Prévia do material em texto
32 RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO - GESTÃO ESCOLAR CLAÚDIA LIMA CELESTINO TAIOBEIRAS – MG 2016 CLAÚDIA LIMA CELESTINO RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO – GESTÃO ESCOLAR Relatório apresentado ao Núcleo de Estágio da (Universidade FAERPI) Faculdade Entre Rios Do Piauí como requisito obrigatório da disciplina Estágio Supervisionado – Em Gestão Escolar do curso de Pedagogia TAIOBEIRAS – MG 2016 SUMÁRIO INTRODUÇÃO........................................................................................................................04 1. ANÁLISE DA REALIDADE GERAL DA ESCOLA.............................................................06 1.1 Dados e Identificação da Escola......................................................................................06 1.2 Instalações Físicas e Espaços Escolares.........................................................................06 1.3 Recursos Humanos..........................................................................................................06 1.4 Recursos Materiais e Didáticos........................................................................................07 1 .5 Relação da Escola com a Comunidade e Principais Problemas Enfrentados...........................................................................................................................08 2. ANÁLISE DE DOCUMENTAÇÃO ESCOLAR...................................................................08 2.1 Projeto Político Pedagógico..............................................................................................08 2.2 Organização do tempo escolar.........................................................................................12 2.3 Avaliação..........................................................................................................................13 2.4. Regimento Escolar..........................................................................................................14 2.5 Diário de Classe...............................................................................................................15 2.6 Livro de Ponto...................................................................................................................16 2.7 Livro de Aprovação..........................................................................................................16 2.8 Ficha de Matrícula............................................................................................................17 2.9 Planos Anuais, Bimestrais e Diários................................................................................17 2.10 Prestação de Contas – PDDE........................................................................................17 2.11 Histórico Escolar.............................................................................................................18 2.12 Livro de Atas Pedagógicas.............................................................................................18 2.13 Livro de Ata Administrativa.............................................................................................18 2.14 Livro de Ata de Colegiado..............................................................................................18 2.15 Calendário Escolar.........................................................................................................19 2.16 Grade Curricular.............................................................................................................19 3. RELATÓRIO DE REUNIÕES PEDAGÓGICAS / ADMINISTRATIVA..............................19 4. CONSELHOS ESCOLARES..............................................................................................20 5. ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO......................................21 6. RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO DA PRÁTICA E ENTREVISTAS: DIRETOR, SUPERVISOR PEDAGÓGICO E INSPETOR ESCOLAR...................................................22 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................24 8 REFERÊNCIAS...................................................................................................................26 ANEXOS.................................................................................................................................27 INTRODUÇÃO O objetivo deste relatório é apresentar os resultados de uma estagio supervisionado realizado em uma escola da rede estadual que embasam os cuidados cotidianos que prestam as crianças. A análise foi feita após a contextualização das entrevistas com base na descrição da escola, incluindo a organização do trabalho e a rotina de cuidados, compondo um quadro com os registros diários. A E.E da Fazenda Palmeiras, situada na Fazenda Palmeiras – Zona Rural no município de Rio Pardo de Minas – MG, funciona o Ensino Fundamental de 09 aos em 02 (dois) turnos: Matutino/Vespertino, em quatro localidades, atendendo uma clientela de 100 alunos distribuídos em 09 turmas. Sob a direção de Maria Lúcia Viana, diretora da E.E da Fazenda Palmeiras. O Projeto Político Pedagógico da escola visa transformar ideias em ação, planejamento e um processo, como a própria essência do trabalho que desenvolve no seu contexto histórico, o pensado e vivido. As dimensões política e pedagógica revestem o projeto de uma amplitude significativa. E a busca da organização do trabalho pedagógico da escola na sua globalidade. O estágio não é hora da prática. É hora de começar a pensar na condição de professor na perspectiva de eterno aprendiz. É a hora de começar a vislumbrar a formação contínua como elemento de realimentação dessa reflexão. O estágio será trabalhado na perspectiva de SCHÖN (1992:80): O conhecimento na ação e a reflexão na e sobre a ação. Desse modo a educação ao longo de toda a vida baseia-se em quatro pilares: Aprender a conhecer aprender a fazer, aprender a viver juntos, aprender a ser. As contribuições desta escola é o que se traz para a escola garantia de aprendizagem significativa. Ambiente democrático e construtivo: onde prevaleça o diálogo, onde se aprenda a ouvir e a ser ouvido, a respeitar e ser respeitado, a reivindicar os direitos a assumir responsabilidades, a participar de forma crítica e ética da vida científica, cultural, social e política da sociedade. Ao analisar e discutir teórica dos resultados obtidos, relacionados ao relatório de Estágio Supervisionado, percebe-se que ensinar exige humildade, tolerância e lutar em defesa dos direitos dos educadores, para que tenha um relacionamento com base no respeito à curiosidade a timidez do educando, o educador deve armar-se de humildade e tolerância para conviver com as diferenças existentes entre as duas partes. Assim como o educador deve lutar no esforço de dar ao aluno seu merecido respeito, no exercício da ética deve também lutar através dos direitos que lhes cabem, por um salário mais digno e capaz de mantê-lo no exercício competente e estimulado de educador. De esse modo ensinar exige apreensão da realidade, alegria e esperança, convicção de que a mudança é possível, exige curiosidade, segurança, competência, comprometimento, intervenção e outros. O educador deve estar aberto ao diálogo com seus alunos numa demonstração de que está pronto a não só falar, mas também ouvir. Segundo Freire quando entrar na escola o aluno não deixa de ser gente para ser um disquete a gravar conteúdos ditados por seu professor, precisa sim, encontrar nele, um profissional sensível afetivo e compromissado em ajudá-lo a descobrir a importância da curiosidade na aprendizagem e consequentemente, na sua formação. Como ser inacabado é importante que ele sinta no processo da educação quão valoroso é o convívio com as diferenças para que haja crescimento, mostrar para o educando não só com discurso, mas na prática que temos autonomia sobre o rumo que terá nossa vida. Usando a fala, a humildade de saber ouvir e a força da prática,alunos e professores constroem o verdadeiro diálogo. O estágio em Orientação e Coordenação Escolar me deu a oportunidade de vivenciar o dia a dia desses profissionais da Educação, como resolver determinados problemas considerados normais em uma escola. Pequenos conflitos entre alunos; reclamações de professores (as) pela falta de algum material. Porém, será que a escola atual está obedecendo ao que determina as leis brasileiras que regulamentam a educação no país? É o que veremos a seguir. Com certeza foi uma grande experiência que levarei em minha bagagem profissional. Segundo Buss, 2008, p. 33. “Os gestores escolares são agentes do processo educativo escolar, com a função básica de coordenação sociopolítica da escola.” É com esse olhar que vamos adentrar os portões Escola de Ensino Especial Marcelino Marques de Oliveira. 1. ANÁLISE DA REALIDADE GERAL DA ESCOLA 1.1 Dados e Identificação da Escola A E.E da Fazenda Palmeiras, situada na Fazenda Palmeiras – Zona Rural no município de Rio Pardo de Minas – MG, funciona o Ensino Fundamental de 09 aos em 02 (dois) turnos: Matutino/Vespertino, em quatro localidades, atendendo uma clientela de 100 alunos distribuídos em 09 turmas. Sob a direção de Maria Lúcia Viana, diretora da E.E da Fazenda Palmeiras. A E.E da Fazenda de Palmeiras, de 1° grau tipologia RO20A1, código 082244, no município de Rio Pardo de Minas – Zona Rural foi criada sob o decreto n°26822 de 13/03/1987, desmembrada esta da E.E. Elesbão José dos Santos. Localizada a 44 km da sede do município de Rio Pardo de Minas. Desde a sua criação tem servido aos interesses da comunidade local atendendo aos alunos do Ensino Fundamental. A sede da escola fica localizada na Fazenda Palmeiras a 44 km de Rio Pardo de Minas, 1°, 2°, 3°, 4° e 5° ano no turno matutino. 1.2 Instalações Físicas e Espaços Escolares Anexo no qual realizarei o estágio é TV- traíras, a escola possui duas salas amplas adequadas ao nível de alfabetização, uma cozinha grande, uma secretaria, dois banheiros e uma área de recreação e lazer onde as crianças realizam as refeições. A escola tem uma proposta pedagógica, o PPP – Projeto Político Pedagógico, que foi elaborado por todas as escolas (equipe pedagógica) com parceria dos pais, colegiados com a provação da inspeção escolar. 1.3 Recursos Humanos Os professores são: Vanderleia Barbosa Freitas, formada em Normal Superior e atua como eventual, trabalha com o PIP (Programa de Intervenção Pedagógica). A professora Iris Rodrigues de Souza, professora de apoio e a professora Nilda Nascimento Lima trabalha com as turmas de 2° ano, a professora Sueli de Araújo Braga, trabalha com 1° e 3° ano de escolaridade, a professora Márcia Daiane Pereira, trabalha com 4° e 5° ano, a professora Maria Ramos, trabalha com o 2° ano, a professora Claudenice Bispo Santana trabalha com 1°, 2° e 3° ano, a professora Selza Ribeiro trabalha como professora do uso da biblioteca (PEUB). A professora Keile Daniela Martins trabalha com o 4° e 5° ano e a professora Eliselma Bispo Santana com 1º ao 3° ano, também tem o Projeto em Tempo Integral que funciona das 11: 30 às 16:30 com professores de 1° ao 5° ano e conta com um professor de Educação Física (formado em Educação Física). Todos os professores possuem curso superior, Pedagogia e Normal Superior. As turmas possuem nome de flores, cujo projeto executado na escola “O jardim da primavera”, foi idealizado para identificar cada tipo. A turma Girassol tem 12 alunos, multisseriada do 1° ao 5° ano. A turma Hortênsia tem 18 alunos multisseriadas do 1° ao 3° ano, a turma Copo-de-leite tem 14 alunos do 4° e 5° ano, a turma Flor de Maio tem 10 alunos do 2° e 3° ano, a turma Rosa do 2° ano com 10 alunos do 1° ano, a turma Lírio com 12 alunos do 4° e 5° ano. A Escola atende alunos na faixa etária de 6 anos aos 10 de idade. A escola ainda conta com o apoio da especialista Maria Lúcia de Sousa Freitas, da PEUB- Professora do uso da biblioteca, Maria Selza Ribeiro, a secretária Márcia Alves Santos, e ATB Claudenice Pereira Barbosa, todas possuem curso superior e técnico em contabilidade. Ainda conta com 06 (seis) ASB (Auxiliar Serviço Básico) que cuida e zela pela escola, preparam a merenda para os alunos e cuidam da limpeza da escola e zela pelo patrimônio da escola. 1.4 Recursos Materiais e Didáticos Os materiais didáticos utilizados na escola são materiais permanentes como livros comprados pela escola e recebido do governo, os livros do PNDL, e os materiais didáticos são fornecidos pela escola, os de uso exclusivo dos professores são dos professores e da escola. E cada sala tem o material necessário para o uso como jogos, vídeos, DVDs, materiais concretos, livros de histórias, caixa de jogos do PNDL, livros de literatura, cantinho de leitura, aparelho de TV, vídeo cassete, DVD, aparelho de som. 1.5 Relação da Escola com a Comunidade e Principais Problemas Enfrentados A relação escola com a comunidade são comunicados aos pais, as faltas dos alunos. Os pais têm bom relacionamento com todos os professores e equipe pedagógica da escola. Os mesmo participam de reuniões, dos encontros nos dias de culminância de projeto, recebem boletins dos filhos bimestralmente. Um dos principais problemas enfrentados pela escola é a falta de interesse por parte de alguns alunos, e falta de interesse dos pais em manter seus filhos frequentes na escola, por parte de alguns. Eles não se preocupam com o futuro dos filhos, pensam apenas que os filhos precisam aprender a ler e escrever. Os projetos desenvolvidos na escola são desenvolvidos por especialista e professores: Projeto Carnaval, Mês das Mães, Projeto : Inclusão . Projeto Junino, Projeto Folclórico, Projeto Consciência Negra, Projeto Dengue, Meio Ambiente, Independência do Brasil, Proclamação da República, Projeto Literário, Projeto Natalino. São desenvolvidos nas salas com culminância e apresentações contando com a presença dos pais e comunidade escolar. A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. 2. ANÁLISE DE DOCUMENTAÇÃO ESCOLAR 2.1 Projeto Político Pedagógico A proposta Político Pedagógica é a tradução dos anseios de toda comunidade escolar. A participação de pais, alunos, professores e funcionários para sua construção foi muito importante. Através de leituras, discussão, trabalho participativo, reflexões, questionamos a sociedade e a escola que temos e o que queremos daqui pra frente. A busca por objetivos para nosso trabalho nos permitiu que juntos fôssemos aprendendo, dialogando e trabalhando de forma coletiva para construir novas práticas. Através da fundamentação teórica estabelecemos princípios que orientarão e darão coerência as nossas ações. Esta Proposta Político Pedagógica tem por objetivo buscar uma escola que construa conhecimento, que seja baseada na integração e reflexão de sujeitos que aprendem e ensinam. Uma escola que ofereça um espaço de construção e vivência de um currículo com ideias de ética, justiça, respeito, amor. Um currículo de lutas pelo direito a uma vida digna em que todos possam questionar e superar a exclusão social e toda a forma de preconceito. Uma escola onde educadores e educandos possam construir a esperança num projeto de vida, em que a alegria seja a tônica do viver. A proposta político pedagógica de uma escola é apenas um ponto de partida para que aconteçam novas reflexões, tomada de consciência dos principais problemas da escola, das possibilidades de solução e definição das responsabilidades coletivas e pessoais para eliminar ou atenuar as falhas detectadas. É muito importante que se privilegie a liberdade de expressão, a igualdade e trabalho participativo. Isso gera satisfação e constantes melhorias no trabalho. O envolvimento de toda comunidade escolar é essencial para que sejam atingidos os objetivos propostos, é necessário o engajamento para que haja qualidade. Pretendemos que este projetoestabeleça, com clareza, as diretrizes filosóficas que nortearão o processo ensino-aprendizagem na Escola. Objetivos Objetivo Geral da Proposta Valorizar a educação como um instrumento de humanização e de interação social, proporcionando uma educação de qualidade através de um trabalho de parceria entre pais, alunos e profissionais da educação, num processo cooperativo de formação de indivíduos plenos e aptos a construir a sua própria autonomia e cidadania, reconhecendo-se, como ser único, mas também coletivo. Objetivos Específicos · Valorizar as múltiplas inteligências, dando oportunidades ao educador desenvolver suas potencialidades. · Desenvolver conteúdos derivados do cotidiano do educando, utilizando situações que apareçam em sala de aula, discutindo e informando através dos temas transversais. · Desenvolver princípios de valores e ética, propiciando o respeito mútuo e a solidariedade, dentro de um ambiente de interação. · Resgatar a unidade do saber e do fazer através de uma prática interdisciplinar que percorra um caminho oposto à fragmentação do conhecimento. · Proporcionar condições favoráveis para a construção consciente de valores cívicos e sociais. · Oportunizar a liberdade de expressão garantindo a autonomia com responsabilidade diante dos fatos cotidianos com sabedoria e comprometimento. · Tornar o educando consciente, participativo e condutor de ideias capazes de surtir um efeito prático diante do desenvolvimento sustentável. Pressupostos Filosóficos O momento histórico vivenciado, no contexto educativo escolar, aponta para uma Filosofia de Educação que possa contemplar as múltiplas dimensões do homem, enquanto sujeito inserido em um determinado contexto. A escola busca salientar o papel do professor e do aluno na consolidação do conhecimento, dentro de uma concepção sócio-interacionista, trabalhando a interdisciplinaridade e transversalidade. A escola hoje é conhecida como parte inseparável da totalidade social, buscando o conhecimento do mundo, construindo este conhecimento, partilhando idéias, tomando consciência de vivência, cidadania, buscando a construção de um universo mais harmonioso, garantindo, no que preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente, as concepções primordiais ligadas ao saber e ao desenvolvimento psico-intelectual. Para tanto, o currículo escolar, bem como os programas e os planos de ensino, serão considerados como ponto de partida de criação, apropriação, sistematização, produção e recriação do saber. Escola É o local de estímulo e construção do saber, seja ele o saber técnico, que capacita o indivíduo para o mercado de trabalho, seja o saber racional, vivência que prepara o indivíduo a interagir com o meio em que vive. A Escola não se limita somente ao espaço físico, mas age e transforma em conjunto com a família e as instituições sociais que colaboram na construção do saber, integrando-os, da origem do próprio saber à sua elaboração. É através da Escola que se envolve e estimula a educação transformadora, através de seu dinamismo em renovar, inovar e experenciar o saber, que não deve ser estático, pronto. O papel da Escola como agente de transformação é ampliar a liberdade e a compreensão do mundo de cada cidadão. Cabe à Escola proporcionar o questionamento de seu papel conscientizador e libertador de suas ações, das relações da tríade Escola - Sociedade - Família, oferecendo condições para que haja a exploração do ambiente, inventando, descobrindo e direcionando o ser humano às finalidades de caráter social e renovador. Educação A Educação é o meio que permite ao homem formar-se e construir-se num ser digno e consciente de suas ações. É através da Educação que ele constrói a sua cidadania e interage com o meio, com o outro, e, poderá ou não, transformar a sua vida e sociedade. É o instrumento mediador entre o senso comum e o conhecimento científico, mais atuante também no sentido de despertar a sensibilidade e a criatividade a fim de construir um ser completo, crítico e pensante, possibilitando um crescimento individual e coletivo. Não podemos ter uma consciência ingênua de que a Educação está desprovida de um caráter ideológico. A ideologia encontra-se presente no meio educacional, referendando valores da classe dirigente. Durante o período colonizador prevaleceu a concepção educacional, dos jesuítas que impunham as "verdades" do cristianismo. Nas fases ditatoriais da história, como durante o governo de Getúlio Vargas, predominou um culto a um nacionalismo exacerbado. No momento em que se implantou o regime militar, com toda uma carga ideológica voltada para a segurança nacional, a Educação voltou-se para o tecnicismo, estimulando um conhecimento fragmentado e acrítico. No momento, com a busca da qualidade total na Educação, temos que ter consciência do caráter empresarial que aí se encontra presente. Cabe aos educadores, neste momento, buscar novos caminhos para a Educação, desmistificando e desvendando a ideologia presente para torná-la um instrumento real de construção e transformação do indivíduo e da sociedade. A Escola proporciona situações de exploração, por parte do aluno, de diferentes suportes portadores da escrita, tais como, revistas, jornais, dicionários, livros de histórias, poesias, bilhetes, receitas, propagandas, etc. Desenvolver nos alunos a capacidade de produzir ou de criar, e não apenas de repetir, é uma forte tendência da escola. Por fim, sabendo que a aprendizagem é um processo social e não só individual a escola busca nos estudos de Vygotsky embasamento teórico para sua prática pedagógica. 2.2 Organização do tempo escolar O tempo escolar é um dos elementos constitutivos da organização do trabalho pedagógico. O calendário escolar ordena o tempo, determina o início e o fim das atividades escolares. A organização do tempo do conhecimento escolar é marcada pela segmentação de dias letivos, e o currículo é, consequentemente, organizado em períodos fixos de tempo para disciplinas supostamente separadas e controladas hierarquicamente. Sendo assim, o currículo ganhou várias definições no campo pedagógico, desde o arranjo sistemático de matérias a conjunto de estratégias que viabilizem a formação do indivíduo. Para alterar a qualidade do trabalho pedagógico torna-se viável que a escola reformule o seu tempo, estabelecendo períodos de estudo e reflexão de equipes de educadores, fortalecendo a escola como instância de educação continuada e contribuindo para que os profissionais aprofundem o seu conhecimento sobre a dinamização do trabalho. Importante salientar a grande necessidade da organização de um tempo para o acompanhamento e avaliação do projeto pedagógico em ação para adequar os objetivos educacionais de acordo com a filosofia da instituição. A organização dos tempos e espaços escolares em ciclos de aprendizagem incorpora um caráter de continuidade que favorece o desenvolvimento cognitivo por apresentar uma forma flexível de estrutura e priorizar o respeito aos diferentes ritmos de aprendizagem. Esta organização incorpora ao trabalho pedagógico e à atuação do profissional, maior responsabilidade em suas reflexões sobre a evolução cognitiva dos seus alunos e exige um acompanhamento constante da mesma. Sendo assim, faz-se evidente que o trabalho permeie através de diagnósticos, o que servirá como seta para guiar o caminho a ser percorrido. 2.3 Avaliação A avaliação é compreendida como elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino; é o conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação pedagógica para adequar as situações evidenciadas às reais propostas educativas. Acompanhar as atividades e avaliá-las levam-nos à reflexão com base em dados concretos sobre como o processo ensino aprendizagem esta sendo viabilizado e como este deve ser conduzido, priorizando o ajuste dos problemas evidenciados. A avaliação é um ato dinâmico, sistemático e contínuo que qualifica e oferece subsídios ao projeto político pedagógico mediante o confronto de situações o que favorece uma direção às ações dos educadorese educandos. A ação de avaliar, do ponto de vista crítico, não pode ser instrumento de exclusão. Portando deve ser democrática, favorecendo ao educando o desenvolvimento das capacidades cognitivas e o aprimoramento de conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos produzidos historicamente. Na proposta da escola, a avaliação do processo ensino-aprendizagem assumiu, um caráter coerente com as concepções que orientam a ação educativa. É considerada como um elemento de diagnóstico permanente, auxiliando professores, alunos e pais no acompanhamento do processo. A nova atitude em relação a avaliação vai sendo construída à medida que existe um envolvimento da família no processo de reflexão 2. 4 Regimento Escolar CAPÍTULO I - DO ANO LETIVO Art. 63 - É considerado período letivo aquele em que se realizam as várias atividades escolares, com a duração necessária para a execução dos programas e cumprimento da carga horária estabelecida nos respectivos quadros curriculares. Art. 64 - O início do ano letivo será fixado pela Direção do Colégio em conformidade com as inspirações legais, ouvidos os órgãos consultivos e competentes. Art. 65 - O ano letivo terá duração mínima de 800 horas e 200 dias de trabalho escolar efetivo. SEÇÃO I DO CALENDÁRIO ESCOLAR Art. 69 - O Calendário Escolar será elaborado para definir início, término dos recessos, épocas destinadas aos estudos de recuperação doa alunos de aproveitamento insuficiente, matrículas, transferências, dias destinados a comemoração cívica, religiosa e sociais. CAPÍTULO II - DA MATRÍCULA Art. 71 - A matrícula ou sua renovação será feita em tempo hábil, através da assinatura de um contrato de prestação de serviços educacionais firmado pelo pai ou responsável do aluno, e seguindo as instruções expedidas pela Direção Do Colégio. CAPÍTULO III - DA FREQUÊNCIA Art. 74 - Será obrigatória a frequência às aulas e às atividades escolares. § 1º A frequência às aulas nas disciplinas, áreas de estudos, atividades e conteúdos, bem como todos os trabalhos escolares, será apurada do primeiro ao último dia letivo. § 2º Os motivos causadores de faltas, porventura evocadas, só poderão produzir efeitos meramente disciplinares, sem efeito para o cancelamento dessas faltas. Parágrafo único - Estará reprovado, quanto à assiduidade, o aluno que não se enquadrar nas situações previstas neste artigo. CAPÍTULO IV - DAS TRANSFERÊNCIAS Art. 77 - A transferência de alunos oriundos de outros estabelecimentos torna-se efetiva quando satisfeitas as normas legais aplicáveis. CAPÍTULO I - DA VERIFICAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR Art. 81 - A verificação do rendimento escolar compreenderá a avaliação do aproveitamento e a apuração da assiduidade. Art. 82 - A avaliação é global, considerando o desempenho do aluno como um todo e ao longo do ano letivo. CAPÍTULO II - DA PROMOÇÃO Art. 87 - O ano letivo será dividido em quatro períodos letivos. § 1º. Em cada período letivo serão desenvolvidas as atividades de ensino-aprendizagem e a respectiva avaliação. § 2º. A avaliação versará sobre o conteúdo previamente definido pelo docente e o Serviço de Orientação Pedagógica. CAPÍTULO III - DA RECUPERAÇÃO Art. 92 - A recuperação se destina ao aluno de aproveitamento insuficiente, em cumprimento ao disposto no Art. 12, inciso V e 24, alínea "e", da Lei n. 9394 de 20 de dezembro de 1996. Art. 93 - Considere-se de aproveitamento insuficiente: I. O aluno que não atingir 70% (setenta por cento) do total da pontuação e cada período que corresponde a 17,5 (dezessete pontos e meio). II. O aluno que não atingir 70% (setenta por cento) da pontuação anual, o que corresponde a setenta pontos (70). 2.5 Diário de Classe Este documento descreve as atividades para a impressão do Diário de Classe através do Sistema de Gestão Escolar. O Diário de Classe é formado por três instrumentos: · Instrumento 1 - Frequência e Rendimento Escolar: utilizado para registrar a frequência diária do aluno, notas das avaliações intermediárias e resultado final da unidade. · Instrumento 2 - Conteúdo Programático: utilizado para registrar o conteúdo programático ministrado em cada aula. · Instrumento 3 - Registro da Classe: utilizado para registrar informações referentes ao acompanhamento pedagógico do aluno. Orientações Gerais: A responsabilidade pela impressão do Diário de Classe é da Secretaria Escolar com o acompanhamento do diretor do secretário escolar. · Identificar no diário de classe a ausência, ou movimentação do aluno e responsabilidade do professor. O diário é um documento e não deve sair da escola em hipótese alguma sem autorização da diretora da escola. 2.6 Livro de Ponto O livro de ponto é onde todos os servidores da escola assinam todos os dias com horário de chegada e de saída é de responsabilidade da secretaria da escola manter o livro organizado, mas é dever do servidor assinar todos os dias na sua chegada inclusive no sábado letivo. O Livro Ponto é um instrumento que deve registrar todas as ocorrências relativas à frequência do funcionário/servidor. A legitimidade das informações nele contidas refletirá na precisão de dados de frequência; atualização do cadastro de Contagem de Tempo de Serviço; a agilização dos efeitos, na Folha de Pagamento, das vantagens adquiridas da contagem de tempo. 2.7 Livro de Aprovação Este livro é o livro de ata de resultados finais, onde é lançado os nomes de todos os alunos, a série cursada, o ano letivo e se está apto ou não para a próxima etapa, quem faz é o secretário escolar acompanhado pelo diretor da escola. É obrigatório o uso do livro na instituição. 2.8 Ficha de Matrícula Assim que o aluno chega à escola é matriculado pelos pais ou responsáveis, onde deve assinar a ficha de matrícula, é vedado à escola por lei cobrar qualquer taxa de inscrição aos pais ou responsáveis. A escola neste momento informa aos pais as regras da escola e horários de funcionamentos, professor e local onde a criança vai estudar. 2.9 Planos Anuais, Bimestrais e Diários Os planos anuais, são feitos no final de cada ano para o ano seguinte juntamente com os professores e equipe pedagógica da escola, onde reúne em grupos de professores e por séries. Fazendo o planejamento de acordo a matriz de referência e capacidades e cadernos do CEALE. Os planos bimestrais são feitos nas reuniões de módulo 2, com professores e equipe pedagógica, o plano anual é dividido por bimestres, em 04 bimestres. 1° bimestre de fevereiro a abril; 2° bimestre de maio a julho; 3° bimestre de julho a setembro; 4° bimestre de outubro a dezembro. Os planos diários são feitos pelos professores de acordo a realidade de cada turma, cada professor faz no horário de exigência curricular que deve ser cumprido por cada professor. 2.10 Prestação de Contas – PDDE É um programa dinheiro direto na escola para beneficiar alunos da escola do Ensino Fundamental e Médio, esse dinheiro é destinado para aquisição de materiais permanentes e de consumo. O diretor é quem assina o termo de compromisso em seguida é divulgado ao Colegiado o plano de trabalho, após aprovado pelo Colegiado é feita a cotação de preços para a compra de acordo os critérios do objeto pactuado. Esse recurso é recebido uma vez por ano. Para elaborar a prestação de contas é necessário quitação de despesa com data e assinatura de um fornecedor. Logo após elabora termo de doação quando for bens permanentes. Exigir documentação correta do fornecedor, em seguida verificar a cotação de preço e classificar com menor preço. 2.11 Histórico Escolar É obrigatório em todas as unidades de ensino como documento da vida escolar do aluno, onde o responsável é o diretor e secretário escolar que atesta pela legalidade do documento, o mesmo consta identificação do aluno, ano de escolaridade e conceitos de conhecimento de acordo o diário de classe. 2.12 Livro de Atas Pedagógicas O responsável é o supervisor escolar, onde é lavrado reuniões pedagógica da escola do corpo docente, informando data, local e assunto a ser tratado na mesma. Ao terminar a ata élida para todos e aferido a assinatura dos servidores. 2.13 Livro de Ata Administrativa É feita pelo diretor da escola quando necessário e geralmente uma vez por mês onde está no calendário, com a função de delegar função ao servidor, repasse de informações da SEE-SRE. Trata de assunto da administração escolar, comportamento de servidor, horários de funcionamento, distribuição de turma e outros. 2.14 Livro de Ata de Colegiado É feito pelo diretor acompanhado pelo secretário escolar ou qualquer servidor da escola. Consta neste livro reuniões ordinárias que acontecem mensalmente com o objetivo de discutir assuntos da escola de aprendizagem de alunos e tudo que diz respeito à administração escolar é tratado com o colegiado, sem o colegiado a escola não anda. 2.15 Calendário Escolar Art. 69 - O Calendário Escolar será elaborado para definir início, término dos recessos, épocas destinadas aos estudos de recuperação doa alunos de aproveitamento insuficiente, matrículas, transferências, dias destinados a comemoração cívica, religiosa e sociais. Art. 70 - No Calendário Escolar deve ter necessariamente: a) datas da matrícula e rematrícula; b) datas de início e termino dos períodos letivos; c) datas destinadas às reuniões pedagógico-administrativas; d) feriados , datas comemorativas, religiosas e festivas; e) datas de planejamento do período letivo; f) estabelecer outros requisitos de acordo com as eventualidade e necessidades do Colégio. 2.16 Grade Curricular É o plano curricular da escola, ou seja, o currículo, onde consta a área de conhecimento, disciplinas com a carga horária a serem trabalhadas durante o ano letivo. A carga horária semanal, mensal, anual, número de horas aulas, dias letivos, ano de escolaridade e disciplinas exigidas pela LDB 9394. 3. RELATÓRIO DE REUNIÕES PEDAGÓGICAS / ADMINISTRATIVA Durante a reunião pude observar alguns repasses de informações como, por exemplo: O que o Coordenador Pedagógico faz na escola? Ele faz a transposição da teoria para a prática escolar e é o maior responsável pela formação dos docentes. Ajudar a elaborar e aplicar o projeto da escola, dar orientação em questões pedagógicas e, principalmente, atuar na formação contínua dos professores. Essas são as funções do coordenador pedagógico (também conhecido em algumas regiões do país como supervisor ou orientador), um especialista em refletir sobre o trabalho em sala de aula. Assim, é necessário que ele antecipe conhecimentos para o grupo. Para isso é preciso ler muito, não só sobre conteúdos específicos, mas também livros de literatura, jornais e revistas. Um bom coordenador é também um apreciador das diferentes manifestações culturais. Visita regularmente museus e exposições e vai ao cinema e ao teatro. Maria Lúcia Viana, coordenadora pedagógica da Escola, prioriza a formação docente. Duas vezes por mês, durante o horário escolar, ela reúne seu grupo para um atendimento coletivo. Além disso, marca encontros individuais a cada 15 dias. E uma vez por mês, à noite, Lúcia participa de um grupo de estudos, para trocar experiências, planejar e tomar decisões juntamente com todos os docentes. As reuniões o que eu pude observar ocorre trocas de experiências, debates entre colegas e repasse de informações da SRE. Foi repassado sobre um dos papéis do supervisor pedagógico dentro desta escola que é manter reuniões semanais com as classes para mapear problemas, dar suporte a crianças com questões de relacionamento e estabelecer uma parceria com as famílias, quando há a desconfiança de que a dificuldade esteja em casa. “Antes, o cargo tinha mais um enfoque clínico. A rotina era ser o responsável por encaminhar alunos a especialistas, como médicos, fonoaudiólogos etc.”, explica Lúcia. 4. CONSELHOS ESCOLARES A escola possui colegiado e reuniões de pais e mestre a cada bimestre. A relação entre escola e a família; destacaremos alguns importantes aspectos no que se refere ao papel e responsabilidades dessas duas instituições, e como as mesmas interagem na consecução de um objetivo comum: a aprendizagem das crianças. A sociedade tem passado por profundas mudanças nas últimas décadas, mudanças estas que tem afetado de forma fundamental a estrutura e equilíbrio das famílias. A escola também, ainda que de forma mais lenta e compassada, tem procurado se adaptar a essas mudanças, mas o que urge nos nossos dias é a interação entre ambas, promovendo uma maior eficiência na educação e ensino das crianças. Costuma-se dizer que a família educa e a escola ensina, ou seja, à família cabe oferecer à criança e ao adolescente a pauta ética para a vida em sociedade e a escola instruí-lo, para que possam fazer frente às exigências competitivas do mundo na luta pela sobrevivência. (OSORIO, 1996, p.82). A escola como detentora do conhecimento científico deve fornecer e promover nessa relação, todo seu cabedal de conhecimento de forma que esse esforço leve em consideração os aspectos particulares da situação social e cultural hora vigente, e que influenciam de forma decisiva o equilíbrio familiar. Por sua vez as famílias, responsáveis pelo desenvolvimento social e psicológico de seus filhos, devem buscar a interação com a escola, promovendo, questionando, sugerindo e interagindo de forma a fornecer elementos que através de discussões e ampla comunicação com os educadores promovam as iniciativas que vão de encontro às necessidades dos educandos. Vemos nos últimos anos que os pais estão perdendo o controle de seus filhos, não conseguindo impor limites. Também existem casos em que os limites impostos são rígidos demais, sendo que ambas as formas podem gerar dificuldades. O ideal seria agir com moderação, ou seja, dar limites sem exagero. 5. ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO A culminância do Projeto Tema: Meio Ambiente, Ser Humano e Saúde que a escola trabalhou durante o mês de Setembro . A Professora regente da turma apresentou tudo que está trabalhando na sua turma: Artesanatos , música , dança. O encerramento do projeto contou com apresentações de dança, jogral, exposições dos trabalhos produzidos pelos alunos e algumas músicas. 6. RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO DA PRÁTICA E ENTREVISTAS: DIRETOR, SUPERVISOR PEDAGÓGICO E INSPETOR ESCOLAR Qual é a concepção de homem/sociedade/educação? O homem é um ser humano dotado da capacidade de pensar e organizar seus pensamentos em função de um ideal a ser atingido. A sociedade é um grupo social ao qual o homem está inserido. Um conjunto de pessoas que vivem em certa faixa de tempo e de espaço, seguindo normas comuns e que são unidas pelo sentimento de consciência do grupo: corpo social. A Educação é a atividade mediadora da prática social, ou seja, uma das mediações pela qual o aluno, pela intervenção do professor e por sua própria participação ativa, passa de uma experiência inicialmente confusa e fragmentada (sincrética) a uma visão mais organizada e unificada (síntese). Nesse sentido, qual o papel do professor na transmissão, mediação do conhecimento, como o professor deve agir? Conhecimentos são operações pelas quais a mente procede à análise de um objeto, de uma realidade de modo a definir sua natureza. Dessa forma, a aprendizagem é o desenvolvimento da capacidade de processar informações e lidar com os estímulos do ambiente. Assim, o professor age como mediador, ajudando o aluno a concretizar um desenvolvimento que não atinge sozinho, sendo condutor do processo de ensino e de aprendizagem, realizando intervenções pedagógicas que fazem com que os conceitos espontâneos desenvolvidos pelos alunos na convivência social, evoluam para o nível dos conceitos científicos. Dessa forma, o trabalho docente consiste numa atividade mediadora entre o individual e o social, entre aluno e a cultura social e historicamente acumulada, sendo aquele um ser concreto e histórico, síntese de múltiplas determinações, produtos das condições sociais e culturais. Qual a sua Filosofia educacional, como a professora pensa a Educação? Proporciona ao aluno uma educação de qualidade pautadana valorização do conhecimento, levando-o a aprender os já consagrados pela humanidade, a construir novos e, ainda, bem conviver uns com os outros e com o meio ambiente. Qual a diferença entre Orientador Educacional e Coordenador Pedagógico? Antes tido como o responsável por encaminhar os estudantes considerados “problema” a psicólogos, o orientador educacional ganhou uma nova função, perdeu o antigo e pejorativo rótulo de delegado e hoje trabalha para intermediar os conflitos escolares e ajudar os professores a lidar com alunos com dificuldade de aprendizagem. Regulamentado por decreto federal, o cargo é desempenhado por um pedagogo especializado (nas redes públicas, sua presença é obrigatória de acordo com leis municipais e estaduais). Enquanto o coordenador pedagógico garante o cumprimento do planejamento e dá suporte formativo aos educadores, ele faz a ponte entre estudantes, docentes e pais. Para ter sucesso, precisa construir uma relação de confiança que permita administrar os diferentes pontos de vista, ter a habilidade de negociar e prever ações. Do contrário, passa a se dedicar aos incêndios diários. “Garantir a integração dos atores educacionais e avaliar o processo evita a dispersão”, explica Sônia Aidar, titular do posto na Escola Projeto Vida, em São Paulo. É também seu papel manter reuniões semanais com as classes para mapear problemas, dar suporte a crianças com questões de relacionamento e estabelecer uma parceria com as famílias, quando há a desconfiança de que a dificuldade esteja em casa. “Antes, o cargo tinha mais um enfoque clínico. A rotina era ser o responsável por encaminhar alunos a especialistas, como médicos, fonoaudiólogos etc.”, explica Sônia. 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS O Estágio Supervisionado do curso de Pedagogia é a base que nós como futuro professor precisamos para conviver com a realidade escolar, pois é durante o estágio que descobrimos as várias faceta da educação, e o que há por traz dela. Sendo assim, o período em que se destina ao estágio serve de eixo entre o que é visto na teoria e o que se aplica na prática. No entanto, é durante o estágio que nós nos descobrimos como professor é nessa etapa do curso que são plantadas as primeiras sementinhas na vida dos educandos. Enfim, a realização do estágio se torna um momento decisivo para a formação do profissional de educação, pois o acadêmico de hipótese alguma, poderá ocupar um espaço educacional, sem conhecer de perto a realidade escolar, e os problemas que os cerca no contexto atual. A história humana, caldeirão efervescente onde as mudanças nunca cessam, sempre nos reserva surpresas. A cada momento, verdades que pareciam definitivamente fincadas em solo firme se esboroam diante dos fatos. (KLEIM, 1996. Apud LOSSO, 2008, p.3.). Educação escolar e sociedade… A educação escolar reflete a sociedade que temos ou queremos. A escola forma os cidadãos que interagirão com os outros, podendo fazer um mundo melhor ou não. Por isso a importância de nossas escolas estarem sempre se renovando para não ficarem na teia do atrasamento. Novos tempos novos olhares à educação. O gestor democrático é elemento fundamental na construção da cidadania dos alunos da instituição a qual é responsável. Ninguém nasce cidadão, mas torna-se cidadão pela educação. Assim como a ética, a cidadania é hoje questão fundamental na educação, na família, no trabalho e em outras instituições, como aperfeiçoamento de um modo de vida mais humano e digno entre as pessoas. Não é apenas o desenvolvimento científico e tecnológico que tornará a vida das pessoas melhor, mas as relações que se estabelece entre elas. Uma boa ou razoável convivência na comunidade não depende apenas da quantidade de bens materiais que possuo, mas pela forma como me relaciono com os outros, pelo respeito que eu tenho pelos demais. (SIEGEL, 2005, p. 51) Quero deixar claro que o estágio em Gestão Escolar foi de grande aprendizagem. Foi me dada a oportunidade de interagir diretamente com os gestores escolares. E isso, foi gratificante. Além disso, por ter feito quatro estágios na referida escola, já estava habituada aos educadores (as) e a rotina da instituição de ensino. E, isso, me deixou tranquila ao fazer o estágio. Meus agradecimentos à professora, que nos deu total apoio e direcionamento para que pudéssemos desenvolver novos conhecimentos e pô-los em prática. 8 REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico, 1988. BRASIL. Lei n. 9.394, de 20/12/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. São Paulo: Editora do Brasil S/A. BUSS, Rosinete Bloemer Pickier. Gestão Escolar. Associação Educacional Leonardo da Vinci (ASSELVI). Indaial: Ed. ASSELVI, 2008. GADOTTI, Moacir. Pressupostos do Projeto Pedagógico. Anais da Conferência Nacional de Educação para Todos. Brasília: MEC, 1994. LOSSO, Adriana Regina Sanceverino. Orientação Educacional. Centro Universitário Leonardo da Vinci. – Indaial: ASSELVI, 2008. LÜCK, Heloisa. Gestão Educacional – uma questão paradigmática. Petrópolis: Vozes, 2006. SCHON, Donald A. Formar professores como profissionais reflexivos. In: NÕVOA, A. (Org.). Os professores e a sua formação. Lisboa: D. Quixote e IIE, 1992. p.77-92. SIEGEL, Norberto. Fundamentos da Educação: Temas Transversais e Ética. Associação Educacional Leonardo da Vinci (ASSELVI). Indaial: Ed. ASSELVI, 2005. ANEXOS PROJETO PEDAGÓGICO INTERDISCIPLINAR Nome da escola: Escola Estadual Da Fazenda Palmeiras Tema: Meio Ambiente, Ser Humano e Saúde Justificativa: A perspectiva ambiental consiste num modo ver o mundo em que se evidenciam as inter relações e a interdependência dos diversos elementos da natureza na constituição da vida. As trocas com o ambiente, através da respiração por exemplo, são essenciais à vida e normalmente não temos consciência disso. Trabalhar essa ideia de forma viva e sensível é favorecer a consciência de que somos interdependentes de que fazemos parte de um todo e portanto somos o ambiente, Turmas atendidas: 1º ao 5° ano/Ciclo inicial Elaboração: Supervisão pedagógica Objetivo Geral: Instrumentalizar o aluno desenvolvendo nele a capacidade de pensar, sentir, agir, para melhor compreender a realidade em que se insere. Objetivos Específicos: Língua Portuguesa : ● Desenvolver a linguagem oral e escrita; ● Interpretar e produzir textos individuais e/ou coletivos; ● Desenvolver a leitura. Matemática: ● Desenvolver o raciocínio lógico-matemático; ● Desenvolver atividades matemáticas envolvendo medidas de tempo (calendário); ● Comparar quantidades. Ensino Religioso (Ética) ● Propiciar atitudes de respeito e preservação /conservação do Meio Ambiente. Arte ● Desenvolver a criatividade; ● Dramatizar estórias; ● Ouvir e cantar músicas relacionadas ao tema. Problematização: Enquete: - O que vocês entendem por seres vivos? (Discussão e esclarecimento) Sugestões de atividades: ● Passeio pelo pátio da escola para identificar a diversidade dos seres vivos (plantas. animais...) ● Relatório do passeio; ● Texto informativo sobre a dependência dos seres vivos em relação ao ar, água, solo, luz solar; ● Produção textual sobre o tema; ● Trabalhar a história da criação do mundo (Religião/livro do Gênese) ● Montar um mural sobre o tema; ● Leitura e interpretação do texto: Natureza ● Palestra: “O começo da vida” (● Música: Criança feliz ● Poesia:Ecologia pág.100/101 ● Palestra: “O começo da vida” (Ser humano) ● Música: Milagre da Vida (Xuxa) ● Fita de Vídeo: “Olá, eu estou aqui” ● Pesquisa: Anamnese / Histórico ou Trajetória de Vida. PLANTAS: ● Aula dialogada sobre o tema “Plantas”. ● Passeio pelo pátio e arredores da escola para observação da variedade de plantas; ● Relatório coletivo da observação; ● Palestra: "Como nascem as plantas" ● Observação da semente envolvida em algodão. ● Plantio de horta/mudas; ● Relatório sobre o tema; ● Montar cartaz ilustrativo com as partes de uma planta e funções, fazendo aidentificação nas plantas; ● Estudo de textos informativos e lúdicos; ● Pesquisa sobre a utilização das plantas na alimentação: raiz, caule, brotos, folhas, frutos, sementes; ● Apresentação de trabalhos em equipes; ● Confecção de cartazes ilustrativos; ● Montagem de um livro informativo sobre plantas. ANIMAIS: ● Enquete: O que é fauna? -Estudo sistematizado do conceito pelo dicionário; ● Conhecer os animais que cada um tem em casa (Discussão); ● Estudo de texto informativo sobre os animais; ● Análise de algumas espécies (de interesse comum da turma) de animais vertebrados e invertebrados; ● Conceituar, saber enumerar as características dos animais vertebrados e invertebrados; ● Pesquisa e montagem de um mural ilustrativo com a ficha dos animais: características, hábitos alimentares... ● Entrevistar um veterinário sobre as doenças, prevenção e reprodução animal. Observação: Dentro do tema “Meio ambiente e saúde", falta ainda trabalhar: - Recursos tecnológicos; - O universo. Os conteúdos estão especificados no piano de curso de Ciências. Recursos Didáticos ● Fita de vídeo/CD’s ● Livros didáticos; ● Textos informativos; ● Quadro e giz; ● Reportagens; Fotografias; ● Gravuras ● Revistas; ● Papel sulfite; ● Vasos de plantas; ● Mudas e sementes; ● Dicionário; ● Papel krafith; ● Jornais, etc. Recursos Humanos: ● Palestrantes. Avaliação: ● Participação e interesse; ● Exercícios verificativos; ● Testes diagnósticos; ● Produção textual; ● Relatórios; ● Organização e montagem de murais; ● Interpretação textual; ● Elaboração de cartazes; ● Observação de variedade de plantas; ● Apresentação de trabalhos; ● Montagem de livro sobre as plantas; ● Atividades de registro e diagnósticos; ● Experimentações, etc. Duração Este Projeto acontecerá durante todo o 3º bimestre (podendo se estender se for necessário). Empreendimento: (Sugestões) ● Exposição dos trabalhos confeccionados durante o projeto; ● Realização de uma dramatização envolvendo um dos temas trabalhados; ● Realizar uma feira de Ciências. Referências Bibliográficas: ● PCN de Ciências Naturais ● Revista Nova Escola (2000/2002) ● Livro didático Descobrindo o Ambiente (volume 1 e 2 ) Editora Formato.