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BBPM VI – Imuno – Alex Machado 1 Talita Navarro – T5 Imunologia a Microorganismos Virais e Bacterianos ABBAS: Vírus são os microrganismos intracelulares obrigatórios que utilizam os componentes do ácido nucleico e a maquinaria da síntese de proteínas do hospedeiro para se replicar e se espalhar. Sendo assim, os vírus infectam diversos tipos de células, utilizando moléculas de superfície como receptores para entrar nas células, onde causam lesão tecidual e doença por uma série de mecanismos. A replicação viral interfere na síntese de proteína e na função das células normais, culminando em um quadro de lesão e, por fim, à morte/lise da célula infectada, o que faz com que o processo seja considerado uma infecção lítica. Os vírus também podem causar infecções latentes. Respostas imunes inatas e adaptativas contra os vírus têm como objetivo bloquear a infecção e eliminar as células infectadas. Assim sendo, a infecção é prevenida por interferons do tipo I como parte da imunidade inata e os anticorpos neutralizantes contribuem para a imunidade adaptativa. Uma vez que a infecção é estabelecida, as células infectadas são eliminadas pelas células NK na resposta inata e pelos CTL na resposta adaptativa. RESPOSTA IMUNIDADE INATA AOS VÍRUS: → No processo imune inato há um conjunto de receptores que são associados a detecção de Padrões Moleculares Associados a Patógenos (PUMPS) e que estão presentes nos vírus: os ácidos nucleicos, basicamente, ou seja, o material genético do tipo DNA (fita dupla) ou RNA (fita simples). → O reconhecimento desses materiais genéticos (capsídeos, por exemplo) envolve dois tipos de receptores citoplasmáticos: do tipo Toll Like Receptor (TLR) Endossomais (TLR3 para fita dupla; TLR7 e 8 para fitas simples e TLR9 para DNA de fitas metiladas) e dos tipo RIG (detectam RNA viral), DAI e MDA-5 → O reconhecimento via receptores do tipo TLR irá desencadear uma ativação dos receptores do tipo RIG e uma sinalização via MyD88 → culmina na ativação do fator de transcrição NFK-β → ativa genes que desencadeiam o processo inflamatório agudo pela produção de citocinas pró inflamatórias do tipo TNF-α, IL-1B, IL-6, além de quimiocinas do tipo CCL2, CXCL8, bem como moléculas de adesão (integrinas, E-selectinas, P-selectinas) que aumentam a capacidade da diapedese celular e moléculas coestimulatórias (CD80 e CD86), estimulando, portanto, a resposta imune adaptativa → Paralelamente, a expressão de outros receptores quinases, via sinalização TRIF/IRAK também estimulam a produção de fatores de transcrição de interferons (IFN), sobretudo do tipo I, ou seja desencadeia a leitura do RNA resultando na produção da proteína IFN α/β → esses peptídeos levam a ativação do estado antiviral, já que sinalizam sobre essa alerta viral tanto para a própria célula produtora de IFN, como para as células adjacentes → trata-se de um mecanismo no qual as células são estimuladas a diminuírem o seu metabolismo e seus receptores de superfície, para que diminua as possibilidades da penetração viral e, assim, tenta dificultar a multiplicação desses vírus, já que, como eles são parasitas intracelular obrigatórios, só conseguem se reproduzir se entrarem dentro da célula. RESUMO: PROCESSO NATURAL DE INFECÇÃO VIRAL → Vírus se liga à superfície da membrana através de receptores → forma-se um endossomo ou há uma migração direta viral para o interior → liberação do material genético/capsídeo para o interior, para que ocorra a replicação → Esse material genético pode ser identificado pelos TLR ou pelos receptores dos tipos RIG, DAI e MDA-5 → esses receptores são ativados → desencadeiam cascata de sinalização que ativam os fatores de ativação (IRF1, IRF3 e IRF7) → células expressam IFN do tipo 1 (IFN-α e/ou IFN-β) e outras quimiocinas, além de citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-1B, IL-6), importantes para a ativação e sinalização do processo inflamatório → Todo esse processo de expressão se trata de uma cascata que pode ser mediada por várias proteínas quinases, como MyD88, TRIF, TRAF, MAVS BBPM VI – Imuno – Alex Machado 2 Talita Navarro – T5 INTERFERÓNS (IFN) IFN TIPO I IFN TIPO II Característica IFN α IFN β IFN γ Estrutura Proteíca Glicoproteíca Glicoproteíca Produzido por Leucócitos infectados Fibroblastos infectados Linfócitos TCD4 e Células NK Agente indutor Respondem à detecção de material viral genético (pelos receptores endossomais – TLR – ou citoplasmáticos – RIG), sobretudo RNA de dupla fita → ativam o Estado Antiviral Presença de antígenos virais/ mitógenos → célula apresentadora de antígeno (APC) apresenta via MHC à célula T, ativando-a ao padrão TH1 e produza IFN γ OU quando NK têm contato com célula infectada/ patógenos Principal função Estabelecer estado antiviral: diminuir metabolismo celular e receptores de membrana → diminuir possibilidades de penetração nas células vizinhas e infectadas; diminuir a capacidade reprodutiva viral (bloquear material genético) Modula sistema imune: ativa macrófago, aumenta espécies reativas de O2 (NO3); ativa linfócitos B para a produção de anticorpos IgG Portanto, após a penetração viral e reconhecimento viral através dos receptores TLR e RIGs principalmente, há a ativação da produção desses INF do tipo 1. Com isso, a Ativação do Estado Antiviral ocorre, basicamente, por meio de três meios: 1. Após serem liberados, os IFN são captados pelas células vizinhas não infectadas possuem receptores para esses IFN → através da ativação de várias vias que envolvem, inclusive, aumento nos receptores de PK → ocorre ativação do RNA de dupla fita → fosforila fatores de transcrição EIF2α → inibição da síntese proteica viral → sem proteínas para montar as partículas virais ocorre redução na reprodução viral. 2. Ocorre aumento da enzima Sintetase de OligoA → ativação do RNA de dupla fita → produção de RNAses, enzimas as quais degradam o RNA viral → sem material genético, vírus não consegue se replicar 3. Há ativação de cascatas de proteínas, incluindo as GTPases, ativam e resultam em uma multimerização proteica → inibição da expressão gênica viral e da montagem de vírions, já que há uma diminuição na capacidade energética celular em produzir proteínas. Todo esse estado antiviral deveria ser o suficiente para impedir o progresso e a reprodução das partículas virais, no entanto, tem-se que as partículas virais desenvolvem uma série de mecanismos de fuga e adaptações virais a esses mecanismos de controle da infecção, sobretudo, de fuga à resposta imune inata → Bloqueio de receptores PK que induziriam a ativação do Estado Antiviral → Controle dos fatores de crescimento e sinalização celular para impedir que haja Estado Antiviral na célula – vírus da hepatite C produz um PUMP que é capaz de se ligar à algumas proteínas fazendo com que a mitocôndria aumente a produção energética e produza enzimas que sinalizem o bloqueio de proteínas que inibem estado antiviral → Produção de proteínas que medeiam e regulam a expressão gênica desses estados antivirais → Produção de proteínas que clivam os TL-3 e impedem sua sinalização tanto de IFN-γ como de IL-1, bloqueando essas BBPM VI – Imuno – Alex Machado 3 Talita Navarro – T5 citocinas no espaço extracelular, impedindo que ela chegue em novas células → impede sinalização e não há uma função (POX vírus) → Estímulo à reorganização celular, com diminuição das RNAses replicação do material genético do vírus de fita simples PROTAGONISMO DAS CÉLULAS NATURAL KILLER (NK) Ao detectar células infectadas com os vírus, as células NK liberam grânulos, os quais destroem as células infectadas, por meio do seguinte processo: Célula normal (células dendríticas) usualmente apresenta MHC do tipoI com peptídeos próprios e expressa constantemente um ligante de ativação, a célula NK apresenta um receptor inibitório e um receptor de ativação, o qual se liga ao ligante de ativação. No entanto, se o receptor inibitório reconhecer o MHC do tipo I e o peptídeo, NÃO ocorrerá lise, pois a célula NK identificará que essa célula estará apresentando antígenos próprios normalmente: estímulo de sobrevivência + inibitório. → Em células infectadas, o vírus, usualmente, estimula que as células diminuam sua expressão de MHC, já que, dessa forma, são menos reconhecidas (se expressar MHC do tipo 1, por exemplo, pode ser reconhecida por célula do tipo TCD8, que irá degranular sobre ela e fazer com que ela seja destruída ou entre em apoptose, por exemplo). Assim, só há ligação entre o receptor de ativação e o ligante de ativação. Como esse receptor não sofre antagonismo do receptor inibitório (desativado), as células NK são ativadas. OBS: Há, atualmente, partículas virais que se adaptaram e que estimulam o carreamento, atualmente, da expressividade do MHC de classe I, porém, bloqueia que esse MHC carregue peptídeos virais na fenda, logo, não há estímulos da fenda NK nem lise, permitindo a perfeita replicação viral. → Secreta citocinas importantes para resposta imune adaptativa do tipo Th1 (INF γ), que estimula as células envolvidas nesse padrão, macrófagos, além de incentivarem a expressão de TNF- α, outras quimiocinas e diversas citocinas. Com isso, ocorre retroalimentação para a transcrição de genes importantes para a manutenção das células NK. Após reconhecer essa célula infectada, grânulos são jogados na superfície dessa célula, destruindo-as AÇÃO DO SISTEMA COMPLEMENTO NOS VÍRUS → Tem como protagonismo principal o desenvolvimento da inflamação, por meio do C3a, além da criação da opsonização/criação e opsoninas, por meio do depósito de C3b ou de anticorpos na superfície, para serem detectados e haja a opsonização/fagocitose pelos fagócitos. → As manoses e os receptores de lectina podem se ligar a mais de um vírus formando agregações, as quais impedem que o vírus penetre nas células, logo, não há replicação viral. → Há a lise viral por conta da produção do Complexo de Ataque à Membrana (MAC), o que acontece em menores proporções, já que a partícula viral não possui citoplasma, mas o MAC faz com que a estrutura fique instável e seja rompido, liberando material genético e destruindo sua estrutura compacta, o que faz com que partícula viral perca sua capacidade infectiva MECANISMOS DE EVASÃO: O sistema imunológico enfrenta algumas dificuldades em estabelecer uma defesa efetiva contra esses microorganismos, sendo uma delas, os mecanismos de evasão desenvolvidos pelas partículas virais. → Herpes Simples Vírus (HSV): são capazes de inibir a apresentação de antígenos, além de agir na inibição da proteína TAP, a qual regula o acesso das proteínas do proteossomo, para que entrem na fenda do MHC; Com isso, produz-se proteínas que inibem a capacidade de transporte da TAP, ou seja, impedem que a TAP libere a entrada de proteínas na fenda, logo, o MHC não apresenta as proteínas virais. Ele, assim com outras espécies virais, produz vírus da varíola, inibem o vírus do fator B, logo, não ocorre a deposição desse fator, o que faz com que a cascata do sistema complemento seja bloqueada, sobretudo na via alternativa → Citomegalovírus (CMV) inibem a apresentação de antígenos e a atividade do proteossomo; removem moléculas de MHC de classe I do Retículo Endoplasmático. A espécie que ataca a espécie humana produz uma proteína capaz de clivar e inibir a deposição de C1, logo, não desencadeia a cascata de ativação da via clássica do complemento → Epstein-Barr são capazes de inibir a apresentação de antígenos e a atividade do proteossomo → Outros produzem proteínas para fugir do fagolisossoma, de modo que não haja lise de seu material e de sua estrutura Em suma, RESPOSTA IMUNE INATA VIRAL ocorre por meio da produção de INF do tipo I na ativação do estado anti viral e da ativação das células NK RESPOSTA IMUNE ADAPTATIVA AOS VÍRUS – semelhante a protozoários Inicia-se em torno de 4, 7 dias após a infecção viral, sendo que esse período depende das variações virais, o que deve ser considerado antes de pedir testes para diagnosticar infecções virais (Testes de Elisa só detectam anticorpos de casos agudos – IgM – após um período próximo a uma semana e não menos que isso; BBPM VI – Imuno – Alex Machado 4 Talita Navarro – T5 assim, para sintomas com duração de 1/3 dias, deve ser requisitado testes que rastreiam o antígeno – e não o anticorpo – como proteína NS1 da dengue, Reação em Cadeia de Polimerase). Ocorre, basicamente, por meio de: → Células dendríticas captam vírus e migram para vasos sanguíneos próximos. Migram para a circulação linfática e de direcionam ao linfonodo, para que possam apresentar às células → APC apresenta antígenos à células T naive (TCD4) através de MHC de classe II, ativando-as → Células TCD4 são estimuladas pelo padrão Th1 e começam a produzir IL-12, autoalimentando os autoreceptores de IL-12, o que desencadeia um processo de expansão clonal que forma um grupo de células T efetoras (que eliminará as células alvo, infectadas) e outro grupo de células de memória (o mesmo ocorre com as células B). Esse padrão de resposta produz como citocina característica o INF-γ, importante para a produção de macrófagos e de produção de anticorpos, através da sinalização por meio de duas vias: STAT1 e STAT4. → As células T, ao serem ativadas, acabam desencadeando uma ativação mútua do macrófago, através das vias clássicas dos macrófagos. Essa via atua na produção de reativos de oxigênio, além de estimular a produzir IgG, importante na ativação do complemento e facilitam a opsonização por macrófagos. → Os macrófagos, portanto, aumentam, ainda mais, a produção de citocinas → recrutam mais leucócitos, neutrófilos, monócitos, células T. Assim, pode-se dizer que os macrófagos realizam o papel de regulação desse processo de eliminação, de modo que, se não há processo de retroalimentação para as células T, elas deixam de atuar e passam a morrer pelo processo de apoptose OBS: Ainda que não haja grandes circulações de anticorpos pós vacina, isso NÃO significa que a vacina NÃO foi eficiente. O importante é que tenha sido criada células de memória, tanto TCD4 quanto TCD8, para que, em um contato posterior com a doença a defesa seja agilizada RESPOSTA IMUNE ADQUIRIDA HUMORAL → Estimulada por células T → estimulam a produzir plasmócitos de vida curta → com a contínua exposição aos antígenos sendo feita pelas células dendríticas, há a produção dos plasmócitos de vida longa → começam a secretar grandes secreções de anticorpos IgM, os quais são pentaméricos e tem uma grande capacidade de neutralização (de muitas partículas virais), além de serem importantes para a ativação do sistema complemento → começam a produzir IgG → Com o tempo ocorre uma maturação de afinidades, ou seja, anticorpos com mais afinidade com antígenos são mais secretados, ao passo que os que tem menos afinidade, são menos secretados → Imunosenescência é o período em que o sistema imune se encontra envelhecido, logo, há uma mortalidade no número de células, além de perdas no número de células de memória. Assim, isso implicaria em uma perda considerável para o rápido reconhecimento imunológico de uma infecção → Há a produção de células de memória constantemente, sobretudo quando há maturação de afinidade OBS: Quando os níveis de anticorpos caem, isso NÃO significa ausência de anticorpos, mas sim que eles não estão em circulação no momento. No entanto, assim que for preciso e o organismo entrar em contato com o patógeno, desenvolverá um processo de rápida expansão clonal, formandorapidamente um arsenal de células T efetoras: TCD4 citolíticas (ativam macrófagos e atuam destruindo células alvo) e células B de memória (transformam-se em plasmócitos, que produzem muitos anticorpos IgG de alta afinidade, principalmente, e IgM. Quem se imuniza adequadamente, adquire células de memória que são, praticamente, permanentes, para o restante da visa (ainda que os anticorpos não estejam circulando a qualquer momento, mas eles podem ser rapidamente liberados) BBPM VI – Imuno – Alex Machado 5 Talita Navarro – T5 OBS: As transferências de anticorpos IgG placentárias ocorrem via neonatal → Refere-se à produção de anticorpos, partículas que si ligam à partícula viral e impedem que o vírus (neutralizante), que estão aderidos a eles, liguem-se às células. Desse modo, ao não entrar no interpor nas células, o vírus não consegue se replicar e, assim, fica suscetível à fagocitose por opsonização, já que células como macrófagos possuem receptores a FC. → Como a célula infectada expressa proteínas do envelope viral na superfície, essas proteínas podem ser reconhecidas por anticorpos, os quais ativam células efetoras, como a NK e macrófagos, para que executem a lise celular – citotoxicidade celular mediada por anticorpos – através de, sobretudo, granzimas e perforinas) → Algo semelhante ocorre quando o sistema complemento reconhece as proteínas virais na célula infectada e inicia sua cascata, seja pela via clássica ou alternativa, de modo que haja lise/apoptose do vírus. → Como há grande quantidade de carga viral infectando, os anticorpos podem se ligar a eles e formar os imunocomplexos, os quais, usualmente, possuem muitos macrófagos, os quais seriam capazes de reconhecer a porção FC do anticorpo e fagocitaria esse imunocomplexo. Porém, em infecções crônicas, como é o caso da Hepatite C, há uma grande concentração de imunocomplexos, devido a alta concentração de anticorpos, com alta afinidade, porém sabe-se que o parasita possui uma alta capacidade de evasão do sistema imunológico. Desse modo, por mais que as imunocomplexos possam ser retiradas com eficiência pelo baço, por ser crônica, com o passar dos anos, pode se depositar nos glomérulos renais e, quando ocorre a filtração do sangue, podem se depositar nos glomérulos renais, onde o sistema complemento pode se ligar e desencadear um quadro de inflamação, com lise/destruição do tecido e posterior reparo com fibrose, diminuindo a capacidade de filtração glomerular (comprometimento renal) MECANISMOS DE EVASÃO: Shift ou drift são trocas ou mutações pontuais de material genético que ocorreram nos vírus como mecanismos de escape. Foi o que ocorreu no vírus Influenza, em que um porco se colonizou com mais de um vírus, logo, houve trocas de segmentos, desencadeando cepa muito distinta e estruturalmente diferente, que não foi reconhecida pelos anticorpos. Todos os anos ocorrem mutações ou recombinações interespécies que culminam em trocas gênicas e no surgimento de novas variantes. As vacinas, usualmente, buscam abrangir as cepas mais recentes, de modo a assegurar que as pessoas adquiram formas menos graves da doença e possuam um melhor prognóstico, porém, se há sintomas, há carga viral, logo, há risco de transmissibilidade. Janela imunológica: testes diagnósticos para mensurar anticorpos, se houve ou não contato e infecção com o microorganismo variam de vírus para vírus: para Coronavírus tem de esperar 8/10 dias, para Dengue 7 dias, para HIV entre 15 e 30 dias. Esses testes podem dar negativo, porém, na realidade se tratar, apenas, de uma baixa carga viral que não foi detectada (falso negativo). IgM e IgG só seriam detectados a partir da 3ª semana. Detecções precoces precisam ser baseadas em antígenos IMUNIDADE ADQUIRIDA CELULAR Linfócitos TCD8 reconhecem o MHC de classe I que está apresentando o antígeno. Somado a isso, os correceptores e moléculas de adesão, estimulados pela IL-2 faz com que a célula degranule perforinas e granzimas → destruição final da célula desencadeada pelas proteases → apoptose → morte da célula infectada por vírus Pode haver, paralelamente, a ligação do Fas com o Fas Ligante RESPOSTA IMUNE ÀS BACTÉRIAS EXTRACELULARES → Caracterizada pelo reconhecimento de PUMPs semelhantes aos supracitados: há Açúcares, Lipopolissacarídeos (LPS), estruturas que são reconhecidas por diversas moléculas de reconhecimento imunológicas e por TOLLs, NODs. → Esses microorganismos estimulam, basicamente, a atração de células fagocíticas: macrófagos e neutrófilos, estes que degranulam e produzem substâncias proteicas que constituem BBPM VI – Imuno – Alex Machado 6 Talita Navarro – T5 os NECs, estruturas de capturas dessas bactérias e que impedem que elas se proliferem → Sistema Complemento que ativa tanto a via clássica (de houver anticorpos), ou via Alternativa ou da Lectina → Ex: Infecção urinária – dor e ardência na hora de urinar, coloração acentuada; pedir hemograma e urina tipo I. Se achar grande quantia de leucócito, indica que microorganismos migraram, fizeram diapedese das diferentes regiões do Trato Urinário para Lúmem, Rim e que glóbulos brancos (neutrócitos e leucócitos totais – neutrofilia e leucocitose) estão aumentados, tentando controlar esse aumento. Pode haver desvio a esquerda, pois neutrófilos, antes de derem maduros ou segmentados, são chamados de bastonetes, logo, medula óssea acaba liberando-os na corrente sanguínea RESPOSTA IMUNE CELULAR ÀS BACTÉRIAS EXTRACELULARES → Células dendríticas capturam bactérias e apresentam às células T naives, as quais são polarizadas para uma resposta celular do tipo Th17, expressam via MHC de classe II para linfócito TCD4, o qual é estimulado pelas IL-1 e IL-6 produzidas pelas células dendríticas e por TGF-β de macrófagos. → Duas vias de sinalização são ativadas: STAT-3 e RORγt que estimulam a produção, principalmente, da IL-17 (aumenta inflamação, pois promove aumento nas quimiocinas, TNF, IL-1, IL-6, Fatores de Crescimento e Diferenciação de Neutrófilos, aumentando a expressão desse tipo celular na medula óssea) e IL-21 (retroalimentação que estimula essas células ao padrão Th17, com auxílio da IL-23 produzida pelas células dendríticas), IL-22+IL-17 (aumento dos controles de barreira, ou seja, de defensinas e de peptídeos anti microbianos produzidos pelas células endoteliais, → , etc), TNF (aumenta migração e ativação de células, sobretudo de macrófagos). → Algumas células do padrão Th1 e/ou células NK produzem INF- γ (ativam macrófagos para que eles façam a fagocitose e promovam a destruição bacteriana) → Células T, através de diversas citocinas, resultam na ativação das células B, para que elas se tornem plasmócitos, ou seja, células produtoras de anticorpos, os quais terão função de opsonização, neutralização e de ativação do sistema Complemento, este que auxiliará tanto na fagocitose como na inflamação e na eliminação/lise do microorganismo EFEITOS PREJUDICIAIS DAS REAÇÕES IMUNOLÓGICAS ÀS BACTÉRIAS EXTRACELULARES → Um dos efeitos mais graves é a hiperexpressão de citocinas que pode levar a um quadro de sepse. → As citocinas Iβ, IL-6, TNF-α são importantes, pois têm diversos efeitos o agem sobre o fígado, fazendo com que haja produção da proteína C reativa (PCR) o ativa proteínas do Sistema Complemento, para auxiliarem no processo de opsonização e destruição de proteínas o estimulam o endotélio da medula óssea à maior produção de neutrófilos e mobilizam os neutrófilos mais maduros o estimulam hipotálamo a aumentar a temperatura corporal, agindo na mobilização de gorduras e proteínas para produzir energia e aumentar a temperatura → As citocinas agem de modo a promover uma diminuição na replicação bacteriana, aumentando o processamentode antígeno e a resposta imune específica → TNF-α estimula as células dendríticas a migrarem para o linfonodo e iniciarem a maturação, ou seja, iniciando a resposta imune adaptativa → quando em quantidades grandes/moderadas, pode desencadear efeitos mais sistêmicos, como a febre, produção de proteínas de fase agudo e a migração de linfócitos; quando em quantidades muito grande na concentração plasmática, tem-se um choque séptico, com edema sistêmico, diminuição do volume sanguíneo, hipoproteinemia, hipoglicemia, comprometimento hepático, neutropenia, neutrofilia, redução nos batimentos cardíacos, baixa resistência dos vasos, possibilidade da formação de BBPM VI – Imuno – Alex Machado 7 Talita Navarro – T5 trombos/coágulos e trombos disseminados (coagulação intravascular disseminada), menor recepção de oxigênio e nutrientes nos órgãos, resultando em falência múltipla de morte e, consequentemente, em morte → Quando a ativação de células T ocorre mediante a certos peptídeos, ocorrerá uma imunidade protetora: célula apresentadora de antígeno apresentam antígeno, que é reconhecido pelo TCR. → Quando ocorre a ligação de superantígenos, ocorre uma estimulação policlonal de células T, o que leva a um estímulo muito grande a essas células → ocorre hiperexpressão de citocinas, descarga/chuva de citocinas, pois culmina em quadros semelhantes ao de sepse. MECANISMOS DE EVASÃO DO SISTEMA IMUNE: REAÇÃO TARDIA DA RESPOSTA IMUNE HUMORAL CONTRA A INFECÇÃO BACTERIANA → O hospedeiro suscetível, quando em contato repetitivo com o Streptococcus a. desencadeia respostas imunes contra eles. Há alguns fatores precipitantes, como infecção de cepas de Streptococcus a. que possui fatores de virulência específicos, o que faz com que o sistema imunológico crie uma resposta específica para combatê-los, por meio de um mimetismo molecular, que passa a afetar, inclusive, tecidos do próprio hospedeiro. Isso pode estar relacionado a pré disposições genéticas autoimunes apresentadas pelo indivíduo, as quais sofrem influência de: fatores desencadeantes + fatores ambientais + condições genéticas, resultando em uma reação exagerada mediada por células T contra a bactéria, desencadeando as febres reumáticas agudas. Se ocorrer episódios frequentes e continuados contra essas valvas cardíacas, resultam em inflamação e consequentemente comprometimento e insuficiência cardíaca → Reação de Artus: depósito de imunocomplexo, ou seja, de anticorpos ligados a essas bactérias em vasos, causando uma inflamação, ou seja, uma vasculite, um edema nos vasos. Essas bactérias de depositam nos glomérulos e podem, portanto, desencadear um quadro de glomerulonefrite. RESPOSTAS IMUNOLÓGICAS ÀS BACTÉRIAS INTRACELULARES → Processo de infecção ocorre dentro das células, logo, os principais responsáveis são a célula NK que detecta e reconhece célula infecta via MHC de classe I, levando-a a morte, bem como estimula os macrófagos fagocíticos,por meio de TNF-γ que fagocitam esses microrganismos quando estão fora da célula alvo, levam para o fagolissossoma e liberam reativos de oxigênio (óxido nítrico) para levá-los a morte, por estímulo do INF-γ vindos das células NK. Macrófagos produzem a IL-12, que estimula células T a se diferenciem no padrão Th1 – produtor de INF-γ – e estimulam ainda mais os macrófagos → Bactérias resistentes e viáveis no citoplasma tem seus peptídeos apresentados para linfócitos TCD8, os quais irão destruir os macrófagos e os microorganismos, destruídos por meio de grânulos → Muitas das vezes são de difícil destruição e eliminação, pois tratam-se de bactérias encapsuladas, de difícil digestão pelo fagolissomo. Assim as vezes pode ocorrer a existência de grangranulomas OBS: Caso pacientes apresentem ativação de respostas em padrão Th2, eles podem desenvolver níveis mais graves da doença (Ex: Hanseníase Lepromatosa), na qual NÃO há uma ativação grande de macrófagos para fagocitar e destruir essas bactérias MECANISMOS DE EVASÃO DO SISTEMA IMUNE: → Variação/alteração antigênica: parasita modifica segmentos gênicos, os quais, durante a expressão, desencadeiam alterações nas proteínas (ou em parte delas), mudando o perfil que, antes, era reconhecido pelos anticorpos → Resistência adquirida ao complemento ou aos linfócitos citolíticos: produz substâncias que impedem que o complemento se deposite sobre a superfície desses microorganismos ou que os citolíticos reconheçam → Inibição das respostas imunes (Filária): produzem proteínas que clivam parte da resposta imune ou que bloqueiam uma das vias de sinalização das respostas; ativação de células T regulatórias, inibição de células T → Perdas antigênicas: para de expressar uma parte de seus genes, o que modifica as proteínas expressadas e os antígenos de superfície, o que faz com que elas não sejam mais reconhecidas (Leishmania, Trypanassoma) → Resistência imunológica (Schistossoma): resistência aos citolíticos e ao complemento → Fuga do sistema imune: produção de antígenos de forma solúvel, soltando-os para que o sistema imunológico (E. hystolytica)
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