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Revista Universidade Celso Lisboa - Edição n1 - Doença Celíaca (1)

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Doença Celíaca
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O QUE É?
A doença celíaca é uma doença
autoimune e afeta o intestino delgado,
causando um processo inflamatório
crônico e prejudicando a absorção de
nutrientes. O agente causador é o glúten,
uma proteína presente no trigo, centeio
e na cevada. 
Na década de 60 foi observado o costume
populacional de introduzir cerais no princípio do
aleitamento materno com intuito de prevenir carência
de ferro e anemia, consequentemente os casos de
crianças com doença celíaca aumentaram e
relacionaram a estar ligado ao tipo de alimentação e a
idade inicial de manifestação da doença.Entre os anos
80 e 90 aumentaram-se os casos significativamente
na Suécia que resultou em pesquisas e publicações e
o entendimento mais preciso levou a considerar a
idade que se iniciou a ingestão do glúten e o tipo de
alimentação, conforme a década de 60. Ao tardar,
através de medidas, a precoce introdução do glúten na
dieta infantil foi observado uma considerável redução
de novos casos.
Através de estudos com crianças entre 4 e 7 meses,
concluíram que dietas com a inclusão de glúten seja
precoce ou tardia não influenciam o risco de doença
celíaca. (Liliane Maria Abreu Paiva, Universidade De
Brasília Faculdade De Ciências Da Saúde, Criação e
validação de questionário sobre qualidade de vida de
pais ou responsáveis de crianças e adolescentes Com
Doença Celíaca, 2019)
COMO FOI DETECTADO?
Doença Celíaca.
Causas,
Sintomas e
Tratamento
2
É realizado através de uma combinação da análise clínica,
laboratorial, se der positivo é realizado a biópsia.
Na análise laboratorial é realizada através da dosagem da
Imunoglobina IgA e do anticorpo antitransglutaminase IgA
e IgG. ( BIOEMFOCO,2019)
E na análise histopatológica, é realizado através da
Endoscopia com biopsia do bulbo e do intestino delgado,
onde o portador da doença apresenta a vilosidade
achatadas. No exame é encontrado uma mucosa plana
ou quase plana, com criptas alongadas e aumento de
mitoses, epitélio superficial cuboide com vacuolizações,
borda estriada borrada, aumento de linfócitos
intraepiteliais e lâmina própria com denso infiltrado de
linfócitos e plasmócitos. (SANARMED,2020)
Diagnóstico
Molecular
3
Os genes HLA ajudam o sistema
imunológico a codificar as proteínas
e a sua presença aumenta o risco de
desenvolvimento de doenças
autoimunes, dentre ela a doença
Celíaca.
A DC é uma consequência que afeta
o intestino delgado, as variações
desse gene podem aumentar a
reação ao glúten de forma
imunológica. 
Ao consumir o glúten o indivíduo
pode ter sensações desagradáveis,
levando-o a causar outras
enfermidades que atinjam pelos
ossos, tireoide e fígado e o próprio
intestino. (DGLAB,2020)
A doença está principalmente
associada aos marcadores genéticos
HLA-DQ2 e HLA-DQ8 que estão
presentes na maioria dos pacientes
celíacos. A ausência desses
marcadores praticamente exclui o
diagnóstico.
Gene HLA-0 (DQ2.5)
Genótipo A/A ou A/G
Predispõe a maior risco do
desenvolvimento de Doença Celíaca.
Genótipo G/G
Risco normal (ou comum) de
desenvolver Doença Celíaca
HLA-3 (DQ8)
Genótipo C/C ou C/T
Predispõe a maior risco do
desenvolvimento de Doença Celíaca.
Genótipo T/T
Risco normal (ou comum) de
desenvolver Doença Celíaca
Gene HLA-4 (DQ2.2)
Genótipo T/T ou T/G
Predispõe a maior risco do
desenvolvimento de Doença Celíaca.
Genótipo G/G
Risco normal (ou comum) de
desenvolver Doença Celíaca
HLA-5 (DQ2.2)
Genótipo G/G ou G/A
Predispõe a maior risco do
desenvolvimento de Doença Celíaca.
Genótipo A/A
Risco normal (ou comum) de
desenvolver Doença Celíaca
Gene,
HLA e genótipos possíveis
4
https://dglab.com.br/blog/predisposicao-genetica-como-ela-impacta-na-pratica-nutricional/
A sensibilidade aumentada do glúten
causa um maior efeito na inflamação
intestinal, esses pacientes desenvolvem
polimorfismo em gene que codificam as
proteínas da superfície dos leucócitos. 
A DC está presente no antígeno HLA,
codificada pelos genes DQ2/DQ8 do
cromossomo 6, presente em quase 95%
dos indivíduos celíacos.
Eles produzem a combinação dos
alelos HLA-DQA1*0501 e HLA-
DQB1*0201, que se codificam o
heterodímero DQ2.
Os indivíduos negativos DQ2 para DC
possuem o HLA-DQA1*0301 e
DQB1*0302 que codificam o
heterodímero DQ8.
A apresentação do peptídeo de
gliadina são efetuados pelos
heterodímeros, que são formados após
a ação da enzima tTG.
Cromossomo 6
5
6
Diagnóstico
Molecular
Como o termo intolerância ao glúten
pode referir-se a três tipos de
patologias: doença celíaca
autoimune, intolerância ao glúten não
celíaca e alergia ao trigo.
(LABORATÓRIOBIOLABOR,2019)
O diagnóstico da DC tem mudado
nos últimos anos vem inovando
técnicas para diagnosticar os
pacientes, o diagnóstico genético de
análise molecular não invasivo, que
analisa o DNA de um indivíduo
através da coleta de células
presentes na saliva.
(DNACLINIC,2022)
É realizado através de uma
combinação da análise
clínica, laboratorial, se der
positivo é realizado a
biópsia.
Na análise laboratorial é
realizada através da
dosagem da Imunoglobina
IgA e do anticorpo
antitransglutaminase IgA e
IgG. ( BIOEMFOCO,2019)
E na análise histopatológica,
é realizado através da
Endoscopia com biopsia do
bulbo e do intestino delgado,
onde o portador da doença
apresenta a vilosidade
achatadas. No exame é
encontrado uma mucosa
plana ou quase plana, com
criptas alongadas e aumento
de mitoses, epitélio
superficial cuboide com
vacuolizações, borda
estriada borrada, aumento
de linfócitos intraepiteliais e
lâmina própria com denso
infiltrado de linfócitos e
plasmócitos.
(SANARMED,2020)
REPRESENTAÇÃO DE COMO SÃO CAUSADAS ALTERAÇÃO
GENÉTICA NO CROMOSSOMO Y.
As doenças de padrão de herança ligado ao Y são causadas
por alterações genéticas no cromossomo Y e, portanto, só
podem ser transmitidas de pai para filho.
7
A PREVALÊNCIA DA DC É CORRELACIONADA A DOENÇAS
AUTOIMUNES (DOENÇA DE CROHN, COITETE ULCERATIVA,
ARTRITE REUMATOIDE, TIREOIDITE AUTOIMUNE E DIABETES
TIPO 1) FORAM REALIZADOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS E
GENÉTICOS NO BRASIL E INCLUINDO OUTROS PAÍSES.
 O ESTUDO FEITO EM 767 CRIANÇAS PORTADORAS DE DM1
DEMONSTRA QUE 32,6% O PELO MENOS, UM ANTICORPO E
18,6% ASSOCIADA A OUTRAS DOENÇAS AUTOIMUNE. 
NO BRASIL, 767 PACIENTES DO ICDRS- INSTITUTO DE
CRIANÇA COM DIABETE EM PORTO ALEGRE/RS,
DIAGNOSTICADAS COM DM1 IDENTIFICARAM UMA
PREVALÊNCIA DE 5,1% DE DC CONFIRMADA COM BIÓPSIA
DUODENAL. 
8
Vale ressaltar que a DC não
possui cura, sendo assim o
melhor tratamento é a dieta com
restrições de alimentos que
contenham o glúten.
Algumas patologias como
disfagia, diarreia, gastroparasia
entre outras são comuns nas
doenças neurológicas de uma
forma bem ampla. É notável que
haja alterações secundárias às
doenças cerebrovasculares,
doença de Parkinson, esclerose
múltipla ou lesões medulares por
exemplo. (RMMG,) (PEBMED).
Algumas estruturas neurais estão
associadas ao controle alimentar
por mecanismos distintos e
correlatos que ocorrem no
hipotálamo, hipocampo e em
outras áreas como no cerebelo,
bulbo olfatório, glândulas
pituitária e pineal que exercem
funções distintas, porém
influenciam o comportamento
alimentar, intermediadas
geralmente por
neurotransmissores comuns.
Os precursores dos
neuroquímicos apresentam
funções específicas, sendo a
influência na alimentação
relevante no contexto
comportamental da escolha de
alimentos. Os processos
sensoriais na alimentação como
paladar, olfato, visão e audição
interagem entre si e com outras
estruturas e vias neurais,
participando também do controle
do apetite e da saciedade, que
culminam na iniciação e no
término da alimentação. A
interação entre aspectos neurais
no processo de consumo de
alimento promove a manifestação
do comportamento alimentar
específico para cada espécie em
seu ambiente. (SYNLAB,2021)
Anatomofisiologia
Nos últimos anos, tem sido
chamada a atenção para o fato
de que a DC predispõe a
anormalidades ósseas e a
alterações no metabolismo do
cálcio, resultando em
osteomalácia, osteoporose e
raquitismo2-4.A patogênese da
osteopenia não é completamente
esclarecida, mas o
desenvolvimento de
hipocalcemia (por má absorção
de cálcio) é provavelmente o
evento central que poderá levar a
outros distúrbios, particularmente
aos níveis elevados de
paratormônio e reabsorção
óssea.
9
Nos celíacos a falta de alimentação saudável e rica de minerais e cálcio
que são fundamentaispara os quadros de desnutrição e hipernutrição
que são comuns; a desnutrição que é decorrente da má absorção de
nutrientes e da dificuldade da ingestão alimentar em função dos
sintomas apresentados. Nos indivíduos em tratamento, o quadro de
hipernutrição se deve à maior absorção de nutrientes, decorrente da
possível melhora desses sintomas, que estimula maior ingestão
alimentar e ao fato de os alimentos para celíacos normalmente
apresentarem maior quantidade de lipídios em sua composição.
Com isto a importância da nutrição para um receituário alimentar do
doente celíaco para se evitar outras enfermidades e a desnutrição
causada pela falta do glutem em seu organismo.
O nutricionista, assim, estimula a adesão ao tratamento, evita a
monotonia e acompanha a ingestão alimentar. Além disso, deve estar
atento para que haja uma transição alimentar não traumática para
melhor adesão à dieta.
No Brasil, com o objetivo de minimizar as dificuldades da adesão ao
tratamento, surgiram as Associações de Celíacos. Em fevereiro de 1994,
os pais de alguns celíacos fundaram a ACELBRA (Seção São Paulo), que
objetiva, principalmente, orientar os pacientes quanto à doença e à
dieta sem glúten, assim como divulgar a doença. A ACELBRA tem como
uns dos objetivos exigir o cumprimento da Lei nº 8.543 (Brasil, 1992) na
área de vigilância sanitária, que obriga as indústrias alimentícias a
imprimirem em caracteres destacados uma advertência nos rótulos e
nas embalagens de produtos industrializados que contêm glúten ou
seus derivados. Em 2003, foi publicada a Lei nº 10.674, que obriga os
produtos alimentícios comercializados a portarem informação sobre a
presença de glúten como medida preventiva e de controle da doença
celíaca.
Alimentação
Saudável e a
prevenção
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Ana Carolina Lima Goulart 
Bárbara Helen Barboza
Ferreira 
Fabiano Santiago Amaro 
Fagner Antônio Garcia de
Rezende 
Luciana Paulino Guttierres 
Matheus Tavares Bonicenha 
Thamires Reis Dias 
Thyessa Nayana Guimarães
Roberto dos Reis
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