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Aneurisma de Aorta

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Amandha Victória de Pinho Gonzaga Rodrigues Medicina – UNIT/SE 
 
Aneurisma de Aorta 
DEFINIÇÃO: 
• Dilatação localizada de vasos envolvendo as duas três camadas. 
o Principalmente na aorta. 
- Obs.: Na prática médica, não se aplica o termo aneurisma para qualquer dilatação (ectasia) – apenas para as mais marcantes 
– nem para as dilatações de veias – para estas, utiliza-se o termo varizes. 
• Aneurismas ”verdadeiros“ - 3 camadas da artéria (íntima, média e adventícia) ou uma parede frágil do coração. 
o Dilatação segmentar de espessura total de um vaso sanguíneo com pelo menos 50% de aumento no diâmetro em 
comparação com o diâmetro normal esperado. 
o Aorta - dilatação em que há aumento do diâmetro do vaso de pelo menos 50% em relação ao segmento proximal. 
▪ Maioria dos adultos, um diâmetro aórtico> 3,0 cm é geralmente considerado aneurismático. O diâmetro 
aórtico normal varia com a idade, sexo e tamanho corporal. 
• Pseudoaneurisma - quadro de ruptura vascular seguida de dissolução do hematoma, resultando em protuberância 
encapsulada por fibrose, mas sem envolver as três camadas do vaso. 
o Defeito na parede vascular que resulta na formação de um hematoma extravascular com comunicação para o espaço 
intravascular (“hematoma pulsante”). 
 
EPIDEMIOLOGIA 
• Aneurismas da aorta abdominal são muito mais comuns do que os aneurismas torácicos. 
o 75% dos aneurismas aórticos e afetam de 0,5% a 3,2% da população. 
o local mais comum de aneurisma arterial verdadeiro, afetando predominantemente o segmento da aorta abaixo das 
artérias renais (aorta infrarrenal - 85%); 
o prevalência em países desenvolvidos é entre 2 e 8% e é maior em homens (4 a 8% naqueles com mais de 50 anos) em 
comparação com mulheres (1 a 1,3%) - prevalência 4 a 6 vezes maior no sexo masculino 
o aumenta com a idade em homens e mulheres – o aumento relacionado a idade é mais evidente em homens. (>60 
anos*) 
o carga tabágica 
o DPOC 
o Ruptura – alta mortalidade, mas caiu consideravelmente nos últimos 20 anos (declínio da prevalência do tabagismo na 
população adulta, a crescente conscientização e impacto dos programas de rastreamento patrocinados pelo governo 
para identificar a doença precoce e um aumento no uso de reparo endovascular de AAA, particularmente nos pacientes 
mais velhos, todos podem ter desempenhado um papel neste declínio) 
Amandha Victória de Pinho Gonzaga Rodrigues Medicina – UNIT/SE 
 
• Aneurismas da aorta torácica são mais comuns na aorta ascendente, seguidos em frequência pela aorta descendente e arco 
aórtico. 
o prevalência de AAT assintomático em 0,16%. 
o incidência de AAT parece estar aumentando, embora seja difícil determinar se isso está relacionado ao aumento da 
detecção por imagem ou um aumento real possivelmente relacionado ao envelhecimento da população. 
o Mais comumente na sexta e sétima década de vida e afetam os homens aproximadamente 2 a 4 vezes mais comumente 
do que as mulheres. 
FATORES DE RISCO PARA AAA 
• Tabagismo: 
o fator de risco modificável mais fortemente associado ao desenvolvimento de AAA. 
o 90% de todos os pacientes com AAA têm história de uso de tabaco. 
o Apenas o câncer de pulmão tem uma associação epidemiológica mais forte com o tabaco. 
o Metanálises mostraram que os fumantes atuais têm um aumento de quase cinco vezes no risco de desenvolver AAA. 
o A cessação do tabagismo diminui as chances subsequentes de AAA serem identificados na triagem, com maior benefício 
entre aqueles que pararam de fumar por mais de 10 anos. 
o O risco de AAA após a cessação do tabagismo se aproxima do risco de nunca fumantes após 25 anos de cessação do 
tabagismo. Infelizmente, as chances nunca retornam à linha de base de não fumantes, indicando que algum grau de 
dano arterial causado pelo uso do tabaco é permanente. 
• Idade avançada 
• Sexo masculino 
• Pele caucasiana 
• Hipertensão arterial sistêmica 
• Aterosclerose: 
o A aterosclerose sistêmica está presente concomitantemente ao AAA em múltiplos estudos, corroborando a 
sobreposição significativa dos fatores de risco entre os dois processos de doença. 
o A doença arterial coronariana está presente em mais de 25% dos indivíduos com AAA. 
o A doença arterial periférica é encontrada em mais de 12% das pessoas com AAA. 
• História familiar de aneurisma de aorta abdominal (AAA): 
o Aumentar o risco de desenvolvimento de AAA em 2 vezes. 
o Sugere-se predisposição genética. Distúrbios monogenéticos sindrômicos, como síndrome de Marfan (defeito da 
fibrilina-1) ou síndrome de Ehlers-Danlos tipo IV (procolágeno tipo III anormal), são mais comumente associados a 
aneurisma ou dissecção da aorta toracoabdominal. 
• Outros aneurismas de artérias periféricas (ilíaca, femoral, poplítea): Embora seja um fator de risco, nem todos os AAA estão 
associados a outros aneurismas de grandes vasos e vice-versa. 
o Pacientes com aneurisma da artéria femoral apresentam AAA concomitante em 85% das vezes. Indivíduos com 
aneurismas poplíteos têm um AAA concomitante em 60% das vezes. 
o Até 25% dos indivíduos combinaram aneurismas da aorta torácica e abdominal. Em comparação com os homens, mais 
mulheres combinaram aneurismas da aorta torácica e AAA (48 versus 28%). 
• Doenças do tecido conjuntivo (síndromes de Marfan, Ehlers-Danlos e Loeys-Dietz) 
• História prévia de dissecção aórtica 
• História prévia de cirurgia da aorta 
DIMINUIÇÃO DO RISCO DE AAA: 
• Gênero feminino 
• Raça não caucasiana 
• Diabetes 
• Consumo de alimentos e álcool: 
o consumo moderado de álcool são inconsistentes, com vários estudos citando um efeito protetor moderado. Por outro 
lado, com níveis mais elevados de ingestão de álcool (≥30 gramas / dia; ≥2 bebidas / dia) parece haver um risco 
aumentado de AAA. Embora o consumo de álcool possa modificar independentemente o desenvolvimento de AAA, a 
magnitude do efeito do álcool é pequena em comparação com o efeito de outros fatores de risco. 
Amandha Victória de Pinho Gonzaga Rodrigues Medicina – UNIT/SE 
 
• O consumo de frutas e vegetais parece estar ligeiramente associado a menos desenvolvimento de AAA. o geral, parece que 
dietas ricas em antioxidantes podem ajudar a mitigar o AAA. 
FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À EXPANSÃO E RUPTURA DE AAA 
• Pacientes sintomáticos: dor abdominal de início recente, especialmente quando de forte intensidade 
• Diâmetro total do aneurisma > 5,5 cm (em mulheres pode-se considerar 5 cm) 
• Taxa de expansão da aorta > 1 cm/ano: considerando a análise de imagens apropriadas, ou seja, mesmo tipo de exame, 
mesmo segmento por observador experiente. 
• Tabagismo 
• Hipertensão 
• Pico elevado de estresse na parede 
• História de transplante cardíaco ou renal 
• Diminuição volume expiratório forçado 
• Sexo feminino 
FATORES DE RISCO PARA AAT 
• Doença do colágeno, valva aórtica bicúspide ou história familiar de aneurisma identificam subgrupos de risco elevado e 
rápido crescimento. 
• A maioria dos aneurismas da aorta torácica são degenerativos e ocorrem em associação com fatores de risco para 
aterosclerose, como tabagismo, hipertensão e hipercolesterolemia. 
- Obs.: Embora o diabetes esteja associado à aterosclerose, o diabetes está negativamente correlacionado com o TAA, 
semelhante ao aneurisma da aorta abdominal. 
• Presença de outros aneurismas 
• Dissecção aórtica prévia 
• Doenças sindrômicas do tecido conjuntivo: síndrome de Marfan, síndrome de Ehlers Danlos, síndrome de Loeys-Dietz 
• AAT familiar 
• Valva aórtica bicúspide; 
FISIOPATOLOGIA 
• surgimento de dilatação arterial  algum grau de destruição ou enfraquecimento da camada média, em particular das 
lâminas e fibras do sistema elástico. 
o Aneurisma aterosclerótico: ainda que a aterosclerose sejamuito prevalente, aneurisma nessa doença não o é. Dilatação 
aneurismática na aterosclerose ocorre somente em pequena porcentagem das lesões, nas quais há grande destruição 
da componente elástico. 
• Inflamação de qualquer origem é a causa mais comum de aneurismas, pois as células inflamatórias contêm enzimas 
proteolíticas capazes de clivar componentes da matriz extracelular, sobretudo elastina. 
• Ateromas que evoluem com aneurisma (mais na aorta, pois em outras artérias isso não costuma acontecer) são aqueles 
com inflamação mais exuberante. Embora hoje bem menos frequente do que antes da era dos antibióticos, a sífilis também 
pode causar aneurismas, mais comumente na aorta torácica descendente, em contraste com a aterosclerose (nesta, os 
aneurismas surgem mais na região abdominal, onde as lesões ateromatosas são mais acentuadas). Arterite de células 
gigantes, arterite associada a IgG4 e outras arterites podem também causar aneurismas. Há ainda aneurismas inflamatórios, 
especialmente na aorta, sem agente etiológico definido. 
• Aneurismas podem dever-se também a anormalidades genéticas, como na síndrome de Marfan, na qual há defeito na 
fibrilina-1, componente miofibrilar das fibras elásticas. 
• Os aneurismas ocorrem quando a estrutura ou a função do tecido conjuntivo é comprometida por qualquer um dos 
seguintes fatores: 
o Síntese inadequada ou anormal de tecido conjuntivo 
▪ Doenças hereditárias raras fornecem informações sobre quais tipos de anormalidades moleculares podem evoluir 
para a formação dos aneurismas. 
• TGF-beta regula a proliferação de células musculares lisas e a síntese de matriz extracelular - mutações nos 
receptores de TGF-beta ou a sub-regulação de suas vias de sinalização resultam em defeitos na síntese de 
Amandha Victória de Pinho Gonzaga Rodrigues Medicina – UNIT/SE 
 
elastina e de colágeno; os aneurismas em tais indivíduos podem romper-se facilmente mesmo quando 
pequenos. 
o Na síndrome de Marfan, a síntese defeituosa da proteína estrutural fibrilina promove a remoção anormal 
de TGF-beta na parede da aorta, apresentando dilatação subsequente devido à sinalização desregulada 
e progressiva perda do tecido elástico. 
o O defeito no colágeno tipo II com formação de aneurisma é um achado importante da síndrome de 
Ehlers- Danlos tipo IV. 
o Degradação excessiva do tecido conjuntivo 
▪ O aumento da expressão de metaloproteinases (MMPs), especialmente por macrófagos na placa aterosclerótica, 
pode contribuir para o desenvolvimento do aneurisma devido à degradação de MEC na parede arterial; da mesma 
forma, a diminuição da expressão de inibidores de proteinases teciduais (TIMP) também favorece essa destruição. 
▪ A predisposição genética para a formação do aneurisma nas lesões inflamatórias pode estar relacionada com o 
polimorfismo dos genes MMP/TIMP ou com a natureza da resposta inflamatória local que favorece a produção de 
MMP ou TIMP. 
o Perda das células musculares lisas ou alteração fenotípica na síntese das células musculares lisas. 
▪ O espessamento esclerótico da íntima pode causar isquemia interna na média por aumentar a distância da difusão 
dos nutrientes para o lúmen vascular. Inversamente, a hipertensão arterial sistêmica resulta no estreitamento 
luminal dos vasa vasorum da aorta, promovendo a isquemia externa da média. Essa isquemia resulta em perda 
das células musculares lisas, bem como em ”alterações degenerativas da aorta“, que incluem fibrose (substituição 
do tecido elástico), síntese deficiente de MEC e produção de quantidade cada vez maior de proteoglicanos 
amorfos. Histologicamente, essas alterações são coletivamente chamadas de degeneração cística da média, 
embora nenhum cisto verdadeiro seja formado. Essas alterações são inespecíficas, visto que ocorrem nos casos de 
síntese defeituosa da MEC, incluindo desordens genéticas, como a síndrome de Marfan, a síndrome metabólica e 
o escorbuto. 
• As duas principais causas de aneurisma aórtico são aterosclerose e hipertensão. A aterosclerose é o fator principal nos 
aneurismas da aorta abdominal, enquanto a hipertensão está associada ao aneurisma da aorta ascendente. Outras 
condições que enfraquecem a parede dos vasos e favorecem a formação dos aneurismas incluem trauma, vasculite, defeitos 
congênitos e infecção, denominada aneurisma micótico. Este último resulta da (1) embolização de um êmbolo séptico, 
geralmente como complicação de uma endocardite, (2) prolongamento de processo supurativo adjacente ou (3) infecção 
direta por invasão do microrganismo na parede arterial. A sífilis terciária é uma causa rara de aneurisma aórtico. A predileção 
das espiroquetas para os vasa vasorum da aorta torácica ascendente — e, consequentemente, a resposta imune a esses 
microrganismos — resulta em endarterite obliterante, que compromete o fluxo sanguíneo para a média; a lesão isquêmica 
resultante causa dilatação aneurismática e, ocasionalmente, pode envolver o anel da valva aórtica 
• Os aneurismas da aorta torácica são comumente associados à hipertensão e síndrome de Marfan, entretanto, outras 
doenças causadas por mutações nos componentes da via de sinalização do TGF-b também estão sendo cada vez mais 
reconhecidas como etiologias. 
• A aterosclerose é a principal causa de AAA. Na maioria dos casos, o AAA é resultante da degradação excessiva de MEC, 
mediada pelo infiltrado inflamatório local em artérias ateroscleróticas, e da produção de enzimas proteolíticas destrutivas 
nesse ambiente. As placas ateroscleróticas comprometem a difusão de nutrientes e resíduos entre o lúmen vascular e a 
parede arterial, e comprimem diretamente os vasos subjacentes da média. Consequentemente, a média sofre degeneração 
e necrose, ocasionando o enfraquecimento da parede arterial. A predisposição familiar para o AAA independe da 
predisposição genética para aterosclerose ou hipertensão. Esta pode ser um fator importante para determinadas pessoas; 
desse modo, defeitos hereditários nos componentes estruturais da aorta podem produzir aneurismas (p. ex., síndrome de 
Marfan). É importante mencionar que existe associação entre o risco de AAA e enfisema relacionado com o tabagismo, 
sugerindo que os pacientes afetados possuem desregulação sistêmica de degradação da MEC. 
QUADRO CLÍNICO 
Do aneurisma de aorta abdominal: 
• A maioria dos pacientes é assintomática. Quando sintomáticos, a dor refere-se à queixa mais comum, devendo ser encarada 
como sinal de expansão ou ruptura iminente do aneurisma. 
• Dor costuma localizar-se em hipogástrio, flanco, região lombar ou quadris. A dor é frequentemente severa e assustadora 
para o paciente e pode ser acompanhada de dor abdominal. Sintoma de distensão abdominal, constipação ou retenção 
Amandha Victória de Pinho Gonzaga Rodrigues Medicina – UNIT/SE 
 
urinária podem ser causados por um hematoma que comprime o intestino ou o trato urinário ou por alteração no 
suprimento sanguíneo para esses órgãos. 
• Descreve-se a ruptura pela tríade de dor de início agudo, massa abdominal palpável e hipotensão, podendo evoluir com 
rapidez para o choque hipovolêmico ou óbito. 
• Ao exame físico, podem ser percebidas massa palpável e pulsátil acima da cicatriz umbilical ou presença de sopros. 
Obstrução de um vaso ramificado da aorta (p. ex., artérias renais, ilíacas, vertebrais ou mesentéricas), resultando em 
isquemia distal dos rins, pernas, medula espinhal ou trato gastrointestinal, respectivamente. 
• Embolismo do ateroma ou de trombo mural 
• Comprometimento de estruturas adjacentes, por exemplo, compressão de um ureter ou erosão das vértebras por expansão 
de um aneurisma 
• Massa abdominal (muitas vezes papavelmente pulsátil) que simula um tumor 
• Ruptura dentro da cavidade peritoneal ou nos tecidos retroperitoneais, com hemorragia maciça potencialmentefatal. 
Do aneurisma de aorta torácica: 
• Geralmente são assintomáticos 
• Quando sintomáticos, estes sintomas estão correlacionados com a área anatômica acometida ou complicações secundárias, 
como insuficiência valvar aórtica, compressão de brônquios ou terminais nervosos. Portanto, incluem, ainda que não 
restritos, dispneia, rouquidão, tosse, hemoptise e insuficiência cardíaca. 
• AAT podem expandir-se e comprimir estruturas mediastínicas adjacentes. Os sintomas incluem tosse, sibilos, dispneia, 
rouquidão, pneumonia recorrente e disfagia. 
• A apresentação clínica mais grave é o desenvolvimento de dor no peito ou no dorso, sinal de mau prognóstico que pode 
culminar na ruptura do aneurisma provocando alta taxa de mortalidade. 
• Complicações vasculares incluem insuficiência aórtica, por vezes com insuficiência cardíaca secundária, hemoptise e 
tromboembolismo arterial. 
• Esses aneurismas se manifestam por sinais e sintomas como: 
o compressão de estruturas mediastinais (p. ex., dificuldades respiratórias ou alimentares 
o devidas à compressão das vias aéreas e do esôfago, respectivamente); 
o tosse de irritação persistente dos nervos laríngeos recorrentes; 
o dor causada pela erosão do osso (ou seja, costelas e corpos vertebrais), 
o doença cardíaca devida à insuficiência valvular ou estreitamento dos óstios coronários e 
o ruptura da aorta. 
CLASSIFICAÇÃO 
• Os aneurismas podem ser classificados pela sua forma: 
o Aneurismas saculares são distintos divertículos variando de 5-20 cm de diâmetro, que frequentemente contêm 
trombos. 
o fusiformes se caracterizam por dilatações circunferenciais de até 20 cm de diâmetro; eles envolvem mais comumente 
o arco aórtico, a aorta abdominal e as artérias ilíacas. 
• Os aneurismas que afetam a aorta torácica e abdominal (ou seja, aneurismas toracoabdominais) foram classificados de 
acordo com Crawford e modificados por Safi: 
 
• Os aneurismas da aorta abdominal podem ser classificados quanto a sua localização em: 
Amandha Victória de Pinho Gonzaga Rodrigues Medicina – UNIT/SE 
 
 
Os aneurismas degenerativos da aorta localizam-se com maior frequência na aorta abdominal. Podem ser classificados em 
quatro tipos: 
 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
• Aneurisma de aorta abdominal 
o O exame de escolha nos pacientes com sintomas e/ou suspeita de ruptura ou, ainda, em planejamento terapêutico é a 
angiotomografia computadorizada. 
TRIAGEM 
• Devem realizar um exame de ultrassonografia abdominal para pesquisa de AAA os seguintes grupos: 
o Qualquer paciente detectado com aneurisma em outra localização 
o Pacientes do sexo masculino com mais de 65 anos de idade 
o Mulheres com mais de 65 anos e tabagismo atual ou ex-tabagistas 
o Familiares de primeiro grau de portadores de AAA. 
• De maneira oportunística, durante a realização de ecocardiograma transtorácico, podem ser submetidos a screening: 
o Todos os homens com mais de 65 anos 
o Mulheres com mais de 65 anos e tabagismo atual ou ex-tabagistas. 
o Aneurisma de aorta torácica 
A concomitância com AAA é elevada e o screening total da aorta deve ser realizado na avaliação inicial. 
• Faz-se o diagnóstico por meio de exames de imagem. 
• A radiografia de tórax é inespecífica, mostrando um mediastino alargado ou desvio da traqueia. 
• O ecocardiograma transtorácico é empregado como avaliação acessória ou inicial, identificando a porção proximal da aorta 
torácica (transtorácica) ou descendente (transesofágica). 
• A angiotomografia é o exame de eleição e se reserva a angiorressonância para pacientes com alergia/contraindicação a 
contrastes iodados. Trata-se dos exames também utilizados para acompanhar a evolução da doença e no controle pós-
tratamento. 
• A angiografia não tem papel diagnóstico e somente deve ser realizada quando da necessidade de alguma complementação 
de imagem específica para planejamento terapêutico. 
OBS.: Lembrar que a velocidade do crescimento aórtico nos aneurismas verdadeiros varia conforme: 
- Etiologia: mais acentuado nos aneurismas familiares e colagenoses 
- Localização: mais rápido na aorta descendente 
Amandha Victória de Pinho Gonzaga Rodrigues Medicina – UNIT/SE 
 
- Comorbidades: presença de dissecção, hipertensão mal controlada, tabagismo Importante lembrar que a velocidade de 
crescimento é também função do diâmetro do aneurisma, portanto diâmetros maiores exigem vigilância em intervalos menores. 
Os AAT descendentes crescem mais rapidamente (3 mm/ano) em relação aos ascendentes (1 mm/ano). 
ACOMPANHAMENTO/ CONDUTA: 
 
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS 
- Ultrassonografia e o eco-Doppler colorido 
• São os exames iniciais na pesquisa ou confirmação de suspeita diagnóstica de aneurisma de aorta abdominal. 
• São exames relativamente simples, de fácil execução, e que dão informações fundamentais sobre o tamanho da aorta em 
cortes longitudinais e transversais. Além disso, mostram aspectos intraluminares da parede e do trombo mural. No entanto, 
não fica bem clara, na maioria das vezes, a associação do aneurisma às artérias viscerais e aos órgãos que têm relação de 
contiguidade com a aorta. 
• Embora possa fornecer imagens confiáveis na avaliação do diâmetro do aneurisma, o ciclo cardíaco pode provocar 
variabilidade na avaliação dessas imagens. Portanto, se não é o melhor exame para programação cirúrgica, a 
ultrassonografia é o principal método de avaliação para os pacientes portadores de aneurisma em seguimento clínico 
periódico. 
- Ecocardiograma transtorácico/transesofágico 
- Angiotomografia computadorizada 
• A tomografia computadorizada (TC) é considerada hoje o exame que fornece as melhores informações de imagem sobre o 
aneurisma da aorta. 
• Pode ser realizada com ou sem a utilização de substância de contraste, se houver contraindicação para isto. 
• Além de indicar as medidas exatas do diâmetro do aneurisma, a TC demonstra a relação topográfica da aorta com as demais 
estruturas, além de possíveis anomalias tópicas vasculares ou de órgãos, que podem ser importantes no planejamento 
cirúrgico. 
• Características da parede aórtica ou visualização de hematoma periaórtico são outras informações importantes em decisão 
clínica obtidas por TC. 
• A evolução tecnológica permite hoje a reconstrução tomográfica tridimensional da aorta, a partir das aquisições de imagem 
em cortes transversais. Embora utilize maior quantidade de contraste nefrotóxico, a angiotomografia oferece detalhes 
impressionantes do contorno aórtico e de seus ramos viscerais, elucidando dúvidas sobre o diagnóstico e o procedimento 
terapêutico. Nos casos em que a opção de intervenção sobre o aneurisma é a correção endovascular, a angiotomografia é 
praticamente indispensável, pois fornece os detalhes necessários não só para a confirmação das condições anatômicas para 
a realização da intervenção como as medidas para escolha da endoprótese adequada. Todos esses motivos justificam o uso 
rotineiro da TC na avaliação pré‐operatória do aneurisma da aorta. Por outro lado, a angiotomografia tem sido o principal 
exame de imagem no acompanhamento pós operatório da correção endovascular do aneurisma da aorta abdominal. 
- Angioressonância 
Amandha Victória de Pinho Gonzaga Rodrigues Medicina – UNIT/SE 
 
• A ressonância magnética (RM) vem se firmando também como excelente método de diagnóstico para o aneurisma da aorta. 
Fornece imagens semelhantes às da TC em cortes transversais, sagitais e coronais, e tem a vantagem de não utilizar meio 
de contraste alergênico (gadolínio), podendo ser considerada exame não invasivo. Entretanto, por utilizar campo magnético 
no mecanismo de obtenção de imagem, pacientes portadores de marca passo cardíaco ou próteses metálicas estão 
proibidos de se submeterem a esseexame. 
• A realização da angiorressonância magnética sem contraste pode ser uma alternativa útil nos pacientes que não podem se 
submeter à angiotomografia 
• Radiografia de tórax 
o Suspeita-se de AAT quando: alargamento do mediastino; aumento do botão aórtico; deslocamento da traqueia 
da linha média; calcificação aórtica deslocada 
- Aortografia 
• No passado foi o principal exame de avaliação pré operatória dos pacientes portadores de aneurisma de aorta, hoje ocupa 
uma posição secundária no armamentário diagnóstico. Por exigir cateterismo arterial e utilização de contraste alergênico e 
nefrotóxico, torna se exame invasivo, passível de maiores complicações que os demais. Além do mais, não fornece 
informações fidedignas do tamanho do aneurisma, visto que só o lúmen arterial, geralmente ocupado por trombos murais, 
é bem definido. Fica reservada a solicitação de aortografia digital apenas para os casos em que se deseja estudar mais 
detalhadamente os troncos viscerais, principalmente nos aneurismas toracoabdominais, ou nos casos de obstruções 
arteriais concomitantes com aneurisma, para melhor programar o tipo de revascularização a ser realizada. 
TRATAMENTO CLÍNICO 
• Aneurisma de aorta abdominal: 
o Controle dos fatores de risco em um paciente caracterizado como portador de doença aterosclerótica manifesta 
o Embora não existam sólidas evidências do benefício clínico desses medicamentos na redução da velocidade de 
crescimento ou da prevenção de ruptura, estimula-se a utilização de estatinas e inibidores da enzima conversora de 
angiotensina também para a redução do risco cardiovascular, sendo betabloqueadores a classe preferencial para 
tratamento da HAS. 
• Aneurisma de aorta torácica: 
o Controle rígido da pressão arterial, fatores de risco aterosclerótico e aconselhamento para modificação de estilo de vida 
(tabagismo, em especial) são partes fundamentais do tratamento. 
o A partir da identificação do aneurisma, deve-se obter uma primeira sequência de imagens com intervalo de 6 meses para 
certificação de crescimento acelerado ou estabilidade do diâmetro. 
o Depois, em geral, manter o controle anual por meio de exame de imagem é adequado. 
o Em pacientes com síndrome de Marfan, o uso de BB e IECA parece reduzir a mortalidade e as taxas de progressão dos 
aneurismas. 
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
• De maneira geral, o reparo cirúrgico é a terapia de eleição na presença de sintomas, rápida expansão (>0,5 cm/ano na AAT) 
ou diâmetro máximo > 5,5 cm. Aneurismas rotos exigem correção cirúrgica imediata. Pacientes submetidos a reparo ou 
troca valvar aórtica devem ser considerados para reparo concomitante da raiz aórtica ou substituição da aorta ascendente 
quando diâmetro máximo da aorta. 
• Tanto para AAA, quanto para AAT, o nível de indicação cirúrgica para pacientes assintomáticos se faz a partir de diâmetro 
com alta taxa de ruptura, em pacientes de risco operatório aceitável. Na mais recente Diretriz Europeia em Doenças da 
Aorta, estabeleceu-se um diâmetro de 5,5 cm para todas as porções aórticas. Esse limite é reduzido nos pacientes com 
elastopatias e valva aórtica bicúspide ou, ainda, naqueles com pequena superfície corporal. Da mesma maneira, pode ser 
aumentado quando o paciente não tem anatomia favorável para o tratamento endovascular e o risco cirúrgico é elevado, 
por exemplo, nos aneurismas do arco aórtico. 
• A escolha entre o tratamento endovascular ou cirúrgico baseia-se na adequação anatômica do caso e no risco cirúrgico do 
paciente. A experiência local com o procedimento também deve ser levada em consideração. Na última década, a 
penetração do tratamento endovascular com stents como principal opção em pacientes com anatomia favorável foi 
expressiva e justificou um grau de recomendação maior do que o de cirurgia aberta em diretriz. O tratamento com stents 
reduz a mortalidade e a morbidade quando comparado ao tratamento cirúrgico. A evolução tardia é semelhante entre os 
grupos cirúrgico e endovascular, porém, espera-se um número maior de reintervenções no grupo endovascular. Nos 
Amandha Victória de Pinho Gonzaga Rodrigues Medicina – UNIT/SE 
 
pacientes com colagenose, a indicação cirúrgica ainda é preferencial pela inconsistência dos resultados com stent no 
seguimento tardio desse subgrupo. A avaliação pré-operatória deve incluir eletrocardiograma (ECG), radiografia de tórax, 
hemograma, creatinina, ETT (principalmente na suspeita de valvulopatia associada) e exames para detecção de isquemia 
miocárdica. 
PREPARO CIRÚRGICO 
• Pacientes submetidos a reparo de aneurisma (endovascular ou cirurgia aberta) são considerados de moderado a alto risco 
de trombose venosa profunda, e a tromboprofilaxia é indicada. 
• Antes da colocação do enxerto, a profilaxia antibiótica é recomendada 30 minutos após a incisão na pele. 
TRATAMENTO ENDOVASCULAR DAS DOENÇAS DA AORTA 
• Colocação percutânea de um enxerto com stent endovascular expansível dentro do aneurisma. 
• O reparo endovascular do aneurisma é realizado inserindo componentes do enxerto que são dobrados e comprimidos 
dentro de uma bainha de distribuição através do lúmen de um vaso de acesso, geralmente a artéria femoral comum. Após 
a implantação, o enxerto se expande, entrando em contato com a parede aórtica para excluir o saco aneurismático da aorta 
do fluxo e pressão sanguínea aórtica. 
• Clássicos critérios anatômicos: 
o Acesso arterial compatível com o calibre da prótese (diâmetro da artéria femoral comum > 6mm) 
o Orifício de entrada principal da dissecção a, pelo menos, 20 mm da emergência da artéria subclávia esquerda. 
• Acompanhamento clínico dos pacientes após TEV 
o Em caso de síndrome pós-implante, um quadro inflamatório sistêmico, com elevação da temperatura nos 
primeiros dias, acompanhada de elevação de marcadores inflamatórios e leucocitose cujo tratamento com 
antiinflamatórios é geralmente suficiente. 
o Aneurismas verdadeiros são considerados um equivalente aterosclerótico e, portanto, devem receber os 
mesmos cuidados quanto a tratamento rigoroso dos fatores de risco cardiovascular, além de estatinas por 
período indefinido. É então recomendado o uso de betabloqueadores e inibidores de enzima de conversão ou 
do receptor de angiotensina, especialmente o losartan, sempre que possível. 
o Acompanhamento por exames de imagem a vida toda - não só do segmento afetado, mas de toda a aorta. O 
timing de realização dos exames de imagem, idealmente a angiotomografia com múltiplos detectores, é 
geralmente estabelecido em 1 mês, 6 meses, 12 meses e, após esse período, anualmente. 
o A presença de vazamentos/endoleaks, especialmente aqueles ocorrendo nos pontos de aterrisagem do 
dispositivo ou por perda da sua integridade, deve determinar a reintervenção. 
TRAAMENTO CIRÚRGICO CONVENCIONAL 
DA AORTA ASCENDENTE 
• Operação da substituição radical da raiz da aorta com a preservação da valva aórtica. As duas operações descritas para esse 
fim foram as operações do remodelamento e a do reimplante. Em ambas as operações é necessária a completa ressecção 
da porção proximal da aorta ascendente, preservando uma pequena rima de tecido de 3 a 5 mm do anel aórtico e pilares 
comissurais para posterior sutura no enxerto. Os óstios coronarianos também são dissecados e reparados como dois botões. 
Após a reavaliação dos folhetos da valva aórtica, continua-se o procedimento, desde que haja boa coaptação entre eles. 
DO ARCO AÓRTICO: 
• As operações sobre o segmento do arco aórtico evoluíram em paralelo às técnicas de proteção cerebral, uma vez que a 
interrupção do fluxo sanguíneo nessa região é necessária para a interposição do enxerto ramificado ou não no arco aórtico. 
DA AORTA DESCENDENTE E TORACOABDOMINAL: 
• As operações sobre esse segmento da aorta apresentam morbimortalidade elevada, principalmente em função das 
complicações relacionadas à isquemia medular Cuidadosespecíficos são necessários durante a intervenção cirúrgica desses 
pacientes: monitoramento arterial e venoso invasivo, monitoramento da pressão liquórica para drenagem do liquor (10 
mmHg) e manutenção da pressão de perfusão aórtica distal feita de maneira ativa com assistência circulatória.

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