Distributividade – este princípio trata da distribuição de renda. Enfatiza a face social da seguridade, 
que deve priorizar pessoas com menor renda. 
 
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; 
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V - eqüidade na forma de participação no custeio; 
 
Nota: Equidade neste caso traduz o princípio da igualdade material (art. 5º, caput, da CF/88). A 
contribuição deve ser de acordo com a condição financeira de cada contribuinte: por exemplo, a 
legislação já prevê a aplicação de alíquotas de contribuição gradativas, em conformidade com o 
salário recebido (11%, 9% e 8%). Quanto maior o salário, maior a alíquota. 
 
VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis específicas para 
cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social, 
preservado o caráter contributivo da previdência social; (Modificado pela Emenda Constitucional nº 
103/2019) 
 
Nota: Diversidade na base de financiamento - o custeio da seguridade deve advir de várias fontes – 
neste sentido o art. 195 abaixo. 
 
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com 
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos 
colegiados. 
 
Nota: Caráter democrático – conforme previsto pelo próprio inciso que trata deste princípio, a 
seguridade será gerida de forma democrática, com a participação de todos interessados: 
trabalhadores, empregadores, aposentados e Governo. 
 
Nota: Caráter descentralizado - Descentralização é a transferência da execução das atividades 
próprias do Estado para entidades criadas com esta finalidade, que compõem a Administração 
Indireta. Lembre-se que INSS é uma autarquia federal. 
 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos 
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 
 
Nota: "É legítima a incidência da contribuição previdenciária sobre o 13º salário." (Súmula 688 do 
STF) 
 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à 
pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
 
b) a receita ou o faturamento; 
 
c) o lucro; 
 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas 
progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre 
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aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social; (Modificado pela 
Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. 
 
Nota: concurso de prognósticos – são os sorteios com números: as loterias e demais jogos. 
 
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 
 
§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social 
constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. 
 
§ 2º - A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos 
responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e 
prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de 
seus recursos. 
 
§ 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, 
não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou 
creditícios. 
 
§ 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da 
seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. 
 
§ 5º - Nenhum benefício ou serviçoda seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido 
sem a correspondente fonte de custeio total. 
 
Nota: Este é o “princípio da pré-existência do custeio em relação ao benefício” – Não é possível criar 
ou majorar qualquer benefício sem a fonte de custeio. 
 
§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos 
noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes 
aplicando o disposto no art. 150, III, "b". 
 
Nota: Princípio da noventena. 
 
Atenção! “Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao 
princípio da anterioridade." (Súmula 669 do STF) 
 
§ 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência 
social que atendam às exigências estabelecidas em lei. 
 
Nota: Portanto, não é qualquer entidade beneficente de assistência social que será isenta. É 
necessário ainda atender aos requisitos estabelecidos em lei ordinária. 
 
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§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os 
respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem 
empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma 
alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da 
lei. 
 
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas 
diferenciadas em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da 
empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, sendo também autorizada a adoção de 
bases de cálculo diferenciadas apenas no caso das alíneas "b" e "c" do inciso I do caput. (Modificado 
pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
Nota: Expressa o princípio da equidade da participação no custeio. 
 
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações 
de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para 
os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos. 
 
§ 11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo superior a 60 (sessenta) meses e, na forma 
de lei complementar, a remissão e a anistia das contribuições sociais de que tratam a alínea "a" do 
inciso I e o inciso II do caput. (Modificado pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na 
forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. 
 
§ 13. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 103/2019). 
 
§ 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição ao Regime Geral de 
Previdência Social a competência cuja contribuição seja igual ou superior à contribuição mínima 
mensal exigida para sua categoria, assegurado o agrupamento de contribuições. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
Seção II 
DA SAÚDE 
 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e 
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
 
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, 
nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser 
feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. 
 
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e 
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
 
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I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
 
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços 
assistenciais; 
 
III - participação da comunidade. 
 
§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento 
da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras 
fontes. 
 
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e 
serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados 
sobre: 
 
I – no caso da União, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no § 3º; 
 
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se 
refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas 
as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; 
 
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se 
refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º. 
 
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá: 
 
I – os percentuais de que trata o § 2º; 
 
II – os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, 
objetivando a progressiva redução das disparidades regionais; 
 
III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, 
estadual, distrital e municipal; 
 
IV – as normas de cálculo do montante a ser aplicado pela União. 
 
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde 
e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza 
e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação. . 
 
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para 
os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente 
de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira 
complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido 
piso salarial. 
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§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição Federal, o 
servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de 
combate às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos 
específicos, fixados em lei, para o seu exercício. 
§ 7º O vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias fica 
sob responsabilidade da União, e cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer, 
além de outros consectários e vantagens, incentivos, auxílios, gratificações e indenizações, a fim de 
valorizar o trabalho desses profissionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022) 
§ 8º Os recursos destinados ao pagamento do vencimento dos agentes comunitários de saúde e 
dos agentes de combate às endemias serão consignados no orçamento geral da União com dotação 
própria e exclusiva. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022) 
§ 9º O vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias não 
será inferior a 2 (dois) salários mínimos, repassados pela União aos Municípios, aos Estados e ao 
Distrito Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022) 
§ 10. Os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate às endemiasterão também, em 
razão dos riscos inerentes às funções desempenhadas, aposentadoria especial e, somado aos seus 
vencimentos, adicional de insalubridade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022) 
§ 11. Os recursos financeiros repassados pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios 
para pagamento do vencimento ou de qualquer outra vantagem dos agentes comunitários de saúde 
e dos agentes de combate às endemias não serão objeto de inclusão no cálculo para fins do limite 
de despesa com pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022) 
§ 12. Lei federal instituirá pisos salariais profissionais nacionais para o enfermeiro, o técnico de 
enfermagem, o auxiliar de enfermagem e a parteira, a serem observados por pessoas jurídicas de 
direito público e de direito privado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 124, de 2022) 
§ 13. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, até o final do exercício financeiro em 
que for publicada a lei de que trata o § 12 deste artigo, adequarão a remuneração dos cargos ou dos 
respectivos planos de carreiras, quando houver, de modo a atender aos pisos estabelecidos para 
cada categoria profissional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 124, de 2022) 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
 
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, 
segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as 
entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
 
§ 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições 
privadas com fins lucrativos. 
 
§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência 
à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. 
 
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§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e 
substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, 
processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de 
comercialização. 
 
Nota: Art. muito cobrado nos concursos. Fique atento! O Plenário do STF, no julgamento da ADI 
3.510, declarou a constitucionalidade do art. 5º da Lei 11.105/2005 (Lei de Biossegurança), por 
entender que as pesquisas com células-tronco embrionárias não violam o direito à vida ou o princípio 
da dignidade da pessoa humana. 
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: 
 
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar 
da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; 
 
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; 
 
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; 
 
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; 
 
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico; 
 
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como 
bebidas e águas para consumo humano; 
 
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias 
e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
 
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. 
 
Seção III 
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, 
de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio 
financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a: (Modificado pela Emenda Constitucional nº 
103/2019) 
 
Nota: “É firme a jurisprudência do STF, ‘o aposentado tem direito adquirido ao quantum de seus 
proventos calculado com base na legislação vigente ao tempo da aposentadoria, mas não aos 
critérios legais com base em que esse quantum foi estabelecido, pois não há direito adquirido a 
regime jurídico’ (RE 92.511, Moreira Alves, RTJ 99/1267).” (AI 145.522-AgR, Rel. Min. Sepúlveda 
Pertence, julgamento em 15-12-1998, Primeira Turma, DJ de 26-3-1999.) 
 
I - cobertura dos eventos de incapacidade temporária ou permanente para o trabalho e idade 
avançada; (Modificado pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
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II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; 
 
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; 
 
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; 
 
Nota: O auxílio-reclusão destina-se ao dependente do segurado (do preso, no caso). 
 
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, 
observado o disposto no § 2º. 
 
§ 1º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios, 
ressalvada, nos termos de lei complementar, a possibilidade de previsão de idade e tempo de 
contribuição distintos da regra geral para concessão de aposentadoria exclusivamente em favor dos 
segurados: (Modificado pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
I - com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe 
multiprofissional e interdisciplinar; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
II - cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos 
prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria 
profissional ou ocupação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
Nota: A aposentadoria especial, devida aos trabalhadores sujeitos a condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou a integridade física, está prevista no art. 57 e 58 da Lei nº 8.213/91. 
 
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do 
segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. 
 
Nota: § muito cobrado nos concursos. 
 
§ 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente 
atualizados, na forma da lei. 
 
§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o 
valor real, conforme critérios definidos em lei. 
 
§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, 
de pessoa participante de regime próprio de previdência. 
 
Nota: Por exemplo, o servidor público federal, na forma regida pela Lei nº 8.112/90, que tem um 
regime próprio de previdência, não poderá ser segurado facultativo no Regime Geral de Previdência 
Social. 
 
§ 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do 
mês de dezembro de cada ano. 
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§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, 
obedecidas as seguintes condições: 
 
I - 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, 
observado tempo mínimo de contribuição; (Modificado pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
II - 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher, para 
os trabalhadores rurais e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, 
nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. (Modificado pela Emenda 
Constitucional nº 103/2019) 
 
Nota: § muito cobrado nos concursos. 
 
§ 8º O requisito de idade a que se refereo inciso I do § 7º será reduzido em 5 (cinco) anos, para o 
professor que comprove tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil 
e no ensino fundamental e médio fixado em lei complementar. (Modificado pela Emenda 
Constitucional nº 103/2019) 
 
Nota: § muito cobrado nos concursos. 
 
§ 9º Para fins de aposentadoria, será assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição 
entre o Regime Geral de Previdência Social e os regimes próprios de previdência social, e destes 
entre si, observada a compensação financeira, de acordo com os critérios estabelecidos em lei. 
(Modificado pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
Nota: Portanto é garantida a contagem recíproca do tempo de contribuição do segurado em cada 
regime, compensando-se os sistemas na forma da lei. 
 
§ 9º-A. O tempo de serviço militar exercido nas atividades de que tratam os arts. 42, 142 e 143 e o 
tempo de contribuição ao Regime Geral de Previdência Social ou a regime próprio de previdência 
social terão contagem recíproca para fins de inativação militar ou aposentadoria, e a compensação 
financeira será devida entre as receitas de contribuição referentes aos militares e as receitas de 
contribuição aos demais regimes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
§ 10. Lei complementar poderá disciplinar a cobertura de benefícios não programados, inclusive os 
decorrentes de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo Regime Geral de 
Previdência Social e pelo setor privado. (Modificado pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito 
de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da 
lei. 
 
§ 12. Lei instituirá sistema especial de inclusão previdenciária, com alíquotas diferenciadas, para 
atender aos trabalhadores de baixa renda, inclusive os que se encontram em situação de 
informalidade, e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico 
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no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda. (Modificado pela 
Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
§ 13. A aposentadoria concedida ao segurado de que trata o § 12 terá valor de 1 (um) salário-mínimo. 
(Modificado pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
§ 14. É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão dos benefícios 
previdenciários e de contagem recíproca. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
§ 15. Lei complementar estabelecerá vedações, regras e condições para a acumulação de benefícios 
previdenciários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
§ 16. Os empregados dos consórcios públicos, das empresas públicas, das sociedades de economia 
mista e das suas subsidiárias serão aposentados compulsoriamente, observado o cumprimento do 
tempo mínimo de contribuição, ao atingir a idade máxima de que trata o inciso II do § 1º do art. 40, 
na forma estabelecida em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma 
autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na 
constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar. 
 
Nota: Definição muito cobrada nos concursos, especialmente quanto aos termos em itálico. 
 
§ 1° A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de benefícios 
de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus 
respectivos planos. 
 
Nota: Princípio do direito à informação. 
 
§ 2° As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos 
estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram 
o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não 
integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei. 
 
Nota: Portanto, não se trata de contrato de natureza trabalhista. Por meio de decisão prolatada nos 
autos do RE 586.453, o STF entendeu que compete à Justiça Comum o julgamento das ações que 
versem sobre a complementação e aposentadoria. Para aprofundamento do estudo, veja referida 
decisão no site do STF. 
 
§ 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista 
e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese 
alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado. 
 
Nota: § muito cobrado nos concursos. 
 
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§ 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, 
inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta 
ou indiretamente, enquanto patrocinadores de planos de benefícios previdenciários, e as entidades 
de previdência complementar. (Modificado pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
§ 5º A lei complementar de que trata o § 4º aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas 
permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de 
planos de benefícios em entidades de previdência complementar. (Modificado pela Emenda 
Constitucional nº 103/2019) 
 
§ 6º Lei complementar estabelecerá os requisitos para a designação dos membros das diretorias das 
entidades fechadas de previdência complementar instituídas pelos patrocinadores de que trata o § 
4º e disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus 
interesses sejam objeto de discussão e deliberação. (Modificado pela Emenda Constitucional nº 
103/2019) 
 
Seção IV 
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de 
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: 
 
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; 
 
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
 
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua 
integração à vida comunitária; 
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao 
idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por 
sua família, conforme dispuser a lei. 
 
VI - a redução da vulnerabilidade socioeconômica de famílias em situação de pobreza ou de extrema 
pobreza. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021) 
 
Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do 
orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com 
base nas seguintes diretrizes: 
 
I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera 
federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, 
bem como a entidades beneficentes e de assistência social; 
 
II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas 
e no controle das ações em todos os níveis. 
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Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio à 
inclusão e promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, vedadaa 
aplicação desses recursos no pagamento de: 
 
I - despesas com pessoal e encargos sociais; 
 
II - serviço da dívida; 
 
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações 
apoiados. 
 
LEI Nº 8.212/91 
 
Atenção! Fato importante sobre a reforma previdenciária! 
 
Entenda que existe o princípio da supremacia da Constituição. A Constituição é a norma mais 
relevante do sistema legal brasileiro e, portanto, qualquer legislação que apresente termos 
conflitantes com seus termos não terá validade. No caso, a doutrina considera que a legislação 
anterior às mudanças constitucionais, como no caso da Emenda Constitucional nº 103/19, não foram 
recepcionadas pela ordem constitucional vigente. Em outras palavras, toda legislação que seja 
conflitante com a atual redação da Constituição Federal, não será válida. 
 
TÍTULO I 
CONCEITUAÇÃO E PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
 
Art. 1º A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes 
públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à 
assistência social. 
Parágrafo único. A Seguridade Social obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes: 
 
a) universalidade da cobertura e do atendimento; 
 
b) uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; 
 
c) seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
 
d) irredutibilidade do valor dos benefícios; 
 
e) eqüidade na forma de participação no custeio; 
 
f) diversidade da base de financiamento; 
 
g) caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa com a participação da 
comunidade, em especial de trabalhadores, empresários e aposentados. 
 
 
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TÍTULO II 
DA SAÚDE 
 
Art. 2º A Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e 
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
 
Parágrafo único. As atividades de saúde são de relevância pública e sua organização obedecerá aos 
seguintes princípios e diretrizes: 
 
a) acesso universal e igualitário; 
 
b) provimento das ações e serviços através de rede regionalizada e hierarquizada, integrados em 
sistema único; 
 
c) descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
 
d) atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas; 
 
e) participação da comunidade na gestão, fiscalização e acompanhamento das ações e serviços de 
saúde; 
 
f) participação da iniciativa privada na assistência à saúde, obedecidos os preceitos constitucionais. 
 
TÍTULO III 
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 3º A Previdência Social tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de 
manutenção, por motivo de incapacidade, idade avançada, tempo de serviço, desemprego 
involuntário, encargos de família e reclusão ou morte daqueles de quem dependiam 
economicamente. 
 
Parágrafo único. A organização da Previdência Social obedecerá aos seguintes princípios e 
diretrizes: 
 
a) universalidade de participação nos planos previdenciários, mediante contribuição; 
 
b) valor da renda mensal dos benefícios, substitutos do salário-de-contribuição ou do rendimento do 
trabalho do segurado, não inferior ao do salário mínimo; 
 
c) cálculo dos benefícios considerando-se os salários-de-contribuição, corrigidos monetariamente; 
 
d) preservação do valor real dos benefícios; 
 
e) previdência complementar facultativa, custeada por contribuição adicional. 
 
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TÍTULO IV 
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 4º A Assistência Social é a política social que provê o atendimento das necessidades básicas, 
traduzidas em proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à velhice e à pessoa 
portadora de deficiência, independentemente de contribuição à Seguridade Social. 
 
Parágrafo único. A organização da Assistência Social obedecerá às seguintes diretrizes: 
 
a) descentralização político-administrativa; 
 
b) participação da população na formulação e controle das ações em todos os níveis. 
 
 
TÍTULO V 
DA ORGANIZAÇÃO DA SEGURIDADE SOCIAL 
 
Art. 5º As ações nas áreas de Saúde, Previdência Social e Assistência Social, conforme o disposto 
no Capítulo II do Título VIII da Constituição Federal, serão organizadas em Sistema Nacional de 
Seguridade Social, na forma desta Lei. 
 
Art. 6º (Revogado pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001). 
 
Art. 7º (Revogado pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001). 
 
Art. 8º As propostas orçamentárias anuais ou plurianuais da Seguridade Social serão elaboradas por 
Comissão integrada por 3 (três) representantes, sendo 1 (um) da área da saúde, 1 (um) da área da 
previdência social e 1 (um) da área de assistência social. 
 
Art. 9º As áreas de Saúde, Previdência Social e Assistência Social são objeto de leis específicas, que 
regulamentarão sua organização e funcionamento. 
 
Decreto nº 3.048/99 
 
LIVRO I 
DA FINALIDADE E DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS 
 
TÍTULO I 
DA SEGURIDADE SOCIAL 
 
Art. 1º A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes 
públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à 
assistência social. 
 
Parágrafo único. A seguridade social obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes: 
 
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I - universalidade da cobertura e do atendimento; 
 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; 
 
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
 
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios, de forma a preservar-lhe o poder aquisitivo; 
 
V - eqüidade na forma de participação no custeio; 
 
VI - diversidade da base de financiamento; e 
 
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com 
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do governo nos órgãos 
colegiados. 
 
TÍTULO II 
DA SAÚDE 
 
Art. 2º A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e 
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
 
Parágrafo único. As atividades de saúde são de relevância pública, e sua organização obedecerá 
aos seguintes princípios e diretrizes: 
 
I - acesso universal e igualitário; 
 
II - provimento das ações e serviços mediante rede regionalizada e hierarquizada, integrados em 
sistema único; 
 
III - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
 
IV - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas; 
 
V - participação da comunidade na gestão, fiscalização e acompanhamento das ações e serviços de 
saúde; e 
 
VI - participação da iniciativa privada na assistência à saúde, em obediência aos preceitos 
constitucionais. 
 
 
 
 
 
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TÍTULO III 
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 3º A assistência social é a política social que provê o atendimento das necessidades básicas, 
traduzidas em proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à velhice e à pessoa 
portadora de deficiência, independentemente de contribuição à seguridade social. 
 
Parágrafo único. A organização da assistência social obedecerá às seguintes diretrizes: 
 
I - descentralização político-administrativa; e 
 
II - participação da populaçãona formulação e controle das ações em todos os níveis. 
 
TÍTULO IV 
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 4º A previdência social rege-se pelos seguintes princípios e objetivos: 
 
I - universalidade de participação nos planos previdenciários; 
 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; 
 
 III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios; 
 
IV - cálculo dos benefícios considerando-se os salários-de-contribuição corrigidos monetariamente; 
 
V - irredutibilidade do valor dos benefícios, de forma a preservar-lhe o poder aquisitivo; 
 
VI - valor da renda mensal dos benefícios substitutos do salário-de-contribuição ou do rendimento 
do trabalho do segurado não inferior ao do salário mínimo; e 
 
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com 
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do governo nos órgãos 
colegiados. 
 
Art. 5º A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e 
de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e 
atenderá a: 
 
I - cobertura de eventos de incapacidade temporária ou permanente para trabalho e idade 
avançada; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020) 
 
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; 
 
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; 
 
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IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; e 
 
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes. 
 
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Legislação Previdenciária: Conteúdo, fontes, autonomia 
 
Conteúdo 
 
Em primeiro plano cumpre destacar que o Direito Previdenciário não tem o mesmo objeto do Direito 
da Seguridade Social! Lembre-se disto, pois as bancas costumam confundir o candidato sobre tais 
definições. 
 
Atenção! Seguridade Social = SAP Saúde + Assistência + Previdência. 
 
Segundo Miguel Horvath Júnior, em seu livro Direito Previdenciário (fls. 90): “O Sistema 
Previdenciário Brasileiro engloba o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), gerido e 
administrado pela Autarquia Federal denominada Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), os 
Regimes Próprios de Previdência (dos servidores públicos federais, dos militares, dos parlamentares, 
dos membros do Poder Judiciário, dos servidores dos Estados e Municípios) e a Previdência 
Complementar (aberta e fechada)”. 
 
Portanto, o Direito Previdenciário abrange o RGPS (regime geral da previdência social), regimes 
próprios de previdência e a previdência complementar. 
 
Tal ramo do Direito tem por finalidade prevenir e reparar determinados eventos previamente fixados 
pelo ordenamento jurídico, na forma do art. 201 e 202 da CF: 
 
Seção III 
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, 
de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio 
financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a: (Modificado pela Emenda Constitucional nº 
103/2019) 
 
Nota: “É firme a jurisprudência do STF, ‘o aposentado tem direito adquirido ao quantum de seus 
proventos calculado com base na legislação vigente ao tempo da aposentadoria, mas não aos 
critérios legais com base em que esse quantum foi estabelecido, pois não há direito adquirido a 
regime jurídico’ (RE 92.511, Moreira Alves, RTJ 99/1267).” (AI 145.522-AgR, Rel. Min. Sepúlveda 
Pertence, julgamento em 15-12-1998, Primeira Turma, DJ de 26-3-1999.) 
 
I - cobertura dos eventos de incapacidade temporária ou permanente para o trabalho e idade 
avançada; (Modificado pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; 
 
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; 
 
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; 
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Nota: O auxílio-reclusão destina-se ao dependente do segurado (do preso, no caso). 
 
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, 
observado o disposto no § 2º. 
§ 1º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios, 
ressalvada, nos termos de lei complementar, a possibilidade de previsão de idade e tempo de 
contribuição distintos da regra geral para concessão de aposentadoria exclusivamente em favor dos 
segurados: (Modificado pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
I - com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe 
multiprofissional e interdisciplinar; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
II - cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos 
prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria 
profissional ou ocupação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
Nota: A aposentadoria especial, devida aos trabalhadores sujeitos a condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou a integridade física, está prevista no art. 57 e 58 da Lei nº 8.213/91. 
 
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do 
segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. 
 
Nota: § muito cobrado nos concursos. 
 
§ 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente 
atualizados, na forma da lei. 
 
§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o 
valor real, conforme critérios definidos em lei. 
 
§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, 
de pessoa participante de regime próprio de previdência. 
 
Nota: Por exemplo, o servidor público federal, na forma regida pela Lei nº 8.112/90, que tem um 
regime próprio de previdência, não poderá ser segurado facultativo no Regime Geral de Previdência 
Social. 
 
§ 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do 
mês de dezembro de cada ano. 
 
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, 
obedecidas as seguintes condições: 
 
I - 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, 
observado tempo mínimo de contribuição; (Modificado pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
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II - 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher, para 
os trabalhadores rurais e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, 
nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. (Modificado pela Emenda 
Constitucional nº 103/2019) 
 
Nota: § muito cobrado nos concursos. 
 
§ 8º O requisito de idade a que se refere o inciso I do § 7º será reduzido em 5 (cinco) anos, para o 
professor que comprove tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil 
e no ensino fundamental e médio fixado em lei complementar. (Modificado pela Emenda 
Constitucional nº 103/2019) 
 
Nota: § muito cobrado nos concursos. 
 
§ 9º Para fins de aposentadoria, será assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição 
entre o Regime Geral de Previdência Social e os regimes próprios de previdência social, e destes 
entre si, observada a compensação financeira,de acordo com os critérios estabelecidos em lei. 
(Modificado pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
Nota: Portanto é garantida a contagem recíproca do tempo de contribuição do segurado em cada 
regime, compensando-se os sistemas na forma da lei. 
 
§ 9º-A. O tempo de serviço militar exercido nas atividades de que tratam os arts. 42, 142 e 143 e o 
tempo de contribuição ao Regime Geral de Previdência Social ou a regime próprio de previdência 
social terão contagem recíproca para fins de inativação militar ou aposentadoria, e a compensação 
financeira será devida entre as receitas de contribuição referentes aos militares e as receitas de 
contribuição aos demais regimes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
§ 10. Lei complementar poderá disciplinar a cobertura de benefícios não programados, inclusive os 
decorrentes de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo Regime Geral de 
Previdência Social e pelo setor privado. (Modificado pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito 
de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da 
lei. 
 
§ 12. Lei instituirá sistema especial de inclusão previdenciária, com alíquotas diferenciadas, para 
atender aos trabalhadores de baixa renda, inclusive os que se encontram em situação de 
informalidade, e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico 
no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda. (Modificado pela 
Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
§ 13. A aposentadoria concedida ao segurado de que trata o § 12 terá valor de 1 (um) salário-mínimo. 
(Modificado pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
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§ 14. É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão dos benefícios 
previdenciários e de contagem recíproca. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
§ 15. Lei complementar estabelecerá vedações, regras e condições para a acumulação de benefícios 
previdenciários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
§ 16. Os empregados dos consórcios públicos, das empresas públicas, das sociedades de economia 
mista e das suas subsidiárias serão aposentados compulsoriamente, observado o cumprimento do 
tempo mínimo de contribuição, ao atingir a idade máxima de que trata o inciso II do § 1º do art. 40, 
na forma estabelecida em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma 
autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na 
constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar. 
 
Nota: Definição muito cobrada nos concursos, especialmente quanto aos termos em itálico. 
 
§ 1° A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de benefícios 
de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus 
respectivos planos. 
 
Nota: Princípio do direito à informação. 
 
§ 2° As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos 
estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram 
o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não 
integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei. 
 
Nota: Portanto, não se trata de contrato de natureza trabalhista. Por meio de decisão prolatada nos 
autos do RE 586.453, o STF entendeu que compete à Justiça Comum o julgamento das ações que 
versem sobre a complementação e aposentadoria. Para aprofundamento do estudo, veja referida 
decisão no site do STF. 
 
§ 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista 
e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese 
alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado. 
 
Nota: § muito cobrado nos concursos. 
 
§ 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, 
inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta 
ou indiretamente, enquanto patrocinadores de planos de benefícios previdenciários, e as entidades 
de previdência complementar. (Modificado pela Emenda Constitucional nº 103/2019) 
 
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§ 5º A lei complementar de que trata o § 4º aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas 
permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de 
planos de benefícios em entidades de previdência complementar. (Modificado pela Emenda 
Constitucional nº 103/2019) 
 
§ 6º Lei complementar estabelecerá os requisitos para a designação dos membros das diretorias das 
entidades fechadas de previdência complementar instituídas pelos patrocinadores de que trata o § 
4º e disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus 
interesses sejam objeto de discussão e deliberação. (Modificado pela Emenda Constitucional nº 
103/2019) 
 
 
Fontes 
 
Fonte do direito é a forma em que se manifesta a norma jurídica: 
 
São fontes do Direito Previdenciário: 
Constituição (incluindo as emendas à Constituição que alteraram as disposições acerca do Direito 
Previdenciário); 
 
Leis Complementares e ordinárias; 
 
Atos Administrativos Normativos – enquadrados também como “leis em sentido amplo” (decretos, 
instruções, portarias, resoluções, instruções normativas, circulares, etc.); 
 
Jurisprudência; 
 
Doutrina 
 
Princípios Jurídicos; 
 
Usos e Costumes. 
 
 
Autonomia 
 
O Direito Previdenciário é considerado um ramo autônomo da ciência jurídica. Possui leis e princípios 
específicos, métodos particulares e divisão interna racionalmente adequada. Observe que o Direito 
Previdenciário possui regulamentação legal, fundamentos e princípios próprios, que o diferenciam 
do Direito da Seguridade Social (muito embora a previdência social seja um dos três pilares da 
seguridade social) e do Direito do Trabalho. 
 
A Constituição Federal de 1988, em seus art. 201 e 202, dispõe de forma específica sobre os 
princípios constitucionais da Previdência Social. As Leis nº 8.212 e 8.213, ambas de 1991, 
regulamentam infraconstitucionalmente (ou seja, abaixo da Constituição) a Previdência Social. 
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Também o Decreto nº 3.048 regulamenta a Previdência Social. Há também doutrina específica sobre 
o Direito Previdenciário. 
 
Todos esses elementos confirmam a tese de que o Direito Previdenciário é um ramo autônomo da 
ciência jurídica. 
 
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Aplicação das normas previdenciárias: Vigência, hierarquia, interpretação e 
integração 
 
Vigência 
 
Vigência de uma norma refere-se à sua entrada em vigor de forma abstrata. Cabe diferenciar 
vigência de eficácia: vigência, como explicado anteriormente, refere-se à entrada em vigor da lei em 
abstrato (no plano ideal), enquanto a eficácia refere-se à efetiva aplicação da lei no plano concreto, 
aos fatos. 
 
Quanto ao tema dispõe a Lei de Introdução Às Normas do Direito Brasileiro: 
 
Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois 
de oficialmente publicada. 
 
§ 1o Nos Estados,estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três 
meses depois de oficialmente publicada. 
 
Nota: Este prazo entre a publicação e início de vigência da lei é chamado de vacatio legis. 
 
§ 2o (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009). 
 
§ 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, 
o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. 
 
§ 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
 
Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou 
revogue. (Vide Lei nº 3.991, de 1961) 
 
§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela 
incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. 
 
§ 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga 
nem modifica a lei anterior. 
 
§ 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido 
a vigência. 
 
Vide Súmula nº 340 do STJ: A lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é aquela 
vigente na data do óbito do segurado. 
 
 
 
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Hierarquia 
 
No sistema jurídico há uma graduação das normas. As normas superiores hierarquicamente são o 
fundamento de validade das normas de escala inferior. Ou seja, para ter validade, a norma de 
hierarquia inferior deve estar em consonância (de acordo) com a norma de escala superior. 
Esta é a teoria do escalonamento das normas ou da pirâmide da hierarquia normativa, atribuída a 
Hans Kelsen (em seu livro Teoria Pura do Direito). 
 
Abaixo a posição hierárquica das normas: 
 
1ª - Constituição Federal (Incluídas as Emendas Constitucionais); 
2ª - Leis Complementares; 
3ª - Leis Ordinárias; 
4ª - Leis Delegadas; 
5ª - Medidas Provisórias; 
6ª - Decretos; 
7ª - Outros atos normativos (que são atos administrativos, lembre-se). 
 
Exemplificando: para ter validade uma lei ordinária deve estar em consonância (de acordo) com a 
norma constitucional. Caso a norma infraconstitucional (lei abaixo da Constituição – a lei ordinária é 
um exemplo) não tenha seus termos adstritos (em conformidade) ao fixado pela Constituição, esta 
lei será inconstitucional e não terá validade. 
 
Da mesma forma, um decreto, que tem posição na escala abaixo da lei ordinária, não pode ir de 
encontro (chocar-se) ao disposto nesta lei, sob pena de não ter validade. 
 
Interpretação 
 
Interpretar a norma jurídica significa buscar o real significado da regra e o seu efetivo alcance. 
 
São várias os métodos reconhecidos pela hermenêutica (ramo da ciência do Direito que analisa a 
interpretação das normas) para interpretação das leis: 
 
Interpretação gramatical – análise literal e isolada da norma jurídica, apenas com a utilização de 
regras gramaticais para tanto. 
 
Interpretação lógica – busca a razoabilidade na interpretação jurídica da norma, por meio de técnicas 
de lógica e bom senso. 
 
Interpretação histórica – utiliza o estudo das origens da lei e o seu contexto histórico para entender 
e encontrar o melhor alcance da norma. 
 
Interpretação sistemática – busca uma harmonização da norma com os diversos institutos jurídicos 
presentes no mesmo ramo do Direito. Utiliza-se neste método a integração da norma em análise aos 
demais artigos de lei e princípios conexos, ou seja, a norma não é analisada de forma isolada, mas 
como integrante de um sistema jurídico. 
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Interpretação teleológica – teleologia significa o estudo dos fins, da finalidade. Portanto, na 
interpretação teleológica busca-se a finalidade social pretendida pela norma jurídica. Busca-se 
adequar a interpretação aos efeitos que a norma objetiva alcançar. 
 
Interpretação conforme a constituição – em caso de várias possibilidades de interpretação da norma, 
segundo este método deve ser privilegiada aquela que demonstre maior conexão com os ditames 
constitucionais. 
 
Quanto ao resultado da interpretação: 
 
Interpretação restritiva – limita-se o alcance da norma, quando se entende que o legislador disse 
mais do que pretendia. 
 
Interpretação extensiva – aumenta-se o alcance da norma, quando se entende que o legislador disse 
menos do que pretendia. 
 
Interpretação declarativa – ocorre quando não há necessidade de aumento ou diminuição do 
alcance da regra jurídica. Apenas declara-se o exato significado e alcance da norma. 
 
 
Quanto à origem da interpretação: 
 
Interpretação autêntica – é aquela que advém do próprio órgão de que se originou a regra jurídica, 
que elabora uma nova norma apenas para explicitar o alcance daquela norma. 
 
Interpretação jurisprudencial – é a emanada pelos Tribunais, conforme as decisões proferidas nos 
conflitos trazidos ao Poder Judiciário. 
 
Interpretação doutrinária – é aquela que decorre das análises e estudos de pesquisadores e 
estudiosos do Direitos. 
 
 
Integração 
 
A integração do Direito trata do problema das lacunas normativas, ou “vazios legais”. São aquelas 
situações em que não há norma regendo as relações humanas e demais fatos com valor jurídico. 
Portanto, aplica-se a integração do Direito na hipótese de falta de regulamentação legal sobre 
determinada hipótese fática. 
 
Dispõe da seguinte forma o art. 4º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro: 
 
Art. 4. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os 
princípios gerais de direito. 
 
No mesmo sentido art. 140 do Código de Processo Civil: 
 
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Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento 
jurídico. 
 
Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei. 
 
Deste modo, ante a ausência de regulamentação legal sobre determinado tema, deve o juiz aplicar 
o Direito por meio de suas outras manifestações e por meio de técnicas de aplicação do Direito: 
analogia, costumes, princípios gerais de direito e, nos casos autorizados em lei, a equidade. 
 
Analogia – refere-se à aplicação de uma norma que rege um fato análogo (semelhante) àquele que 
não tem amparo legal. 
 
Costumes – é uma ação comum e reiterada de determinado grupo ou comunidade, que passa a 
considerá-la como obrigatória. Cria-se uma “consciência coletiva” de validade de tal conduta, que 
passa a ser obrigatória. 
 
Princípios gerais de Direito – são os pilares de todo o sistema jurídico. Muitos deles estão contidos 
na própria Constituição Federal (ou seja, estes princípios têm base legal, que é a própria 
Constituição), tal como o princípio da igualdade material. 
 
Equidade – há duas formas de interpretação da equidade: a primeira trata da possibilidade de 
interpretação da norma jurídica de acordo com os fatos ocorridos, buscando a forma mais justa 
possível de interpretação; a segunda trata de efetiva criação de parâmetros para julgamento de 
determinado fato sem amparo legal, sempre procurando a forma mais justa de resolver o conflito. 
 
 
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Regime Geral de Previdência Social: Segurados obrigatórios 
 
LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991 
 
TÍTULO III 
DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
Capítulo I 
DOS BENEFICIÁRIOS 
 
Art. 10. Os beneficiários do Regime Geral de Previdência Social classificam-se como segurados e 
dependentes, nos termos das Seções I e II deste capítulo. 
 
Seção I 
Dos Segurados 
 
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes

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