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Unidade 2 trab QUESTOES

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João Marcos trabalhava para empresa Limpa tudo S.A., como encarregado de limpeza. Certo dia, discutiu com uma faxineira da empresa e, como ela era namorada de seu superior, foi dispensado por justa causa imediatamente, após a discussão. Como João Marcos não compareceu para receber as verbas rescisórias inerentes à rescisão por justa causa, mesmo depois do envio de reiterados telegramas, a sociedade empresária procura você, como advogado(a), para uma consulta.
Observando o ordenamento jurídico brasileiro, responda aos itens a seguir:
 	 
a) Qual é a medida judicial que deverá ser adotada pela empresa a fim de evitar as consequências da mora do pagamento das verbas rescisórias? Fundamente.
A empresa Limpa tudo S.A., visando não ser prejudicada, e assim evitar a mora, pois não é encontrado o paradeiro do empregado, deverá entrar com uma ação de consignação em pagamento conforme artigos 539 á 549 do CPC/2015 na justiça do trabalho, dentro do prazo 30 dias contados a partir da recusa em não aceitar as verbas trabalhistas, (seja por correspondência ou não comparecimento do obreiro para o recebimento dos valores provenientes da ruptura contratual), desde que também respeitados os prazos estabelecidos no artigo 477 § 6 da CLT, para evitar a culminação da multa do artigo § 8 da CLT.
Assim, uma vez proposta a ação em consignação em pagamento é necessário efetuar o depósito judicial da quantia dos valores das verbas rescisórias devidos ao obreiro na forma dos artigos, aplicáveis ao processo do trabalho de forma supletiva e subsidiária dos, artigos 334 CC OU ,546,do CPC/2015 de maneira a visar a extinção da obrigação e quitação contratual da empresa.	 
b) O empregado poderá discutir a justa causa na ação que será proposta contra ele pelo empregador?
Não poderá discutir a justa causa em ação de consignação em pagamento ora proposta pelo empregador, devendo limita – se a somente as questões das verbas rescisórias.
PERGUNTA 2
A sociedade empresária – Loja de Veículos YVF Ltda. – informa que Paulo Sérgio, seu empregado há cinco anos, é dirigente sindical desde 01/02/2018. Ocorre que o empregado incorreu em falta grave, por ter deixado de comparecer à empresa por mais de 60 dias, sem qualquer justificativa. Ao retornar ao trabalho, a empregadora prontamente suspendeu o empregado por 30 dias e pretende dispensá-lo por justa causa. Considerando o caso narrado e o regramento aplicável à espécie, responda:
 	 
a) A falta cometida por Paulo Sérgio é grave o suficiente para gerar a dispensa por justa causa? Justifique. 
Em regra o empregador tem a faculdade de rescindir o contrato de trabalho por justa causa do empregado que comete falta grave nos moldes artigo 482 CLT bem como, a empregadora tem a faculdade de suspender o obreiro por 30 dias quando o mesmo incorrer de falta grave perante a empregadora, previsto artigo 494 CLT.
Neste sentido, sim, poderá ser grave o suficiente ao ponto de gerar a dispensa por justa causa, porém será necessário para tanto primeiramente, a empregadora ajuizar um inquérito judicial para apuração de falta grave, nos termos do Art. 853 da CLT c/c Súmula 379 do TST , tendo a faculdade de suspende – lo por prazo de 30 dias, conforme artigo 494 da CLT e caso verifique no inquérito judicial para apuração de falta grave que o empregado incorreu comprovadamente a falta grave, conforme previsão no roll do artigo 482 CLT, alínea “ i” , que no caso, Paulo Sérgio poderá ser dispensado por justa causa por abandono de emprego, sendo grave o suficiente para se enquadrar nos moldes de rescisão por justa causa, uma vez que o Paulo Sérgio faltou sem justificativa por 60 dias.
	 
b) Quais são os requisitos que a empregadora deve observar para dispensar um dirigente sindical? Justifique.
O dirigente sindical possui o direito de estabilidade provisória, conforme artigo 543 § 3° da CLT, em regra não poderá ser dispensado, c/c Súmula 369 do TST.
No entanto, a empregadora, após tomar ciência da suposta falta grave cometida pelo empregado durante a vigência de sua estabilidade provisória, deverá instaurar um Inquérito judicial para Apuração de Falta Grave, artigo 853 da CLT e súmula 379 do TST, com a faculdade da empregadora de suspender o obreiro pelo prazo de 30 (trinta) dias, 494 CLT, que então, após comprovado da falta grave do obreiro em ação de inquérito judicial para apuração de falta grave, possa rescindir o contrato de trabalho e dispensar o empregado por justa causa dentro do roll artigo 482 CLT.
 
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