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Histologia - Fígado e Vesícula Biliar - Sistema Digestório

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HISTOLOGIA – FÍGADO E VESÍCULA BILIAR
FÍGADO
O fígado é o segundo maior órgão do corpo e maior glândula do corpo. Possui uma função exócrina relacionada ao órgão digestório: a produção de bile, que auxilia à digestão de gorduras.
Ele é dividido anatomicamente em 4 lobos. Enquanto glândula apresenta um estroma de tecido conjuntivo que sustenta os elementos parenquimatosos. Ele apresenta-se revestido por uma cápsula conjuntiva, recoberta por peritônio, com exceção da área nua do fígado, que se funde ao diafragma.
I. CÁPSULA CONJUNTIVA DO FÍGADO
É formada por tecido conjuntivo denso modelado (cápsula de Glisson), recoberta pelo mesotélio peritoneal. Da casula de Glisson partes septos conjuntivos que dividem o parênquima hepático em subunidades funcionais. Esses revestimentos fazem parte do estroma do fígado.
II. PARÊNQUIMA HEPÁTICO
O parênquima é dividido em lóbulos hepáticos clássicos, separados por septos conjuntivos. Esses lóbulos são constituídos por cordões de hepatócitos, que se distribuem da periferia para o centro, se interligando uns aos outros (anastomosados entre si). Por entre os cordões há espaços por onde passam vasos sanguíneos (capilares sinusoides hepáticos). Esses sinusoides se dirigem para o centro dos lóbulos e desembocam na veia centrolobular. 
No vértice dos lóbulos está disposto um aglomerado conjuntivo no qual encontram-se elementos vasculares e elementos da árvore biliar (são os espaços porta). 
Obs: em função da organização dos cordões de hepatócitos, o fígado é considerado uma glândula cordonal.
Nota-se que as veias centrolobulares apresentam-se revestidas apenas por um endotélio que é contínuo com o endotélio do revestimento dos sinusoides que passam por entre os cordões de hepatócitos.
[fibras reticulares]
III. ESPAÇOS PORTA
São coleções de TCF provenientes dos septos conjuntivos da cápsula de Glisson e que se organizam nos vértices dos lóbulos hepáticos. 
No espaço porta observam-se elementos da tríade portal: pelo menos uma artéria muscular (ramo da artéria hepática própria – traz sangue oxigenado e nutrientes para os hepatócitos), uma veia (ramo da veia porta do fígado – que é o vaso funcional do órgão) e um ducto biliar (um dos componentes da árvore biliar, que vão conduzir a bile para fora do fígado) com epitélio simples cúbico ou cilíndrico.
Também nos tecidos conjuntivos dos espaços porta existem vasos linfáticos que coletam a linfa produzida a partir do extravasamento de plasma através dos sinusoides hepáticos. Esse plasma vai sendo escoado em direção a periferia do (espaço porta?), onde se localiza o espaço (virtual) de Mall – espaço coletor de plasma extravasado a partir dos sinusoides. Os vasos linfáticos do espaço porta drenam a linfa para seu interior a partir do plasma acumulado no espaço de Mall.
IV. VASCULARIZAÇÃO DO FÍGADO
A veia porta do fígado é responsável por fornecer 75% do sangue do fígado, ao passo que a artéria hepática própria fornece os 25% restantes. A artéria fornece nutrientes e sangue oxigenado e a veia fornece os nutrientes absorvidos pelos intestino delgado e grosso.
O sangue que percorre os sinusoides é um sangue de origem tanto venosa quanto arterial – é um sangue misto. 
V. VIAS BILIARES INTRA-HEPÁTICAS
Rede de canais que irá transportar a bile para fora do fígado. Enquanto o sangue é transportado da periferia para o centro, a bile segue trajeto contrário. O início das vias biliares ocorre com a formação dos canalículos biliares, formados pela membrana plasmática dos hepatócitos. É para esses canalículos que os componentes da bile são lançados. Esses canalículos se anastomosam por entre os cordões de hepatócitos, formando uma rede. Os canalículos vão se estendendo para a periferia até que terminam e originam canais curtos que atravessam a placa limitante – os dúctulos biliares. Esses canais são muito curtos e revestidos por um epitélio formado por células pavimentosas ou cuboides baixos, eles fazem a conexão entre canalículos e ductos biliares do espaço porta – os últimos vasos da via biliar, que possuem epitélio cúbico a simples cilíndrico.
Colangiócitos são células importantes no sentido de perceber o teor da bile e promover absorção de substâncias que passam na bile e podem ser mantidas no corpo (sais biliares, glicose e aminoácidos). São influenciados por ação da secretina e promovem eliminação de bicarbonato e cloreto, além de permitir a passagem de água por aquaporinas. O bicarbonato liberado possui ação tamponante contra a acidez biliar que pode comprometer a atividade dos colangiócitos.
VI. CAPILARES SINUSOIDES HEPÁTICOS
Esses capilares possuem lúmen mais amplo que outros capilares. Eles passam por entre os cordões de hepatócitos até que desembocam na veia centrolobular. O endotélio desses capilares é bem delgado e não é associado à lâmina basal. Suas células epiteliais são dotadas de conjuntos de fenestrações (placa em peneira – trocas muito intensas entre os vasos e os hepatócitos). Possuem células fagocitárias (células de Kupffer) em seu revestimento.
Espaço de Disse: espaço extremamente estreito entre os cordões de hepatócitos e o endotélio sinusal, onde estão localizadas as fibras reticulares do estroma intralobular.
VII. CÉLULAS DE KUPFFER
São os macrófagos do fígado, localizados no revestimento dos capilares sinusoides hepáticos. São células volumosas, robustas, que fazem uma projeção para o lúmen sinusal. 
O sangue que vem do intestino podem conter microrganismos e eles serão fagocitados pelas células de Kupffer (posição estratégica).
Também são responsáveis pela hemocaterese: fagocita hemácias senescentes. 
VIII. CÉLULAS DE ITO
São fibroblastos especializados localizados no espaço de Disse que são responsáveis pela produção de matriz extracelular. Além disso, essas células são responsáveis por armazenar vitamina A (lipossolúvel), pois armazenam gotículas de lipídeos.
Essas células são responsáveis pela produção das fibras reticulares (colágeno tipo III) que compõe a matriz extracelular do estroma intralobular.
IX. CÉLULAS DE ITO E ALTERAÇÕES HEPÁTICAS HISTOFISIOPATOLÓGICAS
X. CONCEITOS DE LOBULAÇÃO HEPÁTICA
· Lóbulo hepático clássico: massas de parênquima habitualmente visualizados em qualquer corte histológico. Esses lóbulos possuem formato grosseiramente poligonal, delimitados por septos conjuntivos e que possuem espaços portas em seus vértices. 
· Esses lóbulos tentam enfatizar a função endócrina do fígado (por exemplo a produção de fatores de crescimento que terão atuação distante e serão enviados pela corrente sanguínea).
 
· Lóbulo portal: ênfase na função exócrina do fígado. Massa de parênquima de formato triangular delimitado por traços imaginários que unem 3 veias centrolobulares. É um conceito raramente usado ou em desuso.
· Ácino hepático de Rappaport: massa parenquimatosa de formato elíptico ou losangular, que possui como eixo transversais as vênulas e arteríolas portais terminais que passam entre dois espaços portas.
· Associação de um gradiente de atividade metabólica dos hepatócitos com a distribuição do suprimento sanguíneo para os hepatócitos.

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