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Módulo de Geografia do Urbanismo

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Manual de Curso de licenciatura em Ensino 
de GEOGRAFIA – 4o ano 
Geografia do 
Urbanismo 
G0154 
Universidade Católica de Moçambique 
Centro de Ensino à Distância 
 
 
Direitos de autor (copyright) 
Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino à 
Distância (CED) e contêm reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou 
reprodução deste manual, no seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer 
meios (electrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de 
entidade editora (Universidade Católica de Moçambique  Centro de Ensino à Distância). O 
não cumprimento desta advertência é passível a processos judiciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Católica de Moçambique 
Centro de Ensino à Distância - CED 
Rua Correira de Brito No 613-Ponta-Gêa 
 
Moçambique - Beira 
Telefone: 23 32 64 05 
Cel: 82 50 18 44 0 
Fax:23 32 64 06 
E-mail:ced@ucm.ac.mz 
Website: www.ucm.ac.mz 
 
 
Agradecimentos 
A Universidade Católica de Moçambique - Centro de Ensino à Distância e o autor do presente manual, 
dr. Carlitos Conde Jofrice, gostariam de agradecer a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições 
na elaboração deste manual: 
 
Pela maquetização e revisão final Adalberto Paulino Falso Armindo 
 
 
 
 
 
 
 
Elaborado Por: dr. Carlitos Conde Jofrice 
Licenciado em Geografia
 Geografia do Urbanismo G0154 i 
 
Índice 
Visão geral 1 
Benvindo a Geografia do Urbanismo ............................................................................. 1 
Objectivos do curso ....................................................................................................... 1 
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................ 2 
Como está estruturado este módulo................................................................................ 2 
Ícones de actividade ...................................................................................................... 3 
Habilidades de estudo .................................................................................................... 3 
Precisa de apoio? ........................................................................................................... 5 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) .............................................................................. 5 
Avaliação ...................................................................................................................... 6 
Unidade I 9 
Critérios de definição de cidades ................................................................................... 9 
Introdução ............................................................................................................ 9 
Sumário ....................................................................................................................... 12 
Exercícios.................................................................................................................... 12 
Unidade II 13 
Factores de localização de cidades ............................................................................... 13 
Introdução .......................................................................................................... 13 
Sumário ....................................................................................................................... 16 
Exercícios.................................................................................................................... 16 
Unidade III 17 
Cidades na antiguidade ................................................................................................ 17 
Introdução .......................................................................................................... 17 
Sumário ....................................................................................................................... 21 
Exercícios.................................................................................................................... 22 
Unidade IV 23 
Cidade na Idade Média ................................................................................................ 23 
Introdução .......................................................................................................... 23 
Sumário ....................................................................................................................... 27 
Exercícios.................................................................................................................... 28 
Unidade V 29 
A cidade na epoca do renascimento ............................................................................. 29 
Introdução .......................................................................................................... 29 
 Geografia do Urbanismo G0154 ii 
 
Sumário ....................................................................................................................... 32 
Exercícios.................................................................................................................... 33 
Unidade VI 34 
As cidades e a revolução industrial .............................................................................. 34 
Introdução .......................................................................................................... 34 
Sumário ....................................................................................................................... 36 
Exercícios.................................................................................................................... 37 
Unidade VII 38 
O crescimento urbano .................................................................................................. 38 
Introdução .......................................................................................................... 38 
Sumário ....................................................................................................................... 89 
Exercícios.................................................................................................................... 89 
Unidade VIII 43 
As cidades do presente - A explosao urbana ................................................................ 43 
Introdução .......................................................................................................... 43 
Sumário ....................................................................................................................... 46 
Exercícios.................................................................................................................... 46 
Unidade IX 47 
As cidades do mundo de hoje - o nascimento das grandes aglomerações ...................... 47 
Introdução .......................................................................................................... 47 
Sumário ....................................................................................................................... 50 
Exercícios.................................................................................................................... 50 
Unidade X 51 
Problemas da organização do espaço urbano................................................................ 51 
Introdução .......................................................................................................... 51 
Sumário ....................................................................................................................... 54 
Exercícios.................................................................................................................... 55 
Unidade XI 56 
Morfologia urbana ....................................................................................................... 56 
Introdução ..........................................................................................................56 
Sumário ....................................................................................................................... 59 
Exercícios.................................................................................................................... 59 
Unidade XII 61 
As cidades europeias ................................................................................................... 61 
Introdução .......................................................................................................... 61 
 Geografia do Urbanismo G0154 iii 
 
Sumário ....................................................................................................................... 66 
Exercícios.................................................................................................................... 66 
Unidade XIII 67 
Cidades norte - americanas .......................................................................................... 67 
Introdução .......................................................................................................... 67 
Sumário ....................................................................................................................... 69 
Exercícios.................................................................................................................... 70 
Unidade XIV 71 
Cidades latino - americanas ......................................................................................... 71 
Introdução .......................................................................................................... 71 
Sumário ....................................................................................................................... 75 
Exercícios.................................................................................................................... 75 
Unidade XV 76 
Cidades africanas......................................................................................................... 76 
Introdução .......................................................................................................... 76 
Sumário ....................................................................................................................... 80 
Exercícios.................................................................................................................... 80 
Unidade XVI 81 
Funções urbanas .......................................................................................................... 81 
Introdução .......................................................................................................... 81 
Sumário ....................................................................................................................... 84 
Exercícios.................................................................................................................... 85 
 
Unidade XVII 86 
A organização funcional do espaço urbano .................................................................. 86 
Introdução .......................................................................................................... 86 
Sumário ....................................................................................................................... 89 
Exercícios.................................................................................................................... 89 
Unidade XVIII 90 
As áreas residenciais ................................................................................................... 90 
Introdução .......................................................................................................... 90 
Sumário ....................................................................................................................... 94 
Exercícios.................................................................................................................... 94 
Unidade XIX 96 
Tipos de cidades .......................................................................................................... 96 
Introdução .......................................................................................................... 96 
 Geografia do Urbanismo G0154 iv 
 
Sumário ..................................................................................................................... 105 
Exercícios.................................................................................................................. 106 
Unidade XX 107 
A planta funcional ..................................................................................................... 107 
Introdução ........................................................................................................ 107 
Sumário ..................................................................................................................... 110 
Exercícios.................................................................................................................. 111 
Unidade XXI 112 
A cidade, foco organizador do espaço ........................................................................ 112 
Introdução ........................................................................................................ 112 
Sumário ..................................................................................................................... 115 
Exercícios.................................................................................................................. 116 
Unidade XXII 117 
Problemas urbanos .................................................................................................... 117 
Introdução ........................................................................................................ 117 
Sumário ..................................................................................................................... 120 
Exercícios.................................................................................................................. 120 
Unidade XXIII 121 
A legislação urbana ................................................................................................... 121 
Introdução ........................................................................................................ 121 
Sumário ..................................................................................................................... 124 
Exercícios.................................................................................................................. 124 
Unidade XXIV 125 
Desenvolvimento urbano e os problemas ambientais ................................................. 125 
Introdução ........................................................................................................ 125 
Sumário ..................................................................................................................... 128 
Exercícios.................................................................................................................. 128 
 Geografia do Urbanismo G0154 1 
 
Visão geral 
Benvindo a Geografia do 
Urbanismo 
A Geografia urbana estuda as áreas urbanas (podem ser cidades ou 
vilas), e seus processos de produção do espaço urbano, ou seja, 
enquanto fenómeno geográfico, a urbanização se apresenta como 
um conjunto de processos coordenados pela acção humana e cuja 
complexidade exige grande aprofundamento dos pesquisadores 
com vista a compreender como a cidade se produz e reproduz, 
como compreender um todo ao mesmo tempo homogéneo e 
heterogéneo, como as pessoas se inserem e são inseridas neste 
espaço. 
O presente módulo contém vinte e quatro unidades à saber: 
critérios de definição de cidades, factores de localização de 
cidades, cidades na Antiguidade, a evolução das cidades a partir da 
Revolução Industrial, o crescimento urbano, morfologia urbana,cidades europeias, cidades norte americanas, cidades latino-
americanas, cidades africanas, funções urbanas, problemas urbanos, 
legislação urbana, modelos urbano e desenvolvimento urbano e os 
problemas ambientais. 
 
Objectivos do curso 
Quando terminar o estudo de Geografia do Urbanismo será capaz de: 
 
Objectivos 
 Definir o conceito cidade; 
 Conhecer os critérios de definição de cidade; 
 Conhecer a origem das cidades; 
 Explicar a evolução das cidades; 
 Geografia do Urbanismo G0154 2 
 
 Explicar funções urbanas; 
 Explicar problemas urbanos. 
 
Quem deveria estudar este 
módulo 
Este Módulo foi concebido para todos aqueles estudantes que queiram ser 
professores da disciplina de Geografia, que estão a frequentar o curso de 
Licenciatura em Ensino de Geografia, no Centro de Ensino a Distancia - 
UCM. Estendese a todos que queiram consolidar os seus conhecimentos 
sobre a Geografia do Urbanismo. 
Como está estruturado este 
módulo 
Todos os módulos dos cursos produzidos pela Universidade Católica de 
Moçambique - Centro de Ensino a Distância encontram-se estruturados 
da seguinte maneira: 
Páginas introdutórias 
 Um índice completo. 
 Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo 
os aspectos-chave que você precisa conhecer para completar o 
estudo. Recomendamos vivamente que leia esta secção com 
atenção antes de começar o seu estudo. 
Conteúdo do curso / módulo 
O curso está estruturado em unidades. Cada unidade incluirá uma 
introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade incluindo 
actividades de aprendizagem, um sumário da unidade e uma ou mais 
actividades para auto-avaliação. 
 Geografia do Urbanismo G0154 3 
 
Outros recursos 
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma 
lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos 
podem incluir livros, artigos ou sites na Internet. 
Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação 
Tarefas de avaliação para este módulo encontram-se no final de 
cada unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais 
para desenvolver as tarefas, assim como instruções para as 
completar. Estes elementos encontram-se no final do módulo. 
Comentários e sugestões 
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer 
comentários sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os 
seus comentários serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar 
este curso / módulo. 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas 
margens das folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes 
partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela 
específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança 
de actividade, etc. 
Habilidades de estudo 
Durante a formação, para facilitar a aprendizagem e alcançar 
melhores resultados, implicará empenho, dedicação e disciplina no 
estudo. Isto é, os bons resultados apenas se conseguem com 
estratégias eficazes e por isso é importante saber como estudar. 
Apresento algumas sugestões para que possa maximizar o tempo 
dedicado aos estudos: 
 Geografia do Urbanismo G0154 4 
 
Antes de organizar os seus momentos de estudo reflicta sobre o 
ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo melhor em 
casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de manhã/de 
tarde/fins-de-semana/ao longo da semana? Estudo melhor com 
música/num sítio sossegado/num sítio barulhento? Preciso de um 
intervalo de 30 em 30 minutos/de hora a hora/de duas em duas 
horas/sem interrupção? 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado 
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada ponto 
da matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando achar 
que já domina bem o anterior. É preferível saber bem algumas 
partes da matéria do que saber pouco sobre muitas partes. 
Deve evitar-se estudar muitas horas seguidas antes das avaliações, 
porque, devido à falta de tempo e consequentes ansiedade e 
insegurança, começa a ter-se dificuldades de concentração e de 
memorização para organizar toda a informação estudada. Para isso 
torna-se necessário que: Organize na sua agenda um horário onde 
define a que horas e que matérias deve estudar durante a semana; 
Face ao tempo livre que resta, deve decidir como o utilizar 
produtivamente, decidindo quanto tempo será dedicado ao estudo e 
a outras actividades. 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será 
uma necessidade para o estudo das diversas matérias que compõem 
o curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar a estruturar 
a matéria de modo que seja mais fácil identificar as partes que está a 
estudar e pode escrever conclusões, exemplos, vantagens, 
definições, datas, nomes, pode também utilizar a margem para 
colocar comentários seus relacionados com o que está a ler; a 
melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir à 
compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; Utilizar 
o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado 
desconhece; 
 Geografia do Urbanismo G0154 5 
 
Precisa de apoio? 
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra situação, o 
material impresso, lhe pode suscitar alguma dúvida (falta de clareza, 
alguns erros de natureza frásica, prováveis erros ortográficos, falta de 
clareza conteudística, etc). Nestes casos, contacte o tutor, via telefone, 
escreva uma carta participando a situação e se estiver próximo do tutor, 
contacteo pessoalmente. 
Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o 
estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o tutor, 
usando para o efeito os mecanismos apresentados acima. 
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interacção, em caso de 
problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado, numa fase 
posterior contacte o coordenador do curso e se o problema for de natureza 
geral. Contacte a direcção do CED, pelo número 825018440. 
Os contactos só se podem efectuar, nos dias úteis e nas horas normais de 
expediente. 
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, tem 
a oportunidade de interagir com todo o staff do CED, neste período pode 
apresentar duvidas, tratar questões administrativas, entre outras. 
O estudo em grupo com os colegas é uma forma a ter em conta, busque 
apoio com os colegas, discutam juntos, apoiemse mutuamente, reflictam 
sobre estratégias de superação, mas produza de forma independente o seu 
próprio saber e desenvolva suas competências. 
Tarefas (avaliação e auto-
avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e 
autoavaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é 
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues 
antes do período presencial. 
 Geografia do Urbanismo G0154 6 
 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do 
estudante. 
Os trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem ser 
dirigidos ao tutor\docentes. 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, 
contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, 
respeitando os direitos do autor. 
O plagiarismo deve ser evitado, a transcrição fiel de mais de 8 (oito) 
palavras de um autor, sem o citar é considerado plagio. A 
honestidade, humildade científica e o respeito pelos direitos 
autoriais devem marcar a realização dos trabalhos. 
Avaliação 
Você será avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e 
o período presencial (20%). A avaliação do estudante é 
regulamentada com base no chamado regulamento de avaliação. 
Os trabalhos de campo por ti desenvolvidos, durante o estudo 
individual, concorrem para os 25% do cálculo da média de 
frequência da cadeira. 
Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões 
presenciais, elesrepresentam 60%, o que adicionado aos 40% da 
média de frequência, determinam a nota final com a qual o 
estudante conclui a cadeira. 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar 2 (dois) trabalhos, 1 (um) 
teste e 1 (exame). 
Algumas actividades praticam, relatórios e reflexões serão utilizados 
como ferramentas de avaliação formativa. 
 Geografia do Urbanismo G0154 7 
 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de 
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as 
recomendações, a identificação das referências utilizadas, o respeito 
pelos direitos do autor, entre outros. 
Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no manual. 
Consulteos. 
 
 Geografia do Urbanismo G0154 9 
 
Unidade I 
Critérios de definição de cidades 
Introdução 
O progresso científico, industrial e tecnológico da humanidade foi 
tão grande nos últimos anos que o homem terminou por criar dois 
mundos acentuadamente diferentes: o mundo rural e o mundo 
urbano. 
O primeiro é aquele onde o homem se acha mais próximo da 
natureza, cultivando a terra e levando uma vida mais simples. O 
segundo é aquele onde o homem produziu maiores transformações, 
é o mundo das indústrias, dos grandes edifícios, das ruas 
movimentadas, dos laboratórios, grandes universidades e centros 
tecnológicos. Enfim, é o mundo onde as transformações são mais 
rápidas e a vida muito agitada, o mundo urbano. 
 
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de: 
 
Objectivos 
 
 
 
 Definir cidade; 
 Conhecer os critérios de definição de cidade; 
 Diferenciar os critérios de definição de cidade. 
 Geografia do Urbanismo G0154 10 
 
Cidade é uma área urbanizada, que se diferencia de vilas e outras 
entidades urbanas através de vários critérios, os quais incluem 
população, densidade populacional ou estatuto legal, embora sua 
clara definição não seja precisa, sendo alvo de discussões diversas. 
O termo “cidade” é geralmente utilizado para designar uma dada 
entidade político-administrativa urbanizada. 
A cidade é um centro de relações e de decisões, é um núcleo 
aglutinador de população, onde se trocam produtos, onde se 
difundem ideias e onde se reúnem actividades diferenciadas 
(comércio, serviços, actividades industriais, etc.). 
 Sítio urbano é o local onde a cidade nasceu e se desenvolveu, o 
“assoalho” da cidade. 
A fisionomia da cidade, isto é, a sua forma ou traçado, decorre das 
características do sítio. 
Situação urbana é a posição que a cidade ocupa em relação aos 
factos naturais da sua região que pode ser um rio, uma jazida 
mineira, o mar, cruzamento de rotas terrestres, etc. 
Critérios de definição de cidade 
Embora seja difícil dar uma definição universal de cidade de modo 
que seja aceite por todos, há critérios comuns que servem de base à 
sua definição, apesar de variarem no seu conteúdo. 
Os principais critérios a ter em conta na definição da cidade são: 
1.Critério Numérico/Estatístico – refere-se ao número de 
habitantes do aglomerado da população. Este critério não é 
suficiente porque cada País dá o nome de cidade para aglomerada 
com efectivos das populações diferentes. Ex. França 250hab, 
Áustria 5.000hab, China 10.000hab, mas não é cidade. 
2.Critério demográfico: 
 Têm em conta um determinado valor de habitantes ou de 
densidade populacional. 
 Geografia do Urbanismo G0154 11 
 
Não há dúvidas que para chamar “cidade” a um centro 
populacional deve ai residir um número mínimo de habitantes. Este 
número é tão variável de país para país, sendo impossível chegar a 
um consenso. Assim, na Dinamarca basta 250 habitantes 
concentrados para se obter o estatuto de cidade; EUA - 2500 
habitantes; Áustria -5000 habitantes; Grécia – 1000 habitantes; 
Japão – 30000 habitantes; Portugal – 10000 habitantes, a partir de 
1960. As Nações Unidas, por exemplo, considera uma cidade 
somente áreas urbanizadas que possuam mais de 20 mil habitantes 
Assim, as cidades que crescem em altura apresentam uma 
densidade populacional muito superior que as cidades que crescem 
em superfície. 
Ex; cidades como Nova Yorque, Moscovo, São Paulo, e outras, 
apresentam uma densidade de 50000 habitantes/Km², outras não 
ultrapassam os 10000 ou mesmo 1000 habitantes/Km². 
Nos “países novos”, onde há espaço disponível, as cidades 
estendem-se à vontade pelas superfícies, predominando vivendas 
uni - familiares de um só piso. 
3. Critérios funcional: 
Têm por base o tipo de actividades (sector secundário e terciários) 
e funções existentes na cidade. 
O conceito população activa residente num aglomerado urbano 
pode servir para definir cidade, mas este também não obtém um 
consenso universal. 
Nos países desenvolvidos, apenas os sectores secundários e 
terciários devem prevalecer, enquanto o sector primário nunca deve 
ultrapassar 25% da população activa residente. Se a percentagem 
ultrapassar este valor deverá ser considerado um aglomerado rural. 
Nos países em vias de desenvolvimento, com 80% ou mais de 
activos no sector primário, as cidades albergam elevada 
percentagem de efectivos agrícolas. 
 Geografia do Urbanismo G0154 12 
 
4. Critérios morfológicos: têm em conta o tipo de edifícios, a 
densidade de tráfego e vias de comunicação. 
Sumário 
Como se conclui, há uma grande dificuldade em uniformizar 
critérios para a definição universal de cidade. Sendo assim, é 
preferível aceitar a definição local e seguir os critérios adoptados 
individualmente. 
Em suma, cidade é uma aglomeração importante, organizada pela 
vida colectiva e onde que certa percentagem da população não vive 
de agricultura. 
As cidades apresentam as seguintes características: 
- As cidades constituem importantes aglomerados populacionais; 
- Maiorias dos seus habitantes dedicam – se às actividades do 
sector secundário e terciário; 
- Dado a não produção de todos alimentos, o comércio torna – se 
necessário e intenso nas cidades, etc. 
Exercícios 
1. Defina cidade. 
2. O estudo das cidades e das populações são cada vez mais 
importantes. Explique porquê. 
 
3. Explica em que medida a actividade económica e o modo de 
vida da população não só estão inter – relacionados como 
também são aspectos importantes relacionados com a definição 
de cidades. 
 
4. Explica por que razão é difícil definir cidade através de uma 
definição única e universal. 
N.B Entregar todos os exercícios 
 Geografia do Urbanismo G0154 13 
 
Unidade II 
Factores de localização de 
cidades 
Introdução 
As causas do aparecimento dos aglomerados urbanos desde o 
período neolítico até às megalópolis de hoje são tão complexas que 
é difícil, se não impossível, determinar ao certo os factores que 
deram origem à actual cidade. 
Que causas estiveram na efémera existência de cidades poderosas e 
ricas de outrora, como Cartago, Babilónia, as cidades dos Maias e 
dos Incas, que ficaram para a história? 
 
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de: 
 
Objectivos 
 
 
 
 Mencione os factores de localização das cidades; 
 Explicar a influência dos factores na localização das 
cidades; 
 Diferenciar os factores de localização das cidades. 
 
Desenvolvimento do tema 
De entre vários factores que podem explicar a localização de 
muitas cidades, podemos destacar os seguintes: 
Vias de comunicação 
No passado, pequenas aldeias surgiram ao longo da costa marítima, 
de um rio, cruzamento de estradas, caminhos-de-ferro, com 
facilidade de acesso e de trocas comerciais. Estas aldeias foram-se 
 Geografia do Urbanismo G0154 14 
 
expandindo ao longo dos séculos XVI a XIX e hoje tornaram-se em 
cidades importantes. 
Ex: Londres, Roterdão, entre outras. 
 
Comércio 
Durante a Idade Média realizavam-se muitas feiras em locais 
previamente determinados. A poucoe pouco muitas dessas feiras 
foram adquirindo importância e conduziram à fixação de 
populações até então flutuante e que ia aumentando até se criar um 
centro urbano. 
Ex: Frankfurt, Bruxelas, etc. 
 
Indústria 
As indústrias, pólos de atracção de mão-de-obra de outras 
indústrias subsidiárias, de serviços diversificados (bancos, seguros, 
comércio, transportes, etc.) dão origem a cidades importantes. 
É o caso das modernas cidades da Europa Ocidental como 
Manheim, Rhur, Novosibirisk (Ásia), etc. Muitas outras cidades se 
devem à riqueza do subsolo em metais preciosos, como ouro e 
diamante, caso das cidades do Canadá (Dawson), E.U.A, África do 
Sul e Austrália, onde pequenas barracas que formavam pequenas 
aldeias, evoluíram para grandes cidades com milhares de 
habitantes. 
 
Turismo, saúde, desporto e férias 
Boas condições climáticas, águas minero-medicinais, boas praias, 
locais propícios para a prática de desporto, podem estar na origem 
de muitos centros urbanos. 
Ex: Caldas da rainha, Figueira da Foz, Côte D´azun, Grenoble 
(França), etc. 
 
 
 
 Geografia do Urbanismo G0154 15 
 
Político 
Muitas cidades surgem por simples vontade dos governantes, são 
inteiramente planeadas e criadas para satisfazer um desejo, uma 
necessidade, uma conveniência política. 
Ex: a capital da Espanha, Madrid foi criada por Filipe II, a fim de 
colocar a capital no centro geométrico da península. Leninegrado 
(pretrogrado = S. Petersburgo) foi criada por Pedro o Grande, com 
a finalidade de abrir uma “janela” para o Ocidente. Versalhes existe 
por vontade de Luís XIV para ali passar as férias. Brasília, capital 
do Brasil, inaugurada em 1960, ergueu-se no interior do país com o 
propósito de descongestionar o litoral e desenvolver o interior. 
 
Defesa 
Durante todos os períodos da história os governantes tinham que se 
defender dos invasores, construindo castelos ou muralhas, que 
passavam a ser o refúgio das populações vizinhas quando do ataque 
do inimigo. 
Com o evoluir dos tempos estes refúgios localizados em pontos 
estratégicos e de preferência pontos elevados, começaram a 
desenvolver-se e hoje estão transformados em cidades. 
Ex; Leiria, Guarda, Bragança (Portugal); Toledo (Espanha); Roma, 
etc. 
 
Cultural 
Ao longo da Idade Média, pequenas aldeias e mesmo locais 
despovoados recebiam convento, abadias ou instalação do ensino 
universitário. Estes locais eram grandes focos de atracção cultural, 
chamando a si grandes mestres, artífices e a consequente actividade 
comercial que lentamente, com as populações que ai chegavam, se 
foram expandindo e tornando cada vez mais importante. 
Ex: Coimbra, Alcobaça, Salamanca, Oxford, Cambridge, entre 
outras. 
 
 Geografia do Urbanismo G0154 16 
 
Religioso 
Um local com aparição, um mosteiro, uma catedral, um santuário, 
atraem milhares de peregrinos que ali se deslocam para venerar o 
seu santo ou implorar uma graça. 
Começam a surgir as casas para o descanso dos peregrinos e o 
comércio e, com a evolução, surge um aglomerado, mais tarde uma 
cidade. 
Ex: Lurdes, Santiago de Compostela, Jerusalém, Meca, Benares, 
Fátima, etc. 
 
Sumário 
A actual localização dos centros urbanos é justificada por 
determinados factores como vias de comunicação, comércio, 
turismo, defesa, cultural e religioso. 
Exercícios 
1. Mencione os factores que influenciam a localização das 
cidades. 
2. Mencione 3 cidades que surgiram como resultado de vontade 
política. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Geografia do Urbanismo G0154 17 
 
Unidade III 
Cidades na antiguidade 
Introdução 
A cidade, sendo um produto humano, reflecte a cultura do homem, 
o seu passado e o seu presente, pois acompanha a sua evolução no 
tempo e no espaço. A cidade é fruto da sedentarização e da vida em 
comunidade. Por outro lado, ela nasce com a especialização e 
divisão do trabalho. 
 
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 
 
 Explicar origem e difusão das cidades no mundo; 
 Identificar e localizar onde surgiram as primeiras cidades 
 Descrever as causas que justificam o surgimento da 
primeira cidade; 
 Identificar principais características que marcaram a cidade 
na antiguidade. 
 
As primeiras cidades 
Segundo (Leite: 1989), a sociedade urbana começaram a aparecer 
com a revolução agrícola do Neolítico, que garantiu a passagem do 
nomadismo á sedentarismo. Onde aglomerações de chocas e 
cabanas eram primeiros estabelecimentos permanentes, os 
aglomerados transformaram – se rapidamente dado o excedente 
agrícola. A aldeia torna – se mercado e foi crescendo e algumas 
tornam – se cidade quando desenvolveram o artesanato. 
 Geografia do Urbanismo G0154 18 
 
A cidade mais antiga do Mundo parece ser “Jericó”, na Palestina, 
as casas eram feitas de tijolos confeccionados á mão e recobertos 
de uma camada espessa. 
A revolução urbana desenvolveu – se na Palestina, na Mesopotâmia 
e no Vale do Rio Nilo, Região do Crescente Fértil. A partir desta 
região a civilização urbana estendeu – se para Oeste e Leste até ao 
Vale do Indo. 
 
A cidade é a consequência da especialização de actividades do 
meio rural. E cada época histórica vai corresponder sempre uma 
geração de cidades que vai dominar o espaço rural vizinho. 
Lentamente, a vida urbana foi – se afirmando no Mediterrâneo 
Oriental, a saber: 
- No século VI, a.C. Babilónia era grande cidade com 
aproximadamente 80.000 pessoas; 
- As cidades litorais da Fenícia – Biblos, Sidon e Tiro, 
desenvolveram – se pelos entrepostos comerciais e com a cidade de 
Mesopotâmia; 
 
- No vale do rio Indo (3000 anos a.C.) – cidade Mohenjo – Daro; 
- No Mediterrâneo Oriental (3º milénio a.C.), cidade de Knossos 
(em Creta), Troia (na Ásia Menor) e Micena (Grécia Continental); 
- No séc. V a.C. cidade de Atenas com 100.000 – 150.000 pessoas. 
E esta Cidade - Estado aparece com novos elementos como 
edifícios públicos, comerciais, político – administrativo e 
económico. 
 
Com a decadência da Grécia, o Império Romano evoluiu com 
construções de cidades de forma descontínuo e sem ordem. A 
Europa sofreu a influência de Roma que impõe a vida urbana. 
Fundaram – se as cidades da Gália, do Vale do Reno, da Inglaterra, 
da península Ibérica e o comércio de produtos (artesanato e 
agrícola) aumentaram. 
 Geografia do Urbanismo G0154 19 
 
 
No período romano, a cidade de Roma atinge o seu máximo 
desenvolvimento no séc. II d.C, albergando mais de 1milhão de 
habitantes e é considerada como o primeiro exemplo de “caos 
urbano”. 
 
Mas a partir do séc.V a vida urbana entra em decadência com o 
declínio do Império Romano. 
 
A localização geográfica de várias cidades teve grande influência 
no decorrer da história. Algumas cidades devem a sua existência 
graças à sua proximidade com meios de transportes tais como 
ferroviários, rodoviários, portos e/ou aeroportos. 
O outro factor que se tomava em consideração no surgimento da 
cidade era protecção de eventuais guerras. A grande maioria das 
cidades antigas eram cercadas por muralhas e algumas 
localizavam-se em zonas de difícil acesso. 
Durante a pré-história, os homens eram primariamente nómadas, 
movimentando-se de uma região para outra constantemente, em 
busca de água e alimentos. 
 
Entre 13 a 10 mil anos atrás, várias civilizações começaram a 
dominar a técnica de agricultura e da pecuária, tendo passado a 
estabelecer-se em regiões de forma permanente criando, assim as 
primeiras vilas, regra geral em torno dos rios e lagos, dada a 
necessidade de irrigação. 
 
A grande maioria dos habitantes de vilas neolíticas trabalhava na 
agricultura e na criação de animais. 
 
A organização destas vilas neolíticas era simples, e não havia 
líderes. A pequena população destas vilas, quase nunca acima de 
mil pessoas, permitia aos habitantes tomar decisões em conjunto. 
 Geografia doUrbanismo G0154 20 
 
Entre 8000 a.C e 3500 a. C, algumas destas neolíticas haviam 
prosperado, tendo evoluído em pequenas áreas urbanas com alguns 
milhares de habitantes. 
 
Organização 
A maioria das cidades da antiguidade não possuíam mais do que 10 
mil habitantes e não tinha mais que 1 km². Porém, algumas delas 
eram muito maiores em termos populacionais e territoriais. Ex; 
Atenas, no seu apogeu, tinha uma população estimada entre 200 a 
300 mil habitantes, espremidos em 10 km². 
Roma, durante o apogeu do Império Romano, no séc. I e II, tinha 
mais de 1 milhão de habitantes e é considerada por muitos como a 
primeira e única cidade a superar os um milhão de habitantes até ao 
início da Revolução Industrial. 
O crescimento populacional nestas cidades começou a criar sérios 
problemas, em relação ao saneamento básico. A colecta de lixo nas 
ruas era inexistente na maior parte das cidades. 
Como consequência, as doenças eram muito comuns na época, e a 
taxa de mortalidade era alta. Este problema era agravado com 
chuvas que inundavam as casas. 
As cidades romanas, em especial, se destacaram por suas ruas 
pavimentadas e seus avançados sistemas de saneamento que não 
seriam ultrapassados em escala e tecnologia até séc. XIX. 
 
Administração 
À medida que antigas vilas rurais cresciam e tornavam-se cidades, 
maior organização passou a ser necessária. Sistemas 
governamentais foram criados. 
Estes eram responsáveis pelo fornecimento de serviços tais como 
tais como construção de estruturas como muralhas, templos, 
centros de entretenimento populares, a organização do comércio, 
criação de leis e da defesa da cidade contra ataques inimigos. 
 Geografia do Urbanismo G0154 21 
 
Geralmente, as cidades eram governadas por cidadãos de elite. 
Estes cidadãos actuavam em nome do imperador da qual a cidade 
fazia parte. Os administradores das cidades passaram a cobrar 
impostos. 
 
Economia 
Inicialmente, as vilas neolíticas e pequenas cidades dependiam 
basicamente da agricultura. A medida que novos e melhores 
métodos de cultivo e domesticação de animais surgiram, mais 
pessoas deixara de trabalhar na agricultura e passaram a dedicar-se 
a outras actividades como o artesanato e o comércio. 
 
Sumário 
A sociedade urbana começou a aparecer com a revolução agrícola 
do Neolítico, que garantiu a passagem do nomadismo á 
sedentarismo. Os aglomerados transformaram – se rapidamente 
dado o excedente agrícola. A aldeia torna – se mercado e foi 
crescendo e algumas tornam – se cidade quando desenvolveram o 
artesanato. 
A cidade mais antiga do Mundo parece ser “Jericó”, na Palestina. 
A revolução urbana desenvolveu – se na Palestina, na Mesopotâmia 
e no Vale do Rio Nilo, Região do Crescente Fértil. A partir desta 
região a civilização urbana estendeu – se para Oeste e Leste até ao 
Vale do Indo. 
 
A cidade é a consequência da especialização de actividades do 
meio rural. E cada época histórica vai corresponder sempre uma 
geração de cidades que vai dominar o espaço rural vizinho. 
. 
 
 Geografia do Urbanismo G0154 22 
 
Exercícios 
1. Onde teria surgido a primeira cidade do mundo? 
2. Qual é a cidade mais antiga do mundo e onde se localiza? 
3. Quais são os factores que deram origem o surgimento das 
cidades na Antiguidade? 
4. A cidade é uma consequência da especialização do meio rural. 
Comente. 
N.B. Entregar todos exercícios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Geografia do Urbanismo G0154 23 
 
Unidade IV 
 Cidade na Idade Média 
Introdução 
Ao longo da Idade Média, principalmente no séc. XI e XII, a 
indústria artesanal, o comércio e os transportes, desenvolveram o 
povoamento urbano europeu, tendo como núcleo o castelo feudal. 
 
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 
 
 Caracterizar as cidades da Idade Média; 
 Explicar como eram administradas as cidades; 
 Mencionar principais actividades económicas desenvolvidas 
na época; 
Por volta do séc. X, com novo sistema social e económico, o 
Feudalismo, voltaram – se a estabelecer relações de trocas e 
construíram – se cidades. Só no séc.. XI e XII o povoamento 
Europeu conhece um novo impulso. 
Após o declínio ou ruína das cidades antigas, devido a guerras e/ou 
invasões, assiste-se a um renascer da cidade no período medieval. 
Para tal facto contribuíram especialmente, três factores: 
 Expansão económica; 
 Concentração do poder político; 
 Necessidade de defesa. 
As cidades europeias da Idade Média mudaram muito em relação 
às cidades da Antiguidade. 
 Geografia do Urbanismo G0154 24 
 
 As cidades na Idade Média desenvolveram-se a partir de um 
núcleo primitivo, muitas vezes um mosteiro, igreja ou castelo, que 
frequentemente constituía o foco difusor do aglomerado. 
A cidade vai-se desenvolver em volta desse núcleo primitivo, 
segundo anéis concêntricos, acabando por aglutinar os burgos 
situados fora das muralhas. 
Este surto urbano, muito intenso no século XIII, é resultado de um 
período de prosperidade económica com consequente aumento 
demográfico. 
 
Organização 
As cidades europeias eram menores que as cidades romanas, não 
possuíam mais que 1 Km². A população destas cidades também era 
pequena. 
A maior cidade do continente durante as primeiras décadas da 
Idade Média foi Veneza, com seus 70 mil habitantes, que 
cresceram para os 1000 em 1200. Entretanto, Londres tornaria a 
maior cidade europeia no Renascimento. 
Em outros continentes, existiam também cidades com maiores 
dimensões, são os casos das cidades de Hangzhou e Shangzhou, 
ambas na China com 320 a 250 mil habitantes respectivamente. 
Já no continente americano, a cidade de Tenochtitlán, capital do 
antigo império Asteca, tinha uma população estimada entre 60 a 
130 mil habitantes. 
Nas cidades da Europa Ocidental, a Igreja Católica Romana teve 
grande influência na arquitectura e organização destas áreas 
urbanas. As cidades dispunham de uma igreja, que era geralmente a 
estrutura mais alta e cara da cidade, construída sob os padrões do 
estilo gótico, no centro da cidade. Edifícios governamentais e as 
casas da elite localizavam-se próximos à igreja, e a classe pobre, 
próximo às muralhas. 
 Geografia do Urbanismo G0154 25 
 
As muralhas da limitavam o espaço das cidades medievais. Prédios 
de três a seis andarem passou a ser construído para resolver o 
problema de falta espaço. 
Quando a população da cidade crescia, a solução era a expansão 
das muralhas via demolição e reconstrução ou simplesmente deixar 
as muralhas e construir novas cidades nas proximidades. 
As grandes cidades da Europa Ocidental como Veneza, Florença, 
Paris e Londres, atraiam pessoas de várias etnias que se instalavam 
em bairros. Muitos destes bairros eram cidades em miniatura, com 
seus próprios mercados, reservatórios de água, igrejas ou 
sinagogas. Isto limitou conflitos entre pessoas de diferentes etnias e 
religiões, porém, também limitou a difusão cultural. Alguns 
bairros, chamados de guetos eram usados para abrigar pessoas 
consideradas indesejáveis, tais como judeus, por exemplo. 
 
Cidades no domínio árabe 
Os árabes fundaram grandes cidades, dado que a sua expansão se 
processou por territórios já urbanizados como Damasco, Jerusalém, 
Alexandria, etc. 
Os árabes fundaram cidades que vieram a ser importantes, 
especialmente entre os séculos VIII e IX (Bagdade, Samar-canda, 
Cairo, Fez, Maraaqueche). 
As cidades árabes têm a particularidade de serem homogéneas e 
portanto muito semelhantes entre si. Cerca do ano 1100, existiam 
na Espanha Muçulmana pelo menos oito cidades, como Córdova, 
Granada, Toledo, Almeria, Maiorca, Saragoça, Málaga e Valência. 
Todas as cidades islâmicas eram cercadas por muralhas com ruas 
muito estreitas, tortuosas e labirínticas, acabando muitas vezes em 
becos sem saída. No conjunto, constituem plantas extremamentecomplexas e irregulares. 
 
 
 
 Geografia do Urbanismo G0154 26 
 
A administração 
Na Europa Ocidental, o feudalismo desenvolveu-se ao longo dos 
primeiros séculos da Idade Média. Reinos continuaram a existir, 
porém, estes estavam divididos em várias secções chamados 
feudos. 
 
As cidades continuaram a fazer parte de um dado país, mas o rei 
deste reino tinha o controle apenas sob as áreas que eram de sua 
propriedade. Isto diminuiu muito o poder destes reis. Uma dada 
cidade era na realidade governada pelo dono, que podia ser um 
senhor feudal ou um bispo, membro da igreja católica. 
 
No séc. XI, com o crescimento da população e do comércio, a 
burguesia em crescimento nestas cidades, começou a ressentir o 
forte controle dos senhores feudais nas cidades. 
 
Em várias cidades, a burguesia lutou contra os senhores feudais 
pelo direito da administração da cidade. Em algumas, esta luta foi 
bem-sucedida com a adopção do sistema de eleição de cônsules que 
governavam as cidades. 
 
Este sistema de eleição de cônsules criou maior grau de autonomia 
e independência as cidades, onde os cidadãos criavam leis e 
nomeavam seus oficiais. 
 
Entre o séc. XIV e XV, os governos dos reinos da Europa 
Ocidental passaram gradualmente a se solidificar e a defender 
interesses da nova classe, a burguesa. 
 
Economia 
 Na Europa medieval, o sistema económico baseava-se na posse de 
terra, onde os vassalos trabalhavam em troca de protecção. Este 
sistema entrou em declínio no séc. X. 
 Geografia do Urbanismo G0154 27 
 
Os vassalos que antes trabalhavam para o senhor feudal, migraram 
para as cidades onde se tornaram em artesãos, pequenos 
mercadores, vendendo directamente os seus produtos nos mercados 
das cidades. 
 
Artesãos, auxiliados por avanços tecnológicos e pela invenção da 
pólvora, barril e outros, conseguiram criar e vender cada vez mais 
produtos em um dado espaço de tempo. Estes artesãos a pouco e 
pouco foram-se tornando na classe média. 
Sumário 
As cidades na Idade Média desenvolveram-se, regra geral, em volta 
das grandes muralhas. Os edifícios eram construídos sob padrões 
do estilo gótico, resultado da grande influência da igreja católica na 
época. 
Na idade média desenvolveram – se antigas e criaram – se novas 
cidades que eram de pequenas dimensões, havendo só 12 cidades 
com população entre 50.000 e 150.000hab. As cidades mais 
populosas eram Milão, París, Veneza, Florença, Gand e Bruges. E 
pelo crescimento da actividade comercial e também porque 
adquiriram personalidade legal que estava acima dos seus 
membros. Era uma comuna de personalidade jurídica e 
independente. 
 
 As remotas cidades foram transformadas na morfologia pela 
abertura de grandes avenidas em linha recta com as casas bem 
alinhadas, de fachadas regulares e loteamento 2º plano 
geométricos, percurssores de novos bairros. Estas reformas 
conduziram a uma planificação rádio concêntrica em París, 
Londres, Moscovo e noutras capitais europeia. Mas é, no entanto, 
nas cidades planeadas de novo que se afirma esta concepção do 
traçado das ruas e avenidas. 
 Geografia do Urbanismo G0154 28 
 
 
Exercícios 
1. Caracteriza as cidades da Idade Média. 
2. Porquê se afirma que as cidades da Idade Média eram 
radio-concêntricas? 
3. Indica os mais antigos focos de civilização urbana. 
4. Refere as cidades mais importantes do Crescente Fértil 
5. Indica e justifica que etapa considera ser mais responsável 
pelo crescimento urbano da actualidade. 
N.B. Entregar todos exercícios desta unidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Geografia do Urbanismo G0154 29 
 
Unidade V 
 Cidade na época do 
renascimento 
 
Introdução 
Ao longo da Idade do renascimento, principalmente no séc. XVI, 
foi um marco importante na história da expansão urbana. os 
descobrimentos e a expansão para novas terras permitiram a 
espanhóis, ingleses, franceses e sobretudo portugueses construíram 
cidades na costa africana, no oriente e na América. Sempre a partir 
do litoral as cidades difundiram – se para o interior dos continentes. 
 
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de: 
 
Objectivos 
 
 
 
 Caracterizar as cidades da Idade do renascimento; 
 Explicar as características das cidades; 
 Mencionar principais actividades económicas desenvolvidas 
na época; 
 
Época de Renascimento 
 O séc. XVI foi um marco fundamental na história da expansão 
urbana. Os descobrimentos e expansão para novas terras 
permitiram os europeus construir cidades na costa africana, no 
Oriente e na americana. E do litoral difundiram – se para o interior 
dos Continentes. 
 
 Geografia do Urbanismo G0154 30 
 
Por toda a Europa novas ideias sobre arquitectura surgiram e 
transformaram – se as cidades. As cidades do renascimento 
apareceram com novos aspectos arquitécnicos, edifícios 
monumentais, palácios e novos planos de urbanização. Foram os 
arquitectos italianos que dão novas formas á arquitetura e ao 
planeamento urbano em que ponham em evidência a arte, o fácil 
acesso e o aperfeiçoamento das muralhas e fortificações que 
rodeavam as cidades. 
 
As cidades antigas foram transformadas na morfologia pela 
abertura de grandes avenidas em linha recta com as casas bem 
alinhadas, de fachadas regulares e loteamento 2º plano 
geométricos, percursores de novos bairros. 
 
Estas reformas conduziram a uma planificação rádio concêntrica 
em Páris, Londres, Moscovo e noutras capitais europeias. Mas é, no 
entanto, nas cidades planeadas de novo que se afirma esta 
concepção do traçado das ruas e avenidas. É, por isso, que cidades 
como Palma Nuova, nascidas no momento oportuno e como 
consequência de uma necessidade militar, adquirem a nova 
planificação. 
 
Em 539, poe – se a 1ª pedra de Palma Nuova; a cidade é um 
poligno de nove lados, tendo no centro uma praça hexagonal de 
onde saem três ruas principais em direcção às três portas da cidade. 
As outras ruas radiais não vão ter à praça central, mas sim ao 
primeiro anel concêntrico: o esquema é completado por outros 
anéis. Os árabes fundaram, também, cidades novas, puramente 
islâmicas, como Bagdade, Samarcanda, Cairo, Fez, Marraqueche, 
etc. 
 
 Geografia do Urbanismo G0154 31 
 
Desde o Norte de África ate ao Golfo Pérsico e à India as cidades 
muçulmanas apresentam características semelhantes e próprias que 
não se parecem nada com as outras civilizações. 
A maneira de ser dos árabes, os seus conceitos religiosos e o seu 
espirito guerreiro marcaram profundamente todas as cidades sob o 
seu domínio. As sucessivas destruições e reconstruções do espaço 
urbano deram um aspecto uniforme às cidades conquistadas, e uma 
característica idêntica às das cidades construídas e concebidas de 
novo. 
 
A cidade muçulmana com o seu casario compacto, os seus terraços, 
os seus pátios (únicos espaços abertos), as suas ruelas tortuosas e 
insignificantes, aparece como algo próprio e inconfundível – a 
cidade tem um caracter privado e secreto. É uma cidade secreta, 
porque não se vê, não se exibe, não procura a monumentalidade, as 
grandes praças ou as grandes avenidas. A rua pequena e estrita 
perde todo o seu valor estrutural, num emaranhado caótico e sem 
plano. Os sucessivos becos e esquinas mostram o interesse pelo 
individual e o culto do privado. Fechadas por uma ou mais voltadas 
de muralha possuíam um núcleo interno, chamado Medina, onde 
se encontrava a mesquita e as ruas comerciais. Vinham a seguir, os 
bairros residenciais e por último, os bairros dos arrabaldes que se 
encontravam fora do recinto da Medina e onde se agrupavam rua e 
a população segundo os modos de vida e os ofícios; cada grupo 
social possuía os bairros distinto. 
 
Esta estrutura original das cidades muçulmanas conservou – se ate 
época moderna nos seus núcleos antigos parece que o tempo parou. 
E no entanto, a ambição da monumentalidadena construção das 
cidades, que marca transformações renascentistas. Deste modo, a 
arquitectura da Renascença realiza seu ideal de proporção e de 
regularidade em alguns edifícios, praças isoladas, mas sim 
transforma uma cidade inteira. 
 Geografia do Urbanismo G0154 32 
 
 
As novas cidades de colonização seguem um modelo uniforme: um 
tabuleiro de ruas rectelineas, que definem uma serie de quarteirões 
iguais, quase sempre quadrados: no centro da cidade a praça 
principal onde se situa a igreja, o paco municipal, as casa dos 
mercadores e dos colonos mais ricos. 
Os colonizadores europeus quando estabeleciam uma cidade nova 
davam – lhe os aspectos particulares da sua própria cultura. Os 
espanhóis no México e no Perú encontraram grandes cidades 
indígenas, como Tenochtitlan (que se tornara cidade do México) e 
Cuzco, que transformam segundo as suas necessidades. Destroem 
os conjuntos habitacionais originais e obrigam as do planalto 
espanhol. 
 
São, no entanto, as cidades coloniais norte – americanas as 
realizações urbanísticas mais importantes dos seculos XVII e 
XVIII. O modelo em tabuleiro, idealizado pelos espanhóis foi 
aplicado por franceses e ingleses. Por exemplo, aplicou – se à 
construção de Washington a concepção da nova planta radio – 
concêntrica: as ruas principais traçaram – se em forma de raios e 
diagonais, tal como se fazia na europa, mas sobre um plano 
ortogonal típico das cidades novas de colonização. 
 
Sumário 
Os descobrimentos e expansão para novas terras permitiram os 
europeus construir cidades na costa africana, no Oriente e na 
americana. E do litoral difundiram – se para o interior dos 
Continentes. 
 
 As cidades antigas foram transformadas na morfologia pela 
abertura de grandes avenidas em linha recta com as casas bem 
 Geografia do Urbanismo G0154 33 
 
alinhadas, de fachadas regulares e loteamento 2º plano 
geométricos, percursores de novos bairros. Estas reformas 
conduziram a uma planificação rádio concêntrica em Páris, 
Londres, Moscovo e noutras capitais europeias. 
 
Desde o Norte de África ate ao Golfo Pérsico e à India as cidades 
muçulmanas apresentam características semelhantes e próprias que 
não se parecem nada com as outras civilizações. 
 
A maneira de ser dos árabes, os seus conceitos religiosos e o seu 
espirito guerreiro marcaram profundamente todas as cidades sob o 
seu domínio. As sucessivas destruições e reconstruções do espaço 
urbano deram um aspecto uniforme às cidades conquistadas, e uma 
característica idêntica às das cidades construídas e concebidas de 
novo. 
 
 
Exercícios 
1. Caracterize as cidades na época do renascimento. 
2. Refira as plantas que tiveram na origem das reformas nas 
cidades europeias. 
3. Fale das reformas ocorridas nas cidades muçulmanas. 
4. Fale das reformas ocorridas nas cidades africanas. 
N.B. Entregar todos os exercicios 
 
 Geografia do Urbanismo G0154 34 
 
Unidade VI 
As cidades e a Revolução 
Industrial 
Introdução 
Com o Renascimento, as cidades europeias e a vida urbana, não 
havia mudado muito. Foi no séc. XVIII, com a Revolução 
Industrial, que a vida urbana mudou radicalmente na Europa. 
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de: 
 
Objectivos 
 
 
 Explicar o impacto da Revolução Industrial do 
desenvolvimento das cidades; 
 Caracterizar as cidades a partir do séc. XVIII; 
 Identificar as fases de evolução das cidades modernas. 
 
As cidades e a revolução industrial 
As diversas modificações técnicas, tecnológica, sócio – económica 
que teve base na revolução industrial impulsionaram profundas 
mudanças na dimensão das cidades, na população que ai residia, no 
ritmo de urbanização. Como consequência do aumento das 
unidades de produção, o que exigiu a concentração de grandes 
massas de trabalhadores, novas cidades industriais apareceram. A 
acrescentar a este factor terá uma serie de causas que se relacionam 
todas entre si; uma delas foi o progresso agrário ligado a passagem 
de uma agricultura de substência para uma agricultura quase 
exclusivamente comercial. 
 
O desenvolvimento das cidades e dos campos ficou a dever – se ao 
progresso das indústrias, do mercantilismo e dos transportes. Neste 
sentido, o avanço mais significante produziu – se na Grã – 
 Geografia do Urbanismo G0154 35 
 
Bretanha com a utilização dos canais, com vista a facilitar o trafico 
de mercadorias e, ao mesmo tempo, assistiu – se, também, ao 
desenvolvimento de estradas com vista a facilitar o transito de 
pessoas e de produtos. Isto permitiu a indústria pesada se 
concentrasse em cidades especializadas pois as novas fábricas 
podiam servir um mercado mais amplo e as matérias – primas mais 
volumosas e pesadas, poderiam vir de lugares cada vez mais 
afastados. 
 
A expansão urbana continuava, no entanto, submetida a certos 
limites visto que o transporte de alimentos a grande distancia se 
mantinha e a agricultura de subsistência continuou nos arredores 
imediatos das grandes cidades. Mas a cidade continuava a crescer e 
dai a subida dos salários e dos custos de produção o que entravava 
o crescimento da cidade, obrigava a um percurso a pé o que 
limitava a sua extensão. 
 
Uma nova era surge com o desenvolvimento do caminho – de – 
ferro, a navegação a vapor. A partir daqui intensifica – seno 
caracter essencial da agricultura e com mais facilidade os produtos 
industriais entram no campo. Como consequência, o artesanato 
rural arruína – se e acelera – se o êxodo rural e a demanda da 
cidade. 
 
A melhoria dos transportes no interior das áreas urbanas eliminou 
outro dos grandes obstáculos que se opunha à expansão da cidade, 
pois veio a permitir a separação nítida entre local de residência e o 
local de trabalho. O carril de ferro marcou um papel importante no 
sistema de transporte urbano. Em londres, uma política activa, por 
parte das grandes companhias ferroviárias, contribuiu 
decisivamente, nos finais do século XIX, para a expansão da área 
edificada da cidade e deu origem a um anel de construções 
 Geografia do Urbanismo G0154 36 
 
continuas que dependiam do transporte por via-férrea, para as 
deslocações diárias da população. 
 
Estas mudanças técnicas contribuíram para o desaparecimento dos 
vários impedimentos ao crescimento urbano e explicam em grande 
parte o facto das cidades do mundo ocidental estarem a crescer. A 
população urbana cresceu rapidamente. Em 1801, a Inglaterra tinha 
perto de 9 milhões de habitantes e em 1901, 32,5 milhões, dos 
quais mais de metade vivia em cidades de mais de 20.000 pessoas. 
Em cada ano, uma média de 200.000 pessoas deviam ser 
realojadas: surgem problemas de habitação, abastecimento, 
estruturas sanitárias, estrutura de educação, segregação, vícios. 
 
Em Londres, a Lei da Reforma Municipal, de 1835, transferiu uma 
grande parte do poder de administração local dos antigos homens 
de leis e proprietários para os comerciantes. Criaram – se 
comissões de inquérito às condições de saneamento em que vivia a 
população. Começaram a ser construídas casas sem qualquer 
planeamento prévio, o que levou a alterações nas cidades que, só 
nos finais do século XIX, conhecem um novo surto de urbanização. 
Os bairros degradados são substituídos, novos arruamentos se 
lançam, o trafego torna – se mais fácil, a utilização do solo é 
melhor gerida. Como consequência, a cidade transforma – se. 
 
 
Sumário 
As diversas modificações técnicas, tecnológicas, sócio – 
económicas que tiveram base na revolução industrial 
impulsionaram profundas mudanças na dimensão das cidades, na 
população. Como consequência do aumento das unidades de 
produção, o que exigiu a concentração de grandes massas de 
trabalhadores, novas cidades industriais apareceram. 
 Geografia do Urbanismo G0154 37 
 
Estas mudanças técnicas contribuiram para o desenvolvimento dos 
vários impedimentos ao crescimentourbano e explicam em grande 
parte o facto das cidades do mundo ocidental estarem a crescer. 
 
 
Exercícios 
1. Qual foi a contribuição da Revolução Industrial no 
desenvolvimento das cidades. 
2. Explique o factor transportes no desenvolvimento das 
cidades. 
3. Explique como as mudanças técnicas contribuíram para o 
desenvolvimento e crescimento urbano. 
4. O progresso agrário ligado a passagem de uma agricultura 
de subsistência para uma agricultura quase exclusivamente 
comercial. Quando é que assistimos a esta mudança? 
5. Em que consistiu a Lei da Reforma Municipal, de Londres 
em 1835? 
6. Qual foi o impacto do surgimento e o desenvolvimento do 
caminho – de – ferro para as cidades? 
 N.B. Entregar todos exercícios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Geografia do Urbanismo G0154 38 
 
Unidade VII 
O crescimento Urbano 
Introdução 
A urbanização é geral e atinge todas as partes do mundo. 
Entretanto, cumpre observar que o fenómeno da urbanização não 
teve o mesmo ritmo e não se deu por igual nos diversos países do 
mundo. 
 
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de: 
 
Objectivos 
 
 
 Explicar formas de crescimento urbano; 
 Diferenciar formas de crescimento urbano; 
 Identificar as regiões do mundo com elevado índice de 
urbanização; 
 Geografia do Urbanismo G0154 39 
 
O crescimento das cidades 
O crescimento das cidades, tanto em quantidades como em 
tamanho, é a grande característica do mundo moderno. A 
urbanização é geral e atinge todas as partes do mundo. Entretanto, 
cumpre observar que o fenómeno da urbanização não teve o mesmo 
ritmo e não se deu por igual nos diversos países e regiões do 
mundo. 
Com efeito, os mais elevados índices de urbanização são 
encontrados nos países e regiões mais desenvolvidos do mundo, 
como é o caso da Europa Ocidental, América do Norte e Japão. A 
Inglaterra, pais mais urbanizado do mundo, possui mais de 80% de 
sua população vivendo em cidades. 
Por outro lado, os menores índices de urbanização são encontrados 
nos países e regiões do mundo onde a industrialização é mais 
recente e restrita. São países de economia agrícola com elevada 
percentagem da população activa no sector primário. Compreende 
a maior parte dos países da África, Ásia e da América latina. Vide 
tabela 1. 
 Tabela. 1 
Posição País População 
urbana 
 (em %) 
Data Urbanização 
avaliada 
 (%) 
Data 
1 Singapura 100 2008 1,2 2005 
2 Nauru 100 2008 0,3 2005 
3 Mônaco 100 2008 0,3 2005 
4 Vaticano 100 2008 0,1 2005 
5 Kuwait 98 2008 2,5 2005 
6 Bélgica 97 2008 0,3 2005 
7 Qatar 96 2008 2,2 2005 
8 San Marino 94 2008 0,9 2005 
9 Malta 94 2008 0,6 2005 
10 Venezuela 93 2008 2 2005 
11 Uruguai 92 2008 0.4 2005 
15 Reino Unido 90 2008 0,5 2005 
 Geografia do Urbanismo G0154 40 
 
Posição País População 
urbana 
 (em %) 
Data Urbanização 
avaliada 
 (%) 
Data 
17 Austrália 89 2008 1,2 2005 
23 Dinamarca 87 2008 0,5 2005 
24 Brasil 86 2008 1,8 2005 
28 Estados Unidos 82 2008 1,3 2005 
30 Países Baixos 82 2008 0,9 2005 
31 Luxemburgo 82 2008 1 2005 
33 Coreia do Sul 81 2008 0,6 2005 
34 Canadá 80 2008 1 2005 
36 Líbia 78 2008 2,2 2005 
38 Espanha 77 2008 0,9 2005 
41 � HYPERLINK 77 2008 0,8 2005 
45 Alemanha 74 2008 0,1 2005 
72 Japão 66 2008 0,2 2005 
81 África do Sul 61 2008 1,4 2005 
100 Angola 57 2008 4,4 2005 
144 Moçambique 37 2008 4,1 2005 
 
Fonte: Autor, dados: CIA World Factbook 
 
O crescimento das cidades pode resultar na formação de 
aglomerado, tas como as conurbações, as metrópoles e as 
megalópolis. 
 
A conurbação resulta do crescimento contínuo de duas ou mais 
cidades próximas formando um único aglomerado urbano. A região 
do ABC (Santo André, São Bernardo e São Caetano), em São 
Paulo, é um exemplo de conurbação. 
 
Áreas Metropolitanas 
 
As Metropolitanas correspondem a grandes espaços urbanizados e 
integrados física e funcionalmente a uma metrópole dirigente. São 
exemplos de áreas metropolitanas as cidades são: As cidades de 
São Paulo, Rio de Janeiro, Nova Yorque, Londres, París, 
Tóquio, além de outras. 
 
Megalópoles – são conjuntos de metrópoles interligadas e 
abrangendo extensas áreas ou é uma forma de conubação, mas de 
 Geografia do Urbanismo G0154 41 
 
enormes proporções. São verdadeiras regiões urbanas que resultam 
do extraordinário crescimento das periferias de várias cidades. 
 Ex. A região que se estende desde Boston até Washington D.C., 
tendo como centro Nova Yorque, constitui uma Megalópoles. 
 
Sumário 
O crescimento das cidades, tanto em quantidades como em 
tamanho, é a grande característica do mundo moderno. A 
urbanização é geral e atinge todas as partes do mundo. 
Os mais elevados índices de urbanização são encontrados nos 
países mais desenvolvidos do mundo, como é o caso da Europa 
Ocidental, América do Norte e Japão. A Inglaterra, pais mais 
urbanizado do mundo, possui mais de 80% de sua população 
vivendo em cidades. 
Por outro lado, os menores índices de urbanização são encontrados 
nos países em desenvolvimento. 
O crescimento das cidades pode resultar na formação de 
aglomerado, tas como as conurbações, as metrópoles e as 
megalópolis. 
 
Exercícios 
1. Quais são as formas de crescimento urbano? 
2. Refira os cinco países com maior e menor taxas de 
urbanização no mundo? 
3. Estabeleça a diferença entre as conurbações, as metrópoles 
e as megalópolis. 
 Geografia do Urbanismo G0154 42 
 
 N.B. Entregar todos exercícios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Geografia do Urbanismo G0154 43 
 
Unidade VIII 
As cidades do presente – A 
explosão urbana 
Introdução 
O grande desenvolvimento das cidades e das formas de vida urbana 
é um fenómeno que caracteriza melhor a civilização 
contemporânea. Como já vimos, a cidade não é um facto novo, mas 
é na transformação iniciada ao longo do seculo passado e no tempo 
que já decorreu do presente, que há qualquer coisa de novo e 
consequentemente faz com que a população mundial, 
predominantemente rural, se va convertendo noutra, 
predominantemente urbana. 
 
 
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de: 
 
Objectivos 
 
 
 
 Explicar a explosão urbana; 
 Descrever o fenómeno urbano; 
 Identificar as formas de crescimento urbano ao nível dos 
continentes; 
 
As Cidades do Presente – A Explosão Urbana 
 
O grande desenvolvimento das cidades e das formas de vida urbana 
é um fenómeno que caracteriza melhor a civilização 
contemporânea. 
 
Na Europa, a taxa de urbanização não ia além dos 19% em 1800, 
era de 28% em 1850, em 1900 de 44% e hoje aproxima – se 
dos70%. Também em 1800 a população dos EUA era de 6.1%, no 
 Geografia do Urbanismo G0154 44 
 
princípio do século XX, 39.7% e hoje ultrapassa os 70%. Nas áreas 
colonizadas recentemente (Austrália e Nova Zelândia) a população 
urbana actual é superior a 85%. 
 
Os Países do terceiro Mundo registam um grande aumento da 
população urbana, mas o aumento é recente e particularmente, 
depois da 2ª Guerra Mundial. Os Países da Ásia e da África tinham, 
em 1925, uma taxa de urbanização baixa, á volta de 8%, para 
aumentarem para cerca de 15% em 1950 e actualmente registam 
valores que rondam os 25 – 28%. Quanto á América Latina, a taxa 
de urbanização era de 29.5% em 1925 e passou para 65% em 1980. 
 
Também o Japão e a ex - URSS apresentavam elevada s taxas de 
população urbana: 77% e 68%, respectivamente. 
Pode, portanto, verifica – se que o ritmo de crescimento da 
população urbana é muito variável. Na Europa Ocidental, o ritmo 
abrandou, ao contrario da Europa Mediterrânea, onde continua 
vigoroso, como resultado de um êxodo rural ainda importante. Na 
ex - URSS e nos países do Leste, a expansão urbana foi brutal, mas 
hoje, esta um pouco mais controlada. Na América do Norte, 
Austrália e Nova Zelândia os ritmos de crescimento da população 
urbana são dos maislentos, actualmente. É contudo, nos países da 
América Latina, da Africa e da Asia que o ritmo de crescimento é 
explosivo; estima – se que nos finais do seculo XX, as cidades 
destes países contem, talvez, com 20 milhões de pessoas. (vide 
tabela 2) 
 
Tabela 2. População urbana por regiões do mundo 
Regiões População urbana 
em milhões 
% de população 
total 
1970 1985 2000 1970 1985 2000 
Mundo 1352 2169 3329 37,2 43,8 51,1 
Regiões 717 943 1174 65,7 73,9 80,7 
 Geografia do Urbanismo G0154 45 
 
desenvolvidas 
Regiões em via de 
desenvolvimento 
635 1226 2155 25,0 33,4 42,6 
Asia Oriental 266 461 722 28,6 39,0 50,7 
Asia do Sul 238 458 793 21,2 27,1 33,7 
Africa 77 160 320 22,2 30,1 39,2 
América Latina 158 291 495 55,9 66,9 75,9 
Fonte: Autor, dados: LEITE (1989). 
 
O Fenómeno Urbano 
O prodigioso crescimento demográfico das cidades desencadeia 
metamorfoses em muitas regiões do mundo. As cidades 
transbordam de população e suas múltiplas actividades tornam – 
nos centros importantes da organização do espaço. 
 
O fenómeno urbano, acelerado entre as duas guerras, deu origem a 
variadas paisagens urbanas e determinou os novos arranjos internos 
e a expansão recente das cidades os subúrbios. 
 
Nos países desenvolvidos a tendência actual aponta para um papel 
cada vez menos activo da cidade, mas o mesmo não acontece nos 
países subdesenvolvidos, como nova a sua urbanização galopante. 
Este desenvolvimento global da população urbana, que desde 1900 
aumento 10 vezes mais rapidamente que a população mundial, 
corresponde a quatro tipos de concentração urbana: 
- O Tipo Europeu, onde um movimento precose de expansão 
urbana, tem hoje tendência a afrouxar; 
- O Tipo Dos Países de Colonização Europeia, (EUA, Canadá, 
Austrália e Nova Zelândia) onde o impulso foi grande e apesar de 
ainda muito vigoroso tem tendência a diminuir; 
- O Tipo dos Países do Leste Europeu e de Influência Soviética, 
cuja expansão das cidades é medida de acordo com os planos de 
desenvolvimento económico; 
 Geografia do Urbanismo G0154 46 
 
- O Tipo dos Países do Terceiro Mundo, onde a população sofre 
actualmente um crescimento vertiginoso, depois de uma longa 
estagnação. 
Sumário 
O rápido desenvolvimento urbano é produto da revolução 
Industrial. Com efeito, os mais elevados índices de urbanização 
localizam-se no hemisfério norte, nos chamados países 
desenvolvidos e os menores índices no hemisfério sul, nos 
chamados países em via de desenvolvimento. 
Exercícios 
1. Mencione as principais formas de crescimento urbano? 
2. Diferencie conurbação/metrópole/megalópolis. 
 N.B. Entregar o exercício nº 2 desta unidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Geografia do Urbanismo G0154 47 
 
Unidade IX 
As cidades do mundo de hoje – o 
nascimento das grandes 
aglomerações 
Introdução 
O que constitui o verdadeiro sintoma do nosso tempo é o explosivo 
crescimento dos grandes centros urbanos, o que não se verificava 
anteriormente porque o crescimento demográfico era muito mais 
lento e não era absorvido desproporcionadamente pelas grandes 
cidades. Estas, hoje crescem por si mesmas e por absorção da 
população rural. 
 
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de: 
 
Objectivos 
 
 
 
 Explicar o crescimento das grandes aglomerações; 
 Descrever os problemas derivados do nascimento das novas 
aglomerações; 
 Identificar as causas do nascimento das grandes 
aglomerações; 
 
As Cidades no Mundo de Hoje – O Nascimento das Grandes 
Aglomerações 
 Há uma transformação incongruente porque o ritmo de 
crescimento é muito superior à capacidade e previsão definida 
pelas autoridades. Vai – se acumulando na cidade uma população 
composta de imigrantes, que se vão distribuindo ao acaso pelas 
franjas mais miseráveis e abandonadas, invadindo propriedades 
alheias ou zonas com condições. 
 Geografia do Urbanismo G0154 48 
 
Isto deu lugar aos chamados BIDONVILLES das cidades 
francesas ou argelinas, as CHABOLAS das cidades espanholas, às 
FAVELAS brasileiras, as RANCHEROS venezuelanos, aos 
MUCEQUES de Luanda, aos CANIÇOS do Maputo, aos 
BAIRROS DE LATA de Lisboa. 
 
Não há cidade em processo de crescimento agressivo que não sofra 
destas manifestações patológicas. Estes bairros marginais serão 
para alguns o lugar por onde se começa a subir, enquanto para 
outros são o último escalão de uma subida dolorosa. São subúrbios 
resultantes do crescimento incontrolado da cidade, assim como, 
também, os bairros clandestinos que proliferam em áreas não 
urbanizadas fora da alçada dos organismos públicos 
 
Tudo isto levanta problemas de organização do espaço nas grandes 
metrópoles, problemas estes que se têm vindo a agravar com o 
tempo. 
 A aglomeração urbana nascida deste tipo de crescimento 
engloba a cidade antiga e os seus arredores; a cidade 
expande – se, as suas casas justapõem – se às casas rurais, 
absorvem – nas progressivamente e fazem – no desaparecer. 
Durante um certo tempo houve luta, mas finalmente e aldeia 
de ontem não é mais, hoje, que a continuação da grande 
cidade. A maré estende – se, estravaza e nada faz recuar. 
Num raio cada vez maior em torno de Lisboa, quase todas 
as aldeias estão em transformação. 
 A conurbação representa, enfim, uma forma de organização 
complexa: é constituída por varias aglomeração por varias 
aglomerações que tendem a juntar – se. Quando uma de 
entre elas tem um grande peso económico, ela chega 
rapidamente ate às outras; é assim a conurbação de Lille – 
Roubaix – Tourcoina – Madeleine, em França, que forma 
um único conjunto urbano, pois, os vazios entre os espaços 
 Geografia do Urbanismo G0154 49 
 
construídos destas cidades são progressivamente 
preenchidos. 
 A Megalópolis é uma forma de conurbação, mas de 
enormes proporções. São verdadeiras regiões urbanas que 
resultaram do extraordinário crescimento das periferias de 
varias cidades, ao longo dos eixos de circulação que as 
unem. Ao longo de 700km, de Boston a Washington, vivem 
mais de 50 milhões de pessoas num vasto conjunto urbano 
que inclui, além daquelas cidades. Nova Yorque, Filadelfia, 
Baltimore e outras mais pequenas. Do mesmo modo no 
Japão, uma extensa área fortemente urbanizada estende – se 
de Tóquio a Cobe e onde se englobam as grandes cidades 
de Yokohama, Nagoia, Osaka e Kioto, além de outras. 
 Um outro fenómeno urbano é a tendência actual para o 
gigantismo, isto é, o crescimento desmesurado de algumas 
cidades do mundo. Com efeito, um número muito grande de 
cidades aumenta sem cessar: 16 cidades ultrapassavam 1 
milhão de habitantes no princípio do seculo, mas hoje são 
180. 
As aglomerações gigantescas são cada vez mais numerosas e certas 
cidades registam ritmos de crescimento espetaculares. É o caso da 
cidade do cairo com 5 milhões de habitantes em 1970, 10 milhões 
em 1980 e 12 milhões em 1984 e que deve esta explosão a uma 
natalidade muito forte e `a chegada contínua de populações jovens. 
Actualmente, são as cidades da América Latina aquelas onde se 
observam os ritmos mais acelerados. 
 
- Sítio Urbano – é o local onde a cidade nasceu e se desenvolveu; 
- Rede Urbana – um sistema integrado de cidades que vai das 
pequenas ou locais às metrópoles ou cidades gigantesca. 
 
 
 
 Geografia do Urbanismo G0154 50 
 
Sumário 
Há uma transformação incongruente porque o ritmo de crescimento 
é muito superior à capacidade e previsão definida pelas 
autoridades. Vai – se acumulando na cidade uma população 
composta de imigrantes, que se vão distribuindo ao acaso pelas 
franjas mais miseráveis e abandonadas, invadindo propriedades 
alheias ou zonas com condições. 
Os subúrbios são chamados BIDONVILLES na Franca ou 
argelinas, as CHABOLAS na Espanha, às FAVELAS no Brazil, as 
RANCHEROS na Venezuela, aos MUCEQUES em Angola, aos 
CANIÇOS em Moçambique, aos BAIRROS DE LATA em 
Portugal.

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