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Anatomia Ilustrada da Cabeça e Pescoço

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Margaret J Fehrenbach 
Susan W Herring 
~ ____.ANATOMIA 
ILUSTRADA DA 
CABEÇA E DO 
PESCOÇO r-----~ ··' 
Â_ 
Manole 
Sumário 
Capítulo 1 INTRODUÇÃO 
~~~~~~~~~~ 
APLICAÇÕES CLÍNICAS 2 
TERMINOLOGIA ANATÔMICA 2 
VARIAÇÃO ANATÔMICA 7 
Capítulo 2 ANATOMIA DE SUPERFÍCIE 
ANATOMIA DE SUPERFÍCIE 10 
REGIÕES DA CABEÇA 11 
Rcbrião Frontal 11 
ReE,riõcs Pnriernl e Occipicnl 12 
Região Tem pora 1 13 
Região Orbilnl 14 
Região Nasal 14 
Regiões lnf r:1-0rhital, Zigomáàca e da Bochecha H 
Região Oral 16 
Região Mentual 23 
REGIÕES CERVICAIS 24 
Capítulo 3 ossos 
SISTEMA ESQUELETICO 30 
Proem in ências Ósseas 30 
Depressões Ósseas 30 
Aberturas Ósseas 30 
Articulações .rn 
OSSOS DA CABEÇA E 00 PESCOÇO 31 
Crânio 31 
Ossos <lo Crânio 46 
Ossos da Fnce 56 
Seios Paranasnis 70 
Fossas do Crâmo 73 
Ossos do Pescoço 76 
ANOMALIAS ÓSSEAS 78 
Capítulo 4t MÚSCULOS 
SISTEMA MUSCULAR 94 
MÚSCULOS DA CABEÇA E DO PESCOÇO 95 
Múscu los cio Pescoço 95 
Músculos da Face 97 
i\lúsculos <la i\ lastigação ~ I 08 
,\lúsculo!> Supro e (nfra-Hióideos .fllt 113 
1 
10 
29 
94 
xi 
xii • Sumário 
~ lúsculo:. da Língua it, 1 19 
i\lúsculos da Faringe ~ 120 
135 Capítulo 5 A ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR 
_..;.~~~- -~~~~~~~~~-
JI.I\IAT0"11.A DA ARTICULAÇAO TEMPOROMANOIBULAR 136 
Osso~ 136 
Cápsula Arócular 13 7 
Disco .\rócular 137 
Ligamentos da ATM 138 
MOVIMENTOS DA MANDIBULA E MÚSCULOS RELACIONADOS 139 
Pai pação <la Articulação 1+ 1 
DISTURB OS DA ATM 141 
Capítulo 6 VASOS SANGÜÍNEOS 148 
SISTEMA VASCULAR SANGUINEO 149 
SUPRIMENTO ARTERIAL DA CABEÇA E DO PESCOÇO 149 
Origem das Artérial) da Cabeça e do Pescoço 149 
Anéri:i Caróóda Intemn 150 
Artcria Caróóda &-rema 15 l 
DR~rJAG " v1 .,Er.lOSA AP "C E DO PESCOÇO 159 
\ ·eia Facial 15Q 
\ 'eia Retromanclibular 160 
Seio~ Venosos da Dura-,\Iáter 163 
Veia Jugular lncerna 163 
Veü1 Jugular Exrem:i 163 
Drenagem das Veias da Cabeça e do Pescoço para o Coração 
LESÕES DOS VASOS SAr~GUINEOS 164 
164 
Capítulo 7 GLÂNDULAS 175 
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ 
GLÂNDULAS 175 
GLÂNDULAS LACRIMAIS 176 
GLÀNDULAS SALIVARES 177 
Glândulas Sali,-ares \1aiorcs 177 
Glândulas Salivares \ tenores 181 
GLA •ou A TIREO D 1 1 
GLANDULAS PARATIREOIDES 182 
TIMO 183 
Capítulo 8 SISTEMA NERVOSO 189 
S s- MA NFRVOSO I qo 
Pane Central do Sistema :--.:enoso 191 
Pane Periférica do Si!,rema "-'errnso 193 
Nervos Cranianos 194 
NERVOS DA CAVIDADE ORAL E ESTRUTURAS RELACIONADAS 199 
Nervo Trigémeo 100 
Nervo Facial 110 
LESÕES DOS NERVO~ DA CABEÇA E DO PESCOÇO 212 
" Sumttno xill 
Capitulo 9 ANATOMIA DAS ANESTESIAS L~ 221 - -----~~~ 
ASPECTOS ANATÔMICOS DAS ANESTESIAS LOCAIS 222 
ANESTESIAS DO NERVO MAXILAR 223 
Bloqueio Akeolar Superior Posterior 215 
Bloqueio Alveolar Supenor ]'\'Iédio 130 
Bloqueio Alveolar Superior Anterior 232 
Bloqueio lnfra-Orhatal 232 
Bloqueio Palatino Maior 235 
Bloqueio ~asopalatino 238 
ANES.,.ESIAS DO NERVO MANDIBúlAR 240 
Bloqueio Alveolar Inferior HO 
Bloqueio Buc:il 248 
Bloqueio .\lcomal ( \lenconiano) H9 
Bloqueio lnosivo (.\l\'eolar Inferior Antenor) 250 
Bloqueio Gow-Gatcs do ~erva .\fandibular 253 
1 
C~ítu lo 10 SISTEMA LINFÁTICO 259 
SISTEMA LINFÁTICO 260 
Vasos Linfáticos 260 
Linfonodos 260 
Tecido das 1hnsalas 260 
Duetos Línfáóc.-os 260 
LINFONODOS DA CABt,..~ E DO PESCOÇO 263 
Linfonodos do Cabeça 263 
Lmfonodos Ccrv1c:nís 16i 
TONSILAS 272 
Tonsilas Palatina e Lingual 272 
Tonsilas Faríngea e Tub~ria 272 
LINFADENOPATIA ?73 
METASTASE E CANCER 275 
Capítulo 11 FÁSCIAS E ESPAÇOS 283 
- ------
FASCIA 283 
Fáscia Superficial 283 
Fáscia Profunda 28+ 
ESPAÇOS 286 
Espaços dn C11hcçn e Jo Pescoço 286 
Capítulo 12 PROPAGAÇÃO DAS INFECÇÕES DENTÁRIAS 301 
PROCESSO INFECCIOSO 302 
INFECÇàES DENTARIAS 302 
Lesões das Infecções Denoíti:is 302 
Pacaente.s Clinicamente Compromeódos ,\06 
PROPAGAÇAO DAS INf ... CÇOES DENTAR A) JOG 
Propaga~-ão para os Seios Paranasais 306 
Propagação pelo SISlemn Circulatório 307 
xiv • Sum~no 
Propagação pelo Sistema Linfático 308 
Propagação pelos Espaços 309 
PREVENÇAO DA PROPAGACÃO DAS INFECÇÕES DENTÂRIAS 309 
BIBLIOGRAFIA 313 
RESPOSTAS DOS QUESTIONÁRIOS 315 
GLOSSÁRIO DE PALAVRAS-CHAVE E TERMOS ANATÔMICOS 317 
AP~NDICES 341 
AP~NDIC[ A AVALIAÇÕES CLÍNICAS EXTRA E INTRA-ORAIS 341 
APÉNDICE B. CASOS REVISÓRIOS DA ANATOMIA DA 
CABEÇA E DO PESCOÇO 345 
APÊNDICE C. RESPOSTAS DAS QUESTÕES DOS ESTUDOS DE CASOS 350 
INDICE REMISSIVO 351 
Introdução 
• RESUMO • OBJETIVO S 
Este capltu/o aborda os seguintes 
tópicos: 
Após estudar este capitulo, o aluno deverâ estar apto para: 
1. Aplicações Clinicn, 
1. IJcfimr e prcmundar todos ns palavrn)-chuve e tenno) ant1tômicos do 
c1pímlo. 
li. lenninologia .\narôrnica 
111. Variação Anatôm1cn 
1. Discutir '-obre as aplic-JÇÕ(!) dínic:b do estudo dn anatontfa d11 cabe-
ç:i e Jo pc:sc:oço pelos profü:.ionai!> da ire:i odontológiC;1. 
3. Aplic:ir cc>rrt!tnmc:nte n rcnninologfo :1n.1tômic:i durnnte o esrudo da 
imatomin <ln càbe~.i e dn pescoço . 
.f. Daseutir :is ,-ariaçõ~ ;1n.1tômic:is e como das ocorrem nus diferentes 
estrurura,; <la cabeça e d<> pc:!>coço. 
5 Complewr correumente m exercic10::. Je adentificnção, o questioná-
rio e .L~ ari,idades de rt.'Visiio <lo capítulo . 
• PALAVRAS- CHAVE 
Anterior frente de tu:ru região ou esmatura do corpo. 
Ápice Ponta de uma e!>trutur3 cônica, 
Contralateral F\tn.1rurn5 s1ruadas do lado oposto do 
corpo. 
Distal Região dos membros mais distante da origem do 
mesmo; face de conroto do) dente:!> mais afutlda cio 
plano mediano 
Dorsal Parte posterior de uma regiJo ou estrurura do 
corpo. 
Externa Superffcic ou camada quc se encontra mois dis-
tante do centro de uma escrururn CJ\it:iri.1. 
l.nferior Região ou estrutura do corpo siruac:Li próxima 
ou em direção no\ pés. 
Interna Supcmcu: voltada para o mtcnor de uma cll\i· 
tl11de. 
lpsilateral Fscrun1ras situadas no mc,mo lado do corpo. 
Lateral Região ou estrutura do corpo ma1s afastada du 
plano mediano. 
Medial Região do corpo ou c..'SlruturJ mais próxima Jo 
plano mediano. 
1\ ledio.na Í'..s(rurura sit11:1dn no plano medi:mo. 
Mesw E1ce Je concno do:. dentes mais {lróxima tio pll-
no mc:Jiano. 
Plano froncal Plano criado por umn linha unagmáru 
que di\'itle o corpo em pn rLCs :111rerior e posrcrior. 
Plano mediano Plano crfado por wru linha imaginária 
que Jj\idc o corpo em mcu1Je. dinm.a e oquenfa. 
Plano sagitul Qualqua pl:ln1> Ju corpo p.ualdo 110 pu-
no mediano 
Plano tnmsversaJ PI.mo t't'11tdo por uuu hnha irn.-1giná-
ria que divide o corpo ou sua, ~õe-, em pane:~ )Upe-
nor L inferior. 
Posterior O dorso de urn:i rct!tio ou estrorur:i do corpo. 
Profundo F,crurun ::.inuw mtcm:unente ;10 t.-orpo, lon-
ge J.1 \uperficie. 
Proximal Região do<: membro, mais próximn ia r.uz do 
memhro. 
Secção íronul Cone reali1 .. 1tlo no plano frontal. 
Secção ~agiu! mediana Corte realizado no pluno me-
dimo. 
(ronrm,111) 
1 
2 CAPÍTULO 1 • lntroduçao 
• PALAVRAS - CHAVE (continuação) 
Secção transversal Corre realizado no plano cransver.."31. 
Superficial. Esrrurura simada mais próxima à superfície 
corpórea. 
Superior Reg1ão nu e_,m1cura próA.ima ou cm direção il 
cnhcça. 
VencraJ P:irte anterior de Wllll n:gi:io ou estrururn do 
corpo. 
~ APLICAÇÕES CLÍNICAS 
Ao realizar um ex.une intra e C\'tra-ornl no pa-
ciente, o profissional da área Odontológica <le\·e 
po:,su ir um amplo conhecimento do anatomia nor-
mal do cabeça e do pescoço (Figuro 1-1) a fim de 
que possa determinar a presença de alguma ano-
malia ou lesão, sWJ possível etiolo!:,ria e o grau de 
compromecimcnto das cscrururns anatômicas. 
O conhecimento da aruitomia da cabeça e dopes- • 
coço é fundamenta l nas várias técnicas radiológicas 
empregadas em Odontologia, onde pontos anatômi-
cos são uóüzados como referência parn a correta in-
terpretação das radiografias. Além disso, a loailiza-
ção precisa dos pontos anatômicos tE importante 
parn n rea lização das rmcsresias locais, permitindo a 
correta penetração da agu lha e evitando-se as possí-
veiscomplicações decorrentes dessa manobra. 
O profissional deve também possuir um conhe-
cirncnco profundo da anarorrua normal da articu-
lação cemporomandihular a fim de entender os di-
verso!> disúirbios a ela associado!.. 
Durante o exame do paciente, o profissional 
pode ainda se dcpnrar com a pr~ença dê uma in-
fecção dentária, tornando-se nccc,sárin a com-
preensão do local de ongem da infecção bem como 
as regiões parn onde ela pode se prnpagar, de\-ido a 
delcnninadas particuJamlades anat6m1cas da região 
da cabeça e do pescoço. 
TERMINOLOGIA ANATÔMICA 
Antes de se inicinr o estudo da anatomia da cabc-
ça e do pescoço, é necessário uma revisão da termi-
nologia anatômica, que representa o sistema de no-
FIGURA 1- 1 • Os exames c,tra-ornl e inrra-ornl cm 
um paciente \ão hnseac.los no conhccimcmo da annmmin 
da c:ibeça e c.lu pescoço. 
mes das eslrmuras do corpo. Ec;sa re,·isão pcrmmra 
a Fácil aplicação desses termos para as djvcrsas re-
giões da cabeça e <lo pescoço. 
A terminologia anatômica é baseada no corpo 
em posição a11atômicn (Figura 1-2). Xessa posição, 
o corpo est:á ereto, os membros superiores penden-
tes ao lado do tronco e as palmas das mfos e os 
olhos voltados para a frente. A posição anatrnnico 
deve ser considerada tanro parn o corpo cm decúbi-
to \'entrai como em decúbito dorsal. 
Quando <;e esn1da o corpo humano na post\."âo 
anatômica, .,ão uàli7.ados alf.runs Lermos par.1 des-
crever a relação das divers.,., regiões ou escrururm, 
entre si (Figura 1-3). Assim, a freme de uma re1:,rino 
é sua parte a11terior ou ve11t.rnl e o dorso corrc!.-
ponde à sua parte posterior uu dona/. Uma estruni-
ra ou região e superior quando csc.'Í próxima ou cm 
FIGURA 1- 2 • O corpo humnno na po~ição anatômic:i. 
direção à cabeça e inferior, quando se encontra 
próxima ou em direção aos pés1 • Como exemplo. 
pode-se citar a face, que é Uill.:l região anterior clu 
cabeça com os cabelos siruados superior e poscc-
rionncnte a eln. O tenno tipice é aplicado para -;e 
CAPITULO 1 • tntroduç.lo 3 
) 
\ I 
• N."lrnJutor: O tcmiu crdmal pode ser aplioulu cill suhsnnução 
J supc:rinr. Paro csm1ruras do tTontT1, utili7.J-.,.; o tenno "m,l,r/ 
parn ,e Jcftnir umJ l!c',trurur:11h: Mtu:içíio ínícnor 
4 CAPtlULO 1 • lntrodut;âo 
Supenor 
t 
Pos1erior, dorsal Anlerior, venlral 
t==iIK> pode ser cfuidido por superfi-
rm~m.1rus. denom.tna<las 
dütno ou s.agital 
mcdrmo dmdc cm mct:ades dircia e es-
qntttb. e\s C::SUmas ~ , mewle:,; ge-
nhnente - SIIDCtnCZ. mcbTi2. o mesmo nio se 
FIGURA 1 3 8 O corpo na pos1çiio a11Jtôm1c.i e as re-
giões amerior (ou venerai), posterior (ou dorsal), superior 
e inferior. 
observa µara as estruturas inrem ns. Os planos para-
lelos ao plano mediano são denonunados sagitais. 
O plano rrnnsuersal, é um plano que dt\Tltle o corpo 
humano e suas cscruru.rru, em partes 'itlperior e infe-
rior e o p/0110 frontal, divide o corpo cm partes an-
terior e posterior. 
A .. iruaç:io das regiões ou e~crurur:is do corpo po-
Jcm !>Cr descritas de acordo com o:. pi.mos. Assim, 
Plano 
sagltal 
FIGURA 1-4 • O corpo na po~1çao 
anatôrn.ica com os planos mediano, ~:1-
gital, transversal e frontal demarcados. 
uma estrutu ra localizada no plano mediano, como 
por exemplo o nariz, é dita 111edüma. Uma região 
ou estrutura próxima ao plano mediano é denomi-
nada medial e uma estrurura afastada <lo plano me-
dian o é considerada como luteral. Por exemplo, os 
CAPITULO 1 8 Introdução 5 
Plano frontal 
Plano mediano 
Plano 
transversal 
olhos são mediais em relação às orelhas e as orelhas 
são laterais cm relação aos olhos. 
Nos membros, uma estrutura mais próxima da 
origem ou rai:l do membro é denominada proxi111al 
6 CAf>fTuLO 1 • Introdução 
\ I 
Plano 
mediano 
sendo considerada distal aquela que mai:. se afasta 
dessa origem (Figura 1-5).' 
Termos adicionais podem ainda se;:r utilizados 
pGrn comparar :i posição relnriva de duas estruturas 
FIGURA 1- !, • O corpo nu posição amti>· 
mi1.-a com as regiões medial. lateral, proximal. 
dbt:11, superficial e profunda a,,inalida.s. 
"s'.Tr.1du1or: Em Oclonrologia, a fuce de ron1.w, clu-. dcm""' 
mais uf.L.,-uda do planu mc:dUUlo é dc:numuluda face distal 
sendo ch:.,crim como farr mttiill a face pmamal ao plnnn 
mcdt11J10. 
entre si. Escrururn.s situadas no mesmo Lodo do cor-
po são considerndas ipsilaterafr enquamo que es-
crururas sima<las cm lados oposcos são denomina<las 
co11rrnlaterais. Por exemplo, a perna.direini é 1psi-
laccral ao braço direito e conrralareral ao braço ec;-
querdo. 
Os termos superficial e profundo são utilizados 
para se determinar a profundidade de uma região 
ou estrutura em relação 1i superfície <lo corpo (Fi-
gura 1-5). Porcnnro, as esrrucurns superficiais são 
aquelas situadas maas próximas à rupcrticie e as pro-
fu11das esnio lo<..":llai.adas maic; mtcmamence, isco é, 
longe da superfície corpórea. Como exemplo poclc-
se citar a pele, que é superficial em relação aos os-
i,oi,, que são esu-urura!> profund,ts. 
Em vísceras ou l!Srruturas ocas como o crânio, 
aplica-se os termos interno e externo. :\ superfície 
ou camada volrndu pura o centro de uma cavidade 
ou víscera é denominada inter11a e n que se encon-
tra mais distante do centro é denominada extenlh. 
O corpo pode ser 'iubmet:ido a secções de acordo 
com os diversos planos, a fim de se estudar a anato-
mia específica de uma região (Figura 1-6). A sccç:io 
sagitnl mediana ou mediana corresponde a um 
~.Tnulutor: Os 1em10, i.1mhém silo us.ilitt<o rura d~tTcvcr t'i· 
marurai que envolvem uutr:15, como ê 11 ,·.1,n WI' costelas, que 
cnrnh cm as víscera, tllr.kicru.. 
FIGURA 1-6 • .\.s secções 
~:tgital medfana, rrnnwersaJ 
e frontal da cahcç:i é do 
pescoço. 
SECÇÃO 
FRONTAL (CORONAL) 
Plano frontal 
CAPITULO 1 • Introdução 7 
corte rcaliLodo no plano mediano. A secção trn11s-
versal, ou horizontal corresponde a um cone reali-
zado no plnno transversal e a secção frontal ou co-
ronal corresponde a um corle realizado no plano 
frontal. 
_ Vi_~~O ANATÔMICA 
Quando do estudo d:i anatomia, o profissional 
deve e.<;tar atento à existência Jc \'ariações anatômi-
cas d.as c:.trulUras da cabeça e do pescoço que são 
consjderaclns como <lentro dos limites dn normali-
dade. O número de ossos e de mú.i;culos da cahcça e 
do pescoço geralmente é constante, porém, deta-
lhes específicos dessas estrutur:is podem vnrínr de 
indivíduo pnrn md.ivíduo. Desta fonna, os ossos 
aprcseinam processos de dimensões diferences e os 
músculos, variações no tnmanho e em algum deta-
lhes na su_a inserção. As articulações, os v.t<;os, os 
nervos, as glândulas, os ünfonodo~ e os phinos e es-
paços foscíaís de um indi\.Íduo podem \•ariar cm ta-
manho, locolização e até mesmo faltarem . .\s varia-
ções anatômicas mais comum, da cabé\11 e do 
pescoço que pociem influcnci:ir no rrnrnmento 
odoncológico. serão abor<ln<las nescc h\To, 
SECÇÃO SAGITAL 
MEDIANA 
Plano mediano 
Plano transversal 
8 CAPITULO 1 • lnt1odução 
~ --~-~ ------ . 
• Q,U.Ê\Sl"fÍ!O'N Á R 110 ... , .. - · 
li 1 _,•,1.....&,.1~1 ..--_:.._.~-.X..· ~- • __ .!.._ _ _ ~I - - -
1. Qua l dos phmos a seguir divide o corpo hu-
mnno cm metades direita e esquerda~ 
A. Plnuo transversal 
R. Plnno mediano 
C. Plono coronal 
D. Plano fronraJ 
1. Qunl dos Lermo:, a seguir é urllizado pora 
i,iruar uma região <.lo corpo .1íasrada do 
plano mediano? 
i\. Prm.im:il 
B. Lateral 
C. ,\lcdial 
D. J l)MLltc.ral 
E.. Conrralace.ral 
3. Estrunm1i. situadas do mesmo lodo do corpo 
:.ão con.,ider-aJas: 
•\. Proxim:iis 
B. Laterai!> 
C. \lcdtais 
D. Ips1l,1tc.ra.is 
[. Concralatcrais 
.+. Uma região do corpo próxim.1 ou em di-
reção à cabeça é considerad.1; 
•\. Inferior 
B. ~upenur 
C. Proximal 
D. Distal 
[. Dorsal 
5 . .\ ,c<.-ç.10 sagical mecliamt corresponde a um 
corte reali7..ado atra, és Jc qual plano do cor-
po? 
\.. Plano tn:insversal 
B. Plano mediano 
C. Plano corona l 
D. Pl.1no fronta l 
6. Qual da., afinnativas referentes ã posição 
anatômica cst:í correta? 
A. O corpo estáereto, com os olho volta-
dos p:1rn a frente. 
B. Os membros o;uperiores estão ao lodo do 
tronco. com as palmas das mãos volcaJas 
postenom1cntc. 
C. Os membros o;uperiores esriio siruados 
poscenormcntc com os dedos \.Olt.a<los 
para a frente. 
O. O corpo t:.<;t:Í em posição de ..-upinn, com 
os olhos ícchaclos. 
• , . Qual das sec<,Õ~ a seguir repre:.énta um 
corre horizont:11: 
• \. Sagu:al 
B. TransYersal 
C. Frontal 
D. \1ediana 
8. Estruturas que c.-.tão locali1..adas intc.rnamcn· 
te. longe da supc!rfícic do corpo. são conside-
rndos: 
• \. Dist:m 
B. Superficiais 
C. Profundas 
D. Conrralater:1is 
E. Externas 
9. Qual plano di, ide qualqut:.r rcgifo do corpo 
nas panes anterior e posterior? 
\. 5agit:al 
8. TntnS\·ersal 
C. Frontal 
D. \ilecliano 
I O. Qual das aJt:crnaó, as :.1 seguir representa 
uma afirmação correta sobre a analomia hu-
mana? 
.\. O ápice de um:1 t..>strutnra cônica é :i hasc 
plana. 
8. .\s duas metades du corpo são complern-
rnente simétricas. 
C. .\ superfície C.\tcma é a parede interna 
de uma estrutura caviclria. 
D . .\s aróculações, O\ \."3sos. oi, nervos, ,ls 
glândulas e os linfonodos variam em ta-
manho. 
ATIVIDADES DE REVISÃO 
l. i\l:rnteoha-se em posição anatômica em 
freme a um espelho. 
2. Na posição anatômica e em frente a um es-
pelho, descreva partes do seu corpo uti.liza.n-
do a terminologia anatômica correta, como 
medial e lateral. 
CAPÍTULO 1 a Introdução 9 
3. Na posição anatômica e em frente a um es-
pelho, udlize uma régua longa para mostrar 
os diferentes planos, como transversal e 
frontal. 
AnatoIIlia de Superfície 
• RESUMO ______ _ 
Este capítulo aborda os seguintes 
tópicos: 
T. Anatom1u de Superficie 
li. Rel?ÍÕ~ da Cabc~":I 
A. Regiõo Frontal 
B. Regiões Parietill e Occirirnl 
C. Região Tempornl 
D. RegiJo Orbu .• 11 
E. Rcgiiio '\.aslll 
F Regiões lnfr:i-Orbual, 
Zigom:itJca e da Bochecha 
G. Rcgiõo Oral 
H. Região ~1enrual 
UT. Região Cervicab 
• PALAVRAS -C HAVE 
• OBJETIVOS - --------------------
Após ler este capftu/o, o aluno deverá estar apto para: 
1. Definir e pronunciar correuuncnte tod~ ~ palavr.1~-chave e termos 
aru)tômico:. do 01pírulo. 
2. Discutir as base!\ anatômicas do examc do paciente e dm aspecros ra-
diológicos d2,; regiões Ja c:ibcça e do pescoço 
3. Localizar e idcnriíle11r as regiões e pomos de referência supcr6ciaí~ 
no paciente ou = diagr:unas. 
4. Responder correcuncnte o qu~1ionário e completar ;i.., nrivichtde:. de 
revisão clo capítulo. 
5. lnlegr:tr o conhc:cimcmo da anacomia Je superfície com a pr:ícic:1 clí-
nica e com a~ recnic;;b radiologicas da obcça i: do pescoço. 
Bucal Estruru.ra refum11 :1 p:ircde larcral da cavid:ide orul 
(bochecha). 
Labial Fstrutura referente aos l.ihms. 
Lingual Esrrurura referente à língua. 
P alatina F,trurura rderentc ao palato. Facial Estrutura referente à fuce. 
ANATOMIA DE SUPERF(CIE 
Ao examinar um paciente, o profissional da área 
Odontológica deve estar inteiramente familiarizado 
com os detalhes anatômicos existentes na superãcie 
da cabeça e do pescoço. Tais aspectos são pomos de 
referência para a maioria das estruturas situadas pro-
fundamente nessas regiões. Desta maneira, através 
do exame visual ou pela palpação dessas característi-
cas superlicinis, pode-se obter informações impor-
tanres sobre o estado de higide2 das esrrururas pro-
fundas, e qualquer altemçiio obscmrada deve ser 
prontamente rcgisLrada pelo profissional. 
..\. maioria das radiografias exmi-orais também 
são obtidas utili1..ando-se os diversos pontos anatô-
micos superliciais como referência, como partes do 
0U10, nariz e orelha. O uso desses pontos permite o 
correto posicioname11to do filme e scgunini,.11 na 
obtenção das radiografias. 
Algumas vnnações dos aspectos superfio::11s estão 
nos limites dos padrões de nonnalidadc. Todavia, uma 
alteração dessas característicru. em um detcnninado 
paciente pode stgniâcar uma condição de impon:íincia 
clinica. Desta forma, não são as \1-ariações entre O!> in-
divíduos que devem ser obsen"3das, mas as aJteraçõe:. 
npresentados por um indivíduo em particular. 
10 
O estudo da a.nacomia se imcia com a divisão cb 
<;upcrfície da cabeça e do pescoço cm regiões, nac; 
lJUais se encontram determinados pontos anatômi-
cos de referência que devem <,cr bem obsen·ados .1 
fim de se desenvohcr a habalicladc de cnconrrá-los 
no t!X:lmé do paciente. 
REGIÕES DA CABEÇA 
As regiões da cabeça incluem as regiões frontal, 
parietal occipital. tcmporul. orbital, nasal, infra-or-
hital, zigomática, dn hochecha, ornl e mentual (Fi-
gura 2-1). 
-\s relações entre as escrururas superficiais e pro-
fundas da cabcç-.1 são rel:mvamente simples na 
maior parte das superficies posterior e superior, tor-
nando-se mais difíceis na região focinl. As estrutura'> 
Regíão parietal 
Região temporal 
Região zigomátlca 
Região occipllal 
Ângulo da mandíbula 
CAPITULO 2 • Anatomia de Superflci e 11 
ósseas da cabeça são abordadas no Capítulo 3; o ce-
c1do glandular, como as glândulas safü ares, no Ca-
pítulo 7; os Jinfonodos regionais, no Capítulo to. 
REGIÃO FRONTAL 
.\ região frontal da cabeça inclui a fro nte e ._i área 
localizada acimo do olho (Figura 1-2). lmediatamen-
te abaixo dos superci1ios, encontra-se a margem su-
pra-orbital ou superciliar. A área lisa e deY:icfo entre 
os supercílios é ::i glabela,1 que apresenta-se plon:i na 
{;riança e c111 oJultos Jo sexo feminrno, sendo proe-
\i. Tradutor. 'n rcgiJo tLt gLlhda, cnconmi-se u p,,11111 .,,,~ 
mitri,o (lc mc:,,mo nnme, que e definido como o ponto que ma~ 
~ pro1e(;] 11nr1:num1cnt1;. na linha mc:di:ma 1fa gl:ibcla. 
Eminencia frontal 
Margem supra-orbital 
Região 11}fra-o~ 
- ---- Região nasal 
Região da bochecha 
FIGURA 2- 1 • Regiões d:1 cabeça: frontal. p:metal, occ1pital, temporal, orbit:11, nnsal, infl'l1-orbi-
ml, rigomatica, da bochecha, oral e mcnrual. 
12 CAPITULO 2 • Anatomia de Superftc1e 
mineme e arredondada em adultos do sexo mascnli-
no. A proeminência da fronte, o túhcr frontal ou 
eminência frontal, também é e\idenre. O túber fron-
tal é a1:ús pronunciado nas crianças e adultos do sexo 
feminino, e a margem supra-orhital. nos athilcos do 
se.-xo masculino. Situando-se próximo ao paciente, a 
fronte é inspecionada visualmente t: pode ser palpada 
bilateralmente durante 1un exame extra-oral. 
REGIÕES PARIETAL E OCCIPITAL 
A região parietal e a região occipital são reves-
tida~ pelo couro cab eludo, que consiste de camadas 
de tecido mole sohrepostas aos ossos da calvária. 
Como extensas áreas e.lo couro cabeludo estão co-
bcrcas pelos cabelos, é importante que se inspecione 
essas regiões durante um exame e:\.tra-oral, pois le-
sões podem estar encobertas e não serem percebidas 
visualmente pelo clínico ou pelo próprio pacieme. 
Durante um exame exun-oral, posicionado próximo 
ao paciente, explore visualmente todo o couro cabe-
ludo movendo os cabelos, particularmente na linha 
de implantação dos cabelos, começando em uma 
orelha e terminando na outra (Figura 2-3). 
Glabela 
Margem supra·orbilal 
RGURA 2- 2 • VL,ta antenor da cabeçi 
t'Om alguns det:al.hes da regi.ia fronrnJ. 
FIGURA 2- 3 • Inspeção visual de todo o couro cabe-
lu<ln. 
FIGURA 2-4 • Demlhes da orelha 
enernn, localii.ada na região tcmpo-
rnl. 
REGIÃO TEMPORAL 
Orelha 
A principal csrrururu da regiao temporaJ é a 
orelhn externa, formada pela orelha e pdo meato 
acústico externo (Figura 2-4). ,\ orelha. ou p:wi-
Lhão, etpla as ondas sonoros e o me:iLo acúsaco ex-
terno é um tubo através tio qual essas ondas silo 
cransrniLida~ parn a orelha média situaua no imerinr 
do osso temporal. 
.-\ margem livre superior e posterior da orelha i 
denominnda hélice, que cennina inferiormentc no 
lóbulo da orelha. uma proruhernncio de cons1srcn-
cia mole (Figura 2-4). O ápice superior ela hélice es-
tá situado em um nível correspondente aos <;upero-
lios e glabela, e o lóbulo, aproxunadamcnte no nível 
do :ipice do nariz. 
Na pane da orelha anterior à abertura do meato,enconCJ":l-se uma pequena elevação, o trago, que co-
mo o restante <lru. estruturas do fl:l\-ilhão, é maldvel 
à palpação, por ser constiruído de cartilagem clástic:t. 
1\ elevação cartila1,rinosa oposto ao trago, é <lcnonu-
nada antitrago. Entre o rrago e o antitrago há uma 
chanfrndura profund,1, a incisu1-a intertrágica. O 
meato acústic<.l externo e o trago são pontos de rele-
CAPITULO 2 • Anatomia de Superf,cie 13 
Hélice 
Meato 
acust1co 
externo 
Trago 
~-----_ lnc1sura 
lntertráglca 
Antitrago 
rência unport:tntc!t na obtenção ele radiografia<; cx-
rra-orais e na rcalizaçiio d<. :incstesias locais Durante 
um e-.ame exm1-oml, a orelha externa e in..pecionnda 
,·isualm~ntc e palpJJ,1 (Figura 2- 5). 
FIGURA 2- 5 • Polpação J.:i orelha cxtcrn:i . 
14 CAPITULO 2 • Anatomia de Superfície 
REGIÃO ORBITAL 
Na região orbital o bulho do olho e suas estru-
runis auxiliares esriio contidas cm w11a co.ndadc ós-
sea, a órbita (Figura 1-6). o~ olhos esú!o local.iz.ados 
:iproxtmadamcnte no ponto mcdio do comprimento 
verl ica I da face. A largum de c::ula oi ho corresponde 
hasic:amente à mesma tÜ!>tândn cmre os olhos. No 
olho, observa-se uma tírca branca, a esdera, e wna 
parte circular colorida. a íris. A abeml1'3 localizada 
no centro da íris é a pupila, que tem o seu diâmetro 
alterado de acordo com as \":lriações nas condições 
de luz <lo ambiente. 
Duas csrrurur:is mó,·ei5, as pálpebras superior e 
inferior, cobrem e protegem cada bulbo do olho 
(Pigura 2-6). No interior d:1 órbita, profundamente 
à pálpebra superior, sinrn-se a glândula lacrimal, 
respons,ivel pda produção das lágrima!>. A túnica 
conjuntiva é uma delicad,l membr:ma tJUe reveste a 
foce interna das pálpehr:is e 11 superfície do olho. -\ 
união das pálpcurus ocorre llO ângulo lateral do 
olho e no ângulo medial do olho, dois ponroc; uti-
li1.ados como rcferênoa para a obtenç-jo de radao-
grnfias cxrra-orai'i. Ourante um e-.ame eiu:a-oral, a 
região orbital é exanuna<la visualmente incluindo o-; 
mO\'lmentos e reflexo!> dos olho!.. 
REGIÃO NASAL 
A principal esmnura Ja região nasal é o nariz, 
cuja raiz sicua-se entre os olhos (Figura 2-7). Infe-
riormente à glabela, C!Jlconrra-sc o ruísio, um ponto 
mediano que corresponde à união entre os ossos 
Pálpebra superior 
Ângulo medial 
do olho 
Contamo da órbita 
(tracejado) ------- / 
____ __,,, 
n.1Sa1s; estes formam uma parte do nan, denomina- " 
da dorso do nariz . .:\. ponta ou ápice do nariz é 
uma rc:g1ão llexí\'el de";Jo a ~UJ cons1,;cência carti-
laginos:1. 
As narinas são as <luas ahcrnanl!> do nari1 que são 
sep:irndns por uma parede mecli:inn, o septo nasal, e 
linuta<lns btcrahucmc por e'itrururns c:1 rtilugil10sas 
em lorm11 de asa, as asas do nariz (Figura 1-7). A 
largura entre as asas <leve correo;ponder aproximada-
mente à mC!ima largura <lo olho ou ao espaço situa-
do encre os olhos. O n:bio e ao; ,1s:1s t.unbém são 
ucili1.:1dos como referência para a obtenção de radio-
grnfi~ cxrra-oraís. Durante um exame cxcro-ornl, o 
n:iri1. é irupcc.:ionado visualmente e palpado (Figura 
2-8). Pró.ximo ao paciente, inspecione\ isualmcnre e 
palpe a região nasal bilareralmemc, 1111c1ando nn raiz 
do n:iri:G e dirigmdo-c;e para o seu ápice. 
REGIÕES INFRA-ORBITAL, 
ZIGOMÁTICA E DA BOCHECHA 
.\., rcgiõc'> infra-orbital, zigomáciC'I e dn boche-
cha são regiõ~ da face (Figura 2-9). A região in-
fra-orbiaJ I! inferior à região orbital e lateral à re-
gião nos:11. ,\la1s lateralmente, encontm-se n região 
ngomátic:i que corresponde ao osso z,gom:ioco e 
ao arco zigomático, situado logo ahaixo dn mar-
gem tnlerior da orbita e estendendo-se para a parte 
-.upertor ela orelha. 
De -.iruarJo inferior ao arco zigom:ítico e ime-
d1:1mmcmc .intcnor à orelha encontra-se a arti-
culação temporomandibular (Figurn 2-9), local 
onde o mandíbula se une à base do cr:inio. Os movi-
FIGURA 2-6 • Uc:cnlhes do 
buJbo do olho e: da região orbi-
tal esquerda. 
lGURA 2- 7 • .\.fuce.com dc:-
t:ill1e:, tia rcgiffo na.sal. 
Nanna 
mcntm, c..la mandíbula na artit:uhii.-ão podem i.cr sen-
ó<lrn, quando se abre ou focha a boca ou qu:inc..lo .1 
FIGURA 2- 8 • P:tlp:içiio do n:1ri1 .. 
CAPITULO 2 • Anatomia de Superflc1e 1 S 
Localização 
do nàslo ... 
Raiz do nariz 
Dorso do nanz 
Asa do nanz 
Sulco..-
nasolablal 
Ápice 
Sulco 
labiomentual 
nu1m.líbula se mmc lateralmente. Uma maneira de 
se palpar o:. mm imcnros que ocorrem oa articula-
i_-:io é introduzir um dedo na enmJa do meato 
acusoco exLemo. 
A região da bochecha (figu.r:i !-9) esta fonnada 
r,or esrruturns moles que conmrucm a-. paredes la-
terais da C',l\,dadc uraJ, conhcddas como boche-
chas. ,\ bochecha é uma áre:1 ampla e plana situada 
entre o nanz. .1 boca e a orelha. \ maior parte dessa 
região é male~hcl. con:;tituíJa r,rincipalmcnte por 
uma massa de tecido adiposo e músculos. Um dos 
músculos dessa rcgiõo é o potente mi'1scn lo masse-
tcr que pode ser palpado quando o pacieme cerra os 
cientes. O acentuado iingulo ósseo p:ilp.h'el infe-
nonncntc ao lobulo da orelha, e denominado ân-
gulo da mandíbula. Durante um e.x.une extrn-<>rnl, 
o profissionnl da nre:1 odontológie:t inspeciona ,'i-
:;ualmemc e palp:1 hilateralmcntc :'IS regiões infra-
orbiml, z.igo1mílie:t e da bochecha, hem como a arti-
cular,.'âo remporom:1nrlihular (Figuras 5-7 e 5-8). 
16 CAPITULO 2 • Anatomia de Superfloe 
Contorno da órbita 
Musculo masseter Região ZJgomáuca 
Ângulo da mandíbula 
FIGURA 2- 9 • Detalhes <la.~ regtõe~ z1gom:itica e da boch;,;cha. 
REGIÃO ORAL 
A 1·egião oral é formada principalmente por es-
rrururnc; internas, sendo constirujda pelm lábios, ca-
ddnde oral, palato, linb•ua, soalho d.1 L":l\'tdade oral e 
fouces (ga rganta). Os l.ihio~ constituem a porta de 
cmrnda pnni a C,P,iuadt! oral. Cadn hihi<> ,tpre,;cnta 
um,1 zona vermelha que lhes conferem uma apa-
rência mais escurn t. ,cparada Ja pdt. circuniaccncc 
Lábio 
supenor 
Tubérculo 
Lábio 
Inferior 
FIGURA 2-10 • Dct.ilhcc; cio~ lábio,- na região oral. 
pela margem vermelha (Figurn 2-1 O). A brgurn 
drn, lábios cm repouso deve corresponder nproxi-
madamenct! ü distancia entre as íris. 
'\;a nha mcdi:uu do lábio supenor, mfenonnentL 
-º -septo du nan,., há um sulco ,·crt1ml de cr-JJCto infe-
rior JcnominaJo filtro, que tcnnina cm uma esrruru-
ra t.."''J>CSSª• o tubérculo do lábio superior (Figura 2-
I O). Os lábios se unem no ângulo da boca, onde se 
obsena uma pequena depressão. a comissura dos ltí-
Fiitro 
Margem 
vermelha 
Comlssura 
dos lábios 
Zona 
vermelha 
Margem 
vermelha 
-
FIGURA 2- 11 • \ c.·,I\ 1J.1Jc: oral com os 
dente\ c a inJ1e1ç:in Jrn, termo, lingu.11, pala-
tino, buc.-al c labial ncssu C;l\ idade. 
Cavídade 
própria 
da boca 
Bucal 
bios. O sulco que :se:: esLc::nde desde a comissura dos 
lábios até a asa do nariz é o sulco nasolabial e o sul-
co que separa o L:íbio 1nft:nor da rei,riâu mcnrnal é de-
nominado sulco labiomentual {Figura 2.--). O, l:i-
bios são palpados por do1~ <lc<los durante um exame 
inlra-oral, bem como 1rupcc1cm.1dos ,1sualmentc Je 
uma fonna sistemática, de uma comissura a outm. 
Cavidade oral 
O interior da rcgiõu orn l é conhecido como ca-
vidade oral. ;\'essa região cnconu·am-se as maxilas, 
situadas incemamcncc ao l:ib10 superior, e a mandí-
bula, internamente ao lábio infenor (Figura 2-11). 
Diversas á reas da t."3vidade oral são denominada., ou 
iden tificadas de acordo com suas relações com a 
língua. o palato, a~ bochechas, os hibios e a superfí-
cie da face (Figura 2-11). Assim. estruturas referen-
tes à língua são <lcnomintidns linguais; ao palato, 
palatinas; à fuce inremn das bochechas, bucais; aos 
1:ibios, labiais e à 'iUpcrfícic ela face, fuciais . 
A cavidade ornl está revestida por uma túnica 
mucosa (Figura 2-12) . • \ superfície interna dos lá-
bios é revestida pela espessa e rósea mucosa labial, 
que se continua com a igualmenLe rósea e éSpessa 
mucosa bucal. que reveste internamente a parede 
lateral da bochecha. :\ mucoso bucal recobre tam-
bém uma pane do corpoadiposo da bochecha. Parn 
o exame visual d.1 mucosa labial, pede-se ao pa-
cien te que alir-J um pouco a boca, cracaonando-se o'i 
CAPITULO 2 • Anatomia de Supt>rflc1e 17 
seus lábios. Traciona-se também li mucosa buc.-aJ, 
p:1ra que seja realizada na hoi.:hccha, u1nn palpação 
h1d11:,rital, arrnnis ele mmimemus circularec; com-
pre,;c;ivos. 
Pont<>, de referência a<lic1ona1c; pndem ,cr ub-
'icrvaJo,; na t11, idade oral (Figum .'!-12). '-:a região 
dJ mucosa bucaJ no nível do segundo molar supe-
rior, ~itua-se uma pequena clcvJ~iío <lcnominada 
papila Ju Jucco paroádeo, que contém a aberrurn 
do dueto cJa glôndub parótida. O túber da m axila é 
umn elevação da parte posterior da maxila. 
O espaço linútado externamente pela parede la-
cerai <la boc:i e as lábio,; e imernamemc peloc; den-
cec; t processo~ al\'eolares rc\·estidos por muco<;a. é 
denominado \:estíbulo d.l boca (Figura 2-12). Tan-
C1l na pane ~upcrior (maxilar) como n:1 pane infe-
rior (mandibular) de!>te c:::.p.iço, a espessa mucosa 
d.l'> rcgiõc:. lahiâ.l e bucal toma-se mais 11, ermelh.1Cla 
e delgada l: ~t: reflete n o fórnice do vestt1mlo. F.ss:i 
1nucosa reveste o processo alveolar do muxiln e da 
mnnd1hula, p::i.c;san<lo então a c;cr Jcnominndn mu-
cosa alveolar. 
O frênuJo do lábio (superior e inferior) i uma 
pregn muco,;a 'iÍtua<la na linh:t medi.11111, enrre as 
mucos:1, labial e alveolar (Figur,\ 2-1 n 
O~ dcnres superiorC!. são denomiiudo~ dentes 
maxilares e os dentes mfcriorc~. de ntes m:mdibu-
la.rcs (l•i!:,'1ll1l .'!-13). Os <lemes 111:ixilnres :imenorcs 
se sobrepõem aos denres mandihul:ire., amcnorcs; 
rmc;teriom1cnte, as cúspides \:CSUbularcs dm <lentes 
18 C~?lTUlj) 2 • Anatomia de Superfícre 
Papila do dueto 
parotldeo 
Mucosa 
bucal 
Mucosa labial 
Parte 
max11ardo 
vestlbulo 
(com o fórnlce) 
Mucosa 
alveolar 
Prega mucobucal 
Parte 
~------ mandibular 
do vestlbulo 
(com o íórmce) 
... 
FIGURA 2- 12 • Detalhes tfa mut."<1<;11 hucal e da mucos.i l:1hi:1l. 
superiores se sobrepõem às dos dentes mferiores. 
Nos indidduos adulLOs, ambos os arcos dentais são 
fonnados pelos dentcs pcnnanentes, que incluem os 
dentes incisivos, caninos, pré-molares e molares. 
A mucosa espessa e de colornção rosa pálida que 
circunda os dL'ntcs superiores e inferiores é deno-
minada gengiva (Fibrurac; 2-13 c 2-H) .• \_ gengiva 
que adere 6nncmcmc ao oc;so alveolar é a gengiv:i 
mc;enda, que pode aprcc;cntar areac; de pigmenta-
ção. A l111ha sinuosa Je dcmarc.1ç.io entre a gengi\'a 
!'..Tradutor· Áre:1., e\turl!crdu, 1lcr11rrcmc!> dn pre.\ença eh: 
inch1nina. 
Frénuiodo 
lábio supenor 
Dentes maxilares 
Dentes mandlbulares 
FIGURA 2-13 • Vista anterior da ca, idade ornl. 
inscritfa e a mucosa alveolar adjacente ao fórnicc é a 
junção m ucogengival. 
1\ gengiva livre, não inserida. que circunda <.-ada 
dt:nte, é denominada gengiV:l marginal (Fi~rura 2-
H). \ fuce interna <la gengiva margin:tl ~ci volta<l,1 
para um pequeno espaço de profundidade v:iri:ívcl, 
o sulco gengival As papilas interdentais são pro-
jeçõe.c; da gengiva que preenchem O<; esp:1ços sirua-
dos enLre o,; dentes. Durante wn exame mrra-oral, 
as mucosa,; bucal e labial são retraída'> u suficiente 
parn se ino;pecionar visualmente a rc~rião do vestíbu-
lo. A gengiv:1 também é examin;1cln visu;1 lmence e 
palpac.la por compressão digital. 
Mucosa 
alveolar 
Junção 
mucogenglval 
Gengiva 
Inserida 
FIGURA 2- 14 • Ot!mlhc!S da gcngi"a t! o--
trot\lr:t~ .1djat-.:nLc:s. 
Palato 
O teto da c~w,dade própria da boca ou o palato, 
c.~tá consLiLUído por duac; partes - uma anterior e 
outra posterior (Figura 2-1 5). A pane anterior e rí-
gida, o palato duro, apresenta uma estreita cnsta 
mediana, a rafe do palato. Situada posteriormente 
ao~ incbh os cenrrais, exi:.te uma pequena cle,·açiio 
lisa, a papila incisiva. onde termina a rafe do pala-
to. O polaco duro apresenta ainda ru1:,ras trans,·er-
AGURA 2-15 • Detnlht:S do pa-
lat0. 
Dentes 
anteriores 
da maxna 
Palato duro 
Palalo mole 
CAPITULO 2 • Anatomia de Superf1c1e 19 
' 
Mucosa alveolar 
Junçtlo mucogengivaJ 
Gengiva Inserida 
Gengiva marginal 
Papila inlerdental 
Sulco gengival (Interno) 
~.1-i!>, as pregas pafotinas transversas, que p3rtem 
da papila e da rafe. 
O palato mole, crn 11posto por müsculus e muco-
"ª· corresponde à pane posrerior do pal:no (Figuras 
2-J 5 e 2-21 ). ProJctanJo-se Je sua margem li\Te, 
obsen a-se uma cc;trutura muscular, mediana, a 
úvula palatina. A prega pterigomandibular é 
uma pref:_ra mucma l)Ut: :.e estende des<lc a Junçiio Jo 
pal:m, duro com o palato mole até a m~mdfüula, 
posteriormente ao tíltimo dente, e é estirada quan-
do a boc.-a está bem nherta. E.sra prega cobre 11mn es-
Pregas palatinas 
transversas 
Rafe 
do palato 
20 CAPITULO 2 • Anatomia de SuperffCIP 
rrurura ltgamcnrosa snua<la no limite enrre a pnrcde 
lateral da c-JvH.lade própria tl:1 boca e a faringe. A 
papila retTOmolar represenm um denso coxim <le 
Leci<lo conjunmu, siLuadu Ji<;Lalmentc ao último 
dencc dt1 mamlílmla. Durance um exame intra-oral, 
o palJto é inspecionado uti.l.uamlo--se um espelho. A 
língua é estendida para que o palato mole seja vi-
sualuoclo. Posicionando-se cwdadosamcnte o ôpe-
lho sobre a pane medtJ da ltngua, pede-se ao pa-
ciente para du;er "ah". No momento cm que isso 
ocorre. a úvub é uhsen·ada. Ent..1o, deve-se e,crccr 
uma compressão c;ohre os palJms mok e duro com 
o polegar ou o imlacador. Edtl! uma compressão 
cin:ubr parJ não desencadear o rdlexo do vôm1w. 
Língua 
.\ língua é :i esrrurura procmicnte da região oral 
(Fii:,rur.1 2- 16). <;eu terço posLcriur, a raiz da língua, 
ou pane furíngea Ja língua, se insere n<> ,oalho <la 
ca, idade ornl e está ,oltada para a parte oral da fa-
rinE!e. Os tini., terços anteriores da língua consti-
tuem o corpo da língua ou pJrte oral da Língua, e 
ocupa a caYiclade própria da boca. A ponta da língua 
é <lenomina<la ápice da língua . . \ mucos,1 da s11pcr-
fícíc dorsal Ja língua (cúnica mucoo;a da Lngna) 
apresenta pequenas ele, açücs especíali1:1das, as pa-
l.Ab10 supeno, 
Dorso da llngua 
.. 
pilas linguais. albrumas das quais as:.ucia<las ,tos 
co.lícuJos gustnt6rios. 
A margem da língua corrc,ponde a ,ua face la-
Lcral e e bem delimitada deviJo j presença Jc sulcos 
vcrtica,., na mucosa, a.s papilas folhadas, sendo que 
nlguma!t contêm calículos gusrutônos e ,ão mai'> de-
senml,~das n:1 criança. 
Em ,üo fuce superior, o dorso da língua (Figuro 
2-J 7), ~e obsen1t a presença <ll: wi1n deprc!>..sâo medi-
ana, o sulco mediano da língua, que corrcspomle n 
uma c,trutura fibrosa mediana siruaJa profunJa-
rnente. '=a língua, Jorc;al e postcnor e ventral e ante-
rior não são lermos equivalente:., significan<lo qun1 ro 
!iituaçõe!) <listint:l.S. Isto '>C deve ao futo de a ÜO!,rua 
hum.m.1 pos-suir :1 mesma orienuç:ão da língua dos 
nnimllis quadrúpedeS, nol> quais os termos anterior e 
postenor se aplicam parn as estruturas smrndas res-
pectivamente em direção ao n.anz e à cauda, e <lorsttl 
e ventr.11 o;c refcr1tem rcspecavamcme ao dorso e ao 
, entre Ju animal \ pos1c,-{io en.:ta e a ra,~io pela qu~ 
os tenno., dors., I e posterior St; tomaram sinônimos 
p.1ra o resto <.lt1> ec,rruru.rm, do corpo. 
A face dor...11 da línl!Ua apre5cnru papihls (Fi1:,.rura 
2-1 i). \s delgadas papilas em fonnato de pequeno:. 
fios são as papi la!. filifonnes, que conferem ao dor-
so da língua um aspecto a,·cludado. As papilas fun-
gifonncs, mais numerosas no :ípice da língua, são 
Papilas rolhadas Corpo da língua Raiz da lfngua 
FIGURA 2- 16 • Dt:talhcc: da líni,.'WI cm \ isca Lucrai, <lwmnc exame da região. 
CAPITULO 2 • Anatomia de Superfície 21 
.,:......,ri--- Forame cego 
·µ.,'1.4!.,, ~t)1~~~'--~::_ __ Sulco terminal 
Ápice da língua -----"'=-~-
FIGURA 2- 17 • Detalhes do corpo e raiz da língua. 
pequenos pontos avermelhadoi,. com aspecto de co-
f.,T\lmdo, que apresentam caJícuJos gustarôrios. 
Situado posteriormente no dorso da língua, scn-
<lo por isso difícil <le se obsen1:1r emum exame cli-
n.ico, está o sulco terminal, um sulco em forma ele 
V que representa o limite entre a raiz e o corpo <la 
língua (Figura .2-17). ~o vértice do sulco terminal, 
volrado para a faringe, existe uma pequena depres-
são denominada forame cego da Língua. As maio-
res papilas da língua. as papilas valadas. estão sima-
<las anteriormente ao sulco terminal, e enfileiradas 
paraJclamcme a ele. Seu nlÍmero varia entre 1 O e 
14, e apresentam calículos gustatórios. Posterior-
mente ao sulco terminal, observa-se a presença de 
um tecido linfóide, que constirui a tonsila lingual. 
A face inferior ou ventral da língua se destaca 
pela presença de vasos profundos bem visfreis, as 
veias profundas da língua, cujo trajeto é bem pró-
ximo à superfície da mucosa (Figura 2- LS) que nes-
ta região forma duas pregas onduladas siruadas 
imediatamente lateraJ a esses vasos, as pregas fran-
jadas. Novamente deve-se ressalrnr que o termo 
ventraJ, utilizado para a face iníerior da língua, ,;e 
refere ao animaJ quadnípede na posiçiio anatômica. 
P ara examinar o dorso e as faces laterais da lín-
gua, deve-se enroh1r uma gaze no terço anterior da 
língua para se obter um apoio firme enquanro opa-
ciente a estende suavememe, pois se o pacieme é 
forçado a estendê-la muito, o reílcxo do vômito é 
desencadeado (Figura .2- 16). O dor;o da língua é 
paJpado e l!.Iltâo, deve-se movê-la um pouco para os 
lados ,l fim de se inspecionar sua base t:: margens la-
terais, que devem ser palpadas. P,1ra se examinar a 
face ventraJ, peça ao paciente para elevar a língua 
(Figura 2-18) e então inspecione e palpe essa re-
gião. 
FIGURA 2- 18 • Detalhes du fac:e mft:riur ou venLraJ da 
língua. 
/ 
22 CAPITULO 2 • Anatomia de Superf1C1e 
Caruncula 
sublingual 
FIGURA 2- 19 • Dcr.tlhc, do .)(1:tlho cfa t.··.J\ ui.ide oral. 
~ Soalho da cavidade oral 
O !>Oalho da ciwicfoJe oral locaJiza-,c inferior-
ment<. à fucc: inferior da lín~rua (Figura ~-19). O 
frênulo da língua, é uma prega mucm:1 meJ,an.1 
s1ruada encre a h1cc mforior da língua e o ,oalho da 
cavidade ornl. 
De cad3 lado Je"J re1:,riãu, ,e observ.1 1 presença 
da .. pregas sublinguais qm: C'>tàO amm1adas em 
foruu de\', com o vénicc \'Oltado p:>ra o frênulo da 
língua (Figura 2- 19). Ai. preg.1, sublingti.1" contêm 
ª" abcrruras doi. Jucros da gl:inc.Jula 'tublin(?llil] . ~a 
cxuem1dade antcnor de caila prega suhlingual 
,1tua -,e a carun cufa sublingual, que contém a 
Cavidade nasal 
Palato mole 
Cavidade oral 
Frêrn,lo 
da língua 
Prega 
sublingual 
Dentes 
anteriores 
da mandlbula 
abertura do dueto d.t'- glândulas suhmand1hular e 
suhling1.1;1I•. 
Utilize o espelho para facilimr a iluminação e n 
nh!>cn ac.-:io direta du ,oalho da c:I\ idade oral Com 
a língua do paciente encoi.tJda no palato obsen·c o 
.. oalho d,1 c:widarlc oral Lo frênulo da hngua. Palpe 
a rcl{iõ.u subli11guaJ po,iciona.ndu o dedo indi<.:a<lor 
de uma (b, mão, dencro eh boCI L os dedo,; da outrJ 
m:io forn dela, c;ob o menm. a fim de cnur ui; tec1-
d0<i LnlTC \CUS tkdo,. 
;,.. ·1 radutor: Dcncm1ina1lo, du~-in;. ,uhlmgu:u~ rm:norc:, 
•, Trad11111r: Dcnomin~1lo ductll ublmgu:al nu.ior. 
Parte nasal da lannge 
----1~- Parte oral da faringe 
r:-----t--- Parte laríngea da laringe 
FIGU~ • ~,"\..10 mnlí:ma d.> 
cabeça e do pL~coço endcnLiandu ª" 
pmc, da fanngc. 
Palato mofe - - --' 
úvula 
Parede posterior da 
parte oral da faringe 
Dorso da língua 
FlGURA 2- 2 1 • A ca\iJ.1Je oral e a parte oral d;1 faringt:. 
Faringe 
.:-\ faringe é um rubo muscular que pertence ªº" 
sistemas Jigestóno e respirntório e está Jhi1ida em 
panes nasal, oral e laríngea (Figuro 2-20). Arc:as da 
parte nasal e da p:.1rte or:tl podem -;cr obser,ada.'> Jtra-
vés de um exame intra-oral. A pane laríngea da fu-
ringe não é visívd atr~wés dt-sse exnme por est:ir lll3is 
infunonnenrc siruada, próximo à emrada da larmge. 
.\ parte nasal da faringe localt1a-se acima do 
palato mole e est:í em continuidade com a cavidade 
nasal. A pane d:t furinge sinrnda entte o palato mo-
le e 3 entr-ada dn laringe, é n parte o ral da fa1inge 
(Figura 2-21) . 
. \ comunicação entre a cavidade oral e a parte 
urnl da faringe se faz através do is tmo das fnu ces 
ou garganrn (Figura 1-21). O iscmo esr:i formado la-
ternlrneme pelo-; a rcos palatoglosso e paJatofa-
ringeo , pregas mucosas que correspondem aos 
músculos de mesmo nome, situados profundamente 
a eb .... Fm.re ns arco<, encotllra-se a fossa tonsilar, 
CAPITULO 2 • Anatom1d de Superfic1e 1 23 
Fauces 
Túber da maxila 
---- Prega pterigomandibular 
------- Arco palatofarfngeo 
------- Tonsila palatina 
---- Arco palatoglosso 
Papila retromofar 
ond1.. se aloja uma esrrurura linfóide, 3 tonsiJa pala-
tina, mmbém denominad:i amígdala p:ilatina . 
REGIÃO MENTUAL 
O rnento (queixo) é a principal cstrumra da re-
gião mcnrual (Figura 1-22). O menco apresentn 
uma proeminên~ a proruber:incia rnentual. que 
gcr.ilmcntc é mais desenvolvida cm mclidJuos <lo 
sexo masculino, mas que pode ser visuali.zaJ:i e pal-
pada cm andi\'ídaos do sexo feminino. O sulco la-
biomencual, uma depressão trnnwersal entre o hí-
hio inferior e o menta e menc1onatlo quando Ja 
descrição <la região oral, nuru,almentc está situado 
n meio c:im.inho entre o ápice tio nariz e o menco, 
no nível do ôngulo da mandíbula. Na pele da região 
do mento de a lguns indivíduos mmbcm se observa 
wna depressão mediana ou "covioha'', que marca o 
local de fusão das duas parrcs da mand1bula. 
24 CAPITULO 2 • Anatomia de Superflcie 
REGIÕES CERVICAIS 
O pescoço ~e estende t.lcsde o cninio c a m:m<lí-
bula, :'lté as cladculns e o csLemo. "-" regiões cervi-
cais podem :.cr d1\·idttb, cm diferences :írcas trian-
guhm!s base.idas no!, OS!>OS e músculos aí cx:istences 
(Figuro ~-23). Os ossos e m1íscuJos serão descritos 
nos Capítulos 3 e 4, respectivamente; as cstruru.ras 
profundas dos trigonos <lo pc-;coço (ou ccn;cais) 
também c;erão abnrdad}l~ cm capítulos u lLcriorc~. 
FIGURA 2- 22 • Detalhes da re~ião mcntunl. 
Uma longa fita muscular, o músculo esterno-
cleidomasróideo divide de forma diagonal cada 
lado do pescoço na, regiões ccnic.w, lacerai e 
posterior (F'igurn 2-23). A região cervical anterior, 
ou trigono anterior, está ... ubdhidida em oucrm 
quatro crígonos cervicais, dois dos quab próximos à 
linha mcdi,ma. Siruada posteriormente ao músculo 
esrcrnodcidomnstóideo, est:.í a reE:,rião cervica l lnce-
ral, também denominada mgono cervical lateral. 
Na linha mecliann, a carlilagem tircô1dea da 1:t-
ringe forma uma saliência. J procminl!ncia IJríngcJ, 
- - - Região cervical anterior 
(ou trigano cervical anterior) 
FIGURA 2- 23 • Regiõt!~ ccr-
,;cu~: o-- ll"l!?t)OI"> cer.1C111s ame-
riur e lan:r:il. 
FIGURA 2- 24 • Vti;tJ 1,m:r.il do uignnn t.'Clvic:al 
:mrcrior t:\idt:nc:Í.àt1do ,1,; ~rrurum~ óstco-c:irrila1-rino-
~as ela região. 
Músculo - ---i--5~ 
estemocfeldomastóideo 
\ 
CAPITULO 2 • Anatomia de Supemcie 25 
Trfgono submandibular 
Musculo d1gastnco 
Trígono 54.lbmentual 
Cartilagem ltreóidea 
FIGURA 2-25 • D1v1scics du região ou tngono cenic-JI nmcrior nos trigonos: submandibufar. submenrnal. l..lróuco e 
muscubr. 
' 
26 CAPITULO 2 • Anatomia de Superf,oe 
conhecida como "pomo de Adão", mais desenrnlvi-
<la nos indivíduos do sexo masculino (Figura 2-24). 
As pregas vocais s:io ligamentos inseridos na face 
posterior da cartilngem tireóidea. 
O osso hióidc mmbém está 'iituado na linha me-
diuna, superionncnce à cartilagem tireóidea (Figura 
2-24). Diversos músculos se inserem no osso hióide 
e controlam o posicionamemo da raiz ela Língua. O 
osso hióicle pode ser palpado inferior e medialmen-
te aos ângulos <la mandíbula. Nel>Sa manobra não se 
deve confundir o 0550 hióide com a cartilagem ti-
reóidea inferiormente smrnda. 
Como j:í mencionado, o trígono cervical anterior 
pode ser subdivtdido em trígonos menores pur mús-
culo,; niio tão proeminentes como o músculo esLer-
nocleidoma.stóideo (Figura 1-25). Desta forma, a rc-
Músculo 
esternocleldomastóideoFossa supraclavicular maior 
Músculo trapézio 
gião superior de cada trigono ~1merior é <le1m1rc;1da 
por pa.rtl!!i do músculo digástrico e pela mnndíbulo. 
deümit:mdo o ttígono submandibular. A rngiõo 
inferior pude ,;er subdivuh<l:1, pela presença do mus-
cuJo omo-hióideo, nos aígonos carócico :1cim:1 e 
muscular, abaixo. O trigono submentual apresen-
ta s'ltuaçfo mediana e é <lelimirndo pelos venlres an-
teriores dos múc;culos digtístricos e pelo osso hióicle. 
Esses rrígonrn, serão abordados no Capítulo-+. 
O rrígono cer\lical lateral poclt: também ser sub-
di,idido cm pc:quenas regiões rri:ingulares (Figur:i 
2-26). Ass11n, o músculo umo-h,óideo separa ri fos-
sa supmclavicular maior (ou crígono occípir:il) ele 
c;iruaçiio superior, do trígono o moclavicuhr , infe-
riormente situado. Esses trígonos também serão 
abordados no Capítulo-+. 
Músculo omo-hióideo 
FIGURA 2- 26 • IJi\·i~õcs do crigono cc,,icul lateral: o oigono omocl:n icul.1r e a fossa suprnd:n;cuJar maior (trigono 
occip1cal). 
.... 
QUESTIONÁRIO 
1. !\.s esaururns da ca,ida<lc orn.l relacionadas à 
üngua são denominadas: 
A, Bucais 
B. Faciais 
~ Linguais 
D. Faríngcai, 
E. Pafatina:. 
l. Qual dos ccnnos a SC!,'lllr ~ utilizado para de-
signar, na região fronml, ::t área plana e ele-
vada entre o,; c,upcrcllios? 
A, Margem rnpra-orbi1al 
B. Ângulo medial do olho 
J(. Glabela 
D. Al.-a 
E. Orelho 
3. Em qual região da cabeça e do pescoço e.<;L:í 
situado o crngo? 
\. Região froncal 
B. Reglãn nasal 
~Região temporal 
l). Trig-onu .1merior do pe:.coc;-o 
E.. Trígono submantlihufar 
4. ,\, união cnrre :J mucosa labial ou bucnl e a 
mucosa al\eolar é denominada: 
,t) Junção mucogengiv~il 
A Prega 111 ucobucal 
C. .\largem ,·ennclha 
D. Frênulo do 1:íbio 
E. Sulco labiomcnrual 
5. O músculo esternocleidomastcfülco divide o 
pescoço em qu:w, trígonos cervicais? 
A. Superior e inferior 
B. .\ledial e lateral 
-S: Amcrior c lateral 
D. Proximal c distal 
' 
CAPt I ULO 2 • Anatomia de Superfic,e 27 
6. _.\.s regiões parietal e ocdp1rol s-:io revesúdas: 
i\. Pela região tempora I 
;9,-Pchts camadas elo <.'Cmro <.-abeludo 
C. Pelas p,ilpehro., 
D. Pelo ml!ato aCÚ'itico cxtl.!rno 
7. Qual e.las afirmativa., a ,c!,ruir, reh1cion:i<la à J(l-
ofü.Jç.io Jo ângulo medial do olho, ~ correta. 
quando comparada com o ângulo lateral? 
~ Prch:11110 oo nari1. 
B. Próximo à orclhn 
C. Onde :is pálpebras supcnor e inferior c:e 
unem 
D. Onde os lábio, superior e inferior ,e 
unern 
8. Qu:11 da!. estruturas a seguir se estende Jc..,Je a 
margem lateral do olho cm direção li orefüa? 
.\. Preg.i ptengomandibulnr 
B . . \rco z1gnm:íáco 
C. Sulco cerminal 
D. Müc:culo esrernodcidomnstóidco 
9. Abc.nura da cavufade oral para a parte oral 
&1 fonnge: 
A. r.1ucc, 
B. · fon.,ilns palatinas 
C. Prc~rn pccrjgomandlhular 
D. Parte nasal da faringe 
10. Qual <lrn, termos a segufr refere-se à peque-
na papila situad.1 na extrenu<lade anwnor de 
cada prcgu sublingu11J? 
A. frênulo da língua 
B. Pre!,r:t sublingual 
C. Papifa folhada 
D. Canincula sublingual 
E. Papila incisiva 
28 CAPITULO 2 • Anatomia de Superfície 
ATIVIDADES DE REV 1ISÃO 
l. E111 frente :1 um espelho, identifique m, rt:-
giões da cabeça e do pescoço como a) re-
giões front.il c temporal. 
2. Em frente a um espelho, idenafique as ca-
racten',;clcru; da superfície de cada região, co-
mo 11 margem supra-orbit:í.l e :1 glnbela. 
3. l,;nli1.ando um espelho de mão e .. cnmdo(;1} 
cm uma cadeirn com ho:1 iluminac;fo, aponte 
e i<l,mtifiquc os termos usados para descrc-
vt:r :1 ca,id:uit: oral como as regiôci. lingunl e 
pa.lotion. 
' 
4. Uúfü.:indo um espelho de mão e um explo-
rador e semado(a) em uma cadeira com boa 
,,umin.1~-ão, iJcntifiquc ol~ns pontos d1: rc-
ferêna:i ruperíicrnis da cuvidade ornl, como 
:is mucos:ic; oral e labial. 
5. \ponte <K detalhes de 'lUJ>Crfkic da c:n idadc 
oral de 'teu paciente utili1.ando um explora-
dor, <lc cal forma que o paciente prn,s,1 :1com-
panhó-los uriliz:.lndo wn espelho <.k mão. 
I 
Ossos 
• RESUMO • OBJETIV OS 
Este capitulo aborda os seguintes 
tópicos: 
Após estudar este capitulo, o aluno deverá estar apto para: 
r. Si,;tcnu f.squclénco 
1. Definir e pronunci,ir curn:urnentc todas ac; r,alaHa.s-cha\'e e ter-
mc,-. anatômicos do capítulo. 
\. Proeminência, Ó~-as 
R. Depressões Óssc.,s 
2. LC1calm1r e idcntllkar U'! o\sOS ela t:aheça e do pescoço e seus de-
e _\berruras Ósseas 
talhe~ clll figuras, no t.Tjnio e no paclenle. 
3. Oc;,;creH:r .i., divi:rc;ac; partes e Jculbt:!> da mJ\.Íla e tia nundJbula. 
D. Arciculaçôes 4. Di">CUur sohre certas anc,maliac; ó,,ea!>. 
Il. Ossos Ja Cabeça c do P~coço 
.\. Cninio 
B. Ossos do Crânio 
5. Complct:1r corn.:mmcntc os e.'Cercicirn, Je iclcntificaçiio, o questio-
nário e J.S am 1J11dc~ Ji: rcvi~o Jn c11pírulo. 
C. Os<sos da Face 
D. Seio\ Paranasai\ 
6. Lntegrar o c-onhecimemo ~hn: O) ossos com o c:.rudu !{lobal Ja 
amttomia da cal,cçn e Jo pcscoç<,1. 
E. Fo,'11., do Criimo 
E O,;sos do Pescoço 
III. Anorruuins Ósseas 
• PALAVRAS - CHAVE 
Abenurn Orifício ó~. 
Arco ósseo Ponte óssea. 
Articulação Uniõo entre doL~ nu mnis ossos. 
Cabeça Salí~cia ó~a :irredondada que ~e projeta a 
p,trtir tlc um colo. 
Cana.J Abcm1rn óssea rubu1ar longa e estre1t:1. 
Côndilo Salii!ncu o,-al J05 Oss<r>, t1pica tia) arocula-
çõcs. 
Como Pcqucn11 projeção óssea ou cartilagmoq11, em for-
ma de chífr1:. 
C rista Borda ou are:.ta de uma superfíc11.: osseo. 
Eminência Tubérculo 011 elevação arredondada em umn 
ruperfioc c>'i.'-t!ll. 
E picêmdilo Peque-nu salic:ncia osseo siromla acimo ou 
abaixo de um côndilti. 
Espinha Pcqul'lla elevação óssea pontiaguJa. 
Fissura Ahenura õssea cstrem1 cm forma dt: fenda. 
Foramc, forames Pcquc.nas aberturas ou pcrfuraçõc .. 
encontr.1Ôui, nos o:,,o.,. 
FQ!ISa, fossrui Depressão om wn11 ,;uperficie ,js,;ei. 
lncisur.l Chanlr.idura ou cnmlhc r.m um:1 nuf!?Cll ~'3. 
Lâmina E.srrurura 6,,e;i pi.ma. 
Llnb a Pequcn:i margem retilínc.-i na supcrfiae de um 
osso. 
,\lcam -\.hcnura ou canal 6,~en 
O ssos E.c.rrururas mmcralizmJ.t, du corpo que protc· 
gcm os r~-c1dos moles inccmns e servem corno a lm-
,c biomccink.i pana o movimento. 
Óscio Pequcn.1 Jberrura no osso. 
Perfuração Onficao ;anormal cm um órgfü> ou cço-u-
rura c:l\;uria, como na parede de wn seio paranoc;:il. 
Processo Tc:11110 geral uciliznt.lo p:ira desígnnr qualquer 
r,rm:.irunenci:1 na ~uper6cie de um ossu. 
(mnt ,ntM) 
29 
30 CAPITULO 3 • Ossos 
PALAVRAS - CHAVE (continuação) 
Sulco, sulcos Dcprt:ssõo rasa ou r:mhurn. como as ob-
~ervadas na :."Upc:rficu: óssea ou c:ntrc: os dentes e a 
foce interna tia gcngi,a marginal. 
utura ;.\rncula~~o fibrosa entre º" ossos do crânio. 
Tubérculo Pcql1cnu dcvação arrcdundadu na supcrfi-
c.:ic óS:.ca. 
Tubcrosidade Pmcmml!flcia óssea ampla, ireqüememen-
tc: rugosa. 
SISTEMA ESQUELÉTICO 
O sistema esquelético é fonn.1do por estruturas 
minerahzadac;, os ossos, que protegem as parte11 
moles situadas internamente :w corpo. Os ossos 
atuam como a base biomecânica dos movimentos 
Jo corpo jumameme com os mtísculos, os t,m-
dões e os lignmentos. Os ossos devem ser t.1m-
bé111 <.:orui<lerados qu.'Ul<lo se estuda a propagn~::io 
dac; mfocções dent.irias (ver Capínalo 12 para maio-
res informações). 
As proeminências e depressõe.., na superfície 
do., ossos são elementos descritirns para a inser-
ção <le músculos, cemlõcs e ligamentos. assim co-
mo ns aberturas nos o sos são elementos desLTiti-
vos paro a passagem de diversos nervos e vasos 
s;mguíneos. Os elementos dcscricfros que se apre-
senrnm como cstrucuras planas não são considera-
do,; c;ahências ou depressões, ma<, lâminas ósseas. 
PROEMINÊNCIAS ÓSSEAS 
L·m termo genénco para definir Wll:l proe1111-
nência óssea e procuso rm opo específico de 
proeminência óssea e o côndilo, Uqla saliência 
convexo e rebtJ\,amente ampla, normalmente en-
volvida em uma .1ràculação. L ma superficie arre-
dondada que se projcr.a a partir de um colo e: de-
nominada cnbeçn. Ourra proeminé:nciaampla e 
freqüentemente rugosa é a t11beroridnde, qul! rc:-
pr!!senta uma .irca de inserção de músculos ou 
tendões. Um arco upresenra-se <.:orno uma ponte 
óssea cwva, e um corno é uma proe.t~1ência ós-
sea em forma de chifre. 
Outrns proemmências óssea~ incluem os cpi-
côndilos, tubérculos, cristas, linhas e espinhr1,;1 que 
servem basicamente para a inst:rção de múo;culos e 
ligamen O epicôndilo se situa acima ou nhnixo 
dt! um côndilo: um n,birro/o ou e111i11ênda é urna 
elevação arredondada e urna a ista, uma margem 
ou aresta de wna superfícit! óssea. Uma linha é 
urna pequena margem óssea ret.ilfoea e uma e.rpi-
11ba é uma pequena clc\'ação pontiaguda. 
DEPRESSÕES ÓSSEAS 
Um tipo de depressão na superfície ós~ea J a 
incisrrro, uin entalhe na margem de um oso:;o. Ou-
tra depressão é o sulco, uma ranhura rasa na su-
perfície óssea que nonnalmentc marca o tr.iJcto 
de umn .trtérui ou de um nervo. Uma depressão 
profunda é a Jo.rsa, que pode 1.er parte ele umA :ir-
ticulação. loc:il para a inscr~-:io de músculos ou 
apresenwr outras funções. 
ABERTURAS ÓSSEAS 
Os ossos podem apresentar aberturas como os 
foramcs e os canais. O Jorame é uma abertura ou 
perfuração cun:1 e o Cima/, uma abertura longa. 
esrreíta e cm forma de mbo. Um meato é um tipo 
de canal Ósseo e uma fis.mm é uma fenda estreita. 
O termo óstio ~e refere o uma pequena abertura, 
particularmenre localizada na entrada de um órgão 
ca\,;t:írio ou ele um canal. rm cenos casos, um 
ori.600 pode ser designado como obm:t1ra. 
ARTICULAÇÕES 
Uma ortie11loção é wna area do esqueleto onde 
os ossos se unem. Ela pode ser móvel ou ,movei. 
Uma srm,ro é a união entre os ossos através do 
teCJdo con1untivo fibroso e que aparece na <;uper-
ficie do crânio como linhas <lenteadas . .\s suluras 
são consideradas articulações imó\'eis, porém, elas 
fornecem proteção contra choques mecânicos mo-
,·endo-se muito discremmcnte para absorver o im-
pacto. As suturas são basrnntc flexíveis cm cri:1n-
ças. M u1to <lo crescimento inicial do crânio ocorre 
ao nível dos margens suturais dos ossos da cnbeçn. 
OSSOS DA CABEÇA 
E DO PESCOÇO 
().; ossos da cabeça e do pescoço ser.·em como 
ba,L p.1rJ a pJlpação nes,.,., rcg1ões, <,Cndo utiluJ-
do, como pontos de referéncia para ,;e derennm.1r 
o locilhi.ação Jt: certas lc,ôc,. O profissional d.1 
:írca o<loncológ1ca de,e .,,,hcr niio ',()mente loc1li-
z:ir c.1JJ um Jos os-o, dJ c-abeça e do pescoço, 
mas t:Jmbem reconhecer llu:ilquer anom:1li:1 em 
suo , uperfície, uma ,-ez q11c eles podem ser afew-
Jus por um processo paml6gico (d1scurido poc;tc· 
riormente neste capítulo). 
Pam que p<i,,a diagnostic1r qualt1ucr anonul!a 
Ó'i'>ea, o profi.,,mnal de, e conhecer a anoconua 
nom1ol do, o,,us da cabcç.1 e cio pc'>coço, isto é, a 
localiz:11,."iio JJ., proemtnênchl,, depressõc:. e arri-
cuhlçõt:~ ô'>,cJ-.. e o conhecimento dJs abertur-Js 
óssea, e do!> vasos sangümeos e nervos que ns 
ar rn,·cs,om. Par,1 um estudo efetivo <los ossos <ln 
cabeça e do pc.,coço, de,·c-sc utilizar fotografia., e 
dema1'i 1luc;tr-açõc~. crimos <;ecos, hem como pro-
ceder ;1 palpação em paciente,. • 
o~ m'>os potlém ser. ir como pontos anatom1-
co, de referência para a ohcen,;:io de radiografiJ, 
dcnt.íri:is (, er CJpírulo 1) e para a re:ilização de 
ane!,tc,i:i:. locais (ver Capm1 lo 9). 
CRÂNIO 
I• x1stcm 11 ossos no era ruo. \!.xclumdo-:.e os 
oss,culos d.\ audição (1 al11.:la 3-L). São di, idido-. 
I 
CAPITULO 3 • Ossos 31 
em ossos do crânio (que abrigam o encéfalo) e 
ossos da f:ace l podem ser 1mparc, ou pares. 
Fies deLenninam .1, foições d:i face, estão em·oh·i-
dos n:-1 coni;tiruaç.io da articulnçjo tcmporomamü-
bular ~ crescem com a form:ição das dcntiçôes. 
Di\'ersos te:ttos uulanm º" tl.!rmos ''nl.!urocrânio" 
para os ossos do crnmo, uma , ez que elcr, encer-
ram o encéfalo, e "\'lr;ccrocrân10" para º" o,;o;os da 
face. 
O cr~c1mento ncorrL cm todos m º''º' do 
crâruo. O crescimento da parte superior d,1 face 
ocorre nas •;utur.i~ entre 3!. maxilas e Ollll'O., osso'>, 
bem como na<, ,uperfícies ósseas. O crei;cimcnto 
da parte inforior tlJ fact! ocorre nas supcrf~cies ós-
~as da mandíbulJ c na cabe<,.":l da mJn<labula. O 
crc:.crmenro in:ideq uado ou clcsprnporc1onal da 
pa.rtt:. supenor da face ou da mandtbula pode pro-
duzir um espaço inadequado para o <lesem·oh,-
mcnto dos <lente!. e Jetermmar nutro, problemas 
odusa1s. A Jelic1ência no crescimento t;ssco pode 
~cr comgida por lnllamemo orcodônuco ou até 
por orurgia ou tt:.r-apia endócrina. • 
Exceto a mandíhula. todo, os o:,:,os do cr:imo 
são imó,eas e unidos por 'illtur.ls (íahcb l-1). O 
crânio rnmhém i1pre,enta uma amculJ~-;in mõ,·cl 
com a coluna ,·ertc.:brnl na região do pc,coço. 
Os diversos us,os do crnnio oprc-;cnwm aber-
Luras poro ncr.•o~ e v.l~os importantes da ca_bcça .e 
do pe,;coço (I:tbclo 3-3), poi;c;u1~do mm.bem, d1-
,·erso'> proce.,os que estão rc!Joonados JS ,·anas 
estrurur:is do crânio e da focc (fabcla ~-4). Fste 
capítulo deve ser revisto op<>~ a leinm1 dos capítu-
los :.obre músculo<i, vasos e nen os. 
' 
' Tabela 3-1 OSSOS DO CRÂNIO ,E DA FACE* 
1 
Ossos do Crãnlo Ossos da Foce 
~~~~~~~~~~ 
0,<.0 occ1p1tJI 
Os.'l1 front,11 
o..~," p.1rict.11~ 
(}.,o, tcmpurau 
()...., c,tcnoidc 
Os!>O ctn11'1i1lc 
lmp.ir 
lmpar 
Pan:, 
Pare-. 
lmpar 
Lmp.ar 
''-:orar a º"'""º• de nWli pune imp.iro. 
Vômcr 
Ossos lacnma1s 
Osso) no~ai, 
Conchll~ na,;a" mfcnor~ 
<~ ugomiriro, 
\lwl.c. 
1\ fanulhulá 
lmpar 
!'ares 
Pue, 
P.rn:• 
P:tl"b 
P.irt~ 
lmpar 
32 CAPITULO 3 • Ossos 
Tabela 3-2 SUTURAS DO CRÀNIO 
E OSSOS QUE SE ARTICULAM 
Sutura 
C:oronnl 
S:11,YJt:11 
T .amhJóilfoa 
b:scamosa 
·1cmporoL.igo1J1átici 
Palullll:1 mcdiuna 
Palauna u·ansvcrsa 
Ossos 
Frontal e pnriemi~ 
Pariecui, 
Oc.:c.,piml e: parict:m 
lcmporal e p::mcrnis 
Zigo1mltico e lemporal 
,\faXJlas e pahninos 
Maxilas e palatinas 
O estudo do crânio é faci licado analisando-o 
pelas no~ veràcal, fro ntal, later.i l e basilar, que 
correspondem respectivamente às viscns superio r, 
anterio r. lateral e in fe rior. D esta forma, o crânjo 
pode ser esmdado observando-se in<l ividualmen te 
seus ossos com seus respecàvos det:1lhes :rnarômi-
cos. As fossas do crânio e os seios paranasa is tam-
bém podem ser a bordados sob esse aspecto. 
Norma Vertical. Vista Superior do Crânio 
Quando se esmda o crânio pela vista superior, 
quatro ossos são visíveis (Figura 3-L). An terio r-
mente observa-se o osso frontal, que é W11 osso 
ímpar. Lateralmente estão situados os ossos pa-
rietais, pares, e posteriormente o osso occipital, 
também um osso 1mpar. 
SUTURAS EM VISTA SUPERIOR 
Observam-se três suturas entre os quatro ossos 
nesta vista do crânio (Vigura 3- 2, Tabela 3-2). A 
sutura entre o osso frontal e os ossos parietais é a 
sutura coronal. A segunda sutura, a surura sagi-
Osso frontal 
Ossos parietais 
Osso occipital 
FIGURA 3-1 • Norma vertical. \ís. 
ai superior do crânio. 
CAPITULO 3 • Ossos 33 
Tabe la 3- 3 ABERTURAS NO CRÂNIO E OS NERVOS E VASOS ASSOCIADOS 
Abertura óssea 
C:Ul:ll cat'ÓUCO 
Ulmin:1 cribifonrn: e 
~eus forames 
Situaçao 
o~so temporal 
Osso etm61de 
Osso temporal 
Nervos e Vasos 
'\rtéria carótida irucrna 
Ftl:uncntos elo nervo olfucóno 
Me.110 acú~tico e.nemo 
Foramc lacerodo 
Fora.me magno 
Ossos esfenüide, occipmil e temporal 
o~su tX..'Cipital 
(AbertUrO para a ca,·itl.atle timpânic:i) 
(Can.ihgcml 
Medtda espinal. artérias vertebrais e 
F'orarnc oval 
Forame redonJu 
Forame espinhoso 
Canal palal.illo maior 
CaD.:ll. do nervo lupoglosso 
Fossa inci~1,·a 
F'issura orhiral inferior 
Sulco, fornme e <..~mal 
infra-orbicnl 
.'\'1earo actístico interno 
Forame jugular 
Fnr:uncs p.1L'11.Ulos menores 
Fommc da mandibula 
Fornme menrual 
Canal óptico 
Fissura pctroümpânic:i 
Canal ptcngô1deo 
Fornrne i;:stilomasrcí1cleo 
Fi,~ura orbital ~uperior , 
Osso é5Íenóide 
Osso c.sfenóic.le 
Osso esfcnó1de 
O<so pnlnrinu e m:ixil,1 
Osso occip1ml 
O:.sos e:,fenóidc e m.llli]JOs~o tempor:tl 
Osso occipital e temporal 
()ssn palatino 
Mandíbula 
Mandíbulo 
Osso esfcnoidt: 
O,~o temporal 
Osso esfenóidc 
Osso temporal 
Osso esfenóide 
taJ se estende no sentido ântero-posterior, entre 
os ossos parietais. A terceira sutura está situada 
entre o osso occipital e os ossos parietai~ e é de-
nominada sutura lambdóidea. 
Norma Frontal. Vista Anterior do Crânio 
Determinados ossos, ou parte deles, são vist-
vei~ quando se observa anteriom1ence o crânio 
cJécuno prune,ro p.1r de nervo cr:infonn 
'\Jen•o mandibular, r:imo do nervo trigémeo 
t\.ervo mn ... itnr, ramo do nervo trtg~meo 
Artéria meninp:ea média 
'-CJ'\.'O palatino maior e ~asos palannos mn1ore<. 
~en'O hipogl~so Deamo segundo par c.le nt:n·o 
cram:mo 
,1:nu 11:bOpaillino e mm~ e.la uteru 
c:.Ícnopalatina 
:,,Jerv~ mfra-orlntil e zigománcu •• méru 
infrn-orbml e veia oftalmtca 
'J"en•u infrn-nrhh:11 e v,L,;r,.; infu-urbllilb 
Sc!címo e oimvo pJrt:!, dt: nen~1~ cr:inimo~ 
\'c:ia jugolur inremn e nervus glossofaríngeo, \-ago 
e acessôriu (nono, décimo e décimo pnmctro 
pares de nervos cranianos) 
.Nervo palacmo menor e vaso~ palncinos menores 
'J"t:nu alveolnr inferior e vu~o~ nlveolares inJcriorcs 
Nen·o mcnrual e ,-nsos mcnru:ii, 
Nervo ópoco e nrrérin oftálmica 
Nt:r\'O conl:1 do ómp.mo 
Kcrvo e anéri:1 do canal ptcngo1deo 
Kervo facial. Sétimo par de nen·o tTnni:mu 
!'-ervos oculomotor, trQdear e abtluct!ntt: (terceiro, 
(JllOrto t: s~o p~res de rn::n·o, cnmiano:.), nervo 
nfuílmico (primeira dlvi.~ão do nervo Lrigêmeo) 
e veia ofr.álm1rn 
(Figura 3-3). Estes ossos incluem os ossos ímp::i -
res frontal, etmóide, ,·ômer, esfenóide e mamlíbu-
Ja, e 05 ossos pares lacrimais, nasais, conchas nn-
sais inferiores, zigomáticos e maxibs. 
OSSOS DA FACE EM VISTA ANTERIOR 
Os ossos <la face nesta vista são os lacrimai.,;, 
os nasais, o vômer, as conchas nasais inferio-
res, os zigomáticos, as maxi las e a mandfbuJa 
34 CAPITULO 3 • Ossos 
- - - ! 
Tabela 3-4 PROCESSOS DOS OSSOS 00 CRÂNIO E ESTRUTURAS ASSOCtADAS I 
Processos do Crânio 
.Procc-,\o aJ,,colar 
Pl'(l(.-.:,.,o ah colar 
Procc~w i.:uronoiJc 
Processo fronrnl 
Prucc""° frcm1JI 
·\sa 1muor 
A. .. a menor 
Proc:= ma\lóiJc 
Processo m!Ull.tr 
Procc!,,u p:tlorinn 
Pn1<:~""° rctTl>-amcul.u 
Proce-;so ptcngól!le 
Procr;:_~~n é'>tilôade 
Proce'-<iel ~mponil 
Processo zigmm1tico 
Procc~)o Tigt,matico 
PrOL~~o ugomJtico 
Ossos panetais 
Sutura 
lambdóldea 
....._ . . 
Ossos 
\l.indíbufo 
\ laT1l.1 
\bndílltdn 
.\J.uda 
Zigománco 
C!.lcnóade 
f\fcno1de 
Tcmponl 
Zigomiiám 
\lnub 
Temporal 
J,',;fenóidc 
lcmponil 
Zigom.ítit'O 
honrnl 
\IJ~fo 
Tem por.iJ 
Estruturas Associadas 
Contêm as raízes dos dentes da m:mdibuln 
C' .. omém ,~ ní1~ dos ciente. d:i mn1IJ 
Parte do r'.lmu 
Forma II pane mecli:11 da margem 1nÍT'll-orlntal 
Forma a 11.an.-de anrerior e '3ter.tl da órbita 
Proce<-,u 11011.:rior tio wrpu do º'"º csfcnóiJ,.. 
J>roce,!>f1 postcro-lareml do corpo ,11"1 055CI t:l>Ít.:nóidc 
ComJl<M" 1.or célul.1, nl.istóidt:a, 
l-onn3 o margem 1nfrn-orb1tnl t! pane iinrero-1:ucrnl d~ p:iredc do orhirn 
Fonna a [l~rtc: anterior do palato <i"co 
Postcnor ., .1rtic:ubçào 1ernporomamlihu1Jr 
Fom13do pela, lnmm.1~ medial e ln1crnl 
l.oc:al de: 111'.crçiiQ 11.1r,1 müsc:ulo~ e: h1,'llmt:nto) 
Parte 110 ;1rw ugommco 
l'onnn a pane Laccr:il da rn:rrf!:Cm supra -orb1al 
Formn p,1m, t!J margem 111frn-orh11.1I 
Pane uu arrn .cigom,irii:u 
Osso frontal 
Sutura c:otonal 
Sutura sagttal 
Osso occip11al 
FIGURA 3- 2 • '.;°orm!l vc:rtical. \'ism '>1lperior do crâruo. 
Osso 
etmó1de 
Osso 
esfenó1de 
Osso 
zlgomátlco 
Conchas nasais 
inferiores 
Maxilas 
CAPÍTULO 3 • Ossos 35 
Ossos 
nasais 
Osso 
lacnmal 
Osso 
z19omático 
Võmer 
Mandíbula 
FIGURA 3-3 • Norma flõntal \íst.:t antenor Jo c:rânio. 
(Figura 3-4). Os ossos paJatinos não são obser-
vados nesta , ista do críinio. E:ss.i divisão dt!talhada 
dos osso:. do críin10 "erj .1hordada posterionnencc 
ainda neste capítulo. 
ÓRBfT~ 
A órbi ta conrém e prorcgc o bulbo do olho 
(Figura 3-5). \.'ários oo;sos e.lo crânio formnm suas 
pMec.lcs e seu ápice (rabeia ,-5). Ac, amplas pare-
des da ó rbita estão constituídas por lâminas or-
híwi~ do!> ossos front31 {teto ou p:1rede superior), 
canóidc (a maior pane da p:1recle medial), pelo 
osso lacrimal (prfaimo no :ingnlo medial <lo 
olho), panes da maxila (parede mferior ou soalho) 
e do o,;sc, zigorruínco (p,ure anterior da parede la-
36 CAPITULO 3 • Ossos 
Osso lacrimal 
FIGURA 3-4 • Yi~ca anterior Jo~ ossos da rJcc: com .i~ c,truturns de rcvcsLimcnLo. 
tera[) e pela foc:e orbital da asa maior do esfenói-
de (pnrcc posterior da parede lntern l). 
O 1ípicc da ó1·bita uu portt: profi.uuln da órbita 
esra formado pela asa menor do oc;so csfcnó1<lc 
(que forma a b;ise) e pelo os!>o p.tbtino (que 
constirui sua pcqt1cnn pime inferio r) (F'igurn 3-6, 
' làl,cla 3-5). A abertura redonda localizada no 
.íp1cc <la órbu:a é o canal óptico, que csd c;11uado 
e 
) , 
D 
Osso 
etmólde 
Osso 
lacrimal 
Maxila 
CAPITULO 3 • Ossos 37 
Osso 
frontal 
Osso 
esfenoide 
(asa maior) 
FIGURA 3-5 • \ 'jq,1 .intcnor tia <írhma esqucrd.1 e suas p.1reth.'S. 
Tabela 3-5 OSSOS DO CRÃNIO QUE 
,FORMAM A ÓRBITA 
Parte da órbita 
P.ircJc ,upcrior (ou temJ 
Pan:dt medial 
P,1rcJr hmm1I 
\p1cc 
Ossos do Crânio 
1 ronul 
F t111ó1dc e la cri mais 
,igrnn.ilico e c~ícnnitlc: 
T• ,t.,nrnJc e piliww 
entre as duas raízes da as,1 menor do o~-so esfenóí-
rlc (Tabda 3-1). O ncno óptico e a artéria ofuíJ-
Il11L"3 acran:ss:1111 este canal parJ chc!,r.lr ao bulbo 
<lo olho. 
Existem du:1,; fissuras orhitm olhcrvadas em 
,isca anterior a fu\ura orhital '>llpcnor e a fi,._c;ura 
orbital iníerior (Fi1,rura 3-7, Tnhda 3-3). \ fissura 
orbital superior é cur\'a e em fum13 de Íenda, e 
está sit1rnd.1 l.m.:ralmt!nte :m Clnal óptico, entre a1, 
a:.as mat0r e menor do o-'io t:Sfcnóidc. Como u 
Canal 
ópuco 
Osso esfenoide 
(asa menor) 
FIGURA 3-6 • \'bt:i Jmerior di.l órhir:i c~11ucrtla e seu ;lpit:c. 
38 CAPITULO 3 • Ossos 
Asa menor do osso esfenóide 
Canal óptico 
Fissura ort:iital superior 
Asa maior do osso esfenólde 
Rssura oroital infenor 
Maxila 
canal óptico, a fissura orbit:11 superior c..-omunica a 
órbit:1 com a ctwidadc do crânio. O nervo oculo-
moror on terceiro par de nervo craniano, o nervo 
troclcar ou quarco par de nervo crnmano, o nervo 
abducence ou sexto par de nervo craniano e o 
nervo oftál.nuco (ramo do nervo trig~meo ou 
quimo par uc nen·o craniano) e a veia oftálmica 
atravessam essa fiss-ura . 
A fissura orbita] inferior pode rarnb(!m ser 
ob!>cr\'.tda entre 3 asa maior do C!>Í1!Dóide e a ma-
xila. Ela comunica a 11rhiw com :is fossas infrn-
temporal e prcngopalarm~, (abor<ladns posrcrior-
mentc neste cap1rulo). Os nen"o, infrn-orhital e 
zigom.ttico, ramos do ncn·o m3Xllar. e .1 artéria 
infra-orbital pencmun na 6rbitn através dessa fis-
sura. \ \'e.ia oftálmica inferior p,ma pch1 fissura 
orbital inferior para !>e unir aO" plexo pterigóidco 
de vei:1!>. 
(. ... .., ...... ,.._ 
A cavidade nasal cimbém é ob,en -ada na \.ista 
antenor do crânio (Figura 3-8). O n:bio, um 
ponto antropométrico mediano da face. t.">ti loca-
li7..ado no encontro do osso front.11 com (h ~os 
nasais. A abertura pirifonne, a ;1bertur.l anterior 
da C-J\ida<le oasnl, é triangular e ampla. O dorso 
do nariz escl formado pelos osso nasaii., e os li-
miws brerais du cavidade nasal, pelos maxilns 
Cada parede l:1tc.ral da cavidade n:isal apresenta 
três e,;truturas salientes que se proJetam mediai-
mente a partir da maxila, as conchas nasais (Fi-
FIGURA 3 1 • \ i!il:l antcnor 
da círlma esquerda t: a~ ti~~urn~ 
orbír::iis 
gura 3-8) que são denominadas conchas nm,ais su-
periores, médias e infenores. As conchas nasais 
superiort:s e médias são pnne do osso ermóiJc e a 
concha nasaJ inferior consmm um dos ossos da 
face. i\b:11xo t.lc cada concha localiz:i-,;e um sulco 
denominado meato nasal.Cada meato apresenta 
aberturas através das quais os seios para.nasais e o 
dueto l.1crimonasal se cumun1cam com a ca, idade 
nasal. 
A <..":l,<idade n:1s:1l esci <l.i\.idida cm duai. partes 
por uma parede medinna, o septo nasal (F'igur.i 
.l-9). Em sua parte amcnor, o scpco é fonnado 
pela caroJagem Jo septo 1nferiom1cnte e pela lâ-
mina perpendicular do conóidc superiormente. 
Em sua parte pmterior, o septo e-;cá constituído 
pdo osso vômcr. 
Norma Lateral. Vista Lateral do Cranio 
T.'lnto os ossos <lo crônio como os ossos <la fa-
ce podem ser observados latcralmenrc. Uma <liVJ-
são entre os O<;'!OS do crânio e o<; osso5 da face 
pode ser reforçada traçando-se uma linha uiago-
nal imaginiiria que se dirige inferior e pm,tcrior-
memc, desde a margem supra-orbital do osso 
fronctl até o :ípice do processo m.istóide Jn osso 
tempor.il (Figuni 3- l O). Essas duas princip;1is di-
visões dos ossos cio cr:i nio serão llOor<ladtl!> poste-
rionneme neste capitulo. 
or 
:as 
3 
da 
ro 
ua 
: o 
ide 
tes 
.lT'J 
1dn 
lã-
ice. 
iJo 
fa-
l\,-
t:icc 
go-
"or-
' o 
)S...0 
di-
"ite-
IG í ..\ 3-8 • Xonna front;JI. 
\ 'bu .mu:rior do crânio e C3\Ítlido.: 
nn.-..11. 
Nâs10 
Dorso do 
nariz 
Abertura 
pinlorme 
lâmlna} perpen- Septo 
dlcular ósseo 
do osso do nariz 
etmo1de 
Võmer 
CAP/ruLO 3 • 01>SOS 39 
Ossos 
nasais 
Conchas 
nasais 
médias 
Conchas 
naSSJs 
Inferiores 
FIGURA 3 • 1"forma fronul. 
Visu1 :1mcriur do crânio e do 
~epto ôc.sc;o do rwriz. 
40 CAPITULO 3 • Ossos 
Processo 
maslóldedo 
osso temporal 
, 
Ossos do crânio Ossos da lace 
~a face latcrnl do cmmo existem duas linhas 
pllrnlclas, as linhas tem por.ús supuior e inferior, 
que podem ser observadas nos ossos fronml e pa-
rietal (Figtiru 3-11 ). A linha temporal inferior re-
presenta o imute supenor da fossa temporal e o 
local <le inserção da aponeurose do músculo tem-
poral. 
05505 DO RANIO EM VISTA LATERAL 
Ü!> ossos occipital, frontal, pariecal, tempo-
ral, csfenóide e etmóidc c;ão obsen11t.los nesta 
vista do crânio. Esta divisão princip:11 dos ossos 
do crânio ser.í abordada poscerionneme neste ca-
pítulo. 
T.·unbém são observados em dst:i laccr.tl rui su-
rums relncionndas :1 esses ossos (Figura 3-12. ' là-
bcla 3-2). \ssim, verifica-se a sutura coronal, 
Osso parietal 
Margem 
supra-orbital 
do osso frontal 
FIGURA 3- 10 • :-.=on11:1 late-
ral. \'isto lateral do crânio com 
uma linho diagon;1I imag.i.n;ina 
sep.u-.mdn os OSSO\ do ~Tiinio e 
os ()S~OG J:i focc. 
umn aniculaçiio fibrosa entre o osso frontal e º" 
ossos parit:tais, a s utura lambdóidea, entre o os-
so occipital e os ossos p:.irietais e a sutura esca-
m osa, entre os ossos tcmpornl e paricrnl. 
FOSSAS DO (RANJO EM VISTA LATERAL 
~ fossa tcmpornl é fucilmente not:llcla em um 
crânio cm \'Ísm lnteral (Figurn 3-13). Ela é fonna-
dn por vános ossos do crânio e contém o ventre 
do músculo temporal. lnferionnenre à fossa rem-
poral locafü.a-se a fossa in.fratcmporaJ e, profun-
damcncc a esm e de difícil observnção, está a fossa 
pcerigopalatina. As fossac; temporal, infratemporaJ 
e pteri!,!op:il:nina contêm divcrsm; estruturas im-
pormnccs das re1:,riõe-. da cabeç-J e do pescoço e .. c-
riio discutidos posteriormente neste c:ipítulo. 
Llnha 
temporal 
superior 
linha 
temporal 
Inferior 
Osso frontal 
FIGURA 3 11 • Nonnn lateral. 
\ism latem! do c:rinio e as linhas 
temporais superior e inferior. 
FIGURA 3-23 • ,om,a L1te-
r.1I. \'ist::1 lateral <lo crãnio e\l-
clendondo o osso frontnf e suos 
rclaçiic.:s óssea~. 
Osso panelal 
VISTA ANTERIOR DO 0550 FRONTAL 
\s lâminas orhimis do osso froncal formam a 
parede superior ou teto da órbiw (Figura 3-H). 
~o; elevações cur.•:ts que contornam a órbita o;11pe-
r1011neme são n.., margens supra-orbitais, suhj:1-
ccnres aos supercílios e que se apresentam m:ti.., 
proeminentes nos indivíduos adultos do sexo mas-
culino. A incisurn supra-orbital cst:i situada na 
Localização 
dos selos 
rrontals 
Face orbital (parede 
superior da órbita) 
FIGURA 3- 24 • \i~,a anterior \lc, osso frontal. 
CAPfTUlO 3 • Ossos 49 
Localização oo 
seio frontal 
Osso etmólde 
parte medial <la margem supra-orbital e é o lm:al 
por onde a artéri.1 e o ocrm c;upra-orbnab pa~-
s:1m em direçiío à fronte . . \lgum desconforto po-
de ocorrer ao paciente quando a incisura suprn-
orhitnl é pn lpnda com umn cc.:rr:i press:ío. 
Eno·e as margens supra-orlmais encontra-se a 
glabela, uma procmmência Iasa entre os supercí-
lio . A glabeb é mais rlana cm cnan~-ac; e em 
Glabela 
lncisura 
supra-orbital 
50 CAPITULO 3 • O~M>~ 
Fossada 
glândula lacrimal 
Face orbital 
Processo 
zlgomátlco do 
osso frontal 
FIGURA 3-25 • \'i-.r.i inferior do osso frontal e, 1dench'1ndo a fossa d11 glânduu l:icrimal. 
indivíduos adultos do sexo feminino e tende a 
formar uma proenunência arredondada nos indi-
víduos aJuhos do sc.xo masculino. Lateralmente à 
órbita há uma proic~-ão dcnomjnada processo zi-
gomático do osso frontal (fobela 3-4). 
VIÇTA lrvFr:R OR DO oç50 FkONTAL 
:-.:esca vista. nota-se a fossa da glândula lacri-
mal em ambos os lados. localizadas internamente 
à parte lateral da margem supra-orbital (Figura J-
25). t\ fos.-.a concém a glândula lacrimal, respon-
s,hel pela produção da lágrima -\pós lubrificar a 
superfície do olho, a lágrima e= drenada parn a ca-
, idnde do nariz atra,6 do dueto lacrimonasal. 
Ossos pertelels 
Sutura sagttal 
Osso occipital 
Osso temperai 
AGURA 3 26 • '\;onna occipi-
t:11. \ ~tsta posrcnor do cr:in10 e,,_ 
dcncmndo os OS.'õOS p:mctrus e su:1s 
rei ações ÓS1.c:b. 
Osso 
occipital 
CAPITULO 3 • Ossos 51 
Osso zlgomátíco 
FIGURA 3- 27 • Norma lacerai. Vista !:iterai do c:rô.nio i::videnciando o osso temporal e suas rclaçõci, ósseas. 
Ossos Parietais 
Os dois ossos parietais se articulam através da 
imtura sagital (Figura 3-26, Tabela 3-2). Os ossos 
parietais também se articulam com oi, oi,sos occi-
pital, frontal, temporais e esfenóide. 
Ossos Temporais 
Os ossos temporais contribuem para a forma-
ção das paredes laterais do crânio (Figura 3-27). 
Cada osso temporal se articula com um osso zi-
gomático e um osso parietal. com o osso occipi-
tal, o esfenóide e a mandíbula. O osso temporal 
apresenrn três partes: escamosa, timpânica e pe-
trosa. 
PARTES DO OSSO TEMPORAL 
As partes Jo osso temporal podem ser observa-
das em vista lateral (Figura 3-28). A parte ampla 
e em forma de leque é a parte escamosa do osso 
temporal. A segunda parte, a parte timpânica, é 
pequena, irregular e relacionada ao meato acústi-
co extemo. A terceira parte é a parte petrosa, si-
tuada inferiormente e que conrribui para formar a 
base do crânio. 
PARTE ESCAMOSA DO OSSO TEMPORAL 
Além de contribuir para formar a caixa crnnia-
na, a parte escamosa do osso temporal forma 
parte do arco zigomático, através <lo processo zi-
gomático do oc;so temporal (Figura 3-19, ~làbela 
3-4). Esta parte também participa na formação da 
articulação temporomandibular, que será ahorc.la-
<la com detalhes no Capítulo 5. Na face inferior 
do processo zigomárico do osso temporal está a 
fossa mandibular. para a cabeça da mandfüula. 
Anteriormente à fossa mandibular enconrra-se 
o tubérculo articular e posterionncnre a elo, o 
processo retro-articular (Tabela 3-4). A fossa 
mandibular e o tubérculo arócular siio partes do 
osso temporal que se artic.ulam com a mandíbula 
na articulação temporomandibular. 
FIGURA 3-28 • Vista lateral das partes do osso tem-
poral. 
52 CAPITULO 3 • Ossos 
Parte 
escamosa 
Processo 
zigomático 
~ubérculo articular 
Fossa mandibular 
Pro;sso retro-artic~ 
PARTE TIMPANfCA DO OSSO TEMPORAL 
A parte ti.mpânica do osso temporal constirui a 
maior parte do meato acústico exten10, u m pe-
queno canal local1zado postcnonnenre à fossa man-
dibular e que conduz à cavidade do tímpano (Figu-
ra 3-30, Tabela 3-3) . .\inda po~.eriormente à fossa 
mandibular, a parte timpânica esní 'ieparacla da par-
te petrosa por uma fissura, a fissura petrotimpâni-
ca, por onde emerge o nervo

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