Buscar

Apostila - Depilação a Laser

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 124 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 124 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 124 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DEPILAÇÃO A 
LASER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
Autor(a): Uol Cursos/ Ciatech 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEPILAÇÃO A 
LASER 
 
 
 
 
 
1ª Edição 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
UOL CURSOS TECNOLOGIA EDUCACIONAL LTDA. 
CIATECH TECNOLOGIA EDUCACIONAL LTDA. 
2022 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ISBN: 978-85-8241-075-2 
 
 
Todos os direitos desta edição são reservados a 
UOL Cursos Tecnologia Educacional ltda. e Ciatech tecnologia educacional ltda. 
É proibida a reprodução total ou parcial por quaisquer meios, sem autorização 
escrita da empresa. 
 
 
 
 
CIATECH TECNOLOGIA EDUCACIONAL LTDA./ UOL CURSOS TECNOLOGIA 
EDUCACIONAL LTDA. 
Al: Barão de Limeira, 425 – 7º andar 01202-000 São Paulo - SP 
www.crescabrasil.com.br/ www.portaleducacao.com.br 
http://www.crescabrasil.com.br/
http://www.portaleducacao.com.br/
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DEPILAÇÃO A LASER .......................................................... 7 
SISTEMA TEGUMENTAR ........................................................................................................... 8 
PELE ............................................................................................................................................. 9 
Epiderme ................................................................................................................................... 10 
15 ................................................................................................................................................ 13 
DERME ....................................................................................................................................... 13 
ANEXOS DA PELE ..................................................................................................................... 18 
ESTUDO DA UNIDADE PILOSSEBÁCEA ................................................................................. 19 
TIPOS DE PELOS ....................................................................................................................... 24 
CICLO DE CRESCIMENTO PILOSO .......................................................................................... 28 
Fase Catágena ........................................................................................................................... 30 
Fase Telógena ........................................................................................................................... 31 
CLASSIFICAÇÃO DOS FOTOTIPOS CUTÂNEOS (ESCALA DE FITZPATRICK) .................. 32 
DISFUNÇÕES RELACIONADAS À UNIDADE PILOSSEBÁCEA.............................................. 38 
HIPERTRICOSE ......................................................................................................................... 39 
FOLICULITE ............................................................................................................................... 40 
FURÚNCULO .............................................................................................................................. 42 
TRICORREXE NODOSA ............................................................................................................ 43 
CONCEITOS DE DEPILAÇÃO E EPILAÇÃO ............................................................................. 44 
DEPILAÇÃO E PROCESSOS DEPILATÓRIOS ......................................................................... 45 
Lâmina ....................................................................................................................................... 45 
Cremes depilatórios ................................................................................................................ 46 
Aparelhos elétricos que não eliminam a raiz .................................................................... 47 
Depilação a linha ou fio .......................................................................................................... 48 
Cera quente e fria .................................................................................................................... 49 
Cera quente ............................................................................................................................... 50 
Cera fria ..................................................................................................................................... 50 
Pinça ........................................................................................................................................... 51 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
Métodos para epilação definitiva (epilação permanente) .............................................. 52 
HISTÓRICO DO DESENVOLVIMENTO DO LASER ................................................................ 57 
FUNDAMENTOS FÍSICOS DO LASER ...................................................................................... 60 
AMPLIFICAÇÃO POR EMISSÃO ESTIMULADA DE RADIAÇÃO .......................................... 62 
CARACTERÍSTICAS DA LUZ LASER........................................................................................ 63 
CONSTITUIÇÃO DO EQUIPAMENTO DE LASER ................................................................... 64 
CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA DO LASER ................................................................. 65 
MODOS DE EMISSÃO DO LASER ............................................................................................ 66 
MECANISMOS DE AÇÃO DO LASER ........................................................................................ 67 
EFEITOS GERAIS DO USO DO LASER ..................................................................................... 72 
EFEITOS BIOQUÍMICOS ........................................................................................................... 72 
EFEITOS BIOELÉTRICOS ......................................................................................................... 72 
EFEITOS BIOENERGÉTICOS .................................................................................................... 72 
EFEITOS BIOESTIMULATIVOS ............................................................................................... 72 
ESTÍMULO A MICROCIRCULAÇÃO ......................................................................................... 73 
TIPOS DE LASER USADOS PARA DEPILAÇÃO DEFINITIVA ............................................... 73 
LASER RUBI DE PULSO LONGO (694nm) ............................................................................. 74 
LASER DIODO DE PULSO LONGO (810nm) ......................................................................... 76 
LASER ND: YAG DE PULSO LONGO (1064NM) .................................................................... 78 
LUZ INTENSA PULSADA (IPL): USO EM EPILAÇÃO ............................................................ 81 
SEGURANÇA PARA O USO DO LASER .................................................................................... 85 
SELEÇÃO DO PACIENTE, INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES ........................................ 88 
PACIENTE IDEAL ...................................................................................................................... 89 
INDICAÇÕES .............................................................................................................................. 90 
CONTRAINDICAÇÕES ............................................................................................................... 90 
MODOS DE OPERAÇÃO E PARÂMETROS DE TRATAMENTO ............................................ 90 
Laser visível .............................................................................................................................. 91 
Laser Invisível ..........................................................................................................................92 
TEMPO DE DURAÇÃO .............................................................................................................. 92 
ANAMNESE ................................................................................................................................ 93 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
Identificação do paciente ....................................................................................................... 94 
Coleta da história clínica geral e depilatória ..................................................................... 94 
Exame Físico ............................................................................................................................. 94 
Classificação da pele ............................................................................................................... 95 
Inspeção .................................................................................................................................... 95 
Palpação .................................................................................................................................... 95 
Temperatura ............................................................................................................................ 96 
PROTOCOLO PARA APLICAÇÃO DE LASER PARA EPILAÇÃO ........................................... 97 
ANAMNESE ................................................................................................................................ 97 
TERMO DE CONSENTIMENTO PARA DEPILAÇÃO COM LASER ...................................... 101 
ORIENTAÇÕES GERAIS AO TRATAMENTO ........................................................................ 102 
Teste prévio ............................................................................................................................ 103 
Recursos relacionados ao alívio da dor ............................................................................ 104 
ORIENTAÇÕES PÓS-TRATAMENTO .................................................................................... 104 
PRECAUÇÕES NO USO DO LASER ........................................................................................ 105 
RESULTADOS DE DEPILAÇÃO DEFINITIVA ....................................................................... 105 
COMPLICAÇÕES E REAÇÕES ADVERSAS ............................................................................ 108 
GLOSSÁRIO .............................................................................................................................. 110 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................... 115 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DEPILAÇÃO A LASER 
Olá, seja bem-vindo (a) ao Curso de Depilação a Laser. Nosso objetivo é trazer a você 
informações importantes em relação a essa técnica que ganhou destaque nos últimos anos 
tornando-se uma interessante ferramenta de trabalho para os profissionais que atuam na 
área de medicina estética e afins. 
Olá, seja bem-vindo (a) ao Curso de Depilação a Laser. Nosso objetivo é trazer a você 
informações importantes em relação a essa técnica que ganhou destaque nos últimos anos 
tornando-se uma interessante ferramenta de trabalho para os profissionais que atuam na 
área de medicina estética e afins. 
Cada vez mais, no mundo moderno, buscam-se soluções rápidas e seguras para resolver 
situações corriqueiras do dia a dia. Múltiplas funções se acumulam e sobra pouco tempo 
para nos dedicarmos ao embelezamento pessoal. Dentro desse contexto, a depilação a 
laser definitivamente ganhou papel de destaque. 
Comparativamente a métodos depilatórios temporários que são dolorosos, demorados e 
muitas vezes pouco higiênicos (ceras, lâminas, espumas depilatórias), o laser proporciona 
resultados eficazes, seguros e relativamente permanentes para remover pelos de diversas 
partes do corpo e face (sobrancelhas, buço, bochecha, queixo, pescoço, seios, abdomem, 
virilha, coxas, axilas, entre outros). O laser pode ser utilizado em todos os tipos de pele, 
sem muita dor e com resultados garantidos, reduzindo aproximadamente 80% dos fios na 
região tratada. 
Existem vários tipos de equipamentos. Entre eles podem ser citados: o Laser Diodo; o 
Laser Nd: Yag; o Laser Soprano XL, entre outros. As características destes equipamentos 
serão detalhadas nos módulos seguintes. Para que você entenda perfeitamente como 
funciona o processo de depilação a laser é importante conhecer detalhadamente os 
componentes anatômicos do sistema tegumentar e da unidade pilossebácea. 
Dessa maneira, você irá compreender como o equipamento consegue agir sobre essas 
estruturas e remover definitivamente os fios nos locais tratados. 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
SISTEMA TEGUMENTAR 
O sistema tegumentar ou tegumento é um conjunto de estruturas que envolvem o 
organismo humano fazendo uma barreira protetora contra agentes externos. 
Além da função de proteção, o tegumento também é responsável pela regulação da 
temperatura corporal por meio da produção e excreção do suor e pela produção de 
substâncias importantes para o nosso organismo, como vitaminas e proteínas. 
 
FIGURA 1 -SISTEMA TEGUMENTAR (PELE/HIPODERME/ANEXOS) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O sistema tegumentar é formado pela pele (epiderme e derme), pela hipoderme (tela subcutânea) e 
pelos anexos cutâneos (foliculos pilosos, unhas, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas). 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
PELE 
 
A pele, também chamada de cútis, é o principal 
componente do sistema tegumentar. É considerada 
um grande órgão de revestimento e proteção do 
organismo, constituindo aproximadamente 15% do 
peso corporal total. Reveste praticamente todo o 
corpo, estando ausente apenas nos orifícios 
genitais, boca e olhos por onde se estende por 
intermédio das mucosas. 
 
A pele varia em espessura e cor nas diferentes 
regiões do corpo e de acordo com as características 
raciais e de idade de cada indivíduo. 
 
A pele exerce funções extremamente importantes 
para o equilíbrio do nosso corpo. O quadro abaixo resume algumas dessas funções: 
 
A pele compõe-se por duas camadas principais: a epiderme (mais superficial e composta 
por tecido epitelial) e a derme (mais profunda e composta por tecido conjuntivo). 
Barreira entre o organismo e o meio externo; 
Proteção contra desidratação e radiação UV; 
Proteção contra traumas mecânicos; 
Excreção de produtos tóxicos do metabolismo celular (ureia, amônia e ácido úrico); 
Regulação hídrica (impede a perda ou a entrada excessiva de líquidos); 
Regulação da temperatura corporal pelo suor (termorregulação); 
Armazenamento de substâncias (água, açúcares e gorduras); 
Sensibilidade (a pele possui terminações nervosas para tato, pressão, calor e dor); 
Imunidade (células epidérmicas são importantes para a imunidade); 
Regulação metabólica (síntese de vitamina D, essencial para a fixação do cálcio). 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
Epiderme 
A epiderme é a camada mais superficial da pele. É formada por um tipo de tecido 
chamado tecido epitelial de revestimento (FIGURA 3). 
Esse tipo de tecido se caracteriza por possuir células muito próximas entre si, com 
pouca substância intercelular entre elas e por serem avasculares, ou seja, não 
possuem circulação sanguínea própria e dependem de tecidos próximos para 
serem oxigenados e nutridos. 
A espessura da epiderme varia de acordo com o local do corpo, sendo mais espessa 
na palma das mãos e na planta dos pés. 
 
Tecido epitelial de revestimento 
 
Em geral, podemos dizer que a epiderme é formada por cinco camadas ou estratos: 
córnea, lúcida, granulosa, espinhosa e basal: 
 
o Camada córnea: camada mais superficial, formada por células achatadas e 
mortas que descamam continuamente; 
o Camada lúcida: camada delgada e fina, ausente nas peles finas; 
o Camada granulosa: formada porcélulas epiteliais em degeneração; 
o Camada espinhosa: formada por células de aspecto espinhoso com 
importante função na coesão das células da epiderme; 
o Camada basal: camada mais profunda, responsável pela renovação da 
epiderme. Fornece células para substituir as células perdidas na camada 
córnea. 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
Camadas da epiderme 
 
A principal célula da epiderme é o queratinócito que realiza a produção de 
queratina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
Queratinócitos (células 
típicas da epiderme) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os queratinócitos são formados na camada mais profunda da epiderme (camada 
basal) e depois de formados são empurrados em direção à camada córnea. Para 
que um queratinócito da 
camada basal atinja a 
camada cónea, são 
necessários 21 a 28 dias. 
Quando os queratinócitos 
estão em fase inicial de 
desenvolvimento, ainda na 
camada basal, são 
denominados de células 
germinativas. Quando 
atingem a camada cónea, 
são denominados 
corneócitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
 
Além dos queratinócitos, na epiderme existem ainda duas importantes células: 
o melanócito, que sintetiza e secreta a melanina, um dos pigmentos responsáveis 
pela coloração da pele e as células de Langerhans, que exercem função de defesa 
imunitária. 
 
A epiderme exerce funções importantes para a pele. O quadro a seguir resume 
algumas dessas funções: 
 
QUADRO 2 – PRINCIPAIS FUNÇÕES DA EPIDERME 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
 
DERME 
 
A derme é a camada mais profunda da pele, situada logo abaixo da epiderme. É 
formada por um tipo de tecido chamado tecido conjuntivo, ricamente 
vascularizado e inervado. Esse tipo de tecido se caracteriza por possuir muita 
substância intercelular e fibras conjuntivas responsáveis pela sustentação e elasticidade 
da pele. 
As fibras do tecido conjuntivo são proteínas polimerizadas que formam estruturas 
alongadas presentes em quantidades variáveis em cada tipo de tecido conjuntivo e 
podem ser classificadas em três tipos: 
Proteção contra traumas físicos e químicos; 
Resistência às forças de tensão à epiderme; 
Proteção contra entrada de substâncias tóxicas; 
Proteção dos efeitos nocivos dos raios ultravioletas; 
Prevenção da desidratação e perda de eletrólitos; 
Restrição da passagem de corrente elétrica; 
Proteção contra o encharcamento quando em contato com a água. 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
o Colágenas: constituídas por colágeno. São as mais frequentes no tecido 
conjuntivo. São grossas e resistentes; 
o Reticulares: constituídas por colágeno. Sustentam certos órgãos 
hematopoiéticos (baço e linfonodos) e circundam órgãos epiteliais (fígado e 
algumas glândulas endócrinas); 
o Elásticas: constituídas por elastina, conferem elasticidade ao tecido 
conjuntivo frouxo, complementando a resistência das fibras colágenas. 
 
FIGURA 7 – TECIDO CONJUNTIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A derme é formada por duas camadas: camada papilar (parte mais externa da derme 
que está em contato direto com a epiderme) e camada reticular (mais profunda e que 
constitui a parte principal da derme). 
 
FIGURA 8 – CAMADAS DA DERME - Derme: camada papilar (DP) e camada 
reticular (DR) 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
 
 
As principais células da derme são os fibroblastos, responsáveis pela produção de 
proteínas que dão origem a fibras colágenas e elásticas que proporcionam 
sustentação e elasticidade para a pele. A derme possui, ainda, inúmeros corpúsculos 
sensoriais e táteis e terminações nervosas. 
A derme é ricamente vascularizada, sendo responsável pela nutrição sanguínea da 
epiderme. O limite entre a epiderme e a derme é bastante irregular. A epiderme projeta 
cristas em direção à derme, que são acompanhadas pelo tecido conjuntivo da derme (papilas 
dérmicas). Essa interação entre epiderme e derme ajuda a fixar mecanicamente as camadas 
da pele. 
FIGURA 9 – PAPILAS DÉRMICAS 
 
 
 
Assim como a epiderme, a derme também exerce funções importantes para a pele. 
O quadro abaixo resume algumas dessas funções: 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
 
 
QUADRO 3 – PRINCIPAIS FUNÇÕES DA DERME 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Logo abaixo da pele está situada a hipoderme ou tela subcutânea que exerce papel de 
sustentação e reserva energética. 
 
HIPODERME (TELA SUBCUTÂNEA) 
A hipoderme ou tela subcutânea não faz parte da pele, porém está intimamente 
ligada a ela. É constituída por septos de colágeno, vasos sanguíneos e células 
adiposas. 
Além de funcionar como depósito energético, a hipoderme exerce as funções de 
proteção contra choques, manutenção da temperatura orgânica e modelagem 
corporal. 
 
A hipoderme é formada por duas camadas separadas por uma lâmina fibrosa: a 
camada areolar (superficial), formada por adipócitos globulares, volumosos, 
numerosos e delicados vasos sanguíneos; e a camada lamelar (profunda). 
A camada lamelar aumenta sua espessura (hiperplasia) quando ocorre ganho de 
peso. 
 
 
Promoção da flexibilidade tecidual; 
Proteção contra traumas mecânicos; 
Manutenção da homeostase orgânica; 
Armazenamento de sangue para eventuais necessidades primárias do organismo; 
Ruborização quando de respostas emocionais; 
Segunda linha de proteção contra invasões de microorganismos. 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
 
HIPODERME (TELA SUBCUTÂNEA) 
A hipoderme ou tela subcutânea não faz parte da pele, porém está intimamente 
ligada a ela. É constituída por septos de colágeno, vasos sanguíneos e células 
adiposas. 
 
Além de funcionar como depósito energético, a hipoderme exerce as funções de 
proteção contra choques, manutenção da temperatura orgânica e modelagem 
corporal. 
 
A hipoderme é formada por duas camadas separadas por uma lâmina fibrosa: a 
camada areolar (superficial), formada por adipócitos globulares, volumosos, 
numerosos e delicados vasos sanguíneos; e a camada lamelar (profunda). 
 
A camada lamelar aumenta sua espessura (hiperplasia) quando ocorre ganho de 
peso. 
 
 
Hipoderme 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
 
ANEXOS DA PELE 
 
Os anexos da pele são os pelos, as unhas e as glândulas sebáceas e sudoríparas : 
 
o Pelos: originam-se de uma invaginação da epiderme (folículo piloso) e estão 
distribuídos por quase todo o corpo. Em certas regiões, como nas aberturas 
do corpo, exercem papel de proteção; 
o Unhas são lâminas córneas formadas pela camada córnea Em sua 
extremidade proximal uma estreita prega da epiderme se estende, 
formando o eponíquo. Possuem coloração rosada; 
o Glândulas sebáceas: são encontradas anexas aos pelos em todas as regiões 
do corpo, sendo mais numerosas, mas de menor volume, nas regiões onde 
os pelos são abundantes. Sua secreção é uma mistura complexa de lipídios 
cuja função é a lubrificação da pele; 
 
 
o Glândulas sudoríparas: estão distribuídas em todo o corpo e secretam um 
fluido de cloreto de sódio, ureia, sulfatos e fosfatos que regulam a 
temperatura corporal. 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
Anexos cutâneos 
 
ESTUDO DA UNIDADE PILOSSEBÁCEA 
Após concluir a revisão do sistema tegumentar, iniciaremos um detalhamento 
sobre um de seus anexos cutâneos: o pelo. 
Trata-se, obviamente, do assunto principal do nosso estudo. 
Afinal, é sobre ele e suas estruturas que atuaremos ao realizar a depilação a laser. 
O pelo é uma matéria semiviva que recobre determinadas partes do corpo, em 
maior ou menor quantidade, com função protetora. 
Quando um ser humano nasce, seu corpo é revestido por cerca de cinco milhões de 
folículos pilosos. Não são formados folículos adicionais após o nascimento. 
 
 
 
Estrutura do pelo 
 
 
A função principal dos pelos; como já dissemos, é a de proteção_ Os pelos 
presentes nas narinas; ouvidos; olhos, axilas; púbis e os cabelos, protegem a pele e 
o couro cabeludo contra a luz solar; o frio e o calor. 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
 
Além dessa função fisiológica; no ser humano, pelos e cabelos exercem também 
importante função Suas alterações muitas vezes influenciamnegativamente a 
qualidade de vida dos indivíduos. 
Os pelos originam-se de uma invaginação da epiderme_ Dessa invaginação surgem 
pequenas estruturas chamadas folículos pilosos. 
O folículo piloso no pelo em fase de crescimento apresenta uma dilatação terminal, 
que é o bulbo piloso, e, na sua porção central, uma papila dérmica, que induz o 
crescimento do pelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Folículo piloso 
 
 
 
 
 
As células que recobrem a papila formam a raiz do pelo que é constituída por 
queratinócitos e melanócitos. À medida que os queratinócitos da raiz do pelo se 
diferenciam, eles vão sofrendo queratinização, incorporando melanina e aflorando 
na superfície da epiderme. 
 
A forma dos pelos depende das fibrilas, que são substâncias formadas por 
proteínas, que dão força e resistência aos pelos. Se as fibrilas são retas, os pelos são 
lisos, mas se as fibrilas tiverem a forma de anéis, o pelo será ondulado. 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
 
 
Os pelos crescem em níveis diferentes em cada indivíduo e essas alterações estão 
relacionadas a diversos fatores: características genéticas, idade, sexo, raça, estação 
do ano, peso corporal, metabolismo, equilíbrio hormonal, uso de medicamentos, 
entre outros. 
 
Um pelo completo é formado por três regiões com diferentes níveis de 
queratinização: medula, córtex e cutícula. 
 
 
o Medula: porção mais central e pouco queratinizada_ Está presente em 
pelos maduros. É constituída por uma ou duas camadas de grandes células 
sem núcleo; 
o Córtex: camada intermediária que envolve a medula e ocupa a maior parte 
do pelo. Possui células epiteliais ricas em melanina, responsáveis pela 
coloração do pelo_ A cor do pelo é relacionada à quantidade de melanina 
formada duranteseu crescimento e depositada no córtex. Se o pigmento 
dominante for melanina a corserá preta e se o pigmento principal for à 
feomêlanina cor será amarela ou vermelha; 
o Cutícula: camada mais externa e mais queratinizada_ Constituída por 
células em plaquetas encaixadas como escamas. Não possui pigmento. 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
 
Pelo completo 
 
Perifericamente, o folículo piloso é envolvido pelas bainhas radiculares interna e 
externa e é separado do tecido conjuntivo da derme por uma membrana basal bem 
desenvolvida, a membrana vítrea. 
 
Na bainha conjuntiva que circunda o folículo piloso, existe o músculo eretor do 
pelo se fixando, de um lado, na bainha e de outro, na derme. A sua contração 
provoca o eriçamento do pelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Detalhamento da microestrutura do pelo 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
 
 
Lâminas da microestrutura do pelo 
O pelo é uma estrutura semiviva que recobre o corpo e exerce a função de proteção 
da pele e do couro cabeludo contra a luz solar, o frio e o calor. 
 
Ele surge de uma invaginação da epiderme denominada folículo piloso. 
Quando o pelo está em crescimento, o folículo apresenta uma dilatação terminal 
chamada bulbo piloso e na sua porção central, uma papila dérmica, que induz o 
crescimento do pelo. 
 
As células que recobrem a papila formam a raiz do pelo. O formato dos pelos 
depende das fibrilas que dão força e resistência aos pelos. 
 
Um pelo completo é formado por três regiões: medula (porção mais central e 
pouco queratinizada); córtex (camada intermediária que envolve a medula e ocupa 
a maior parte do pelo) e cutícula (camada mais externa e mais queratinizada). 
Perifericamente, o folículo piloso é envolvido pelas bainhas radiculares interna e 
externa. Nessa bainha existe o músculo eretor do pelo que provoca seu eriçamento. 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
 
TIPOS DE PELOS 
Existem diversos tipos de pelos que, em épocas diferentes, recobrem o corpo 
humano: lanugem, vêlus e o pelo terminal. 
- Lanugem: é o pelo que cobre o feto, e desaparece após o nascimento. É delgado e 
macio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vernix caseoso 
É produzido pelos folículos fetais e se desprende no útero entre o sétimo e o oitavo 
mês de gestação ou logo após o nascimento. Ao nascer o bebê apresenta uma 
camada de gordura e resíduos de lanugem denominada vernix caseoso; 
 
VERNIX CASEOSO: MISTURA DE SEBO GORDUROSO E LANUGEM QUE 
RECOBRE O CORPO DO RECÉM-NASCIDO 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
 
 
Velus: é o pelo que substitui a lanugem após o 
nascimento. É macio, fino (<0,1 mm), curto (< 2 
cm) e pouco pigmentado. Pode ser encontrado 
normalmente nas faces das mulheres ou na área 
de calvície dos homens; 
 
 
 
Velus 
Pelo terminal: é o pelo que substitui o velus. É mais comprido (> 2cm), mais 
grosso (até 0,6 mm), pigmentado, visível e medulado. Encontrado nas axilas, 
regiões pubianas, pernas, sobrancelhas, cílios, barba, bigode e cabelos do couro 
cabeludo. 
Dentre todas as regiões que possuem pelos terminais e que; portanto, podem ser 
depiladas, a axila e a virilha são as mais solicitadas, sobretudo, pelas mulheres. 
 
No homem, a depilação é mais comum na região do tórax e abdômen Daí a 
importância de conhecermos um pouco mais sobre as características dos pelos 
dessas regiões. 
Pelos axilares: pelos presentes na parte interna da axila, popularmente 
denominada como “sovaco”. Como a maioria dos outros pelos, surge na puberdade 
e seu crescimento é concluído até o final da adolescência. 
Exercem função sexual, pela liberação de feromônios, servem de acolchoamento 
"antiatrito" entre a parte superior do braço e tórax e mantém a umidade longe da 
pele, impedindo a colonização bacteriana. 
Pelos púbicos (pubianos): pelos grossos localizados na região frontal da pelve, 
acima e à volta dos órgãos sexuais masculino e feminino. 
Sua função no ser humano é a proteção dos órgãos sexuais contra o frio. Uma 
função secundária é o estímulo pelo atrito durante o ato sexual. 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
 
 
 
Pelos terminais axilares e pubianos 
 
Pelos abdominais: antes da puberdade, o abdômen de meninos e meninas é 
coberto por uma fina camada de pelo. 
Em resposta aos crescentes níveis de hormônios durante e após a puberdade 
começam a surgir pelos mais grossos, longos e escuros no abdômen, 
principalmente nos meninos. 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
 
 
Resumindo... 
Existem diversos tipos de pelos que, em épocas diferentes, recobrem o corpo 
humano: lanugem (pelo que cobre o feto, e desaparece após o nascimento); vêlus 
(pelo que substitui a lanugem após o nascimento e que também pode ser 
encontrado nas faces femininas ou nas áreas de calvície em homens) e o pelo 
terminal (pelo mais comprido, mais grosso e pigmentado, encontrado nas axilas, 
pubis, pernas, sobrancelhas, cílios, barba, bigode e cabelos). 
Dentre todas as regiões que 
possuem pelos terminais 
(podem ser depiladas), a axila e 
a virilha são as mais solicitadas 
por mulheres e a região do 
tórax e abdomem por homens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
 
CICLO DE CRESCIMENTO PILOSO 
 
Os pelos não crescem continuamente. Há uma alternância de fases de crescimento 
e repouso que dura um período variável de dois a sete anos. A atividade de 
crescimento cíclico de cada folículo piloso nos humanos é individual. 
O ciclo dos pelos ocorre um número suficiente de vezes para manter os pelos 
sempre presentes na maior parte da superfície corporal e do couro cabeludo. 
A qualquer momento temos uma quantidade de pelos em fases diferentes de 
repouso, crescimento e de desprendimento. Existem três fases que se sucedem: 
anágena (crescimento); catágena (repouso); telógena (desprendimento). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
 
 
Ciclo de crescimento piloso 
 
Fase Anágena 
Fase em que o pelo está-se em crescimento. As células dividem-se e queratinizam-
se ativamente. O pelo está fixo dentro do folículo, alimenta-se de sangue e cresce. 
Se for puxado por epilação mecânica nesta fase, a pessoa sente um estímulo 
doloroso. Neste período, a epilação mecânica só remove o pelo velho e já 
condenado a cair. 
 
O pelo novo que ainda não está formado não é 
suficientemente comprido, escapa à depilação e 
obstruio fundo do folículo, não atingindo, desta 
forma, as células germinativas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo de crescimento do pelo: fase anágena 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
 
 
Fase Catágena 
 
Fase em que o pelo está em contato íntimo com as células germinativas. O 
crescimento já terminou e o pelo está queratinizado e implantado no fundo do 
folículo. É o período ideal para se realizar a depilação, pois o pelo é arrancado com 
a bainha epitelial, deixando à mostra a camada germinativa para ser destruída pelo 
laser. 
 
Dura cerca de um ano e 10% dos pelos estão nesta fase. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo de crescimento do pelo: fase catágena 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
 
Fase Telógena 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo de crescimento do pelo: fase telógena 
 
 
Fase em que o enfraquecimento da união entre a base do folículo e o pelo produz 
sua queda. Nesta fase, nasce um novo pelo dentro do folículo e à medida que 
cresce, vai empurrando para fora o pelo velho. 
 
Dura de três a quatro meses e 5% dos pelos estão nesta fase. Em seguida, os pelos 
passam por uma fase de repouso e entram novamente na fase anágena, reiniciando 
o ciclo. 
 
A duração destas fases difere entre as regiões do corpo, assim como a taxa de 
crescimento diária dos pelos (o que caracteriza os diferentes tamanhos dos 
folículos pilosos),conforme descrito no quadro 4, a seguir. 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
 
 
 
QUADRO 4 - CICLO DO PELO DE ACORDO COM A REGIÃO ANATÔMICA 
 
 
 
O melhor período para executar-se a depilação definitiva vai desde o momento 
final da fase anágena até o início da fase catágena. Isso porque neste intervalo de 
tempo é certo que os pelos estejam em contato direto com suas matrizes 
germinativas e possam melhor ser atingidos pelo laser. Porém, como nem todos os 
pelos encontram-se ao mesmo tempo em igual fase de desenvolvimento, não é 
possível realizar uma depilação definitiva em uma única sessão. 
CLASSIFICAÇÃO DOS FOTOTIPOS CUTÂNEOS (ESCALA DE 
FITZPATRICK) 
 
Para a realização segura da depilação a laser precisamos conhecer a classificação 
dos fototipos cutâneos Essa classificação, baseada na reação da pele frente à 
exposição solar é importante para determinar o nível de risco de manchas na pele 
associadas à depilação a laser. 
 
Para a realização segura da depilação a laser precisamos conhecer a classificação 
dos fototipos cutâneos Essa classificação, baseada na reação da pele frente à 
exposição solar é importante para determinar o nível de risco de manchas na pele 
associadas à depilação a laser. 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
 
 
A coloração da pele é dada pelos melanócitos, células presentes na pele, que são 
responsáveis pela produção de um pigmento chamando melanina. A melanina é a 
substância que determina a coloração da pele. 
 
Todos os indivíduos, independentemente da raça, possuem quantidades 
semelhantes de melanócitos. O que difere a coloração de brancos e negros é a 
capacidade de produção de cada um. Negros possuem melanócitos com atividade 
celular mais acentuada. 
 
 
Como regra geral, peles mais claras quase nunca desenvolvem hiperpigmentações 
pós-inflamatórias, sendo excelentes candidatas à depilação a laser. Pessoas com 
peles mais escuras têm possibilidades maiores de desenvolver hiperpigmentação 
pós-inflamatória. Existem equipamentos específicos para serem utilizados em 
pessoas morenas. 
 
Além disso, pessoas com pele clara e pelos escuros alcançam resultados melhores e 
mais rápidos ao realizar a depilação a laser devido ao contraste de coloração entre 
pelo e pele. A escala de Fitzpatrick foi desenvolvida na década de 70 por um 
médico americano da Escola de Medicina de Harvard. 
 
Trata-se de uma classificação para os tipos de pele, baseada na cor da pele e na 
reação a exposição solar. A pele pode ser agrupada em seis fototipos cutâneos 
diferentes: 
 
o Fototipo l: indivíduo extremamente branco, com pele clara, olhos azuis e 
cabelos loiros. Podem ser sardentos. Quando expostos ao sol se queimam 
com muita facilidade e nunca se bronzeiam. Pele considerada muito 
sensível; 
o Fototipo II: individuo branco, com pele clara, olhos azuis, verdes ou 
castanhos claros e cabelos loiros ou ruivos. Quando expostos ao sol se 
queimam com facilidade e bronzeiam-se muito pouco. Pele considerada 
sensível; 
o Fototipo III: individuo moreno claro_ Pode possuir olhos claros ou não, 
porém sempre com cabelos um pouco mais escuros que o fototipo anterior. 
Quando expostos ao sol, queimam-se e bronzeiam-se moderadamente. Pele 
com sensibilidade considerada normal; 
o Fototipo IV: indivíduo moreno moderado. Possui pele clara ou morena 
dam, cabelos castanhos escuros e olhos escuros. Quando expostos ao sol 
queimam-se pouco e bronzeiam-se com facilidade. Pele com considerada 
normal; 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
 
o Fototipo V: individuo moreno escuro. Possui pele morena escura, cabelos 
escuros e cacheados. Quando expostos ao sol raramente se queimam e 
bronzeiam-se bastante. Pele com sensibilidade considerada baixa (pouco 
sensível); 
o Fototipo VI: indivíduo negro. Possui pele e olhos negros. Cabelos negros e 
crespos (étnicos). Quando expostos ao sol nunca se queimam uma vez que a 
sua pele é totalmente pigmentada. Pele considerada insensível. 
 
 
Fototipos cutâneos 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 
 
QUADRO 5 — QUADRO RESUMO DA CLASSIFICAÇÃO DE FITZPATRICK
 
 
 
 
 
36 
 
 
 
 
 
 
 
Aqui concluímos o primeiro módulo do nosso curso de depilação a laser. Nesse 
momento você já teve contato com a anatomia e a fisiologia de estruturas 
envolvidas no processo de desenvolvimento dos pelos e consequentemente 
também relacionadas ao processo de depilação. 
 
Aqui concluímos o primeiro módulo do nosso curso de depilação a laser. Nesse 
momento você já teve contato com a anatomia e a fisiologia de estruturas 
envolvidas no processo de desenvolvimento dos pelos e consequentemente 
também relacionadas ao processo de depilação. 
 
Vimos que o sistema tegumentar subdivide-se em três componentes: pele, 
hipoderme e anexos cutâneos. A pele está subdividida em epiderme (formada por 
tecido epitelial avascular) e derme (formada por tecido conjuntivo de sustentação 
e vascularizada). 
 Logo abaixo da pele está a hipoderme, que é uma camada de tecido adiposo 
(gorduroso). Infiltrados na pele e hipoderme estão os anexos cutâneos (pelos, 
glândulas sebáceas e sudoríparas e unhas). 
 
 
 
 
 
37 
 
 
 
 
Vimos também que o pelo é uma matéria semiviva que recobre determinadas 
partes do corpo com função protetora. Para a depilação, trabalhamos com os pelos 
terminais que são mais grossos, resistentes e tem maior comprimento. 
 
Também são mais pigmentados e localizados em regiões como axilas, região 
pubiana, pernas, tórax e abdômen masculino, entre outros locais. 
 
Como falamos, os pelos do nosso corpo crescem em três fases 
sucessivas: anágena (fase de crescimento – 85% dos pelos estão nesta 
fase); catágena (fase em que o crescimento já terminou, sendo o período ideal 
para se realizar a depilação – 10% dos pelos estão nesta fase) e telógena (fase em 
que o pelo enfraquece e cai, surgindo um novo pelo – 5% dos pelos estão nesta 
fase). 
 
Finalizando o Módulo I, você aprendeu que para a realização segura da depilação a 
laser precisamos conhecer a classificação dos fototipos cutâneos para determinar o 
nível de risco de manchas na pele associadas à depilação a laser. 
 
Para tanto, utilizamos a escala de Fitzpatrick que classifica a pele em seis fototipos 
de acordo com a sua coloração e a reação da pele frente à exposição solar. A pele 
mais clara possível está agrupada como fototipo I e a mais escura possível como 
fototipo VI. 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
 
 
DISFUNÇÕES RELACIONADAS À UNIDADE PILOSSEBÁCEA 
 
Olá, seja bem-vindo (a) ao segundo módulo do Curso de Depilação a Laser. Iremos 
abordar algumas alterações que acometem o pelo e suas estruturas e estão 
diretamente ligadas ao processo de depilação. 
 
HIRSUTISMOCondição em que ocorre o crescimento excessivo de pelos terminais escuros e 
grossos em mulheres em locais onde os pelos são comuns em homens (queixo, 
buço, tórax). 
 
Pode manifestar-se de forma isolada ou acompanhada de outros sinais como acne, 
seborreia, alopécia, hipertrofia do clitóris, aumento da massa muscular, 
modificação do tom de voz, distúrbios menstruais, infertilidade. Também podem 
estar associadas alterações metabólicas como aumento das taxas de insulina no 
sangue. 
 
 
 
O hirsutismo pode ser genético ou surgir após o aumento dos níveis hormonais 
pelo uso de anticoncepcionais ou doenças como deficiência enzimática adrenal, 
tumores, ovários policísticos, entre outras . 
 
 
 
 
 
39 
 
 
 
 
 
Presença de pelos na região dos seios 
 
 
 
Presença de pelos em face feminina 
HIPERTRICOSE 
 
Aumento excessivo no crescimento de pelos (acima do esperado para a idade, sexo 
e raça do indivíduo). É diferente do hirsutismo, que como vimos, é um excesso de 
crescimento de pelo na mulher seguindo um padrão de distribuição masculino. 
 
A hipertricose pode ser localizada em regiões específicas (ombro, costas, face) ou 
pode estar no corpo inteiro. 
 
A hipertricose pode ser congênita (presente desde o nascimento) ou adquirida: 
HIPERTRICOSE CONGÊNITA LANUGI...HIPERTRICOSE ADQUIRIDA 
 
Hipertricose congênita lanuginosa: Síndrome muito rara, caracterizada por 
crescimento excessivo de pelos na criança logo ao nascimento. 
 
A maior parte do corpo é coberta com pelo tipo lanugem que cresce 
excessivamente, originando um pelo fino e comprido que permanece durante a 
vida; 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
 
 
 
Hipertricose 
FOLICULITE 
 
A foliculite é uma inflamação do folículo piloso causada pela contaminação por um 
tipo de bactéria chamada estafilococos. 
 
A invasão bacteriana pode ocorrer espontaneamente ou favorecida pelo excesso de 
umidade ou suor, raspagem dos pelos ou depilação. Atinge crianças e adultos e 
pode acontecer em qualquer local onde existam pelos, sendo frequente na barba, 
em homens, e na virilha, em mulheres. 
 
Quando superficial, a foliculite é caracterizada pela formação de pequenas 
"bolhinhas de pus" (pústulas) com um pelo e discreta vermelhidão ao redor. Em 
alguns casos não ocorre pus, aparecendo apenas vermelhidão ao redor dos pelos. 
Quando as lesões são mais profundas, formam-se lesões elevadas e avermelhadas 
que podem ter um ponto amarelo (pus) no centro. Pode haver dor e coceira no 
local afetado. 
 
Quando as lesões são mais profundas, formam-se lesões elevadas e avermelhadas 
que podem ter um ponto amarelo (pus) no centro. Pode haver dor e coceira no 
local afetado. 
Alguns tipos de foliculite têm características próprias: 
 
o Foliculite decalvante: neste caso o processo infeccioso leva à atrofia do 
pelo, deixando áreas de alopécia que se expandem com a progressão 
periférica da doença; 
 
 
 
 
 
41 
 
 
 
 
o Foliculite por Pytirosporum: infecção causada por um fungo chamado 
Pytirosporum orbiculare. É uma erupção papulopustular discreta que causa 
coceira localizada principalmente na porção superior de tronco e ombros; 
o Foliculite superficial: pequena pústula folicular que ao se romper forma 
uma crosta que não interfere no crescimento do pelo. As lesões são 
numerosas e normalmente concentram-se no couro cabeludo, pescoço, 
tronco e nádegas. As lesões podem durar poucos dias ou se tornarem 
crônicas; 
o Foliculite da barba: localizada na área da barba, atinge homens adultos, 
tem característica crônica e, pela proximidade das lesões, pode formar 
placas avermelhadas, inflamatórias, com muitas pústulas e crostas. 
 
 
Algumas formas de foliculites 
 
PSEUDOFOLICULITE 
 
Distúrbio inflamatório crônico comum que se evidencia por pápulas inflamatórias 
na região da barba dos homens, principalmente nos que tem fototipo alto e pelos 
encaracolados e grossos. 
 
Nas mulheres, isso acontece comumente nas regiões pubianas e axilares como 
consequência da depilação frequente. 
 
 
 
 
 
42 
 
 
 
 
 
Pseudofoliculite em barba masculina 
 
 
FURÚNCULO 
 
Furúnculo 
 
Lesão caracterizada por um nódulo doloroso, vermelho e quente que drena pus 
causada por infecção do folículo piloso e da glândula sebácea, por 
estafilococos.Pode surgir em qualquer parte do corpo, exceto na planta do pé, 
tendo preferência por regiões ricas em pelos e submetidas à fricção e transpiração 
(pescoço, face, axilas, nádegas e virilha). 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
 
Ocorre mais em homens, principalmente após a puberdade. O aparecimento pode 
ser favorecido pelo uso de substâncias gordurosas na pele, pelo uso de roupas 
justas, que levam à fricção, e por foliculites sequenciais no mesmo local. 
 
A bactéria penetra no folículo e causa uma infecção superficial na pele que se 
dissemina e forma uma lesão amarelada no centro e com contorno avermelhado e 
endurecido. Há um aumento importante do volume, e a lesão é bastante dolorosa e 
sensível à compressão. 
 
O tamanho do furúnculo depende da profundidade do folículo infectado: quanto 
mais profunda maior é o furúnculo. Com o tempo, ocorre a destruição da pele que 
recobre a região central, que rompe espontaneamente e leva à eliminação do 
material amarelado do centro (tecido necrótico) juntamente com pus. 
Após o rompimento, a dor desaparece e a ferida tende a cicatrizar e deixar uma 
marca escura no local. 
 
TRICORREXE NODOSA 
 
Presença de nódulos em pontos das hastes dos pelos axilares e pubianos pela 
secreção das fibras por traumas físicos ou químicos. 
 
 
Tricorrexe nodosa 
 
 
 
 
 
44 
 
 
 
 
TRICOSTASE ESPINULOSA 
 
Presença de mais de um pelo por óstio folicular. Apresenta pontos negros no nariz, 
barba, couro cabeludo e outras áreas do corpo. A retirada pode ser feita por meio 
de depilação. 
 
LEUCOTRICOSE 
Embranquecimento dos pelos do corpo. Pode ser congênita (vitiligo), adquirida em 
casos de destruição permanente dos melanócitos da matriz pilosa por processos 
inflamatórios, exames de RX ou senilidade. 
CONCEITOS DE DEPILAÇÃO E EPILAÇÃO 
Desde a antiguidade as mulheres se depilam. Há relatos do Egito antigo de que as 
mulheres usavam argila, sândalo e mel para retirar pelos da axila, dando origem às 
técnicas de depilação com cera (cera egípcia). Na Grécia Antiga, foi desenvolvido 
um instrumento denominado estrigil (varinha de cerca de 30cm com a ponta 
curva). 
Nem mesmo os povos primitivos abriram mão da possibilidade de remover seus 
pelos. Existem registros de que as índias não possuíam pelo pubiano. Em princípio 
imaginou-se que elas simplesmente tinham nascido sem ele, mas pouco tempo 
depois se descobriu que, na verdade, elas raspavam os pelos com a espinha do 
peixe-lixa. 
 
Na idade média (idade das trevas), havia uma preocupação muito grande com o 
pudor, até hábitos básicos de higiene, como tomar banho, eram tidos como 
pecaminosos. Nessa época, a depilação era totalmente condenada, e quem ousasse 
tirar seus pelos poderia até mesmo ser acusado de bruxaria ou heresia e pagar com 
a própria vida a vaidade. 
A depilação é um dos procedimentos estéticos mais procurados na prática clínica. 
Além da questão estética, a remoção dos pelos envolve, ainda, critérios de higiene 
pessoal, adequação aos costumes coletivos atuais e o tratamento de disfunções 
relacionadas à unidade pilossebácea, como a hipertricose e o hirsutismo, por 
exemplo. 
Por conta disso, com o passar dos anos, diversas técnicas depilatórias foram sendo 
desenvolvidas. 
 
 
 
 
 
45 
 
 
 
 
São processos com diferentes graus de eficiência, equipamentos ou produtos 
adaptados a cada necessidade, tipo de pele e de pelo e para cada região do corpo. 
Cada vez mais, homens e mulheres têm buscado técnicas mais eficazes e rápidas e 
menos dolorosas para a remoção dos pelos. 
 
A remoção de pelos pode ser realizada por dois modos: a depilação e a epilação. A 
seguir, falaremos sobre cada um desses modos de remoção de pelos. 
DEPILAÇÃO E PROCESSOS DEPILATÓRIOS 
ADEPILAÇÃO é a remoção de pelos rente à superfície da pele, não atingindo as 
porções internas dos folículos pilosos. Os pelos são apenas aparados ou cortados. 
São tratamentos temporários, geralmente indolores, e que fazem a remoção física 
dos pelos: raspagem com lâmina ou navalha, cremes depilatórios, aparelhos 
elétricos, depilação com linha ou fio. 
 
Lâmina 
 
Depilação com lâmina 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
 
 
Método popular e muito conhecido, indolor, que remove os pelos cortando-os pela 
sua haste, por meio de uma lâmina. 
 
Pode ser usada nas pernas, axilas, região pubiana e barba em homens, sempre com 
cautela para evitar machucados na pele. 
 
Existe um mito de que o uso de lâminas engrossa os fios, o que é uma inverdade. O 
que ocorre é que os pelos crescem sem ponta uma vez que foram arrancados pela 
sua haste, dando a impressão de estarem mais ásperos. É o método depilatório que 
gera menos fios encravados. 
 
Sua desvantagem é o rápido crescimento dos pelos, uma vez que foram removidos 
parcialmente, além da alta incidência de foliculite pós-depilação. 
Cremes depilatórios 
 
Produtos elaborados com a finalidade a amolecer os pelos e provocar sua queda. 
Normalmente tem ação rápida e não causam dor ou desconforto local. Possuem 
odor característico desagradável, mas existem versões perfumadas que minimizam 
esse efeito. 
 
Podem ocorrer reações alérgicas em pessoas com pele sensível. É recomendável 
que se realize um teste alérgico em uma pequena área 24 horas antes de realizar a 
depilação. 
 
O produto deve ser aplicado diretamente 
sobre a pele Deve-se aguardar o tempo de 
pausa e remover com uma toalha resíduos 
de produto e os pelos removidos. Seu 
resultado é temporário e de curta duração, 
porque assim como as lâminas de barbear, 
apenas removem a superfície exterior dos 
pelos. 
 
O produto deve ser aplicado diretamente 
sobre a pele Deve-se aguardar o tempo de 
pausa e remover com uma toalha resíduos 
de produto e os pelos removidos. Seu 
resultado é temporário e de curta duração, porque assim como as lâminas de 
barbear, apenas removem a superfície exterior dos pelos. 
 
 
 
 
 
47 
 
 
 
 
Aparelhos elétricos que não eliminam a raiz 
 
Aparelho depilatório elétrico 
 
Tem ação similar à das lâminas de barbear, removendo o pelo superficialmente, 
porém agridem menos a pele. São mais caros em relação às lâminas e o tempo de 
duração da depilação é similar. 
 
Não devem ser utilizados em peles machucadas, propensas a irritação ou que 
tenham sido expostas ao sol. 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
 
 
Depilação a linha ou fio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Depilação com linha ou fio 
 
 
Também chamada de depilação iraquiana, chinesa ou egípcia. É um método 
delicado e pouco irritativo que praticamente não agride a pele. 
 
Os pelos são removidos fio a fio com uma linha de seda ou de algodão e o efeito da 
depilação dura cerca de um mês. 
 
Indicada para pessoas que apresentaram complicações com outros métodos 
depilatórios, principalmente no rosto, embora possa ser usado em qualquer região 
do corpo. 
 
É mais eficaz em pelos curtos. A maioria das pessoas submetidas a essa técnica 
refere que a dor é de intensidade moderada. 
 
Trata-se de um procedimento com custo moderado por ser um atendimento 
demorado. 
 
A depilação é a remoção de pelos rente à superfície da pele, não atingindo as 
porções internas dos folículos pilosos. Os pelos são apenas aparados ou cortados. 
 
Entre eles estão: lâmina (método popular e indolor, que remove os pelos cortando-
os pela sua haste, por meio de uma lâmina); cremes depilatórios (produtos que 
amolecem os pelos e provocam sua queda); aparelhos elétricos (tem ação similar 
 
 
 
 
 
49 
 
 
 
 
à das lâminas de barbear, removendo o pelo superficialmente, porém agridem 
menos a pele); depilação a linha ou fio (os pelos são removidos fio a fio com uma 
linha de seda ou de algodão). 
 
EPILAÇÃO E PROCESSOS EPILATÓRIOS 
A EPILAÇÃO realiza a remoção por extração dos pelos inteiros incluindo as 
porções abaixo da pele, como parte do bulbo piloso. 
Proporciona a remoção de toda a haste do pelo e tem maior durabilidade: ceras 
quentes e frias, pinças, aparelhos elétricos que arrancam os pelos, eletrólise, luz 
intensa pulsada, laser. 
 
Cera quente e fria 
Um dos métodos mais utilizados pela sua rapidez e baixo custo. Existem vários 
tipos de cera, específicas para o uso em determinadas regiões do corpo e a maioria 
delas utiliza ceras de abelha ou resinas sintéticas. 
As ceras podem ser utilizadas quentes ou frias. 
 
 
 
 
 
50 
 
 
 
 
Cera quente 
 
Depilação com cera quente 
A cera é aquecida a temperatura aproximada de 40ºC e é aplicada sobre a pele a 
ser depilada com um rolo. 
 
Após, são aplicadas faixas que são removidas em sentido contrário, retirando os 
pelos da região. 
 
Essa técnica é menos dolorosa do que a técnica a frio, pela vasodilatação 
provocada pelo calor, porém não é indicada para pacientes com pele sensível ou 
com vasinhos locais pelo risco de causar queimaduras e dilatação de vasos. 
 
 
Cera fria 
A cera é aplicada em faixas sobre a região a ser tratada, sem aquecimento local. É 
uma das técnicas depilatórias mais dolorosas, porém é ideal para a depilação de 
áreas sensíveis ao calor ou com sensibilidade alterada. De todas, é a técnica que 
causa mais irritação local e ressecamento da pele. 
 
 
 
 
 
 
51 
 
 
 
 
Pode provocar foliculite. Assim como na depilação com cera quente, o pelo deve 
estar longo para ser removido por completo. A duração do efeito da depilação é de 
aproximadamente um mês. 
 
Deve-se ter extremo cuidado com a temperatura da cera para não causar 
queimaduras na pele. O pelo deve estar longo para ser removido por completo. A 
duração do efeito da depilação por cera quente é de aproximadamente um mês. 
 
Deve-se ter extremo cuidado com a temperatura da cera para não causar 
queimaduras na pele. O pelo deve estar longo para ser removido por completo. A 
duração do efeito da depilação por cera quente é de aproximadamente um mês. 
 
Pinça 
Normalmente usada para depilação fio a fio e delineamento das sobrancelhas por 
meio de um instrumento específico (pinça). É um processo trabalhoso e que deve 
ser realizado por profissional habilitado, por envolver conceitos de harmonia 
facial. 
Também pode ser usada para remoção de pelos de áreas com foliculite ou para a 
retirada das sobras de pelos resultantes de outras técnicas depilatórias. É uma 
técnica relativamente dolorosa e seu efeito de depilação dura aproximadamente 
um mês. 
 
 
 
Aparelhos elétricos que arrancam os pelos 
 
 
 
 
 
52 
 
 
 
 
Existem aparelhos elétricos para depilação que tem a capacidade de enrolar e 
remover os pelos por completo. Tem aplicação mais dolorosa, porém, efeito bem 
mais duradouro (cerca de 30 dias). 
A depilação realiza a remoção por extração dos pelos inteiros incluindo as porções 
abaixo da pele, como parte do bulbo piloso. 
Entre as técnicas estão: cera quente e fria (um dos métodos mais utilizados pela 
sua rapidez e baixo custo que utiliza ceras de abelha ou resinas sintéticas); pinça 
(usada para depilação fio a fio e delineamento das sobrancelhas utilizando um 
instrumento específico, isto é, a pinça); aparelhos elétricos que arrancam os pelos 
(aparelhos elétricos para depilação que tem a capacidade de enrolar e remover os 
pelos por completo). 
 Métodos para epilação definitiva (epilação permanente) 
 
Quando usamos o termo epilação definitiva temos a falsa impressão de que todos 
os folículos pilosos serão destruídos e nunca mais, em toda a vida, irá nascer um 
pelo. Isso não é verdade. 
 
Nenhuma técnica de epilação pode dar garantias de que jamais o pelo voltará a 
nascer. Por essa razão reajustou-se o termo de epilação definitiva para epilação 
permanente, progressiva ou de longa duração. 
 
De fato, quando utilizamos técnicas de epilação permanente, a maioria dos 
folículos é destruída, mas outra parte fica simplesmente danificadae, por isso, fica-
se sempre com uma pequena penugem, embora de pelos claros e muito finos. Entre 
essas técnicas que proporcionam epilação permanente estão: a eletrólise, a luz 
intensa pulsada (LIP) e o laser. 
 
Eletrólise 
 
Remoção dos pelos por meio de uma corrente elétrica aplicada utilizando-se uma 
fina agulha inserida na base do folículo piloso, destruindo a papila dérmica. 
 
 
 
 
 
 
53 
 
 
 
 
 
Eletrólise 
Trata-se de uma técnica dolorosa, porém eficiente. Pode ser usada na face e no 
corpo. 
 
A eletrólise é um procedimento caro, demorado e restrito a pequenas áreas, pois 
apenas 50 a 100 pelos podem ser removidos a cada sessão. 
 
Luz intensa pulsada (LIP) 
 
 
 
 
 
 
54 
 
 
 
 
A depilação por luz intensa pulsada também pode ser chamada de fotoepilação. Os 
equipamentos de luz pulsada agem pelo princípio da fototermólise seletiva. 
 
 
Quando a luz incide na pele transforma-se em calor e destrói as células 
germinativas do folículo piloso de forma seletiva. 
 
Ou seja, a melanina absorve a luz e transporta-a ao folículo piloso que 
transformada em calor destrói as células germinativas que alimentam o pelo. Uma 
vez que essas células são eliminadas, o pelo morre e cai. 
 
A epilação com luz pulsada é um procedimento pouco doloroso, eficaz e muito 
duradouro. Além disso, elimina consideravelmente os problemas da foliculite, sem 
danificar a pele, como ocorre nos demais métodos. 
 
Pode ser utilizada na maioria das tonalidades do pelo, assim como todas as 
espessuras de pelos, do fino ao grosso. Reduz os pelos entre 80 a 85%.Os pelos que 
reaparecem ao longo dos anos, crescem mais lentamente e são mais leves e finos. 
 
 
 
 
Epilação com luz intensa pulsada (lip) 
 
Quando finalizado o tratamento, o pelo que pode surgir ao longo de anos (5-10 
anos) é fino e frágil, podendo ser feita uma sessão de revisão para eliminação 
definitiva. O número de sessões depende da cor e da espessura do pelo, da pele e 
da área a tratar. 
 
 
 
 
 
 
55 
 
 
 
 
A duração do tratamento depende do crescimento do pelo que também varia de 
uma área para outra. No começo são necessárias sessões mensais, mas com o 
passar do tempo são realizadas sessões com maior intervalo entre as aplicações, já 
que o folículo fica cada vez mais debilitado e o pelo demora a crescer. 
 
 
Laser 
O laser, objeto principal do nosso estudo, é um equipamento que também utiliza a 
fototermólise seletiva para remoção de pelos, portanto faz fotoepilação. 
A energia do laser atinge a superfície da pele e é transmitida por meio do pelo para 
as células germinativas. 
 
O objetivo do tratamento não é queimar os pelos e sim usá-los como "guia", para 
possibilitar o alcance às células germinativas. Neste caso, o veículo principal é a 
melanina, que transporta a energia até o bulbo capilar. 
 
O folículo piloso absorve mais luz que os tecidos adjacentes, provocando um 
aumento de temperatura, que danifica o folículo piloso e impede ou retarda o seu 
crescimento. 
 
A epilação ocorre, portanto, por condução da energia, utilizando a melanina e a 
hemoglobina como cromóforas. O resultado definitivo não é obtido em uma única 
sessão, porque nem todos os pelos que recebem a energia conseguem transmiti-la 
às células germinativas. 
 
O paciente ideal para candidatar-se a epilação laser é aquele que tem pelo escuro e 
grosso e a pele clara, pois a absorção do laser pela melanina será máxima, com 
baixo risco de sequelas e danos à epiderme. 
Os pelos do rosto costumam ser mais resistentes, necessitando de mais sessões 
para atingir o resultado. Pelos brancos não respondem bem ao tratamento, pois 
têm pouca melanina. 
Áreas com grande densidade de pelos respondem melhor, como axila, virilha e 
pernas. Em seguida quadro 6 resume as principais características dos três métodos 
atualmente considerados instrumentos para epilação permanente. 
 
 
 
 
 
 
56 
 
 
 
 
 
Aplicação de laser para depilação definitiva 
 
 
 
QUADRO 6 - QUADRO RESUMO (ELETRÓLISE, LUZ INTENSA PULSADA E 
LASER) 
 
 
 
 
Aqui concluímos o segundo módulo do nosso curso de depilação a laser. Neste 
módulo vimos que existem disfunções relacionadas à unidade pilossebácea que 
podem interferir no processo de depilação e inclusive contraindicar algumas 
técnicas. 
Entre elas podemos citar: hirsutismo (crescimento excessivo de pelos terminais 
em mulheres em locais onde os pelos são comuns em homens); hipertricose 
(aumento excessivo no crescimento de pelos acima do esperado para a idade, sexo 
e raça do indivíduo); foliculite (inflamação do folículo piloso); pseudofoliculite 
(distúrbio inflamatório crônico comum que se evidencia por pápulas 
inflamatórias); furúnculo (nódulo doloroso, vermelho e quente que drena pus); 
 
 
 
 
 
57 
 
 
 
 
tricorrexe nodosa (nódulos em pontos das hastes dos pelos axilares e pubianos 
pela secreção das fibras por traumas físicos ou químicos); tricostase espinulosa 
(presença de mais de um pelo por óstio folicular); leucotricose (pelos brancos). 
Também vimos neste módulo que a remoção de pelos pode ser realizada por dois 
modos: a depilação (remoção de pelos rente à superfície da pele, não atingindo as 
porções internas dos folículos pilosos) e a epilação (remoção por extração dos 
pelos inteiros incluindo as porções abaixo da pele, como parte do bulbo piloso). 
O laser, objeto principal do nosso estudo, é um equipamento que realiza 
fotoepilação. A energia do laser atinge a superfície da pele e é transmitida por meio 
do pelo para as células germinativas. 
O objetivo do tratamento não é queimar os pelos e sim usá-los como "guia", para 
possibilitar o alcance às células germinativas. 
Neste caso, o veículo principal é a melanina, que transporta a energia até o bulbo 
capilar. O folículo piloso absorve mais luz que os tecidos adjacentes, provocando 
um aumento de temperatura, que danifica o folículo piloso e impede ou retarda o 
seu crescimento. 
O sucesso do tratamento de epilação a laser baseia-se no entendimento da física do 
laser e do comprimento apropriado da onda, da duração do pulso, do sistema de 
resfriamento da pele, da seleção adequada do paciente, além dos cuidados pré e 
pós-tratamento. 
Por isso, nos próximos módulos faremos um detalhamento de como age a energia 
laser e como ela possibilita a remoção local dos pelos. Além dos cuidados 
necessários para o correto manejo do equipamento. 
HISTÓRICO DO DESENVOLVIMENTO DO LASER 
 
Olá, seja bem-vindo (a) ao terceiro módulo do Curso de Depilação a Laser. Neste 
momento você vai conhecer em detalhes o equipamento de laser e suas principais 
características. 
 
Iremos abordar o processo de fototermólise, para que você compreenda como o 
laser consegue remover os pelos de forma permanente Antes, porém, faremos uma 
breve revisão sobre o histórico da tecnologia laser. 
 
 
 
 
 
 
58 
 
 
 
 
O laser foi desenvolvido em 1960 por um físico americano chamado Maiman. Seus 
estudos foram baseados nas pesquisas de Albert Einsten que, por volta de 1916, 
propôs o conceito de emissão estimulada de radiação: uma espécie de clonagem 
em nível atômico, em que um fóton (menor fração de luz) ao interagir com um 
átomo excitado produz outro fóton que é seu gêmeo idêntico, tem a mesma cor, 
oscilam em fase e caminham na mesma direção, como atletas de nado 
sincronizado. 
 
Repetindo-se esse processo muitas vezes, obtém-se um feixe de luz extremamente 
pura, intensa e unidirecional. Porém, pela dificuldade em criar matérias excitáveis, 
a ideia de Einstein ficou esquecida por anos. 
 
Nos anos 50, o americano Charles Townes criou um dispositivo baseado no 
princípio de Einstein, no espectro eletromagnético das microondas, que 
denominou MASER (abreviatura, em inglês, de amplificação de microondas por 
emissão estimulada de radiação) e ganhou o Nobel de Física em 1964. 
 
Na mesma época, outro americano, Gordon Gould, abordou em seus estudos a ideia 
do acrônimo LASER (em que o L de “luz” substitui o M de “microondas”).Porém, só em Maio de 1960, um jovem californiano desconhecido, Theodore 
Maiman, por meio de um pequeno cristal cor-de-rosa e uma lâmpada semelhante a 
um flash fotográfico, trouxe ao mundo, pela primeira vez, um impulso laser. 
 
A partir daí, nos anos seguintes, muitos pesquisadores trabalharam no 
desenvolvimento dos lasers. Em 1964, Javan, Bennett e Herriot apresentaram o 
laser de He-Ne; Johnson desenvolveu o laser de Nd:YAG e Patel e colaboradores 
apresentaram o laser de dióxido de carbono. 
 
 
 
Em 1965, Goldman publicou artigos sobre o laser de rubi em tatuagens e lesões 
pigmentadas. 
 
Em 1970 surgiu o laser de argônio para lesões vasculares. 
 
Por volta de 1980 publicou-se o importante conceito da fototermólise seletiva, em 
que foi possível a compreensão da interação do laser com os tecidos, que como 
você verá adiante é a propriedade que permite ao laser a multiplicidade de 
indicações em dermatologia. 
 
 
 
 
 
 
59 
 
 
 
 
 
Laser rubi 
 
Após seu desenvolvimento e aprimoramento, o laser possibilitou um grande 
avanço nos procedimentos médicos e revolucionou técnicas terapêuticas. O 
primeiro relato do uso do laser em medicina foi na área de oftalmologia. 
 
De acordo com suas funcionalidades e aplicações clínicas, o laser pode ser 
classificado em: 
 
o Lasers de corte e de vaporização; 
o Lasers vasculares; 
o Lasers pigmentares; 
o Lasers de rejuvenescimento; 
o Lasers epilatórios (objetos do presente estudo). 
 
Em dermatologia, o uso do laser é uma opção de tratamento para diversas 
patologias, como: lesões pigmentadas (manchas), lesões vasculares (varizes), 
cirurgia dermatológica (retirada de tumores da pele), cicatrizes, queloides, 
epilação (remoção de pelos), "resurfacing" (peeling a laser), remoção de tatuagens, 
entre outros. 
O laser foi desenvolvido em 1960 por um físico americano chamado Maiman, por 
meio de um pequeno cristal cor-de-rosa e uma lâmpada semelhante a um flash 
 
 
 
 
 
60 
 
 
 
 
fotográfico. Após a descoberta, muitos pesquisadores trabalharam no 
desenvolvimento dos lasers. 
 
O uso do laser possibilitou um grande avanço nos procedimentos médicos e 
revolucionou técnicas terapêuticas. Em dermatologia, o laser é utilizado para o 
tratamento para diversas disfunções (manchas, varizes, cirurgias dermatológicas, 
peelings, remoção de tatuagens, depilação, entre outros). 
 FUNDAMENTOS FÍSICOS DO LASER 
 
A palavra laser é a abreviatura da expressão em inglês Light Amplification by 
Stimulated Emission of Radiation, que em português significa ‘amplificação da luz 
por emissão estimulada de radiação’. 
 
Simplificando, chamamos de LASER os dispositivos que geram radiação 
eletromagnética (REM) com características próprias. 
 
Mas o que é radiação eletromagnética? 
 
RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA (REM) 
 
Radiação eletromagnética 
 
Radiação eletromagnética é uma onda que se autopropaga no espaço resultante da 
interação de campos elétricos e magnéticos. 
 
A radiação eletromagnética pode ser classificada de acordo com o comprimento de 
onda (distância entre duas cristas consecutivas). 
 
 
 
 
 
61 
 
 
 
 
 
 
A unidade elementar de REM é o fóton, que é simultaneamente onda e partícula. 
O espectro eletromagnético é constituído por radiação de vários comprimentos de 
onda: raios gama, raios X, ultravioletas, luz visível, infravermelhos, 
microondas e ondas de rádio e têm funções práticas bem diferentes. 
 
 
 
Espectro eletromagnético 
 
A LUZ é a parte de radiação que é percebida pelo olho humano. Os lasers podem 
emitir radiações de todas as frequências. 
 
Agora, você já sabe o que significa o “L” da palavra Laser: 
 
L = LUZ = Radiação eletromagnética (REM) 
 
Vamos ver, então, o que significa o restante da palavra: 
ASER = amplificação por emissão estimulada de radiação, que é o processo por 
meio do qual essa forma de luz é gerada. 
 
 
 
 
 
 
62 
 
 
 
 
AMPLIFICAÇÃO POR EMISSÃO ESTIMULADA DE 
RADIAÇÃO 
 
Normalmente, os átomos encontram-se no estado fundamental que é o estado de 
menor gasto de energia e consequentemente o mais estável. Quando o átomo 
recebe um fóton energia) passa a um estado excitado, instável e tende a emiti-lo o 
mais depressa possível para voltar ao seu estado estável. 
 
A emissão estimulada baseia-se neste fato: se um grupo de átomos for 
transportado para estados excitados, de energia superior, esses fótons serão 
emitidos espontaneamente. Como aos fótons iniciais fornecidos a partir de uma 
fonte externa de energia juntam-se os fótons reemitidos pelos átomos adjacentes, 
gera-se um efeito cascata em que esses fótons estimulam os átomos vizinhos 
(amplificação da radiação) gerando novos fótons idênticos (mesmo comprimento 
de onda, polarização, direção de propagação). 
 
 
Emissão estimulada: amplificação de radiação 
 
Os lasers são dispositivos que geram radiação eletromagnética (REM) com 
características próprias. 
 
 
 
 
 
 
63 
 
 
 
 
A REM, cuja unidade elementar é o fóton, é uma onda que se autopropaga no 
espaço resultante da interação de campos elétricos e magnéticos. 
 
A LUZ é a parte de radiação que é percebida pelo olho humano e a amplificação por 
emissão estimulada de radiação, é o processo por meio do qual essa forma de luz é 
gerada: quando um grupo de átomos é transportado para estados excitados os 
fótons são emitidos espontaneamente. 
 
 
 
Como aos fótons iniciais fornecidos a partir de uma fonte externa de energia 
juntam-se os fótons reemitidos pelos átomos adjacentes, gera-se um efeito cascata 
em que esses fótons estimulam os átomos vizinhos gerando novos fótons idênticos. 
 
CARACTERÍSTICAS DA LUZ LASER 
 
Ao contrário da luz solar e da luz incandescente que emitem radiação em todas as 
direções e de todo o espectro de comprimento de onda, a luz laser tem 
características diferentes, como evidência, sendo: 
 
o Coerente: as ondas estão em fase no tempo e no espaço, alinhadas entre si; 
o Monocromática: têm o mesmo comprimento de onda (mesma cor); 
o Colimada: as ondas têm a mesma direção, a luz é paralela, não divergente, 
estreita, concentrada; 
o Alta intensidade: pelo fato de ser monocromática pode interagir muito 
com certas substâncias e pouco com outras. Como é emitida na forma de um 
feixe altamente colimado, pode ser direcionada com grande precisão para 
distâncias significativas. 
 
 
 
 
 
 
64 
 
 
 
 
 
Características do laser 
 
Características da luz laser: coerente (ondas alinhadas entre si); monocromática 
(mesmo comprimento de onda / mesma cor); colimada (concentrada); alta 
intensidade (precisa). 
 
CONSTITUIÇÃO DO EQUIPAMENTO DE LASER 
 
O laser é composto por três componentes essenciais: 
 
MEIO LASERFONTE DE ENERGIAESPELHOS REFLETORES 
 
Meio laser: fica dentro de uma cavidade ótica. É o meio ativo onde se dá a emissão 
estimulada de radiação. A inversão da população do meio laser faz-se por um 
sistema denominado bombagem; 
 
 
 
 
 
 
65 
 
 
 
 
 
Constituição do laser 
 
Resumindo: o laser é formado por três componentes essenciais: meio laser (meio 
ativo onde se dá a emissão estimulada de radiação); fonte de energia (corrente 
elétrica, luz de uma lâmpada de flash ou outro laser) e espelhos refletores (por 
onde passa uma pequena parte da luz gerada no seu interior). 
 
CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA DO LASER 
 
O laser pode ser classificado e nomeado segundo o meio ativo e o tipo de excitação 
utilizada para desencadear o processo: 
 
o Sólido: Rubi 694 nm, Alexandrite 755 nm, Diodo 810-900-950-1.450 
nm, Neodimium-Yag 1064 nm, Erbium-Glass 1.540-1.550 nm, 
Erbium-Yag 2.940 nm; 
 
o Líquido: laser de corante pulsado ou Pulsed Dye Laser (PDL); 
 
o Gasoso: mais comuns e mais antigos. Excimer 308 nm, Argônio 488 
e 514 nm, CO2 10.600 nm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
66 
 
 
 
 
 MODOS DE EMISSÃO DO LASER 
O laser pode ser enviado ao tecido de duas formas: contínua ou pulsada: 
Contínua: sem interrupção da luz. Emitem radiação de forma contínua com mais 
de um segundo de duração.Exemplos de lasers que utilizam a forma contínua são o 
laser de CO2 e o laser argônio; 
Pulsada: o disparo de luz é emitido em pulsos regulares. A maioria dos lasers 
usados na dermatologia é pulsada. Esses impulsos podem ter maior ou menor 
duração. A taxa de repetição é o número de impulsos emitidos por segundo e 
mede-se em Hertz. Pode ser: muito baixa (menos de um impulso por segundo) ou 
muito alta (mais de 100 impulsos por segundo). Os lasers pulsados podem ter 
pulsos tão rápidos (10 pulsos por segundo) que parecem ser contínuos e são 
denominados lasers pseudocontínuos. Também podem ser muito longos como os 
lasers diodo, rubi, alexandrite e Nd:YAG de pulso longo. 
 
 
Modos de emissão do laser 
Você entendeu? 
Os meios ativos do laser podem ser: sólidos, líquidos ou gasosos. O laser pode ser 
enviado ao tecido de forma pulsada (em pulsos interrompidos regulares) ou 
contínua (de forma ininterrupta). 
 
 
 
 
 
 
67 
 
 
 
 
 
MECANISMOS DE AÇÃO DO LASER 
 
A ação do laser varia em função de : 
 
o Comprimento de onda; 
o Duração do impulso; 
o Tamanho, tipo e profundidade do alvo; 
o Interação entre a luz emitida pelo laser e o alvo determinado. Os 
principais alvos do laser médico são: pigmentos naturais; 
pigmentos externos e água intracelular. 
 
Os pigmentos naturais e externos chamam-se cromóforos. 
 
 
Cromóforos da pele 
 
 
O cromóforo constitui um grupo de átomos que dá cor a uma substância e absorve 
luz com um comprimento de onda específico no espectro do visível. Os cromóforos 
da pele são a oxihemoglobina e desoxihemoglobina, melanina, carotenos, água e 
proteínas. 
 
 
 
 
 
 
68 
 
 
 
 
Porém, como lidar com tantos parâmetros e saber quais são mais eficientes e 
seguros? Para responder a essa pergunta é preciso pensar no mecanismo de 
funcionamento do laser e em alguns conceitos teóricos: 
 
o Características dos pelos: os pelos possuem características 
diferentes (tamanho, cor e profundidade). Como o alvo do laser é 
a melanina do folículo piloso é interessante que os pelos sejam 
escuros porque a absorção da eumelanina (pigmento que dá a 
cor escura ao pelo) é cerca de 30 vezes maior que a feomelanina 
(pigmento que dá a cor clara ao pelo). Os melanócitos dos pelos, 
em relação aos da epiderme, são maiores, tem mais melanossomos, e 
existem em maior número (é cinco vezes maior a 
relação melanócito/queratinócito), o que favorece a avão do laser 
sobre os pelos. Portanto, o coeficiente de absorção da melanina dos 
pelos é duas a seis vezes maior que o da epiderme. Por isso, 
é possível usar laser para epilação mesmo quando há pouco 
contraste da cor do pelo em relação à cor da pele; 
 
o Comprimento de onda: considerado ideal na faixa do vermelho ao 
infravermelho (entre 650 e 1.100nm) porque tem boa absorção pela 
melanina em relação à hemoglobina e, sendo mais longo que 650 nm, 
pode aumentar a penetração na derme e atingir o cromóforo-alvo 
(melanina) do bulbo. Entretanto, usando-se maiores, deve-se 
aumentar a fluência para se obter o mesmo dano térmico na 
estrutura-alvo (porque a absorção pela melanina diminui); 
 
o Características ópticas da pele: a epiderme é um meio absortivo e a 
derme um meio refrativo. Assim sendo, quanto maior 
o comprimento de onda, maior a proteção da epiderme, pois a menor 
refração da luz pela derme promove a concentração da sua energia. 
Fótons com 800 nm penetram 30% a mais do que 700nm, 
diminuindo a refração da luz de volta para a epiderme, protegendo-
a; 
 
o Propriedades ópticas dos pelos e estruturas vizinhas: deve-se atingir 
temperatura suficiente para lesar o folículo e poupar 
os melanossomos da epiderme. Deve-se pensar, porém, que o pelo é 
um cilindro e se pretende atingir temperaturas altas também na 
sua parte mais externa, para conseguir lesar o alvo potencial (bulbo). 
Deve ocorrer difusão térmica suficiente para lesar o bulbo sem 
haver vaporização dos melanócitos. A ação do laser é favorecida pelo 
 
 
 
 
 
69 
 
 
 
 
fato do folículo ter menor concentração de água que a derme 
e, portanto, para a mesma concentração do cromóforo, aquece duas 
vezes mais rápido. Além disso, a condutividade da gordura 
que envolve o bulbo é 70% menor que a da derme, portanto, o 
mesmo perde calor mais lentamente e seu tempo de relaxamento é 
mais longo. Em resumo: a combinação de pulsos mais longos e 
fluências maiores leva a uma destruição folicular mais completa sem 
lesar a epiderme; 
 
o Duração do pulso: devem ser utilizados pulsos mais longos para 
proteger ós melanossomos epidérmicos (seletividade termo 
cinética) e também para se conseguir a destruição das camadas mais 
externas do folículo, por difusão do calor. Procura-se usar pulsos 
que estejam entre o tempo de relaxamento da camada basal da 
epiderme (0,5 a 1 mseg) e o tempo de relaxamento do folículo (30 a 
50 mseg); 
 
o Resfriamento da epiderme: diminui o risco de lesão térmica da 
epiderme e possibilita o uso de fluências maiores e mais 
efetivas. Pode ser feito antes ou durante o pulso, de forma passiva 
por meio de gel gelado, ativa com o uso de água resfriando um 
recipiente de contato (vidro ou safira) ou por meio de um método 
evaporativo (criógeno). O uso da ponteira de safira pode diminuir a 
temperatura na camada basal em tomo de 200C, se mantida em 
contato com a pele por 0,5 segundo. O criógeno externo pode atingir 
gradientes de temperatura maiores, porém, a falta de acoplamento 
óptico com a superfície da pele e a condensação de suas partículas na 
superfície, leva-o a uma eficiência semelhante a da ponteira de 
safira; 
 
o Compressão da pele e uso de lente convergente: são possibilidades 
com o uso de lasers com ponteira de contato que, ao pressionar a 
pele, pode diminuir a distância do folículo em até 30%. Se a lente for 
convergente, como nas ponteiras de safira, é possível aumentar a 
densidade dos fótons próximos ao alvo desejado. 
 
 
 
 
 
 
70 
 
 
 
 
FOTOTERMÓLISE SELETIVA 
Na década de 80, os pesquisadores Andersen e Parrish descreveram 
a fototermólise seletiva para o laser de corantes pulsado. Segundo essa 
teoria, um cromóforo pode ser atingido seletivamente se o delta da emissão 
laser for o mesmo do cromóforo do tecido. 
Tem como consequência o fato de a absorção seletiva pelos tecidos da luz 
laser levar à destruição seletiva desse tecido. Além disso, a duração do 
pulso de emissão deve ser inferior ao tempo de relaxamento térmico. 
O tempo de relaxamento térmico é o tempo necessário para que o calor 
gerado com o impulso laser arrefeça até metade do inicial. 
O comprimento de onda determina não só a absorção pelo cromóforo, mas 
também a profundidade de penetração da luz. O espectro visível vai dos 380 
até aos 750 nm. Em geral quanto maior é o comprimento de onda maior é a 
penetração nos tecidos. 
 
Penetração do laser nos tecidos 
 
Os comprimentos de onda que penetram mais profundamente situam-se entre 800 
nm e 1.100 nm. A partir deste ponto a radiação infravermelha média e longínqua é 
 
 
 
 
 
71 
 
 
 
 
absorvida quase totalmente pela água da epiderme (a epiderme é constituída por 
90% de água) e neste caso a penetração é menor. 
 
A penetração nos tecidos depende também do diâmetro do spot e varia com o delta 
do laser. Para o laser de CO2 a penetração é inversamente proporcional ao 
tamanho do spot. Em outros lasers como o Nd:YAG e o laser de alexandrita, o 
aumento do tamanho do spot acompanha-se de um aumento da profundidade do 
feixe. 
 
A fototermólise seletiva está relacionada à habilidade de remover o pelo sem 
danificar a pele adjacente e preconiza que uma determinada onda, com certa 
duração de pulso e determinada fluência, provoque um dano térmico localizado 
somente no alvo que contém a molécula que absorverá a energia, ou seja, o 
cromóforo. 
 
No caso da epilação, o alvo é a melanina da haste do pelo e da matriz. Lasers com 
comprimento de onda entre 600 e 1.100 nm são bem absorvidos pela melanina e 
são adequados para fazer epilação.

Continue navegando