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UniRV – Universidade de Rio Verde FAMEF – Faculdade de Medicina de Formosa Av. Brasília. Nº 2016 – Formosinha Formosa –GO Tel: (61) 3631-6734 1M2 ROTEIRO 1. CONCEITUE HIGIENE OCUPACIONAL E SEGURANÇA DO TRABALHO. A definição da higiene ocupacional, como aparece na Enciclopédia de Saúde e Segurança Ocupacional da OIT (OIT, 1998; capitulo Goelzer, B.) é a seguinte: “Higiene ocupacional: é a ciência da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de fatores de risco que ocorrem no ambiente de trabalho, ou provem do local de trabalho, e que podem prejudicar a saúde e o bem estar dos trabalhadores, também tomando em consideração o possível impacto nas comunidades adjacentes e no meio ambiente em geral.” A Higiene Ocupacional é uma ciência cujo primeiro objetivo é reconhecer, dentro de determinado ambiente de trabalho, os agentes que fornecem risco àqueles que desempenham sua função no local. Uma vez reconhecidos, é também a essa área do saber que cabe a função de avaliar o nível dos riscos, bem como estipular ações e demais medidas que devem ser tomadas para controlar, amenizar e, se possível, neutralizar esses agentes de risco. Dessa forma, a “Higiene Laboral”, como também é conhecida, é essencial para gerenciar possíveis riscos e garantir a saúde ocupacional. Por isso, a atenção à essa área é indispensável para o bom funcionamento das empresas, uma vez que prevenir os riscos aos trabalhadores é fundamental para que eles possam continuar trabalhando e sintam-se valorizados pela empresa. Longe de ser superficial, essas ações são essenciais para o sucesso do empreendimento e até mesmo para o aumento da produtividade da empresa. https://www.unimedriopreto.com.br/blog/higiene- ocupacional/ http://www.saude.ufpr.br/portal/medtrab/wp- content/uploads/sites/25/2016/08/HO-por-Berenice- Goelzer.pdf Segurança no trabalho: é a reunião de normas que pretendem proteger o trabalhador no exercício de sua função e no ambiente profissional como um todo. Ela é aplicada a partir da participação de um profissional técnico em segurança do trabalho. É considerado acidente de trabalho aquele que ocorre durante o exercício de trabalho, seja dentro ou fora da empresa, desde que o profissional esteja prestando serviço nesse momento. A definição desse conceito encontra-se no artigo 19 da lei nº 8.213/1991. O acidente de trabalho pode ser seguido de lesão corporal, psicológica, morte ou mesmo comprometer permanente ou temporariamente a capacidade de trabalho. https://www.sogi.com.br/blog/conceito-e-aplicacao- da-seguranca-no- trabalho/#:~:text=Entende%2Dse%20por%20Segura n%C3%A7a%20no,t%C3%A9cnico%20em%20segur an%C3%A7a%20do%20trabalho. 2. SEGUNDO A NR01, COMO SÃO DEFINIDOS OS SEGUINTES TERMOS: a) Risco ocupacional. Combinação da probabilidade de ocorrer lesão ou agravo à saúde causados por um evento perigoso, exposição a agente nocivo ou exigência da atividade de trabalho e da severidade dessa lesão ou agravo à saúde. b) Perigo ou fator de risco ocupacional/ Perigo ou fonte de risco ocupacional. Fonte com o potencial de causar lesões ou agravos à saúde. Elemento que isoladamente ou em combinação com outros tem o potencial intrínseco de dar origem a lesões ou agravos de saúde. c) Agente biológico. Microrganismos, parasitas ou materiais originados de organismos que, em função de sua natureza e do tipo de exposição, são capazes de acarretar lesão ou agravo à saúde do trabalhador. Exemplos: bactéria Bacillus anthracis, vírus linfotrópico da célula T humana, príon agente de doença de Creutzfeldt-Jakob, fungo Coccidioides immitis. Disciplina: MISCO VI Curso: Medicina Faculdade responsável: Faculdade de Medicina Docentes: Pedro Afonso Barreto, Danilo Araújo Hellen Daameche Conteúdo programático: Higiene Ocupacional, Acidente de trabalho, Comunicado de Acidente de Trabalho-CAT, Medidas de Prevenção: Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e Mapa de risco. https://www.unimedriopreto.com.br/blog/higiene-ocupacional/ https://www.unimedriopreto.com.br/blog/higiene-ocupacional/ http://www.saude.ufpr.br/portal/medtrab/wp-content/uploads/sites/25/2016/08/HO-por-Berenice-Goelzer.pdf http://www.saude.ufpr.br/portal/medtrab/wp-content/uploads/sites/25/2016/08/HO-por-Berenice-Goelzer.pdf http://www.saude.ufpr.br/portal/medtrab/wp-content/uploads/sites/25/2016/08/HO-por-Berenice-Goelzer.pdf https://www.sogi.com.br/blog/conceito-e-aplicacao-da-seguranca-no-trabalho/#:~:text=Entende%2Dse%20por%20Seguran%C3%A7a%20no,t%C3%A9cnico%20em%20seguran%C3%A7a%20do%20trabalho https://www.sogi.com.br/blog/conceito-e-aplicacao-da-seguranca-no-trabalho/#:~:text=Entende%2Dse%20por%20Seguran%C3%A7a%20no,t%C3%A9cnico%20em%20seguran%C3%A7a%20do%20trabalho https://www.sogi.com.br/blog/conceito-e-aplicacao-da-seguranca-no-trabalho/#:~:text=Entende%2Dse%20por%20Seguran%C3%A7a%20no,t%C3%A9cnico%20em%20seguran%C3%A7a%20do%20trabalho https://www.sogi.com.br/blog/conceito-e-aplicacao-da-seguranca-no-trabalho/#:~:text=Entende%2Dse%20por%20Seguran%C3%A7a%20no,t%C3%A9cnico%20em%20seguran%C3%A7a%20do%20trabalho https://www.sogi.com.br/blog/conceito-e-aplicacao-da-seguranca-no-trabalho/#:~:text=Entende%2Dse%20por%20Seguran%C3%A7a%20no,t%C3%A9cnico%20em%20seguran%C3%A7a%20do%20trabalho UniRV – Universidade de Rio Verde FAMEF – Faculdade de Medicina de Formosa Av. Brasília. Nº 2016 – Formosinha Formosa –GO Tel: (61) 3631-6734 d) Agente físico. Qualquer forma de energia que, em função de sua natureza, intensidade e exposição, é capaz de causar lesão ou agravo à saúde do trabalhador. Exemplos: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes. Obs: critérios sobre iluminamento, conforto térmico e conforto acústico da NR-17 não constituem agente físico para fins da NR-09. e) Agente químico. Substância química, por si só ou em misturas, quer seja em seu estado natural, quer seja produzida, utilizada ou gerada no processo de trabalho, que em função de sua natureza, concentração e exposição, é capaz de causar lesão ou agravo à saúde do trabalhador. Exemplos: fumos de cádmio, poeira mineral contendo sílica cristalina, vapores de tolueno, névoas de ácidos sulfúrico. Agente ergonômico São os agentes caracterizados pela falta de adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas do trabalhador. Entre os agentes ergonômicos mais comuns estão: -trabalho físico pesado; -posturas incorretas; -posições incômodas; -repetitividade; -monotonia; -ritmo excessivo; -trabalho em turnos e trabalho noturno; -jornada prolongada. Agente mecânico São arranjos físicos inadequados ou deficientes, máquinas e equipamentos, ferramentas defeituosas, inadequadas ou inexistentes, eletricidade, sinalização, perigo de incêndio ou explosão, transporte de materiais, edificações, armazenamento inadequado, etc. Essas deficiências podem abranger um ou mais dos seguintes aspectos: • arranjo físico; • edificações; • sinalizações; • instalações elétricas; • máquinas e equipamentos sem proteção; • equipamento de proteção contra incêndio; • ferramentas defeituosas ou inadequadas; • EPI inadequado; • armazenamento e transporte de materiais; • iluminação deficiente. 3. A NR 01, ABORDA O GERENCIAMENTO DOS RISCOS OCUPACIONAIS, ASSIM, DEFINA PGR E DESCREVA COMO OCORRE A AVALIAÇÃO E O CONTROLE DE RISCOS OCUPACIONAIS. COMENTE SOBRE O PPRA. O gerenciamento de riscos ocupacionais deve constituir um Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR. O PGR pode ser implementado por unidade ocupacional, setor ou atividade.O PGR deve contemplar ou estar integrado com planos, programas e outros documentos previstos na legislação de segurança e saúde no trabalho. O PGR deve conter, no mínimo, os seguintes documentos: a) inventário de riscos; e b) plano de ação. 1.5.7.2 Os documentos integrantes do PGR devem ser elaborados sob a responsabilidade da organização, respeitado o disposto nas demais Normas Regulamentadoras, datados e assinados. 1.5.7.2.1 Os documentos integrantes do PGR devem estar sempre disponíveis aos trabalhadores interessados ou seus representantes e à Inspeção do Trabalho. A organização deve: • Evitar os riscos ocupacionais que possam ser originados no trabalho • Identificar os perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde • Avaliar os riscos ocupacionais indicando o nível de risco • Classificar os riscos ocupacionais para determinar a necessidade de adoção de medidas de prevenção • Implementar medidas de prevenção, de acordo com a classificação de risco e na ordem de prioridade estabelecida • Acompanhar o controle dos riscos ocupacionais 1.5.4 Processo de identificação de perigos e avaliação de riscos ocupacionais: O processo de identificação de perigos e avaliação de riscos ocupacionais deve considerar o disposto nas UniRV – Universidade de Rio Verde FAMEF – Faculdade de Medicina de Formosa Av. Brasília. Nº 2016 – Formosinha Formosa –GO Tel: (61) 3631-6734 Normas Regulamentadoras e demais exigências legais de segurança e saúde no trabalho. 1.5.4.4 Avaliação de riscos ocupacionais: • 15.4.4.1 A organização deve avaliar os riscos ocupacionais relativos aos perigos identificados em seus estabelecimentos, de forma a manter informações para adoção de medidas de prevenção. • 1.5.4.4.2 Para cada risco deve ser indicado o nível de risco ocupacional, determinado pela combinação da severidade das possíveis lesões ou agravos à saúde com a probabilidade ou chance de sua ocorrência. • 1.5.4.4.2.1 A organização deve selecionar as ferramentas e técnicas de avaliação de riscos que sejam adequadas ao risco ou circunstância em avaliação. • 1.5.4.4.3 A gradação da severidade das lesões ou agravos à saúde deve levar em conta a magnitude da consequência e o número de trabalhadores possivelmente afetados. • 1.5.4.4.3.1 A magnitude deve levar em conta as consequências de ocorrência de acidentes ampliados. • 1.5.4.4.4 A gradação da probabilidade de ocorrência das lesões ou agravos à saúde deve levar em conta: o Os requisitos estabelecidos em Normas Regulamentadoras; o As medidas de prevenção implementadas; o As exigências da atividade de trabalho e o A comparação do perfil de exposição ocupacional com valores de referência estabelecidos na NR-09. • 1.5.4.4.5 Após a avaliação, os riscos ocupacionais devem ser classificados, observando o subitem 1.5.4.4.2, para fins de identificar a necessidade de adoção de medidas de prevenção e elaboração do plano de ação. • 1.5.4.4.6 A avaliação de riscos deve constituir um processo contínuo e ser revista a cada dois anos ou quando da ocorrência das seguintes situações: a) Após implementação das medidas de prevenção, para avaliação de riscos residuais; b) b) após inovações e modificações nas tecnologias, ambientes, processos, condições, c) procedimentos e organização do trabalho que impliquem em novos riscos ou modifiquem os d) riscos existentes; e) c) quando identificadas inadequações, insuficiências ou ineficácias das medidas de prevenção; f) d) na ocorrência de acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho; g) e) quando houver mudança nos requisitos legais aplicáveis. 1.5.4.4.6.1 No caso de organizações que possuírem certificações em sistema de gestão de SST, o prazo poderá ser de até 3 anos. 1.5.5 Controle dos riscos: 1.5.5.1 Medidas de prevenção: 1.5.5.1.1 A organização deve adotar medidas de prevenção para eliminar, reduzir ou controlar os riscos sempre que: a) exigências previstas em Normas Regulamentadoras e nos dispositivos legais determinarem; b) a classificação dos riscos ocupacionais assim determinar, conforme subitem 1.5.4.4.5; c) houver evidências de associação, por meio do controle médico da saúde, entre as lesões e os agravos à saúde dos trabalhadores com os riscos e as situações de trabalho identificados. 1.5.5.1.2 Quando comprovada pela organização a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva, ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou implantação ou, ainda, em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo-se a seguinte hierarquia: a) medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho; b) utilização de equipamento de proteção individual - EPI. 1.5.5.1.3 A implantação de medidas de prevenção deverá ser acompanhada de informação aos trabalhadores quanto aos procedimentos a serem adotados e limitações das medidas de prevenção. 1.5.5.2 Planos de ação: 1.5.5.2.1 A organização deve elaborar plano de ação, indicando as medidas de prevenção a serem introduzidas, aprimoradas ou mantidas, conforme o subitem 1.5.4.4.5. 1.5.5.2.2 Para as medidas de prevenção deve ser definido cronograma, formas de acompanhamento e aferição de resultados. 1.5.5.3 Implementação e acompanhamento das medidas de prevenção 1.5.5.3.1 A implementação das medidas de prevenção e respectivos ajustes devem ser registrados. UniRV – Universidade de Rio Verde FAMEF – Faculdade de Medicina de Formosa Av. Brasília. Nº 2016 – Formosinha Formosa –GO Tel: (61) 3631-6734 1.5.5.3.2 O desempenho das medidas de prevenção deve ser acompanhado de forma planejada e contemplar: a) a verificação da execução das ações planejadas; b) as inspeções dos locais e equipamentos de trabalho; e c) o monitoramento das condições ambientais e exposições a agentes nocivos, quando aplicável. 1.5.5.3.2.1 As medidas de prevenção devem ser corrigidas quando os dados obtidos no acompanhamento indicarem ineficácia em seu desempenho. 1.5.5.4 Acompanhamento da saúde ocupacional dos trabalhadores 1.5.5.4.1 A organização deve desenvolver ações em saúde ocupacional dos trabalhadores integradas às demais medidas de prevenção em SST, de acordo com os riscos gerados pelo trabalho. 1.5.5.4.2 O controle da saúde dos empregados deve ser um processo preventivo planejado, sistemático e continuado, de acordo com a classificação de riscos ocupacionais e nos termos da NR-07. 1.5.5.5. Análise de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho 1.5.5.5.1 A organização deve analisar os acidentes e as doenças relacionadas ao trabalho. 1.5.5.5.2 As análises de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho devem ser documentadas e: a) considerar as situações geradoras dos eventos, levando em conta as atividades efetivamente desenvolvidas, ambiente de trabalho, materiais e organização da produção e do trabalho; b) identificar os fatores relacionados com o evento; e c) fornecer evidências para subsidiar e revisar as medidas de prevenção existentes. Sobre o PPRA: Os riscos ambientais são aqueles existentes nos ambientes de trabalho, causados por agentes físicos, químicos ou biológicos, capazes de causar danos à saúde do trabalhador. O PPRA, Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, tem por objetivo estabelecer medidas que visem a eliminação, redução ou controle desses riscos em prol da preservação da integridade física e mental do trabalhador. A NR-9 determina a obrigatoriedade de elaboração e implementação do PPRA por todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados. Segundo os parâmetros mínimos e diretrizes gerais estabelecidos pela NR-9, o PPRA deveconter no mínimo a seguinte estrutura: a. planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma; b. estratégia e metodologia de ação; c. forma de registro, manutenção e divulgação dos dados; d. periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA. Sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano deve ser feita uma análise global do PPRA para avaliação de seu desenvolvimento e realização de ajustes necessários, e estabelecimento de novas metas e prioridades. O desenvolvimento do PPRA, deve conter as seguintes etapas: a. antecipação e conhecimento dos riscos; b. estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; c. avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; d. implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; e. monitoramento da exposição aos riscos; f. registro e divulgação dos dados. http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20t our/hipertextos/up1/ppra.html 4. DE ACORDO COM A NR 01, QUAIS SÃO OS DIREITOS E DEVERES DO EMPREGADOR E DO TRABALHADOR (EMPREGADO)? 1.4 Direitos e deveres Cabe ao empregador: a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho; b) informar aos trabalhadores: I. os riscos ocupacionais existentes nos locais de trabalho; II. as medidas de prevenção adotadas pela empresa para eliminar ou reduzir taisriscos; III. os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos; e IV. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho. c) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos trabalhadores; d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho; e) determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença relacionada ao trabalho, incluindo a análise de suas causas; http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up1/ppra.html http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up1/ppra.html UniRV – Universidade de Rio Verde FAMEF – Faculdade de Medicina de Formosa Av. Brasília. Nº 2016 – Formosinha Formosa –GO Tel: (61) 3631-6734 f) disponibilizar à Inspeção do Trabalho todas as informações relativas à segurança e saúde no trabalho; e g) implementar medidas de prevenção, ouvidos os trabalhadores, de acordo com a seguinte ordem de prioridade: I. eliminação dos fatores de risco; II. minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas de proteção coletiva; III. minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas administrativas ou de organização do trabalho; e IV. adoção de medidas de proteção individual. Cabe ao trabalhador: a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador; b) submeter-se aos exames médicos previstos nas NR; c) colaborar com a organização na aplicação das NR; e d) usar o equipamento de proteção individual fornecido pelo empregador. 1.4.2.1 Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento do disposto nas alíneas do subitem anterior. 1.4.3 O trabalhador poderá interromper suas atividades quando constatar uma situação de trabalho onde, a seu ver, envolva um risco grave e iminente para a sua vida e saúde, informando imediatamente ao seu superior hierárquico. 1.4.3.1 Comprovada pelo empregador a situação de grave e iminente risco, não poderá ser exigida a volta dos trabalhadores à atividade enquanto não sejam tomadas as medidas corretivas. 1.4.4 Todo trabalhador, ao ser admitido ou quando mudar de função que implique em alteração de risco, deve receber informações sobre: a) os riscos ocupacionais que existam ou possam originar-se nos locais de trabalho; b) os meios para prevenir e controlar tais riscos; c) as medidas adotadas pela organização; d) os procedimentos a serem adotados em situação de emergência; e e) os procedimentos a serem adotados, em conformidade com os subitens 1.4.3 e 1.4.3.1. 4.4.1 As informações podem ser transmitidas: a) durante os treinamentos; e b) por meio de diálogos de segurança, documento físico ou eletrônico. 5. QUAL O OBJETIVO DO MAPA DE RISCO? E QUAIS SÃO AS CORES UTILIZADAS PARA INDICAR OS PRINCIPAIS RISCOS OCUPACIONAIS? Mapa de riscos: é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos locais de trabalho, por meio de círculos de diferentes tamanhos; e cores. O seu objetivo é informar e conscientizar os trabalhadores pela fácil visualização desses riscos. É um instrumento que pode ajudar a diminuir a ocorrência de acidentes do trabalho; objetivo que interessa aos governantes e servidores. O Mapa de Riscos deve ficar em local visível para alertar as pessoas que ali trabalham, sobre os riscos de acidentes em cada ponto marcado com os círculos. O objetivo final do mapa é conscientizar sobre os riscos e contribuir para eliminá-los, reduzi- los ou controlá-los. 4. MAPA DE RISCOS 4.1. OBJETIVOS DO MAPA DE RISCOS Dentre os objetivos do Mapa de Riscos estão: a) reunir informações suficientes para o estabelecimento de um diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho do estabelecimento; b) possibilitar a troca e divulgação de informações entre os servidores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção. CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS Os agentes que causam riscos à saúde dos trabalhadores e que costumam estar presente nos locais de trabalho são agrupados em cinco tipos: • agentes físicos; • agentes químicos; • agentes biológicos; • agentes ergonômicos; UniRV – Universidade de Rio Verde FAMEF – Faculdade de Medicina de Formosa Av. Brasília. Nº 2016 – Formosinha Formosa –GO Tel: (61) 3631-6734 • agentes de acidentes. 6. DEFINA ACIDENTE DE TRABALHO. QUAIS OS TIPOS. Acidente de trabalho (AT) é um evento súbito ou agudo ocorrido no exercício de atividade laboral, que pode ter como consequência a perda de tempo, dano material e/ou lesões ao(à) trabalhador(a). Pode acarretar dano à saúde, potencial ou imediato, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, que causa direta ou indiretamente a morte, a perda ou a redução, permanente ou temporária da capacidade para o trabalho (BRASIL, 2006). Podem acontecer em qualquer situação em que o(a) trabalhador(a) esteja a serviço da empresa ou agindo em seu interesse. Também são considerados acidentes de trabalho as agressões ou violências sofridas no ambiente de trabalho, acidentes ou agressões ocorridas no trajeto da residência para o trabalho ou vice-versa. Não é preciso ter vínculo empregatício formal, carteira de trabalho assinada, para se caracterizar o evento como acidente de trabalho. Este pode ocorrer com quaisquer trabalhadores(as), independentemente de seu tipo de vínculo ou inserção no mercado de trabalho. Apesar do uso consagrado, a denominação "acidente" é inadequada, por sugerir que é um evento fortuito e casual. Na maioria dos casos, são eventos potencialmente previsíveis e preveníveis. São sempre um alerta sobre as condições de trabalho. Geralmente chegam para atendimento pelas eAB/eSF os acidentes de trabalho menos graves, cuja ocorrência costuma ser preditor de casos mais graves. De acordo com a definição adotada pelo Sinan na Ficha de Investigação Acidente de Trabalho Grave, “são considerados acidentes de trabalho aqueles que ocorram no exercício da atividade laboral, ou no percurso de casa para o trabalho e vice-versa(acidentes de trajeto), podendo o(a) trabalhador(a) estar inserido tanto no mercado formal quanto no informal de trabalho. São considerados Acidentes de Trabalho Graves aqueles que resultam em morte, aqueles que resultam em mutilações e aqueles que acontecem com menores de 18 anos”. É importante ressaltar que, nos casos de AT com óbito, o tempo estipulado de 12 horas após o acidente para considerá-lo fatal é, na prática, variável. O óbito pode ocorrer em até dias ou meses após o acidente. Nesses casos, se a notificação no Sinan for feita após se ter conhecimento do óbito, será registrado como AT com óbito. Se for algum tempo após, a ocorrência do óbito poderá ser registrada como desfecho, após a investigação, no fechamento do caso no sistema. Em geral, acompanhar o caso até o seu encerramento é uma tarefa da equipe de vigilância em saúde. Importante destacar que os ATs envolvendo crianças e adolescentes devem ser notificados e investigados como AT graves independentemente da gravidade do tipo e natureza da lesão. Além disso, considerando que estar trabalhando já é uma situação não aceitável para crianças e adolescentes, ou seja, configura uma situação de violência, também deve ser registrada na ficha específica de violência do Sinan. Seguindo uma nomenclatura anteriormente utilizada pela Previdência Social, também o SUS especifica os acidentes de trabalho como AT típicos e AT de trajeto. Essa forma de classificação, acrescida da especificação dos tipos de circunstâncias, auxilia na adoção das distintas abordagens de proteção e de prevenção. Os ATs Típicos são aqueles que ocorrem durante o exercício da própria atividade de trabalho, no ambiente de trabalho. Por exemplo: queda de andaime em trabalhador(a) da Construção Civil; choque elétrico em obra, em outro estabelecimento, em conserto de linha de transmissão; acidentes com máquinas e equipamentos etc. São considerados Acidentes de Trajeto aqueles que ocorrem no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção. Nele estão incluídos tanto os acidentes de transporte como outros acidentes e violências interpessoais. No caso de motoristas profissionais de táxis, caminhões e ônibus, mototaxistas, entregadores de encomendas, que utilizam motocicletas, conhecidos como “motoboys”, trabalhadores(as) de empresas de eletricidade e de telefonia, vendedores(as) ambulantes e outros, que têm a rua como espaço de trabalho, os acidentes de trânsito (colisões, atropelamentos e outros) são considerados acidentes de trabalho típicos de suas atividades, e não de trajeto. Outro grupo de acidentes de importância crescente são as diversas formas de violência no trabalho, que UniRV – Universidade de Rio Verde FAMEF – Faculdade de Medicina de Formosa Av. Brasília. Nº 2016 – Formosinha Formosa –GO Tel: (61) 3631-6734 se expressam desde agressões verbais, assédio moral, assédio sexual, agressões físicas, suicídios e homicídios. Essas violências atingem inúmeras categoriais profissionais, sendo os grupos mais expostos os policiais civis e militares, guardas de trânsito, guardas penitenciários, vigilantes; profissionais da Educação e da Saúde, entre outros. Os fatores mais comuns responsáveis pela ocorrência de AT são: improvisação e arranjo físico inadequado do espaço de trabalho; falta de proteção em máquinas perigosas e obsoletas; ferramentas defeituosas; possibilidade de incêndio e explosão; exigência de esforço físico intenso, como levantamento manual de peso, posturas e posições anômalas. A esses fatores se somam a pressão das chefias por produtividade, ritmo acelerado na realização das tarefas, repetitividade de movimentos, jornadas de trabalho extensas, com horas extras em excesso; ausência de pausas, trabalho noturno ou em turnos, que predispõem o(a) trabalhador(a) a se acidentar. Também a presença de animais peçonhentos; substâncias tóxicas nos ambientes de trabalho podem ocasionar acidentes do trabalho, entre outras. Na investigação de outras causas de Lesões por Causas Externas, que não o acidente laboral, a eAB/eSF deve estar atenta para situações de violência interpessoal/autoprovocada, agravo este de notificação compulsória, em conformidade com a definição presente na respectiva ficha de notificação e investigação do Sinan: Caso suspeito ou confirmado de violência doméstica/intrafamiliar, sexual, autoprovocada, tráfico de pessoas, trabalho escravo, trabalho infantil, tortura, intervenção legal e violências homofóbicas contra mulheres e homens em todas as idades. No caso de violência extrafamiliar/ comunitária, somente serão objetos de notificação as violências contra crianças, adolescentes, mulheres, pessoas idosas, pessoa com deficiência, indígenas e população LGBT (grifo dos autores). 7. EM QUAIS SITUAÇÕES SÃO EMITIDOS OS COMUNICADOS DE ACIDENTES DE TRABALHO (CAT) E AS FICHAS DE NOTIFICAÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO? Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido para reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto bem como uma doença ocupacional. • Acidente de trabalho ou de trajeto: é o acidente ocorrido no exercício da atividade profissional a serviço da empresa ou no deslocamento residência / trabalho / residência, e que provoque lesão corporal ou perturbação funcional que cause a perda ou redução – permanente ou temporária – da capacidade para o trabalho ou, em último caso, a morte; • Doença ocupacional: é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social. A empresa é obrigada a informar à Previdência Social todos os acidentes de trabalho ocorridos com seus empregados, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência. Em caso de morte, a comunicação deverá ser imediata. A empresa que não informar o acidente de trabalho dentro do prazo legal estará sujeita à aplicação de multa, conforme disposto nos artigos 286 e 336 do Decreto nº 3.048/1999. Se a empresa não fizer o registro da CAT, o próprio trabalhador, o dependente, a entidade sindical, o médico ou a autoridade pública (magistrados, membros do Ministério Público e dos serviços jurídicos da União e dos Estados ou do Distrito Federal e comandantes de unidades do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar) poderão efetivar a qualquer tempo o registro deste instrumento junto à Previdência Social, o que não exclui a possibilidade da aplicação da multa à empresa. https://www.gov.br/inss/pt-br/saiba- mais/auxilios/comunicacao-de-acidente-de-trabalho- cat A CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) é o documento que informa ao INSS que o trabalhador sofreu acidente de trabalho ou suspeita-se que tenha adquirido uma doença de trabalho. A CAT está prevista no artigo 169 da CLT(Consolidação das Leis de Trabalho), na lei 8213/1991 (Lei que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social) e na Lei Estadual nº 9505/1997, que disciplina os serviços de saúde do trabalhador do SUS. https://viniciusgmp.jusbrasil.com.br/artigos/3093161 77/cat-comunicacao-de-acidente-de-trabalho Comunicação do acidente: A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho, ocorrido com seu empregado, havendo ou não afastamento do trabalho, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de https://www.gov.br/inss/pt-br/saiba-mais/auxilios/comunicacao-de-acidente-de-trabalho-cat https://www.gov.br/inss/pt-br/saiba-mais/auxilios/comunicacao-de-acidente-de-trabalho-cat https://www.gov.br/inss/pt-br/saiba-mais/auxilios/comunicacao-de-acidente-de-trabalho-cat https://viniciusgmp.jusbrasil.com.br/artigos/309316177/cat-comunicacao-de-acidente-de-trabalhohttps://viniciusgmp.jusbrasil.com.br/artigos/309316177/cat-comunicacao-de-acidente-de-trabalho UniRV – Universidade de Rio Verde FAMEF – Faculdade de Medicina de Formosa Av. Brasília. Nº 2016 – Formosinha Formosa –GO Tel: (61) 3631-6734 imediato à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o teto máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada na forma do artigo 109 do Decreto nº 2.173/97. Deverão ser comunicadas ao INSS, mediante formulário “Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT”, as seguintes ocorrências: https://www.contagem.mg.gov.br/arquivos/comunic acao/preenchimentodecat-inss[1]- 20191210033146.pdf Referências para leitura e pesquisa: GOIÁS. Gerência de Saúde e Prevenção da Superintendência Central de Recursos Humanos. Manual de elaboração mapa de riscos. Disponível em: http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2012- 11/manual-de-elaboracao-de-mapa-risco.pdf Norma regulamentadora n.º 01. Disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupacionais. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho/pt- br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas- regulamentadoras/nr-01-atualizada-2020.pdf BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Saúde do trabalhador e da trabalhadora [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Cadernos de Atenção Básica, n. 41 – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. https://www.contagem.mg.gov.br/arquivos/comunicacao/preenchimentodecat-inss%5b1%5d-20191210033146.pdf https://www.contagem.mg.gov.br/arquivos/comunicacao/preenchimentodecat-inss%5b1%5d-20191210033146.pdf https://www.contagem.mg.gov.br/arquivos/comunicacao/preenchimentodecat-inss%5b1%5d-20191210033146.pdf http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2012-11/manual-de-elaboracao-de-mapa-risco.pdf http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2012-11/manual-de-elaboracao-de-mapa-risco.pdf https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01-atualizada-2020.pdf https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01-atualizada-2020.pdf https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01-atualizada-2020.pdf
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