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encontro virtual da comissão nacional dos direitos da pessoa idosa da OAB- A pessoa idosa e o Estatuto do Idoso

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O encontro virtual da comissão nacional dos direitos da pessoa idosa da OAB: A pessoa idosa e o Estatuto do Idoso, tratou onde foi sancionado o Projeto de Lei nº 3.646, de 2019, que altera a Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 - Estatuto do Idoso, para substituir, em toda a Lei, as expressões “idoso” e “idosos” pelas expressões “pessoa idosa” e “pessoas idosas”, respectivamente. A lei alterou o nome do Estatuto do Idoso para Estatuto da Pessoa Idosa.
Segundo a justificativa do projeto de lei, o termo “pessoa” lembra a necessidade de combate à desumanização do envelhecimento. Essa terminologia reflete a luta dessas pessoas pelo direito à dignidade e à autonomia. A medida contribui para refletir a importância da pessoa idosa na sociedade e para combater o preconceito que existe contra o envelhecimento e trazer dignidade e respeito a essa parcela da população.
O Estatuto da Pessoa Idosa assegura gratuidade de medicamentos e transporte público, além de medidas que visam a proteger e dar prioridades às pessoas idosas.
O artigo 15º do Estatuto da Pessoa Idosa, responsabiliza o poder público pelo fornecimento gratuito de medicamentos, especialmente os de uso contínuo. Para ter acesso a esse direito, em rede própria ou farmácias privadas conveniadas, é preciso apresentar um documento de identidade com foto, CPF e receita médica dentro do seu prazo de validade. A preferência no atendimento nesses locais também é direito garantido por lei.
A gratuidade nos transportes coletivos públicos urbanos e semiurbanos para pessoas maiores de 65 anos, também está garantida, bastando que a pessoa idosa apresente qualquer documento pessoal que faça prova de sua idade. No sistema de transporte coletivo interestadual, são reservadas duas vagas gratuitas por veículo as pessoas idosas com renda igual ou inferior a dois salários-mínimos e desconto de 50%, no mínimo, no valor das passagens que excederem as vagas gratuitas, com renda igual ou inferior a dois salários-mínimos.
Pessoas acima de 60 anos têm direito à isenção de pagamento do IPTU, desde que sejam aposentadas, com renda de até dois salários-mínimos, utilize o imóvel como sua residência e de sua família e não seja possuidor de outro imóvel.
A prática da violência física, econômica ou psicológica contra a pessoa idosa é crime e o Estatuto indica que o pedido de medida protetiva pode ser feito por meio de petição ao Ministério Público, com o auxílio de um advogado, Defensor Público ou no próprio Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, e deve ser atendido em até 48h.
No rol das prioridades concedidas à pessoa idosa está o critério de desempate em concurso público: quanto mais elevada a idade. Também é assegurada a prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 anos, em qualquer instância.
Para obter o benefício, é necessário fazer uma prova da idade e solicitar à autoridade judiciária competente. Em casos de morte, essa prioridade se estende ao cônjuge ou companheiro, maiores de 60 anos.
Cabe à sociedade como um todo proteger a dignidade da pessoa idosa. Razão pela qual a legislação garante que nenhuma pessoa idosa pode sofrer qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, sendo que qualquer descumprimento aos direitos da pessoa idosa será punido na forma da lei. Os casos de violação a esse direito devem ser denunciados.
O abandono e a violação de direitos da pessoa idosa ainda são uma realidade no Brasil, mas justamente com o intuito de garantir a efetivação dos direitos desta parcela crescente da população, foi promulgado, em 1º de outubro de 2003, o Estatuto do Idoso.
Este dispositivo legal representou, sem dúvida, grande avanço na proteção dos direitos das pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, pois em seus 118 artigos, muito além de garantir direitos à pessoa idosa e prever instrumentos para sua efetivação, regulamentou princípios que, apesar de já estarem previstos na Constituição Federal, não encontravam respaldo legal suficiente para se afirmarem na prática.
No Título II, o foco da lei é na tutela dos direitos fundamentais, os quais são previstos ao longo de 10 Capítulos, que versam sobre direito à vida, à saúde, a liberdade, ao respeito e à dignidade, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, ao trabalho, à assistência social, à habitação e ao transporte. Já os Títulos seguintes abordam as medidas de proteção, a política de atendimento ao idoso, o acesso à justiça e os crimes praticados contra idoso.
As medidas de proteção são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos no Estatuto forem ameaçados ou violados por ação ou omissão da sociedade ou do Estado, por falta, omissão ou abuso da família, curador ou entidade de atendimento ou em razão de sua condição pessoal.
Em relação ao acesso à justiça, o Estatuto assegura, entre outros, a prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância. Há ainda capítulo específico sobre as atribuições do Ministério Público na defesa dos direitos do idoso, determinando no art. 75 que “a falta de intervenção do Ministério Público acarreta a nulidade do feito, que será declarada de ofício pelo juiz ou a requerimento de qualquer interessado”.
Ressalta-se a importância de interpretação conjunta das normas previstas no Estatuto com as disposições dos artigos 229 e 230 da Constituição Federal, vez que estes artigos reforçam a necessidade de implementação de uma ampla rede de proteção, envolvendo agentes de diferentes segmentos, dentre os quais evidenciam-se a família, o Estado e a sociedade, como responsáveis pelo amparo e provimento de uma tutela integral da pessoa idosa.
O Artigo 3º. Do Estatuto do Idoso traz uma série de direitos que devem ser assegurados às pessoas com mais de 60 anos. São direitos classificados como fundamentais a essa parcela da população. Portanto, deve ser prioritário ao idoso: Vida; Saúde; Alimentação; Educação; Cultura; Esporte; Lazer; Trabalho; Cidadania; Liberdade; Dignidade; Respeito; Convivência familiar e comunitária.
Além dos direitos aos idosos, o Estatuto do Idoso também traz a previsão de sanções àqueles que pratiquem condutas que obstruam os preceitos contidos no estatuto. De acordo com o artigo 95 do Estado do Idoso, os crimes previstos na legislação ensejam ação penal pública incondicionada. Isso quer dizer que independem de representação da vítima ou de seu representante. A justificativa se dá por conta do dever, da sociedade e do Estado, na garantia de um direito fundamental, sobretudo quando há vulnerabilidade do indivíduo. As penalidades irão variar de acordo com o crime cometido. Por exemplo, a lei prevê penalidade de meses a 1 ano para quem negar emprego ou trabalho a pessoa idosa. É prevista também pena de reclusão de 1 a 4 anos e multa para quem se apropriar ou desviar bens, proventos ou qualquer outro rendimento do idoso.
Outra penalidade é a de 2 a 5 anos para quem coagir, de qualquer modo, o idoso a doar, contratar, testar ou outorgar procuração. No caso desse crime, é importante ficar atento pois ocorrem com facilidade e até mesmo perante Notário ou Tabelião. Estes devem auxiliar também na fiscalização. Além das penalidades previstas no Estatuto do Idoso, também há a previsão de aumento nas penas caso a vítima seja uma pessoa idosa. Por exemplo, para homicídio culposo cometido contra pessoa idosa, há aumento de 1/3 na pena, se o crime resultar de inobservância de regra técnica ou o agente deixar de prestar imediato socorro.
Já no caso de homicídio doloso, a pena é aumentada de 1/3 para crimes praticados contra maiores de 60 anos.
Sendo assim, os idosos são os indivíduos que requerem atenção especial. Com idade, vem limitações físicas e mentais, e até problemas de saúde. Além disso,ainda é comum ver idosos sendo maltratados e passando por situações complicadas, seja por falta de recursos financeiros ou falta de alguém para lhes prestarem apoio.
O Estatuto do Idoso surge como uma medida protetiva para a pessoa idosa, não só do Estado, mas como um dever de todos os brasileiros. A lei entrou em vigor em 2004 e desde então atualizações foram feitas na legislação. Além disso, alguns projetos de lei continuam em tramitação.

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