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Doença Celíaca U N IE RS ID A D E C EL SO L IS BO A - E D IA Ç Ã O 0 1 - M A IO D E 20 22 O QUE É? A doença celíaca é uma doença autoimune e afeta o intestino delgado, causando um processo inflamatório crônico e prejudicando a absorção de nutrientes. O agente causador é o glúten, uma proteína presente no trigo, centeio e na cevada. Na década de 60 foi observado o costume populacional de introduzir cerais no princípio do aleitamento materno com intuito de prevenir carência de ferro e anemia, consequentemente os casos de crianças com doença celíaca aumentaram e relacionaram a estar ligado ao tipo de alimentação e a idade inicial de manifestação da doença.Entre os anos 80 e 90 aumentaram-se os casos significativamente na Suécia que resultou em pesquisas e publicações e o entendimento mais preciso levou a considerar a idade que se iniciou a ingestão do glúten e o tipo de alimentação, conforme a década de 60. Ao tardar, através de medidas, a precoce introdução do glúten na dieta infantil foi observado uma considerável redução de novos casos. Através de estudos com crianças entre 4 e 7 meses, concluíram que dietas com a inclusão de glúten seja precoce ou tardia não influenciam o risco de doença celíaca. (Liliane Maria Abreu Paiva, Universidade De Brasília Faculdade De Ciências Da Saúde, Criação e validação de questionário sobre qualidade de vida de pais ou responsáveis de crianças e adolescentes Com Doença Celíaca, 2019) COMO FOI DETECTADO? Doença Celíaca. Causas, Sintomas e Tratamento 2 É realizado através de uma combinação da análise clínica, laboratorial, se der positivo é realizado a biópsia. Na análise laboratorial é realizada através da dosagem da Imunoglobina IgA e do anticorpo antitransglutaminase IgA e IgG. ( BIOEMFOCO,2019) E na análise histopatológica, é realizado através da Endoscopia com biopsia do bulbo e do intestino delgado, onde o portador da doença apresenta a vilosidade achatadas. No exame é encontrado uma mucosa plana ou quase plana, com criptas alongadas e aumento de mitoses, epitélio superficial cuboide com vacuolizações, borda estriada borrada, aumento de linfócitos intraepiteliais e lâmina própria com denso infiltrado de linfócitos e plasmócitos. (SANARMED,2020) Diagnóstico Molecular 3 Os genes HLA ajudam o sistema imunológico a codificar as proteínas e a sua presença aumenta o risco de desenvolvimento de doenças autoimunes, dentre ela a doença Celíaca. A DC é uma consequência que afeta o intestino delgado, as variações desse gene podem aumentar a reação ao glúten de forma imunológica. Ao consumir o glúten o indivíduo pode ter sensações desagradáveis, levando-o a causar outras enfermidades que atinjam pelos ossos, tireoide e fígado e o próprio intestino. (DGLAB,2020) A doença está principalmente associada aos marcadores genéticos HLA-DQ2 e HLA-DQ8 que estão presentes na maioria dos pacientes celíacos. A ausência desses marcadores praticamente exclui o diagnóstico. Gene HLA-0 (DQ2.5) Genótipo A/A ou A/G Predispõe a maior risco do desenvolvimento de Doença Celíaca. Genótipo G/G Risco normal (ou comum) de desenvolver Doença Celíaca HLA-3 (DQ8) Genótipo C/C ou C/T Predispõe a maior risco do desenvolvimento de Doença Celíaca. Genótipo T/T Risco normal (ou comum) de desenvolver Doença Celíaca Gene HLA-4 (DQ2.2) Genótipo T/T ou T/G Predispõe a maior risco do desenvolvimento de Doença Celíaca. Genótipo G/G Risco normal (ou comum) de desenvolver Doença Celíaca HLA-5 (DQ2.2) Genótipo G/G ou G/A Predispõe a maior risco do desenvolvimento de Doença Celíaca. Genótipo A/A Risco normal (ou comum) de desenvolver Doença Celíaca Gene, HLA e genótipos possíveis 4 https://dglab.com.br/blog/predisposicao-genetica-como-ela-impacta-na-pratica-nutricional/ A sensibilidade aumentada do glúten causa um maior efeito na inflamação intestinal, esses pacientes desenvolvem polimorfismo em gene que codificam as proteínas da superfície dos leucócitos. A DC está presente no antígeno HLA, codificada pelos genes DQ2/DQ8 do cromossomo 6, presente em quase 95% dos indivíduos celíacos. Eles produzem a combinação dos alelos HLA-DQA1*0501 e HLA- DQB1*0201, que se codificam o heterodímero DQ2. Os indivíduos negativos DQ2 para DC possuem o HLA-DQA1*0301 e DQB1*0302 que codificam o heterodímero DQ8. A apresentação do peptídeo de gliadina são efetuados pelos heterodímeros, que são formados após a ação da enzima tTG. Cromossomo 6 5 6 Diagnóstico Molecular Como o termo intolerância ao glúten pode referir-se a três tipos de patologias: doença celíaca autoimune, intolerância ao glúten não celíaca e alergia ao trigo. (LABORATÓRIOBIOLABOR,2019) O diagnóstico da DC tem mudado nos últimos anos vem inovando técnicas para diagnosticar os pacientes, o diagnóstico genético de análise molecular não invasivo, que analisa o DNA de um indivíduo através da coleta de células presentes na saliva. (DNACLINIC,2022) É realizado através de uma combinação da análise clínica, laboratorial, se der positivo é realizado a biópsia. Na análise laboratorial é realizada através da dosagem da Imunoglobina IgA e do anticorpo antitransglutaminase IgA e IgG. ( BIOEMFOCO,2019) E na análise histopatológica, é realizado através da Endoscopia com biopsia do bulbo e do intestino delgado, onde o portador da doença apresenta a vilosidade achatadas. No exame é encontrado uma mucosa plana ou quase plana, com criptas alongadas e aumento de mitoses, epitélio superficial cuboide com vacuolizações, borda estriada borrada, aumento de linfócitos intraepiteliais e lâmina própria com denso infiltrado de linfócitos e plasmócitos. (SANARMED,2020) REPRESENTAÇÃO DE COMO SÃO CAUSADAS ALTERAÇÃO GENÉTICA NO CROMOSSOMO Y. As doenças de padrão de herança ligado ao Y são causadas por alterações genéticas no cromossomo Y e, portanto, só podem ser transmitidas de pai para filho. 7 A PREVALÊNCIA DA DC É CORRELACIONADA A DOENÇAS AUTOIMUNES (DOENÇA DE CROHN, COITETE ULCERATIVA, ARTRITE REUMATOIDE, TIREOIDITE AUTOIMUNE E DIABETES TIPO 1) FORAM REALIZADOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS E GENÉTICOS NO BRASIL E INCLUINDO OUTROS PAÍSES. O ESTUDO FEITO EM 767 CRIANÇAS PORTADORAS DE DM1 DEMONSTRA QUE 32,6% O PELO MENOS, UM ANTICORPO E 18,6% ASSOCIADA A OUTRAS DOENÇAS AUTOIMUNE. NO BRASIL, 767 PACIENTES DO ICDRS- INSTITUTO DE CRIANÇA COM DIABETE EM PORTO ALEGRE/RS, DIAGNOSTICADAS COM DM1 IDENTIFICARAM UMA PREVALÊNCIA DE 5,1% DE DC CONFIRMADA COM BIÓPSIA DUODENAL. 8 Vale ressaltar que a DC não possui cura, sendo assim o melhor tratamento é a dieta com restrições de alimentos que contenham o glúten. Algumas patologias como disfagia, diarreia, gastroparasia entre outras são comuns nas doenças neurológicas de uma forma bem ampla. É notável que haja alterações secundárias às doenças cerebrovasculares, doença de Parkinson, esclerose múltipla ou lesões medulares por exemplo. (RMMG,) (PEBMED). Algumas estruturas neurais estão associadas ao controle alimentar por mecanismos distintos e correlatos que ocorrem no hipotálamo, hipocampo e em outras áreas como no cerebelo, bulbo olfatório, glândulas pituitária e pineal que exercem funções distintas, porém influenciam o comportamento alimentar, intermediadas geralmente por neurotransmissores comuns. Os precursores dos neuroquímicos apresentam funções específicas, sendo a influência na alimentação relevante no contexto comportamental da escolha de alimentos. Os processos sensoriais na alimentação como paladar, olfato, visão e audição interagem entre si e com outras estruturas e vias neurais, participando também do controle do apetite e da saciedade, que culminam na iniciação e no término da alimentação. A interação entre aspectos neurais no processo de consumo de alimento promove a manifestação do comportamento alimentar específico para cada espécie em seu ambiente. (SYNLAB,2021) Anatomofisiologia Nos últimos anos, tem sido chamada a atenção para o fato de que a DC predispõe a anormalidades ósseas e a alterações no metabolismo do cálcio, resultando em osteomalácia, osteoporose e raquitismo2-4.A patogênese da osteopenia não é completamente esclarecida, mas o desenvolvimento de hipocalcemia (por má absorção de cálcio) é provavelmente o evento central que poderá levar a outros distúrbios, particularmente aos níveis elevados de paratormônio e reabsorção óssea. 9 Nos celíacos a falta de alimentação saudável e rica de minerais e cálcio que são fundamentaispara os quadros de desnutrição e hipernutrição que são comuns; a desnutrição que é decorrente da má absorção de nutrientes e da dificuldade da ingestão alimentar em função dos sintomas apresentados. Nos indivíduos em tratamento, o quadro de hipernutrição se deve à maior absorção de nutrientes, decorrente da possível melhora desses sintomas, que estimula maior ingestão alimentar e ao fato de os alimentos para celíacos normalmente apresentarem maior quantidade de lipídios em sua composição. Com isto a importância da nutrição para um receituário alimentar do doente celíaco para se evitar outras enfermidades e a desnutrição causada pela falta do glutem em seu organismo. O nutricionista, assim, estimula a adesão ao tratamento, evita a monotonia e acompanha a ingestão alimentar. Além disso, deve estar atento para que haja uma transição alimentar não traumática para melhor adesão à dieta. No Brasil, com o objetivo de minimizar as dificuldades da adesão ao tratamento, surgiram as Associações de Celíacos. Em fevereiro de 1994, os pais de alguns celíacos fundaram a ACELBRA (Seção São Paulo), que objetiva, principalmente, orientar os pacientes quanto à doença e à dieta sem glúten, assim como divulgar a doença. A ACELBRA tem como uns dos objetivos exigir o cumprimento da Lei nº 8.543 (Brasil, 1992) na área de vigilância sanitária, que obriga as indústrias alimentícias a imprimirem em caracteres destacados uma advertência nos rótulos e nas embalagens de produtos industrializados que contêm glúten ou seus derivados. Em 2003, foi publicada a Lei nº 10.674, que obriga os produtos alimentícios comercializados a portarem informação sobre a presença de glúten como medida preventiva e de controle da doença celíaca. Alimentação Saudável e a prevenção 10 Ana Carolina Lima Goulart Bárbara Helen Barboza Ferreira Fabiano Santiago Amaro Fagner Antônio Garcia de Rezende Luciana Paulino Guttierres Matheus Tavares Bonicenha Thamires Reis Dias Thyessa Nayana Guimarães Roberto dos Reis U N IE RS ID A D E C EL SO L IS BO A - E D IA Ç Ã O 0 1 - M A IO D E 20 22
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