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GRUPO SER EDUCACIONAL UNINASSAU CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA MAYARA CRISTINA VIEIRA ANSELMO PROJETO DE PESQUISA – TCC1 A QUESTÃO RACIAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL Diadema/SP 2021 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 01 1.1 Tema ........................................................................................................03 1.1.2 Delimitação do Tema ........................................................................... 05 1.2 Problema de Pesquisa ................................................................ ........... 06 1.3 Justificativa .............................................................................................. 07 2 OBJETIVOS ............................................................................................... 12 2.1 Objetivo Geral ......................................................................................... .12 2.2 Objetivos Específicos ............................................................................... 12 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................13 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................... 17 4.1 Caracterização do estudo ..................................................................... ....19 5 REFERÊNCIAS ........................................................................................... 21 1 INTRODUÇÃO Em toda a história da humanidade, o preconceito existiu, e ainda existe mesmo a população brasileira negando a prática do racismo. Sob formas veladas ou explícitas, nos estereótipos, na literatura e no cinema, os negros são apresentados como malandros, preguiçosos, indignos de confiança. Por influência de teorias racistas criadas na Europa, que afirmavam a superioridade da raça branca – europeia – sobre as demais, justificou-se a colonização e, posteriormente, todos os seus males. O negro veio para o Brasil na condição de escravo. Sua participação na construção do país foi desconsiderada por muito tempo, assim como toda sua riquíssima contribuição cultural, nas artes, na linguística, na culinária. O papel da escola não é só ensinar a ler e escrever ou contar. É formar cidadãos, pessoas capazes de fazer valer seus direitos e realizar seus deveres. Assim, a educação para a cidadania plena deve se iniciar na pré-escola, com a participação da família e da comunidade para derrubar preconceitos e ideias ultrapassadas. A participação do professor é essencial para que a formação desses sujeitos sociais se manifeste como instrumento de transformação social, este presente trabalho fundamenta-se em visar uma educação que supere o racismo e as desigualdades e o por que é tão importante trabalhar questões raciais dentro da sala de aula, começando desde a educação infantil. Além disso existem várias formas de racismo: O racismo individual é formado por um indivíduo que insulta pessoas com características diferentes, realizando diversos comentários preconceituosos desta forma rejeitando pessoas que não tenham as mesmas características que ela. 01 Racismo Institucional, causado pelas instituições que rejeitam as vezes de forma indireta grupos étnicos. (Negros, índios). Sendo rejeitados até mesmo por igrejas. Racismo cultural, preconceitos e discriminação com base em diferenças culturais entre grupos étnicos ou raciais, tudo que engloba cultura. Crenças, músicas, religiões e etc. Racismo primário, é o mesmo de discriminação social, onde muitos não como emocional psicossocial onde a pratica da pessoa não possui explicação, nem sentido. Racismo estrutural, algo de algum modo preso em nossa sociedade, formando um conjunto de práticas institucionais, culturais e históricas. O campo da educação é um campo composto de muitas lutas e conquistas. Temos visto em nossa sociedade e no mundo. Entre muitos profissionais ligados à educação, o compromisso de muitos atores sociais (educadores-alunos) é apoiar uma educação de qualidade na “corrida”, que pode salvar a cultura dos participantes. Sabemos que, neste campo, as crianças também são colocadas no meio social antes dele. Este será um dos responsáveis pelo desenvolvimento do conhecimento e sua troca e vivência durante a formação do conhecimento e formação da identidade. Em termos de educação, aprendemos que esta criança foi marcada por ele desde criança e marcou a sociedade em que participa, de forma que através da convivência com a família, a sociedade da escola e o sistema, o ajudou a construir a sua própria sociedade. Casos de racismo estrutural ainda são comuns nas instituições escolares brasileiras. Um exemplo disso é a discriminação contra cortes de cabelo ou penteados contra meninas e meninos negros, como o black power. Outro exemplo é a manifestação de preconceito racial quando a intolerância religiosa é imposta às religiões afrodescendentes. Durante a educação infantil, as crianças começam a compreender o próprio corpo, as diferenças e semelhanças entre os pares. As pessoas que escolhem 02 para brincar e conviver na escola têm preferência pelos brinquedos. Lidar com as questões relacionadas com as diferenças na sala de aula, principalmente as questões relacionadas à étnica, não estão apenas relacionadas aos filhos, mas também à família e à comunidade. (CEERT, 2011). Diante disso, Trinidad (2011) destacou ainda que a educação infantil é o primeiro lugar institucionalizado em que a criança pode ingressar, o que significa que ela passa a viver em um novo coletivo, portanto, ela precisa ter a oportunidade de aprender sobre as crianças. Essa convivência é baseada no respeito a si mesmo e aos outros. Precisamos exterminar a ideia de 'lápis de cor'. O tom de pele é tão diverso, por que o lápis rosa o representa? Na escola tem crianças com cabelos cacheados, cabelos lisos. Se o professor puder tratar aquele cabelo tão bem quanto o cabelo liso, isso mudará o mundo da criança, incluindo as capacidades de defesa da criança, de modo que ela possa reagir quando seu cabelo estiver “duro e feio”. Aí você verá beleza e será conquistada aos poucos, isso é certo e provavelmente terá um impacto em toda a família, pois muitas vezes a família dessas crianças também não se aceitam ou demoraram a se aceitar e precisaram alisar o cabelo para se sentirem de alguma forma aceitos pela sociedade, a família deve estar em sintonia com a escola e principalmente com a criança ficando sempre atenta a sinais de não aceitação. 1.1 TEMA Infelizmente hoje em dia a discriminação ainda é algo muito comum sedo que nosso país é extremamente rico em diversidades culturais, que precisam ser reconhecidas, respeitadas e valorizadas. Além disso os reflexos da discriminação racial no processo de ensino podem ser extremamente prejudiciais para o futuro da criança. A escola junto a família deve quebrar preconceitos impostos pela sociedade, é essencial a participação da família para que esse preconceito também seja quebrado fora do âmbito escolar. 03 Segundo pesquisas realizadas em Harvard o racismo e a violência dentro da comunidade (e a ausência de apoio para lidar com isso) estão entre o que Harvard chama de "experiências adversas na infância". Passar constantemente por essas experiências faz com que o cérebro se mantenha em estado constante de alerta, provocando o chamado "estresse tóxico". Na prática, áreas do cérebro dedicadas à resposta ao medo, à ansiedade e a reações impulsivas podem produzir um excesso de conexões neurais, ao mesmo tempo em que áreas cerebrais dedicadas à racionalização, ao planejamentoe ao controle de comportamento vão produzir menos conexões neurais. A vivência do racismo é a causadora de muitas doenças entre os jovens negros, como depressão, adoecimento psíquico levando-os a evasão escolar ou até mesmo o suicídio. Em uma pesquisa pulicada pela folha de São Paulo aponta que dos 10 milhões de jovens brasileiros entre 14 e 29 anos de idade que deixaram de frequentar a escola sem ter completado a educação básica, 71,7% são pretos ou pardos. A maioria afirma ter parado de estudar porque precisava trabalhar. A taxa de analfabetismo também é quase três vezes maior entre negros. Quase 10 a cada 100 negros com mais de 15 anos não sabem ler nem escrever, enquanto entre brancos são 3,6% os analfabetos. A proporção é a mesma na população com mais de 60 anos, o que mostra o pouco avanço na diminuição da desigualdade. Nessa faixa etária, 27,1% dos negros e 9,5% dos brancos são analfabetos. Infelizmente, os dados mais recentes do Ministério da Saúde são de 2016 e foram divulgados em 2019. Desde 2019 até o ano atual 2021 a cada 10 jovens, entre 10 e 29 anos, que cometeram suicídio, seis eram pretos ou pardos. Enquanto vivermos em uma sociedade extremamente racista e considerarmos esses jovens negros como pessoas inferiores, destinadas ao tráfico de drogas ou marginalizada, essa situação será difícil de mudar. 04 Todos esses estereótipos impostos pela sociedade devem ser quebrados desde a infância. Devemos levar em consideração que o papel da construção do conhecimento do aluno é papel da escola e do professor e que todo ato que pareçam discriminatórios no ambiente escolar independente da etnia do aluno todo e qualquer tipo de preconceito deve ser banido das salas de aulas, acabando com está lacuna que se faz presente devido a anos da História da Cultura Afro-Brasileira terem sido excluídos do currículo Brasileiro. Se em seu meio a criança não é estimulada a apreciar o que não lhe é tão familiar, não Aprenderá a compreender a diversidade de culturas que formam a sociedade em que vive, e da qual deve participar plenamente, respeitando e sendo respeitada. A escola deve ser um ambiente de aprendizagem onde nenhuma forma de discriminação deve ser aceita, um trabalho difícil para a comunidade escolar já que o preconceito ainda existe camuflado, poucos se declaram preconceituosos por medo, mas no tratamento diferenciado com a comunidade negra mostram sua discriminação não deixando que crianças negras participassem de atividades destinadas a crianças brancas, o olhar do educador deve ser atento para evitar este tipo de descriminação. 1.1.1 Delimitação do Tema Se a questão racial fosse trabalhada com os alunos desde a educação infantil, hoje os números de evasão, suicídio e doenças psicológicas entre os negros seriam bem menores. Desta forma este presente estudo tem como objetivo contribuir para uma educação sem preconceitos, visando o art. 205 “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família. ” Que todos tenham pleno acesso a ela (educação) para garantir a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, para que todos os cidadãos possam estar expostos à cultura, e possam construir e promover a cultura, afinal a educação tem um papel fundamental no desenvolvimento e construção de uma sociedade mostrando-lhes o quanto a diversidade é enriquecedora. 05 Em sala de aula um exemplo muito comum na educação infantil são as atividades feitas pelos professores em cima dos livros de fábulas e em diversas histórias a princesa não aparece como uma figura negra, a criança precisa se sentir acolhida e representada em seu âmbito escolar, mas uma criança negra em um livro infantil muitas vezes é uma criança pobre. Um outro exemplo são em apresentações teatrais, peças e afins nunca vimos por exemplo uma Emília negra, e a leitura que faz parte do mundo mediático exclui personagens negros, as histórias de origem africana, como se assiste com frequência, infelizmente não é algo incomum, significa, de algum modo, afastar os negros dos próprios negros, que muitas vezes, não encontram na sala de aula nada que lhes faça referência, fazendo com que o aluno se sinta excluído e muitas vezes prejudicando a autoimagem e o cognitivo. A discriminação pode acontecer até mesmo através de brinquedos, como por exemplo uma criança não querer brincar com uma boneca por causa da cor ou cabelo que não são iguais das bonecas que está acostumada em seu âmbito fora da escola, desta forma demonstrando o início a uma possível discriminação com um colega de classe e fora dela. Desde muito cedo, as crianças são capazes de adotar preconceitos contra colegas e outras pessoas quando são induzidas em erro. É por isso que desde o primeiro ano desde a sua fundação, a educação sobre as relações raça- raça sempre foi muito importante. Em termos de educação infantil, atividades de avaliação da cultura afro-brasileira ajudarão as crianças a reconhecer e reconhecer a herança africana implantada em nossa sociedade, além de ajudar a eliminar preconceitos e promover o bom relacionamento com os colegas. 1.2 PROBLEMA DE PESQUISA Como podemos formar nossos alunos para que se imponham em situações de discriminação dentro e fora da escola, respeitando as diversidades desde a educação infantil? 06 1.3 JUSTIFICATIVA O primeiro meio social da criança é a família. O segundo é a escola. Essas duas instituições é que vão ajudar a criança a se construir como sujeito social, de direitos e deveres, ciente de seu papel na comunidade em que está inserido. Quando a criança começa a socializar, ainda não tem constituído seus juízos de valor. Quando se depara com alguém diferente de si – seja pela altura, pela cor da pele ou pelo cabelo – não odeia ou acha feio: sente curiosidade. Gosta de examinar, quer descobrir, quer compartilhar. Se em seu meio a criança não é estimulada a apreciar o que não lhe é tão familiar, não aprenderá a compreender a diversidade de culturas que formam a sociedade em que vive, e da qual deve participar plenamente, respeitando e sendo respeitada. Devemos levar em consideração que o papel da construção do conhecimento do aluno é papel da escola e do professor é que todo ato que apareçam discriminatórios devem ser corridos no ambiente escolar independente da etnia do aluno para que todo e qualquer tipo de preconceito seja banido das salas de aulas, acabando com está lacuna que se faz presente devido há anos da História da Cultura Afro-Brasileira terem sidos excluídos do currículo Brasileiro. A escola deve ser um ambiente de aprendizagem onde nenhuma forma de descriminação deve ser aceita, um trabalho difícil para a comunidade escolar já que o preconceito ainda existe camuflado, poucos se declaram preconceituosos por medo, mas no tratamento diferenciado com a comunidade negra mostram sua discriminação não deixando que crianças negras participassem de atividades destinadas a crianças brancas, o olhar do educador deve ser atento pata evitar este tipo de descriminação. Apesar de haver leis para evitar esse tipo de preconceito o melhor é educar para evitar o preconceito do que impor que se tenha preconceito, o respeito pelo outro deve ser uma norma da nossa educação tanto a adquirida na escola ou em casa devemos ter respeito por todas as culturas. 07 Esse presente trabalho baseia-se em observações de práticas pedagógicas de professoras da Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, da Escola Municipal de Educação Infantil Paulo Freire Prof, especificamente, do Maternal, que é o último estágio da Creche, ciclo I desta Etapa, a qual integram crianças de 3 anos de idade, ou a completar até março do corrente ano letivo. No primeiro semestre de 2020 foram realizados trabalhos voltados para desconstrução de preconceitos racial entre as crianças.As professoras recebem as crianças do período da manhã, sempre utilizando o lúdico como meio norteador do trabalho. Músicas de cunho infantil acalmam o ambiente deixando- o acolhedor e agradável. A partir do dia 11 de fevereiro de 2020 presenciei atividades da qual foram realizadas: Roda de conversa com assunto relacionado a questões raciais. ● As professoras perguntaram quem sabia o que era negro. ● Yara: monstros assustadores; ● Arthur: formigas; ● Heloisa: pessoas diferentes; ● Enzo: são pessoas escuras. A partir deste levantamento foi explicado o que são pessoas negras, quebrando os estereótipos criados pela sociedade como monstro/diferentes por exemplo. Também como chegaram ao Brasil, explicando de forma simples, pois no decorrer do ano letivo abordarão mais esse tema. Em seguida foi feita a leitura do livro: O cabelo de Lelê. Quarta – feira – dia 12 de fevereiro de 2020: ● Roda de conversa sobre folclore. 08 ● Apresentação dos personagens folclóricos com ênfase nos estudos dos personagens negros: Saci, Negrinho do Pastoreio e a tia Anastácia. ● Falaram sobre o Saci. Que tinha uma perna só, mas nem por isso ele deixava de brincar, aqui dão destaque à questão da deficiência na inclusão escolar. A atividade proposta foi pintura do Saci destacando as cores preta e vermelha. Posteriormente, o Saci foi colocado dentro de uma garrafa pet para se exposição na escola. Quinta – feira – dia 13 de fevereiro de 2020: ● Releitura do livro O cabelo de Lelê ● Levantamento das características físicas de Lelê: ● Negra; ● Cabelos longos, pretos e encaracolados; ● Blusa listrada, shorts laranja e sapato azul. A partir desses dados, as professoras distribuíram revistas e pediram para que as crianças, organizadas em grupos, encontrassem pessoas negras nelas. Houve murmúrios e reclamações de que não tinha, nas revistas, o que as professoras pediram para procurar, alguns grupos não encontraram. Depois de alguns minutos, as educadoras abordaram o questionamento “Por que será que não tem pessoas negras ai?”. Num bate papo, expuseram que muitas pessoas não gostam de tirar fotos com negros e nem de negros, não gostam de brincar, de conversar, de trabalhar etc. Posteriormente, confeccionaram um cartaz da seguinte forma: Com tinta preta as professoras carimbaram as mãos das crianças numa cartolina branca de forma que se tornou a imagem semelhante ao cabelo de Lelê e no, meio do cartaz, colaram as poucas imagens das pessoas negras, encontradas nas revistas. 09 Sexta – feira – dia 14 de fevereiro de 2020: ● Roda de conversa sobre a história O cabelo de Lelê. ● Apresentação da boneca de Lelê confeccionada pelas professoras com meia. Cada criança, sejam meninas e meninos, pegou a boneca no colo. ● Explicação de como será desenvolvido o projeto: Cada criança levará Lelê para casa e devolver no dia seguinte, se o dia que a criança levar a boneca, for uma sexta-feira, então devolverá na segunda-feira ou no primeiro dia letivo subsequente. E com a ajuda do responsável, relatar no caderno viajante como foi seu dia, ou o final de semana, com Lelê. Segunda – feira – dia 17 de fevereiro de 2020: Levantamento do porquê Lelê não gostava de seu cabelo; Como Lelê aprendeu a gostar de suas características; Conversa sobre heranças e influências africanas no Brasil; Após o levantamento as professoras, pediram para as crianças observarem o cartaz que confeccionaram, questionando-os o que aquelas fotos tinham de semelhante com Lelê. Cabelo, cor da pele, beleza – semelhanças que as crianças observaram. Terça-feira – dia 18 de fevereiro de 2020: Montagem do mural da classe focado nos diferentes tipos de cabelos; As crianças fizeram um desenho livre de algum personagem e confeccionaram o cabelo do personagem com barbante, podendo explorar diferentes estilos de cabelos que possuem conhecimento, a maioria tentou reproduzir o cabelo de Lelê ou seu próprio cabelo 10 Quarta – feira – dia 19 de fevereiro de 2020: Roda de conversa sobre o que aprenderam com as atividades; Júlia: Respeitar as diferenças; Enzo: Existe diversos tipos de cabelos; Yara: Todos são bonitos do seu jeito; Fabrizio: Existem comidas africanas que gostamos; como cocada, feijoada; Arthur: Existem pessoas de uma perna só, assim como o Saci; Manuela: Aprendi que meu cabelo é bonito também; Porém notei que as professoras também trabalham com trechos de filmes, pois entendem que as crianças não permanecem muito tempo em atividades propostas, dirigidas ou não, é necessário inovar e acrescentar algo novo. O teatro é um excelente recurso, que nos ajuda no exercício de fixação, pois por meio do mesmo, abordamos os mais diversos assuntos ligados as diversidades, sejam elas culturais, de gênero ou étnicas. As professoras estão sempre ampliando o conhecimento e contando com a parceria dos pais, pois as crianças tanto trazem quanto levam o saber. Todo dia é uma novidade para os educadores, é na rotina que observamos o desenvolvimento do grupo e o quanto as crianças contribuem positivamente com o trabalho aplicado. Em outro momento realizei uma breve entrevista com uma pedagoga que trabalhou em uma escola pública na área infantil, onde a mesma relatou que em duas vezes na semana as professoras arrumavam os cabelos das crianças e as meninas que tinham cabelos ondulados e lisos tinham seus cabelos penteados e enfeitados, já as que tinham cabelos crespos as professoras diziam que “não tinha como fazer muita coisa” e nem mesmo enfeitavam os cabelos delas. Além de presenciar a falta de diálogo das professoras diante a cenas discriminatórias 11 como a criança se queixar porque o colega disse que seu cabelo era feio, ou que sua cor de pele era estranha, que parecia suja, o silencio do educador acaba colaborando com esse racismo, a creche não realizava projetos para combate ao racismo, nenhuma atividade que abordasse as diversidades foi presenciada. Essa mesma pedagoga também relatou que hoje trabalha em uma escola privada a qual observou que em toda a escola, sendo uma escola que atende do berçário até o 5° Ano, possui apenas uma criança negra. Além disso mostrasse muito ausente a temática de questão racial tanto na formação inicial quanto continuada dos profissionais da educação, nas disciplinas obrigatórias a questão racial é vagamente abordada, o que se torna uma grande perda na formação do educador por ser um assunto de extrema importância a ser desenvolvido e trabalhado em sala de aula, visto que o cenário de discriminação ainda é muito comum dentro e fora do âmbito escolar. 2 OBJETIVOS Promover uma educação democrática, que considere o direito à diversidade, que todos os alunos tenham consciência de seus direitos, do respeito e da inclusão. Formando cidadãos críticos relacionando os alunos a vida prática, através de práticas pedagógicas que despertem a ação reflexiva dos alunos. 2.1 OBJETIVO GERAL Contribuir para uma sociedade justa e democrática, visando que a escola é o primeiro meio de contato da criança fora do âmbito familiar desta forma a escola deve assegurar desde cedo a valorização a cultura e respeito pela diversidade. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Verificar as atividades propostas em sala com as crianças. Investigar o domínio do educador em sala de aula sobre a questão racial. 12 Definir um material prático e reflexivo sobre a diversidade, incluindo brinquedos e livros infantis. Quebrar estereótipos negativos impostos pela sociedade. 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O espaço escolar e um dos locais onde aprendemos a negociar. Com o mundo, com outras pessoas, com nós mesmos. Esses aspectos fazem da escola um local de aprendizagem privilegiado, geralmente tendemos a pensar no que dizrespeito à educação escolar, devido à importância da instituição para a tarefa de educação. É justamente por essas características que a escola muitas vezes contribui para os fatores negativos de nossos valores culturais: preconceito, Discriminação, violência. Como disse Vygoski: Em primeiro lugar (...) para compreender corretamente o papel do meio no desenvolvimento da criança é sempre necessário abordá-lo não a partir de, creio ser possível formular dessa maneira, parâmetros absolutos, mas, sim, a partir de parâmetros relativos. Além disso, deve-se considerar o meio não como uma circunstância do desenvolvimento, por encerrar em si certas qualidades ou determinadas características que já propiciam, por si próprias, o desenvolvimento da criança, mas é sempre necessário abordá-lo a partir da perspectiva de qual relação existe entre a criança e o meio em dada etapa do desenvolvimento. (VIGOTSKI 2010, p.682). Vigotski também afirma que a instituição deve considerar o meio em que o indivíduo está inserido: [...] ponto de partida desta discussão é o fato de que o aprendizado das crianças começa muito antes delas freqüentarem a escola. Qualquer situação de aprendizado com a qual a criança se defronta na escola tem sempre uma história previa. ( VYGOTSKY, 1988.p.94) 13 Ou seja, se a criança está inserida em um meio onde não há diversidades, ou até mesmo vivência situações de preconceitos, para ela situações de discriminação pode se tornar algo normal, que ela vivência no dia a dia dela. Desta forma a criança começará a agir de acordo com o âmbito de convívio até mesmo dentro da escola. Segundo Nascimento (2001, p. 119), no imaginário social brasileiro: A identidade de origem africana é intimamente ligada ás ideias de escravidão; trabalho braçal; inferioridade intelectual; atraso tecnológico; falta de desenvolvimento cultural, moral, ético e estético e até mesmo, a ausência de desenvolvimento linguístico, já que as línguas africanas são tidas como “dialetos”. Neste contexto, podemos dizer que se iniciou um processo da discriminação racial logo com a chegada dos portugueses no Brasil ainda no século XVI. O Brasil foi palco de uma diversidade de culturas, além da pratica cultural africana o negro incorporou também costumes europeus e indígenas além de exercer grande influência. Assim a influência africana deu-se em variados setores tais como: culinária, práticas religiosas, danças dentre outras práticas que foram incorporadas pela população brasileira até os dias atuais. Gilberto Freyre, escritor de Casa e Senzala, destaca que: Na ternura, na mímica excessiva, no catolicismo em que se deliciam nossos sentidos, na música, no andar, na fala, no canto de ninar menino pequeno, em tudo que é expressão sincera de vida, trazemos quase todos a marca da influência negra. Da escrava ou sinhama que nos embalou. Que nos deu de mamar. 14 Que nos deu de comer, ela própria amolengando na mão o bolão de comida. Da negra velha que nos contou as primeiras histórias de bicho e de mal-assombrado. Da mulata que nos tirou o primeiro bicho- de- pé de uma coceira tão boa. De que nos iniciou no amor físico e nos transmitiu, ao ranger da cama- de- vento, a primeira sensação completa de homem. Do muleque que foi o nosso primeiro companheiro de brinquedo. (Freyre (2001, p. 348) Contudo, segundo Santos (2001, p. 98), afirma que, O fim do regime escravista não aboliu por completo a visão que hierarquiza as culturas e classifica as pessoas mediante a cor da pele, o formato do nariz, a cor dos olhos e a textura dos cabelos. Já vimos que após a abolição formal foi construído um ideário para legitimar o preconceito e a discriminação racial contra os negros. A partir de 1888, a cor passou a ser um critério importante de seleção dos trabalhadores livres desta forma os brancos foram considerados trabalhadores melhores do que os negros. O branco passou a ser preferido nos trabalhos de alto salário, poucas demandas e esforços enquanto os negros ficavam em trabalhos que demandavam bastante esforço, muitas vezes sendo humilhados. Silva (2001, p. 77) define o racismo como: Uma expressão ampla que abrange, além do preconceito, hostilidade, discriminação, segregação e outras ações negativas manifestadas em relação a um grupo racial/étnico. Nos dias atuais, o racismo tem se manifestado de maneira evidente, quando se tenta negar a humanidade das pessoas negras, comparando-as por meio de seus atributos físicos a coisas, 15 doenças e animais. Essas comparações são naturalizadas na cultura brasileira, ou seja, de tanto inferiorizar as pessoas negras com apelidos, “piadinhas” e gracejos (...) todo o mundo passa a achar que isso é engraçado, louvável e quem se indigna é neurótico/a” (SILVA, 2001, p 76-77). Qualquer forma de preconceito nas relações humanas é prejudicial para o desenvolvimento de uma sociedade justa, democrática e igualitária, o preconceito e discriminação nunca será uma brincadeira, além disso discriminação é crime, pena: reclusão de um a três anos e multa. Esse assunto envolve uma grande polêmica até nos dias atuais, mesmo após 132 anos da promulgação da lei Aurea, com as cotas nas universidades para negros e seus descendentes. Acredita-se que o sistema de cotas seria uma forma de equilibrar a igualdade de oportunidades, uma vez que os negros foram prejudicados na área educacional desde sempre. Contudo as cotas não serão uma realidade eterna, pois assim que esse equilíbrio ocorrer a mesma perderá seu significado. No Brasil temos uma parte considerável de nossa população composta por negros, a escola não incluí isso no currículo nem na proposta o Ensino da cultura africana. Segundo Oliveira (2004, fls. 19 e 31): A escola desenvolve o currículo com base na cultura do centro racial (ou seja, cultura branca), excluindo outras culturas, desta forma excluindo também a cultura africana, o que impede os alunos negros sejam representados no ambiente escolar. Nesse sentido, incluir a cultura africana no contexto das escolas, é necessário estabelecer um novo currículo e uma nova escola. Nesse sentido, desde a infância, as crianças têm ideias diferentes, baseados em suas experiências, em diferentes ambientes e grupos, como família, comunidade, organização escolar, etc. (OLIVEIRA, 2004). 16 Muitas vezes os educadores não estão preparados como aponta Abramovich (2006, p. 68) afirma que os motivos para o silêncio dos professores são muitos: “falta de formação para lidar com questões raciais, crianças que desconhecem a história e a cultura africana ou não são racistas. Desta forma o silêncio do professor contribui para a discriminação racial. ” 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Considera-se uma pesquisa qualitativa visando a qualidade do ensino e do convívio em sociedade, buscando refletir sobre a questão racial. A escola deve oferecer o direito de conhecer o “outro” através do desenvolvimento de atividades que abordem a diversidade com livros de contos infantis por exemplo ou fabulas, peças teatrais, verificar os brinquedos disponíveis em sala de aula, organizar rodas de conversa e além disso a Lei nº 10.639/03 precisa estar presente em todos os segmentos mostrando para os alunos histórias de resistência e também existência. Quanto mais cedo essas crianças obterem conhecimento da rica diversidade que possuímos no nosso pais, mais cedo uma educação e uma sociedade igualitária irão surgir. Utilizei as observações e os registros do diário de campo como ferramentas de pesquisa, pois este trabalho visa monitorar as pessoas no convívio social e suas relações multiétnicas em espaços pré-escolares. Procurei compreender como as crianças lidam com as suas primeiras experiências multiétnicas, como percebem essas experiênciase como as articulam. Observamos a relação entre professores / crianças, crianças / crianças e outros profissionais / crianças. Não basta apenas perguntar ao professor como ocorre a relação entre ele e as crianças ou entre elas, deve ser visto na sua prática profissional e no seu dia a dia. Investigar a formação continuada dos educadores presentes na escola também é de tamanha importância para a realização de atividades com mais propriedade, atividades com afeto e que realmente proporcione mudanças na educação e na vida dos alunos. 17 Uma das maneiras de entender como as crianças se conectam e pensam é analisando seus jogos/brincadeiras, suas interações com seus colegas, porque através deles, são revelados a maioria dos conceitos sobre si mesmos, sobre sociedade e sobre as pessoas, enfim, sobre o meio de convívio que as cerca todos os dias. Também é importante citar a campanha do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) de nome “Por uma infância sem racismo”. Baseia-se na ideia de ação em rede, a iniciativa reúne 10 ações ou comportamentos que cada pessoa pode adotar para assegurar o respeito e a igualdade étnico e racial desde os primeiros anos de vida. A campanha também aponta 10 maneiras de contribuir para uma infância sem racismo: 1. Eduque as crianças para o respeito à diferença. Ela está nos tipos de brinquedos, nas línguas faladas, nos vários costumes entre os amigos e pessoas de diferentes culturas, raças e etnias. As diferenças enriquecem nosso conhecimento. 2. Textos, histórias, olhares, piadas e expressões podem ser estigmatizantes com outras crianças, culturas e tradições. Indigne-se e esteja alerta se isso acontecer – contextualize e sensibilize! 3. Não classifique o outro pela cor da pele; o essencial você ainda não viu. Lembre-se: racismo é crime. 4. Se seu filho ou filha foi discriminado, abrace-o, apoie-o. Mostre-lhe que a diferença entre as pessoas é legal e que cada um pode usufruir de seus direitos igualmente. Toda criança tem o direito de crescer sem ser discriminada. 5. Denuncie! Em todos os casos de discriminação, busque defesa no conselho tutelar, nas ouvidorias dos serviços públicos, na OAB e nas delegacias de proteção à infância e adolescência. A discriminação é uma violação de direitos. 18 6. Proporcione e estimule a convivência de crianças de diferentes raças e etnias nas brincadeiras, nas salas de aula, em casa ou em qualquer outro lugar. 7. Valorize e incentive o comportamento respeitoso e sem preconceito em relação à diversidade étnica e racial. 8. Muitas empresas estão revendo sua política de seleção e pessoal com base na multiculturalidade e na igualdade racial. Procure saber se o local onde trabalha participa também dessa agenda. Se não, fale disso com seus colegas e supervisores. 9. Órgãos públicos de saúde e de assistência social estão trabalhando com rotinas de atendimento sem discriminação para famílias indígenas e negras. Você pode cobrar essa postura dos serviços de saúde e sociais da sua cidade. Valorize as iniciativas nesse sentido. 10. As escolas são grandes espaços de aprendizagem. Em muitas, as crianças e os adolescentes estão aprendendo sobre a história e a cultura dos povos indígenas e da população negra; e como enfrentar o racismo. Ajude a escola de seus filhos a também adotar essa postura. A educação para a igualdade racial na educação infantil vai muito além do que apenas o respeito, o problema deve ser enfrentado de frente, havendo reflexões e discussões na escola e com a família, as atividades, projetos, livros, brinquedos e materiais gráficos fornecidos às crianças devem ser criteriosamente selecionados. Se as questões raciais estiverem inseridas no cotidiano escolar, não apenas em momentos ou projetos e atividades específicos, como celebrações específicas do combate ao racismo, diretores, coordenadores e professores podem ir à luta contra o racismo e promover a igualdade racial e um ensino sem esteriótipos definidos. 4.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO Portanto, a prática de ensino deve considerar: (...) A diversidade de classe, gênero, idade, raça, cultura, crenças, etc. existentes na vida escolar, e a partir 19 dessa realidade tão diversa pensar (e repensar) o currículo e os conteúdos escolares. A construção de práticas democráticas e imparciais significa o reconhecimento do direito à diferença, incluindo as diferenças étnicas. (GOMES apud SILVA e PALUDO, 2011, página 9) O preconceito deve ser resolvido e combatido, a falta de informação pode levar a problemas como este (discriminação), deixando as crianças num estado de isolamento e criando rótulos com pessoas diferentes ou que não podem ser misturadas. O ambiente escolar da educação infantil deve proporcionar um ambiente acolhedor e confortável para todas as crianças. Nesse ambiente, os professores trabalham com outras crianças e grupos culturais para realizar experiências morais e estéticas, ampliando assim seus padrões de referência e identidade no diálogo e no conhecimento. Desta forma podemos concluir que o papel da educação infantil é de grande importância para o desenvolvimento humano, a formação do caráter, a construção intelectual e o aprendizado. Desenvolver à socialização de crianças de 0 a 5 anos está na base e estágio inicial do desenvolvimento humano. A educação que as crianças recebem em instituições educacionais é de grande importância para seu desenvolvimento futuro como corpo principal da sociedade, mas esse tipo de socialização deve ocorrer principalmente nas tarefas familiares. Nos primeiros anos de nascimento das crianças, os espaços de educação coletiva são locais privilegiados que podem promover a eliminação de qualquer forma de preconceito, racismo e discriminação, para que as crianças possam compreender e se empenhar de forma consciente naquilo que sabem, desde cedo. Mostrando-lhes a importância das diferentes raças para a história e cultura brasileira, as instituições de ensino podem ser um dos melhores lugares para o seu desenvolvimento e experiências. O que os educadores podem fazer pelas crianças irá promover e evitar a internalização de comportamentos e atitudes preconceituosas e discriminação dos negros. 20 5 REFERÊNCIAS A Participação dos Negros na Construção do Brasil. Disponível em: https://influencianegranobrasil.wordpress.com/ ARAUJO.A.P. Lei do Ventre Livre. Disponível em: <http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/lei-do-ventre-livre/ BRAGA, Lisandra. Clóvis Moura o negro na dinâmica da luta de classes no Brasil. Disponível em: <http://sociologiacienciaevida.uol.com.br/ESSO/Edicoes/23/artigo133474-1.asp FERREIRA, Maria Carvalho. A influência africana no processo de formação da cultura afro-brasileira. Disponível em : <http://www.acordacultura.org.br/artigos/29082013/a-influencia-africana-no- processo-de-formacao-da-cultura-afro-brasileira Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/cnecp_003.pdf MEC orientações e ações para a educação das relações étnico-raciais. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/orientacoes_etnicoraciais.pdf Artigo 29 da Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/busca?q=art.+29+da+lei+9394%2F96 21 https://influencianegranobrasil.wordpress.com/ http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/lei-do-ventre-livre/ http://sociologiacienciaevida.uol.com.br/ESSO/Edicoes/23/artigo133474-1.asp http://www.acordacultura.org.br/artigos/29082013/a-influencia-africana-no-processo-de-formacao-da-cultura-afro-brasileira http://www.acordacultura.org.br/artigos/29082013/a-influencia-africana-no-processo-de-formacao-da-cultura-afro-brasileirahttps://www.jusbrasil.com.br/busca?q=art.+29+da+lei+9394%2F96 Campanha Unicef disponível em: https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/unicef-reativa- campanha-de-prevencao-ao-racismo-com-foco-em-criancas-e-adolescentes Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias =13448-diretrizes-curiculares-nacionais-2013-pdf&Itemid=30192 Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade disponível em: http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_infancia_juventude/legislacao_ec a/eca_comentado_new/titulo_II_dos_direitos_fundamentais/capitulo_II_do_direi to_a_liberdade_ao_respeito_e_a_diginidad Art. 79-B disponível em: http://fepesp.org.br/noticia/dia-da-consciencia-negra-20-de- novembro/#:~:text=%E2%80%9CArt.,que%20essa%20data%20foi%20oficializa da. 4 efeitos do racismo no cérebro e no corpo de crianças, segundo Harvard disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-55239798 Livro O Cabelo de Lelê disponível em: http://www.santabarbara.sp.gov.br/educacao/semanas1a8/v1/fundamental/arqu ivos/2ano/8semana/o-cabelo-de-lele.pdf 22 https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/unicef-reativa-campanha-de-prevencao-ao-racismo-com-foco-em-criancas-e-adolescentes https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/unicef-reativa-campanha-de-prevencao-ao-racismo-com-foco-em-criancas-e-adolescentes http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=13448-diretrizes-curiculares-nacionais-2013-pdf&Itemid=30192 http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=13448-diretrizes-curiculares-nacionais-2013-pdf&Itemid=30192 http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_infancia_juventude/legislacao_eca/eca_comentado_new/titulo_II_dos_direitos_fundamentais/capitulo_II_do_direito_a_liberdade_ao_respeito_e_a_diginidad http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_infancia_juventude/legislacao_eca/eca_comentado_new/titulo_II_dos_direitos_fundamentais/capitulo_II_do_direito_a_liberdade_ao_respeito_e_a_diginidad http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_infancia_juventude/legislacao_eca/eca_comentado_new/titulo_II_dos_direitos_fundamentais/capitulo_II_do_direito_a_liberdade_ao_respeito_e_a_diginidad http://fepesp.org.br/noticia/dia-da-consciencia-negra-20-de-novembro/#:~:text=%E2%80%9CArt.,que%20essa%20data%20foi%20oficializada http://fepesp.org.br/noticia/dia-da-consciencia-negra-20-de-novembro/#:~:text=%E2%80%9CArt.,que%20essa%20data%20foi%20oficializada http://fepesp.org.br/noticia/dia-da-consciencia-negra-20-de-novembro/#:~:text=%E2%80%9CArt.,que%20essa%20data%20foi%20oficializada https://www.bbc.com/portuguese/geral-55239798 http://www.santabarbara.sp.gov.br/educacao/semanas1a8/v1/fundamental/arquivos/2ano/8semana/o-cabelo-de-lele.pdf http://www.santabarbara.sp.gov.br/educacao/semanas1a8/v1/fundamental/arquivos/2ano/8semana/o-cabelo-de-lele.pdf Taxa de evasão e analfabetismo disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2020/06/negros-sao-717-dos-jovens- que-abandonam-a-escola-no-brasil.shtml 23
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