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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA PITÁGORAS AMPLI LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS LUIZ NAZARENO DE SOUZA ATIVIDADE PRÁTICA - CIÊNCIAS MOLECULARES E CELULARES TIBAU - RN 2022 2 LUIZ NAZARENO DE SOUZA ATIVIDADE PRÁTICA - CIÊNCIAS MOLECULARES E CELULARES Trabalho apresentado à Universidade Anhanguera Pitágoras AMPLI, como requisito na disciplina de Ciências Moleculares e Celulares, 2º semestre do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. TIBAU - RN 2022 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 04 2. ESTRUTURA CELULAR................................................................................ 06 2.1 Estruturas Celulares que constituem as Células Procariontes ........................ 06 2.2 Estruturas Celulares que constituem as Células Eucariontes ......................... 07 2.2.1 Quadro comparativo entre Procariontes e Eucariontes ................................... 08 2.3 Estruturas de membrana bem como as especializações ..................................09 2.4 Etapas da Divisão Mitótica (Prófase, Metáfase, Anáfase e Telófase) na Lâmina de Raiz de Cebola .....................................................................................................10 2.5 Etapas da Diferenciação Celular ......................................................................11 3 ATIVIDADE PRÁTICA - CIÊNCIAS MOLECULARES E CELULARES ..............12 3.1 Procedimento I ...............................................................................................12 3.1.1 Lâmina de S. Pyogenes ....................................................................................13 3.1.2 Lâmina de Bochecha HE ..................................................................................13 3.1.3 Lâmina de Raiz de Cebola (Mitose) HF .............................................................13 3.2 Procedimento II ...............................................................................................14 3.2.1 Lâmina de Estômago HE .................................................................................14 3.2.2 Lâmina de Fígado (Porco) HE .........................................................................15 3.2.3 Lâmina de Pâncreas (Cão) HE.........................................................................16 3.3 Procedimento III ..............................................................................................17 3.3.1 Lâmina de Intestino Delgado (Cobaia) HE .......................................................17 3.3.2 Lâmina de Traqueia e Esôfago (Porco) HE .......................................................17 3.3.3 Lâmina de Testículos e Epidídimo (Rato) HE ....................................................18 3.4 Procedimento IV ..............................................................................................19 3.4.1 Lâmina de Raiz de Cebola (Mitose) HF .............................................................19 3.4.2. Lâmina de Intestino Grosso (Porco) HE ...........................................................19 3.4.3 Lâmina de Ovário (Gata) HE ........................................................................... 20 3.4.4 Lâmina de Bochecha HE .................................................................................20 3 CONCLUSÃO ................................................................................................... 21 5 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 22 4 1 INTRODUÇÃO A Biologia Celular Biologia Celular é um campo científico que estuda as células. É também chamado de Citologia ou Histologia e tem como propósito analisar como funciona uma célula, suas organelas (espécie de órgão das células) e as relações entre tecidos, órgãos e seres vivos que as células possibilitam. Seu início aconteceu com a invenção do microscópio, isso porque, a partir daí, foi possível o estudo das células e, posteriormente, das organelas. Mais tarde os microscópios foram se aperfeiçoando e viraram microscópios eletrônicos. Então, com a imagem mais ampliada, as estruturas celulares de células animais, vegetais e de vírus puderam ser mais analisadas. A Biologia Celular estuda todas essas ações, as potencialidades das células suas funções e sua importância e o que é, de forma geral a célula. O conhecimento traz mais informações de forma a tratar problemas degenerativos, problemas em que células de algum tecido, ou do corpo todo, morrem e não nascem outras em seu lugar no mesmo ritmo. Tais problemas degenerativos são graves e podem levar à morte. Biologia Molécula Toda a complexidade do corpo humano ainda é um mistério para cientistas. É, ao mesmo tempo, um fascínio pensar no quão sofisticado é o funcionamento da máquina humana. Desde a respiração, um ato que repetimos em torno de 576 vezes ao dia, até a transformação no corpo feminino quando ele vai fazer um parto, podemos enxergar que existem milhares de células, tecidos, órgãos, sistemas envolvidos. Isso nos faz pensar que ainda há muito a se estudar e descobrir a respeito de nosso funcionamento. Os cientistas compartilham apoiam a ideia. Ao longo da história, os estudos de como cada parte de nosso corpo funciona têm se intensificado. Biologia, Química, Física e outras áreas de estudo que virão posteriormente como Biofísica, Genética, Bioquímica, incluem, em alguma parte de seus estudos, pesquisas que buscam desvendar mistérios do nosso corpo. Desta forma a presente pesquisa visa a realização da instalação do software Image Scope, que permite visualizar as lâminas disponíveis no laminário digital da Kroton, que simula um laboratório de microscopia e permite a visualização de lâminas sob diferentes espectros. Que será instalado no computador pessoal do 5 aluno para realização das atividades práticas da disciplina de Ciências Moleculares e Celulares do Cursos de Biologia, que envolvem o uso da microscopia e comparação das lâminas celular apresentadas para pesquisa pedagógica. 6 2 ESTRUTURA CELULAR A microscopia eletrônica demonstrou que existem fundamentalmente duas classes de células: os procariontes (pro, primeiro, e cario, núcleo), cujos cromossomos não são separados do citoplasma por membrana, e as eucariontes (eu, verdadeiro, e cario, núcleo), com um núcleo bem individualizado e delimitado pelo envoltório nuclear. Como será visto a seguir, embora a complexidade nuclear seja utilizada para nomear as duas classes de células, há outras diferenças importantes entre procariontes e eucariontes. 2.1 Estruturas Celulares que constituem as Células Procariontes As células procariontes caracterizam-se pela escassez de membranas. Nelas, geralmente a única membrana existente é a membrana plasmática. Ao contrário das células eucariontes, os procariontes não contêm membranas que separam os cromossomos do citoplasma. Os seres vivos que têm células procariontes são denominados procariotas; essas células constituem as bactérias (as cianofíceas, ou algas azuis, também são bactérias). A célula procarionte mais bem estudada é a bactéria Escherichia coli, que, por sua simplicidade estrutural e rapidez de multiplicação, revelou-se excelente para estudos de biologia molecular. A E. coli tem a forma de bastão, com cerca de 2 μm de comprimento, e é separada do meio externo por uma membrana plasmática semelhante à que envolve as células eucariontes. Por fora dessa membrana existe uma parede rígida. Conforme a bactéria, a espessura dessa parede é muito variável. Ela é constituídapor um complexo de proteínas e glicosaminoglicanas. A parede bacteriana tem, sobretudo, função protetora. No citoplasma das bactérias existem ribossomos ligados a moléculas de RNA mensageiro (mRNA), constituindo polirribossomos. Encontram-se, em geral, dois ou mais cromossomos idênticos, circulares, ocupando regiões denominadas nucleoides e, muitas vezes, presos a pontos diferentes da membrana plasmática. Cada cromossomo, constituído de DNA e proteínas tem espessura de 2 nm e comprimento de 1,2 mm. As células procariontes não se dividem por mitose, e seus 7 filamentos de DNA não sofrem o processo de condensação que leva à formação de cromossomos visíveis ao microscópio óptico, durante a divisão celular. O citoplasma das células procariontes em geral não apresenta outra membrana além daquela que o separa do meio externo (membrana plasmática). Em alguns casos podem existir invaginações da membrana plasmática que penetram no citoplasma, no qual se enrolam, originando estruturas denominadas mesossomos. Além disso, no citoplasma das células procariontes que realizam a fotossíntese, existem algumas membranas, paralelas entre si, e associadas à clorofila ou a outros pigmentos responsáveis pela captação da energia luminosa. Outra diferença entre a célula procarionte e a eucarionte é a falta de um citoesqueleto nas células procariontes. Nas eucariontes, o citoesqueleto é responsável pelos movimentos e pela forma das células, que, muitas vezes, é complexa. A forma simples das células procariontes, em geral esférica ou em bastonete, é mantida pela parede extracelular, sintetizada no citoplasma e agregada à superfície externa da membrana celular. Essa parede é rígida e representa também papel importante na proteção das células bacterianas. Na natureza são encontradas populações de bactérias nos mais diversos habitats, e a parede é essencial para proteger as células contra os fatores muitas vezes agressivos desses habitats. Todavia, a diferença mais marcante entre as células procariontes e as eucariontes é a pobreza de membranas nas procariontes. O citoplasma das células procariontes não se apresenta subdividido em compartimentos, ao contrário do que ocorre nas células eucariontes, nas quais um extenso sistema de membrana cria, no citoplasma, microrregiões que contêm moléculas diferentes e executam funções especializadas. 2.2 Estruturas Celulares que constituem as Células Eucariontes Células eucariontes são compartimentadas. Essas células apresentam duas partes morfologicamente bem distintas - o citoplasma e o núcleo -, entre as quais existe um trânsito constante de moléculas diversas, nos dois sentidos. O citoplasma é envolvido pela membrana plasmática, e o núcleo, pelo envoltório nuclear. Característica importante das células eucariontes é sua riqueza em membranas, formando compartimentos que separam os diversos processos metabólicos graças ao direcionamento das moléculas absorvidas ou produzidas nas 8 próprias células. Além disso, há grandes diferenças enzimáticas entre as membranas dos vários compartimentos. A célula eucarionte é como uma fábrica organizada em seções de montagem, pintura, embalagem etc. Além de aumentar a eficiência, a separação das atividades permite que as células eucariontes atinjam maior tamanho, sem prejuízo de suas funções. O citoplasma das células eucariontes contém as organelas, como mitocôndrias, retículo endoplasmático, aparelho de Golgi, lisossomos e peroxissomos. O conceito de organela não é bem definido; varia um pouco de um autor para outro. Alguns consideram organelas apenas as estruturas envolvidas por membrana, como as mitocôndrias e os lisossomos, por exemplo; outros admitem como organelas todas as estruturas intracelulares presentes em todas as células e que desempenham funções bem definidas, mesmo que não sejam delimitadas por membrana (p. ex.: centrossomos, corpúsculos basais dos cílios). Além das organelas, o citoplasma pode apresentar depósitos de substâncias diversas, como grânulos de glicogênio e gotículas lipídicas. Preenchendo o espaço entre as organelas e os depósitos, também chamados inclusões, encontra-se a matriz citoplasmática ou citosol. O citosol contém água, íons diversos, aminoácidos, precursores dos ácidos nucleicos, numerosas enzimas, incluindo as que realizam a glicólise anaeróbia e as que participam da degradação e síntese de hidratos de carbono, de ácidos graxos, de aminoácidos e de outras moléculas importantes para as células. O citosol contém microfibrilas, constituídas de actina, e microtúbulos, constituídos de tubulina, cujas unidades monoméricas se podem despolimerizar e polimerizar novamente, de modo reversível e dinâmico, o que explica as modificações de sol para gel, e vice-versa, observadas no citoplasma. Quando despolimerizadas (separadas umas das outras), as moléculas das proteínas actina e tubulina conferem maior fluidez ao citosol. Quando polimerizadas em microfibrilas e microtúbulos, conferem a consistência de gel à região citoplasmática em que se encontram. 2.2.1 Quadro comparativo entre Procariontes e Eucariontes: Procariontes Eucariontes Envoltório extracelular: cápsula e parede bacteriana (proteínas e glicosaminoglicanos) . Envoltório extracelular: glicocálix (glicoproteínas, glicolipídios e proteoglicanas) ou parede celular (celulose e pectina). 9 Abundância de moléculas de lipopolissacarídeo na membrana plasmática, que conferem proteção como a resistência às enzimas hidrolíticas e aos sais biliares das bactérias entéricas. Membrana plasmática constituída por fosfolipídios, colesterol, glicolipídios, glicoproteínas e proteoglicanas. Ausência de organelas membranosas. Presença de organelas membranosas. Moléculas da cadeia respiratória presentes na membrana interna da membrana plasmática. Moléculas da cadeia respiratória situadas na membrana interna das mitocôndrias. Nucleoide: ausência de envoltório nuclear, DNA circular, não associado a proteínas histônicas e que não se condensa em cromossomos. Núcleo: presença de envoltório nuclear, moléculas de DNA lineares, associadas a histonas e que se condensam em cromossomos no momento da divisão. Presença de filamentos circulares de DNA extracromossômicos (plasmídeos). Não há plasmídeos. Ribossomos livres; coeficiente de sedimentação do ribossomo: 70S (subunidades ribossômicas: 50S+30S). Ribossomos livres ou associados ao retículo endoplasmático; coeficiente de sedimentação do ribossomo: 80S (subunidades ribossômicas: 60S+40S). Não há separação entre os processos de duplicação de DNA (replicação), síntese de RNA a partir do DNA (transcrição) e síntese de proteínas a partir do RNA (tradução). Há separação entre os processos de replicação e transcrição, que ocorrem no núcleo, e a tradução, que acontece no citoplasma. Ausência de citoesqueleto. Presença de citoesqueleto. Não realizam endocitose e exocitose. Realizam endocitose e exocitose. Frequentemente partem da superfície prolongamentos filamentosos: os flagelos e as fímbrias. Os flagelos são estruturas rígidas, constituídas por três espirais da polimerização da proteína flagelina e com um gancho na ponta, que servem para a movimentação da bactéria ao encontro de nutrientes ou afastando-se de substâncias tóxicas. As fímbrias são mais curtas e mais finas que os flagelos e promovem a aderência das bactérias às células hospedeiras ou a transferência de DNA entre duas bactérias durante a conjugação. Não há fímbrias e, naquelas células com flagelo, a sua constituição envolve a polimerização da proteína tubulina. Fissão. Mitose ou meiose. 2.3 Estruturas de membrana bem como as especializações referentes a ela É a parte mais externa do citoplasma, que separa a célula do meio extracelular, contribuindo para manter constanteo meio intracelular, que é diferente do meio extracelular. Apresenta cerca de 7 a 10 nm de espessura e é mostrada nas eletromicrografias como duas linhas escuras separadas por uma linha central clara. 10 Essa estrutura trilaminar é comum às outras membranas encontradas nas células, sendo, por isso, chamada unidade de membrana ou membrana unitária. As unidades de membrana são bicamadas lipídicas formadas principalmente por fosfolipídios e que contêm uma quantidade variável de moléculas proteicas, mais numerosas nas membranas com maior atividade funcional (as proteínas são responsáveis pela maioria das funções da membrana). O folheto externo da bicamada lipídica da membrana plasmática apresenta muitas moléculas de glicolipídios, com as porções glicídicas se projetando para o exterior da célula. Às porções glicídicas dos glicolipídios se juntam porções glicídicas das proteínas da própria membrana, mais glicoproteínas e proteoglicanas secretadas, que são adsorvidas pela superfície celular para formar um conjunto denominado glicocálice. Assim, o glicocálice é uma projeção da parte mais externa da membrana, com apenas algumas moléculas adsorvidas, e não uma camada inteiramente extracelular, como se pensou inicialmente. 2.4 Etapas da Divisão Mitótica (Prófase, Metáfase, Anáfase e Telófase) na Lâmina de Raiz de Cebola As mitocôndrias são organelas esféricas ou, mais frequentemente, alongadas. Nas micrografias eletrônicas aparecem constituídas por duas unidades de membrana, sendo a interna pregueada, originando dobras em forma de prateleiras ou de túbulos. A principal função das mitocôndrias é liberar energia gradualmente das moléculas de ácidos graxos e glicose, provenientes dos alimentos, produzindo calor e moléculas de ATP (adenosina-trifosfato). A energia armazenada no ATP é usada pelas células para realizar suas diversas atividades, como movimentação, secreção e divisão mitótica. As mitocôndrias participam também de outros processos do metabolismo celular (chama-se metabolismo o conjunto de processos químicos de degradação e síntese de moléculas), muito variáveis conforme o tipo de célula. A mitose é um processo de divisão celular no qual uma célula dá origem a outras duas, as três com o mesmo material genético (e número de cromossomos). Ocorre em casos de reprodução assexuada, crescimento de organismos e regeneração de tecido. 11 O período compreendido entre uma divisão e outra é denominado interfase, que ocupa aproximadamente 95% do tempo do ciclo celular. Neste, há três fases: I - quando não há atividades relacionadas à divisão; II - onde ocorre a duplicação do DNA; e III - fim da duplicação do DNA, antecedendo a mitose propriamente dita. A mitose dura aproximadamente 45 minutos e é convencionalmente dividida em: prófase, metáfase, anáfase e telófase, sendo o último evento a citocinese, que corresponde à divisão do citoplasma. Na prófase há a condensação dos cromossomos, tornando-os cada vez mais curtos e grossos. Estes - duplicados na interfase e denominados, agora de cromátides-irmãs, unidos pelo centrômero - passam a ser visíveis ao microscópio. Os nucléolos desaparecem; o fuso mitótico, um conjunto de microtúbulos localizados nos pólos da célula, formando fibras, começa a ser formado. Ao fim da prófase, a carioteca é rompida e as cromátides são espalhadas pelo citoplasma. Na metáfase, as fibras alcançam a região ocupada pelo núcleo. Alguns microtúbulos das fibras polares se ligam a estruturas protéicas presentes na região do centrômero, denominadas cinetócoros. Assim, há um deslocamento progressivo das cromátides para a região equatorial da célula, formando a placa metafásica, ou placa equatorial, onde estas ficam alinhadas. A anáfase consiste na separação dos centrômeros, separando duas cromátides de cada cromossomo sendo, assim, denominados cromossomos-irmãos. Estes vão para os pólos opostos da célula, com a ajuda das fibras do fuso, uma vez que seus microtúbulos se encurtam. Na telófase, há novamente a condensação dos cromossomos e reorganização do nucléolo e carioteca - está situando ao redor de cada conjunto cromossômico, que se descondensam. Começa a citocinese. Em células vegetais, a divisão se dá de dentro para fora – citocinese centrípeta. Nas células vegetais, a citocinese é centrífuga, de fora para dentro: há a formação de uma lamela, que cresce do centro para a periferia e separa as duas células. 2.5 Etapas da Diferenciação Celular A diferenciação celular consiste em um conjunto de processos que transformam e especializam as células embrionárias. Após estas transformações, sua 12 morfologia e fisiologia são definidas, o que as tornam capazes de realizar determinada função. Após a fecundação, a vida do organismo inicia-se com apenas uma única célula. Nesse sentido, todas as demais células que dela se originarem pela divisão celular (mitose) terão as mesmas informações genéticas, no entanto, exercerão funções diferentes por conta da expressão gênica. Em outras palavras, cada diferente tipo de célula possui a inibição ou a ativação de determinados grupos de genes, responsáveis por definir a função de cada uma delas. A expressão gênica controla quatro processos para que a célula inicial origine perfeitamente o embrião. São eles: Proliferação celular, garantindo que muitas células sejam produzidas; Especialização celular, permitindo que as células se expressem de forma diferenciada para exercerem suas funções; Interação entre as células, promovendo a coordenação e comportamento das células em relação às células vizinhas; Movimentação celular, possibilitando que as células se organizem próximas às células com características em comum para a formação dos tecidos e órgãos. Após a fecundação, o zigoto, já com aproximadamente 100 células, atinge o estágio de blástula. Nesta fase ocorrerão as primeiras diferenciações: as células que compõem a massa externa da blástula darão origem aos anexos embrionários, enquanto as células da massa interna darão origem a todos os tecidos e órgãos do embrião. Às células da massa interna é dado o nome de células-tronco embrionárias e são classificadas como pluripotentes. À medida que a especialização celular vai avançando, vão surgindo as primeiras células envolvidas com a formação de tecidos específicos: são as células- tronco multipotentes. Um tecido corresponde a um conjunto de células especializadas, iguais ou diferentes entre si, que realizam determinada função em um organismo. Num organismo já formado, ocorrerão apenas dois tipos de células: as células tronco multipotentes e as células unipotentes. Estas últimas correspondem a células que já sofreram diferenciação completa, mas que não possuem a capacidade de originar outras células se não as delas. Algumas destas células possuem uma capacidade muito pequena de se dividir, como as células nervosas e os neurônios. 13 3. ATIVIDADE PRÁTICA As atividades práticas da Disciplina de Ciências Moleculares e Celulares, tem como objetivo a realização de análise da lâminas no software Image Scope para: I) desenvolver os conhecimentos com relação ao estudo das células procariontes e eucariontes bem como a organização hierárquica dos organismos multicelulares; II) desenvolver os conhecimentos com relação eucariontes bem como a organização hierárquica dos organismos multicelulares: III) desenvolver os conhecimentos com relação as membranas celulares e suas especializações; e IV) desenvolver os conhecimentos com relação ao estudo das divisões celulares (mitose) e dos processos de diferenciação celular. 3.1 PROCEDIMENTO I 3.1.1 LÂMINA DE S. PYOGENES: Streptococcus pyogenes é uma bactéria patogénica altamente infecciosa e frequentemente responsável por faringites. Esta espécie também pode provocar doenças mais gravescomo a escarlatina e a febre reumática. Streptococcus Pyogenes é uma espécie de bactéria Gram-positiva com morfologia de coco, pertencente ao género Streptococcus, beta-hemolítico do grupo A de Lancefield. Ela causa uma variedade de doenças, desde uma faringite bacteriana comum até doenças mais graves como a escarlatina. EXPLICA: LÂMINA DE S. PYOGENES Comparar: - Tamanho celular: bactéria uni procariontes, unicelulares, são minúsculos comparado as células eucariontes. - Morfologia: formato de cocos, bactérias com formato circulares, esferas, se aderem umas às outras e trocam informações com uma capsula q a reveste e libera a enzima. 14 - Constituintes: parede celular por conta da coloração “ azul” que indica ser Gram positiva e seu formato. 3.1.2 LÂMINA DE BOCHECHA HE Órgão basicamente muscular revestido por mucosa oral lisa na porção ventral e especializada na face dorsal. A musculatura da língua é formada por feixes musculares organizados em três orientações de músculo estriado esquelético interposto com tecido conjuntivo. Eucariontes, característica pela coloração Hematoxilina (composto de ácido, azulado, tem DNA, encontrado no núcleo) eosina (ácido tem mais proteínas, rosada, encontrado no citoplasma). A hematoxilina é um corante básico, que tem atração a substâncias. A eosina, ao contrário da hematoxilina, tem caráter ácido e, sendo assim, atrai substâncias básicas, conhecidas como acidófilas (que fixam corantes ácidos). Explicar: Lâmina de Bochecha HE Comparar: - Tamanho celular: maiores que as células procariontes - Morfologia: epitélio de revestimento, não possui formato definido, por se tratar de tecidos conjuntivos, glândulas mucosas. - Constituintes: membrana plasmática, citoplasma, núcleo. - Organização de células e tecidos: várias camadas de tecidos. 3.1.3 LÂMINA DE RAIZ DE CEBOLA (MITOSE) HF A raiz da cebola é um excelente material para visualização da mitose. Interfase, prófase, metáfase, anáfase e telófase, respectivamente. Esta proposta de atividade tem como objetivo a observação da mitose em células da raiz da cebola, com auxílio do microscópio. Além de, compreendam as características desse evento, observem as peculiaridades de cada uma das fases e analisem a célula vegetal, visualizando, por exemplo, a lamela média. 15 Explicar: Lâmina de Raiz de Cebola (Mitose) HF - Comparar: A célula vegetal é uma célula eucarionte. - Tamanho celular: formato fixo, para delimitação da parede celular (membrana plasmática) - Morfologia: Bem definidos, núcleos de tamanhos variados. - Constituintes: parede celular (ausente nas células animais), citoplasma, membrana plasmática, retículo endoplasmático, ribossomos, mitocôndrias, lisossomos, núcleo, carioteca, vacúolo centra l (ausente nas células animais) e cloroplastos. - Fases da mitose: Fases da mitose da raiz de cebola. A mitose é um processo de divisão celular no qual uma célula dá origem a outras duas, as três com o mesmo material genético (e número de cromossomos). 3.2 PROCEDIMENTO II 3.2.1 LÂMINA DE ESTÔMAGO HE O estômago vazio apresenta pregas da mucosa gástrica cobertas por fossetas gástricas, que são depressões profundas da mucosa gástrica. O epitélio que reveste as fovéolas e a superfície de todo o estômago é cilíndrico simples. No fundo dessas fossetas se abrem muitas glândulas pequenas, que ocupam quase que a totalidade da lâmina própria, e se estendem até a faixa de músculo liso, a muscular da mucosa. As glândulas possuem três regiões distintas: istmo, colo e base. A distribuição dos diferentes tipos celulares epiteliais nas glândulas gástricas não é uniforme. Pode-se observar dois tipos celulares principais, que se diferenciam histologicamente por suas características tintoriais: as células oxínticas (parietais), presentes principalmente no istmo e metade superior das glândulas gástricas, são arredondadas ou piramidais, com um núcleo esférico; e as zimogênicas (principais), que predominam na base das glândulas fúndicas e apresentam intensa basofilia devido ao retículo endoplasmático rugoso abundante. 16 Comparar: - Tamanho celular: Lâmina Própria e Muscular da Mucosa. - Morfologia: Logo abaixo do revestimento epitelial está a túnica albugínea de tecido conjuntivo denso não vascularizado. - Constituintes: A lâmina própria é a camada de tecido conjuntivo localizada logo abaixo do epitélio de superfície. Contém vasos sanguíneos e linfáticos, tecido linfoide e envolve as glândulas gástricas. - Organização de células e tecidos: 1 a camada mucosa, composta pelo epitélio cilíndrico simples, lâmina própria e glândulas gástricas; 2 a camada submucosa; 3 A camada muscular, composta de músculo liso; 4 a camada serosa. 3.2.2 LÂMINA DE FÍGADO (PORCO) HE A lâmina de fígado de porco HE, hepatócitos, que são as células típicas do fígado, possuindo núcleos grandes e menos corados que os endoteliais. No fígado de porco os lóbulos hepáticos estão nitidamente separados por tecido conjuntivo, enquanto isso não ocorre no fígado humano (lâmina 06 para comparação). Os espaços porta, em geral nos ângulos de cada lóbulo, contém ramos de veia porta, da artéria hepática, de ductos biliares e vasos linfáticos. Comparar: - Tamanho celular: hepatócito; macrófago. - Morfologia: Com núcleo esférico e citoplasma acidófilo (corado em róseo) ou células de Kupffer, com o citoplasma carregado de grânulos de coloração castanha. - Constituintes: Veia centrobular, células endoteliais e células de Kupffer. - Organização de células e tecidos: Capilares sinusóides (células endoteliais e células de Kupffer) localizaados entre as placas de hepatócitos. 3.2.3 LÂMINA DE PÂNCREAS (CÃO) HE Comparar: 17 - Tamanho celular: Tecido epitelial glandular exócrino acinar composta e tecido epitelial glandular endócrino cordal. - Morfologia: Ácinos serosos, célulares centroacinares, ductos excretores. - Constituintes: Exócrina; Endócrina. - Organização de células e tecidos: Células Alfa; Células Beta; Células Delta. 3.3 PROCEDIMENTO III 3.3.1 LÂMINA DE INTESTINO DELGADO (COBAIA) HE Comparar: - Tamanho celular: Vilosidades intestinais, que são projeções alongadas da mucosa em direção ao lúmen, e é revestida por um epitélio cilíndrico simples onde se observam as células absortivas, que são colunares altas, e células caliciformes, que possuem um formato mais oval. - Morfologia: A lâmina própria é composta por tecido conjuntivo frouxo, onde se observa presença das glândulas tubulares simples denominadas Criptas de Lieberkuhn. - Constituintes: Células absortivas; Células caliciformes. - Especializações: Especializações de superfície celular têm ocorrência mais restrita, como as microcristas (microplicas ou micropregas) e aquelas associadas às funções sensoriais (quinocílios, estereocílios sensoriais), entre outras. 3.3.2 LÂMINA DE TRAQUEIA E ESÔFAGO (PORCO) HE Comparar: - Tamanho celular: Várias camadas celulares. - Morfologia: Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. 18 - Constituintes: Glândulas esofágicas; o epitélio é formado por várias camadas celulares, sendo que a camada apical apresenta células achatadas e não há queratina, como visto na pele. - Especializações: Especializações em células epiteliais de revestimento deste epitélio, aparecem sem colaboração não sendo, portanto visualizadas. 3.3.3 LÂMINA DE TESTÍCULOS E EPIDÍDIMO (RATO) HE Comparar: - Tamanho celular: Cabeça, corpo e cauda. Túnica Albugínia. - Morfologia: Túnica Albugínia; Camada situada logo abaixo da serosa, composta por tecido conjuntivo denso e divide o testículo em lóbulos; Túbulos Seminíferos; Túbulos com epitélio germinativo estratificado contendo as células de linhagem espermatogênica e as células sustentaculares deSertoli. Característica morfológica: luz irregular - Constituintes: Túnica Albugínia; Túbulos Seminíferos; Túbulos com epitélio germinativo estratificado; Túbulos Eferentes; Ducto Epididimário. - Organização de células e tecidos: Células de linhagem espermatogênica e as células sustentaculares de Sertoli. No conjuntivo peritubular encontram-se as Células de Leydig produtoras de testosterona. Epitélio pseudoestratificado com células basais e cilíndricas ciliadas; Revestido por epitélio pseudoestratificado com células basais e principais com microvilos longos, circundado por tecido conjuntivo frouxo contendo células musculares lisas em arranjo circular. 19 3.4 PROCEDIMENTO IV 3.4.1 LÂMINA DE RAIZ DE CEBOLA (MITOSE) HF Identificar: - Etapas da divisão mitótica: (1) interfase (2) prófase, (3) metáfase, (4) anáfase e (5) telófase Explicação: A mitose é o tipo de divisão celular a qual gera duas células-filhas com as mesmas características. Esse processo ocorre em quatro fases: Prófase, Metáfase, Anáfase e Telófase da seguinte forma: Prófase: Nessa etapa, os cromossomos estão visíveis por conta da condensação. Os centríolos migram para os polos da célula e o nucléolo desaparece. Metáfase: Nessa etapa os cromossomos alcançam seu maior nível de condensação. Além disso, os cromossomos ligam-se às fibras do fuso e migram para região mediana formando a placa metafásica. Anáfase: Os cromossomos se separam de forma que cada cromátide migra para um polo da célula. Telófase: Os cromossomos se descondensam e ocorre a reconstrução do nucléolo e envoltórios nucleares. 3.4.2 LÂMINA DE INTESTINO GROSSO (PORCO) HE Comparar: - Tamanho celular: Epitélio prismático simples. - Morfologia: Epitélio prismático simples com células caliciformes. Na mucosa do intestino grosso existem as glândulas de Lieberkühn, constituídas de epitélio glandular exócrino tubular simples. 20 3.4.3 LÂMINA DE OVÁRIO (GATA) HE Comparar: - Tamanho celular: Camada Cortical, logo abaixo do revestimento epitelial está a túnica albugínea de tecido conjuntivo denso não vascularizado. Folículo primordial, Folículo primário, Folículo secundário. Antro folicular. - Morfologia: Revestido externamente por epitélio cúbico simples. 3.4.4 LÂMINA DE BOCHECHA HE Comparar: - Tamanho celular: Maiores que as células procariontes. - Morfologia: Epitélio de revestimento, não possui formato definido, por se tratar de tecidos conjuntivos, glândulas mucosas. 21 4 CONCLUSÃO O presente trabalho de estudo podemos analisar a estrutura geral de uma célula, com as respectivas organelas. A partir da estrutura celular, relacionamos todas as células por meio de uma origem evolutiva comum, além de levantar as principais hipóteses a respeito da origem das primeiras células ainda nos dias de hoje. Dentre as diferentes células que existem, estudamos os organismos procariontes e eucariontes, com os respectivos exemplares na natureza. Além dos principais componentes celulares através das observações nos procedimentos realizados por meio do software Image Scope, juntamente com as orientações dispostas na videoaula, que permitiu visualizar as lâminas disponíveis no laminário digital da Kroton. Estas observações são de fundamental importância para o desenvolvimento e o metabolismo celular, bem como ampliam a visão a respeito da atual biodiversidade que existe em nosso planeta. 22 5 REFERÊNCIAS ALBERTS, B. et al. Fundamentos da Biologia Celular. Uma Introdução à Biologia Molecular da Célula. Cap. 1 Trad. Augusto Schrank [et]. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia das Células 1. 4ª edição. São Paulo: Editora Moderna, 2015. JUNQUEIRA, L.C; CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 9ed, 2012. KROTON, Software ImageScope, Laminário de Histologia.
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