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Teologia Sistemática

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APOSTILA 
DE 
TEOLOGIA SISTEMÁTICA 
 
3ª EDIÇÃO 
 
JOHN SCOTT HORREL, é norte-americano e foi, durante muitos anos, missionário no Brasil. Formado em 
Literatura Inglesa, ele aprimorou seus conhecimentos teológicos na comunidade evangélica L’Abri, na Suíça, a 
qual era dirigida por Francis Schaeffer. Mais tarde, faria o Mestrado em Teologia no Dallas Theological 
Seminary, nos EUA, antes de ir para Porto Alegre como missionário. Voltaria, então, para Dallas, onde obteria 
seu título de Doutor em Teologia, mas logo retornaria ao Brasil, estabelecendo-se em São Paulo. Na capital 
paulista, chegou a ser o coordenador da Graduação da Faculdade Teológica Batista. Atualmente, é professor do 
Departamento de Teologia Sistemática do Dallas Theological Seminary, lecionando os tópicos que mais gosta – 
Salvação, Trindade e Religiões do Mundo. Além disso, é professor do Programa de Doutorado em Educação 
Teológica do Seminário Teológico Centroamericano (SETECA). Embora o seminário se localize na Guatemala, 
seu programa é lecionado à distância para alunos de toda a América Latina. Scott também é autor do livro 
Maçonaria e Fé Cristã (Mundo Cristão) e organizador dos dois volumes de Ultrapassando Barreiras: novas 
opções para a Igreja Brasileira na virada do século XXI (Vida Nova). 
ANO 1989 
Índice 
 
3ª Edição, J. Scott Horrell 
Abril de 1989 
 
1. O Porquê da Teologia Sistemática ....................................................................................................... 3 
2. Bibliologia I: Revelação, Inspiração .................................................................................................... 6 
3. Bibliologia II: Inerrância, Cânon ....................................................................................................... . 8 
4. A Bíblia em Português ....................................................................................................................... 12 
5. A Natureza de Deus: Estudo em Casa ................................................................................................ 15 
6. A Doutrina de Deus ............................................................................................................................ 16 
7. A Santíssima Trindade: A Base Bíblica ............................................................................................. 19 
8. A Santíssima Trindade e a Perspectiva Cristã do Universo ............................................................... 23 
9. A Doutrina dos Anjos ......................................................................................................................... 28 
10. Satanás e a Demonologia ....................................................................................................................29 
11. A Criação do Mundo .......................................................................................................................... 31 
12. Antropologia Bíblica .......................................................................................................................... 35 
13. Harmatiologia: A Queda e a Depravação Humana ............................................................................ 39 
14. Habacuque e o Problema do Mal: Estudo em Casa ........................................................................... 42 
15. O Problema do Mal ............................................................................................................................ 44 
16. O Cristão e seu Mundo ....................................................................................................................... 47 
17. O Cristão e os Pobres ......................................................................................................................... 50 
18. A Pessoa de Cristo: Estudo em Casa .................................................................................................. 54 
19. Os Credos Cristológicos da Igreja Primitiva (Anexo) ....................................................................... 55 
20. A Pessoa de Jesus Cristo I: Cristologia Histórica .............................................................................. 56 
21. A Pessoa de Jesus Cristo II: Cristologia Bíblica ................................................................................ 59 
22. Mariologia .......................................................................................................................................... 63 
23. A Morte, Ressurreição e Ascenção .................................................................................................... 65 
24. Soteriologia ........................................................................................................................................ 70 
25. O Cristão e o Sábado: Estudo em Casa .............................................................................................. 77 
26. Predestinação, Eleição e Livre-Arbítrio ............................................................................................. 79 
27. O Dom de Línguas: Estudo em Casa ................................................................................................. 83 
28. A Obra do Espírito Santo na Vida Cristã ........................................................................................... 84 
29. A Vida Cristã ...................................................................................................................................... 89 
30. Uma Teologia da Igreja: Estudo em Grupo ....................................................................................... 91 
31. Eclesiologia I: AS Funções da Igreja ................................................................................................. 92 
32. Os Dons da Igreja (Anexo).................................................................................................................. 95 
33. Uma Teologia da Liderança em Equipe: Estudo em Casa/Anexo ..................................................... 97 
34. Eclesiologia II: A Forma da Igreja ................................................................................................... 100 
35. A Vida Cristã em Comunidade: Mandamento Recíprocos, Disciplina ............................................ 102 
 2
36. Escatologia I: Milenismo ................................................................................................................. 104 
37. Escatologia II: A Tribulação e o Arrebatamento ............................................................................. 108 
38. Escatologia III: Depois da Morte ..................................................................................................... 113 
39. Escatologia IV: O Céu e o Inferno ................................................................................................... 115 
40. Uma Bibliologia Prática ................................................................................................................... 118 
 
O Porquê da Teologia Sistemática 
Introdução: 
Reações comuns contra o estudo teológico: 
 
I. DEFINIÇÕES: 
A) “Teologia”: 
1. Definição popular: “1. Estudo das questões referenciais aos conhecimento da divindade, de seus atributos e relações com o 
mundo e com os homens, e à verdade religiosa. 2. O estudo racional dos textos sagrados, dos dogmas e das tradições do cristianismo. 3. 
Tratado ou compêndio de teologia (1 e 2). 4. Ou conjuntos de conhecimento relativos a teologia (1 e 2), ou que tem implicações com ela, 
ministrados em cursos ou nas respectivas faculdades. 5. Os teólogos.” Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (2ª ed. 1986). 
P.1164. 
2. Etimologia: Gr. Teos (teos), “Deus” + logos (logos), “palavra, assunto”; ou logizomai (logizomai), avaliar, levar em 
conta, calcular, estimar, pensar sobre, crer”[AG, pp.476s]. Então, a palavra em si significa que teologia é “a palavra, o estudo ou a 
ci^necia sobre Deus”. Cf. Lc 8:21; Rm 3:2 e 1Pe 4:11. 
3. Definições técnicas de teologia: 
a. “O juntar, organizar científico, comparar, apresentar e defender de todos os fatos sobre Deus e Suas obras de 
quaisquer e de toda as fontes.” L. S. Chafer, Sistematic Theology (1947), 1:6. Assim em termos ideais, existe uma teologia sistemática 
verdadeira que engloba as diferentes perspectivas dos autores bíblicos; a tarefa do teólogo é aproximar-se ao máximo desta teologia 
absoluta e verdadeira. Portanto, há somente uma teologia absoluta. 
b. “Aquela disciplina que se esforça para apresentar uma declaração coerente da doutrina da fé Cristã, baseada 
principalmente nas Escrituras, colocada no contexto da cultura geral, exprimida no idioma contemporâneo, e relacionada com a maneira 
de viver do Homem”. Millard J. Erickson, Cristian Theology, (1983) 1:21. Assim, a verdade bíblica deve ser exprimida em formas 
relativas às culturas dos ouvintes; ela está em diálogo contínuo com o contexto atual do homem. Logo, cada língua, cultura e época terão 
teologias um pouco diferentes, devido à comunicação da verdade divina em contextos diversos. 
c. A Posição do Professor: 
 
B. “Doutrina”: 
1. Definição popular: “1. Conjunto de princípios que servem de base a um sistema religioso, político, filosófico, científico, 
etc. 2. Catequese cristã. 3. Ensinamento, pregação. 4. Opinião de autores. 5. Texto de obras escritas. 6. Regra, preceito, norma”. Novo 
Aurélio, (1986), p. 610. 
2. Uso neo-testamentário: 
a. Jesus é freqüentemente chamado didáskalos (didáskalos), “professor, mestre” [Hb. Raboni] Jo 20:16. O NT 
apresenta vários mestres da igreja primitiva. O Espírito Santo dá o dom de didáskalos – 1 Co 12:28, 29; Ef 4:11. Na verdade, a palavra é 
usada 58 vezes no NT, c/ 42 vezes por Jesus. 
b. Didasko vb. (didasko) quer dizer “ensinar”; usada 97 vezes no NT. Veja Mt 28:19; Col 1:28; 3:16; 2 Tm 2:2. 
c. Didaquê (didaquê), doutrina, ensinamento”; 30 vezes. Por fim. É surpreendente quanto o Nt fala de ensino. Os 
eruditos das religiões do mundo notam que o cristianismo, desde o princípio, tem enfatizado mais o doutrina do que qualquer outra 
religião. 
3. Por quê há tanta ênfase sobre doutrina no NT? 
a. A doutrina é o conteúdo da fé: fé em si exige um objeto: o valor da fé depende do objeto desta fé; a fé que 
salva deve ser baseada na verdade de Jesus Cristo. 
b. Há preocupação sobre doutrina falsa: Tt 1:9; Hb 13:9; 2 Jo 9-10. 
c. A doutrina é a base da toda prática critã. As epístolas paulinas quase sempre estabelecem uma base 
doutrinária, e depois fazem aplicações no comportamento do crente. Assim, um conhecimento de doutrina é necessário para uma vida 
consagrada e santa. 
 
II. A IMPORTÂNCIA E O PERIGO DA TEOLOGIA: 
A. Todos são Teólogos: Qualquer pensamento sobre Deus é teologia, seja falso ou verdadeiro. Até o ateísta rejeita algum conceito 
que ele chama de “Deus”. Todos tem uma teologia implícita. 
B. A Teologia Define Seu Universo: A definição e a crença que você tem em (ou sua rejeição de) um “Deus” determinará a sua 
perspectiva do universo e indicará o seu sistema de valores e ética. Muitos, como o teólogo da libertação Juan Luis Segundo, definem 
Deus como aquela coisa que tem o máximo valor para o indivíduo. Para nós como “evangelicais”, a teologia leva-nos além do mundo 
natural para percebermos uma verdadeira realidade sobrenatural, cheia de significado. Veja “Perspectivas Antropológicas”. 
C. A Teologia Ortodoxa Estabelece Absolutos para a Fé: Nas oscilações da história e do pensamento humano, a doutrina ortodoxa 
preserva o equilíbrio da nossa fé cristã. A doutrina adverte-nos quando corremos perigo. E ela nos encoraja quando estamos pensando 
corretamente. 
 3
D. A Doutrina É a Conclusão Humana sobre a Revelação Divina: Devemos reconhecer que: 
1. A revelação divina, e especificamente a Bíblia, é a meta absoluta da teologia; nenhum sistema teológico é infalível ou última 
palavra diante das Escrituras. 
2. Nenhum teólogo teve ou tem a palavra final sobre a verdade de Deus. Enquanto há várias doutrinas relativamente concretas, há 
muito que não sabemos. Além disso, existem muitas influências que modificam a maneira pela qual interpretamos a revelação 
divina. 
3. Por isto, devemos manter uma atitude de humildade e de temor ao Senhor. A nossa teologia pode conter erros ou pontos 
inexatos. Quem ama ao Senhor irá buscar conhecê-lo mais a cada dia. Como seres finitos, enquanto podemos conhecer a 
verdade sobre Deus e ter um relacionamento íntimo com Ele, nunca podemos ter um conhecimento completo sobre Ele. O 
infinito não cabe dentro dos nossos limites. 
E. A Doutrina Não é Substituta para Obediência e Fé: A sabedoria bíblica é o saber e o viver. Ninguém 
condenou mais a hipocrisia do que o próprio Jesus Cristo: “E todo aquele que ouve estas minhas palavras e 
não as pratica, será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia”. Mt 7:26. 
 
III. A METODOLOGIA DA TEOLOGIA 
A. Pano de Fundo: Há muitas maneiras de formar uma teologia. Hoje em dia, as metodologias da teologia são sobremodo 
estudadas e debatidas. É óbvio que a sua metodologia de fazer teologia tem muito a haver com suas conclusões, como 
a história da igreja tem demonstrado (e.g. Origines, Atanásio, Tomás de Aquino, Calvino, Schleiermacher, 
Bultamnn). As grandes doutrinas da história cristão foram geralmente formadas através de uma interpretação objetiva 
do texto bíblico (a Trindade, a união hipostática de Cristo, a expiação substitutiva, etc.). Em parte, a Reforma 
aconteceu porque mais e mais pessoas começaram de estudar a Bíblia de uma maneira indutiva e literalista. Na 
verdade, durante vários séculos, a teologia dói chamada “a rainha das ciências”. 
B. Estudo Bíblico Indutivo: O famoso ditado da Reforma foi “Somente Cristo, somente fé, somente as Escrituras”. O 
evangelicalismo é a fé do Livro, i.é., da Bíblia. Tentamos fundamentar, ao máximo possível, as nossas doutrinas, no 
estudo natural e objetivo das Palavras de Deus. Pressupomos que podemos entender estas verdades divinas, através do 
estudo científico da Bíblia, do raciocínio humano, e da obra do Espírito Santo nas nossas almas. Logo, o 
conhecimento de Deus é epistemologicamente possível, e estes pensamentos sobre Deus podem chegar a ser corretos 
através do estudo da Palavra. Veja “Hermenêutica”. 
C. Uma Metodologia Básica: Gordon R. Lewis e Bruce A. Demarest, em Integrative Theology 3 vols. 
(Zonderven/Acadamie, 1987), I:7-9s, desenvolveram uma metodologia útil para os que querem se aprofundar. Há seis 
passos: 
1. Definir e esclarecer o problema ou questão teológica. 
2. Identificar as várias soluções do problema que foram sugeridas na história cristã; há muitas idéias profundas do passado que são 
conhecidas hoje. 
3. Estudar a fonte da teologia cristã, a Bíblia, para determinar exatamente o que diz o texto, e chegar às conclusões preliminares. 
4. Relacionar as conclusões preliminares com a revelação geral (natureza, etc.), e com as outras doutrinas já estabelecidas para 
concretizar esta resposta teológica. Há três exigências para uma conclusão viável: a) é logicamente consistente; b) esta de 
acordo com os dados da revelação específica e geral; c) é possível viver em obediência a esta verdade. 
5. Defender esta conclusão diante da oposição das ideologias contrárias. 
6. Aplicar as conclusões teológicas às situações específicas da vida neste mundo. Isto é, há uma verdade divina, mas há muitas 
aplicações nos diferentes contextos e situações em que vive o ser humano. O alvo da teologia é submeter todas as dimensões do 
pensamento sob o senhorio de Jesus Cristo. 
 
IV. AS DIVISÕES DA TEOLOGIA CRISTÃ: 
A. Teologia bíblica (ou exegética): “Aquele ramo da ciência que trata sistematicamente do progresso da auto-revelação 
de Deus contida na Bíblia” Charles C. Ryrie. 
1. Focaliza-se na Bíblia ou em uma porção da Bíblia. 
2. Inclui o estudo das línguas originais, hermenêutica, arqueologia bíblica, e tudo que envolve a exegese do texto. 
B. TeologiaNatural: A formação da verdade sobre Deus e as Suas obras através de fontes fora da Bíblia, como a criação, 
a história, e a lógica e experiência humana. 
C. Teologia histórica: Baseia-se na história do desenvolvimento doutrinário; este ramo da teologia estuda as origens, o 
progresso, as aberrações da doutrina, bem como a expansão de Cristianismo através das missões, instituições e 
práticas sociais. Inclui o estudo dos concílios antigos, e até mesmo teologia contemporânea. 
D. Teologia Sistemática: Deriva-se das disciplinas acima, a teologia sistemática é o arranjo científico da toda verdade 
sobre Deus, as Suas obras, e as implicações neste mundo. 
1. É um sistema lógico e humano, que aborda os princípios divinos. 
2. Inclui, além disso, filosofia, dogmática, apologética e ética. 
E. Teologia Prática: É a aplicação da teologia sistemática na vida, com o fim de glorificar a Deus, e realizar a salvação e 
santificação nas vidas humanas. Inclui evangelização, educação cristã, homilética, ministério pastoral, 
aconselhamento, administração e missões. 
 
V. O Lugar da Teologia Sistemática: 
 4
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO: 
“Como é que não podemos não fazer doutrina? Ensinamos a verdade, ou ensinamos erro, ou não ensinamos absolutamente nada”. (John 
MacArthur, Jr. “Doctrine Is Practical”, Moody (abril de 1985), p. 30. * I Tm 4:12-13. 
 
Bibliologia I 
 
“O homem deve tomar a melhor e a mais incontestável das teorias humanas e usá-la como a jangada sobre a qual ele possa navegar, ainda 
que não sem risco, se é que ele não pode achar alguma palavra de Deus que possa conduzi-lo com mais certeza e segurança”. Platão, 
Phaedo 85b. 
“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para os meus caminhos”. Sl 119:105. 
“As Escrituras são os óculos que nos permitem ver a focalizar as coisas, e sem os quais tudo será confuso”. João Calvino. 
“A Palavra é um leão. Deixe-a solta!” Martin Lutero. 
 
I. REVELAÇÃO: 
A. Definição: “revelação” é o “ato de desvendar, descobrir, especialmente, a comunicação de Deus e da sua mensagem para o 
homem”. Inclui tanto o ato como o conteúdo resultante. 
B. Revelação Geral: “O auto-descobrimento não-proposicional da pessoa de Deus disponível a todos os homens através da Sua 
criação. 
1. Os meios de revelação geral incluem: 
a. Natureza (*SL 19:1-6; Rm 1:19-20). 
b. Providência (Mt 5:45; *At 17:24-28; Rm 8:28). 
c. Preservação do universo (*Cl 1:17). 
d. Conciência (moralidade) humana (Gn 1:26; *Rm 1:32; 2:16). 
e. Raciocínio (Rm 1:20-22,25). 
 
2. Pergunta: Uma pessoa pode conhecer a Deus através da revelação geral? 
 
C. Revelação Específica: “O auto-conhecimento proposicional da pessoa e da mensagem de Deus através de vários meios e por de 
diversos homens na história, que foi registrada (senão exaustivamente, suficientemente) como o conteúdo das Escrituras”. 
1. “Através de vários meios”: 
• Falou a pessoas (Noé, Abraão, Moisés...). 
• Profecias. 
• Nações. 
• Cristo. 
• Apóstolos. 
 
2. A Bíblia é a cópia autêntica, infalível e com autoridade desta revelação hoje. 
3. Modelos da Revelação (A. Dulles) – conceitos de revaleção na teologia histórica e conteporânea: 
a. Revelação é ensino proposicional (doutrina). 
 
 5
1) Evangelicalismo, Ortodoxia (Lutero, Calvino). 
2) Catolicismo histórico (Agostinho, Aquino). 
b. História em si é revelação (Pannenberg, Moltamann). 
c. Experiância interna (Schleiormacher, Ritschl, Tryrrell, Teilhard de Chardin, Rahner). 
d. Encontro existencial [o dialético] (Barth, Bultmann) ou por palavra-evento, símbolos (Fuchs, Tillich). 
e. Nova consciência (Hick, Rahner, Boff, cf. c, d acima). 
 
II. INTRODUÇÃO COM RESPEITO À BÍBLIA: 
A. Terminologia: 
1. Bíblia: Gr. Biblion/biblion, 32vz, “rolo de papel ou pergaminho, livro” (Lc 4:17). 
2. Escritura: Gr. Grafe/grafe, 51vz, “escrita, letra, obra, espec. Bíblia [At e NT]”; a frase “esta escrito” 
(gégraptai/gegraptai, 55-70vz, é uma fórmula especial que demonstra a autoridade absoluta da citação (Mt 4:4-10). 
3. Palavra de Deus: (o logos ou teós) usada freqüentemente com respeito à palavra escrita, seja do At ou do NT (Hb 4:12). 
 
B. Atitudes e Perspectivas Relativas à Bíblia e a Inspiração: 
1. Racionalismo e liberalismo: esta no seu poder espiritual sobre as pessoas e não na sua inspiração objetiva e pode ter erros (pode dizer algo à 
você e não há mim). 
2. Seitas, misticismo e espiritismo: 
a. Há uma outra autoridade acima da Bíblia: uma pessoa ou um livro. 
Mórmons, Testemunha de Jeová, católicos, espíritas... 
b. Experiência é a autoridade final. 
Carismáticos – ênfase nos dons extraordinários. 
3. Catolicismo romano: 
Acrescentaram livros a Bíblia, a tradição e a autoridade do papa, o poder dos padres vale mais do que a autoridade Bíblica. 
4. Neo – ortodoxia: 
A revelação acontece num encontro pessoa. Os atos de Deus na Bíblia só tem valor como testemunho de outros encontros existenciais com Deus. 
5. Neo – Evangelicalismo: 
a. Conceitual: Deus dá idéia, os homens escrevem. 
b. Parcial: Apenas um pouco/parte é inspirada outra não. 
c. Gradual: Algumas partes são mais inspirados do que outras. 
6. Ultra – fundamentalismo (e alguns na ortodoxia antiga): As palavras foram ditadas. 
7. Ortodoxia histórica e evangelicalismo conservador: Só a Bíblia é a autoridade final da doutrina e prática cristã. A Escritura tem 
absoluta autoridade e sua inspiração é verbal, plenária, “conluente” e inerrante. 
a. Autoritiva: 
b. Verba: No original o Espírito Santo guia na escolha das palavras que foram usadas. Respeitando as características do escrito humano. 
c. Plenária: Esta exatidão (verbal) entende-se por toda a Bíblia, a Bíblia é infalível quanto a verdade e final quanto autoridade. 
d. Confluente: 
e. Inerrante (veja inerrância): 
 
III. INSPIRAÇÃO DA ESCRITURA: A PERSPECTIVA BÍBLICA 
A. Textos Principais: 
1. * 2 Tm 3:16: “Toda Escritura é inspirada por Deus...” 
 
a. Alcance e sujeito da inspiração: “Toda Escritura”. 
b. Fonte e Processo: “inspirado por Deus”: theópneustos/theopneustos, “soprado para fora, divinamente ex-pirado 
[não ins-pirado]”. 
 
2 II Pe 1:19-21: “...nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens (santos) falaram da parte de 
Deus movidos pelo Espírito Santo”. 
a. Alcance: o significado da “profecia”. 
 
b. As Escrituras procedem de Deus: seu conteúdo não é invenção humana. 
 
c. “Movidos”: Gr. Ferómenoi/feromenoi, “levantados, elevados (como por vento), impelidos, empurrados”. 
 
3 *1 Co 2:13: “palavras ensinadas pelo Espírito” 
 
B. Inspiração no VT: cf. 2 Sm 23:2 + Mt 22:43; Sl 119:89; Is 40:8; Ro 9:17; etc. 
 
C. Inclui o NT: 
1. Pré-autenticação feita por Cristo: 
 6
Jo 14:26; 16:13 
 
2 “Escritura” do NT no NT: 
a. 1 Tm 5:18 
 
b. 2 Pe 3:16 
 
3 O testemunho dos apóstolos em seus livros: 1 Co 14:37; 1 Ts 4:2; 2 Pe 3:2; Ap 22:6 – 10:18-20. 
 
4 O capítulo difícil: 1 Co 7:6, 10, 12, 25, 40. 
 
D. Definição (Ryrie): “Inspiração é o superintender de Deus sobre os autores humanos, para que, usando as próprias 
personalidades, ele compusessem e registrassem sem erro a Sua revelação ao homem nas palavras dos manuscritos 
originais”. 
1. Superintendidas por Deus: Pv 30;5,6; Mt 15:4; At 28:25; Hb 3:7. 
 
2. Os autores humanos compuserem e registraram: Lc 1:1-4; 1 Co 7:25, 26; 2 Tm 4:9-13. 
 
3. Até mesmo cada palavra: Ex 17:14; Jr 30:2; Mt 24:35; Ap 22:6,7,18,19, 
 
4. Nos manuscritos originais (o próximo estudo). 
 
5. Inclui inerrância (o próximo estudo). 
 
Bibliologia II 
 
“ A Bíblia, assim como Martinho Lutero nos ensinou muitos anos atrás, é o berço pelo qual o Cristo vem a nós. Se tirássemos o bebê do 
berço e o colocássemos na rua, ele morreria. E se o berço fosse instável e fraco, ele prejudicaria a segurança do bebê. Da mesma maneira, 
a doutrina da inerrância é salvaguarda de uma fé cristã saudável e completa”. K. Kantzer, “For Once We Knew When to Quit”. 
Chistianity Today (11/1987), p. 11. 
 
IV. INERRÂNCIAA. Importância na atualidade: 
1. Os ataques de fora e de dentro: Estabilidade. 
2. Inerrância e o mátodo da teologia: Se a Bíblia não é a Palavra de Deus a teologia também é falha. 
3. Inerrância e infalibilidade: 
 
B. A História: A importância da inerrância pertence mais aos nossos dias do que ao passado da história Cristã, pois a inerrância 
sempre foi pressuposição dos pais e teólogos da antiguidade. 
1. Irineu (c.185): “As Escrituras são perfeitas, pois firam faladas pelo Verbo de Deus e pelo Seu Espírito”. (citado em 
K. Kantzer, “Why I Still Believe the Bible is True”, Chistianity Today [out. de 1988], ´.25). 
2. Agostinho (354-430): “As conseqüências mais calamitosas devem seguir o acreditar que qualquer coisa falsa é 
achada nos livros sagrados isto quer dizer, que os homens através de quem a Escritura foi dada a nós (em forma 
escrita) colocaram nestes livros qualquer coisa falsa. Se, uma vez, tu permitires nesse templo alto da autoridade 
uma declaração falsa, nenhuma sentença deixada nestes livros”. (Epistulae ep.28). 
3. Anselmo (1033-1109): “Além disso, este próprio Deus-homem [Cristo] estabeleceu o Novo Testamento e 
confirmou o Velho [Testamento]. Por isso, assim como é necessário afirmar que Ele mesmo era o verdadeiro, 
também ninguém pode negar a verdade de qualquer coisa incluída nestes Testamentos”. (Anselmo, Cur Deus 
Homo, Bk.2, ch.22). 
4. Tomás de Aquino (1224-74): “As Sagradas Escrituras, porém, devem manifestar a verdade de modo eficaz, sem 
erro de qualquer espécie”. (Suma Teológica, 1,10,ad.1) “Nada falso pode estar sob o sentido literal da Escritura”. 
(Ibid.1,10,ad.3). 
5. Martinho Lutero (1483-1546): “Tenho aprendido a dar esta honra, i.é. infalibilidade, somente aos livros que são 
chamados de Cânon, a fim de que eu creia com confiança que nenhum dos seus autores errou...”(em M. Réu, 
Luther and the Scriptures, p.24). 
6. John Wesley (1709-91): “Pois, se houvesse qualquer erro na Bíblia, poderia haver mil. Se houver um engano nesse 
livro, ele não veio do Deus da Verdade”. (Journal VI:117). 
7. Vaticano I (1869-70): Devemos dizer desta revelação divina [a Bíblia] que estas verdades... não [tem] qualquer 
mistura de erro. “(Dogmatic Decrees of the Vatican Council, p.137). 
 7
8. Acordo de Evangélicos e Católicos Romanos (1986): “Todos nós concordamos que o que os autores humanos 
escreveram é o que Deus queria que fosse revelado, portanto, a Escritura existe sem erro”. (“A Near Miracle”, 
Time 127:5 [fev. 6, 1986]p. 42). 
9. Kirsopp Lake (prof. Liberal de Harvard): 
 
C. A Evidência da Inerrância: 
1. A natureza de Deus: Jo 17:3;Tg 1:17; Rm 3:4. 
 
2. O testemunho do próprio texto: 
a. Mt 5:17,18 (cf.24:35) 
 
b. Jo10:35 (Sl 82). 
 
c. Cf. também: Dt 18:20-22; Sl 119:89; Pv 30:5,6; Is 40:8; Mt 24:35; 2 Pe 1:20s; 1 Co 2:13. 
 
3 O testemunho do uso do texto: 
a. Mt 22:29-32 (Ex 3:6). 
 
b. Mt 22:41-46 (Sl 110:1). 
 
c. Gl 3:16 (Gn 22:17, 18). 
 
D. Definição de Inerrância: 
1. Ryrie: “Não há nada no texto que possua engano”. 
2. ICBI (O concílio Internacional de Inerrância Bíblica, Chicago, 1978): “sendo total e verbalmente dada por Deus, a 
Escritura é sem erro ou defeito em todo seu ensinamento, não o é menos com respeito ao que diz sobre os atos de Deus 
na criação, sobre os eventos da história humana, e sobre suas próprias origens literárias, do que no seu testemunho da 
graça divina de Deus nas vidas dos indivíduos”. (ed. Nornam L. Geisler, “Chicago Statement”, Inerrancy, p.494). 
 
E. Argumentos Contra a Inerrância: 
1. O homem é falível, logo o que ele escreve é falível: Se a Bíblia foi escrita por homens, deveria ser falível. Respostas: 
a. 
b. Jesus Cristo era (e é) Deus e homem, sem mancha; então, ser humano não necessita erro. “Assim como o 
Verbo de Deus foi feito carne como nós em todas as coisas, exceto no pecado, assim também as Palavras de 
Deus, exprimidas em linguagem humanas, são, em todas as maneiras, linguagem humana, sem erro. O 
resultado é uma Palavra inspirada que é rica em significado, mais rica do que o autor humano pudesse 
imaginar...Isto é certo com respeito à Escritura; e também com respeito à inerranbcia”. (Apêndice 2, [ed. 
Blackfriars] Suma Teológica, 2a 2ae.171). 
 
2. Para aborda-se a Bíblia de uma maneira científica, não se pode pressupor a inerrância. Respostas: 
a. 
b. 
c. 
d. 
 
3. Há erros na Bíblia. Logo ela não é inerrante. Resostas: 
 
4. O conceito de inerrância só diz respeito aos manuscritos originais. Nós não os temos, por isso o debate não tem sentido. Respostas: 
a. O que importa é o códice: uma cópia perfeita tem o mesmo valor do original. 
b. A Bíblia mesma fala de e suas cópias anteriores (Dt 10:2,4; 17:18; Jr 36:8, etc.). Os autores do NT não tinham o original do 
AT, mas até o próprio Jesus destacou a inerrância do códice do AT (Jo 10:35). 
c. Nos milhares de manuscrito temos pelo menos 110% do texto original. Atualmente, há mais do que 5.000 manuscritos do 
NT, com 350 códices (Sinaiticus, Vaticanus, Alexandrinus), e 2.000 lecionários com mais do que 86.000 citações bíblicas. 
O códice original não esta perdido; esta dentro dos manuscritos que temos. O criticismo textual pressupõe um escrito 
original como a meta absoluta das cópias (Gleason Archer). 
d. Com respeito a inerrância das Bíblias que temos, elas têm algumas palavras discutidas com respeito ao autógrafo original. 
Mas ainda estas Bíblias de hoje são a verdadeira Palavra de Deus, inspirada e inerrante à medida que ela reflete a obra 
original de Deus (o Códice). E à luz da ciência do criticismo textual, podemos ter grande confiança de que a Bíblia que 
possuímos é extraordinariamente exata. 
 
F. Pauta para Dificuldades Bíblicas (N. Geisler): 
1. As citações não precisam ser citações exatas (paráfrases, etc.) 
 8
2. Nem tudo que esta na Bíblia é eticamente aprovado pela Bíblia. 
3. Um relatório parcial não é necessariamente um relatório falso. 
4. Relatórios diferentes não são necessariamente contraditórios. 
5. Palavras diferentes podem ter um significado igual (e vice-versa). 
6. A linguagem bíblica sobre o mundo é às vezes fenomenológica (aparente). 
7. Descrições inexatas não são necessariamente falsas. 
8. Alguns problemas podem ser erros dos copistas. 
9. As dificuldades que ainda não têm explicações não necessariamente ficarão sem explicações no futuro. 
 
G. Resumo: Jo 17:3; 2 Tm 3:16; Jo 17:17. 
 
V. O CÂNON 
A. Definição e Teoria: 
1. Cânon: do gr. Kanõn (kanon) e Hb. Gãneh, significava originalmente “junco, cana, vara; uma junco [instrumento] 
de medir [c.5,03m]”; mais tarde foi usado para “regra de ação, estandarte, medida, lista”, entretanto assim na 
linguagem eclesiástica. 
2. Uso bíblicos: Gl 6:16 (cf. também Fp 3:16; 2 Co 10:13,15,16). 
 
3. Significado teológico (séc. IV): “A lista dos livros inspirados por Deus que compõem a Bíblia” – a coleção dos 66 
livros do VT e NT que são reconhecidos como autoridade e a norma para pensamento e prática cristãos. 
4. Conceitos variantes sobre o Cânon: 
a. Catolicismo: 
 
b. Liberalismo: 
 
c. Seitas: 
 
4. Canonicidade: Quais foram às qualificações de um livro canônico? A inspiração dos livros não determinada pela igreja 
primitiva, pois é Deus quem inspirou os livros no ato de seu registro. É melhor dizer que a Bíblia é auto-autentificada e que a 
igreja reconheceu a inspiração dos livros. 
a. Evidências internas: 
1) Autoridade: 
 
2) Verdade: 
 
3) Edificação: 
 
b. Evidências externas: 
1) Apostolicidade: 
2) Aceitação e circulação na igreja primitiva: 
 
B. O Cânon do AT: 39 Livros entre c.1400 e 400 a.C. 
1. Esdras, o compilador do sécula V a.C: Ed 7; Ne 8-10. 
2. Jesus e os apóstolos presumem a unidade do AT: Mt 23:35. 
3. O Sínodo de Jâmnia (90 d.C.): A decisão de Jâmnia finalizou o processo da canonização do AT, mas demorou na aceitação por 
outros judeus. Melito de Sardis (170DC) e Jerônimo (400DC) – os dois em Palestina – confirmaram este Cânon do AT de 39 livros. 
 
C. O Cânon do NT: 27 livros 
1.Sob a autoridade de um apóstolo: Jo 14:26; 16:13. 
2. Indicações bíblicas com respeito ao término do Cânon: *Ef 2:20; * Hb 2:3,4; 2 Tm 1:13; 3:1s; Tt 1:9-11; 2 Pe 2:1-3,7 (cf. 3:2); 
1 Jo 2:18-24; * Jd 3-5; Ap 22:18-19. 
 
3. O fim do Cânon neo-testamentário: A autoria apostólica (por escrever, ditar ou sancionar) limita o Cânon à vida dos apóstolos. 
Porque a posição do apóstolo foi limitada aos que tinham visto a Cristo e foram comissionados por Ele, a igreja primitiva 
discerniu que a autoria canônica era restrita. 
 
4. História do Cânon: Um processo: 
a. Policarpo (110-50): exceto 2 Tm, Tt, Fm, Hb. TG, 2 Pe, 3 Jo, Jd, Ap. 
b. Irineu (130-202): todos os livros, com exceção de Fm, Tg, 2 Pe, 3 Jo. 
c. O Cânon de Muratório (c.170): todos menos Hb, Tg, 1 e 2 Pe. 
d. Tertuliano (150-220): todos, exceto Fm, Tg, 2 Pe, 2 e 3 Jo. 
e. O Cânon de Borocóccio (c.206): com exceção de Ap. 
 9
f. O Cânon de Atanásio (367): todos. 
g. O Concílio de Hipona (393): todos. 
h. Os Concílios de Cartago (397-419): todos. 
 
D. Categorias Históricas: Eusébio, bispo de Cesaréa (280-340). 
1. Homologoumena: Os livros aceitos por todos (AT: 34 dos 39; NT: 22 dos 27). 
2. Antilegomena: Os livros discutidos por alguns: 
a. AT: Cânticos, Eclesiastes, Éster, Ezequiel e Provérbios. 
b. NT: Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 João e Judas. 
3. Pseudepigrafes: Livros rejeitados por todos (nothoi). 
a. AT: Enoque, Assunção de Moisés, etc. (c.18 livros). 
b. NT: Atos de Paulo, O Pastor de Hermas, A Epístola de Barnabé, O Didaquê. 
4. Apócrifos: “Difícil de entender, escondido”. 
a. No Oxford Annotated Apocrypha, há 15 livros somente 12 destes foram aceitos no concílio de Trento (1546s). 
b. Por que rejeitamos estes livros? 
1) Alguns têm idéias contra o ensino bíblico: 
Ex: Tobias (salvação por obras). 
2) Alguns têm estórias fantasiosas e irreais: 
Ex: Bel e o Dragão. 
3) Outros têm um ensino sub-bíblico (até imoral) com erros: ex: Judite 9:10-13. 
4) Eles foram rejeitados pelos judeus e por muitos líderes da igreja primitiva (Filo, Josefo, Jâmnia, Cristo, os 
apóstolos, os Pais da igreja incluindo Atanásio e até Jerônimo – tradutor da Vulgata. 
 
VI. HERMENÊUTICA: PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO 
A. Abusos de interpretação: 
1. Hugo de São Victor (1096-1141) – “Aprenda primeiramente o que tu deves crer, e depois abra a Bíblia e ache-o lá”. 
2. Motivações de ações absurdas, guerras, etc. 
 
B. Como se deve interpretar a Bíblia? 
1. Deve-se interpretar a Bíblia histórico – gramaticamente (no sentido normal). 
 
2. Deve-se interpretar a Bíblia de acordo com todo o contexto imediato. 
 
3. Deve-se interpretar os textos em harmonia com toda a Bíblia: A Analogia da Fé. 
a. A Escritura interpreta-se a si mesma. 
b. Uma só declaração não pode derrubar uma doutrina clara em muitas passagens. 
c. Textos obscuros devem ser interpretados à luz dos textos mais claros. 
d. Trechos doutrinários têm mais peso do que textos acessórios e históricos. 
e. Devemos aceitar até mesmo duas doutrinas claras que pareçam contraditórias, crendo que a solução reside em 
Deus. 
f. Deve-se interpretar à luz da revelação progressiva: as epístolas tem prioridade sobre o AT e até sobre os 
evangelhos, pois são normativo para a igreja cristã. 
 
A Natureza de Deus 
Estudo em casa 
 
1. A Bíblia diz que Deus é espírito. Depois de consultar um dicionário bíblico, estude as três seguintes passagens: Jo 4:23-24; 1 
Tm 1:17; 6:14-16; 1 Jo 4:12. Escreva em suas próprias palavras, o que quer dizer Deus é espírito? 
 
2. O que quer dizer “onipresença”? Veja Sl 139:1-12; Jr 23:23-24; 1 Rs 8:27; Is 66:1-2, At 17:24-28. Deus está presente em todos 
os lugares ao mesmo tempo? 
 
3. Os anjos são “espíritos ministradores”, Hb 1:14. Um espírito pode tomar uma forma? Quem mais, “subsistindo em forma de 
Deus”, assumiu “a forma” humana? 
 
4. Na história do cristianismo, alguns têm dito que Deus se manifesta em uma forma celestial. Outros dizem que estas palavras são 
simplesmente figuras e metáforas de linguagem (antropormofismo, lat. Anthropopatheia). Faça um resumo das seguintes 
passagens: 
a. Ex 24:9-11: 
 
b. Ex 33:18-22: 
 
 10
c. Is 6:1-8: 
 
d. 1 Rs 22:19ss 
 
e. Ez 1:26-28: 
 
f. Dn 7:9-14: 
 
g. Ap 4:2-11: 
 
[Outros textos-chave: Gn 3:8-9; Ex 34:1,5-9, Nu 12:1-10; Jó 1:6; Ps 47:7-8; 82:1,6; Db 10:5-11; 1 Co 11:7-10, Hb 8:1-10,22; 
12:22-23; Ap 6:16; 7:10; 22:1,3]. 
5. Você acha que o Deus Pai toma forma no céu (no trono e entre os anjos)? Por que? 
 
 
6. Se Deus tem uma forma no céu, como explica a onipresença divina? 
 
 
7. Admitindo por enquanto que o Deus Pai é visível (pelo menos às vezes) na dimensão celestial, por quais razões Ele se 
apresentaria como tal nesta dimensão? 
 
A Doutrina de Deus 
Leitura de Isaias 40 
 
“ Precisamos perguntar a nós mesmo. [como estudantes da Bíblia], qual é o meu propósito e objeto em me preocupar com estas coisas? O 
que pretendo fazer com o meu conhecimento de Deus, depois de obtê-lo? Pois o fato que temos que reconhecer é isto: que, se 
procurarmos conhecimento teológico apenas para nós, ele se apodrecerá em nós. O conhecimento teológico pode nos tornar vaidosos e 
orgulhosos. A grandeza do assunto vais nos inebriar, e pensaremos ser melhor do que outros cristãos porque temos interesse nele e o 
conhecemos”. (James L. Packer, Knowing God, p.18). 
 
I. A EXISTÊNCIA DE DEUS: 
A. Argumento Naturais em Favor da Existência de Deus: Pelo menos desde o tempo de Platão, filósofos têm oferecido provas 
racionais da realidade de Deus. Tradicionalmente, estes argumentos se dividem-se em quatro ou cinco categorias (com Variações). 
1. Cosmológico (cosmo/cosmo – “mundo”): Todo evento possui uma causa e tudo que existe é resultado de uma causa 
principal e suficiente para criar o universo – i.é., Deus. Como disse J. Locke (1632-1704): “Eu existo; mas eu nem sempre 
existi; qualquer coisa que começa a existir deve ter uma causa; a causa deve ser suficiente; esta causa suficiente existe sem 
limitações; ela deve ser Deus”. Veja Hb 3:4; Sl 102; Platão, Leis X; Aristóteles, Metafísica VIII; Aquino, Suma Teol, Q2, 
art.3. 
 
2. Teleológico (télos/telos – “propósito, fim”): A organização do universo aponta para um planejador (Rm 1:18-20), pois há 
coisas na natureza que mostram propósito. W. Paley (1743-1805): se alguém achasse um relógio no campo, concluiria que o 
mesmo teria sido feito por um relojoeiro. Até Voltarie e Kant se interessaram por este argumento. Veja Sl 19:1-6; 139:14. 
 
3. Antropológico (ántropos/antropos – “homem”): Porque o homem é um ser moral e intelectual, ele deve ter um Criador que 
também é moral e inteligente (At 17:29). Estes argumentos têm muitas variações: a personalidade, sentimentos morais, 
consciência, instintos religiosos, raciocínio, dignidade humana, etc. Cf. Gn 1:26; Rm 1:18-20. 
 
 
a. Alguns colocam o argumento moral separado; P. Berger, o argumento de punição. 
 
4. Ontológico (on/on – “ser, existência”): Anselmo propôs que cada homem possui o conceito do Ser Perfeito. Esta idéia inclui a 
necessidade da Sua existência, pois senão, não seria perfeito. O argumento é a priori (dedutivo) em vem de a posteriori (indutivo), e 
ainda atrai filósofos cristãos de hoje, como A. Plantinga. 
 
5. Unidade – Diversidade: Há outros argumentos menos tradicionais, um deles é o argumento baseado na unidade e diversidade do 
universo (Dooyeweerd, Van Til). O trinitarianismo é a única perspectiva adequada.para explicar o lugar do homem no universo 
entre o determinismo e o caos, i.é., entre o mecanismo absoluto do universo e a incoerência completa. 
 
B. Argumentos Bíblicos para a existência de Deus: os autores bíblicos geralmente pressupõem a existência divina – Gn 1:1; Hb 
11:3,6. 
 
 11
II. OS NOMES DE DEUS 
A. O que Significa um Nome? Sl 8:1,9; Jz 13:18; Ex 20:7 
 
B. Os Nomes Principais: 
1. Elohin (Elohin): “O Poderoso”, Lit. “os poderosos”, c.2.500 vezes; em Gn 1:1-2,3 é usado 35 vezes; Elohin descreve Deus 
como criador, sustentador do mundo e douniverso. Teos (Teos) – a palavra mais comum para “Deus” no AT – na LXX 
e no NT, geralmente traduz Elohim. 
 
2. Adonai (Adinai, de Adon): “meu Senhor, meu Mestre”, Ex 21:1-6; Js 5:14; Is 6:8-11; Sl 110:1. É freqüentemente usado 
com Yahweh: “o Senhor Deus”, Is 61:1. 
 
3. YHWH, Yahweh (Yahweh), o tetragrama, talvez da raiz “ser, tornar-se”, o significado literal é obscuro, traduzido por 
SENHOR, ás vezes, Jeová. Usado 5.321 vezes no AT (TDNT, III:1067): Yah sozinho 50 vezes. Como Seu nome 
pessoas, Yahweh indica a presença particular de Deus em Seu relacionamento com os homens (Gn 2:4,7), e 
especialmente com Seu povo, e.g., Israel (*Ex 3:14-20). Na LXX e no NT, Yahweh é normalmente traduzido por 
Kurios (Kurios), “Senhor”; a confissão que “Jesus é Senhor” tinha grandes inplicações. 
 
4. Outros nomes: 
 
a. El, “o Poderoso, Deus, deuses”, uma palavra básica em várias línguas semíticas; no AT EL geralmente aparece junto de 
outros títulos ou nomes; o nome Eloah é semelhante. 
b. Baali, “meu Senhor, meu marido”, Os 2:16. 
c. O Juiz da toda terra, Gn 18:25. 
d. O/meu Pastor, Gn 48:15; 49:24. 
e. A Pedra/ Rocha de Israel, Gn 49:24. 
f. O Santo, o Santíssimo, Is 1:4; 6:3; 43:3; 57:15; no NT 1 Tm 2:8; Ap 16:5; At 2:27; 1 Jo 20. 
g. O Rei, Ex 15:18; Dt 33:5; Os 5:2; 44:4; no NT (O Rei), 1 Tm 1:7; 6:15; Ap 15:3; 19:16. 
h. O Ancião de dias, Dn 7:9. 
i. Abba, “Pai”, Rm 8:9; Gl 4:6. 
j. Mestre, Senhor (gr. Mestre/Senhor): Lc 2:29; At 4:24 “Soberano Senhor”; cf. Tt 2:9. 
k. Todo-Poderoso (pantokrátor), pantokrator) 10 vezes, 9 no Ap., 1:8; 4:8; 11:17; 16:7. 
 
C. Os Nomes Compostos 
1. Com El: El ´Elyon (“o Altíssimo”, Gn 14:18s; Dt 32:8; Is 14:14), El Ro´i (lit. “o Poderoso que vê” Gn 16:13); El Shaddai (“o 
Deus Todo-Poderoso”, Gn 17:1-20); El´Olam (“o eterno Deus”, Gn 21:33; Is 40:28), El Betel (“o Deus de Betel”, Gn 31:13; 
35:7), El elohe Israel (“Deus, Deus de Israel”, Gn 33:20). 
 
2. Com Yahweh: Jeová Jireh (“o Senhor proverá”, Gn 22:14); Jeová Nissi (“o Senhor é minha bandeira”, Ex 17:15; Jeová 
Shalom (“o Senhor é paz”, Jz 6:24); Jeová Tsabbaot (“o Senhor dos Exércitos”, 1 Sm 1:3); Jeová Maccaddescem (“o Senhor 
que vos santifica”, Ex 31:13); Jeová Raah (“o senhor é o meu Pastor”, Ps 23:1); Yahweh Elohim Israel (“o senhor Deus de 
Israel”, Jz 5:3; Is 17:6); Jeová Samah (“o Senhor está ali”, Ez 48:35), etc. 
 
III. O QUE QUER DIZER “DEUS”? OS ATRIBUTOS E CARACTERÍSTICAS DO DEUS DA BÍBLIA: 
Definição: “Um atributo de Deus é uma características intrínseca à sua pessoa, e através da qual ele é distinguido e identificado”. (Ryrie) 
A seguir temos uma descrição fundamental do Deus do teísmo cristão. 
 
A. Deus é Pessoal e Triúno, existindo três centros pessoais, com relacionamentos íntimos e ternos, mesmo sendo um Deus 
único em sua essência. Ele (-Eles) é Três – em Um e Um – em – Três. Veja “A Trindade”. 
 
B. Deus é Auto-suficiente e Auto-existente: Jo 5:26; Ex 3:14; *At 17:25; Is 40:13-14. Ele existe necessariamente. Não depende 
de nada fora de Si mesmo, e em tudo Ele se sustenta. 
 
C. Deus é Único, Perfeito e Imutável: 
1. Sendo único, Deus é um só em Sua essência. Não há separação entre Suas características; Ele é tudo que Ele é em 
tudo que Ele faz (*Dt 6:4; Is 43:10; Tg 2:19; 1 Tm 2:5). 
2. Sendo perfeito, Deus define por seu próprio caráter o que é correto e bom; Ele é a pedra fundamental moral de toda 
existência; É absolutamente santo, justo e bom (1 Tm 4:4; 6:13; *Is 6:3; Hc 1:13; 3:3. Tg 1:13-14;1 Jo 1:5; At 17:31; 
Rm 3:26). 
3. Sendo imutável, Deus não muda. Ele constantemente deseja e escolhe ser Ele mesmo. Ele não pode melhorar a Si 
mesmo, pois já é perfeito; Ele não pode piorar, pois está total e integralmente envolvido em tudo que Ele é e em tudo 
que Ele faz. Sua natureza não muda (*Tg 1:17; Hb 1:10-12; 13:8; Nm 23:19; Ml 3:6). 
 12
 
D. Deus é Infinito, Onipresente, Onisciente e Onipotente: Deus não é limitado ás dimensões da criação de espaço, tempo, etc. 
Como criaturas, a nossa existência (e a de todos os seres finitos, e.g. anjos) esta enraizada na existência finita. Deus é 
infinito, não em tudo, mas em tudo que Ele é e deseja ser, sendo pessoal, santo e misericordioso. 
1. Onipresença: Divina significa que Deus está atual e instantaneamente presente em todos os lugares em todas as 
dimensões da existência (*Sl 139:7-12; 1 Rs 8:27; Is 40:12-26; 66:1,2; Jr 23:23-24; At 17:24-28. 
2. Onisciência: Quer dizer que Deus conhece tudo que aconteceu no passado, tudo que existe no presente, e tudo que 
haverá de acontecer no futuro (para eternidade); além disso. Ele sabe todas as trilhões de trilhões de outras 
possibilidades e contingências (Jó 26:6; 28:24; 34:21s; Sl 56:8; *139:12; 147:5; Pv 15:3,11; Is 40:26-28; 44:6-8; Mt 
6:8,32; 11:21s; At 1:24; Hb 4:13; Ap 2:23). 
3. Onipotência: Significa que Deus pode fazer tudo que quiser, que Ele é soberano sobre a história e o universo visível e 
invisível (Jó 11:7-10; Sl 135:6; Is 40:12-31; 43:13; *Jr 32:17; Mt 19:26; Mc 9:23; Lc 1:37; Ef 1:4-11). No uso deste 
poder infinito, Deus sempre tem um propósito. Ele tem um plano para a história (da toda criação), e no cumprimento 
deste plano, Ele governa e controla todas as realidades criadas – isto sem violar a vontade dos seres finitos e das 
pessoas que Ele criou. 
4. Eternidade: Sendo Criador de tudo que há, incluindo a dimensão temporal (e.g., Einstein e a física quântica), Deus 
existe tanto dentro como fora do tempo. Há uma dimensão em que somente Ele existe, onde não há tempo; no 
entanto, Ele entra em nossa dimensão para Se comunicar e ter comunhão com Suas criaturas. Gn 21:33; Sl 29:10; 
48:14; 90:2; Is 40:28. 
 
E. Deus é Transcendente e Imanente em Sua Criação: 
1. Transcendência: Por um lado, deus é distinto e separado deste mundo; Ele não precisa da sua criação; Há mistérios sobre sua 
existência que ninguém pode conhecer sem Sua revelação. Assim, Deus é impassível, significando que ninguém pode 
prejudicá-lo ou infligir-lhe no final das contas; Ele existe sempre realizando e cheio de gozo em Si. 
2. Imanência: Por outro lado, Deus permeia o mundo e o universo, sustentando-o e guiando-o com Seu poder (Jo 8:23; Jó 36:26; Is 
40:21-25; 57:15; Sl 104). Assim, deus entra em relacionamento com Sua criação, e especialmente com a humanidade; além 
disso; Ele se emociona com os Seus seres pessoais, experimentando alegria, tristeza e ira. 
 
F. Deus é Admirável e Extraordinário: 
1. Sendo Amor, por boa vontade, Deus dá para o benefício do ouro. Dentro da Trindade, há um relacionamento eterno em que 
cada Pessoa divina dá (sacrifica-se) em favor da outra Pessoa; Deus também mostra Graça e Misericórdia para com Sua criação 
(Ef 2:4,5; 1 Jo 4:7-10). 
2. Deus é Magnânimo, Fiel (1 Jo 1:9; 2 Tm 2:13, Ap 19:11; 21:5; Hb 10:23), Sábio (Rm 16:27; 11:33), Verdadeiro (Jo 14:6; 17:3) 
e Justo (At 17:31; Sl 72:12-14; 1 Jo 1:9). Ele também Se comunica conosco através da linguagem (Bíblica) e histórica (e.g., 
Jesus). Logo, Ele merece a nossa adoração em tudo. Fomos criados para regozijarmos nEle para toda eternidade. 
 
G. Deus engloba a Unidade e Diversidade: Como a Trindade, a estrutura e o significado do universo estão fundados em Seu Ser. As 
coisas pequenas (diversidade) têm sua própria importância em si; há inter-relacionamento (unidade) de tudo no cosmos. A unidade 
não destrói a diversidade, e a diversidade não destrói a unidade. ] 
 
A Santíssima Trindade 
A Base Bíblica 
 
� Joseph Smith: “Eu quero declarar, como sempre [declarado] em todas as congregações, quando tenho pregado sobre o assunto da 
Divindade, que há uma pluralidade de Deuses. Isto tem sido pregado pelos Aniãos [do Mormonismo] por 15 anos... Muitos 
homens dizem que há um Deus - o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só Deus. Eu digo que este é um Deus bastante estranho – 
três em um e um em três! ...Todos estã condensados em um Deus, de acordo com as seitas [as denominações tradicionais]. Seria 
um Deus maior do que o mundo, um Deus grande e incrível, um gigante ou ummonstro”. [J. Smith, fundador e profeta infalível do 
Mormonismo, Teachings of the Prophet Joseph Smith, ed. J. Smith (Sall Lake City: Deseret Press, 1943), pp.370-372]. 
� Witness Lee: “Então está claro: o Senhor Jesus é o Pai, o Filho é o Espírito Santo e Ele é o Altíssimo Deus, sendo também o 
Senhor. Ele é o Pai, o Filho, o Espírito, o Grande Deus e o Senhor”. (W. Lee, fundador da seita “A Igreja Local”, The Clear 
Scriptural Revelation Concerning the Triune God, Los Angeles: Stream, s.d., p.5). 
� Atanásio, c. 295-373: “Existe então uma Trindade, santa e completa, que confessamos como Deus em (as pessoas do) Pai, Filho e 
Espírito Santo, o qual não contém nada estranho ou externo mesclado consigo mesmo, nem é composto de um que cria e outro que 
foi criado, pois Todos são criadores; possui uma só essência, em sua natureza indivisível, sendo sua atividade uma. O Pai faz tudo 
através do Verbo [e] no Espírito. Logo, a unidade do Santo Triúno é preservada. Assim, um só Deus é pregado na Igreja, o qual é 
sobre todos (Ef 4:6), age por meio de todos e está em todos – sobre tudo como Pai, como princípio, como fonte; por meio de todos, 
através do Verbo [Logos]; em todos, no Espírito Santo. È uma Trindade não apenas no nome e na maneira de falar, mas em 
verdade e realidade”. (Atanásio, Epistola ad Serapion, 1,15;137). 
 
I. EVIDÊNCIAS DA TRINDADE NO ANTIGO TESTAMENTO: 
 13
A. Monoteísmo Judaico: Em oposição às religiões politeístas daquela época, a grande ênfase do AT era a unidade de Deus. 
Existia apenas o Deus de Israel e nenhum outro deus. 
1. O Shema: Dt 6:4 
 
2. * IS 43:10c “...sou eu mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá”. 
 
3. * Is 42:8: “Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a dareis a outrem, nem a minha honra às 
imagens de escultura”. 
 
B. Pergunta: Será que o monoteísmo do At nega o conceito da Trindade? 
1. Um (´ehad/ehad): 
 
2. Elohim/Elohim (Deus): 
 
3. *Gn 1:26,27, *3:22; *11:7; *Is 6:8 (note o trisagion, 6:3). 
 
4. Outras: Ec 12:1 (lit. “Criadores”/Criadores): Is 54:4 (lit. “Criadores”/Criadores): Gn 20:13 (lit. “Deus me fizeram andar...”); Gn 35:7 (lit. 
“Deus se lhe revelaram”), etc. 
 
C. Versículos Chaves: 
1. * Is 48:16 
 
2. * Zc 12:10 
 
3. * Is 44;6; 45:25-25 (Fp 2:10); 59:19-21; 63:8-10; * Sl 45:6,7 (Hb 1:8,9); * Sl 110:1 (Mt 22:44; Hb 1:13); Zc 3:1-7; Gn 1:1-3. 
 
II. A DIVINDADE DE DEUS PAI; 
De todas as pessoas da Santa Trindade, parece que Deus Pai é o menos conhecido revelado. Mas o fato de que o Pai é Deus (Jo 6:27; Ef 
4:6) não é discutido por ninguém. 
A. O Nome “Pai”: 
1. O nome hb. Abbá não foi muito usado no AT: Dt 32:6; 2 Sm 7:14; 1 Cr 17:13; 22:10; 28:6; Sl 68:5; 89:26; Is 63:16; 64:8; Jr 
3:4,19; 31:19; Ml 1:6; 2:10 (São todos os usos). A infreqüência mostra a preocupação de Israel em distinguir o Deus de Israel 
dos deuses tidos como progenitores pelos pagãos. Literalmente, abbá significa papai. 
2. No NT, através de Jesus (170 vezes), o título “Pai” tornou-se o que mais indica a aliança entre Deus e seu povo (Mt 6:14; 
11:25s; Lc 11:2). Veja R. Harmerton – Kelly, God the Father, (Fortress, 1979), p. 70-82. 
 
B. Ele é o Pai de: 
1. Cristo: Mt 3:17; 11:27; Mc 14:36, etc. 
2. Israel: Ex 4:22,23; Dt 32:6; cf. acima. 
3. Crentes: *Rm 8:14-17; Gl 3:20; Ef 4:6. 
4. Anjos: Jô 1:6; 38:7. 
5. E sendo “Pai da glória” (Ef 1:17), “Pai da luzes” (Tg 1:17) e “Pai de todos” (Ef 4:6), o título indica que a Primeira Pessoa da 
Trindade é a “fonte da procedência” de todas as coisas. 
 
C. Atividades: 
1. Autor do decreto e da eleição: Sl 2:7-9; Ef 1:3-11; cf. Is 64:8. 
2. Criador de todos, através do Verbo e do Espírito (Ef 3:14s; Hb 12:9). 
3. Paternoster, ou paterfamilias (quem estabelece a família de Deus), administrando tanto herança como disciplina seus filhos (Gl 
4:4-7; Hb 12:9). 
4. É Ele O que amo o Mundo: Jo 3:16. 
5. A Quem tudo irá voltar: *1 Co 15:24-28. 
 
III. A DIVINDADE DO FILHO, JESUS CRISTO: 
A. Citações Notáveis: 
1. Ário, herege, séc. IV: “Houve um tempo quando Cristo não era”. 
2. Adolf von Harnack, historiador liberal do séc. XIX: “O evangelho que Jesus proclamou só tem a ver com o Pai, e nada com o 
Filho”. (A. von Haneck, What Is Chistianity? 1900; ing., 1912, pp. 146-47). 
3. John Hick, teólogo liberal conteportâneo: Devemos ver Jesus como “...um homem escolhido por Deus para um cargo especial 
no propósito divino; [porém] as idéias mais tardias sobre Jesus como Deus encarnado, como a Segunda Pessoa da Santa 
Trindade vivendo uma vida humana, procedem de uma maneira mitológica ou poética de expressar o seu significado para nós”. 
[ed. J. Hick, The Myth of God Incarnate, 1977, p.ix]. 
 14
4. Irineu, Bispo de Lyons, c.130-200: “ O Filho que sempre coexiste com o Pai desde do princípio, revela o Pai aos anjos, 
arcanjos, poderes, virtudes e todos a quem Deus quer Se revelar”. “Deus sempre tem com Ele seu Verbo e a sua Sabedoria, o 
Filho e o Espírito”. [Ireneu, Adversus haereses, II, 30:IV, 20,1]. 
5. Anselmo, Arcebispo de Cantuária, séc. XI: “Ele (Jesus) deve Se tornar um homem para sofrer, e continuar necessariamente 
sendo Deus para que possa sofrer suficientemente por todo mundo... Conseqüentemente, desde que Ele mesmo é Deus, o Filho 
de Deus, Ele ofereceu-Se a Si mesmo por sua própria honra para Si mesmo, assim como o fez ap Pai e ao Espírito. Isto é, Ele 
ofereceu sua humanidade à sua divindade, a qual é em si mesma uma das três pessoas”. [Cur Deus Homo, 18]. 
 
B. O Testemunho explícito dos Evangelhos: Quando Jesus chegou a este mundo, Israel estava esperando um rei como o rei Davi, e 
não uma encarnação do próprio Deus. Por apresentar-se como o Filho de Deus, Jesus troxe um choque enorme ao monoteísmo de 
Judá. 
1. As palavras de Jesus 
a. * Jo 8:58: “Eu sou” (gr. Egó eimi/ego eimi): cf. LXX. Êx 3:14s (eni hu´/eni hú ). 
b. * Jo 10:30; “Eu e o Pai somos um” (gr. Neutro ´en/´en, indicando um em essência). 
c. * Mt 28:19-20: “batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo...”. 
 
2. Outros versículos nos Evangelhos; 
a. * Jo 1:1-3: “o Verbo era Deus...sem Ele nada do que foi feito se fez”. 
 
b. * Jo 1:18: “o Deus unigênito”. 
 
c. * Jo 20:28: “Senhor meu e Deus meu!” (Tomé). 
 
C. O Testemunho Explícito de Atos e das Epístolas: Existem muitos outros versículos, mas aqui estão alguns dos melhores. 
1. At 20:28: a igreja que Deus comprou “com o seu próprio sangue”. 
2. Rm 9:5: “Cristo...Deus bendito para todo o sempre”. 
3. Fp 2:5-8: Ele “subsistindo em forma [morfê/morfê] de Deus”. 
4. Cl 1:14-19; *2:9 (cf. também Ef 1:3-14): “nEle habita corporalmente toda a plenitude da divindade”. 
5. Hb 1:2-13. 
 
D. Evidências Indiretas: 
1. Atributos: Preexistência (Is 9:6; Mq 5:2; Jo 1;1,14; 8:58; * 17:5; Cl 1:16,17); onipresença (Mt 18:20; 28:20); onipotência (Mt 
28:18; Hb 1:3); verdade e vida (Jo 14:6); imutabilidade (*Hb 13:8); Etc. 
 
2. Obras: criação de tudo que foi criado (Jo 1:3; Cl 1:16,17; Hb 1:2,10-12 [cf. Is 44:24]); sustentação do universo (* Cl 1:17; Hb 
1:3); nascimento de uma virgem – concepção pelo Espírito Santo (Is 7:14; Mt 1:16,23s; Lc 1:35); perdão de pecados (Lc 7:48); 
ressurreição (Jo 5:25; 11:25); envio do Espírito Santo (* Jo 15:26). 
 
3. Títulos: Emanuel...Deus Conosco Mt 1:23; o Filho do Deus/Altíssimo Lc 2:32; Mt 14:33; 16:16; etc; O Alfa e o Omega (Ap 
22:13; cf. 21:6; 1:8; Is 44:6s; Salvador e Redentor (geralmente Jesus no NT, e só Jeová no AT; cf. IS 43:10); Criador (cf. 
acima); Senhor (650 vezes no NT); Deus (cf. acima); o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19:16); Deus Forte (El Gibbor), 
Pai da Eternidade (criador do tempo), * Is 9:6). 
 
4. Ele foi adorado: Êx 20:3-6 (o primeiro mandamento); Is 42:8; Mt 2:8-11; 14:33; 21:14-16; 28:9,17; Jo 20:28.etc. Note também, 
Cl 1:15 “Ele é a imagem (ìcon) do Deus invisível”; e Hb 1:3 “a expressão exata (caraktér) do seu Ser (hupostéseus)”. Jesus é o 
“ídolo” (ícon) vivo de Deus. 
 
E. Dificuldades com Respeitoà Divindade de Cristo; 
1. Títulos: 
a. “o primogênito”, gr. Protótokos(prototokos, 9 vezes no NT; 7 de Cristo), cf. Lc 2:7; Rm 8:29; Cl 1:15,18; Hb 1:6; 
Ap 1:5. No NT, tanto como no AT, esta palavra indica uma posição jurídica (o primeiro herdeiro), não necessariamente 
nascido fisicamente primeiro (cf. Dt 21:16,17). Cristo é o herdeiro de tudo que existe. 
 
b. “o princípios da criação de Deus” Ap 3:14; Princípio (gr. Arkei/arkei) é frequantemente traduzido “a primeira causa, 
origem, fonte, autoridade, soberano”. Jesus é o princípio no sentido e fonte da criação. 
 
2. Homem ou Deus? A maior dificuldade da igreja primitiva era entender as declarações (especialmente do próprio Cristo) que 
atestaram a sua divindade juntamente com sua humanidade. Como diz Benjamim Brecknridge Warfield: 
 
Estas manifestações de uma consciência tanto humana como divina permanecem simplesmente lado a lado nos relatos de auto-expressão de nosso 
Senhor. Nenhuma delas é suprimida ou até mesmo qualificada pela outra. Se observássemos apenas um grupo de relatos, poderíamos supor que Ele 
 15
se proclamava inteiramente divino; se observarmos somente o outro grupo, poderíamos igualmente imaginar que Ele se apresentava inteiramente 
humano. Com ambos os lados diante de nós, nós O percebemos falando alternadamente, ora de uma consciência divina, ora de uma consciência 
humana; manifestando-Se como tudo que Deus é, e como tudo que o homem é; mas com a mais notável unidade de consciência. Ele, o único Jesus 
Cristo, era na Sua própria compreensão verdadeiramente Deus e plenamente homem em uma vida unida e pessoal. [The Person and Work of Christ, 
pp. 67,68]. 
 
IV. O ESPÍRITO SANTO É DEUS 
A primeira vista, parece existir uma falta de evidência com respeito à pessoa divina do Espírito Santo. Isso ocorre porque o propósito do 
Espírito é glorificar o Filho e o Pai, e porque o seu trabalho é mais subjetivo, ainda que Ele seja mensionado 261 vezes no NT, e cerca de 
100 vezes no At (Hb. Ruah (387 vezes)= “espírito, vento, sopro, mente, alma (do homem), Espírito Santo”. 
 
A. O Espírito Santo é Pessoal e Distinto do Pai: Porque muitas vezes no At, o Espírito Santo é visto como realmente idêntico à Deus, 
alguns negam que o Espírito seja uma pessoa diferente do Pai. As evidências bíblicas mais simples são as seguintes: 
1. O Espírito Santo tem inteligência própria: 1 Co 2:10-13 
 
2. Ele possui emoções Ef 4:30 
 
3. Ele demonstra a sua vontade: 1 Co 12:11; At 8:29 
 
4. Outros textos: Mt 12:31; Jo 14:26; At 5:3-9; 13:2; Rm 8:26. 
 
B. Citações Explícitas da Divindade do Espírito Santo: 
a. Is 40:13-18; 2 Sm 23:2-3 
 
b. * Mt 28:19; (também Is 48:16): 
 
c. * At 5:3,4,9: 
 
d. * 2 Co 3:17-18: 
 
C. Evidência Indiretas: 
1. Citações de Jeová no AT, atribuições ao Espírito Santo no NT. 
a. Is 6:9,10; At 28:25-27 
 
b. Sl 95:7-11; Hb 3:7-11 
 
c. Jr 31:31s; Hb 10:15-17 
 
2. Os Atributos Divinos: 
• Onisciência: Is 40:13-14,28; 1 Co 2:10,11; 
• Onipotência: Is 40:13-17; 
• Onipresença: Sl 139:7-9; 
• Santidade: Ef 4:30; 
• Verdade: Jo 14:17; 15:26; 16:13; 
• Vida: Rm 8:2; 
• Espírito de graça: Hb 10:29; 
• Glória: 1 Pe 4:14; 
 
Além disso, resitir (at 7:51), apagar (1 Ts 5:19), entristecer (Ef 4:30) ou ultrajar (Hb 10:29) o Espírito Santo, é fazê-lo contra Deus. João 
Calvino: “Todos os atributos específicos de Deus são atribuídos a Ele (o Espírito Santo), assim como ao Filho”. 
 
3. As Obras Divinas: 
** A geração de Jesus (Mt 1:20; Lc 1:35); *a criação do universo (Gn 1:2; Is 40:12; Sl 33:6); *a inspiração das Escrituras (2 Tm 3:16; 2 
Pe 1:20,21; 1 Co 2:12-16). A ministração aos eleitos: regeneração/novo nascimento (Jo 3:5-7); batismo (1 Co 12:13); selo (Ef 4:30); 
habitação (1 Co 6:19). Assim, somos filhos legítimos de Deus (1 Jo 3:9,10), o templo de Deus (1 Co 3:16); o Espírito Santo nos conforta 
(At 9:31), intercede por nós (Rm 8:14); dá-nos dons espirituais (1 Co 12:7s); ressuscita-nos (Rm 8:11). 
 
4. Os Títulos Divinos: O Espírito têm quase 40 títulos na Bíblia. 
*** Espírito de Jeová (YHWH) [Jz 3:10], do Pai (Mt 10:20), ** do Filho/Cristo (Rm 8:9; 1 Pe 1:11, Fl 1:19; Gl 4:6). * Parácletos 
(paracletos) – Consolador: Jesus é o Consolador (1 Jo 2:2), e o Espírito é o “outro” [állon = “um outro do mesmo tipo”] consolador 
(*Jô 14:16,26; 15:26). 
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CONCLUSÃO: “É de máxima importância decidir se o Espírito Santo é uma Pessoa Divina que merece nossa adoração, fé, amor e 
submissão a Si mesmo, ou se Ele é simplesmente uma influência que provem de deus, ou um poder, ou uma iluminação que Deus nos dá. 
Se o Espírito Santo é uma Pessoa, uma Pessoa Divina, e nós não O conhecemos assim, então estamos roubando de um Ser Divino a 
adoração, a fé, a submissão e o amor que Ele merece”. (R. A. Torrey). 
 
A Santíssima Trindade e a Perspectiva Cristã do Universo 
1. Antes do Princípio 
 
Antes de toda e qualquer criação, Deus era completamente auto-suficiente e todo-inclusivo: tudo que existia era Deus; não havia nada que 
não fosse Deus. De eternidade a eternidade Deus era e é plenamente Deus. Sem princípio, Ele existe para sempre em uma essência 
imutável, escolhendo ser a si mesmo. Além disso, Deus é infinito em cada uma de suas características, muitas que talvez nunca foram 
reveladas e nem poderiam ser percebidas ou entendidas pelos seres humanos. As suas características não são contraditórias, mas são 
totalmente consistentes consigo mesma. Deus é pessoa: Deus, em si, existe como três pessoas distintas e eternamente diferentes como 
pessoa. Em seu ministério final, a Trindade ontológica não pode ser compreendida de uma maneira exaustiva e completa; qualquer 
conhecimento que temos sobre Deus está relacionado com a revelação (tanto comum como especial) dada em uma situação finita, e em 
condições que têm significado para nós como seres finitos. Assim, é através da revelação divina que concluímos que Deus, antes de todas 
e quaisquer criações, existia infinito, pessoa, todo-inclusivo, Auto-suficiente e imutável, de acordo com um elevado conceito da Trindade. 
 
2. O Princípio e a Criação Impessoal 
 
 Quando Deus criou, Ele, deliberadamente, escolheu limitar-se, porque fez algo além de si mesmo. Por criar algo do nada (nada 
absoluto), Deus não permaneceu mais todo-inclusivo. Por exemplo, a pedra não era Deus. Por definição, a matéria é finita; uma coisa 
criada não é infinita; a matéria não é Deus. Mesmo na perspectiva moderna de continuidade da energia e da manteria, uma pedra só 
tem significado em termos finitos. Em contraste com todas as teologias panteístas e deterministas. Deus não estendeu-se a si mesmo 
na criação. Pelo contrário, a matéria, o espaço e o tempo existem como algo feito por Deus e não como sua essência. Porém, a 
existência destas dimensões de matéria, espaço, e tempo – depende total do Deus da Bíblia. 
 
3. O Princípio e a Criação Pessoal 
 
Além de matéria, espaço e tempo, o Deus Triúno escolheu pessoas finitas. Deus se limitou outra vez, pois agora Ele já não era o único ser 
pessoal e moral no universo. É claro que todos os seres criados são finitos, seja no céu ou na terra; ao contrário do Deus Filho, por 
exemplo, o anjo Lúcifer (satanás) não é onipresente, pois não é capaz de estar presente em mais de um lugar ao mesmo tempo. Contudo, a 
personalidade em si está fundamentada na natureza do Criador: (1) Deus pensa e raciocina logicamente, embora não necessariamente nas 
formas de pensamento que nós usamos; (2) Deus escolhe voluntariamente, fez decisões, exerce e possui livre arbítrio; e (3) Ele manifesta 
emoções e sentimentos, sendo um ser moral e com propósito. Examinado a Escritura, vemos que cada pessoa da Trindade pensa, tem 
emoções e vontade. E nós pessoas finitas temos as mesmas características. O homem criado à imagem de Deus, e, embora tenhamos 
caído em pecado e soframos as conseqüências e cicatrizes da queda, o imago dei não esta desfigurado a ponto de não haver 
reconhecimento. Somos realmente pessoas, com valor eterno, porque o Criador e Ser Absolutodo universo também é pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. A Trindade e a Unidade – Diversidade no Universo 
 
 
 Eternidade 
Passada 
Santa 
Trindade 
O mar, a pedra, 
a árvore, o animal 
Criação Pessoal 
Os anjos 
O homem e mulher 
Céu, 
Tártaro 
A terra: 
Criação 
Impessoal 
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A tensão entre a unidade absoluta versos a diversidade absoluta do universo é provavelmente o maior problema religioso – 
filosófico de toda a história. Desde os filósofos mais antigos, o homem não tem uma resposta suficiente para este dilema. Por um lado 
(unidade absoluta), o homem é trancado em uma máquina de determinismo, seja no fatalismo religioso (hinduísmo, islamismo e 
calvinismo extremo) ou no behaviorismo secular (formas de psicologia, sociologia, ciências físicas e marxismo [a dialética materialista]). 
Por outro lado (diversidade absoluta), o ser humano fica perdido em um cosmo absurdo que não tem propósito ou direção, onde tudo 
acontece puramente por acaso – uma posição vista no existencialismo e na arte moderna. Fora do cristianismo bíblico, não há base para 
um equilíbrio desta tensão. 
Sendo três pessoas em um Deus, a Trindade incorpora ambos, unidade e diversidade, em si mesma. A criação também reflete 
este fato, seja quando falamos de uma galáxia do universo trilhões de anos luz daqui, ou de um elétron ultramicroscópio girando em 
órbita de um núcleo um quatrilhão de vezes por segundo, e diversidade na sua unidade. Há ordem entre os participantes (as coisas 
indivisíveis) de toda criação. Na verdade, até a teoria da relatividade tem como parâmetro absoluto a velocidade da luz. No fim de tudo, 
como observou Jean Paul Sartre, se não existisse um ponto de referência no universo – um ponto infinito e absoluto (e acrescentamos, 
pessoal) – então todas os particulares (a pedra, o homem, as crenças, os valores) seriam absolutamente sem significado. Em contraste com 
todas as outras religiões e filosofias, a revelação bíblica da Trindade apresenta um relacionamento significante entre unidade e 
diversidade porque toda criação está por fim relacionada com Deus, e o próprio Deus existe em triunidade. 
 
5. A Trindade e a Humanidade do Homem 
 
Mas não é somente o problema da unidade e diversidade que é resolvido em uma perspectiva trinitária do universo. Fora de uma 
Trindade pessoal, a humanidade do homem (i.é., as coisas que se distinguem dos animais) carece de fundamento suficiente. Sem o 
conhecimento ortodoxo da Trindade, o homem torna-se necessariamente menos do que um ser humano ou, no mínimo, menos “humano” 
do que a grande maioria das pessoas gostaria de saber. No Deus triúno, há comunicação e amor – logo há plenitude e riqueza de 
relacionamentos pessoais – entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. No nosso século, muitos declararam que os relacionamentos humanos 
são vazios, que o amor é apenas produto de hormônios produzidos pelo organismo, que a linguagem é sem significado, e que a 
comunicação com uma outra pessoa é, enfim, impossível. No meio destas afirmações anti – humanitárias, a fé cristã proclama que 
comunicação, comunhão, amor (incluindo o ato físico) – atos profundamente humanos – assumem valor e significado enormes quando 
entendemos que o homem foi criado por um Deus exaustivamente pessoal. E porque o homem é criado e é ontologicamente dependente 
de Deus, ele tem uma base epistemológica para ter certeza que o amor é realmente válido, para regozijar-se com os amigos e até com sua 
esposa, para exprimir-se em palavras raciocinadas, e para ter comunhão com outros nos níveis mais íntimos e transparentes. Em contraste 
com o existencialista e o determinista, o cristão tem base para encontrar-se significado em todas as atividades e funções humanas: nos 
seus atos de criatividade, bondade e justiça; nas suas emoções de alegria, tristeza e ira; e nos seus pensamentos, na sua linguagem, na 
práxis da ciência, no estudo da história objetiva, e na distinção entre fantasia e realidade. Por fim, o ser humano, como pessoa finita, 
encaixa-se na estrutura da criação sem conflitos. No trinitarianismo, a sua humanidade tem uma estrutura religiosa – filosófica adequada. 
Porém, o homem não é três pessoas. Sendo uma só pessoa, ele precisa de relacionamentos pessoais com outros seres humanos e 
com seu Criador. O homem não é uma pessoa infinita; não é suficiente para ser absoluto em si mesmo, obter a perspectiva final e estar no 
centro de seu universo. Ele é criado para confiar e ter comunhão com o Deus infinito e pessoal. 
 
6. A Trindade e o Amor 
 
Uma característica deste Deus, junto com a sua santidade (i.é., a auto – consciência moral), é o seu amor. Muito da unidade entre as 
pessoas da Trindade, ou entre Deus e a criação, ou dentro da criação em si, existe através do amor. O amor, como indicado no Novo 
Testamento, é algo que vem de dentro e vai para fora. Uma pessoa deve amar-se a si mesma e também aos outros. Assim, porque Deus é 
amor, cada pessoa da Trindade ama somente a si mesma, mas também às outras duas pessoas da divindade. Em contraste com o 
islamismo, judaísmo e outras religiões que defendem que Deus existe exclusivamente como uma pessoa, o Deus do cristianismo nuca se 
apresenta solitário ou isolado. Ele não necessita de alguém para amar. Ele não precisa criar alguém para amar – realizando-se assim como 
o Amor absoluto. Para um Deus auto-suficiente ser amor, Ele deve existir em, pelo menos, duas pessoas. O Deus triúno, desde a 
eternidade, exercita constantemente o amor em si mesmo e entre uma pessoa e outra. Um deus na forma trinitária não é dependente de 
uma de suas criaturas para se realizar em amor; pelo contrário, o amor realizado existe entre cada pessoa distinta da Trindade. Por causa 
do seu amor e a sua unidade – diversidade, a Trindade torna-se o nosso modelo de comunidade –seja da família, da igreja, ou em 
qualquer nível sociológico. 
 
7. A trindade e a Justificação 
 
Além do mais um Deus perfeitamente santo prover perdão, sem se comprometer, é preciso que Ele subsista em uma pluralidade 
de pessoas. Se Deus fosse uma só pessoa, Ele poderia ser perfeitamente justo e santo, mas seria incapaz de perdoar o nosso pecado sem 
comprometer a sua santidade. Por exemplo, no Islã, Alá está acima da ponte da morte que passa da vida terrestre para o paraíso. Embaixo 
desta ponte estreita está o abismo do inferno. Um homem que teve uma vida 70% boa e 30% má, talvez tenha permissão de passar ao 
paraíso. Mas um homem com menos virtude serie empurrado por Alá para o abismo. Assumindo que nenhum homem é 100% bom (e 
assim, igual a Alá), Alá deve comprometer a sua santidade ao permitir que uma pessoa entre no paraíso. Como é que o Absoluto Moral 
do universo pode perdoar e ter comunhão com um pecador? Na Bíblia, Deus é o Justo, mas também é o Justificador dos nossos pecados, 
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precisamente porque Ele é mais do que uma pessoa. Por causa da sua pluralidade de pessoas, Ele pode ser o santo Juiz sem se 
comprometer, o Cordeiro sacrifical que morreu no meu lugar, e o Espírito santificador que atua em mim. 
 
8. A Onisciência Divina 
 
Ainda que incorpore em si unidade e diversidade, e existindo como a base da humanidade do homem, o Deus triúno é também onisciente. 
O acaso, a causalidade, e a contingência não estão além de Deus. Nada pega Deus de surpresa, pis Ele está, vamos dizer, no fundo do 
universo – na parede final. Se o acaso estivesse além de Deus, então o acaso, no fim, seria o Deus real. Entretanto, antes da criação do 
universo, Deus sabia da entrada do pecado no mundo, e do remédio que iria efetuar o perdão do pecado. Ele também sabia do resultado e 
do fim da história deste mundo, e como todos os homens, no fim de tudo, vão glorificar e bendizer (seja no céu, na terra ou embaixo da 
terra) por aquilo que o Senhor é. Deus não sabe mais agora do que sabia antes da formação do universo, porque Ele sabe todas as cosas 
instantaneamente: todo passado, presente e futuro estão constantemente diante dele.9. A Trindade e o Tempo e o Espaço 
 
Deus é onisciente, e também parece que Ele existe atemporalmente – transcendendo todo o tempo, vivendo em um eterno agora. 
Porque o tempo é uma dimensão de sua própria criação, Deus não está limitado ou restrito pelo tempo, ms Ele está instantaneamente 
acima de toda eternidade. Ao mesmo tempo, o conceito bíblico de tempo é linear ou seja, a história tem princípio, direção, finalidade e 
fim. Por isso, o judaísmo – cristianismo é a única religião com profecias (quase um quarto da Bíblia pertence ao gênero de profecia). A fé 
cristã leva a sério a história objetiva (cf. 1 CO 15:3-16). Deus entra no tempo e age conosco. 
Mas em um outro sentido, o tempo não tem fim, só tem princípio: herdamos a vida eterna. Isto não significa que nos tornamos 
atemporais, mas que viveremos para sempre, de alguma forma, sob o tempo linear (veja Ap 22:22). Os salvos terão uma vida perpétua em 
tempo, mas uma vida cheia de plenitude do Senhor, que é a fonte da vida. E os que rejeitarem a graça de Deus irão, nas palavras de Jesus, 
“para o fogo/castigo eterno” (Mt 25:41-6). Como ser imortal, o homem não pode escapar do tempo, as formas e níveis da qualidade do 
tempo certamente mudam, mas a dimensão do tempo é integral à existência dos seres finitos. 
A lógica especulativa desta idéia é interessante. Pela Bíblia entendemos que a Trindade tem se comprometido com a sua criação, 
e envolverá para sempre com a ordem de tempo e matéria—e.g., com os santos, e com o novo céu e a nova terra que permanecem para 
sempre. O Deus Pai, O Deus Filho, e possivelmente até o Espírito Santo tomam formas físicas na ordem da criação (o Ancião de Dias, o 
Filho glorificando, a pomba divina, etc) para que os seres finitos possam conhecê-lo e relacionar-se com Eles. Se Deus não tomasse 
formas analógicas com a nossa experiência, parece que serie difícil, senão impossível, ter algum conhecimento sobre Ele. Quando a 
Bíblia relata que Deus é “espírito”, está falando da onipresença divina e de sua realidade na nossa detenção; isto significa que Deus não 
toma forma no céu. Na sua misericórdia e criatividade, a Trindade se exprime através das formas finitas, sem se limitar àquelas formas. 
Assim, a raça humana e a ordem dos anjos podem relacionar-se com Ele de uma maneira mais concreta (e.g. ao redor do trono no céu). 
Pressupondo, por enquanto, que a Trindade exista atemporalmente, ela não esta restrita a uma ordem eterna de matéria e energia. 
Deus ficaria simultaneamente dentro e fora do tempo. Então, a divindade não está exclusivamente envolvida com um corpo eterno de 
santos e outros seres, mas também a Trindade ontológica existe simultaneamente fora de qualquer ordem da criação. O Filho não se 
limita a um corpo glorificado na eternidade futura, mas Ele também existe completamente sem limites no seu estado ontológico na 
plenitude do seu estado pré-criação. Assim também, o Espírito Santo, embora envolvido funcionalmente na história e no céu, ao mesmo 
instante, existe totalmente igual ao Pai e ao Filho, sem qualquer limitação na plenitude do seu estado ontológico. Assim, a Santa Trindade 
engloba a criação e não-criação, a toda – inclusividade e a não – toda – inclusividade, a sua glória ontológica e o seu envolvimento 
econômico (funcional) na criação. Normalmente, pensamos em duas dimensões: o céu e a terra (claro que hades e gehenna são outras 
dimensões). Ma parece eu realmente há três esferes em que devemos pensar sobre Deus: (1) a Sua encarnação na terra, (2) o seu reino 
celestial, e (3) a Trindade ontológica, transcende, atemporal e separada de qualquer limitação finita. Em um sentido, então, o Deus triúno 
se “encarnou” (tomou forma) tanto no próprio céu como na terra. 
 
10. A Livre Vontade Divina 
 
Junto com a onisciência e atemporalidade, Deus tem livre vontade. Como diz Cornelius Van Til: “Deus escolhe eternamente ser 
a si mesmo”. Conseqüentemente, Ele pode ser tanto infinito como pessoal. A sua infinitude não apaga a sua personalidade, pois Deus não 
é infinito em tudo (e.g., como o Brama do hinduísmo). Deus é infinito em cada uma das suas características, mas não infinito em todas as 
coisas ou, então, seria tão mau quanto bom, tão cruel quanto misericordioso, tão impessoal como pessoal. Deus é capaz de ser infinito em 
tudo, mas Ele escolhe eternamente ser distinta e constantemente a si próprio. E, porque o universo foi criado centrípeto e dependente do 
caráter de Deus, este caráter de Deus, este caráter imutável existe como o pilar de toda existência. Sem uma constância voluntária dentro 
da Trindade, a criação não ficaria unificada, e aparentemente iria desintegrar-se em caos tanto quanto moral. Assim, o mal no universo 
existe como perversão e parasita das coisas criadas pela bondade livre de Deus. E, finalmente, reconhecemos que o Deus triúno cedeu ao 
homem o livre-arbítrio dentro dos seus limites finitos e dentro da soberania divina. 
 
Conclusão: A Santa Trindade e a Sua Glória 
 
Em vista da natureza infinita e pessoal do Deus Altíssimo revelado na Bíblia Sagrada, com sua auto-suficiência absoluta, onisciência, 
imutabilidade e livre-arbítrio; e em vista de como a estrutura filosófica trinitária é suficiente para viver neste universo como pessoas 
completas, com amor, lógica, libguagem e equilíbrio entre unidade e diversidade, algumas observações finais devem ser colocadas. Tudo 
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até agora mencionada relaciona-se de alguma maneira com a cosmologia – isto é, com nossa perspectiva e vivência do universo. 
Entretanto, temos de lembrar que tudo que não é criação é Deus. Se deus existia completamente todo-inclusivo antes da criação, logo, Ele 
está agora em todos os lugares e em todas as dimensões onde não existe criação. Em todos os lados das poucas dimensões onde a criação 
reside, está o Senhor infinito, o Senhor de tudo, sempre em todas as esferas, exercitando o seu caráter magnífico. Para que os cristãos, 
remidos pela obra de Jesus Cristo no Calvário, a criação finita constitui um berço enorme sobre o qual, em, meio do qual o Deus triúno 
paira, cuidando dos seus com afeição. Toda criação reconhecerá algum dia a imensidão e beleza de Deus e a dívida incrível que ela tem 
para com o Deus todo-poderoso, e.g., por sua existência, sua preservação, e pela provisão da salvação em Jesus Cristo. É esta realização 
palpável que é possivelmente a nossa parte principal na qual devemos glorificar a Trindade e nos realizar no plano eterno de Deus. 
Contudo, não haverá glória mais bendita do que aquela glória dada por um membro da Trindade a um outro membro da Trindade, cada 
um reconhecendo plenamente a grandeza do caráter do outro, cada um por sua vez. 
 
A Doutrina dos Anjos 
Atos 12:1-11 
 
INTRODUÇÃO 
1. A anglologia faz parte de uma cosmologia cristã, i.é., de uma perspectiva do universo. 
2. Quantos de vocês conhecem alguém que parece ter tido uma experiência com anjos? 
3. Bakht Singh, o evangelista da Índia. 
 
4. A falta de literatura neste assunto. Por que? Exceção: Billy Grahan, Anjos; Os Agentes Secretos de Deus, trad. C. Tozzi [1975] 
(RJ: Record, c.1980). 
 
I. O QUE É UM ANJO? 
A. Termiminologia: 
1. Mal’akh (Malakh) hb. “um mensageiro, um anjo”, 109 vezes no AT; a idéia básica é “um mensageiro sagrada” seja humano ou 
sobrenatural (Von Rad Kittle I:74s). Mal’akh significa, às vezes, um profeta (Malaquias 1:1, lit. “meu mensageiro”; Ag 1:13) ou 
um sacerdote; mas geralmente refere-se a um distinto de seres criados chamado de anjos, que talvez incluam os querubins e os 
serafins. No AT, quase não há menção de anjos caídos (Ez 28:12s). 
a. Serafins: Is 6:2,6 
 
b. Querubins: Gn 3:24; Êx 25:18s; Ez 1:5s; 10:15,20; 28:12s; Ap 4:6s 
 
2. Angelos (Angelos) gg. “um mensageiro. Intermediário, [quase sempre] anjos”, sendo representantes de Deus e do mundo 
sobrenatural. 186 vezes no NT. Algumas exceções são Lc 7:24 (os mensageiros de João Batista); 9:52; Tg 2:25). Todos os 
outros usos referem-se a anjos celestiais (ou caídos), 
 
3. Outros Nomes:

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