Buscar

ANEMIA FALCIFORME NA GESTAÇÃO, PARTO E PUERPÉRIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ANEMIA FALCIFORME NA 
GESTAÇÃO, PARTO E 
PUERPÉRIO
Curso: Bacharelado em Enfermagem
Disciplina: Saúde da Mulher
Docente: Camila Torres
Discentes: Evelyn Santana e Rafaela Peixoto
O que é a anemia 
falciforme?
Trata-se de uma doença hereditária e
recessiva, causada pela deformidade
estrutural da hemoglobina. Ocorre
devido a substituição do aminoácido:
Acido Glutâmico por Valina. Esta
alteração faz com que o formato da
hemácia se modifique e adquira forma
de foice, dificultando o transporte de
oxigênio para os tecidos e facilitando a
obstrução dos vasos através da
formação de trombos por aglomerados
destas hemácias (GOMES, 2018).
Epidemiologia
A anemia falciforme é a doença
hereditária mais comum do Brasil. Os
dados do Programa Nacional de Triagem
Neonatal estimam que nasçam por ano
no Brasil em torno de 3.500 crianças com
doença falciforme e 200.000 com traço
(BRASIL, 2016).
Riscos e Complicações
A gravidez pode agravar a doença com piora da anemia e aumento da
frequência e gravidade das crises álgicas e infecções. Por outro lado, a
doença pode interferir na evolução normal da gestação. 
Os riscos maternofetais incluem aumento das crises vaso- 
oclusivas no pré e pós-parto, infecções do trato urinário, 
complicações pulmonares, anemia, pré-eclâmpsia e até óbito. 
Riscos e Complicações
A gravidez pode agravar a doença com piora da anemia e aumento da
frequência e gravidade das crises álgicas e infecções. Por outro lado, a
doença pode interferir na evolução normal da gestação. 
Nas complicações fetais observam-se partos pré-termo, 
restrição do crescimento intrauterino devido à vaso- 
oclusão placentária, sofrimento fetal durante o trabalho 
de parto e no parto, além de elevação da taxa de 
mortalidade perinatal.
Riscos e Complicações
A gravidez pode agravar a doença com piora da anemia e aumento da
frequência e gravidade das crises álgicas e infecções. Por outro lado, a
doença pode interferir na evolução normal da gestação. 
A placenta da gestante falciforme pode ter seu volume 
reduzido em virtude da redução do fluxo sanguíneo 
decorrente da vaso-oclusão. Isso acarreta menor aporte de 
nutrientes ao feto e anormalidades na integridade da 
membrana placentária, causando prejuízos tanto ao feto 
como à gestante.
Riscos e Complicações
Durante a gravidez, as crises dolorosas
podem se tornar mais frequentes. As
infecções ocorrem em
aproximadamente 50% das grávidas
com doença falciforme e os locais
mais acometidos são o trato urinário e
o sistema respiratório.
ASSISTÊNCIA DE SAÚDE À GESTANTE 
COM ANEMIA FALCIFORME
A assistência de enfermagem prestada a pessoa com anemia falciforme deve
principalmente oferecer informações sobre a doença ao paciente e aos
familiares, por meio de ações educativas, podendo oferecer mudanças
comportamentais. Assim, para realizar cuidados de enfermagem, é preciso
que se adote um lugar do paciente, bem como suas necessidades como ponto
inicial para uma melhor intervenção de enfermagem, reconhecer o outro como
sujeito do cuidado, instalar escalas de dor, conhecer o manual de eventos
agudos, não esquecendo o fato de que cada paciente é único e reage de
forma diferenciada (FERREIRA, 2012)
Acompanhamento 
Hematológico
Caso o parceiro seja portador do traço falciforme ou de
hemoglobinopatia AC, o casal deve ser informado sobre a possibilidade
de os filhos virem a ser portadores da doença falciforme ou afetados por
ela.
É indicada a realização da eletroforese de hemoglobina 
do parceiro para fins de aconselhamento reprodutivo. 
Pré-Natal
Hemograma com reticulócitos; 
Eletroforese de hemoglobina e dosagem de Hb Fetal; 
Eletroforese de hemoglobina do parceiro; 
Dosagem do ferro sérico, índice de saturação da
transferrina (IST) e ferritina sérica; 
Creatinina, albumina, bilirrubinas, TGO, TGP, LDH,
fosfatase alcalina, GGT, glicose, ácido úrico,
ionograma; 
EXAMES
Pré-Natal
Sorologia: hepatite B e C, anti-HIV, anti-HTLV I/II,
VDRL, Chagas, toxoplasmose, citomegalovírus e
rubéola; 
Urina rotina, urocultura e proteinúria de 24 horas; 
Exame parasitológico de fezes (MIF); 
Fenotipagem eritrocitária (caso a paciente ainda
não tenha realizado); 
Pesquisa de anticorpos irregulares (PAI) para
verificar existência de aloimunização (realizada na
Fundação Hemominas).
EXAMES
Pré-Natal
O exame do colo do útero é feito no segundo e
terceiro trimestres para detectar adelgaçamento
e dilatação que podem indicar trabalho de parto
prematuro;
Dopplervelocimetria com 26 semanas e
semanalmente após 30 semanas ou
cardiotocografia semanalmente após 28 semanas.
 
EXAMES
Pré-Natal
Glicemia jejum ≥ 126 mg/dL → repetir glicemia de jejum → 2 valores alterados
→ diagnóstico de diabetes gestacional; 
Glicemia de jejum < 90 mg/dL: repetir glicemia de jejum após 20 semanas. Se
persistir abaixo de 90 mg/dL e na ausência de fatores de risco, encerrar
rastreamento; 
Glicemia de jejum > 90 mg/dL ou na presença de fatores de risco: realizar
teste de sobrecarga com dextrosol. Em gestantes com glicemia de jejum < 90
mg/dL, o teste de sobrecarga deve ser realizado entre 24 e 28 semanas.
TRIAGEM PARA DIABETES MELLITUS 
GESTACIONAL (DMG)
Pré-Natal
Ácido fólico: 1-5 mg por dia; 
Sulfato ferroso, se comprovada ferropenia
(pouco frequente, pela exposição prévia a
hemotransfusões): 30 a 60 mg de ferro
elemento/dia e, em caso de intolerância,
1cp/dia de succinato de ferro ou similar.
VITAMINAS E MINERAIS, POR VIA ORAL
Pré-Natal
IMUNIZAÇÃO
Vacina antitetânica ou DT – se não recebeu há menos de 5 anos, recomenda-se
uma dose, pelo menos 20 dias antes da data provável do parto. Se a história
vacinal for incerta, considerar como não vacinada e fazer 3 doses com
intervalos de 1 a 2 meses, iniciadas no segundo trimestre da gestação; 
Vacina contra Hepatite B – verificar sorologia e Anti-HBs previamente;
Vacina Pneumocócica 23 – 1 dose de reforço após 5 anos da 1ª dose; 
Vacina conjugada Meningocócica C – dose única.
Em gestantes que não estão com o esquema de imunização atualizado,
encaminhar para imunização no terceiro trimestre de gestação: 
Pré-Natal
INTERVALO ENTRE AS CONSULTAS
O intervalo entre as consultas é, em geral, de duas semanas até a vigésima
oitava semana e após, semanal.
Nestas consultas são monitorizadas as pressões arteriais, o ganho 
de peso, a taxa de crescimento uterino, trimestralmente são 
avaliados o hemograma completo, a contagem de reticulócitos, 
urocultura, provas de função hepática e renal, glicemia, proteínas 
totais e frações e sorologias.
Uso liberal de analgesia (preferencialmente
conduzir o trabalho de parto com anestesia
peridural contínua); 
Reposição de fluidos com cautela, pela
possibilidade de comprometimentos
cardíaco e pulmonar; 
Manutenção de oxigenação satisfatória
com avaliação contínua; 
Monitorização da frequência cardíaca fetal
clínica e cardiotocografia (se necessário,
durante a condução do trabalho de parto); 
Assistência ao Parto
Indicação obstétrica para via de parto; 
Avaliação da necessidade de
hemotransfusão, principalmente, em caso
de cesárea, para manter nível de
hemoglobina em 9-10g/dL; 
Manutenção da temperatura ambiente da
sala, para bem do RN e da mãe falciforme
que pode ter complicações próprias da
doença em ambiente mais frio.
Assistência ao Parto
Cuidados no Puerpério
Manter boa hidratação; 
Prevenir tromboembolismo: deambulação
precoce e uso de meias elásticas;
Prevenir anemia por perda de sangue 
Manter analgesia; 
Avaliar necessidade transfusional: piora da
anemia por perdas excessivas; 
Reforçar a importância de levar o recém-
nascido para controle na UBS (exame clínico,
triagem neonatal, vacinação,
aconselhamento genético); 
Retornar em no máximo 40 dias para
planejamento familiar.
Transfusão de Sangue
As transfusões têm sido indicadas para: toxemia, gravidez 
gemelar, mortalidade perinatal prévia, septicemia, insuficiência 
renal aguda, bacteremia, anemia grave redução de 30% dos 
níveis basais ou Ht = ou menor que 20, níveis de hemoglobina 
abaixo de 7g/dl, síndrometoráxica aguda, hipoxemia, cirurgia e 
angiografia.
Com as complicações das transfusões, como aloimunização, precipitação de
crises dolorosas e transmissão de infecções, torna-se necessário reavaliar o
uso de transfusões profiláticas..
Cuidado com a Saúde Bucal
A doença periodontal em gestantes
predispõe ao parto prematuro, assim a
gestante com doença falciforme e com
doença periodontal terá seu potencial de
parto prematuro potencializado. A
atenção com a saúde bucal tem que ser
priorizada nessas gestantes.
Cuidados com Recém-nato
O recém-nascido de mãe falcêmica poderá
nascer com traço ou doença, em ambos os
casos, não necessitará de cuidados
específicos na sala de parto, pois nascerá com
alto nível de hemoglobina fetal (HbF) que o
protegerá das manifestações das doenças, só
a partir do terceiro ou quarto mês, quando os
níveis de HbF começarem a cair, é que poderá
começar a surgir a manifestação da doença. 
REFERÊNCIAS
LOPES, D. J. T., ARAÚJO, P. I. C., JESUS, J. A. Gestação em mulheres com
doença falciforme. Brasília: Editora MS/CGDI/SAA/SE, 2006. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/gestacao_mulheres_doenca
_falciforme.pdf
BRASIL. Ministério da saúde. NUPAD / FM / UFMG. Manual de
Acompanhamento da Gestante com Doença Falciforme. Belo Horizonte,
2009. Disponível em: https://www.nupad.medicina.ufmg.br/wp-
content/uploads/2016/12/manual_gestante.pdf
PERGUNTAS
HORA DAS
Porque a placenta da gestante falciforme pode ter seu volume reduzido? 
Correção
Porque a placenta da gestante falciforme pode ter 
seu volume reduzido? 
Devido à redução do fluxo sanguíneo decorrente da 
vaso-oclusão.
Quais os riscos maternosfetais numa gestante com doença 
falciforme?
Correção
Quais os riscos maternosfetais numa gestante com 
doença falciforme?
Aumento das crises vaso-oclusivas no pré e pós- 
parto, infecções do trato urinário, complicações 
pulmonares, anemia, pré-eclâmpsia e até óbito.
O que é avaliado trimestralmente nas consultas? 
Correção
O que é avaliado trimestralmente nas consultas? 
Hemograma completo, contagem de reticulócitos, 
urocultura, prova de função hepática e renal, 
proteínas totais e fração, glicemia, sorologia.
Porque deve-se reavaliar a transfusão de sangue em gestantes 
com doença falciforme?
Correção
Porque deve-se reavaliar a transfusão de sangue 
em gestantes com doença falciforme?
Por causa de complicações como aloimunização, 
precipitação das crises dolorosas, riscos de infecção, a 
gestante falcêmica já possui uma gravidez de risco, 
realizar a transfusão de sangue sem necessidade pode 
potencializar os riscos na gravidez
OBRIGADA PELA ATENÇÃO!

Outros materiais