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Direito Civil - 1 peça

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 2º VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP
			LÚCIA E JOELMA, brasileiras, estado civil..., fisioterapeuta e artesã, portador do RG nº xxx e do CPF nº xx, residentes e domiciliadas na Rua Z nº 215, no bairro Bela Vista, região central da cidade de São Paulo, vem, com o devido acatamento, por intermédio da Defensora Pública que esta subscreve, perante Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE c/c PEDIDO DE LIMINAR, observando-se o procedimento especial previsto nos artigos 920 e seguintes do Código de Processo Civil, em face de SANDRA E REGINA, brasileiras, estado civil, profissao, residente e domiciliada à Rua x, N º x , pelos fatos e fundamentos jurídicos adiante aduzidos:
I. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
			Requerem os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA por serem pobres na forma da Lei, conforme declaram no documento anexo, não podendo arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e da sua família, nos termos das Leis n.º 1.060/50 e n.º 7.115/83 e consoante art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal, razão pela qual é(são) assistido (s) pela Defensoria Pública do Estado.
II. DOS FATOS
			As requerentes moram no imóvel desde que se entendem por gente, por forma de Doação por parte da tia Roquelina, falecida em 1993, conforme escritura pública do imóvel anexa. Imóvel este situada rua Z nº 215, no bairro Bela Vista, região central da cidade de São Paulo.
			Ocorre que em julho de 2018, receberam uma notificação de suas primas, Sandra e Regina (filhas de Marcos, falecido no início de 2018, que, por sua vez, era filho de Roquelina), para que desocupassem o imóvel em 180 (cento e oitenta dias) dias, o que não ocorreu, uma vez que sempre moraram naquele endereço, como era desejo de Roquelina, proprietária do bem.
			No entanto, após receberem a notificação, Lúcia e Joelma ajuizaram ação de usucapião, distribuída à 1ª Vara de Registros Públicos da Comarca da Capital de São Paulo sob nº 1111111-11.2018.8.26.0100
			Assim, depois de várias tentativas infrutíferas de desocupação pela parte das Requeridas, as Requerentes não viram outra solução se não demandar judicialmente para que possa obter a restituição de sua restituição do imóvel
		Diante destes fatos, as Autoras pretendem a reintegração de posse, pois desta forma objetiva reaver este bem, que lhe fora esbulhado.
III. DA FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
			O código civil, em seu artigo 1.196, caracteriza a posse como exercício, de fato, dos poderes constitutivos do domínio a propriedade, ou de algum deles somente, senão vejamos:
“Art. 1.196 – Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.”
			A pretensão do autor encontra arrimo nos artigos 926, e no artigo 928, primeira parte, do Código de Processo Civil, in verbis:
“Art. 926 - O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado no de esbulho.”
“Art. 928 - Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração; no caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada.”
			De acordo com Sílvio Rodrigues, em seu livro Direito Civil – Direito das Coisas, volume V:
“A ação de reintegração de posse é concedida ao possuidor que foi esbulhado, ou seja, tomado o domínio sobre a coisa. Dá-se esbulho quando o detentor da coisa é injustamente privado de sua posse.”
			O Novo Código de Processo Civil determina, no artigo 560, que o possuidor tem o direito a ser reintegrado em caso de esbulho. É sabido que é necessário que haja comprovação, por parte do autor, dos requisitos constantes do artigo 561 do Novo CPC. Certo é, Excelência, que o primeiro requisito para o aforamento de ação de reintegração é a prova da posse, conforme dispõe o inciso I, do artigo 561, Novo Código de Processo Civil.
“Art. 561. Incumbe ao autor provar:
I - a sua posse;”
			Nesse sentido, resta inequivocamente provada a posse indireta do imóvel, pelas autoras, em virtude da escritura pública de doação, vez que a posse é a exteriorização do domínio. A tia das Autoras cedeu a posse direta em face do contrato verbal.
			Os demais requisitos para a ação é o esbulho praticado pelas rés, que se concretizou em meados de 2018, as autoras buscaram reestabelecer sua posse plena que restou infrutífera como explanado nos fatos, para que se fixe o prazo de ano e dia a ensejar o rito especial dos artigos 560 a 568 do Novo Código de Processo Civil, tudo nos termos do artigo 561, incisos II a IV, do mesmo diploma legal.
“Art. 560. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado em caso de esbulho.”
“Art. 561. Incumbe ao autor provar:
I - a sua posse;
II - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu;
III - a data da turbação ou do esbulho;
IV - a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção, ou a perda da posse, na ação de reintegração.”
“Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada.
Parágrafo único. Contra as pessoas jurídicas de direito público não será deferida a manutenção ou a reintegração liminar sem prévia audiência dos respectivos representantes judiciais.”
“Art. 563. Considerada suficiente a justificação, o juiz fará logo expedir mandado de manutenção ou de reintegração.”
“Art. 564. Concedido ou não o mandado liminar de manutenção ou de reintegração, o autor promoverá, nos 5 (cinco) dias subsequentes, a citação do réu para, querendo, contestar a ação no prazo de 15 (quinze) dias.
Parágrafo único. Quando for ordenada a justificação prévia, o prazo para contestar será contado da intimação da decisão que deferir ou não a medida liminar.”
“Art. 565. No litígio coletivo pela posse de imóvel, quando o esbulho ou a turbação afirmado na petição inicial houver ocorrido há mais de ano e dia, o juiz, antes de apreciar o pedido de concessão da medida liminar, deverá designar audiência de mediação, a realizar-se em até 30 (trinta) dias, que observará o disposto nos §§ 2o e 4o.
§ 1o Concedida a liminar, se essa não for executada no prazo de 1 (um) ano, a contar da data de distribuição, caberá ao juiz designar audiência de mediação, nos termos dos §§ 2o a 4o deste artigo.
§ 2o O Ministério Público será intimado para comparecer à audiência, e a Defensoria Pública será intimada sempre que houver parte beneficiária de gratuidade da justiça.
§ 3o O juiz poderá comparecer à área objeto do litígio quando sua presença se fizer necessária à efetivação da tutela jurisdicional.
§ 4o Os órgãos responsáveis pela política agrária e pela política urbana da União, de Estado ou do Distrito Federal e de Município onde se situe a área objeto do litígio poderão ser intimados para a audiência, a fim de se manifestarem sobre seu interesse no processo e sobre a existência de possibilidade de solução para o conflito possessório.
§ 5o Aplica-se o disposto neste artigo ao litígio sobre propriedade de imóvel.”
“Art. 566. Aplica-se, quanto ao mais, o procedimento comum.”
“Art. 567. O possuidor direto ou indireto que tenha justo receio de ser molestado na posse poderá requerer ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante mandado proibitório em que se comine ao réu determinada pena pecuniária caso transgrida o preceito.”
“Art. 568. Aplica-se ao interdito proibitório o disposto na Seção II deste Capítulo.”
			Bem evidencia Cristiano Chaves, “Posse precária: resulta do abuso de confiança do possuidor que indevidamente retém a coisa além do prazo avençado para o término da relação jurídica de direito real ou obrigacional que originou a posse.”
			Como visto, restoudemonstrado os requisitos, estando a presente exordial devidamente instruída, o autor faz jus a concessão liminar inaudita altera parte, da reintegração de posse do imóvel supracitado, conforme prevê o artigo 562 do Novo CPC.
			Ao tratar da manutenção e da reintegração de posse, dispõe a lei processual no seu artigo Art. 562. “Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada”. 
			Máxima vênia, entendemos que o deferimento de medida liminar de natureza possessória, nos termos dos artigos 554 e seguintes do NCPC, fica à deriva da comprovação do implemento dos requisitos do artigo 561 do referido Diploma Legal, independentemente de restarem configuradas as condições do artigo 300 do NCPC.
			A jurisprudência é pacífica, nesse sentido, vejamos;
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. POSSE (BENS IMÓVEIS). AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. LIMINAR. Presentes os requisitos do artigo 927 do Código de Processo Civil, mantém-se a decisão que deferiu pedido liminar de reintegração de posse. RECURSO DESPROVIDO. UNÂNIME. (Agravo de Instrumento Nº 70040290744, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liege Puricelli Pires, Julgado em 17/02/2011)”
“POSSESSÓRIA. LIMINAR. Liminar em ação de reintegração de posse. Concessão. Incontroversa a posse anterior e o esbulho recentemente praticado. Art. 927, do CPC. Relação de contrato verbal entre as partes. Livre exame da prova pelo Juiz. Seguimento negado ao agravo. (Agravo de Instrumento Nº 70041160755, Décima Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Carlos Rafael dos Santos Júnior, Julgado em 10/02/2011)”.
“Reintegração de posse. Esbulho. Posse precária. Liminar. 1 � Para ser reintegrado, liminarmente, deve o autor comprovar, de plano, que sofreu esbulho. 2 � Tratando-se de ocupação precária, decorrente de contrato que está sendo discutido judicialmente, e tendo a posse sido tomada por quem de fato é a proprietária do imóvel, não se defere liminar de reintegração de posse. 3 - Agravo não provido. (TJ-DF - AGI: 20140020239337 DF 0024108-39.2014.8.07.0000, Relator: JAIR SOARES, Data de Julgamento: 19/11/2014, 6ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 25/11/2014 . Pág.: 316).”
			Portanto, entendemos demonstrados pelo autor os requisitos do artigo 560, seguintes do NCPC e, ausente comprovação quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, podendo sem sombra de dúvida esse MM juízo expedir mandado de reintegração de posse na fração a qual o Autor sofreu esbulho com a não devolução do imóvel.
IV. DAS PROVAS
			Protesta provar o alegado por todos os meios admitidos em Direito, notadamente, depoimento pessoal do acionado, oitiva de testemunhas, juntada ulterior de documentos, bem como, quaisquer outras providências que Vossa Excelência julgue necessária à perfeita resolução do feito, ficando tudo de logo requerido.
V. DO PEDIDO:
Ante o exposto, requer:
			a) O deferimento da gratuidade judiciária integral para todos os atos processuais (cf. artigo 98 caput e § 1º, § 5º do CPC/15);
			b) O recebimento da inicial com a qualificação apresentada (cf. artigo 319, inciso II, e § 2º e 3ºdo CPC/15);
			c) Seja, LIMINARMENTE, reintegrada na posse do imóvel, com ou sem audiência de justificação, expedindo-se o competente mandado, autorizando, ademais, o uso de força policial, se necessária, para a desocupação do imóvel;
			d) Determinar a CITAÇÃO das rés para, querendo, contestar o presente feito, no prazo legal, bem como, acompanhá-lo em todos os seus procedimentos até julgamento final, sob pena de, em assim não o fazendo, sofrer os efeitos da REVELIA;
			e) A decretação, por fim, da reintegração definitiva do imóvel à posse das autoras.
			f) Julgar pela condenação do (a) promovido (a) ao pagamento de honorários advocatícios de sucumbência , art. 85, § 2º do CPC, sendo que estes deverão ser depositados no FAADEP- Fundo de Reaparelhamento da Defensoria Pública do Estado de São Paulo.
	Termos em que,
pede deferimento.
						São Paulo, 20 de novembro de 2018.
	Advogado
OAB/SP 00.000

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