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Unidade II
A NBR-18 e o gerenciamento de riscos
Segurança do 
Trabalho na 
Construção Civil – 
NR-18
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
ALESSANDRA VANESSA FERREIRA DOS SANTOS
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
GISELLY SANTOS MENDES
AUTORIA
Giselly Santos Mendes
Olá. Sou mestra em Qualidade Ambiental, tecnóloga em Polímeros 
e administradora, com experiência de mais de 12 anos na área de 
Processos Gerenciais. Atualmente, atuo como docente de nível técnico 
e tecnológico em instituições de ensino privado. Sou apaixonada pelo 
que faço e adoro compartilhar minha experiência de vida e profissional 
àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso, fui convidada 
pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. 
Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e 
trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento 
de uma nova 
competência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando necessárias 
observações ou 
complementações 
para o seu 
conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas 
e links para 
aprofundamento do 
seu conhecimento;
REFLITA:
se houver a 
necessidade de 
chamar a atenção 
sobre algo a ser 
refletido ou discutido;
ACESSE: 
se for preciso acessar 
um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de 
autoaprendizagem 
for aplicada;
TESTANDO:
quando uma 
competência for 
concluída e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Escopo da NR-18 na área de vivência................................................. 10
Escopo da Norma Regulamentadora n° 18 .................................................................. 10
Norma Regulamentadora n° 18 – Áreas de vivência ............................................. 13
Programa de gerenciamento de riscos .............................................20
Introdução ao gerenciamento de riscos ....................................................................... 20
Norma Regulamentadora n° 18 – Programa de Gerenciamento de 
Risco..........................................................................................................................................................22
Programa de Gerenciamento de Riscos – Aspectos práticos ........................26
Segurança nas etapas da obra ..............................................................30
Demolição............................................................................................................................................ 30
Escavação, fundação e desmonte de rochas ............................................................32
Carpintaria e armação ................................................................................................................. 40
Estrutura de concreto .................................................................................................................. 41
Estruturas metálicas ......................................................................................................................42
Trabalho a quente ...........................................................................................................................42
Serviços de impermeabilização ...........................................................................................44
Telhados e coberturas .................................................................................................................45
Serviços em flutuantes .............................................................................46
Aspectos de segurança em flutuantes .......................................................................... 46
Disposições gerais da NR-18 ................................................................................................. 50
7
UNIDADE
02
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
8
INTRODUÇÃO
A Segurança do Trabalho na Construção Civil (NR-18) compreende 
o estudo da Segurança do Trabalho relativo à introdução ao setor da 
construção civil e à Segurança do Trabalho na construção civil, bem como 
a análise das condições e do meio ambiente de trabalho na indústria 
da construção. Esse estudo possibilita a aplicação de um conjunto de 
conhecimentos relativos a condições e ao meio ambiente de trabalho 
na indústria da construção, necessários ao desempenho satisfatório da 
profissão. Nesta Unidade serão apresentados os fundamentos da Norma 
Regulamentadora NR-18 em relação ao escopo, às áreas de vivência, ao 
Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), à segurança nas etapas de 
uma obra civil e aos serviços em flutuantes. Será neste vasto universo que 
você irá mergulhar! Nós acreditamos em você e desejamos sucesso em 
seus objetivos e formação! Avante!
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2 – A NR-18 e o gerenciamento 
de riscos. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes 
competências profissionais até o término desta etapa de estudos:
1. Entender o escopo e a aplicação da NR-18 na área de vivência.
2. Aplicar as técnicas de gerenciamento de riscos na construção civil.
3. Identificar as especificidades da NR-18 nas etapas de uma obra 
civil.
4. Compreender a sinalização, a capacitação e os serviços em 
flutuantes na construção civil.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho! Avante! Bons Estudos!
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
10
Escopo da nr-18 na área de vivência
OBJETIVO:
Neste capítulo, você entenderá o escopo e a aplicação da 
NR-18 na área de vivência. E então? Motivado a desenvolver 
esta competência? Foco e bons estudos!
Escopo da Norma Regulamentadora n° 18
INTRODUÇÃO:
Caro estudante, seja bem-vindo. Iniciaremos o estudo da 
Norma Regulamentadora n° 18. Esta é relativa à saúde e 
à Segurança do Trabalho no setor da construção civil, e 
discute as condições e o meio ambiente de trabalho neste 
segmento. Preparado? Desejamos a você uma boa leitura e 
um bom aproveitamento de seus estudos.
A construção civil é a área responsável por englobar a 
elaboração de obras dos mais variados portes e funções. 
É caracterizada como a atividade econômica responsável 
pela construção, instalação e reparação, conforme as 
normativas existentes. Além disso, é geradora de muitos 
postos de trabalho e, junto a estes, assume um dos maiores 
índices de acidentes de trabalho no mundo.
A saúde e a segurança do trabalhador é uma exigência para 
toda e qualquer atividade profissional, recebendo atenção 
especial na área da construção civil, devido às suas 
condições de trabalho. Logo, é relevante compreender as 
especificidades da NR-18.
Figura 1 – Construção do estádio Arena das Dunas
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
11
Fonte : Wikimedia Commons.
Atualmente, existem 37 normas regulamentadoras (NR), que 
versam sobre saúde e segurança no trabalho nas mais variadas áreas. 
Estas, conforme seus escopos, pontuam procedimentos, programas e 
capacitações, voltados à observância e ao atendimento da integridade e 
da saúde de colaboradores.
No momento da construção deste material, devido à extinção do 
Ministério do Trabalho em 1° de janeiro de 2019, as referidas normas, assim 
como demais atribuições desse extinto ministério, passaram a incorporar 
a agenda da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), pertencente ao 
Ministérioda Economia.
NOTA:
Dentro do arcabouço de normas regulamentadoras, a 
que se dedica à indústria da construção civil é a n° 18, 
logo, é relevante ao profissional da área, com destaque 
àquele que cuidará da saúde e da segurança nas obras, 
conhecer todas as especificidades desta normativa. Caro 
estudante, aqui, conjuntamente a esta NR, é necessária 
a observância de outras normas, tais como: 1, 3, 4, 5, 6, 7, 
9, 12, 23, 24, 33 e 35, bem como a legislação específica do 
empreendimento e da localidade
O exposto encontra respaldo na Norma Regulamentadora n° 1, 
que assevera a necessidade de atender às recomendações de outras 
normativas: “a observância das NRs não desobriga as empresas do 
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
12
cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam 
incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados 
ou Municípios, e outras, oriundas de convenções e acordos coletivos de 
trabalho” (BRASIL, 2009, p. 1).
Conforme a Portaria SEPRT n° 3.733, de 10 de fevereiro de 2020, 
a Norma Regulamentadora n° 18 tem como objetivo “[...] estabelecer 
diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que 
visam à implementação de medidas de controle e sistemas preventivos 
de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de 
trabalho na indústria da construção” (BRASIL, 2020, on-line).
Figura 2 – Canteiro de obras
Fonte : Wikimedia Commons.
Esta normativa também prevê o campo de aplicação às atividades 
da indústria da construção constantes da seção “F” do Código Nacional de 
Atividades Econômicas (CNAE) e às atividades e serviços de demolição, 
reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral e de 
manutenção de obras de urbanização.
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
13
RESUMINDO:
O escopo da NR-18 prevê a organização e a administração 
de medidas preventivas de segurança, bem como observa 
as condições do ambiente de trabalho em locais, processos 
e atividades da indústria da construção civil.
As responsabilidades desta normativa são previstas no item 
18.3. Neste, constam as seguintes recomendações (BRASIL, 
2020):
a) Veto de ingresso ou permanência de trabalhadores no 
canteiro de obras, sem que estes estejam resguardados 
pelas medidas de segurança da norma.
b) Necessidade de comunicação do ingresso e permanência 
via Comunicação Prévia de Obras em sistema informatizado 
da SIT, antes do início das atividades, de acordo com a 
legislação vigente.
EXPLICANDO MELHOR:
Canteiro de obra, conforme a Norma Regulamentadora 
n° 1, no item 1.6, é definido como a área do trabalho fixa e 
temporária, em que são desenvolvidas operações de apoio 
e execução de uma obra (BRASIL, 2009).
Norma Regulamentadora n° 18 – Áreas de 
vivência
A área de vivência é abordada no item 18.5 da NR-18. Nele, destaca-
se que a área de vivência deve ser projetada de forma a oferecer condições 
mínimas de segurança, conforto e privacidade, bem como a necessidade 
de mantê-la conservada com higiene e limpeza. As instalações sanitárias, 
os vestiários, o local para refeição e os alojamentos, quando houver, são 
considerados espaços de vivência por esta normativa (BRASIL, 2020).
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
14
Figura 3 – Refeitório 
Fonte : Wikimedia Commons.
Logo, os requisitos da área de vivência atuam como instrumentos para 
a observação, adequação e manutenção de espaços destinados ao bem-
estar do trabalhador da construção civil, com espaços adequados e seguros 
para refeições, higiene pessoal, descanso e lazer (BRASIL, 2020; FELIX, 2011).
Na área de vivência, conforme a normativa, deve ser disponibilizado 
e estruturado um local para a realização da refeição do trabalhador, 
observadas as mínimas condições de conforto, higiene e proteção contra 
as intempéries (BRASIL, 2020). O local dever ser equipado e mobiliado 
de forma a atender às necessidades de preparo e consumo de refeições 
(FELIX, 2011).
NOTA:
O atendimento ao disposto acima também poderá ocorrer 
via convênio formal com estabelecimentos próximos 
ao canteiro, desde que observadas as condições de 
segurança, higiene e conforto do trabalhador. Cumpre 
destacar que se a organização optar por esta modalidade, 
deverá providenciar o transporte dos trabalhadores até o 
referido local, quando o caso assim necessitar (BRASIL, 
2020). 
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
15
É muito importante destacar que as instalações de uma área de 
vivência, no que for pertinente, devem observar as orientações previstas 
na NR-24 – Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho. 
A instalação sanitária compreende o local destinado ao asseio 
corporal e/ou ao atendimento das necessidades fisiológicas de excreção 
dos indivíduos. Assim, conforme medidas previstas em normativas, as 
instalações sanitárias em canteiros de obra devem conter: lavatório, bacia 
sanitária sifonada, assento com tampo e mictório, na proporção de 1 para 
cada 20 trabalhadores ou fração, e chuveiro, na proporção de 1 para cada 
de 10 trabalhadores ou fração (BRASIL, 2020). 
Ainda sobre as instalações sanitárias destaca-se que os lavatórios 
e mictórios podem ser individuais ou coletivos, bem como os vasos 
sanitários devem ocupar no mínimo, 1m² de área ocupada (FELIX, 2011).
Figura 4 – Instalação de mictório 
Figura : Wikimedia Commons.
De forma complementar aos requisitos desta normativa, cita-
se Felix (2011), que, ao organizar estudos relativos sobre engenharia de 
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
16
Segurança do Trabalho na indústria da construção, pontuou as seguintes 
recomendações sobre instalações sanitárias:
 • São espaços que requerem conservação e manutenção constante 
de higienização, logo, devem ser constituídos de materiais que 
permitam tal ação.
 • Devem ter portas de acesso que inviabilizem o devassamento, 
bem como mantenham o devido resguardo. Além disso, dever 
ter instalações independentes para homens e mulheres, quando 
necessário.
 • Sua localização deve ser distante de área de refeição.
 • Estrutura ventilada, iluminada, com instalações elétricas 
protegidas, e pé-direito de, no mínimo, 2,50 metros.
Ainda, é obrigatório, quando o caso necessitar, a instalação de 
alojamento, no canteiro de obras ou fora dele, que contemple as seguintes 
instalações anexas: cozinha, quando houver preparo de refeições; local 
para refeição; instalação sanitária; lavanderia; e área de lazer, podendo ser 
utilizado o local de refeição (BRASIL, 2020).
NOTA:
Alojamentos localizados em canteiros de obras devem 
ter estrutura adequada (paredes, piso, cobertura, espaço 
para circulação e instalação elétrica); ventilação; iluminação 
(artificial ou natural); mobília (cama e armários); área mínima 
de 3 m² por módulo; pé-direito mínimo entre 2,50 metros 
a 3,00 metros; e fornecimento de água potável, filtrada e 
fresca (bebedouros ou equivalente) (FELIX, 2011).
Outros aspectos, conforme a referida normativa devem ser 
observados em áreas de vivência, tais como (BRASIL, 2020; FELIX, 2011): 
 • O deslocamento do colaborador (a contar de seu posto de 
trabalho) não pode exceder 150 metros até a instalação sanitária 
mais próxima.
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
17
 • O fornecimento obrigatório de água potável, filtrada e fresca no 
canteiro de obras, nas frentes de trabalho e nos alojamentos, 
por meio de bebedouro ou forma equivalente, na proporção de 
1 unidade para cada 25 colaboradores ou fração, sendo vedada a 
oferta e o uso de copos coletivos.
 • Assim, como nas instalações sanitárias, o deslocamento do 
colaborador (a contar de seu posto de trabalho) não pode exceder 
100 metros no plano horizontal, ou 15 metros no plano vertical, 
até a fonte de fornecimento de água potável (bebedouro ou 
equivalente) mais próxima.
NOTA:
Na impossibilidade de instalação de bebedouro ou 
dispositivo equivalente,dentro dos limites acima referidos, 
deve-se assegurar o suprimento de água potável, filtrada e 
fresca em recipientes portáteis herméticos.
 • Nas frentes de trabalho devem ser disponibilizadas instalações 
sanitárias, compostas de bacia sanitária sifonada, dotada de 
assento com tampo, e lavatório para cada 20 trabalhadores ou 
fração. É possível utilizar banheiro com tratamento químico com 
mecanismo de descarga ou de isolamento dos dejetos, com 
respiro, ventilação e higienização diária.
EXPLICANDO MELHOR:
A frente de trabalho, conforme a Norma Regulamentadora 
n° 1 , é definida como toda a área de trabalho móvel e 
temporária, em que são desenvolvidas operações de apoio 
e execução de uma obra (BRASIL, 2009).
 • Junto ao alojamento, também pode existir, conforme necessidade, 
um vestiário destinado aos trabalhadores. O espaço é destinado a 
salvaguardar objetos pessoais (roupas e itens de higiene pessoal, 
bem como os equipamentos de proteção individual – EPIs).
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
18
Figura 5 – Vestiário 
Fonte : Wikimedia Commons.
Os vestiários servem àqueles colaboradores que não utilizam o 
alojamento, ou seja, apenas necessitam de um espaço para a troca de 
vestimentas e a guarda de pertences durante sua jornada de trabalho. 
Os vestiários devem ter estrutura adequada, bem como ser coberta. Por 
estrutura adequada entende-se ventilação, iluminação, mobília de uso 
individual e coletivo (FELIX, 2011).
 • É possível a utilização de contêineres, como estruturas móveis de 
área de vivência, desde que o pé-direito tenha, pelo menos, 2,40 
metros, além de ser arejado e climatizado.
As organizações atuantes na construção civil devem zelar pelo bem-
estar e a saúde de seus colaboradores, atuando sobre as áreas de vivência, 
atendendo à legislação e às normas técnicas pertinentes. Vale lembrar, 
caro aluno, que operar dentro da conformidade contribui à redução de 
acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e riscos ambientais, bem 
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
19
como na redução de prejuízos derivados da baixa produtividade e ações 
trabalhistas.
RESUMINDO:
Está gostando da leitura? Espero que sim! Neste 
capítulo, aprendemos que a Norma Regulamentadora 
n° 18 visa oferecer condições adequadas de trabalho aos 
colaboradores no ambiente da construção civil. Além 
disso, vimos que a área de vivência em canteiros de obras 
é o primeiro item entre as medidas previstas nesta norma. 
As áreas de vivência estão distribuídas em instalações 
sanitárias, vestiários, local para refeição e alojamentos, 
quando houver. Com a NR-18, o ambiente deve oferecer 
qualidade de estadia, de forma a contribuir com a saúde 
do colaborador e, consequentemente, ao resultado da 
construção.
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
20
Programa de gerenciamento de riscos
OBJETIVO:
Neste capítulo, você entenderá a aplicação das técnicas de 
gerenciamento de risco na construção civil, bem como a 
relevância em pensar a sua gestão. E então? Motivado a 
desenvolver esta competência? Foco e bons estudos!
Introdução ao gerenciamento de risco
INTRODUÇÃO:
Caro estudante, seja bem-vindo. Iremos dar sequência ao 
estudo da Norma Regulamentadora n° 18, com destaque 
ao PGR. Este item é responsável por tratar a identificação e 
a condução de ações devidas sobre os riscos ocupacionais 
em canteiros de obras. Preparado? Desejamos a você uma 
boa leitura e um bom aproveitamento de seus estudos.
Com a nova redação da Norma Regulamentadora n° 18, em 11 de 
fevereiro de 2020, foi publicada a Portaria SEPRT n° 3.733/2020. Nesta 
reformulação, houve a exclusão do Programa de Condições e Meio 
Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT) e do Programa 
de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), criando apenas o PGR, cuja 
estrutura é praticamente a mesma do PCMAT e do PPRA, porém exige a 
aplicação da NR-1.
Cada vez mais as empresas do setor da construção buscam 
identificar, ainda na fase de planejamento, todos os riscos relacionados 
ao empreendimento, bem como levantar e avaliar quais medidas serão 
necessárias à sua resolução com o mínimo de impacto sobre o projeto 
inicial (FELIX, 2011; PEINADO, 2019).
Entre os riscos relacionados, constam os riscos ocupacionais, cujo 
gerenciamento de risco é previsto no item 18.4 na Norma Regulamentadora 
n° 18.
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
21
Figura 6 – Construção civil
Fonte : Wikimedia Commons.
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
22
VOCÊ SABIA?
Você sabia que o documento de referência mundial em 
gestão de riscos é a Norma ISO 31000, e que o objetivo 
desta é estabelecer princípios e orientações genéricas 
sobre gestão de riscos? Essa norma torna possível o 
gerenciamento de riscos em qualquer organização, 
independentemente do tamanho ou segmento.
Contudo, antes de iniciar o seu estudo no PGR, o que de 
acha de alinhar seu atual conhecimento sobre riscos? 
Pode-se pontuar o risco como todo aspecto de incerteza, 
capaz de afetar o alcance de um objetivo. Analisar riscos 
compreende a mensuração (qualitativa ou quantitativa) 
dos riscos existentes em uma determinada instalação, 
empregando técnicas específicas para a identificação de 
possíveis cenários de acidentes. Logo, o gerenciamento de 
risco busca reduzir as incertezas nas mais variadas fases 
de uma obra (FELIX, 2011; PEINADO, 2019; PORTELA, 2013; 
VAREJÃO, 2015).
A gestão de riscos na construção civil, além de antever 
situações-problema, auxilia no processo de tomada de 
decisão de gestores frente a desvios necessários, sem, 
contudo, comprometer o projeto, uma vez que estes podem 
gerar atrasos na elevação de custos. O gerenciamento de 
risco na construção civil atua na identificação de ameaças 
que possam gerar danos ou prejuízos às organizações 
(PORTELA, 2013).
Assim, investir no gerenciamento de risco na construção 
civil, além da obrigatoriedade devida, constitui uma forma 
de garantir retorno para as organizações do segmento, 
além de permitir a satisfação de colaboradores e clientes.
Norma Regulamentadora n° 18 – 
Programa de Gerenciamento de Riscos
Conforme medidas previstas na NR-18, é obrigatória a elaboração 
e a implementação do PGR em canteiros de obras, que deve contemplar 
os riscos ocupacionais e suas respectivas medidas de prevenção, ou seja, 
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
23
o PGR é obrigatório para todo tipo de obra, com qualquer número de 
colaboradores (BRASIL, 2020).
Assim, é importante destacar que o PGR deve prever o 
desenvolvimento de cada etapa de uma obra, antecipando, nesta previsão, 
os riscos e as medidas necessárias à sua mitigação ou eliminação.
VOCÊ SABIA?
Você sabia que as empresas contratadas devem fornecer ao 
contratante o inventário de riscos ocupacionais específicos 
de suas atividades, uma vez que o risco ocupacional ao qual 
terceiros estão expostos também deve ser contemplado 
no PGR do canteiro de obras?
NOTA:
Em canteiros de obras com até 7 metros de altura e com, 
no máximo, 10 colaboradores, o PGR pode ser elaborado 
por profissional qualificado em Segurança do Trabalho e 
implementado sob responsabilidade da organização. 
Atenção: a normativa considera “qualificado” e “habilitado” 
termos distintos. É considerado trabalhador qualificado 
aquele que comprovar conclusão de curso específico para 
sua atividade em instituição reconhecida pelo sistema 
oficial de ensino. Já o profissional legalmente habilitado é 
o trabalhador previamente qualificado e com registro no 
competente conselho de classe.
A estrutura de um PGR deve atender às exigências previstas na NR-
1, bem como observar e conter os seguintes documentos:
a. Projeto da área de vivência do canteiro de obras e eventual frente 
de trabalho, em conformidade com o item que trata sobre o 
tema na referida normativa. Este projeto deve ser elaborado por 
profissional legalmente habilitado.
b. Projeto elétrico das instalaçõestemporárias, elaborado por 
profissional legalmente habilitado.
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
24
c. Projeto de sistema de proteção coletiva, elaborado por profissional 
legalmente habilitado.
EXPLICANDO MELHOR:
Os equipamentos de proteção coletiva (EPCs) são utilizados 
quando há risco de queda ou de projeção de materiais. 
Os EPCs, comumente utilizados em canteiros de obra, 
podem compreender: sistema de guarda-corpo e rodapés, 
plataformas de proteção (ou bandejas principal, secundárias 
e terciárias), sistema limitador de queda em altura (SLQA), 
tela fachadeira, fechamento provisório resistente, linha de 
vida e pontos de ancoragem (PEINADO, 2019).
d. Projeto de Sistema de Proteção Individual Contra Quedas (SPIQ), 
quando aplicável, elaborado por profissional legalmente habilitado.
e. Apresentar a relação dos EPIs e suas respectivas especificações 
técnicas. Todo EPI indicado deve atender aos riscos ocupacionais 
existentes.
Nesses projetos, deverão constar detalhamentos, esquemas, 
especificação dos materiais e outras informações que venham a contribuir 
para a sua implantação em canteiro de obras (PEINADO, 2019).
IMPORTANTE:
O PGR deve ser atualizado conforme a etapa de execução 
na qual se encontra o canteiro de obras. Assim, compreende 
um documento em constante análise e atualização. Além 
disso, as frentes de trabalho devem ser consideradas na 
elaboração e implementação do programa
As organizações, registradas no Conselho Federal de Engenharia e 
Agronomia (Confea) e no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia 
(Crea), com responsável técnico legalmente habilitado em Segurança 
do Trabalho, podem adotar, se assim desejarem, soluções alternativas 
às medidas de proteção coletiva, por meio da adoção de técnicas de 
trabalho, equipamentos, tecnologias ou outros dispositivos, desde que 
observadas as seguintes premissas (BRASIL, 2020): 
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
25
a. Propiciem avanço tecnológico em segurança, higiene e saúde dos 
trabalhadores.
b. Objetivem a implementação de medidas de controle e sistemas 
preventivos de segurança nos processos, nas condições e no 
meio ambiente de trabalho na indústria da construção.
c. Garantam a realização das tarefas e atividades de modo seguro e 
saudável.
NOTA:
Toda a documentação relativa à adoção de soluções 
alternativas deve integrar o PGR do canteiro de obras. Esta 
deve, obrigatoriamente, apresentar memórias de cálculos, 
especificações técnicas e procedimentos de trabalho
Cumpre destacar que, quando adotadas as soluções alternativas às 
medidas de proteção coletiva, estas devem constar em procedimentos 
de Segurança do Trabalho, que apresentar os seguintes aspectos:
a. Os riscos ocupacionais aos quais os trabalhadores estarão 
expostos.
b. A descrição dos equipamentos e das medidas de proteção coletiva 
a serem implementadas.
c. A identificação e a indicação dos EPI a serem utilizados.
d. A descrição de uso e a indicação de procedimentos quanto aos 
EPCs e EPIs, conforme as etapas das tarefas a serem realizadas.
e. A descrição das medidas de prevenção a serem observadas 
durante a execução dos serviços, entre outras medidas a serem 
previstas e prescritas por profissional legalmente habilitado em 
Segurança do Trabalho. 
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
26
NOTA:
As tarefas que envolvem soluções alternativas somente 
poderão ser iniciadas com autorização especial, 
precedida de análise de risco e permissão de trabalho, 
que contemple os treinamentos, os procedimentos 
operacionais, os materiais, as ferramentas e outros 
dispositivos necessários à execução segura da tarefa.
Programa de Gerenciamento de Riscos – 
Aspectos práticos
Caro aluno, esta seção apresentará alguns aspectos práticos que 
podem lhe auxiliar na elaboração de um PGR.
Outra questão relevante é destacar que, embora existam estruturas-
modelo que auxiliam o profissional na elaboração do PGR, não há um único 
“caminho” para a elaboração deste programa, pois sua complexidade 
e abrangência irão acompanhar a dimensão e os riscos ocupacionais 
existentes em cada fase de uma obra.
Antes de iniciar a proposta de seu PGR, lembre-se de analisar 
todo o local de trabalho (seja o canteiro de obra e a frente de trabalho); 
realizar levantamento de quais serão as atividades a serem realizadas 
(seja por contratados ou terceirizados); realizar levantamento de quais 
materiais, equipamentos e ferramentas serão manuseados; e determinar 
as ameaças (riscos) presentes (FELIX, 2011; VAREJÃO, 2015).
Ao determinar os riscos presentes, deve-se avaliá-los e classificá-
los conforme cores e grupos previstos em normativa específica. Essa 
classificação em grupos e cores é padrão, ou seja, designa a mesma 
caracterização de riscos em qualquer tipo de organização, seja uma 
fábrica ou canteiro de obra.
A seguir são representados os riscos e a caracterização de seus 
grupos, de acordo com Varejão (2015).
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Figura 7 – Legenda de cores representativa de riscos
Risco físico
Risco químico
Risco biológico
Risco ergonômico
Acidentes
Fonte : Wikimedia Commons.
Em que: 
Grupo I (verde) – risco físico: compreendem aspectos aos quais os 
colaboradores estarão expostos (seja de forma contínua ou intermitente), 
tais como ruídos, umidade, pressão e temperatura, por exemplo.
Grupo II (vermelho) – risco químico: compreendem atividades que 
envolvam agentes que possam ser inalados pelo colaborador, tais como 
partículas suspensas, poeiras, névoas e vapores.
Grupo III (marrom) – risco biológico: compreendem atividades que 
envolvam ou propiciem a exposição do colaborador a bactérias, fungos, 
parasitas e outros.
Grupo IV (amarelo) – risco ergonômico: constitui qualquer 
situação que possa causar desconforto ao colaborador, bem como levar 
ao desenvolvimento de doenças ocupacionais.
Grupo V (azul) – risco de acidente: constitui qualquer fator que 
possa afetar a integridade física do colaborador, como atividades que 
envolvam o uso de máquinas e equipamentos sem a devida proteção 
ou normalização, por exemplo, bem como atividades realizadas em 
ambientes que ofereçam condições inseguras.
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
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Uma vez determinadas as ameaças de seu espaço de trabalho, 
é interessante avaliar a necessidade do uso de EPCs e EPIs. Tanto a 
NR-6 quanto a NR-18, de forma a evitá-las, estabelecem a exigência da 
conscientização e do fornecimento a todos os colaboradores que exerçam 
atividade que apresente algum risco à sua integridade.
É importante lembrar que os EPIs devem ser usados como medida 
de proteção quando não for possível eliminar o risco, com a proteção 
coletiva; for necessária complementação da proteção coletiva com a 
proteção individual; na realização de trabalhos eventuais e de exposição 
curta (FELIX, 2011).
Figura 8 – EPI com proteção de crânio, rosto e auditiva
Fonte: Wikimedia Commons.
Ao eleger um EPI, recomenda-se a observância dos seguintes 
aspectos: a tipologia dos riscos que a atividade oferece; as condições 
de trabalho as quais o colaborador estará exposto; as partes do corpo a 
serem protegidas; a definição de que funções (cargos) utilizarão os EPIs 
indicados; e orientação e conscientização de uso.
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RESUMINDO:
Está gostando da leitura? Espero que sim! Neste capítulo, 
aprendemos que a Norma Regulamentadora n° 18, 
em sua nova redação, estabeleceu o PGR. Frente a tal 
cenário, a indústria da construção civil necessita realizar 
o gerenciamento de seus riscos, de forma a oferecer 
segurança aos colaboradores, bem como ao negócio 
principal. Além disso, vimos que um PGR deve conter: 
projeto da área de vivência, projeto elétrico das instalações 
temporárias, projeto de sistema de proteção coletiva e 
projeto de SPIQ, quando aplicável, além de apresentar a 
relação dosEPIs e suas respectivas especificações técnicas
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
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Segurança nas etapas da obra
OBJETIVO:
Neste capítulo, você identificará as especificidades da 
NR-18 nas etapas de uma obra civil. E então? Motivado a 
desenvolver esta competência? Foco e bons estudos!
INTRODUÇÃO:
Caro estudante, seja bem-vindo. Iremos dar sequência ao 
estudo da Norma Regulamentadora n° 18, com destaque à 
segurança nas etapas da obra civil. Este item é responsável 
por tratar as ações de segurança necessárias nas diferentes 
etapas de um canteiro de obra. Preparado? Desejamos a 
você uma boa leitura e um bom aproveitamento de seus 
estudos.
O canteiro de obras é propício a apresentar agentes de riscos, 
que podem estar presentes em máquinas, equipamentos, materiais e 
atividades em geral, independentemente do tamanho e tipo da obra ou 
do número de trabalhadores no local (FERREIRA, 2017). Logo, justifica-se o 
estudo das etapas de uma obra civil, bem como de suas especificidades.
São etapas da obra, conforme item 18.7 da NR-18: demolição; 
escavação, fundação e desmonte de rochas; carpintaria e armação; 
estrutura de concreto; estruturas metálicas; trabalho a quente; serviços 
de impermeabilização; e telhados e coberturas (BRASIL, 2020).
Demolição
A demolição compreende o ato de destruir, de forma medida e 
calculada, alguma construção para dar espaço à outra construção. O 
ato de demolir é uma das atividades mais comuns na construção civil. 
Existem diversos meios e técnicas para realizar a demolição de uma 
estrutura, entre elas, a demolição mecânica, a demolição por meio do 
uso de explosivos e a demolição manual (PEREIRA, 2014).
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Figura 9 – Demolição da varanda de um edifício
Fonte: Wikimedia Commons.
A execução de serviços de demolição é complexa, por isso é 
importante tratar a segurança nesta etapa, uma vez que ações não 
planejadas podem prejudicar a estabilidade do conjunto em demolição, 
bem como comprometer a segurança de uma equipe (FELIX, 2011).
Conforme previsto na nova redação da NR-18, na etapa de 
demolição, deve ser elaborado e implementado um plano de demolição, 
sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado. Esse plano 
deve contemplar todos os riscos ocupacionais potencialmente existentes 
nas etapas desta fase, bem como apresentar as medidas preventivas a 
serem observadas quanto à segurança e à saúde do colaborador (BRASIL, 
2020).
Todo plano de demolição deve considerar os seguintes aspectos:
a. Linhas de fornecimento de energia elétrica, água, líquidos 
inflamáveis e gasosos liquefeitos, substâncias tóxicas, canalizações 
de esgoto e de escoamento de água e outros.
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b. Construções vizinhas à obra, no que tange à sua estrutura, 
integridade e estabilidade.
c. Procedimentos para a remoção de materiais e entulhos.
d. Avaliação prévia das aberturas existentes no piso.
e. Existência de áreas para a circulação de emergência.
f. Local adequado para a disposição dos materiais retirados.
g. Medidas de contenção de propagação e controle de poeira.
h. Demarcação e sinalização de trânsito de veículos e pessoas.
Antes de iniciar qualquer modalidade de demolição, as linhas de 
abastecimento de energia elétrica, água e gás, bem como as canalizações 
de esgoto e escoamento de água, deverão ser retiradas e protegidas, 
respeitando normas e determinações existentes (FELIX, 2011).
Além dos aspectos acima mencionados, devem ser observados 
itens como: uso de proteção coletiva e individual; remoção de vidros, 
ripados, estuques e outros elementos frágeis; remoção de objetos 
pesados ou volumosos com emprego de dispositivos mecânicos; e 
proibição da permanência de pessoas que possam ter sua estabilidade 
comprometida no processo de demolição (FELIX, 2011).
Escavação, fundação e desmonte de rochas
A etapa de serviço de escavação, fundação e desmonte de rochas 
deve ser realizada e supervisionada conforme projeto elaborado por 
profissional legalmente habilitado. A seguir são apresentados aspectos de 
observância e atuação profissional, conforme prerrogativas da NR-18.
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
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NOTA:
Toda área em que forem realizadas as atividades de 
escavação, fundação e desmonte de rochas, quando 
apresentar riscos, deve ter a adequada sinalização de 
advertência (visível em número e tamanho), inclusive 
noturna. Além disso, deve dispor de barreiras de isolamento 
em todo o seu perímetro. Tais ações são fundamentais 
de forma a impedir a entrada de veículos e pessoas não 
autorizadas. Em escavações, os escoramentos utilizados 
como medidas de prevenção devem ser inspecionados 
diariamente.
Todo projeto de escavação deve considerar previamente as 
características do solo, as cargas que estarão atuantes e os riscos 
existentes, assim como as medidas de preventivas demandadas. Em 
escavações de encostas, devem-se tomar as devidas precauções de 
forma a evitar escorregamentos ou movimentos de grandes proporções. 
Antes de ser iniciada uma obra de escavação ou fundação, o 
responsável técnico deve informar-se sobre a existência de galerias, 
canalizações e cabos, na área a ser trabalhada, bem como estudar e 
avaliar os riscos de impregnação do subsolo por emanação de produtos 
nocivos, insalubres e/ou perigosos, ou seja, é relevante que o profissional 
conheça previamente a área quanto à sua constituição geológica e 
especificidades (FELIX, 2011).
VOCÊ SABIA?
Você sabia que as etapas de escavação com profundidade 
superior a 1,25 metros somente podem ser iniciadas com 
a liberação e a autorização de profissional legalmente 
habilitado? Esta ação deve atender ao disposto em normas 
técnicas nacionais vigentes.
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Figura 10 – Exemplo de escavação
Fonte: Wikimedia Commons.
NOTA:
O talude da escavação, quando indicado no projeto, 
deve ser protegido contra os efeitos da erosão interna e 
superficial durante a execução da obra.
Assim, a sinalização nas etapas de uma obra é muito importante. 
Na escavação, as bordas devem ter uma faixa de proteção de, no mínimo, 
1 metro, livre de cargas, bem como proteção contra a entrada de águas 
superficiais na cava da escavação. Atenção: essas proteções devem sofrer 
constantes manutenções.
Quanto à profundidade das escavações, seguem as recomendações 
conforme NR-18: aquelas com profundidade superior a 1,25 metros 
devem ser protegidas com taludes ou escoramentos definidos em 
projeto elaborado por profissional legalmente habilitado. Estas também 
devem dispor de escadas ou rampas colocadas próximas aos postos de 
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
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trabalho, de forma a permitir, em caso de emergência, a saída rápida dos 
colaboradores (BRASIL, 2020).
Para escavações com profundidade igual ou inferior a 1,25 metros, 
deve-se avaliar no local da escavação a existência de riscos ocupacionais 
e, se necessário, adotar as devidas medidas de prevenção (BRASIL, 2020).
Figura 11 – Escavação com espaço para trânsito de veículos e pessoas
Fonte: Wikimedia Commons.
VOCÊ SABIA?
Você sabia que assim como a demolição, a escavação, 
quando próxima de edificações, deve ser monitorada e seu 
resultado documentado? Além disso, quando existirem, 
próximos da escavação, cabos elétricos, tubulações de 
água, esgoto, gás e outros, devem ser tomadas medidas 
preventivas de modo a eliminar o risco de acidentes durante 
a execução da escavação (BRASIL, 2020).
Quando necessário o trânsito de pessoas sobre as escavações, 
devem ser projetadas passarelas em conformidade com o item 18.8 desta 
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norma regulamentadora. Também, o tráfego próximo às escavações deve 
ser desviado, ou, na sua impossibilidade, devem ser adotadas medidas 
para redução de velocidade (BRASIL, 2020).
Fundaçõesou alicerces são elementos com a finalidade de transmitir 
as cargas de uma edificação para as camadas resistentes do solo, sem 
provocar ruptura do terreno. A escolha do tipo de fundação acompanha a 
função da intensidade da carga e da profundidade da camada resistente 
do solo. As fundações são classificadas em superficiais (rasas ou diretas) e 
profundas (PEREIRA, 2013).
Figura 12 – Fundação rasa de uma casa em comparação às fundações profundas de um 
edifício
Fonte: Wikimedia Commons.
Na fundação superficial, a carga é transmitida ao terreno pelas 
pressões distribuídas sob a base da fundação. Além disso, compreendem 
pequenas escavações no solo, não sendo necessário o uso de 
equipamentos de grande porte para sua execução. Fazem parte das 
fundações superficiais as sapatas (isoladas, associadas, corridas e vigas 
de fundação), os blocos e os radiers (PEREIRA, 2013).
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As fundações profundas transmitem a carga ao terreno pela base 
(resistência de ponta), por sua superfície lateral (resistência de fuste) ou 
por uma combinação das duas. As fundações profundas representativas, 
geralmente, são de grandes projetos, que necessitam transmitir maiores 
cargas ao terreno. Além disso, são indicadas em aplicações de camadas 
superficiais do solo pobres ou fracas. Esse tipo de fundação compreende 
os tubulões, as estacas e os caixões (PEREIRA, 2013).
A NR-18 proíbe o uso de tubulão escavado manualmente com 
profundidade superior a 15 metros. Ainda, segundo a normativa, o tubulão 
escavado manualmente deve ser encamisado em toda a sua extensão; 
executado após sondagem ou estudo geotécnico local, para profundidade 
superior a 3 metros; e ter diâmetro mínimo de 0,9 metros.
A escavação manual de tubulão somente pode ser executada nos 
casos em que haja estabilidade no solo, sem risco de desmoronamento, 
e que seja possível o controle de água em seu interior, além de ser 
precedida da elaboração de um plano de resgate e remoção.
NOTA:
No tubulão escavado manualmente é proibido o trabalho 
simultâneo em bases alargadas em tubulões adjacentes 
e a abertura simultânea de bases tangentes, bem como 
a execução de fundação por meio de tubulão de ar 
comprimido, isto é, com pressão hiperbárica. 
A NR-18 destaca que todo o colaborador envolvido na atividade de 
escavação manual de tubulão deve ter, obrigatoriamente, a capacitação na 
NR-33 e na NR-35, bem como estar com os exames médicos atualizados 
em conformidade com a NR-7, e ter toda sua atividade registrada por 
profissional legalmente habilitado (BRASIL, 2020).
No processo de escavação manual de tubulão, quanto ao 
equipamento de descida e içamento de colaboradores e materiais 
utilizados, este deve:
a. Dispor de sistema de sarilho, projetado por profissional legalmente 
habilitado, fixado no terreno, fabricado em material resistente e 
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com rodapé de 0,2 metros em sua base, dimensionado conforme 
a carga e apoiado com, no mínimo, 0,5 metros de afastamento em 
relação à borda do tubulão.
b. Ser dotado de sistema de segurança com travamento.
c. Ter dupla trava de segurança no sarilho, sendo uma de cada lado.
d. Ter corda de cabo de fibra sintética.
e. Utilizar corda de sustentação do balde com comprimento de 
modo que haja, em qualquer posição de trabalho, no mínimo, 6 
voltas sobre o tambor.
f. Ter gancho com trava de segurança na extremidade da corda do 
balde.
Assim, como o processo de escavação manual demanda critérios 
específicos, a operação dos equipamentos de descida e içamento de 
colaboradores e materiais, também devem atender a determinados 
aspectos, como:
a. Liberação do serviço a cada etapa (abertura de fuste e alargamento 
de base), devidamente registrada em livro de registro diário de 
escavação.
b. Dispor de sistema de ventilação por insuflação de ar por duto, 
captado em local isento de fontes de poluição, ou, em caso 
contrário, adotar processo de filtragem do ar.
c. Depositar materiais longe da borda do tubulão, com distância 
determinada pelo estudo geotécnico.
d. Ter cobertura quando o serviço for executado a céu aberto.
e. Providenciar isolamento, sinalização e fechamento de poços nos 
intervalos e no término da jornada de trabalho.
f. Impedir o trânsito de veículos nos locais de trabalho.
g. Paralisar imediatamente as atividades de escavação no início de 
chuvas quando o serviço for executado a céu aberto.
h. Utilizar iluminação blindada e à prova de explosão. 
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No desmonte de rochas, o armazenamento, manuseio e transporte 
de explosivos, deverá sempre obedecer às recomendações de segurança 
do fabricante, bem como observar os métodos estabelecidos pelo órgão 
competente.
Figura 13 – Preparação do explosivo C-4 militar para detonação
Fonte: Wikimedia Commons.
Em operações de desmonte de rocha a fogo, aquelas que utilizam 
explosivos, é obrigatória a elaboração de um plano de fogo para cada 
detonação, por profissional legalmente habilitado. Esse plano deve 
considerar os riscos ocupacionais e as medidas preventivas adequadas à 
segurança e à saúde dos colaboradores (BRASIL, 2020).
VOCÊ SABIA?
Você sabia que em operações de desmonte de rocha a fogo 
há a necessidade de existir um bláster responsável pelo 
armazenamento/preparação de cargas e carregamento de 
minas. Ele é responsável pela ordem de fogo, a detonação 
e a retirada/destinação dos explosivos que não explodiram.
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Figura 14 – Exemplo de bate-estaca
Fonte: Wikipedia Commons.
Em caso de utilização de bate-estacas, os cabos de sustentação 
do pilão, em qualquer posição de trabalho, devem ter o comprimento 
mínimo em torno do tambor definido pelo fabricante ou profissional 
legalmente habilitado, que está envolvido na operação da etapa. Quando 
o bate-estacas não estiver em operação, o pilão deve permanecer em 
repouso sobre o solo ou no fim da guia do seu curso. 
Carpintaria e armação
As áreas de carpintaria, corte, dobragem e armação de vergalhões 
de aço devem ter piso resistente, nivelado e antiderrapante; cobertura 
contra intempéries e queda de materiais; e lâmpadas para iluminação, 
bem como antever procedimentos de coleta e remoção de resíduos, 
sendo isoladas contra circulação de pessoas não autorizadas.
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
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NOTA:
Os procedimentos desta etapa da obra devem prever o 
desenvolvimento de atividades de deslocamento, sempre 
visando que o material escorregue, tombe ou desmorone.
Estrutura de concreto
Em etapas de estruturas de concreto, o projeto das formas e dos 
escoramentos deve ter a indicação da sequência de retirada das escoras; 
indicar o isolamento e a sinalização quando na montagem ou desforma; 
apresentar medidas preventivas quanto à queda livre das peças; e ser 
elaborado por profissional legalmente habilitado (BRASIL, 2020).
Figura 15 – Armadura de aço em uma peça de concreto
 
Fonte: Wikimedia Commons.
Ainda, conforme a normativa NR-18, a operação de concretagem 
deve ser supervisionada por colaborador capacitado, que deve observar 
as seguintes medidas em sua atividade (BRASIL, 2020):
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
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a. Inspecionar equipamentos e sistemas de alimentação de energia 
antes e durante a execução dos serviços.
b. Inspecionar as peças e as máquinas do sistema transportador de 
concreto antes e durante a execução dos serviços.
c. Inspecionar o escoramento e a resistência das formas antes e 
durante da execução dos serviços.
d. Isolar e sinalizar o local em que é executada a concretagem, 
permitido o acesso somente à equipe envolvida.
e. Dotar as caçambas transportadoras de concreto de dispositivos 
de segurança que impeçam o seu descarregamento acidental.
Estruturas metálicas
Toda montagem, manutenção e desmontagem de etapa de 
estruturametálica deve estar sob responsabilidade de profissional 
legalmente habilitado, bem como constar no respectivo PGR da obra. 
É importante destacar que nesta etapa, devido às suas especificidades, 
é obrigatório fornecer ao colaborador recipiente e/ou suporte para o 
depósito de materiais e/ou ferramentas, necessárias à execução.
Trabalho a quente
DEFINIÇÃO:
Conforme a NR-18, o trabalho a quente compreende as 
atividades de soldagem, goivagem, esmerilhamento, corte 
ou outras, que possam gerar fontes de ignição, tais como 
aquecimento, centelha ou chama (BRASIL, 2020).
Toda atividade de trabalho a quente deve ter a análise de risco 
específico, com destaque àquelas que envolvam materiais combustíveis 
ou inflamáveis no entorno; ou forem realizadas em área sem prévio 
isolamento e não destinada para este fim (BRASIL, 2020).
O local e as adjacências em que o trabalho a quente será realizado 
deve sofrer inspeção preliminar e observar: limpeza e isenção de agentes 
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
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combustíveis, inflamáveis, tóxicos e contaminantes, por meio de medidas 
preventivas. Além disso, devem ser imediatamente liberados, quando da 
constatação de ausência de atividades incompatíveis com a atividade 
(BRASIL, 2020).
Figura 16 – Soldagem de arco elétrico
 
Fonte: Wikimedia Commons.
VOCÊ SABIA?
Você sabia que, quando necessário, nesta etapa, pode 
existir um colaborador que exerça a função de observador 
das atividades? Será a função de acompanhar toda a 
atividade até sua conclusão. Este colaborador deve ter 
capacitação em prevenção e combate a incêndio.
Compreendem medidas de prevenção contra incêndio: a 
eliminação ou o controle de possíveis riscos de incêndios; 
instalação de proteção contra o fogo, respingos, calor, 
fagulhas ou borras, de modo a evitar o contato com materiais 
combustíveis ou inflamáveis; manutenção de sistema de 
combate a incêndio desobstruído e próximo à área de 
trabalho; e inspeção do local e as áreas adjacentes, quando 
do término da atividade, a fim de evitar princípios de incêndio.
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
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IMPORTANTE:
Em trabalhos a quente que utilizarem gases, devem ser 
adotadas as seguintes medidas: uso de gases adequados 
à aplicação, atendendo às instruções do fabricante 
previstas em Ficha de Informação de Segurança de 
Produtos Químicos (FISPQ); uso de reguladores de pressão 
e manômetros calibrados e em conformidade com o gás 
empregado; uso de acendedores que produzam somente 
centelhas; e proteção contra o contato de oxigênio sob alta 
pressão com matérias orgânicas, tais como óleos e graxas.
Serviços de impermeabilização
Os serviços de aquecimento, transporte e aplicação de 
impermeabilizante em edificações, conforme a NR-18, devem atender às 
normas técnicas nacionais vigentes (BRASIL, 2020). Cumpre destacar que 
o reservatório para aquecimento deve observar os seguintes aspectos: 
identificação do fabricante ou importador (nome e CNPJ), disponibilidade 
de manual técnico de operação, tampa com respiradouro de segurança e 
medidor de temperatura.
Assim como o reservatório de aquecimento, o local de instalação 
deste deve atender a aspectos como ventilação natural ou forçada, 
nivelamento adequado e isolamento e sinalização de advertência, bem 
como ser mantido limpo e organizado. 
NOTA:
Sistemas de aquecimento a gás devem atender aos 
seguintes requisitos: cilindros de gás devem ter capacidade 
de, no mínimo, 8 kg; ser instalados a, no mínimo, 3 metros 
do equipamento de aquecimento; aqueles com capacidade 
igual ou superior a 45 kg devem estar sobre rodas. 
Em serviços de impermeabilização, é vetado o uso de 
aquecimento à lenha, e o movimento de equipamento de 
aquecimento com a tampa destravada. Todo colaborador 
envolvido nesta etapa deve ter capacitação adequada.
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
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Telhados e coberturas
Em etapas que envolvam serviço em telhados e coberturas que 
excedam 2 metros de altura com risco de queda de pessoas, aplica-se o 
disposto na Norma Regulamentadora NR-35.
É vetada a realização de trabalho/atividades em telhados ou 
coberturas que estejam: sobre superfícies instáveis ou que não tenham 
resistência estrutural; sobre superfícies escorregadias; sob chuva, ventos 
fortes ou condições climáticas adversas; sobre fornos ou qualquer outro 
equipamento do qual haja emanação de gases provenientes de processos 
industriais; sujeito à concentração de cargas em um mesmo ponto sobre 
telhado ou cobertura, exceto se autorizada por profissional legalmente 
habilitado.
RESUMINDO:
Caro estudante, você chegou ao fim de mais um Capítulo 
desta unidade. Como estão seus estudos e leituras? Neste 
Capítulo, avançamos no estudo da Norma Regulamentadora 
NR-18, com destaque à segurança nas etapas da obra 
civil. Compreendeu-se que item “Segurança nas etapas 
da obra civil” na norma é responsável por tratar as ações 
de segurança necessárias nas diferentes etapas de um 
canteiro de obra. Logo, justifica-se o estudo das etapas de 
uma obra civil, bem como de suas especificidades. Além 
disso, constatou-se que são etapas da obra, conforme 
item 18.7 da NR-18: demolição; escavação, fundação e 
desmonte de rochas; carpintaria e armação; estrutura de 
concreto; estruturas metálicas; trabalho a quente; serviços 
de impermeabilização; e telhados e coberturas (BRASIL, 
2020).
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
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Serviços em flutuantes
OBJETIVO:
Neste capítulo, você compreenderá a sinalização, a 
capacitação e os serviços em flutuantes. E então? Motivado 
a desenvolver esta competência? Foco e bons estudos!
INTRODUÇÃO:
Caro estudante, seja bem-vindo. Iremos dar sequência ao 
estudo da Norma Regulamentadora n° 18, com destaque 
aos serviços realizados em flutuantes. Este item é 
responsável por tratar as ações de segurança necessárias 
em atividades que ocorram em plataformas flutuantes. 
Preparado? Desejamos a você uma boa leitura e um bom 
aproveitamento de seus estudos.
Aspectos de segurança em flutuantes
Com a nova redação da Norma Regulamentadora n° 18, foi publicada 
a Portaria SEPRT n° 3.733/2020. Nesta reformulação, ficaram 13 itens que 
reportam o atendimento às normas de autoridades marítimas, NORMAM-02/
DPC, de 2005, mantendo as principais exigências e simplificando itens.
Figura 17 – Plataforma de apoio utilizada na construção da ponte rodoferroviária Rubinéia/
SP até Aparecida do Taboado/MS
 
Fonte: Wikimedia Commons.
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
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VOCÊ SABIA?
Você sabia que a NORMAM-02/DPC estabelece normas 
da autoridade marítima para embarcações destinadas 
à navegação interior? Além disso, é aplicável a todas as 
embarcações de bandeira brasileira destinadas à navegação 
interior, com exceção de embarcações empregadas na 
atividade de esporte e/ou recreio, e sob as embarcações 
da Marinha do Brasil.
Embarcação constitui qualquer construção, inclusive as 
plataformas flutuantes e, quando rebocadas, as fixas, 
sujeita à inscrição na autoridade marítima e suscetível 
de se locomover na água, por meios próprios ou não, 
transportando pessoas ou cargas. As embarcações são 
classificadas quanto ao tipo de navegação, à atividade ou 
ao serviço em que serão empregadas. Assim, plataforma 
flutuante compreende o tipo de embarcação sem propulsão 
própria utilizada para emprego diverso (BRASIL, 2005).
Para a realização de serviços em flutuantes, as plataformas 
flutuantes devem estar regularmente inscritas na Capitania 
dos Portos e, portar os seguintes documentos: Título de 
Inscrição de Embarcação (TIE) ou Provisão de Registro de 
Propriedade Marítima (PRPM) originais, e Certificado de 
Segurança de Navegação (CSN) válido (BRASIL, 2020).
NOTA:
Além dessa documentação, em plataformas flutuantes, 
deve existir uma placa, em lugar visível e em língua 
portuguesa, indicativa da quantidade máxima de pessoas 
e da carga máxima permitida a ser transportadaspela 
plataforma.
A NORMAM-02/DPC recomenda que a periferia da plataforma 
flutuante deve ter guarda-corpo de proteção contra quedas de 
colaboradores (balaustrada), bem como iluminação de segurança 
estanque às condições climáticas, quando da realização de atividades 
noturnas (BRASIL, 2005).
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
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Outro requisito de segurança a ser observado nesta modalidade 
de serviço, é que as superfícies de trabalho das plataformas flutuantes 
devem ter piso antiderrapante, em bom estado de conservação, e dotados 
de guarda-corpos e corrimão. Essa observação estende-se aos pontos de 
embarque, escadas e rampas (BRASIL, 2020).
Na plataforma flutuante deve haver equipamentos de salvatagem, 
em conformidade com a referida norma. Ainda, é obrigatória a instalação 
de equipamentos de combate a incêndio (extintores de incêndio em 
número e capacidade adequados) (BRASIL, 2005).
São exemplos de equipamentos de salvatagem: embarcações de 
sobrevivência, colete salva-vidas, boia salva-vidas e artefatos pirotécnicos 
(BRASIL, 2005).
a. Embarcação de sobrevivência – é um meio coletivo de abandono 
de embarcação em perigo, capaz de preservar a vida de pessoas 
durante certo período, enquanto aguardam socorro. São exemplos 
de embarcações de sobrevivência o aparelho flutuante e a balsa 
inflável classe III.
b. Colete salva-vidas – é um meio individual de abandono, capaz 
de manter uma pessoa, mesmo inconsciente, flutuando por, 
no mínimo, 24 horas. Os coletes podem ser rígidos ou infláveis, 
podendo ser fabricados em tamanhos diferentes.
Toda atividade que oferecer risco de queda na água, deve utilizar 
colete salva-vidas, homologado pela Diretoria de Portos e Costas (DPC). 
Quando da execução de trabalhos a quente em plataformas flutuantes, 
deve-se utilizar colete salva-vidas retardante de chamas (BRASIL, 2020).
NOTA:
Devem ser disponibilizados coletes salva-vidas em número 
mínimo igual ao de pessoas a bordo, bem como botes salva-
vidas em número suficiente e devidamente equipados.
Assim, como é obrigatório o uso de colete salva-vidas, 
também é obrigatório o uso de botas com elástico lateral 
nas atividades em plataformas flutuantes.
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Figura 18 – Colete salva-vidas
Fonte: Wikimedia Commons.
c. Boia salva-vidas – é um equipamento de salvamento que atua 
como meio flutuante de apoio para a pessoa que caiu na água, 
enquanto esta aguarda por salvamento. Esse equipamento deve 
ter fixado em 4 pontos equidistantes em sua periferia, um cabo de 
náilon, que constitua alças que facilitarão o seu lançamento, bem 
como servirão para apoio ao náufrago (BRASIL, 2005)
A boia salva-vidas também deve ter uma retinida flutuante de 20 
metros de material sintético, capaz de flutuar, devendo ter diâmetro 
mínimo de 8 mm.
d. Artefatos pirotécnicos – são dispositivos que, de dia e à noite, 
têm a função de indicação de que uma embarcação/pessoa se 
encontra em perigo. É UMA forma de sinalizar que foi recebido e 
entendido o sinal de socorro emitido.
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
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VOCÊ SABIA?
Você sabia que todo equipamento de salvatagem deve 
ter as seguintes informações: número do certificado de 
homologação emitido pela DPC, nome do fabricante, 
modelo, classe, número de série (caso aplicável) e data de 
fabricação? (BRASIL, 2005).
Figura 19 – Boia salva-vidas
Fonte: Wikimedia Commons.
Outros aspectos devem ser considerados em serviços em flutuantes, 
como: ter colaboradores capacitados em salvamento e primeiros socorros, 
na proporção de 2 para cada 20 colaboradores ou fração.
Disposições gerais da NR-18
De forma complementar ao seu estudo, aqui são apresentados 
alguns pontos das disposições gerais da NR-18. Este tópico tem como 
finalidade reunir preceitos comuns a mais de um item desta normativa, 
com destaque aos tópicos iniciais já estudados (BRASIL, 2020).
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
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a. As atividades da indústria da construção devem adotar as medidas 
de prevenção conforme a hierarquia prevista na NR-1.
b. As vestimentas de trabalho devem ser fornecidas em conformidade 
e atendimento ao previsto na NR-24.
c. O levantamento manual ou semimecanizado de cargas, em 
atividades da indústria da construção, deve ser executado de 
acordo com a NR-17.
d. Na etapa de planejamento de qualquer atividade, deve-se prever 
o armazenamento e a estocagem de materiais de forma a não 
gerar acidentes, prejudicar o trânsito de pessoas ou a circulação 
de materiais, dificultar o acesso aos equipamentos de combate a 
incêndio, bem como não obstruir portas ou saídas de emergência.
e. Os locais destinados ao armazenamento de materiais tóxicos, 
corrosivos, inflamáveis ou explosivos devem: ser isolados, 
apropriados e sinalizados; permitir o acesso somente de pessoas 
devidamente autorizadas; e dispor de FISPQ.
f. O canteiro de obras deve ser dotado de medidas de prevenção 
de incêndios, em conformidade com a legislação estadual e as 
normas técnicas nacionais vigentes. Além disso, deve dispor de 
saídas que viabilizem o abandono rápido e seguro.
Figura 20 – Dispositivo de medida de prevenção de incêndio
Fonte: Wikimedia Commons.
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NOTA:
É dever do empregador informar todos os colaboradores 
sobre a utilização dos equipamentos de combate ao 
incêndio, dispositivos de alarme existentes, bem como 
procedimentos para abandono dos locais de trabalho com 
segurança.
g. As saídas e as vias de passagem devem ser claramente sinalizadas 
por meio de placas ou sinais luminosos que indiquem a direção 
da saída. Além disso, nenhuma saída de emergência deve ser 
fechada à chave ou trancada durante a jornada de trabalho.
h. É obrigatória a colocação de tapume, com altura mínima de 2 
metros, sempre que forem executadas atividades da indústria da 
construção, de forma a impedir o acesso de pessoas estranhas 
aos serviços.
Figura 21 – Tapume de obra civil
 
Fonte: Wikiversity.
i. Em acidentes fatais, é obrigatória a adoção das seguintes medidas, 
pelas organizações da construção civil:
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
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 • Comunicar de imediato, e por escrito, ao órgão regional 
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, que 
repassará a informação ao sindicato da categoria profissional.
 • Isolar o local diretamente relacionado ao acidente, mantendo 
suas características até sua liberação pela autoridade policial 
competente, e órgão regional competente em matéria de 
segurança e saúde no trabalho. Cumpre destacar que a liberação 
do local pode ser concedida em até 72 horas, contadas do 
protocolo de recebimento da comunicação escrita ao referido 
órgão.
RESUMINDO:
Caro estudante, chegamos ao final de mais um capítulo. 
Como está sendo seu aprendizado até aqui? Neste Capítulo, 
avançamos no estudo da Norma Regulamentadora NR-
18, com destaque à segurança em serviços realizados 
em flutuantes. Compreendeu-se que na reformulação 
da NR-18, ficaram 13 itens que reportam o atendimento à 
NORMAM-02/DPC, mantendo as principais exigências e 
simplificando itens. Desejo a você um bom estudo deste 
material. Não se limite à leitura aqui tratada, existe uma 
infinidade de obras a serem exploradas por você. 
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Marinha do Brasil. Diretoria de Portos e Costas. Normas da 
autoridade marítima para embarcações empregadas na navegação 
interior: NORMAM-02/DPC. 2005. Disponível em: https://www.marinha.
mil.br/dpc/sites/www.marinha.mil.br.dpc/files/normam-02_dpc_mod18.
pdf. Acesso em: 23 maio 22022.
BRASIL. Ministério da Economia. Secretaria Especial de Previdência 
e Trabalho. Portaria n° 3.733, de 10 de fevereiro de 2020. Aprova a nova 
redação da Norma Regulamentadora n° 18 – Segurança e Saúde no 
Trabalho na Indústria da Construção. Diário Oficialda União: Brasília, DF, 
2020. Disponível em: https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-3.733-
de-10-de-fevereiro-de-2020-242575828. Acesso em: 23 maio 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SIT n.º 84, de 04 de março de 
2009. Altera a redação do item 1.7 da Norma Regulamentadora nº 1. Diário 
Oficial da União: Brasília, DF, 2009.
FELIX, C. Engenharia de segurança do trabalho na indústria da 
construção. 2. ed. São Paulo: Fundacentro, 2011.
FERREIRA, R. S. O. Guia para gestão de segurança nos canteiros 
de obra: orientação para prevenção dos acidentes e para o cumprimento 
das normas de SST. Brasília: Cbic, 2017.
PEINADO, H. S. Segurança e saúde do trabalho na indústria da 
construção civil. São Carlos: Scienza, 2019.
PEREIRA, C. Noções básicas de fundações. Escola Engenharia, 
2013. Disponível em: https://www.escolaengenharia.com.br/nocoes-
basicas-de-fundacoes. Acesso em: 22 maio 2022.
PEREIRA, C. Tipos de demolição. Escola Engenharia, 2014. Disponível 
em: https://www.escolaengenharia.com.br/tipos-de-demolicao. Acesso 
em: 22 maio 2022.
PORTELA, G. Gerenciamento de riscos baseado em fatores 
humanos. São Paulo: LTC, 2013.
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18
55
VAREJÃO, F. M. D. Gerência de riscos na construção civil: guia 
prático. [s. l. s. n.], 2015.
Segurança do Trabalho na Construção Civil – NR-18

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