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Afecções de sistema digestório em pequenos animais - parte III

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@veterinariando_ 
 
Intestino delgado 
Diarreias agudas 
• Caracterizada como aumento de 
água nas fezes, com presença de dor 
e aumento na frequência e do volume 
fecal 
• Diarreia aguda → início repentino e 
com duração de até 7 dias (quadro 
comum em cães e gatos) 
• Quadro pode estar associado com: 
vômitos, dores abdominais, 
borborigmos entre outros sintomas 
• Não há necessidade de realização de 
testes diagnósticos 
 
→ Causas comuns, são: alteração ou 
intolerância na dieta, medicamentos, 
toxinas, parasitas intestinais, 
presença de microrganismos 
infecciosos, distúrbios sistêmicos ou 
metabólicos 
 Diarreias agudas relacionadas 
a dieta, parasitos e 
medicamentos = menor 
gravidade e autolimitante 
→ Diarreias agudas graves necessitam 
de intervenção por trazerem risco ao 
paciente 
 Quadro com maior recorrência 
em animais menores ou com 
até 1 ano de idade 
 Geralmente possui como causa 
enterites infecciosos, como a 
parvovirose 
 
→ Existem 4 principais mecanismos de 
ação envolvidos na diarreia aguda: 
1. Alterações de osmolaridade 
2. Distúrbios que promovem a 
hipersecreção 
3. Aumento na taxa de 
permeabilidade das mucosas 
4. Alteração da motilidade intestinal 
 
 Geralmente ocorrem por distúrbios 
absortivos, onde os nutriente não 
são devidamente digeridos e 
absorvidos, permanecendo no lúmen 
do intestino e atraindo 
osmoticamente concentrações 
elevadas de água 
 Esses mesmos nutrientes que estão 
retidos podem ocasionar crescimento 
bacteriano e aumento na 
fermentação 
 Causas desse tipo de diarreia : 
excesso de alimento, trocas 
repentinas na alimentação e ingestão 
de alimento que possui baixa 
digestibilidade 
 
 Ocasionado pela estimulação 
excessiva nas criptas dos enterócitos, 
que irá secretar elevadas 
concentrações no volume de fluido 
 Esse aumento de volume excede a 
capacidade de absorção do intestino 
 São alterações mais comuns em 
causas infecciosas, como: bacilos e 
salmonela 
 Os subprodutos secretados durante 
o crescimento bacteriano, também é 
responsável por hiperestimular as 
secreções intestinais 
 
 Tem como resultado a perda de 
fluidos, eletrólitos, proteínas e 
hemácias no interior do lúmen do 
intestino 
 Esse aumento de permeabilidade, 
geralmente está relacionado com: 
processos erosivos, úlceras, 
inflamações e neoplasias 
 
 De forma geral, são condições 
secundárias a distúrbios que 
provocam diarreia 
 A redução das contrações 
segmentares do intestino e o 
aumento no transporte de 
substâncias ingeridas excedem as 
capacidades de digestão e absorção 
do intestino 
 Podem ser decorrentes dos produtos 
do metabolismo do crescimento de 
bactérias, comum em doenças 
inflamatórias e hipertireoidismo 
felino 
 
→ Diarreias moderadas a graves 
podem ser responsáveis por quadros 
clínicos importantes, como: 
desidratação, choque hipovolêmico, 
distúrbios eletrolíticos e acidobásicos. 
Além disso, o animal pode apresentar 
hipopotassemia, hipocalemia e 
hiponatremia 
→ A acidose metabólica é decorrente 
das perdas intestinais de 
bicarbonato e pela desidratação, 
seguindo para um quadro de 
hipovolemia, metabolismo anaeróbio 
e produção de ácido láctico 
→ Óbito → secundário aos 
desequilíbrios hidroeletrolíticos 
 
→ Importante a coleta de dados pelo 
histórico clínico detalhado 
→ Filhotes de cães e gatos são mais 
suscetíveis → histórico é importante 
para a verificação de dados e 
exclusão de algumas causas, como: 
problemas na dieta, exposição a 
substâncias tóxicas, plantas, 
medicamentos, vacinação ou 
exposição com contactantes doentes 
→ Diarreias agudas → decorrentes de 
problemas que ocorrem em intestino 
grosso ou distúrbios combinado 
entre intestino grosso e delgado 
 Sintomas associado a intestino 
delgado: melena, frequência de 
defecção normal a levemente 
aumentada e produção de 
grande volume de conteúdo 
fecal por evacuação 
 Sintomas associado ao 
intestino groso: hematoquezia, 
tenesmo, excesso de muco, 
frequência de defecação 
moderada a extremamente 
alta e redução de volume de 
fezes por defecação. Além 
disso, vômitos, depressão, 
redução de apetite e dor 
abdominal pode estar 
associados 
 
→ Palpação abdominal – presença de 
gases ou fluídos, distensão de alças 
intestinais e dor abdominal 
→ Desidratação – avaliação por meio de 
mucosa que se apresenta ressecada, 
há perda de elasticidade da pele, 
prolongamento de TPC, extremidade 
se apresentam frias e há enoftalmia 
→ Quadros sistêmicos – febre, icterícia, 
ascite, linfadenopatias, oligúria ou 
anúria, hepatomegalia, secreções 
nasais ou oculares e tosse 
 
→ Importante determinar a gravidade 
do problemas, se é uma diarreia 
autolimitante ou se o animal 
apresenta um quadro de risco 
→ Alterações de estado grave → 
desidratação de moderada a grave, 
dor abdominal, melena ou 
hematoquezia, prostração, massa 
abdominal palpável, êmese ou sinais 
sistêmicos 
 Nesses casos podem ser 
solicitados: hemograma e 
contagem de plaquetas, 
glicemia, proteínas totais e 
albumina sérica, ureia e 
potássio séricos 
 Filhotes com quadros de 
gastrenterites hemorrágicas 
→ necessidade de tratamento 
suporte agressivo 
 Animais imunossuprimidos → 
devem ser internados para 
avaliação 
 
→ Fluidoterapia com soluções de Ringer 
com lactato ou NaCl 0,9% devem ser 
administrados para repor a volemia 
do paciente 
→ A reposição das perdas estimadas 
deve ser feita nas primeiras 4-6h 
→ Reposição de potássio sérico – é feita 
por meio de sua adição aos fluidos 
parenterais (o ideal é que a reposição 
se baseie na concentração 
encontrada no plasma, mas caso não 
havendo possibilidade de dosar a 
reposição empírica deve ser feita) 
→ Glicose – indicada para pacientes em 
estado de hipoglicemia 
→ Antibioticoterapia – preconizada 
para prevenir sepse, devido a 
translocação de bactérias 
 Frequentemente utiliza-se: 
quinolonas ou cefalosporinas e 
metronidazol 
 A administração de 
antibióticos pode não ser 
necessária 
→ Controle de êmese – utilização de 
Ondansetrona (0,5mg/kg IV a cada 
12) ou maropitano (2mg/kg SC a cada 
24h) 
→ Suporte nutricional → é 
fundamental, o restabelecimento da 
nutrição enteral precoce por meio da 
utilização de sonda nasoesofágica é 
indicado assim que houver controle 
da hidratação e da êmese 
→ Outras medidas – transfusão de 
plasma + heparina (em pacientes 
com coagulação intravascular 
disseminada) e hipoalbuminemia 
grave (uso de albumina humana ou 
coloides sintéticos) 
 
• Exames mais simples ou menor 
quantidade de exames já são o 
suficiente para definir um 
diagnósticos: exames seriados de 
amostras de fezes, cultura de 
material fecal, citologia fecal e 
mensuração de proteínas totais 
sanguíneas e hematócrito 
• Importância dos exames – definir 
grau de desidratação e fornecimento 
de valores que servirão como 
parâmetro caso ocorra persistência 
dos sintomas 
• Suspeite de intolerância ou 
sobrecarga alimentar – retirar da 
dieta o fator desencadeante do 
quadro e considerar oferecer uma 
dieta terapêutica de alta 
digestibilidade (realizar adaptação 
gradativa em casos de nova dieta ) 
• Parasitos gastrointestinais – 
desequilíbrio resolvido em cerca de 3 
dias após a administração de 
antiparasitários corretos 
• Agente causador desconhecido – 
diagnóstico de diarreia aguda 
autolimitante pode ser considerado e 
adoção de terapêutica sintomática 
deve ser utilizada 
 
→ Diarreias autolimitantes → 
prognóstico excelente 
→ Diarreias graves depende de alguns 
fatores (gravidade dos distúrbios 
eletrolíticos, resposta a terapêutica, 
necessidade de terapêutica invasiva e 
cirurgia) → prognóstico reservado a 
ruim 
 
Diarreias crônicas 
• É considerada crônica quando o 
quadro persiste por mais de 3 
semanas 
VOLUME Aumentado 
(>3x) 
Normal a 
aumentado 
ASPECTO Pastosa/ 
aquosa 
Variável 
FREQUÊNCIA DE 
DEFECAÇÃO 
Aumentada 
(2-4x ao dia) 
Aumentada 
(3-10x ao 
dia) 
MUCO RaroFrequente 
SANGUE Melena Hematoquezia 
ESTEATORREIA Pode ou não 
estar 
presente 
Ausente 
BORBORIGMOS Pode ou não 
estar 
presente 
Pode ou não 
estar 
presente 
DISQUEZIA/ 
TENESMO 
Ausente Frequente 
URGÊNCIA Pode ou não 
estar 
presente 
Frequente 
EMAGRECIMENTO Pode ou não 
estar 
presente 
Ausente 
ÊMESE Frequente Frequente 
APETITE Variável Normal ou 
reduzido 
 
→ Classificadas como: doenças de má 
digestão (intraluminais) e doenças de 
má absorção (mucosa intestinal) 
→ Linfangiectasia → distúrbio pós-
mucosa (devido à sua localização na 
submucosa) 
 
• Parasitismo 
• Insuficiência pancreática exócrina 
• Supercrescimento bacteriano intestinal 
 
• Síndrome do intestino curto 
• Hipersensibilidade alimentar 
• Doença inflamatória intestinal 
• Linfoma intestinal ou outras neoplasia 
 
• Linfangiectasia (congênita ou adquirida) 
 
 
 Abordagem inicial → exames 
(hemograma, bioquímica sérica com 
dosagem de proteínas totais e 
albumina, triglicéride e colesterol e 
exame de urina) 
 Ultrassom → visualizar perda da 
estratificação das camadas do 
intestino e linfadenopatia (sugestivo 
de doença grave) 
 
o Termo utilizado para doenças 
clinicamente heterogêneas, 
idiopáticas, caracterizadas por 
inflamação da mucosa intestinal 
o Mais comuns: enterite linfocítica-
plasmocítica, enterite eosinofílicas e 
enterite granulomatosa 
o Etiologia → multifatorial, podendo 
ser uma doença genética 
imunomediada e uma resposta imune 
contra antígenos da dieta ou dos 
microrganismo intraluminais 
o Inflamação crônica → alterações na 
arquitetura da mucosa intestinal 
provocando síndrome de má 
absorção 
o Diagnóstico → exclusão de outras 
causas de diarreia e por meio da 
avaliação de achados em biopsia 
o Tratamento → tratamentos 
farmacológicos com 
imunossupressores + dieta 
hipoalergênica ou de eliminação 
 Prednisona → primeira 
escolha para cães (1 a 2mg/kg 
a cada 24h por 2-4 semanas) 
– fazer desmame até a 
retirada completa do 
medicamento 
 Azatioprina → pode ser 
associada com corticoides 
(indicado para pacientes que 
desenvolvem efeitos adversos 
ou refratárias aos corticoides) 
– realizar monitoramento de 
hemograma a cada 7 dias por 
2 meses devido ao risco de 
mielossupressão grave. Dose 
de 2mg/kg VO a cada 24h por 
30 dias 
 Ciclosporina → indicado para 
casos graves de enterite 
linfocítica-plasmocítica 
refratarias ao uso de 
corticoides. Usar dose de 5-
10mg/kg VO a cada 24h 
 
o É um síndrome heterogênea, 
decorrente da dilatação dos vasos 
linfáticos da mucosa e submucosa do 
TGI 
o Forma congênita → má formação 
dos vasos linfáticos 
o Forma adquirida → a dilatação dos 
vasos ocorre devido obstrução da 
drenagem linfática, que podem ter 
como causa alterações da 
arquitetura da mucosa e da 
submucosa do intestino por 
inflamação, infiltração ou obstrução 
por lipogranulomas 
o Hipoproteinemia grave, 
hipocolesterinemia e linfopenia → 
indicativos de quadro de 
linfangiectasia 
o As alterações hematológicas são 
decorrentes da obstrução do fluxo 
linfático, que causa perda da linfa 
para o lúmen do intestino. Essa linfa 
contém proteínas plasmáticas, 
linfócitos, lipídeos e vitaminas 
lipossolúveis 
o Sintomatologia em cães → diarreia, 
vomito e anorexia, podendo 
apresentar ascite devido a redução 
da pressão oncótica plasmática. Além 
disso pode ocorrer hipocalcemia, 
devido a má absorção de vitamina D 
o Tratamento → depende da causa 
base e por meio do diagnóstico 
através da avaliação de biopsias 
 Linfangiectasia inflamatória – 
tratar causa base, ou seja, a 
inflamação 
 Linfangiectasia lipogranulosa – 
dieta restrita em gordura

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