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Código Civil atualizado até 12 de outubro

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Prévia do material em texto

CÓDIGO CIVIL DE 2002 – Lei 10.406/2002.
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira
	Última atualização legislativa: 26/09/22 - Lei nº 14.193, de 6.8.2021;; Lei nº 14.195, de 26.8.2021.; Lei nº 14.309, de 8.3.2022.; Lei nº 14.382, de 27.6.2022.; Lei nº 14.405, de 12.7.2022; Lei nº 14.451 de 21.9.2022.
Última atualização jurisprudencial: 10/08/2022 - Inclusão dos julgados: Info 680 (art. 1.831); Info 684 (art. 595); Info 726 (art. 369); Info 722 (art. 1.335); Info 725 (art. 1.814, I); Info 713 (art. 582).
Última atualização questões de concurso: 12/10/2022.
Observações quanto à compreensão do material:
1) Cores utilizadas:
· EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, verbos, bem como outras informações relevantes, etc.
· EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
· EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação, especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe no CC/02).
· EM AMARELO: destaques importantes (ex.: critério pessoal)
2) Siglas utilizadas:
· MP (concursos do Ministério Público); M ou TJMG (concursos da Magistratura); BL (base legal, etc.)
· Obs.: Controle de questões no site Qconcursos sobre Direito Civil: i) Questões realizadas [2000/2022: 13.842] ii) Questões pendentes: [a) 2021: 38; b) 2022: 203 = total: 241];
LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.
	
	Institui o Código Civil.
          O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
P A R T E    G E R A L
	(MPMT-2008-FMP): O Código Civil brasileiro de 2002, assim como o de 1916, contém uma Parte Geral e outra Especial. Tendo em vista essa afirmação, aponte a assertiva correta: O legislador de 1916, seguido pelo de 2002, inspirou-se nas Institutas do Corpus Juris Civilis para dividir desta forma o Código Civil.
LIVRO I
DAS PESSOAS
TÍTULO I
DAS PESSOAS NATURAIS
CAPÍTULO I
DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE
Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. (MPMT-2008) (PGECE-2008) (DPEMA-2009) (DPEMT-2009) (DPEPA-2009) (MPCE-2011) (MPPR-2011) (MPF-2011) (DPEAC-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (PCGO-2013) (DPEPR-2014) (TRF4-2014) (TRT6-2015) (TCERN-2015) (TCEPR-2016) (MPRS-2017) (MPBA-2018) (Cartórios/TJAL-2019) (MPDFT-2021) (TJRS-2012/2022)
	(TJRS-2022-Faurgs): O CC/02 reconhece os direitos da personalidade. Com relação ao afirmado, assinale a assertiva correta: A personalidade jurídica é a potencialidade de adquirir direitos e/ou assumir obrigações, a capacidade jurídica é o limite dessa potencialidade. BL: art. 1º, CC.
##Atenção: ##MPMT-2008: ##PGECE-2008: ##DPEMT-2009: ##DPEMA-2009: ##DPEPA-2009: ##MPCE-2011: ##MPPR-2011: ##DPEAC-2012: ##Cartórios/TJPE-2013: ##PCGO-2013: ##DPEPR-2014: ##TRF4-2014: ##TRT6-2015: ##TCERN-2015: ##TCEPR-2016: ##Cartórios/TJAL-2019: ##MPDFT-2021: ##TJRS-2022: ##CESPE: ##Faurgs: ##FCC: ##VUNESP: Segundo Flávio Tartuce, a personalidade “é a soma de caracteres da pessoa, ou seja, aquilo que ela é para si e para a sociedade. Afirma-se doutrinariamente que a capacidade é a medida da personalidade, ou seja a personalidade é um ‘quid’ (substância, essência) e a capacidade um quantum”. (TARTUCE, 2020, pp. 62-63). A capacidade poderá ser: a) de direito ou de gozo: é a possibilidade de aquisição de direito e ocorre com o início da personalidade; ou b) de fato ou de exercício: é a aptidão da pessoa para praticar pessoalmente os atos da vida civil, o que limita potencialidade de titularizar relações jurídicas porque exige que o indivíduo não se enquadre em uma das hipóteses de incapacidade (art. 3º e 4º, CC). Nesse contexto, Flávio Tartuce explica que, “todas as pessoas têm a primeira (capacidade de direito), o que pressupõe a segunda (capacidade de fato), em regra, uma vez que a incapacidade é exceção” (TARTUCE, 2020, p. 62). O art. 1º do CC/02 traz a denominada capacidade de direito ou de gozo, que nas lições de Tartuce, compreende “aquela para ser sujeito de direitos e deveres na ordem privada, e que todas as pessoas têm sem distinção. Em suma, em havendo pessoa, está presente tal capacidade, não importando questões formais como ausência de certidão de nascimento ou de documentos” (TARTUCE, 2020, p. 62). Por outro lado, a capacidade de fato ou de exercício é a possibilidade que se tem de praticar pessoalmente atos da vida civil. Quem não tem essa aptidão, são os denominados incapazes. Essa incapacidade pode ser absoluta (menor de 16 anos – art. 3º) ou relativa (art. 4º).
	(MPDFT-2021): Segundo a teoria da personalidade adotada pelo Código Civil: A capacidade de fato não diz respeito a estrutura da personalidade, apenas regula a forma do cometimento das manifestações de vontade negociais e não negociais. BL: art. 1º, CC.
(MPDFT-2021): Segundo a teoria da personalidade adotada pelo Código Civil: Personalidade e capacidade jurídica estabelecem entre si uma relação de conteúdo e continente, pois a capacidade jurídica é a extensão da personalidade. BL: art. 1º, CC.
(Cartórios/TJAL-2019-VUNESP): Com relação à capacidade civil, é correto afirmar: todo ser humano tem capacidade de direito ou de gozo. BL: art. 1º, CC.
(MPRS-2017): Todas as pessoas têm a capacidade de direito, o que pressupõe a capacidade de fato, em regra, pois a incapacidade é a exceção. BL: art. 1º, CC.
(TRF4-2014): Assinale a alternativa correta: A incapacidade é a restrição legal aos atos da vida civil, sendo esta, na Ordem Jurídica brasileira, exclusivamente, de fato ou exercício. BL: art. 1º, CC.
##Atenção: ##TRF4-2014: ##TRT6-2015: ##TCERN-2015: ##FCC: No direito brasileiro, não existe incapacidade de direito, porque todos se tornam, ao nascer, capazes de adquirir direitos (CC, art. 1°). Há, portanto, somente incapacidade de fato ou de exercício. Incapacidade, assim, é a restrição legal ao exercício dos atos da vida civil, imposta por lei, somente ao que, por exceção, necessitam de proteção, pois a capacidade é a regra.
(MPCE-2011-FCC): Os menores de dezoito anos têm capacidade para adquirir direitos e contrair obrigações. BL: art. 1º, CC. 
(MPMT-2008-FMP): O absolutamente incapaz tem capacidade de direito. BL: art. 1º, CC.
##Atenção: ##MPF-2011: Sujeito de direito: é o titular de interesses juridicamente protegidos, qualificado como tal por uma norma jurídica. 
##Atenção: ##MPF-2011: ##DPEPR-2014: Personalidade jurídica: autorização prévia e genérica do ordenamento jurídico para a prática de qualquer ato jurídico que não seja proibido pelo Direito.
##Atenção: Capacidade: aptidão jurídica (de direito/de gozo) ou de fato (de exercício/de ação). 
##Atenção: Legitimação: aptidão especial exigida para a prática de determinados atos (ex.: arts. 496[footnoteRef:1], 1749, I[footnoteRef:2], 1687[footnoteRef:3]) [1: Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.] [2: Art. 1.749. Ainda com a autorização judicial, não pode o tutor, sob pena de nulidade: I - adquirir por si, ou por interposta pessoa, mediante contrato particular, bens móveis ou imóveis pertencentes ao menor; (...)] [3: Art. 1.687. Estipulada a separação de bens, estes permanecerão sob a administração exclusiva de cada um dos cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus real.] 
Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. (DPEMT-2009) (DPEPA-2009) (MPPR-2011) (MPRJ-2012) (MPF-2012) (PCRJ-2012) (TJRJ-2013) (DPEDF-2013) (DPERR-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PCES-2013) (DPEPR-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGEPI-2014) (DPEMA-2009/2015) (DPU-2015) (AGU-2015) (TRT6-2015) (TRT16-2015) (Cartórios/TJMG-2016) (PCPA-2016) (DPEAC-2012/2017) (PCGO-2013/2017) (TJPR-2017) (MPBA-2015/2018) (PCMA-2018) (TJRO-2019) (MPMT-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (MPDFT-2021) (TJRS-2022)
	JDC nº 01: A proteção que o Código defereao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos direitos da personalidade, tais como: nome, imagem e sepultura. (DPEAC-2012) (DPERR-2013) (Cartórios/TJSP-2014) (AGU-2015) (Cartórios/TJMG-2016) (PCPA-2016) (PCGO-2017) (MPBA-2018) (TJRS-2022)
JDC nº 02: Sem prejuízo dos direitos da personalidade nele assegurados, o art. 2º do Código Civil não é sede adequada para questões emergentes da reprogenética humana, que deve ser objeto de um estatuto próprio.[footnoteRef:4] [4: ##Atenção: Este estatuto é a Lei de Biossegurança (Lei 11.105/2005).] 
	(TJPA-2019-CESPE): Conforme a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica) e a posição do STF sobre as teorias natalista e da personalidade condicional, o direito à vida deve ser respeitado desde o momento da concepção. BL: art. 4º, item 1 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos[footnoteRef:5] e art. 2º, CC. [5: Artigo 4º – Direito à vida: 1. Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente.] 
##Atenção: O STF, da mesma forma, entende que, muito embora o CC/02 tenha adotado a teoria natalista, o direito à vida deve ser respeitado desde à concepção, e não somente com o nascimento.
##Atenção: ##DPU-2015: ##AGU-2015: ##PCPA-2016: ##DPEAC-2017: ##PCGO-2017: ##MPBA-2018: ##CESPE: A personalidade civil da pessoa começa com o nascimento com vida, mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro, porque o CC/02 adotou a teoria natalista.
(MPPI-2019-CESPE): O Código Civil dispõe que “toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil” e que “a personalidade civil da pessoa começa com o nascimento com vida”. Considerando-se os conceitos de capacidade e personalidade, é correto afirmar que a pessoa passa, a partir do nascimento com vida, a ser sujeito de direitos e de deveres, e a ocorrência desse requisito determina consequências de alta relevância, incluindo aspectos sucessórios. BL: arts. 1º e 2º, CC.
(MPMG-2018): Os aspectos essenciais da personalidade humana são caracterizados pela imaterialidade. BL: arts. 1º e 2º, CC.
##Atenção: Personalidade humana é o conjunto de características psicológicas que determinam os padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de alguém.
(MPMG-2017): Considere o julgado a seguir: “Responsabilidade civil. Acidente de trabalho. Morte. Indenização por dano moral. Filho nascituro. Fixação do quantum indenizatório. Dies a quo. Correção monetária. Data da fixação pelo juiz. Juros de mora. Data do evento danoso. Processo civil. Juntada de documento na fase recursal. Possibilidade, desde que não configurada a má-fé da parte e oportunizado o contraditório. Anulação do processo. Inexistência de dano. Desnecessidade. – Impossível admitir-se a redução do valor fixado a título de compensação por danos morais em relação ao nascituro, em comparação com outros filhos do de cujus, já nascidos na ocasião do evento morte, porquanto o fundamento da compensação é a existência de um sofrimento impossível de ser quantificado com precisão. – Embora sejam muitos os fatores a considerar para a fixação da satisfação compensatória por danos morais, é principalmente com base na gravidade da lesão que o juiz fixa o valor da reparação. [...]” (STJ, REsp 931.556/ RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3ª T., j. 17.6.08). Da interpretação da ementa, é possível concluir que o STJ adotou no julgado, quanto ao início da personalidade jurídica: a teoria concepcionista.
##Atenção: ##DPEMA-2015: ##Cartórios/TJMG-2016: ##MPMG-2017: ##MPBA-2018: ##MPMT-2019: ##CESPE: ##Consulplan: ##FCC: A teoria concepcionista é aquela que sustenta que o nascituro é pessoa humana, tendo direitos resguardados pela lei. (...) (Tartuce, Flávio. Manual de direito civil: volume único. 6. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016). A teoria concepcionista, por sua vez, influenciada pelo Direito francês, contou com diversos adeptos. Segundo essa vertente de pensamento, o nascituro adquiriria personalidade jurídica desde a concepção, sendo, assim, considerado pessoa. (Stolze. Pablo. Novo Curso de Direito Civil, volume 1 : parte geral. 16. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2014).
(MPMG-2017): Quanto aos direitos fundamentais, assinale a alternativa correta: A Constituição Federal não dispõe sobre o início da vida humana e, por isso, a capacidade para ser titular de direitos fundamentais é informada pela lei civil. BL: art. 5º, caput, CF c/c art. 2º, CC.
##Atenção: A Constituição estabelece o direito à vida como um direito fundamental, mas não dispõe sobre o seu início, que é disposto no Código Civil.
(AGU-2015-CESPE): Julgue o item seguinte, que diz respeito à aplicação da lei, às pessoas e aos bens: Entre os direitos ressalvados pela lei ao nascituro estão os direitos da personalidade, os quais estão entre aqueles que têm por objeto os atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa. BL: art. 2º, CC e Enunc. 1, JDC.
##Atenção: Acerca do tema, Flávio Tartuce explica: “Os direitos da personalidade têm por objeto os modos de ser, físicos ou morais do indivíduo. O que se busca proteger com tais direitos são os atributos específicos da personalidade, sendo esta a qualidade do ente considerado pessoa. Em síntese, pode-se afirmar que os direitos da personalidade são aqueles inerentes à pessoa e à sua dignidade (art. 1.º, inc. III, da CF/1988).” (TARTUCE. Flavio. Manual de direito civil. Volume único. 10. ed. São Paulo: Método. 2020. p. 83). Desse modo, sabemos que os direitos da personalidade são aqueles que têm por objeto os atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa em si e em suas projeções sociais, com o fim de proteger a essência e a existência do ser humano. Entretanto, será que alcançam o nascituro no que tangem aos atributos físicos, psíquicos e morais em sua integralidade ou somente em partes? Parece que alcança a integralidade! O enunciado acima citado, no que tange ao nascituro, cita a vertente do direito à personalidade sob o aspecto moral (nome, imagem, sepultura), mas o faz de modo exemplificativo. Há vários julgados recentes do STJ ampliando os direitos da personalidade dos nascituros para além do que disse o enunciado em questão.
(Anal. Judic./TJAL-2012-CESPE): O nascituro e o embrião possuem personalidade jurídica formal, e apenas a partir do nascimento com vida se adquire a personalidade jurídica material e se alcançam os direitos patrimoniais e obrigacionais.
##Atenção: ##MPPR-2011: ##Anal. Judic./TJAL-2012: ##CESPE: Maria Helena Diniz classifica a personalidade jurídica em formal e material: 1) Personalidade jurídica formal: relaciona-se com os direitos da personalidade, o que o nascituro já tem desde a concepção; 2) Personalidade jurídica material: mantém relação com os direitos patrimoniais, e o nascituro só a adquire com o nascimento com vida (TARTUCE, 2020, p. 65).
Art. 3o  São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (TJMS-2015) (MPAM-2015) (MPDFT-2015) (PCCE-2015) (TRT2-2015/2016) (DPEBA-2016) (Cartórios/TJSP-2016) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016) (PGEMT-2016) (PCPE-2016) (TRT4-2016) (DPEAL-2017) (DPERO-2017) (PCGO-2017) (PCMS-2017) (MPF-2017) (Cartórios/TJMG-2018) (PGESC-2018) (PGETO-2018) (MPGO-2016/2019) (MPPR-2016/2019) (MPMG-2017/2019) (TJAL-2019) (TJRO-2019) (PCMG-2018/2021) (MPSC-2019/2021) (DPEGO-2021) (Cartórios/TJGO-2021) (Cartórios/TJMS-2021) (Cartórios/TJSC-2021) (TJRS-2022) (DPERS-2022) 
	JDC nº 138: A vontade dos absolutamente incapazes, na hipótese do inc. I do art. 3o, é juridicamente relevante na concretização de situações existenciais a eles concernentes, desde que demonstrem discernimento bastante para tanto. (MPMG-2017)
I a III - (Revogados); (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)   (Vigência)
	(MPGO-2019): Em relação à capacidade e à personalidade das Pessoas Naturais,é correto afirmar que: Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil, contudo, são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 anos. BL: arts. 1º e 3º, CC.
(DPEAP-2018-FCC): Considere a seguinte assertiva à luz do Estatuto da Pessoa com Deficiência: As pessoas que em razão de enfermidade ou deficiência mental não tiverem o necessário discernimento para a prática dos atos da vida civil deixaram de ser absolutamente incapazes. BL: art. 3º, CC.
(MPMG-2017): O defeito de idade é fundamento exclusivo para a incapacidade absoluta. BL: art. 3º, CC.
##Atenção: O defeito de idade é o vício do negócio jurídico em função da situação etária de uma ou algumas das partes. Se menor de 16 anos, sua incapacidade para figurar num dos polos do negócio jurídico é absoluta, sendo este o fundamento exclusivo para a incapacidade absoluta, uma vez que, após a promulgação do Estatuto da Pessoa com Deficiência, já não há outras hipóteses de incapacidade absoluta que não a menoridade civil. Portanto, com o advento do Estatuto da Pessoa com Deficiência, somente se consideram absolutamente incapazes as pessoas menores de 16 anos.
Art. 4o  São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; (MPSE-2010) (PCRJ-2012) (Cartórios/TJPE-2013) (PCCE-2015) (TRT6-2015) (TJAM-2016) (MPSC-2016) (PCPE-2016) (TRT2-2016) (TRT4-2016) (MPF-2017) (PGESC-2018) (PCPI-2018) (MPGO-2016/2019) (TJAL-2019) (MPPR-2019) (MPMG-2019) (Cartórios/TJGO-2021) (DPERS-2022) 
	(PCPI-2018-NUCEPE): Fernando, atualmente, com 17 anos de idade, nasceu sem o movimento das pernas. Quanto a personalidade e capacidade de Fernando, podemos afirmar: possui incapacidade relativa apenas em razão do critério etário. BL: art. 4º, I, CC.
##Atenção: Nos termos do art. 3º do CC, são absolutamente incapazes os menores de 16 anos. Por outro lado, o art. 4º, I do CC afirma que são relativamente incapazes os maiores de 16 e menores de 18 anos. O ECA considera “criança” a pessoa até 12 anos de idade incompletos, e “adolescente” aquela entre 12 e 18 anos de idade incompletos. Logo, crianças e adolescentes até 16 anos são considerados absolutamente incapazes. Os adolescentes com idade entre 16 e 17 anos são considerados relativamente incapazes.
##Atenção: ##MPGO-2016: A senilidade, ou seja, o envelhecimento, a velhice, por si só, não é considerada como um motivo de incapacidade, tendo em vista que o avanço da idade e a perda da capacidade cognitiva não possuem ligação direta com o avanço da idade, sendo garantido ao idoso o tratamento isonômico a que faz jus. Nesse sentido, vejamos o seguinte trecho de julgado do TJMG: “A velhice ou senilidade, por si só, nunca foi tida como causa de restrição da capacidade de fato, podendo ocorrer a interdição anterior em hipótese em que a senectude originasse de um estado patológico (a esse respeito, da jurisprudência anterior: TJMG, Acórdão 1.0701.00.006030-4/001, Uberaba, 2ª Câmara Cível, Rel. Des. Francisco de Assis Figueiredo, j. 01/06/2004, DJMG 25.06.2004)”. (p. 89).
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Cartórios/TJMG-2015) (PCCE-2015) (PGEMA-2016) (PCPE-2016) (TRT2-2016) (TRT4-2016) (MPF-2017) (PGESC-2018) (MPGO-2016/2019) (MPPR-2016/2019) (MPPI-2019) (MPMG-2019) (Cartórios/TJGO-2021) (Cartórios/TJMS-2021) 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;  (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (MPAM-2015) (MPDFT-2015) (PGEMA-2016) (PCPE-2016) (TRT2-2016) (TCESC-2016) (MPF-2017) (PCGO-2017) (MPGO-2016/2019) (MPPR-2016/2019) (TJAL-2019) (MPSC-2019) (MPMG-2019) (PCES-2019) (DPERR-2021) (Cartórios/TJGO-2021) (PCMG-2021)
	(TJAL-2019-FCC): Alessandra, atualmente com 17 anos de idade, nasceu com deficiência mental que a impede, de forma permanente, de exprimir sua vontade. Para o Código Civil, ela é incapaz, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer, e permanecerá nessa condição mesmo depois de completar 18 anos. BL: art. 4º, I e III, CC.
##Atenção: ##PGEMA-2016: ##PCPE-2016: ##TCESC-2016: ##MPF-2017: ##TJAL-2019: ##MPGO-2019: ##CESPE: ##FCC: O Estatuto da Pessoa com Deficiência acabou consolidando as ideias constantes na Convenção de Nova York, tendo em seu art. 114, alterado substancialmente alguns dispositivos do CC/02, revogando assim, todos os incisos do art. 3º e alterando os incisos II e III do art. 4º do CC. Cumpre registrar que, na antiga inciso III do art. 3º do CC, tínhamos a previsão dos que, mesmo por causa transitória, não pudessem exprimir sua vontade. Com as alterações legislativas trazidas pelo Estatuto, apenas são absolutamente incapazes os menores de 16 anos, não mais havendo maiores absolutamente incapazes. No caso em tela, considerando que Alessandra, atualmente com 17 anos de idade, nasceu com deficiência mental que a impede, de forma permanente, de exprimir sua vontade, para o atual redação do CC/02, ela é incapaz, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer, e permanecerá nessa condição mesmo depois de completar 18 anos. Portanto, podemos concluir que, no caso de Alessandra, temos que ela será relativamente incapaz, nos termos do art. 4º, inciso I, em razão de sua idade, mas também, mesmo após completar os 18 anos, por causa do inciso III, isto é, em razão da sua impossibilidade permanente de exprimir sua vontade.
	(MPF-2017): A Lei 13.146/15 (Estatuto da Pessoa com Deficiência) produziu, entre outras, as seguintes alterações no atual Código Civil: Desatrelou os conceitos de incapacidade e de pessoa com deficiência.
(Anal. Judic./TRF3-2019-FCC): Ricardo, maior de 16 anos, não consegue, por causa permanente, exprimir sua vontade. Nesse caso, de acordo com o CC/02, Ricardo é incapaz, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer, mas contra ele corre a prescrição. BL: art. 4º, I e III c/c art. 198, I, CC[footnoteRef:6]. [6: Art. 198. Também não corre a prescrição: I - contra os incapazes de que trata o art. 3o; (...)] 
IV - os pródigos. (MPDFT-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (TRF4-2014) (Cartórios/TJRS-2015) (TRT16-2015) (PCPE-2016) (PGESC-2018) (MPGO-2016/2019) (MPPR-2016/2019) (MPMG-2019) (Cartórios/TJMS-2021) 
Parágrafo único.  A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##PCMG-2021: ##Fumarc: Não se admite a declaração de incapacidade absoluta às pessoas com enfermidade ou deficiência mental: Depois do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/15), que alterou os arts. 3º e 4º do CC/02, não é mais possível declarar como absolutamente incapaz o maior de 16 anos que, em razão de enfermidade permanente, encontra-se inapto para gerir sua pessoa e administrar seus bens de modo voluntário e consciente. A Lei 13.146/15 teve por objetivo assegurar e promover a inclusão social das pessoas com deficiência física ou psíquica e garantir o exercício de sua capacidade em igualdade de condições com as demais pessoas. A partir da entrada em vigor da referida lei, só podem ser considerados absolutamente incapazes os menores de 16 anos, ou seja, o critério passou a ser apenas etário, tendo sido eliminadas as hipóteses de deficiência mental ou intelectual anteriormente previstas no CC/02. O instituto da curatela pode ser excepcionalmente aplicado às pessoas com deficiência, ainda que agora sejam consideradas relativamente capazes, devendo, contudo, ser proporcional às necessidades e às circunstâncias de cada caso concreto (art. 84, § 3º, da Lei 13.146/15). STJ. 3ª T. REsp 1.927.423/SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, j. 27/04/21 (Info 694).
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. (TJMG-2008) (MPSE-2010) (DPEAM-2013) (PCPR-2013) (DPEMA-2015) (TRF4-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (MPBA-2018) (MPGO-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (MPMG-2021) (MPPE-2022)
Parágrafoúnico. Cessará, para os menores, a incapacidade: [Emancipação: antecipa a capacidade, porém não a maioridade civil.] (DPEBA-2016) (Cartórios/TJMG-2017)
	JDC nº 530: A emancipação, por si só, não elide a incidência do ECA. (DPEBA-2016)
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial [VOLUNTÁRIA], ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos [JUDICIAL]; (TJMG-2008) (TJDFT-2008) (DPESP-2009) (DPEAL-2009) (DPEPI-2009) (TRF1-2009) (MPSP-2008/2010) (TJPI-2012) (DPEPR-2012) (PGEPA-2012) (TJSC-2010/2013) (MPES-2013) (DPEAM-2013) (DPERR-2013) (TRF3-2013) (PCBA-2013) (TRF4-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEPR-2011/2015) (MPDFT-2013/2015) (DPEMA-2015) (PCCE-2015) (AGU-2015) (TJAM-2016) (MPSC-2016) (DPERO-2017) (Cartórios/TJSP-2016/2018) (Cartórios/TJMG-2015/2016/2017/2018) (TJPA-2019) (MPSC-2019) (MPGO-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (PCPR-2013/2021) (DPEBA-2016/2021) (TCDF-2021) (MPPE-2022) 
	JDC nº 397: A emancipação por concessão dos pais ou por sentença do juiz está sujeita à desconstituição por vício de vontade. (Cartórios/TJSE-2014) (TRT2-2015) (TJDFT-2016) (Cartórios/TJMG-2016)
	(MPPE-2022-FCC): A respeito da emancipação e das normas que estabelecem a aquisição da plena capacidade civil, considere a assertiva a seguir: A emancipação feita por ambos os pais, ao filho com idade de 18 anos incompletos, exige instrumento público. BL: art. 5º, § único, I, do CC.
(MPPE-2022-FCC): A respeito da emancipação e das normas que estabelecem a aquisição da plena capacidade civil, considere a assertiva a seguir: A emancipação feita por tutor em relação ao tutelado depende de decisão judicial. BL: art. 5º, § único, I, do CC.
##Atenção: A respeito do tema, Daniel Carnacchioni afirma: “O Código Civil admite a emancipação do tutelado, com 16 anos completos, desde que tal ato se dê por sentença judicial, ouvido o tutor para saber os motivos da emancipação. Convencido de que a emancipação será benéfica ao menor, o juiz a concede. Conforme bem esclarece Caio Mário, ao tutor não confere a lei o poder de emancipar o pupilo (Instituições de direito civil: parte geral). Nesse caso, a emancipação resulta de procedimento judicial, de iniciativa do emancipando.” (Fonte: CARNACCHIONI, Daniel. Manual de Direito Civil. Volume Único, Salvador. JusPodivm, 2017, p. 127.).
(MPPE-2022-FCC): A respeito da emancipação e das normas que estabelecem a aquisição da plena capacidade civil, considere a assertiva a seguir: A emancipação judicial é aquela concedida por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor contar com dezesseis anos completos. BL: art. 5º, § único, I, do CC.
(DPEBA-2021-FCC): Fábio, 16 anos, órfão de pai e mãe, vive com sua irmã em uma pequena casa construída por seu pai. A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas – Seinfra, de Salvador, acionou a Defensoria Pública do Estado da Bahia a fim de que o adolescente pudesse se tornar beneficiário de uma das unidades habitacionais das obras de urbanização integrada. Todavia, em razão de sua incapacidade civil relativa e da ausência de representante legal para prestar assistência, não preenchia os requisitos para se habilitar no programa residencial. Diante dessa situação, mostra-se adequado que a Defensoria Pública proponha judicialmente ação para o fim de obter a emancipação de Fábio e, consequentemente, ele passará a ser absolutamente capaz. BL: art. 5º, § único, I, in fine, do CC.
##Atenção: Assim, verifica-se que a emancipação cessa a incapacidade, de modo que a pessoa se torna absolutamente capaz para exercer pessoalmente todos os atos da vida civil, independentemente de assistência ou representação. Além disso, nos termos do art. 5º, § único, I, do CC, é possível, no caso concreto, a realização da emancipação judicial, uma vez que Fábio possui 16 anos completos. Logo, é correto afirmar que a Defensoria Pública poderá propor judicialmente ação para o fim de obter a emancipação de Fábio e, consequentemente, ele passará a ser absolutamente capaz. Por fim, cumpre ressaltar que tal questão de concurso foi baseada num julgado do TJBA. No site da DPEBA afirma: “Defensora pública que atuou no caso, Rosane Assunção destacou que o fundamento do pedido foi baseado no fato de a legislação permitir a emancipação de Ruana. Isso porque ela tem mais de 16 anos, seus genitores são falecidos, ela não tem representante legal e já exerce, de fato, o papel de adulta junto ao seu núcleo familiar, sendo responsável pelos cuidados consigo própria, com seu filho Levy e com suas três irmãs, todas com menos de 18 anos. Na ação, a Defensoria destacou que, apesar de a adolescente ter sido contemplada com uma unidade habitacional do FNHIS, era fundamental assinar o Termo de Legitimação Fundiária Urbana de Interesse Social para recebê-la, o que seria inviável no momento por faltar ainda sete meses para completar a maioridade. Como havia o risco de perder a oportunidade de ter o referido bem, não seria possível aguardar a aquisição da maioridade.” (Fonte: https://www.defensoria.ba.def.br/noticias/orfas-de-pai-e-mae-irmas-tem-acesso-a-moradia-apos-atuacao-da-defensoria/). Vide link da íntegra da sentença: http://www5.tjba.jus.br/portal/wp-content/uploads/2018/10/SENTEN%C3%87A-EMANCIPA%C3%87%C3%83O.pdf). 
(TCDF-2021-CESPE): A respeito de personalidade jurídica, julgue o item seguinte, de acordo com as disposições do CC: De acordo com o CC, a emancipação voluntária do menor, por concessão de ambos os pais, será feita por instrumento público, independendo de reconhecimento judicial para produzir efeitos. BL: art. 5º, § único, I, 1ª parte, CC.
##Atenção: De acordo com o CC, a emancipação voluntária do menor, por concessão de ambos os pais, será feita por instrumento público, independendo de reconhecimento judicial para produzir efeitos. A questão trata da emancipação, que é o ato jurídico que antecipa os efeitos da aquisição da maioridade e da capacidade civil plena, para data anterior daquela em que o menor atinge 18 anos. A matéria é tratada no § único do art. 5º do CC. A emancipação é definitiva, irretratável e irrevogável, tanto é que o divórcio, a viuvez e a anulação do casamento não ensejam o retorno da incapacidade, salvo na hipótese de nulidade do casamento, sendo revogável a emancipação. Ressalte-se que esse entendimento não é pacífico na doutrina, pois há quem entenda que, mesmo diante da nulidade ou anulabilidade, permanecerá a emancipação se o casamento tiver sido contraído de boa-fé (TARTUCE, Flávia. Direito Civil. Lei de Introdução e Parte Geral. 13. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2017. v. 1, p. 147). No âmbito do Direito Penal, o emancipado permanecerá sendo tratado como inimputável (art. 228, CF) e sob a tutela dos Direitos da Criança e do Adolescente (art. 2º, ECA), ou seja, uma vez emancipado, o absolutamente capaz não deixará de ser adolescente e nem inimputável. As hipóteses que geram a emancipação estão previstas no § único do art. 5º do CC. A assertiva está em harmonia com a 1ª parte do inciso I do § único do art. 5º. Trata-se de emancipação voluntária parental (concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial).
(PCPR-2021-UFPR): D.M., menor com dezesseis anos de idade, ficou órfã perdendo seu pai e sua mãe por conta da pandemia do novo coronavírus. Agora, após ser recentemente aprovada no vestibular de medicina, ela precisa manter-se economicamente sozinha, tendo apenas um tio como tutor, que administra os bens e negócios deixados pelos seus pais, os quais empregam uma grande quantidade de trabalhadores. Considerando as informações apresentadas, assinale a alternativa correta: D.M. poderá ser emancipada somente por decisão judicial, após ouvido seu tutor, tendo em vista o falecimento de ambos os seus genitores. BL: art. 5º, § único, I, in fine, do CC.
(MPRS-2016): Se o menor estiver sob tutela, a emancipação será concedidapor sentença do juiz, ouvido o tutor. BL: art. 5º, § único, I, in fine, do CC.
(Cartórios/TJSP-2016-VUNESP): A emancipação voluntária dos menores púberes sob poder familiar exige instrumento público e independe de homologação judicial. BL: art. 5º, § único, I do CC.
(TJRS-2009): Ao ensejo da separação judicial de Carlos e Cláudia, o juiz determinou que a guarda do filho do casal, Mário, então com 16 anos de idade, ficaria com o pai. Por considerar que o filho já tinha maturidade suficiente para dirigir sua pessoa e administrar seus bens, Carlos elaborou um instrumento particular de emancipação e o encaminhou para o registro competente, sem que a mãe do menor tivesse conhecimento. Na hipótese, a emancipação não é válida porque, além de o poder familiar dever ser em igualdade de condições pelo pai e pela mãe, a emancipação voluntária somente ser materializada por instrumento público. BL: art. 5º, § único, I do CC.
##Atenção: De acordo com o art. 5º, § único, I do CC, exige-se o instrumento público e a concordância de ambos os pais para a concessão da emancipação, ainda que a guarda seja unilateral. A concessão da emancipação por um dos pais é possível, desde que em relação ao outro tenha ocorrido a extinção do poder familiar (art. 1635, CC).
II - pelo casamento; (MPSP-2010) (PGEMT-2011) (PGEPR-2011) (PCAL-2012) (MPES-2013) (PCPR-2013) (MPMG-2014) (MPPR-2014) (DPEMS-2014) (TJMS-2015) (Cartórios/TJMG-2016/2017/2018) (MPGO-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (Cartórios/TJSC-2021)
	##Atenção: ##MPMG-2014: Nos termos do CC/02, a união estável NÃO SE EQUIPARA ao casamento para o efeito de cessação da incapacidade para os menores. O rol do art. 5º, § único, do CC não admite analogia para fins de emancipação (cessação da incapacidade para menores), não permitindo que a hipótese de casamento seja ampliada à união estável. Logo, a emancipação só pode ser prevista expressamente por lei.
III - pelo exercício de emprego público efetivo; (MPMG-2010) (PGEPR-2011) (PCPR-2013) (MPPR-2014) (MPAM-2015) (TRF4-2016) (Cartórios/TJMG-2016/2017/2018) (MPGO-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (PCES-2019) (Cartórios/TJSC-2021) (DPERS-2022)
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; (PGEPR-2011) (MPPR-2014) (Cartórios/TJMG-2016/2017/2018) (MPGO-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (PCPR-2013/2021) (Cartórios/TJSC-2021) (TCEAM-2021)
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. (MPSP-2010) (PGEPR-2011) (TJPI-2012) (MPES-2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (MPMS-2015) (Cartórios/TJMG-2017/2018) (MPGO-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (PCES-2019) (PCPR-2013/2021) (Cartórios/TJSC-2021)
	(Cartórios/TJSC-2021-FGV): Ricardo, 16 anos completos, recebeu autorização dos pais para se casar civilmente, o que ocorreu dois meses após a autorização. Juliana tem 17 anos completos e é contratada pela Companhia de Papéis Brasileira e, com seu salário, já possui economia própria. Estevão tem 17 anos completos e estuda medicina. De acordo com as informações prestadas, são considerados emancipados apenas: Ricardo e Juliana. BL: art. 5º, § único, II e V, CC.
(Cartórios/TJMG-2018-Consulplan): A emancipação produz o efeito de antecipação da aquisição da capacidade de fato. BL: art. 5º, § único, CC.
##Atenção: ##DPEMA-2015: ##Cartórios/TJMG-2016/2017/2018: ##Consulplan: ##FCC: “A emancipação pode ser conceituada como sendo o ato jurídico que antecipa os efeitos da aquisição da maioridade e da consequente capacidade civil plena, para data anterior àquela em que o menor atinge a idade de 18 anos, para fins civis. Com a emancipação, o menor deixa de ser incapaz e passa a ser capaz. Todavia, ele não deixa de ser menor.” (TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil, 7a ed., p. 78). Logo, pode-se afirmar que a capacidade civil plena pode ser adquirida antes da maioridade civil, considerando que uma pessoa menor de 18 anos pode ser emancipada nas situações trazidas pelo art. 5º, § único do CC.
(MPMS-2015): Havendo emancipação do menor, ainda que não inexista qualquer vício no ato, o emancipado não poderá retirar a Carteira Nacional de Habilitação – CNH, segundo a legislação vigente. BL: art. 5º, § único, CC.
Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. (MPSE-2010) (MPPB-2011) (Cartórios/TJPE-2013) (Cartórios/TJPI-2013) (MPBA-2018) (MPMG-2018) (MPGO-2014/2019) (MPPI-2019) (Cartórios/TJSC-2021)
Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência [hipóteses taxativas]: (TJSE-2008) (TRF1-2009) (TJPR-2010) (MPDFT-2011) (PCRJ-2012) (MPSC-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PCPI-2014) (TRT1-2014) (TJPB-2015) (TJAM-2016) (MPMG-2017) (PCGO-2017) (MPT-2017) (MPGO-2014/2019) (MPPI-2019) (Cartórios/TJSC-2021)
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; (TJDFT-2008) (TJRR-2008) (TRF1-2009) (MPDFT-2011) (PGERO-2011) (PCRJ-2012) (MPPR-2008/2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PCPI-2014) (TRT1-2014) (TJAM-2016) (MPMG-2017) (PCGO-2017) (MPGO-2014/2019) (Cartórios/TJSC-2021)
	(TJAM-2016-CESPE): O reconhecimento da morte presumida, quando for extremamente provável a morte de quem estava com a vida sob risco, independe da declaração da ausência. BL: art. 7º, I, CC.
(MPDFT-2011): É prescindível a declaração de ausência para o reconhecimento judicial da morte presumida na hipótese de ser extremamente provável o falecimento de quem estava em perigo de vida. BL: art. 7º, I, CC.
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. (TRF1-2009) (MPPR-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PCPI-2014) (TJPB-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (MPMG-2017) (MPGO-2014/2019) (Cartórios/TJSC-2021)
	(MPGO-2019): Em relação à capacidade e à personalidade das Pessoas Naturais, é correto afirmar que: A existência da pessoa natural termina com a morte. Presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucesso definitiva, sendo que a morte presumida pode ser declarada sem decretação de ausência quando for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida ou se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. BL: arts. 6º e 7º, CC.
(TJPB-2015-CESPE): A legislação civil brasileira admite o reconhecimento de morte sem a existência de cadáver e sem a necessidade de declaração de ausência. BL: art. 7º, II, CC.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. (TJDFT-2008) (TRF4-2009) (Cartórios/TJPE-2013) (PCPI-2014) (TRT1-2014) (MPMG-2017) (PCGO-2017) (TCERJ-2021)
	JDC nº 614: Os efeitos patrimoniais da presunção de morte posterior à declaração da ausência são aplicáveis aos casos do art. 7º, de modo que, se o presumivelmente morto reaparecer nos dez anos seguintes à abertura da sucessão, receberá igualmente os bens existentes no estado em que se acharem.
	(TCERJ-2021-CESPE): Conforme as disposições legais sobre pessoas naturais, julgue o item a seguir: Em caso de desaparecimento do corpo de pessoa vitimada em grave acidente aéreo, depois de esgotadas as buscas e averiguações, a declaração de óbito independe de decretação judicial de ausência. BL: art. 7º, I e § único, CC.
(TRT1-2014-FCC): Alexandre, casado com Maria, viajava a serviço em uma embarcação que desapareceu em um rio caudaloso, tendo, provavelmente, naufragado durante uma tempestade. Neste caso, Maria poderá requerer a declaração de morte presumida de seu cônjuge, sem decretação de ausência, depois de esgotadas as buscas e averiguações e a sentença deverá fixar a data provável do falecimento. BL: art. 7º, I e § único, CC.
Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ãosimultaneamente mortos. (TJSP-2008/2009) (DPEBA-2010) (TJRJ-2013) (DPEDF-2013) (TJDFT-2014) (MPPE-2014) (PGEPI-2014) (TJPB-2015) (MPSC-2016) (Cartórios/TJMG-2016) (MPMG-2017/2018) (TRF2-2018) (PCSE-2018) (MPSP-2019) (Cartórios/TJPR-2019) 
	(TRF2-2018-IBFC): Devido ao desabamento do Edifício Wilton Paes de Almeida, localizado na capital do Estado de São Paulo, após um incêndio de grandes proporções ocorrido no local, pai e filho se encontravam no interior do prédio e vieram a falecer. Não tendo sido identificado por perícia qual foi o momento da morte de cada um dos dois, assinale a alternativa correta: a hipótese é de comoriência. BL: art. 8º, CC.
##Atenção: ##TJRJ-2013: ##TJDFT-2014: ##PGEPI-2014: ##MPMG-2017: ##TRF2-2018: ##MPSP-2019: ##CESPE: ##VUNESP: A morte conjunta ocorrida no mesmo evento é comum, mas situações haverá de pessoas falecidas em locais ou ocasiões distintas, mas no mesmo instante, sem que se possa averiguar quem precedeu. Perceba que o requisito que a lei impõe é temporal, não havendo restrição em relação ao modo da morte. Portanto, a comoriência é o fenômeno da morte de duas ou mais pessoas no mesmo evento, que se traduz numa "presunção legal e relativa" quanto "ao momento da morte", conforme art. 8º do CC. Nestas situações, haverá presunção de comoriência de morte simultânea, aplicando o art. 8º do CC. No campo sucessório, se os comorientes são herdeiros uns dos outros, não há transferência de direitos entre eles. Ausente o vínculo sucessório, não há falar em comoriência. Sobre o tema, Maria Berenice Dias ensina: “Não havendo a possibilidade de saber quem é herdeiro de quem, a lei presume que as mortes foram concomitantes. Desaparece o vínculo sucessório entre ambos. Com isso, um não herda do outro e os bens de cada um passam aos seus respectivos herdeiros.”(fonte: DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Sucessões. 7. ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: RT, 2010, pág. 286.).
	(MPMG-2017): Assinale a alternativa correta: A comoriência encerra presunção relativa de falecimento ao mesmo tempo, não havendo necessidade de que seja do mesmo modo. BL: art. 8º, CC.
(TJDFT-2014-CESPE): A comoriência pode ser reconhecida ainda que os óbitos não tenham decorrido de um único acidente. BL: art. 8º, CC.
(TJRJ-2013-VUNESP): Marido e mulher, casados pelo regime da separação total de bens, morreram em um acidente de avião, sem se conseguir, aplicando-se todas as técnicas da medicina legal, identificar qual dos mortos faleceu primeiro. Deixaram filhos. Nesse caso, quanto à sucessão, é correto afirmar que pelo regime de bens, um cônjuge poderia ser herdeiro do outro, mas, no presente caso, devido à comoriência, não cabe direito sucessório entre si, pelo que os filhos serão os herdeiros de todo o monte partível. BL: art. 8º, CC.
(MPMG-2017): Assinale a alternativa correta: A comoriência é compatível com a morte presumida, sem a decretação de ausência. BL: art. 7º e 8º, CC.
##Atenção: A morte presumida é ficta, isto é, o juiz declara a morte de alguém, com base numa extrema probabilidade, em função de perigo de vida ou tendo desaparecido em guerra ou campanha por mais de dois anos. Perceba-se que em ambos os casos, é faltante o cadáver. Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, é possível decretar-se a comoriência, presumindo-se simultaneamente mortos.
Art. 9o Serão registrados em registro público: 
I - os nascimentos, casamentos e óbitos; (MPSP-2010) (TJDFT-2012) (PCPR-2013) (MPRR-2017) (MPBA-2018) (TJPA-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPPR-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
	(MPPR-2021): Em matéria de registro civil das pessoas naturais, é correto afirmar: Serão registrados os casamentos. BL: art. 9º, I, CC.
II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; (MPMG-2012) (PCPR-2013) (TRF4-2014) (TJPB-2015) (MPRR-2017) (MPBA-2018) (TJPA-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (Cartórios/TJMG-2019) (MPPR-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
 III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; (TJMT-2009) (MPMG-2012) (TRF2-2013) (DPEMA-2015) (MPBA-2018) (MPSC-2019) (Cartórios/TJMG-2019) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
	##Atenção: Tanto a interdição por incapacidade absoluta quanto a interdição por incapacidade relativa demandam registro em registro público.
IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida. (TJDFT-2012) (MPMG-2012) (PCPR-2013) (MPBA-2018) (Cartórios/TJMG-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
	##Atenção: Dica bem conhecida para ajudar a lembrar dos casos de REGISTRO:
NASCEU (nascimento) - CRESCEU (emancipação) - CASOU (casamento) - FICOU DOIDO (interdição) - FUGIU (ausência) e  MORREU (óbito e morte presumida).
Art. 10. Far-se-á averbação em registro público:
	##Atenção: Dica para diferenciar REGISTRO de AVERBAÇÃO:
· Registro (art. 9º) - iniciam com vogal 
· Averbação (art. 10) - iniciam com preposição Parte superior do formulárioParte inferior do formulário
I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; (MPSP-2006/2010) (MPCE-2011) (MPMG-2012) (TJMA-2013) (TRF2-2013) (PCPR-2013) (Cartórios/TJMG-2016) (MPRR-2017) (TJCE-2018) (TJPA-2019) (MPSC-2019) (MPPR-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
	(TJCE-2018-CESPE): Conforme o Código Civil e a Lei de Registros Públicos, depende de averbação a sentença de divórcio. BL: art. 10, I, CC c/c art. 29, §1º, “a” c/c art. 167, II, 14, da LRP.
(MPRR-2017-CESPE): No Registro Civil das Pessoas Naturais é feita a averbação: Das sentenças de nulidade do casamento. BL: art. 10, I, CC e art. 29, §1º, “a” da LRP.
II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação; (TJMG-2008) (TRF2-2013) (PCPR-2013) (TRF5-2015) (Cartórios/TJMG-2017/2019) (TJPA-2019) (MPSC-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPPR-2013/2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
	(TJPA-2019-CESPE): De acordo com o Código Civil, devem ser averbados em registro público os atos judiciais que declararem ou reconhecerem filiação. BL: art. 10, II, CC.
(TJPA-2019-CESPE): De acordo com o Código Civil, devem ser averbados em registro público os atos extrajudiciais que declararem ou reconhecerem filiação. BL: art. 10, II, CC.
(TJMG-2008): De acordo com o Código Civil, averba-se em registro público sentença que declara ou reconhece a filiação. BL: art. 10, II e art. 1609, II, ambos do CC.
III - (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009)
	JDC nº 272: Não é admitida em nosso ordenamento jurídico a adoção por ato extrajudicial, sendo indispensável a atuação jurisdicional, inclusive para a adoção de maiores de dezoito anos.
JDC nº 273: Tanto na adoção bilateral quanto na unilateral, quando não se preserva o vínculo com qualquer dos genitores originários, deverá ser averbado o cancelamento do registro originário de nascimento do adotado, lavrando-se novo registro. Sendo unilateral a adoção, e sempre que se preserve o vínculo originário com um dos genitores, deverá ser averbada a substituição do nome do pai ou mãe naturais pelo nome do pai ou mãe adotivos.
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE
	(TJPR-2008): É possível afirmar, mesmo à luz da doutrina que preconiza a constitucionalização do Direito Civil, que nem todo direito fundamental é direito da personalidade.
##Atenção: ##TJPR-2008: ##PCGO-2013: À luz da constitucionalização do Direito Civil, três são os princípios magnos afetos aos direitos da personalidade, quais sejam: a) os da dignidade humana; b) da solidariedade social e; c) da igualdade (art. 1º, III; 3º, I; 5º, caput, CF). Consequentemente, a garantia do direito à propriedade não guarda qualquer relação com os direitos da personalidade (art. 5º, XXII, CF).
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. (PGECE-2008) (TJMG-2009) (DPEMA-2009) (TJMS-2010) (DPEAM-2011) (PGESP-2012) (TRF4-2012) (PCAL-2012) (AGU-2010/2013) (MPDFT-2013) (Cartórios/TJES-2013) (Cartórios/TJPI-2013)(PGEGO-2013) (PCGO-2013) (MPRS-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (MPF-2011/2015) (MPT-2009/2013/2015) (DPEPE-2015) (TRT8-2015) (TCECE-2015) (PGEAM-2016) (PGEMS-2016) (MPMG-2010/2017) (DPEPR-2014/2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (MPBA-2015/2018) (Cartórios/TJMG-2016/2018) (MPMS-2018) (MPPI-2019) (PCES-2019) (MPSC-2021) (DPERJ-2021) (PCMS-2021) (PCPR-2021) (MPM-2021) (MPSP-2019/2022) (TJMA-2022) (TJRS-2022)
	JDC nº 04: O exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde que não seja permanente nem geral. (DPEMA-2009) (AGU-2010) (DPEAM-2011) (PGESP-2012) (TRF4-2012) (PCAL-2012) (Cartórios/TJES-2013) (Cartórios/TJPI-2013) (PCGO-2013) (MPT-2015) (TJDFT-2016) (PGEAM-2016) (PGEMS-2016) (MPSP-2019) (MPPI-2019) (DPERJ-2021) (PCMS-2021) (TJRS-2022)
JDC nº 139: Os direitos da personalidade podem sofrer limitações, ainda que não especificamente previstas em lei, não podendo ser exercidos com abuso de direito de seu titular, contrariamente à boa-fé objetiva e aos bons costumes. (DPEMA-2009) (AGU-2010) (PCAL-2012) (Cartórios/TJPI-2013) (DPERS-2014) (MPDFT-2015) (MPSC-2016) (MPSP-2019) (MPPI-2019) (PCMS-2021) (TJRS-2022)
JDC nº 274: Os direitos da personalidade, regulados de maneira não exaustiva pelo Código Civil, são expressões da cláusula geral de tutela da pessoa humana, contida no art. 1º, inc. III, da Constituição (princípio da dignidade da pessoa humana). Em caso de colisão entre eles, como nenhum pode sobrelevar os demais, deve-se aplicar a técnica da ponderação. (TJMG-2009) (PCAL-2012) (PCGO-2013) (TJPR-2014) (MPRS-2014) (TJRS-2022) (MPSP-2022)
JDC nº 531: A tutela da dignidade da pessoa humana na sociedade da informação inclui o direito ao esquecimento. (TJDFT-2014) (MPF-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (MPMS-2018)
JDC nº 532: É permitida a disposição gratuita do próprio corpo com objetivos exclusivamente científicos, nos termos dos arts. 11 e 13 do Código Civil.
	##Atenção: ##STJ: #DOD: O direito ao esquecimento não justifica a exclusão de matéria jornalística: O direito ao esquecimento é considerado incompatível com o ordenamento jurídico brasileiro. Logo, não é capaz de justificar a atribuição da obrigação de excluir a publicação relativa a fatos verídicos. STJ. 3ª T. REsp 1961581-MS, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 07/12/21 (Info 723).
##Atenção: ##STF: #DOD: ##MPSP-2022: O ordenamento jurídico brasileiro não consagra o denominado direito ao esquecimento: É incompatível com a Constituição a ideia de um direito ao esquecimento, assim entendido como o poder de obstar, em razão da passagem do tempo, a divulgação de fatos ou dados verídicos e licitamente obtidos e publicados em meios de comunicação social analógicos ou digitais. Eventuais excessos ou abusos no exercício da liberdade de expressão e de informação devem ser analisados caso a caso, a partir dos parâmetros constitucionais – especialmente os relativos à proteção da honra, da imagem, da privacidade e da personalidade em geral – e as expressas e específicas previsões legais nos âmbitos penal e cível. STF. Plenário. RE 1010606/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 11/2/2021 (Repercussão Geral – Tema 786) (Info 1005).
	##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Críticas ao chamado “direito ao esquecimento”: Vale ressaltar que há doutrinadores que criticam a existência de um “direito ao esquecimento”. O Min. Luis Felipe Salomão, no julgamento do REsp 1.335.153-RJ, apesar de ser favorável ao direito ao esquecimento, colacionou diversos argumentos contrários à tese. Vejamos os mais relevantes: a) o acolhimento do chamado direito ao esquecimento constituiria um atentado à liberdade de expressão e de imprensa; b) o direito de fazer desaparecer as informações que retratam uma pessoa significa perda da própria história, o que vale dizer que o direito ao esquecimento afronta o direito à memória de toda a sociedade; c) o direito ao esquecimento teria o condão de fazer desaparecer registros sobre crimes e criminosos perversos, que entraram para a história social, policial e judiciária, informações de inegável interesse público; d) é absurdo imaginar que uma informação que é lícita se torne ilícita pelo simples fato de que já passou muito tempo desde a sua ocorrência; e) quando alguém se insere em um fato de interesse coletivo, mitiga-se a proteção à intimidade e privacidade em benefício do interesse público. Sem dúvida nenhuma, o principal ponto de conflito quanto à aceitação do direito ao esquecimento reside justamente em como conciliar esse direito com a liberdade de expressão e de imprensa e com o direito à informação.[footnoteRef:7] [7: (MPF-2017): Relativamente ao chamado direito ao esquecimento, é correto afirmar que: A tese ganhou força com a aprovação do Enunciado 531 na VI Jornada de Direito Civil, promovida pelo CJF/STJ. BL: Enunc. 531, JDC.
(TJDFT-2014-CESPE): A tutela da dignidade da pessoa humana na sociedade da informação inclui o direito ao esquecimento. BL: Enunc. 531, JDC.] 
##Questão de concurso:
(MPSP-2022): Em decorrência dos direitos da personalidade, alguns sustentam haver possibilidade de se obstar, em razão da passagem do tempo, a divulgação de fatos ou dados verídicos e licitamente obtidos e publicados. Em relação a tal situação, o STF firmou o entendimento de que referido direito não se sobrepõe ao regular exercício da liberdade de expressão e de informação. BL: Info 1005, STF.
##Atenção: ##Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 138: ##MPSC-2021: ##CESPE: Tese 03: A voz humana encontra proteção nos direitos da personalidade, seja como direito autônomo ou como parte integrante do direito à imagem ou do direito à identidade pessoal.[footnoteRef:8] [8: (MPSC-2021-CESPE): Com relação aos direitos da personalidade, julgue o item a seguir, de acordo com o entendimento do STJ: A voz humana é amparada pelos direitos da personalidade, seja como elemento componente do direito à imagem ou do direito à identidade pessoal, seja na condição de direito autônomo. BL: Jurisprud. Teses/STJ.] 
##Atenção: ##Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 137: ##DPEPE-2015: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##CESPE: Tese 10: A tutela da dignidade da pessoa humana na sociedade da informação inclui o direito ao esquecimento, ou seja, o direito de não ser lembrado contra sua vontade, especificamente no tocante a fatos desabonadores à honra. (Vide Enunciado n. 531 da IV Jornada de Direito Civil do CJF)[footnoteRef:9] [9: (DPEPE-2015-CESPE): A respeito de direitos da personalidade, pessoas jurídicas e personalidade, julgue o item a seguir, de acordo com a jurisprudência do STJ. A exagerada e indefinida exploração midiática de crimes e tragédias privadas deve ser impedida, a fim de se respeitar o direito ao esquecimento das vítimas de crimes e, assim, preservar a dignidade da pessoa humana. BL: Enunciado 531, JDC e Jurisprud. Teses/STJ.] 
	(TJRS-2022-Faurgs): O CC/02 reconhece os direitos da personalidade. Com relação ao afirmado, assinale a assertiva correta: A personalidade é dotada de atributos, permitindo identificar a pessoa, sujeito de direito, e são: o nome, o estado, o domicílio, a capacidade e a fama. BL: art. 11, CC.
##Atenção: Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho conceituam-se os direitos da personalidade “como aqueles que têm por objeto os atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa em si e em suas projeções sociais. A ideia a nortear a disciplina dos direitos da personalidade é a de uma esfera extrapatrimonial do indivíduo, em que o sujeito tem reconhecidamente tutelada pela ordem jurídica uma série indeterminada de valores não redutíveis pecuniariamente, como a vida, a integridade física, a intimidade, a honra, entre outros”. (Fonte: GAGLIANO, Pablo Stolze. Manual de direito civil. volume único / Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho. – São Paulo : Saraiva, 2017).
(TJRS-2022-Faurgs): O CC/02 reconhece os direitos da personalidade. Com relação ao afirmado, assinale a assertiva correta: O fundamento dos direitos da personalidade é a dignidade da pessoa humana. BL: art. 11, CC e Enunc. 274, JDC.
(TJMA-2022-CESPE): Os direitosda personalidade, em regra, são intransmissíveis. BL: art. 11, CC.
(TJMA-2022-CESPE): Os direitos da personalidade, em regra, são irrenunciáveis. BL: art. 11, CC.
(MPSP-2019): Considere a afirmação a seguir: Os direitos da personalidade são extrapatrimoniais, imprescritíveis e vitalícios. BL: art. 11, CC.
##Atenção: ##AGU-2010/2013: ##PCGO-2013: ##DPERS-2014: ##TCECE-2015: ##PGEMS-2016: ##MPSP-2019: ##PCMS-2021: ##TJRS-2022: ##CESPE: ##FAPEC: ##Faurgs: ##FCC: Flávio Tartuce explica que, “partindo para a análise de suas características, os direitos da personalidade são tidos como intransmissíveis, irrenunciáveis, extrapatrimoniais e vitalícios, eis que comuns à própria existência da pessoa. Tratam-se ainda de direitos subjetivos, inerentes à pessoa (inatos), tidos como absolutos, indisponíveis, imprescritíveis e impenhoráveis.” (Fonte: TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil – Vol. Único, 10ª Ed., Forense: Editora Método, 2020, p. 93). Daniel Carnacchioni explica que “os direitos da personalidade são considerados absolutos no sentido da oponibilidade a todas as pessoas, erga omnes. A coletividade tem o dever geral de abstenção em relação aos direitos da personalidade, pois todos devem respeitar os direitos da personalidade da pessoa.” O prossegue o referido autor que “os direitos da personalidade são extrapatrimoniais, pois são insuscetíveis de apreciação econômica. Não é possível mensurar o valor da vida, da integridade física, da liberdade, da honra, da imagem, da vida privada e da intimidade”. (Fonte: CARNACCHIONI, Daniel. Manual de Direito Civil. Volume Único, Salvador. JusPodivm, 2017, p. 163).
	(TJMA-2022-CESPE): Os direitos da personalidade, em regra, são extrapatrimoniais. BL: art. 11, CC.
(TJMA-2022-CESPE): Os direitos da personalidade, em regra, são absolutos. BL: art. 11, CC.
(MPBA-2018): A partir de 1988, muito se falou no Brasil da influência da CF nos demais ramos Direito. Em 2002, o CC, sob a égide do Direito Constitucional, introduziu importantes modificações no Direito Privado Brasileiro, destacando-se aquelas relativas aos direitos da personalidade, à privacidade, à imagem, à integridade física entre outros relevantes direitos regulados na parte geral do referido diploma legal. Considere os preceitos normativos ali contidos e julgue a seguinte afirmativa: Os direitos da personalidade são intransferíveis com exceção dos casos previstos em lei. BL: art. 11, CC.
(MPSC-2016): De acordo com o CC/02, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. Todavia, alguns direitos excepcionam referida regra, como por exemplo, o direito a imagem e o direito a honra. BL: art. 11, CC e Enunc. 04, JDC.
##Atenção: ##MPSC-2016: ##PCMS-2021: ##TJRS-2022: ##FAPEC: ##Faurgs: Tartuce explica que, “via de regra, são irrenunciáveis e intransmissíveis, extrapatrimoniais e vitalícios, eis que comuns à própria existência da pessoa. São também direitos subjetivos, inerentes à pessoa (inatos). O direito da personalidade não é disponível no sentido estrito, sendo transmissíveis apenas expressões do uso do direito da personalidade. Em outras palavras, existem aspectos patrimoniais do direito de personalidade que podem ser destacados ou transmitidos, desde que de forma limitada. Ex.: cessão onerosa dos direitos patrimoniais da imagem de um atleta profissional, cessão patrimonial dos direitos do autor (art. 28, Lei 9.610/98).” (Fonte: TARTUCE, Flávio, Manual de Direito Civil, vol. único, 2016, p. 110-111).Parte superior do formulárioParte inferior do formulário
(TJPR-2014-PUCPR): Consistem em direitos da personalidade, dentre outros: o direito à vida, ao próprio corpo, à liberdade de pensamento e de expressão, à liberdade, à honra, ao recato, à imagem e à identidade. BL: art. 11, CC e Enunc. 274, JDC.
(DPERS-2014-FCC): Os direitos de personalidade são adquiridos pelo sujeito independentemente da vontade, mas seu exercício admite limitação voluntária, desde que esta não ocorra de forma geral e permanente. BL: art. 11, CC e Enunc. 04, JDC.
(DPERS-2014-FCC): O sistema de codificação do CC/02 estabeleceu a visão antropocêntrica ao Direito Privado, da qual é exemplo a previsão normativa dos direitos da personalidade.
(AGU-2013-CESPE): Acerca da das pessoas naturais, julgue o item seguinte: Embora os direitos da personalidade não possuam um prazo para o seu exercício em razão de serem imprescritíveis, a pretensão de reparação por dano moral sofrido sujeita-se a prazo prescricional. BL: art. 11, CC.
##Atenção: ##AGU-2013: ##TJRS-2022: ##CESPE: ##Faurgs: Os direitos da personalidade são imprescritíveis, irrenunciáveis e indisponíveis, não havendo prazo para seu exercício. Porém, se houver uma violação a um direito da personalidade, o prazo para a pretensão de reparação é prescricional, conforme disposto no art. 206, §3º, V do CC. Quanto à imprescritibilidade dos direitos da personalidade, o professor Yussef Said Cahali explica “É uniforme a doutrina no sentido de que os chamados direitos da personalidade são naturalmente imprescritíveis, pois, sendo indisponíveis não se concebe que a lesão do direito a respeito deles possa convalescer. Não se pode admitir que a lesão de um direito da personalidade se convalide pelo decurso do tempo, porque isso importaria na disponibilidade desse direito por quem o tivesse ofendido. O que estabelece o art. 12 é que “pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos”: ninguém será privado pela prescrição do direito à integridade física, ao nome, à honra, à dignidade, ao estado familiar, ao ser molestado esse direito”. (Fonte: CAHALI, Yussef Said. Prescrição e decadência. São Paulo: RT, 2012, p. 82.).
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. (MPSP-2008) (TJMG-2009) (DPEMA-2009) (PCPI-2009) (DPEGO-2010) (MPF-2008/2011) (TJRO-2011) (DPEAM-2011) (DPEPR-2012) (PGESP-2012) (MPT-2009/2012/2013) (MPDFT-2013) (PGEGO-2013) (MPPA-2014) (MPPE-2014) (DPERS-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (TRT8-2014) (TJPI-2015) (Cartórios/TJMG-2016) (MPBA-2015/2018) (MPMG-2010/2019) (TJRS-2022)
	JDC nº 05: 1) as disposições do art. 12 têm caráter geral e aplicam-se, inclusive, às situações previstas no art. 20, excepcionados os casos expressos de legitimidade para requerer as medidas nele estabelecidas; 2) as disposições do art. 20 do novo Código Civil têm a finalidade específica de regrar a projeção dos bens personalíssimos nas situações nele enumeradas. Com exceção dos casos expressos de legitimação que se conformem com a tipificação preconizada nessa norma, a ela podem ser aplicadas subsidiariamente as regras instituídas no art. 12.
JDC nº 140: A primeira parte do art. 12 do Código Civil refere-se às técnicas de tutela específica, aplicáveis de ofício, enunciadas no art. 461 do Código de Processo Civil, devendo ser interpretada com resultado extensivo.
JDC nº 631: A liberdade de expressão não goza de posição preferencial em relação aos direitos da personalidade no ordenamento jurídico brasileiro.
	(MPPE-2014-FCC): A artista “X”, que se apresenta totalmente nua frequentemente em casas noturnas, constatou que seus vizinhos sorrateiramente a espionavam, fotografavam e filmavam despida, no interior de sua residência, divulgando o material em redes sociais. Nesse caso ela poderá requerer ao Juiz competente providências para impedir e fazer cessar esses atos. BL: art. 12, CC.
(MPMG-2010): Nem todos os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, podendo o titular requerer que cesse a ameaça ou a lesão a qualquer deles. BL: arts. 11 e 12, CC.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente [= supérstite], ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. (MPF-2008) (PCPI-2009) (TJRO-2011) (DPEAM-2011) (TJMG-2009/2012) (DPEPR-2012) (PGESP-2012) (MPT-2009/2013)(TJSP-2013) (MPDFT-2013) (PGEGO-2013) (MPPA-2014) (DPERS-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (PGEBA-2014) (TRT8-2014) (TJPI-2015) (Cartórios/TJMG-2016) (PGEMS-2016) (MPBA-2015/2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (DPEDF-2013/2019) (MPMG-2019) (DPEBA-2021)
	Súmula 642-STJ: O direito à indenização por danos morais transmite-se com o falecimento do titular, possuindo os herdeiros da vítima legitimidade ativa para ajuizar ou prosseguir a ação indenizatória.
JDC nº 275: O rol dos legitimados de que tratam os arts. 12, parágrafo único, e 20, parágrafo único, do Código Civil também compreende o companheiro.
JDC nº 398: As medidas previstas no art. 12, parágrafo único, do Código Civil podem ser invocadas por qualquer uma das pessoas ali mencionadas de forma concorrente e autônoma. (Cartórios/TJSE-2014)
JDC nº 399: Os poderes conferidos aos legitimados para a tutela post mortem dos direitos da personalidade, nos termos dos arts. 12, parágrafo único, e 20, parágrafo único, do CC, não compreendem a faculdade de limitação voluntária.
JDC nº 400: Os parágrafos únicos dos arts. 12 e 20 asseguram legitimidade, por direito próprio, aos parentes, cônjuge ou companheiro para a tutela contra lesão perpetrada post mortem.
	##Atenção: ##STF: ##DOD: ##DPEDF-2019: ##CESPE: Inexistência do direito à indenização em razão da divulgação, no jornal, de imagem do cadáver morto em via pública: Jornal divulgou a foto do cadáver de um indivíduo morto em tiroteio ocorrido em via pública. Os familiares do morto ajuizaram ação de indenização por danos morais contra o jornal alegando que houve violação aos direitos de imagem. O STF julgou a ação improcedente argumentando que condenar o jornal seria uma forma de censura, o que afronta a liberdade de informação jornalística. STF. 2ª Turma. ARE 892127 AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 23/10/18 (Info 921).
	(MPMG-2019): Analise a seguinte proposição sobre o fim da personalidade da pessoa natural e marque a alternativa correta: É facultado ao cônjuge sobrevivente, ou a qualquer parente em linha reta ou colateral até o quarto grau, exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade de pessoa já falecida, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. BL: arts. 12, caput e único, CC
(Anal. Judic./STJ-2018-CESPE): O companheiro sobrevivente tem legitimidade para requerer medida judicial para que cesse lesão a direito da personalidade da pessoa falecida com quem possuía união estável. BL: art. 12, § único e Enunciado 275, JDC.
(MPBA-2015): O cônjuge sobrevivente ou qualquer parente do morto, em linha reta, ou colateral até o quarto grau, pode exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. BL: art. 12 e § único, CC.
##Atenção: Consagra o art. 12, § único do CC a situação dos lesados indiretos. Quando se tratar de lesão a interesses econômicos, o lesado indireto será aquele que sofre um prejuízo em interesse patrimonial próprio, resultante de dano causado a um bem jurídico alheio, podendo a vítima estar falecida ou declarada ausente. Assim, o lesado indireto reclama por direito próprio, por prejuízos que sofra, e age de forma concorrente e autônoma. É o que ocorre na situação de dano por ricochete. Os legitimados previstos legalmente para proteção dos direitos da personalidade são: a) cônjuge sobrevivente; b) parentes em linha reta ou colateral até 4º grau.
(MPPA-2014-FCC): Gilberto Costa, mais conhecido pelo pseudônimo Jacinto Perez, faleceu deixando apenas sobrinhos. Depois de seu falecimento, passou a ser injustamente difamado em redes sociais. As ofensas mencionavam ora Gilberto Costa ora Jacinto Perez. Os sobrinhos poderão requerer que cessem as ofensas ao falecido tio, não importando se dirigidas a Gilberto Costa ou a Jacinto Perez, além de reclamar perdas e danos. BL: art. 12 c/c art. 19, CC.
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. (DPEMA-2009) (DPEAM-2011) (MPSP-2012) (PCRJ-2012) (TJSC-2013) (MPSC-2013) (Cartórios/TJPI-2013) (PGEGO-2013) (MPT-2013) (TRF4-2012/2014) (TRT2-2014) (TJDFT-2015) (PGEMS-2016) (DPEPR-2017) (PCMS-2017) (PCRS-2018) (TJPR-2010/2019) (DPERJ-2021) (DPESC-2021) (Cartórios/TJMS-2021) (PGECE-2021) (PCMG-2021) (PCPR-2021) (TJMG-2007/2022)
	(DPERJ-2021-FGV): A respeito dos direitos da personalidade, é correto afirmar que: as partes destacadas e recuperáveis do corpo humano – como fio de cabelo, saliva, sêmen – merecem a mesma proteção recebida pelas partes não recuperáveis do corpo.
##Atenção: O direito à integridade física concerne à proteção jurídica do corpo humano, isto é, à sua incolumidade corporal, incluída a tutela do corpo vivo e do corpo morto, além dos tecidos, órgãos e partes suscetíveis de separação e individualização. O STJ reconhece a proteção à integridade física independentemente de o dano ter deixado sequelas graves (STJ, REsp. 575.576, 2004) (CRISTIANO, Chaves. Curso de Direito Civil, Vol. 1. 15ª Ed. Salvador: Juspodivm, 2017, p. 225). Anderson Schreiber que embora o CC/02 não tenha tratado especificamente das partes destacadas do corpo humano, como unhas, fios de cabelo e sêmen, se limitando a estabelecer que são proibidos os atos de disposição do próprio corpo (art. 13), a doutrina tem entendido que há extensão, ou seja, que elas estão incluídas na proteção legal. (Fonte: Artigo de Anderson Schreiber publicado na obra: Gustavo Tepedino; Luiz Edson Fachin. (Orgs.). Diálogos sobre Direito Civil. Rio de Janeiro: Renovar, 2008, v. II, p. 231-264).
##Atenção: A teor do art. 13 do CC, os direitos da personalidade estão sujeitos à disponibilidade relativa.
##Atenção: Segundo o teor do art. 13 do CC, é defeso, ou seja, é proibido, o ato de disposição do próprio corpo quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. Desse modo, toda pessoa tem direito a dispor de seu próprio corpo, desde que tal disposição não resulte em diminuição permanente da integridade física ou contrarie os bons costumes. Em se tratando de diminuições permanentes da integridade física, como ocorrem nas amputações por gangrena de extremidades ou para retirada de órgãos e tecidos cancerígenos, são possíveis através de exigência médica. Por "exigência médica" entende-se não só a busca pelo bem estar físico, mas também pelo psicológico, consoante o teor do Enunciado 6 da I JDC, abaixo citado. 
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial. (DPEMA-2009) (MPSP-2012) (MPSC-2013) (Cartórios/TJPI-2013) (TRF4-2014) (TRT2-2014) (TJDFT-2015) (PGEMS-2016) (DPEPR-2017) (PCRS-2018) (TJMS-2020) (DPESC-2021) (Cartórios/TJMS-2021) (PCMG-2021) (PCPR-2021) (TJMG-2007/2022)
	JDC nº 06: A expressão “exigência médica” contida no art. 13 refere-se tanto ao bem-estar físico quanto ao bem-estar psíquico do disponente. (DPEMA-2009) (TRF4-2014) (Cartórios/TJMS-2021)
JDC nº 276: O art. 13 do Código Civil, ao permitir a disposição do próprio corpo por exigência médica, autoriza as cirurgias de transgenitalização, em conformidade com os procedimentos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina, e a consequente alteração do prenome e do sexo no Registro Civil. (DPEMA-2009) (TJDFT-2015) (PCMS-2017) (Cartórios/TJMS-2021)
JDC nº 401: Não contraria os bons costumes a cessão gratuita de direitos de uso de material biológico para fins de pesquisa científica, desde que a manifestação de vontade tenha sido livre, esclarecida e puder ser revogada a qualquer tempo, conforme as normas éticas que regem a pesquisa científica e o respeito aos direitos fundamentais.
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPSC-2019: Não se exige que o indivíduo tenha deixado um documento escrito dizendo que desejava ser submetido à criogenia, podendo essa vontade ser provada por outros meios, como a declaração do familiar mais próximo. Não há exigência de formalidadeespecífica acerca da manifestação de última vontade do indivíduo sobre a destinação de seu corpo após a morte, sendo possível a submissão do cadáver ao procedimento de criogenia em atenção à vontade manifestada em vida. A criogenia (ou criopreservação) é a técnica de congelamento do corpo humano após a morte, em baixíssima temperatura, a fim de conservá-lo, com o intuito de reanimação futura da pessoa caso sobrevenha alguma importante descoberta científica que possibilite o seu retorno à vida. Em outras palavras, a criogenia consiste no congelamento de cadáveres a baixas temperaturas, com a finalidade de que, com os possíveis avanços da ciência, sejam, um dia, ressuscitados. STJ. 3ª T. REsp 1693718-RJ, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, j. 26/3/19 (Info 645).
	(MPSC-2019): Segundo entendimento do STJ, não há exigência de formalidade específica acerca da manifestação de última vontade do indivíduo sobre a destinação de seu corpo após a morte, sendo possível a submissão do cadáver ao procedimento de criogenia em atenção à vontade manifestada em vida. BL: Info 645, STJ.
	(PCRS-2018-Fundatec): Além da possibilidade legal de realização de transplantes e exceto por determinação médica, é defeso o ato de disposição sobre o próprio corpo quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. BL: art. 13 e § único, CC.
(MPSC-2013): Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física ou contrariar os bons costumes. O ato a que se refere a lei será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial. BL: art. 13 e § único, CC.
(MPSP-2012): Por se tratar de direito da personalidade, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes, salvo na seguinte hipótese: Para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial. BL: art. 13, CC.
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. (DPEMA-2009) (PGEAL-2009) (DPEAM-2011) (PGESP-2012) (PGEGO-2013) (MPT-2013) (TRF4-2014) (MPDFT-2015) (TJSP-2015) (PCCE-2015) (TRT8-2015) (PGEMS-2016) (MPMG-2017) (DPEPR-2017) (PCMS-2017) (Anal. Judic./TRF5-2017) (MPBA-2015/2018) (TJPR-2010/2019) (Cartórios/TJMG-2018/2019) (Cartórios/TJPR-2019) (TJMS-2020) (DPERJ-2021) (Cartórios/TJMS-2021) (PGECE-2021) (PGEPB-2021) (PCMG-2021) (PCPR-2021) (MPM-2021) (TJMG-2007/2012/2022)
	JDC nº 277: O art. 14 do Código Civil, ao afirmar a validade da disposição gratuita do próprio corpo, com objetivo científico ou altruístico, para depois da morte, determinou que a manifestação expressa do doador de órgãos em vida prevalece sobre a vontade dos familiares, portanto, a aplicação do art. 4º da Lei n. 9.434/97 ficou restrita à hipótese de silêncio do potencial doador. (TRF4-2014) (MPMG-2017) (PCMS-2017) (Cartórios/TJPR-2019) (TJMS-2020) (PCPR-2021)
	(PGEPB-2021-CESPE): Com o objetivo de colaborar na cura de doença autoimune, Pedro decidiu dispor do próprio corpo após sua morte. Nessa situação hipotética, o ato de disposição é considerado válido. BL: art. 14, CC.
(TJMS-2020-FCC): Luiz Antônio, sentindo-se perto da morte, por meio de testamento, dispõe gratuitamente do próprio corpo em prol da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, para estudos em curso médico. Excepciona porém o coração, em relação ao qual pleiteia seja enterrado no túmulo de sua família. Esse ato é válido, por ter objetivo científico, ser gratuito e por não ser defesa a disposição parcial do corpo após a morte. BL: art. 13, § único c/c art. 14, CC.
(TJPR-2019-CESPE): Conforme os direitos da personalidade, a disposição do próprio corpo é permitida, após a morte, para fins científicos e de forma gratuita. BL: art. 14, CC.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo. (DPEMA-2009) (TJPR-2010) (DPEAM-2011) (PGEGO-2013) (MPT-2013) (TRF4-2014) (PCCE-2015) (PGEMS-2016) (MPMG-2017) (DPEPR-2017) (Anal. Judic./TRF5-2017) (MPBA-2018) (Cartórios/TJMG-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (TJMS-2020) (DPERJ-2021) (Cartórios/TJMS-2021) (PCPR-2021) (MPM-2021) (TJMG-2007/2012/2022)
	JDC nº 402: O art. 14, parágrafo único, do Código Civil, fundado no consentimento informado, não dispensa o consentimento dos adolescentes para a doação de medula óssea prevista no art. 9º, § 6º, da Lei n. 9.434/1997 por aplicação analógica dos arts. 28, § 2º (alterado pela Lei n. 12.010/2009), e 45, § 2º, do ECA.
	(Cartórios/TJPR-2019-UFPR): Afrânio, renomado cientista, ofereceu seu corpo para estudo após a sua morte. Para tanto, registrou sua vontade em cartório. Todavia, três anos após o registro em cartório, se arrependeu do ato de disposição de seu próprio corpo, por questões religiosas. Sobre o ato de revogação, é correto afirmar: O ato de disposição pode ser revogado a qualquer tempo. BL: art. 14 e § único, CC.
(MPBA-2018): Considere que, na atualidade, há grande apelo para as doações de órgãos e tecidos humanos e para atender a essa necessidade a lei civil estabelece que, com o objetivo exclusivamente altruístico, ou científico pode o cidadão dispor para depois de sua morte: Do próprio corpo, no todo ou em parte, sendo tal disposição revogável e gratuita. BL: art. 14 e § único, CC.
(Anal. Judic./TRF5-2017-FCC): Paulo se obrigou a ceder à terceiro o seu corpo, depois de morto, em contrapartida ao pagamento de mil reais aos seus herdeiros. Nesse caso, de acordo com o CC/02, esse contrato é inválido, pois não se admite a disposição onerosa do próprio corpo para depois da morte. BL: art. 14, CC.
(TJMG-2007): Na sistemática do Código Civil, os direitos da personalidade são indisponíveis. Mas, casualmente, admite-se temperamentos. Assim, são relativamente disponíveis, de acordo com a lei: o direito à integridade física. BL: arts. 13 e 14, CC.
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. (DPEES-2008) (DPEAM-2011) (DPESP-2012) (PCRJ-2012) (PGEGO-2013) (PCGO-2013) (TJDFT-2015) (MPBA-2015) (MPT-2015) (TJSP-2017) (DPEPR-2017) (PCMS-2017) (Cartórios/TJMG-2015/2018) (PGECE-2021) (PCPR-2021) (TJMG-2012/2022)
	JDC nº 403: O Direito à inviolabilidade de consciência e de crença, previsto no art. 5º, VI, da Constituição Federal, aplica-se também à pessoa que se nega a tratamento médico, inclusive transfusão de sangue, com ou sem risco de morte, em razão do tratamento ou da falta dele, desde que observados os seguintes critérios: a) capacidade civil plena, excluído o suprimento pelo representante ou assistente; b) manifestação de vontade livre, consciente e informada; e c) oposição que diga respeito exclusivamente à própria pessoa do declarante. (PCGO-2013) (TJDFT-2015)
JDC nº 533: O paciente plenamente capaz poderá deliberar sobre todos os aspectos concernentes a tratamento médico que possa lhe causar risco de vida, seja imediato ou mediato, salvo as situações de emergência ou no curso de procedimentos médicos cirúrgicos que não possam ser interrompidos. (TJSP-2017) (DPEPR-2017) (PCMS-2017)
	(PGECE-2021-CESPE): Com relação a direitos de personalidade, assinale a opção correta: Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco à vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. BL: art. 15, CC.
(TJSP-2017-VUNESP): No caso da celebração de um contrato de prestação de serviços vinculados à saúde, a obtenção do consentimento informado do paciente, destinatário final do atendimento, é obrigatória, tratando-se de obrigação vinculada ao princípio da boa-fé. BL: art. 15, CC e Enunc. 533, JDC. 
##Atenção: Todos os riscos e possíveis sequelas provenientes de determinado ato cirúrgico devem ser previamente alertados ao paciente, para que possa ser obtido seu consentimento. Assim, se o médico deixar de informar o paciente sobre possíveis sequelas decorrentes do ato cirúrgico deve indenizá-lo, ainda que tenha sido diligente

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