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APS - BAP - O homem que confundiu a mulher com um chápeu

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS 
 FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU 
 
 
 
 
 
CAROLINA BOTTARO CAMPOS CUNHA - RA 2580373 
CÉLIA REGINA CANDIANI - RA 1937933 
EDER PEREIRA SERAFIM – RA 1656072 
FABIANA BORGES – RA 
GIOVANNA ALMEIDA NOGUEIRA PEREIRA – RA 1785056 
HAYLTON S FARIAS – RA 1828600 
MARIA TEREZINHA DO CARMO SANTOS - RA 1749160 
MÔNICA SOUZA LOPES – RA 1519352 
NATALIA FERNANDA DA SILVA LIMA - RA 1637092 
SARAH SAMELA COSTA LENHARDT – RA 1780716 
 
 
 
 
 
 
 
 APS - “O HOMEM QUE CONFUNDIU SUA MULHER 
COM UM CHAPÉU” - OLIVER SACKS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bases da Avaliação Psicológica 
Profª Rosani Teixeira 
 
SÃO PAULO 
2022 
Primeira consulta do paciente ao Dr. Sacks 
 
Demanda: 
 
1. Quem encaminha o paciente para o Dr. Sacks? 
O oftalmologista, que fez uma avaliação minuciosa e examinou atentamente os 
olhos do Dr. P, concluindo que com os olhos não havia nenhum problema. 
 
2. Qual alteração se observava no Dr. P.? 
Dr. P. tinha dificuldade em reconhecer e discernir os rostos das pessoas e os 
objetos através da visão. Situação essa observada com o aumento de casos de 
embaraços, perplexidade, medos e às vezes, situações cômicas na interação 
com o mundo exterior. 
 
3. Existe a demanda do Dr. P. de ser avaliado? 
Sim. Apesar do Dr. P. sentir-se bem e no melhor momento de sua vida, após 
consulta com oftalmologista foi encaminhado para avaliação, uma vez que o 
oftalmologista identificou haver um problema nas partes visuais de seu cérebro. 
Porém, ele próprio não identificava qualquer problema com ele mesmo. 
 
Observações: 
 
4. O que Dr. Sacks observou para, logo de início, descartar o 
diagnóstico de demência? 
Observou que o Dr. P. era um homem muito culto e simpático, falava bem, com 
fluência, imaginação e humor! Não tendo nenhuma compatibilidade com 
diagnostico de demência. 
 
5. O que Dr. Sacks observa a respeito da percepção do Dr. P., 
detectando “algo estranho”? 
Dr. Sacks observa que existe uma dificuldade de interação dos olhos com as 
expressões no momento em que conversa com o Dr. P. frente a frente. Como 
podemos observar no momento que descreve ―...Ele ficava de frente para mim 
quando falava, estava orientado para mim, porém existia algum problema — 
era difícil dizer. Ele me encarava com os ouvidos, acabei por constatar, mas 
não com os olhos. Estes, em vez de me olhar, de me fitar, de me ―acolher‖ da 
maneira normal, faziam estranhas fixações súbitas — em meu nariz, minha 
orelha direita, desciam até meu queixo, subiam para meu olho direito — como 
se estivessem notando (ou até mesmo estudando) essas características 
individuais, porém sem enxergar o rosto inteiro, suas expressões mutáveis, 
―eu‖ como um todo...‖. 
 
6. Quais auto-observações do Dr. Sacks, a partir de seus 
estados emocionais, propiciaram sua percepção do Dr. P.? 
Dr. Sacks observou que a acuidade visual do Dr. P. era boa, ele não tinha 
dificuldades em enxergar, embora às vezes não via quando estava ao lado 
esquerdo, porém havia uma anormalidade nos reflexos. Observou que ele 
conseguia recordar incidentes sem dificuldade, com compreensão total, mas, 
ao descrevê-las, ficou patente que elas eram absolutamente vazias para ele, 
destituídas de realidade dos sentidos, da imaginação ou da emoção. Portanto, 
havia também uma agnosia interna. 
 
 
Testes: 
 
7. O que Dr. Sacks buscava investigar quando pediu que Dr. P. 
descrevesse fotografias de uma revista? 
Dr. Sacks queria verificar o que realmente o Dr. P. enxergava, como era a sua 
percepção sobre as imagens, identificando, ainda, o que ele efetivamente 
conseguia ver. 
 
Conclusão: 
 
8. Quais forças e dificuldades do paciente foram avaliadas pelo 
Dr. Sacks, quais dúvidas permaneceram e como ele se propôs a continuar 
a investigação? 
O Dr. Sacks avaliou que o paciente era um sujeito inteligente, criativo, com 
senso de humor. No entanto, apresentava incapacidade de reconhecer e 
interpretar rostos e cenários como uma unidade, descrevendo-os de forma 
fragmentada e confusa. Não conseguindo ter evidência em termos 
neurológicos concretos de fato qual era o problema do Dr. P., o médico decidiu 
avaliá-lo em sua residência. 
 
Visita à casa do Dr. P. 
Avaliação: 
 
1. Quais funções psicológicas foram investigadas pelo Dr. 
Sacks e através de que meios (que testes)? 
O Dr. Sacks investigou as funções psicológicas superiores do paciente, 
notadamente as funções como: memória, atenção, visão, percepção, emoção, 
consciência, pensamento, linguagem, vontade e formação de conceitos. Para 
tais, utilizou testes como baralhos, um livro de caricaturas, cenas de um filme, 
figuras geométricas, fotografias da família e objetos diversos (uma flor e uma 
luva). 
 
2. Como vocês avaliam as seguintes funções do Dr. P.: 
 
a) Percepção: visual, auditiva e tátil? 
 
O Dr. P. possuía comprometimento com a interpretação visual que estivesse 
localizada principalmente do lado esquerdo. A percepção auditiva era mais 
desenvolvida, aguçada e aprimorada. A Tátil bem desenvolvida. 
 
b) Atenção geral e, em particular, atenção a estímulos visuais? 
 
A atenção geral do Dr. P. é normal, já na atenção a estímulos visuais é 
perceptível um déficit. 
 
c) Memória geral e memória específica: visual e verbal? 
 
O paciente possuía uma boa memória de forma geral e verbal, mas quando se 
trata da memória visual percebemos que havia uma incapacidade de lembrar 
de cenas à sua esquerda e dos rostos de seus conhecidos. 
 
 
 
 
d) Linguagem (compreensão e expressão, leitura de partitura 
musical)? 
 
Houve perda gradual na leitura de partituras, o mesmo não conseguia mais ler 
estas, no entanto a compreensão e expressão estavam intactas. 
 
e) Inteligência? 
 
Notadamente a inteligência do Dr. P. permanecia inalterada. 
 
f) Adaptação ao ambiente doméstico, de trabalho e social? 
 
O Dr. P. foi se adaptando para manter sua rotina, umas das formas que 
encontrou foi cantarolar suas ações e a sua esposa o auxiliava de forma 
silenciosa para que a rotina do esposo se mantivesse. 
 
g) Aspectos afetivos emocionais (com a esposa)? 
 
Não foi citada se existia um afeto explícito de fato. Aparentemente, uma boa 
convivência. 
 
 
 
Encaminhamento: 
 
3. Que orientação vocês dariam ao caso? 
 
Seguiríamos a conduta e orientação do Dr. Sacks diante da incapacidade de 
encontrar a causa de tal comportamento, porém reforçaríamos as 
características que proporcionam uma vida funcional ao paciente, por exemplo, 
sua grande musicalidade. Seria possível, ainda, pensarmos em indicação de 
alguma forma de acompanhamento terapêutico.

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