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Atendimento Odontológico a Paciente Gestante

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Paciente Gestante 
A T E N D I M E N T O O D ON T OL ÓG I C O 
ORIENTAÇÕES GERAIS 
 Atendimento prioritário 
 Pacientes em idade fértil podem não saber que 
estão grávidas 
 Gravidez na adolescência 
 Cuidado com a prescrição medicamentosa – 
sempre investigar a possibilidade de gravidez 
 Atendimento odontológico – medo do dentista 
em atender 
MITOS E VERDADES 
 Medo de ir ao dentista 
 Acham que não devem ser anestesiadas 
 Acham que os dentes ficam fracos 
Dever do cirurgião-dentista  Educar 
TR IMESTRES GESTACIONA IS 
 1° Trimestre: 
 Organogênese 
 Náuseas e vômitos 
 Sonolência 
 2° Trimestre: 
 Maturação e desenvolvimento dos 
órgãos 
 Poucos sintomas 
 3° Trimestre: 
 Aumento de tamanho e peso do bebê 
 Cansaço 
 Desconforto respiratório 
DESENVOLVIMENTO DA CAV IDADE ORAL 
 4-5 Semanas – início da formação dos dentes 
decíduos 
 4-7 Semanas – formação dos lábios 
 8-12 Semanas – formação do palato 
 12 Semanas – início da calcificação dos decíduos 
 6 meses – início da formação dos dentes 
ALTERAÇÕES F ÍS ICAS E S ISTÊMICAS 
 Sistema digestivo 
 Sistema respiratório 
 Sistema cardiovascular 
 Sistema urinário 
 Sistema endócrino 
 Alterações hematológicas 
A l t e r ações D i ge s t i v as 
 Vômitos: 
 Ocorrem pelo aumento dos níveis 
hormonais, pela carência de vitamina B6 
e/ou por hipoglicemia. 
 É indicado o consumo de alimentos ricos em 
vitamina B e muitas proteínas. 
 Má digestão: 
 Além de indicação de dieta rica em fibras 
e líquidos 
 Azia: 
 O aumento do volume do útero sobre o 
estômago e o intestino 
 Constipação: 
 Diminuição de motilidade da 
musculatura lisa devido a causa 
hormonal 
A l t e r ações Resp i r a t ó r i as 
 Compressão do diafragma  aumento da 
frequência respiratória  aumento do 
metabolismo basal 
A l t e r ações Car d i o v a s cu l ar es 
 O volume sanguíneo aumenta e o coração 
bombeia mais sangue, a cada batida 
 Aumento do débito cardíaco (30-40%) – aumento 
dos batimentos cardíacos (taquicardia) 
 Pressão arterial baixa – primeiros trimestres (risco 
de desmaio) 
 Pressão arterial pode ter leve aumento (último 
trimestre) 
 Cuidado com os riscos de pré-eclâmpsia 
 Podem apresentar um sopro fisiológico 
A l t e r ações Rena i s e Ur i n ár i as 
 Excreção de 30-50% maior 
 Necessidade de urinar com frequência (devido ao 
peso do bebê) 
 Incontinência urinária 
A l t e r ações End o cr i n o l ó g i c as 
 Aumento de estrógeno e progesterona 
 A placenta produz hormônios 
 Outros hormônios também aumentam, como os 
da tireoide 
 Pode acontecer o aumento de algumas 
neoplasias malignas nesse período 
 Pode acontecer o aumento da resistência 
periférica a insulina 
A l t e r ações Hemato l ó g i ca s 
 Aumento de hemácias (18-20%), diminuição do 
hematócrito 
 Podem ter anemia fisiológica (devido menor 
número de hemácias em relação ao volume 
sanguíneo) 
 Anemia ferropriva 
 A demanda por ferro no organismo 
aumenta 
 Aumento de leucócitos e neutrófilos 
(principalmente no segundo trimestre) 
 Aumento na produção de fatores de coagulação 
(valores de TP t TTP diminuídos)  risco de 
aborto 
 Investigar se a paciente tem uma pré-
disposição a formação de trombos 
A l t e r ações Met ab ó l i c a s 
 Aumento da excreção renal 
 Deficiência de ácido fólico e ferro 
 Alterações no metabolismo hepático 
 Intolerância à glicose 
A l t e r ações A l i men t ar es 
 Mais fome 
 Açúcar 
 Náuseas e vômitos 
 Relação com o risco a cárie e erosão 
 Hiperêmese gravídica – vômitos tardios na 
gravidez (HCG) 
QUEIXAS GERAIS 
 Dores abdominais 
 Dores lombares 
 Mudanças nas curvaturas da coluna e 
acentuação da lordose lombar 
 Caibras musculares 
 Insônia 
 Estrias 
COMPLICAÇÕES GERAIS 
 Diabetes gestacional: 
 Aumento da resistência à insulina e o 
pâncreas não consegue aumentar a 
produção de insulina 
 
 
 Hipertensão: 
 Edema, pré-eclâmpsia (hipertensão 
proteinúria, edema e visão turva); 
eclampsia (convulsões e coma) 
 Infecções 
D i ab et es Ge s t a c i o n a l 
 Aumento da mortalidade da mãe e do bebê 
 Aumento da severidade da doença periodontal 
 Aumento da susceptibilidade a infecções 
 Aumento do índice de cárie 
TRATAMENTO ODONTOLÓG ICO 
Épo ca I d e a l 
 1° Trimestre: apenas tratamento de urgência e 
emergência 
 2° Trimestre: período mais tranquilo – 
principalmente Periodontia e Dentística 
 3° Trimestre: tratamento pode ser dificultado 
pelo desconforto físico 
S í n d rome d a H i po t ens ão Su p i n a 
 Risco de desmaio quando passa muito tempo na 
posição supina 
 Compressão da veia cava inferior (lado direito) 
havendo uma diminuição do suprimento 
sanguíneo) 
 Queda de pressão arterial e desmaio 
 Ocorre mais no terceiro trimestre de gestação – 
consultas curtas para evitar esse quadro 
 Pedir para a paciente ficar mais para o lado 
esquerdo para que o fluxo sanguíneo possa voltar 
ao normal 
A l t e r ações Bu ca i s 
 Gengivite: eritema gengival linear 
 Periodontite: tem um risco mais elevado a 
diabetes gestacional e ao risco de parto 
prematuro 
 Ocorrem realmente adaptações hormonais com 
consequentes alterações gengivais 
 Algumas pesquisas falam sobre o aumento dos 
níveis de progesterona, facilitando a instalação e 
a proliferação de microorganismos 
 A gengivite aparece com características 
hiperplásicas das papilas interdentais e em alguns 
casos tumores gravídicos 
 Granuloma piogênico 
 Erosão 
Comp l i c a ções Ge s t a c i o n a i s e Sa ú de Bu ca l 
 Partos prematuros < 37 semanas 
 Pré-eclâmpsia 
 Bebês de baixo peso < 2500 gramas 
 Transmissão da microbiota oral materna ao 
recém-nascido 
 Estudos comprovam que em bebês com muito 
baixo peso, 11% das mães tinham doenças 
periodontais (existem controvérsias) 
Gest an te 
1 ° T r imest r e : 
 É esperada maior acidez bucal provenientes das 
náuseas e vômitos que levam para maior 
desagregação do esmalte 
 Aumento da ingestão de alimentos em menor 
espaço de tempo; mudanças de hábitos 
alimentares; diminuição dos cuidados de higiene 
bucal 
 Alerta para mitos 
2 ° T r imest r e : 
 Entre 4-6 meses: momento oportuno para 
intervenção odontológica (período de maior 
estabilidade da gestação, pois os órgãos do bebê 
já estão praticamente formados) 
 Orientações de higiene bucal 
3° T r imest r e : 
 Fase de maior ansiedade 
 Pode haver maior desconforto do 
posicionamento na cadeira odontológica 
IMPORTANTE! 
Atendimentos de urgência e emergência precisam ser 
feitos em qualquer época. 
Grávida não pode sentir dor. 
Grávida não pode ter infecção. 
Con su l t a 
 Rápida 
 Antes dos procedimentos, checar sinais vitais 
 Paciente deve ficam bem acomodado na cadeira 
odontológica 
 Ficar atento a quadros de síncope, estimulação de 
reflexo de vômito e síndrome hipotensiva supina 
T r at amento 
 Orientação de higiene bucal 
 Trabalhar a autoestima da mãe 
 Focar um pouco nela e não só no bebê 
 Granuloma gravídico (reação irritativa a algum 
fator local) – precisa ser removido (a região é 
muito vascularizada e causa incômodos) 
 Aumento do índice de cárie (alteração na dieta); 
náuseas e vômitos; come pouco, mas várias 
vezes; dietas ricas em carboidratos 
 Em qualquer idade gestacional pode ser feito o 
tratamento odontológico 
 Cirurgias devem ser adiadas 
 Radiografias só quando extremamente necessário 
e com todas as medidas de proteção 
 As urgências visam preferivelmente o controle da 
sintomatologia dolorosa (abertura do dente e 
medicação) protelando o tratamento para uma 
fase mais conveniente 
Con d i ç ões n ecess á r i as p a r a a t er at ogen i c i d ade : 
 Quantidade de droga que alcança o feto 
 Idade gestacional 
 Duração da exposição Genótipo materno e fetal 
 Associação de drogas 
Med i c ament os 
 Considerar que quase todas as drogas 
administradas à mãe, chegam ao feto 
 Diminuir ao máximo possível o número, a dose e 
o tempo de uso dos medicamentos 
 Evitar, quando possível, o uso no 1° trimestre 
 Descontinuar medicamentos utilizados no 
período pré-conceptivo 
 Efeitos teratogênicos – abortamentos, 
malformações, crescimento retardado, 
deficiências funcionais, carcinogênese e 
mutagênese 
 Drogas com potencial teratogênico – fenitoína, 
álcool, antagonistas do ácido fólico, hormônios, 
isotritinoína, metilmercúrio e talidomida 
 Na dependência do peso molecular, da 
solubilidade em gorduras, do estado de ionização 
e das concentrações materna e fetal, 
praticamente todas as drogas conhecidas atingem 
o feto, transformadas estruturalmente, ou não, 
por enzimas placentárias 
 Insulina e heparina  não atravessam a barreira 
placentária devido ao elevado peso molecular 
Ana l g é s i c o s e a n t i - I n f l ama t ó r i o s : 
 Paracetamol – bem seguro 
 Aspirina – hemorragia pós-parto 
 Ibuprofeno – pode ser indicado com segurança, 
mas no último trimestre pode causar atraso no 
parto 
An t i b i ó t i co s : 
 Tetraciclina – não deve ser usado 
 Amoxicilina – primeira escolha 
 Azitromicina – segunda escolha 
 Clindamicina – terceira escolha 
 Metronidazol - doença periodontal 
Out ros med i c ament os : 
 Opióides – não devemos usar 
 Corticóides – prednisona em algumas situações; 
dexametazona em dose única em alguns casos 
Dro g as du r an t e a amament ação : 
 Cerca de 1-2% dos fármacos são excretados no 
leite materno 
 Fazer uso do fármaco logo após amamentar e, 
sendo possível, amamentar somente 4 horas após 
a administração da droga 
Anest és i co s Lo ca i s 
 Lidocaína – mais indicada 
 Vasoconstrictor com adrenalina por ser um 
hormônio natural, não teratogênico 
 Nome comercial: Alphacaíne da DFL 
 Novocol não é o mais indicado 
ATENÇÃO! 
Prilocaína – risco de metahemoglobinemia – risco de 
cianose fetal 
Mepivacaína – causa braquicardia no feto 
Rad i o gr af i a s 
 Radiação deve ser evitada – principalmente no 
primeiro trimestre 
 Alguns trabalhos dizem que não há nenhum risco 
 Autorização para radiografia, se necessário 
 Radiação em uma periapical – 0,00001 cGy 
 Radiação em uma exposição ao sol – 0,0004 cGy 
 Risco a causar alterações – a partir de 2cGy 
 
CONSIDERAÇÕES F INAIS 
 Algumas alterações bucais podem ocorrer no 
período da gestação, devido alterações orgânicas 
e funcionais que se estabelecem durante esse 
período 
 A gravidez não impede o tratamento 
odontológico 
 O atendimento de urgência – deverá ser realizado 
independente do estado de gestação 
 Radiografias – devem ser evitadas, quando 
possível 
 Não há necessidade de suplementação 
medicamentosa de flúor, pois a formação da 
primeira dentição começa por volta da 10° 
semana, o que implicaria a administração desde 
fases muito precoces da gestação 
 Aplicação tópica – efeito cariostático para a mãe 
 Doença periodontal – higiene bucal deve ser 
reforçada 
 Medicamentos – na dependência do peso 
molecular, da solubilidade em gorduras, do 
estado de ionização e das concentrações materna 
e fetal, praticamente todas as drogas conhecidas 
atingem o feto, transformadas ou não, por 
enzimas placentárias 
 Insulina e heparina – não atravessam a barreira 
placentária devido ao elevado peso molecular 
 Adequado exame clínico para o plano de cuidado 
 Avaliar comorbidades 
 Cuidado com o uso de medicação 
 Contato com o obstetra 
 Cuidar do bebê – orientações para o bebê 
 Cuidar da mãe

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