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COMPLICAÇÕES CIRURGICAS

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Maria Clara Cavalcante 
COMPLICAÇÕES CIRURGICAS 
INTRODUÇÃO 
São um aspecto frustrante e de difícil tratamento 
Constituem uma possibilidade real 
O custo é altíssimo (casa dos milhões de dólares) 
Associado a restrições (trabalho, família, sociedade) 
Em certos casos, nunca recupera o nível funcional do pré-operatório 
Sofrimento impingido 
Ocorrem por vários motivos, podendo ser: 
• Estado comprometido do paciente 
• Cirurgião descuidado ou apressado 
O risco diminui com um pré-operatório cuidadoso (nutrição, estado cardiopulmonar, peso, tabagismo, condições sociais, 
coagulação) 
Momento ideal: Eletiva X urgência 
INTRAOPERATÓRIO 
Manipulação dos tecidos 
Dissecção meticulosa 
Respeitar os planos teciduais 
Pressa, disciplina 
Lavar as mãos 
Uso de luvas e máscara 
PÓS-OPERATÓRIO 
Vigilância obrigatória 
Avaliação completa, cuidadosa e regular 
Diagnóstico precoce das complicações 
Avaliar feridas, ingestão, decúbito, sinais vitais, presença de dor 
COMPLICAÇÕES COM A FERIDA 
Seroma 
Hematoma 
Deiscência 
Infecção (superficial, profunda e espaço orgânico) 
Feridas crônicas 
➔ SEROMA: 
Coleção de gordura liquefeita, soro e líquido linfático sob a incisão 
Claro, amarelado, viscoso e encontrado no SC 
É benigno 
 
Maria Clara Cavalcante 
Ocorrência: mastectomias, dissecções axilares, dissecções inguinais 
Prevenção: 
• Drenos 
 
➔ HEMATOMA: 
Coleção anormal de sangue no SC de uma incisão 
Mais preocupante que os seromas (infecções) 
Relacionado a hemostasia, coagulopatias 
Medicamentos associados: AAS, clopidogrel, ticlopidina 
Tumefação, dor ou ambos 
Extremidade/síndrome compartimental 
Prevenção: 
• Avaliação pré-operatória 
 
➔ DEISCÊNCIA DA FERIDA: 
Separação das camadas musculoaponeuróticas 
1-3% das cirurgias abdominais 
Geralmente 7-10 dias de pós-operatório 
Uma das mais temidas complicações 
Necessidade de intervenção imediata 
Erros técnicos de estrutura 
Prevenção: 
• Atenção cuidadosa ao detalhe técnico 
Tratamento das infecções antes do fechamento da parede abdominal 
Fatores associados a ela: 
• Erro técnico no fechamento da fáscia 
• Operação de emergência 
• Infecção intra-abdominal 
• Idade avançada 
• Pressão intra-abdominal elevada 
• Obesidade 
• Uso crônico de corticosteróides 
• Deiscência prévia de ferida 
• Desnutrição 
• Radioterapia e quimioterapia 
• Doença sistêmica (uremia, diabetes) 
Infecção da ferida: 
Causadas por contaminação bacteriana do sítio operatório 
Categorizados em 3 grupos: 
• Superficiais (pele e SC) 
• Profundas (fáscias e músculos) 
 
Maria Clara Cavalcante 
• Espaço orgânico(órgãos) 
Ocorrem do 5-6º dia do pós-operatório 
80 a 90% das infecções ocorre em até 30 dias e 30 a 40% ocorrem após a alta 
Patógenos relacionados: S. aureus, S. coagulase-negativo, Enterococos (grupo D) 
Fatores de risco para infecção: 
PACIENTE OPERAÇÃO 
Idade avançada Preparação pré-operatório 
inadequada 
Desnutrição Duração da operação 
Diabetes Antibióticos profiláticos 
Obesidade mórbida Contaminação dos 
instrumentos 
Imunossupressão Falha nas técnicas assépticas 
Infecção remota coexistente Corpo estranho na ferida 
Colonização com bactérias Decidi isquêmico ou 
desvitalizado 
Radioterapia prévia Quantidade de contaminação 
Tabagismo 
 
➔ FERIDAS CRÔNICAS: 
Não cicatrizam 30-90 dias após a cirurgia 
Comum em imunossuprimidos, uso de altas doses de corticoides, desnutridos, obesidade e deiscência de sutura 
Medidas como perda de peso, melhora do estado nutricional, abandono do tabagismo contribuem contra infecções crônicas 
COMPLICAÇÕES COM A TERMORREGULAÇÃO 
➔ HIPOTERMIA: 
Temperatura < 36°C 
Área exposta 
Infusões de líquidos frios 
Traumas em ambientes frios 
Irrigação da cavidade com líquidos frios 
Tempo de cirurgia prolongada em baixa temperatura 
Analgesia com opioides 
Todos os anestésicos prejudicam a termorregulação 
Diminuição do débito cardíaco 
Redução da frequência cardíaca 
Arritmias cardíacas 
Alterações a coagulação (<35°C) 
Função plaquetária 
➔ HIPERTERMIA MALIGNA (HM): 
Doença autossômica dominante 
Crise hiper metabólica é fatal 
 
Maria Clara Cavalcante 
Manifesta-se durante/após exposição ao anestésico geral deflagrador 
1 em cada 50.000 casos 
Tratamento: 
• Suspender o agente e aplicar o DANTROLENE 
Como funciona? 
 
Prevenção: 
• História familiar de HM, história pessoal de mialgia após exercício, tendência ao desenvolvimento de febre, doença 
muscular, intolerância à cafeína 
 
➔ FEBRE NO PÓS-OPERATÓRIO: 
Achado clínico + preocupante 
Acontece em até 2/3 dos pacientes 
Causa infecciosa em cerca de 1/3 dos casos 
Febre no POI, atelectasia 
Infecções + comuns: 
• Local operatório 
• ITU 
• Cateter intravascular 
• Pneumonia (4-5 dias da admissão) 
COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
25% de todas as mortes no pós-operatório 
Atelectasia é o colapso mais comum 
Pneumonite por aspiração (alteração a nível de consciência) 
Edema pulmonar, trauma pulmonar, síndrome da angústia respiratória do adulto -> Falência respiratória 
Embolia pulmonar 
Atelectasia -> pneumonia -> insuficiência respiratória -> intubação orotraqueal 
Prevenção: 
• Controle da dor 
• Respirar profundamente e tosse 
COMPLICAÇÕES CARDÍACAS 
Hipertensão pós-operatória (dor, hipotermia, hipóxia, TCE) 
Isquemia/infarto (30% DAC) 
Choque cardiogênico (sequelas IAM -> Letal) 
Arritmias: 
Exposição a 
anestésico 
deflagrador
Liberação 
anormal de 
cálcio 
Hipermetabolis
mo
Hipóxia e 
ativação 
neuromuscular
Calor excessivo 
e morte de 
miócitos
Coagulopatoa 
disseminada, 
ICC e isquemia 
inestinal
 
Maria Clara Cavalcante 
• Comuns no pós-operatório 
• Fibrilação atrial 
• Flutter 
• Taquicardias supraventriculares 
ICC 
Pacientes com alto risco de eventos miocárdicos -> B-bloqueador 
COMPLICAÇÕES URINÁRIAS 
Retenção urinária (muito comum) 
Insuficiência renal aguda 
COMPLICAÇÕES GASTROINTESTINAIS 
➔ Íleo e obstrução – em até 30 dias após a operação 
• Obstrução: funcional (íleo) ou mecânica (barreira) 
• Íleo primário ou pós-operatório: ocorre após a operação e cura em 2-4 dias 
• Íleo paralítico/adinâmico: quando há atraso no retorno da função intestinal 
• POI, restrição dieta, VO e narcóticos = alteração da motilidade do delgado 
• Diagnóstico da obstrução: Clínica e Rx de abdome 
 
➔ Síndrome compartimental abdominal > 12 mmHg 
Trauma: causa hipertensão IA e Sd. Compartimental (edema intestinal, contaminação, coagulopatia, transfusão, reposição 
hídrica) 
Sem trauma: Ascite, hemorragia retroperitoneal e reparo de aneurisma aórtico 
➔ Sangramento GI pós-operatório 
 
➔ Complicações das ostomias – sequelas ocorrem em até 30 dias 
Necrose isquêmica, perfusão deteriorada 
Retração estomacal, tensão no intestino ou necrose da ostomia 
Estenose, aperto pequeno 
Tensão intestinal excessiva 
Infecção periostomia 
Prolapso 
Dermatite química 
 
➔ Colite pseudomembranosa - É uma DII ocasionada pela reação inflamatória causada por toxinas do C. difficile 
• O uso de ATB precede quase todos os casos de infecção – 90% dos pacientes receberam ATB 
• Comum: diarreia aquosa, odor fétido 
• Realizar teste ELISA 
 
➔ Deiscência anastomótica 
Anastomoses de alto risco: Esôfago, pancreático-entérico e colorretais 
Acredita se que a distensão intra luminal seja responsável pela ruptura da anastomose 
Sepse local tem impacto negativo 
Operação intestinal de emergência tem alta mobilidade e mortalidade 
 
Maria Clara Cavalcante 
Obesidade tem alta taxa de deiscência 
Resulta em sepse e fístula entérica 
Prevenção na emergência: 
• Se hemodinamicamente instável, imunocomprometido, desnutrido e peritonite fecal evita-se anastomose 
Suspeita/diagnóstico: 
• HIV, sangue, suspender dieta VO e aplicar SNG 
Feridas operatórias infectadas são abertas, sendo feita uma reoperação (peritonite,hemorragia, isquemia) 
➔ Fístulas: 
Comunicação anormal 
fístulas do tgi são comumente iatrogênicas 
Fístulas gástricas são incomuns 
Fístulas intestinais (Ca, DII, diverticular) 
Trato da fístula pode erodir em: 
• Enteroenterica 
• Enterovesical 
• Enterocutânea 
• Enterovaginal 
Classificadas em: 
• Débito alto > 500ml/24h 
Gastroduodenais, intestino delgado proximal 
• Débito moderado 200-500ml/24h 
• Débito baixo <200ml/24h 
Intestino delgado distal, fístulas colônicas 
O que fazer em casos de fístula? 
• Antagonistas H2/IBP diminuem o débito da fístula 
• NPT iniciar após a correção de eletrólitos e volume 
• NPT, repouso do intestino -> reduz o débito e aumenta a taxa de recuperação 
• Análogos da somatostatina diminuem as secreções do TGI 
• Fistulografias 
COMPLICAÇÕES HEPATOBILIARES 
➔ Lesões do ducto biliar: 
A complicação mais temível é a lesão de ducto biliar extra-hepático 
Vazamento da bile/lesão do ducto biliar 
Falha na definição da anatomia 
Maioria das lesões não são identificadas no momento da cirurgia 
Colângioressonância 
Lesão alta: Anastomose em BD em Y de Roux

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