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Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB)

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Prévia do material em texto

LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira.
	Última atualização legislativa: Lei 13.655/18 (publicada em 26/04/18, sendo que o art. 29 entrará em vigor após decorridos 180 dias de sua publicação oficial + inclusão de comentários do site Dizer o Direito).
Última atualização questões de concurso: 04/10/2022. 
Observações quanto à compreensão do material:
1) Cores utilizadas:
· EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, verbos, bem como outras informações relevantes, etc.
· EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
· EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação, especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe na LINDB).
· EM AMARELO: destaques importantes (ex.: critério pessoal)
2) Siglas utilizadas:
· MP (concursos do Ministério Público); M ou TJMG (concursos da Magistratura); BL (base legal, etc.
DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942.
	
	Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro.[footnoteRef:1] (Redação dada pela Lei nº 12.376, de 2010 [1: (PCAL-2012-CESPE): A LINDB é considerada uma lex legum, ou seja, uma norma de sobredireito.
##Atenção: A Lei de introdução é uma lex legum pois ela regula as próprias normas jurídicas, e não a relação entre indivíduos. Lembrando que a Lei de introdução não se refere apenas ao código civil, mas atingindo outros ramos também do direito, inclusive do direito público.] 
O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição, decreta:
Art. 1o  Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. (MPCE-2009) (DPEMA-2009) (DPEMT-2009) (PGEAL-2009) (PGESP-2009) (PGEGO-2010) (TRF1-2011) (TJRS-2012) (TJPR-2012) (MPSP-2012) (MPSC-2012) (Cartórios/TJSP-2012) (TRF2-2009/2013) (MPRO-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (Cartórios/TJRR-2013) (TRT14-2013) (MPMG-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PGEMS-2014) (TRT2-2014) (TRT18-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (MPMS-2013/2015) (TJPE-2015) (MPDFT-2015) (MPF-2015) (TRT16-2015) (TCECE-2015) (TJAM-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (Anal. Judic./TRF5-2017) (TJMT-2018) (MPBA-2018) (PCSE-2018) (PF-2018) (MPGO-2019) (Cartórios/TJRS-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (PCPA-2021) (MPPE-2014/2022) (MPSE-2022) (PGERO-2022)
	##Atenção: ##Cartórios/TJRR-2013: ##PCPI-2018: ##Téc. Judic./STJ-2018: ##CESPE: O período de vacatio legis é o lapso temporal entre a publicação e o começo da vigência da lei, de sorte que o legislador apenas estabeleceu em seu art. 1º que, salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada, independentemente de ser norma de direito material ou norma de direito processual. Parte superior do formulárioParte inferior do formulário
	(Téc. Judic./STJ-2018-CESPE): O intervalo temporal entre a publicação e o início de vigência de uma lei denomina-se vacatio legis. BL: art. 1º, LINDB.
##Atenção: Segundo dispõe o art. 8º, §1º da LC 95/98, a contagem do prazo para entrada em vigor de leis que estabelecem período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral. Não interessa se a data final seja feriado ou final de semana, entrando em vigor mesmo assim. Logo, a data não é prorrogada para o dia útil seguinte.
##Atenção: ##TCECE-2015: ##FCC: O processo de criação da lei passa por três fases: de elaboração ou iniciativa; promulgação; e publicação. A lei passa a vigorar após quarenta e cinco dias de sua publicação, salvo disposição contrária (art. 1º, LINDB).
##Atenção: ##STJ: "Até o advento da Lei 9.784/99, a Administração podia revogar, a qualquer tempo, os seus próprios atos, quando eivados de vícios, na dicção das Súmulas 346 e 473/STF. A Lei 9.784/99, ao disciplinar o processo administrativo, estabeleceu o prazo de cinco anos para que pudesse a Administração revogar os seus atos (art. 54). A vigência do dispositivo, dentro da lógica interpretativa, tem início a partir da publicação da lei, não sendo possível retroagir a norma para limitar a Administração em relação ao passado."(MS 9157 DF, Rel. Ministra ELIANA CALMON, CORTE ESPECIAL, julgado em 16/02/2005, DJ 07/11/2005, p. 71)
##Atenção: ##STJ: "A validade da lei ocorre com sua publicação, ainda que o Diário Oficial tenha circulado em data diversa." (REsp 448315 SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA TURMA, julgado em 03/08/2006, DJ 18/08/2006, p. 365)
##Atenção: ##STJ: "Tratando-se de município que não possui órgão de imprensa oficial, é válida a publicação das leis e dos atos administrativos municipais através da afixação na sede de prefeitura. Precedentes do STF e do STJ. (REsp 148315 RS, Rel. Ministro ADHEMAR MACIEL, SEGUNDA TURMA, j. 01/10/1998, DJ 01/02/1999, p. 147)
##Atenção: ##STJ: ##TCDF-2013: ##MPF-2015: ##CESPE: "Quanto à eficácia retroativa das leis, que envolve a questão da sua força para regular fatos do passado (facta praeterita), assinale-se que, em regra, não é aceitável, tendo em vista a generalizada idéia de que as leis dispõem para o futuro, conforme assimilado pelo art. 1° da Lei de Introdução do Código Civil (LICC), nestes termos: Art. 1° - Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o País 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente publicada. 6. Essa orientação, aliás, segundo a precisa informação ministrada pelo eminente Professor RUBENS LIMONGI FRANÇA, remonta às experiências civilizatórias mais antigas, encontrando-se nas suas vetustas legislações a proibição de as leis retroagirem (A Irretroatividade das Leis e o Direito Adquirido, RT, São Paulo, 1982, Cap. I); no mesmo sentido as anotações do Professor JOSÉ EDUARDO MARTINS CARDOSO (Da Retroatividade da Lei, RT, São Paulo, 1995, p. 253 e segs.). 7. Entretanto, como se observa nesse mesmo art. 1° da LICC, o sistema jurídico admite que a regra da vigência da lei após 45 dias de sua publicação seja excepcionada; isso quer dizer que o prazo de 45 dias poderá ser alterado para mais ou para menos, significando também que poderá ter aplicação retroativa (para regular fatos anteriores à sua edição), bastando que contenha a tal cláusula excepcionante. 8. Portanto, pode-se afirmar, seguramente, que a lei que contiver essa cláusula tem aplicação retroativa; a presença dessa ressalva, portanto, permite a conclusão de que a retroatividade normativa é possível ou é aceitável e admitida pelo ordenamento jurídico nacional, exigindo-se, como sua condição primária, que a lei emergente contenha a disposição excepcionante da sua normal aplicação ad futurum. 9. Entretanto, a presença do dispositivo que preveja a respectiva retroação, embora necessária, não se mostra suficiente à realização desse excepcional fenômeno jurídico, eis que, mesmo eventualmente contendo a cláusula que autorize a sua aplicação retroativa, impõe-se que essa retroatividade não infrinja o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada; o respeito a essa tríade é um autêntico dogma do Direito moderno, não se podendo desconhecer que se trata de preceito que põe a salvo as situações consolidadas, protegendo-as contra a inovação legislativa. Por conseguinte, duas serão as precondições para que uma lei possa ter aplicação a fatos passados: (a) que contenha expressamente a disposição excepcionadora inserta no art. 1o. da LICC e (b) respeite o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, como vem proclamado no art. 6o., da mesma LICC. 10. No caso em julgamento, verifica-se que a norma legal afluente (ou nova) destacou a retroatividade a 1°. de março de 2000 só e somente dos valores pertinentes ao vencimento básico dos Procuradores da Fazenda Nacional, conforme explicitado no art. 3o. da Lei 10.549/2002, nada dispondo a respeito das demais parcelas integrantesda remuneração da Categoria. 11. Ressalte-se, por evidente, que a Lei em apreço poderia conter disposição que previsse a retrooperância de todos os seus artigos e, nessa hipótese, é claro que não se haveria de discutir se esse ou aquele dispositivo não teria aplicação a fatos pretéritos (porque a retrooperância seria da lei como um todo), mas o certo é que a norma previu a retroatividade de apenas um dos seus dispositivos, precisamente o que fixa o valor do vencimento básico dos Procuradores da Fazenda Nacional. 12. Tendo em vista que a norma legal foi expressa quanto à retroatividade de apenas uma parte, entendo não ser legítimo, por força de interpretação ou de investigação do fugidio conceito de vontade do legislador, afirmar-se a retroação total da norma, desprezando-se, a um só tempo, a sua própria dicção, a dicção do art. 1°. da LICC e a tradição do Direito Escrito, que apregoa a irretroatividade como regra, salvo se a lei contiver cláusula em contrário e, ainda assim, ressalve a trilogia que resguarda a segurança jurídica." (REsp 963680 RS, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, 5ª Turma, j. 30/10/08).
	(MPPE-2022-FCC): De acordo com o que disciplina o ordenamento jurídico em relação à vigência de lei brasileira, considere a assertiva a seguir: Não há vedação para que lei brasileira, em seu texto, estabeleça sua vigência imediata. BL: art. 1º, LINDB.
(MPPE-2022-FCC): De acordo com o que disciplina o ordenamento jurídico em relação à vigência de lei brasileira, considere a assertiva a seguir: A lei brasileira, em regra, terá efeito imediato e geral no território nacional, após 45 dias da sua publicação oficial. BL: art. 1º, LINDB.
(TJMT-2018-VUNESP): Assinale a alternativa que corresponde à regra constante da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro que positivou o princípio da vigência sincrônica: Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. BL: art. 1º, LINDB.
##Atenção: ##Cartórios/TJSP-2012: ##MPRO-2013: ##Cartórios/TJMT-2014: ##MPMS-2015: ##MPBA-2018: ##MPSE-2022: ##CESPE: ##FMP: ##VUNESP: Pelo Princípio da vigência sincrônica (ou vigência simultânea da norma) entende-se que a obrigatoriedade da lei é simultânea, porque entra em vigor a um só tempo em todo o país, ou seja, quarenta e cinco dias após sua publicação, não havendo data estipulada para sua entrada em vigor. Está previsto no ordenamento jurídico no art. 1º da LINDB.
	(MPMS-2015-FAPEC): Segundo a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lei nº 4.657/42), aplica-se o princípio da vigência sincrônica quando a lei for omissa quanto ao período de vacatio legis. BL: art. 1º, LINDB.
(TRF2-2009-CESPE): A respeito da aplicabilidade da LINDB, julgue o próximo item: O sistema da obrigatoriedade simultânea regula a obrigatoriedade da lei no país, a qual entra em vigor, em todo o território nacional, quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada, se não haver disposição em contrário. BL: art. 1º, LINDB.
(PCSE-2018-CESPE): Uma nova lei, que disciplinou integralmente matéria antes regulada por outra norma, foi publicada oficialmente sem estabelecer data para a sua entrada em vigor e sem prever prazo de sua vigência. Sessenta dias após a publicação oficial dessa nova lei, foi ajuizada uma ação em que as partes discutem um contrato firmado anos antes sobre o assunto objeto das referidas normas. Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o seguinte item, com base na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro: No momento do ajuizamento da ação, a nova lei já estava em vigor. BL: art. 1º, LINDB.
(PGM-Várzea Paulista/SP-2016-VUNESP): Assinale a alternativa correta, de acordo com as disposições da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lei 4.657/42): É válida a disposição legal que estabelece vacatio legis por prazo inferior a 7 dias. BL: art. 1º, LINDB.
(MPDFT-2015): Havendo omissão quanto ao prazo de entrada em vigor de lei nacional, deve-se considerar que começa a vigorar quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. BL: art. 1º, LINDB.
(TJPE-2015-FCC): O negócio jurídico celebrado durante a vacatio de uma lei que o irá proibir é válido, porque a lei ainda não está em vigor. 
##Atenção: ##TRF2-2009: ##CESPE: O plano da validade de um negócio jurídico é regulado pela norma em vigor no momento de sua celebração. Se a lei estava cumprindo o prazo de vacatio, é sinal que a mesma ainda não estava em vigor (art. 1°, LINDB: Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada). Se ela não estava em vigor o negócio ainda não havia sido proibido. Não sendo proibido o negócio no momento de sua celebração ele será reputado válido. Trata-se da regra estampada no art. 2.035, CC: A validade dos negócios e demais atos jurídicos, constituídos antes da entrada em vigor deste Código, obedece ao disposto nas leis anteriores, referidas no art. 2.045, mas os seus efeitos, produzidos após a vigência deste Código, aos preceitos dele se subordinam, salvo se houver sido prevista pelas partes determinada forma de execução.
	(TRF2-2009-CESPE): A respeito da aplicabilidade da LINDB, julgue o próximo item: Publicada lei nova, os atos praticados durante a vacatio legis de conformidade com a lei antiga terão validade, ainda que destinados a evitar os efeitos da lei nova. BL: art. 1º, LINDB.
(MPPE-2014-FCC): Publicada uma lei considerada de ordem pública, se, durante o período de sua vacatio, realizar-se negócio jurídico que por ela foi proibido, ele será válido. BL: art. 1º, LINDB.
(MPCE-2009-FCC): A elaboração de texto legal deve observar regras técnicas estabelecidas na LC nº 95, de 26/02/98, entre as quais a indicação de sua vigência, “de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula 'entra em vigor na data de sua publicação' para as leis de pequena repercussão”, entretanto, salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 45 dias depois de oficialmente publicada. BL: art. 1º, LINDB.
§ 1o  Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada.  (Vide Lei nº 2.807, de 1956) [##Atenção: três meses não é o mesmo que 90 dias] (MPCE-2009) (DPEMA-2009) (DPEMT-2009) (PGEGO-2010) (MPMS-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (TRT14-2013) (PGEMS-2014) (TRT18-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (MPMS-2015) (TRT8-2015) (TRT16-2015) (TJAM-2016) (MPGO-2019) (Cartórios/TJMG-2019) (MPPE-2022) (PGERO-2022)
	(PGERO-2022-CESPE): Segundo a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, a regra geral, quando aplicável, é que a lei brasileira, depois de oficialmente publicada, inicia sua vigência em 45 dias em todo o país e em 3 meses nos Estados estrangeiros. BL: art. 1º, caput e §1º, LINDB.
(MPGO-2019): Sobre a vigência das normas no Direito Brasileiro, disciplinada pelo Decreto-Lei 4.657/42 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), é correto afirmar: Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada, contudo, nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. BL: art. 1º, caput e §1º, LINDB.
§ 2o  (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009).
§ 3o  Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. [obs.: norma corretiva] (TJRR-2008) (DPEMA-2009) (TJSP-2011) (MPMS-2013) (MPMG-2014) (TRT2-2014) (TRT8-2015) (TJAM-2016) (DPEPR-2017) (PCGO-2017) (PGM-Sumaré/SP-2017) (MPBA-2018) (TJPR-2010/2019) (PGM-Ribeirão Preto/SP-2019)
	(PGM-Sumaré/SP-2017-VUNESP): Determinado projeto de lei ordinária, após regular processo legislativo, foi enviado ao Presidente da República para sanção. O Presidente, no entanto, permaneceuinerte, deixando de sancioná-lo ou vetá-lo, total ou parcialmente. O projeto de lei nada dispunha sobre a vacatio legis, e seu texto foi oficialmente publicado 25 dias após o recebimento do projeto de lei pelo Presidente. No entanto, 3 dias após a publicação original, o texto foi novamente publicado para corrigir erros da publicação anterior. Nesse cenário, é correto afirmar que, a vacatio legis será de 45 dias, a contar da segunda publicação oficial. BL: art. 1º, §3º da LINDB.
(PCGO-2017-CESPE): A Lei n.º XX/XXXX, composta por quinze artigos, elaborada pelo Congresso Nacional, foi sancionada, promulgada e publicada. A respeito dessa situação, assinale a opção correta, de acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. Se algum dos artigos da lei sofrer alteração antes de ela entrar em vigor, será contado um novo período de vacância para o dispositivo alterado. BL: art. 1º, §3º da LINDB.
(TJSP-2011-VUNESP): Se durante a vacatio legis ocorrer nova publicação de texto de lei, destinada a correção, o prazo da obrigatoriedade, com relação à parte corrigida, começará a correr da nova publicação. BL: art. 1º, §3º da LINDB.
##Atenção: "Se durante a vacatio legis ocorrer nova publicação do texto legal, para correção de erros materiais ou falha de ortografia, o prazo da obrigatoriedade começará a correr da nova publicação (LICC, art. 1º, § 3º). O novo prazo para entrada em vigor da lei só corre para a parte corrigida ou emendada, ou seja, apenas os artigos republicados terão prazo de vigência contado da nova publicação, para que o texto correto seja conhecido, sem necessidade de que se vote nova lei. Os direitos e obrigações baseados no texto legal publicado hão de ser respeitados. Se a lei já entrou em vigor, tais correções são consideradas lei nova, tornando-se obrigatória após o decurso da vacatio legis (LICC, art. 1º, § 4º). Mas, pelo fato de a lei emendada, mesmo com incorreções, ter adquirido força obrigatória, os direitos adquiridos na sua vigência têm de ser resguardados, não sendo atingidos pela publicação do texto corrigido. Admite-se que o juiz, ao aplicar a lei, possa corrigir os erros materiais evidentes, especialmente os de ortografia, mas não os erros substanciais, que podem alterar o sentido do dispositivo legal, sendo imprescindível, neste caso, nova publicação." (Gonçalves, Carlos Roberto Direito civil esquematizado, volume I).
(TJRR-2008-FCC): Com a nova publicação da lei, destinada a correção, se antes de ela entrar em vigor, a vacatio legis começará a correr da nova publicação. BL: art. 1º, §3º, LINDB.
§ 4o  As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. [obs.: norma corretiva] (TRF2-2009) (MPSP-2012) (MPMS-2013) (MPSC-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (MPGO-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (MPMG-2017) (DPEPR-2017) (MPBA-2018) (TJPR-2019)
	##Atenção: ##STJ: "O deslinde da controvérsia cinge-se à possibilidade de aplicação retroativa de alíquota do Imposto de Importação, alterada em face de erro material na publicação da Resolução CAMEX nº 42, a qual foi posteriormente majorada por meio de correção (errata) publicada posteriormente à ocorrência do fato gerador do tributo. Observa-se que a referida resolução, apesar de não poder ser considerada como lei em sentido estrito, goza dos atributos de generalidade e abstração, que a impedem de ser considerada com mero ato administrativo. Assim, é plenamente aplicável o disposto no art. 1º, § 4º, do Decreto-Lei 4.657/62 (Lei de Introdução ao Código Civil - LICC): 'Art. 1º (...) Omissis § 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.' Quanto à ocorrência de eventuais erros cometidos em textos legais, observa Vitor F. Kümpel que estes podem ser qualificados como irrelevantes ou como substanciais. Esclarece o mencionado autor: 'O erro irrelevante é aquele que o juiz pode corrigir ex auctoritate, isto é, o juiz pode corrigir de ofício, tendo autoridade para isso, na medida em que o erro não apresente divergência na interpretação. Assim é o caso do Código Civil de 1916 quando ao tratar da hipoteca grafava a palavra remissão com dois 's', quando o correto era com 'ç', no sentido de resgate ou pagamento e não no sentido de perdão. Nunca houve qualquer divergência quanto à interpretação da norma, sendo óbvio que ninguém iria perdoar o devedor e liberá-lo do pagamento. O erro substancial é aquele que gera problema de interpretação e que precisa ser retificado para não ocasionar intranquilidade no sistema jurídico. Na medida em que o erro substancial provoca mudança na interpretação e aplicação da norma, imprescindível a sua supressão, retificando-se o sistema jurídico.' (KÜMPEL, Vitor Frederico. Introdução ao Estudo do Direito: Lei de Introdução ao Código Civil e Hermenêutica Jurídica. São Paulo: Método, 2007, p. 122) Nesse sentido, havendo alteração total ou parcial no sentido/aplicação da lei corrigida, tal modificação deverá produzir efeitos apenas em relação aos eventos surgidos a partir de sua publicação, conforme salienta Maria Helena Diniz: 'As emendas ou correções da lei que já tenha entrado em vigor são consideradas lei nova (LICC, art. 1º, § 4º), a cujo começo de obrigatoriedade se aplica o princípio geral da vacatio legis, pois só produzirão efeitos a partir do decurso do prazo legal ou, não o havendo, do de quarenta e cinco dias ou de três meses após a publicação, uma vez que derrogaram ou abrrogaram lei anterior, cuja obrigatoriedade e efeitos se reconhecerão. Assim, se a correção for feita dentro da vigência legal, a lei, apesar de errada, vigorará até a data do novo diploma legal publicado para corrigi-la, pois um lei deverá presumir-se sempre correta (....). Respeitar-se-ão os direitos e deveres decorrentes da norma publicada com incorreções ainda não retificada. Assim, se a parte da lei não retificada, em razão do decurso do prazo para sua entrada em vigor, já houver conferido direitos e criado deveres, estes deverão ser resguardados com a cessação da vacatio legis relativamente àquela parte (...). De fato, poderá ocorrer que surjam de uma publicação errônea relações jurídicas, constituindo direitos adquiridos, que deverão ser respeitados, apesar de a disposição devidamente corrigida ter o efeito de uma nova norma, considerando-se a boa-fé daquele que a aplicou (...). Se se tratar de meros erros de ortografia, de fácil percepção, não haverá empecilho a que o caso da vacatio legis decorra da data da publicação errada, não aproveitando a quem invocar tais erros.' (Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro Interpretada. 14ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009, pp. 63-64) Na hipótese presente, considerando-se que a correção efetuada no ato normativo importou a majoração de alíquota de tributo, não se pode concluir pela existência de mero erro material (irrelevante), mas de alteração substancial do texto normativo, motivo pelo qual não pode alcançar fatos geradores pretéritos, sob pena de ofensa direta ao princípio da irretroatividade tributária (arts. 105 e 106 do CTN, e 150, III, a, da CF/88)." (REsp 1040507 ES, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 03/11/2009, DJe 24/11/2009)
##Atenção: ##STJ: "O parágrafo único, do art. 11, da Lei 9.639/98 foi publicado por mero equívoco, porquanto não constante do projeto de lei devidamente aprovado pelo Poder Legislativo, tanto que foi expurgado daquele diploma, ante a sua inconstitucionalidade formal, declarada pelo STF. Em razão disso, a republicação da Lei nº 9.639/98 não trouxe nenhuma inovação, deixando de atrair, portanto, a incidência do § 4º, do art. 1º, da LICC, e, impossibilitando, afinal, a pretendida anistia. Precedente do STF. STJ. 6ª T., HC 18517 SP, Rel. Min. Fernando Gonçalves, j. 13/11/01.Parte superior do formulárioParte inferior do formulário
	(MPMG-2018): A lei corretiva para o saneamento de imperfeições técnicas ou erros materiais havidos em texto vigente no ordenamento jurídico observa, no silêncio da cláusula de vigência, a vacatio legis (vacância da lei) de quarenta e cinco dias. BL: art. 1º, §4º, LINDB.
(TJPE-2013-FCC):No caso de publicação para corrigir texto de lei publicado com incorreção, tratando-se de lei já em vigor, as correções consideram-se lei nova. BL: art. 1º, §4º, LINDB.
Art. 2o  Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. [obs.: princípio da continuidade normativa] (Vide Lei nº 3.991, de 1961) (PGESP-2009) (PCPB-2009) (MPES-2010) (TJMS-2012) (TJPE-2013) (MPSP-2013) (Cartórios/TJMT-2014) (PGEMS-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (TRT6-2013/2015) (TRT2-2014/2015) (TRT16-2015) (TCECE-2015) (TCEPA-2016) (PCMS-2017) (MPBA-2015/2018) (TJRS-2018) (PF-2018) (TJGO-2021) (TJMG-2022) (MPSE-2022)
	##Atenção: ##PCMS-2017: Em regra, o costume não pode contrariar a lei, pois esta só se revoga, ou se modifica, por outra lei. Essa a doutrina dominante: o costume contrário à aplicação da lei não tem o poder de revogá-la, não existindo mais a chamada desuetudo (não aplicação da lei em virtude do desuso). Os autores, em geral, rejeitam o costume contra legem, por entendê-lo incompatível com a tarefa do Estado e com o princípio de que as leis só se revogam por outras (FONTE: Carlos Roberto Gonçalves - Direito civil esquematizado, 2014).Parte superior do formulárioParte inferior do formulário
##Atenção: ##PGEAL-2009: ##PGESP-2009: ##PCPB-2009: ##Cartórios/TJMT-2014: ##PGEMS-2014: ##TRT6-2013/2015: ##TRT2-2015: ##MPBA-2018: ##TJGO-2021: ##CESPE: ##FCC: ##FMP: 1. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA LEI; 2. REVOGAÇÃO TOTAL OU AB-ROGAÇÃO: quando se torna sem efeito uma norma de forma integral; 3. REVOGAÇÃO PARCIAL OU DERROGAÇÃO: uma nova lei torna sem efeito parte de uma lei anterior; 4. REVOGAÇÃO EXPRESSA (POR VIA DIRETA): a lei nova taxativamente declara revogada a lei anterior; 5. REVOGAÇÃO TÁCITA (POR VIA OBLÍQUA): a lei posterior é incompatível com a anterior, não há previsão expressa sobre a revogação. 
##Atenção: ##STJ: "[...] É que o crime previsto no art. 311 do CP (Adulteração de sinal identificador de veículo automotor) não foi revogado com o advento do Código de Trânsito. Conforme aponta Paulo José da Costa Júnior 'o dispositivo em foco destina-se precipuamente a impedir ou dificultar a remarcação ou adulteração do chassi ou de qualquer sinal identificador do veículo automotor, na luta contra a criminalidade do furto e roubo de carros' (in 'Código Penal Comentado', 9ª edição, São Paulo: DPJ Editora, 2007, p.951). Ademais, tutela-se, primordialmente, a fé pública. Não se trata, desse modo, de previsão legal de espécie de crime de trânsito, estes sim, previstos no posterior CTB. Em suma, o advento do CTB não implicou a revogação do tipo em comento na medida em que o bem jurídico por ele tutelado não se identifica com o objeto da codificação referente às regras de trânsito.[...]" STJ. 5ª T. REsp 1133697 SP, Rel. Min. Félix Fischer, j. 18/02/10.
##Atenção: ##STJ: "(...) O art. 229 do CP assim estabelece: 'Manter, por conta própria ou de terceiro, casa de prostituição ou lugar destinado a encontros para fim libidinoso, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou agente.' Ora, depreende-se da literalidade do comando legal referenciado, claramente, que a manutenção de local destinado à prostituição configura ilícito penal. O eventual desuso, a questionável tolerância ou até mesmo, ex hypothesis e ad argumentandum tantum, o costume, em nosso sistema jurídico-penal, não ensejam revogação de norma incriminadora (cfe. art. 2º, caput, da LINDB). Despiciendo alertar, inclusive, acerca das consequências sociais se a indiferença ou a inépcia no combate a determinada modalidade de crime pudesse ser considerada como causa de atipia. Seria o incentivo ao caos (cfe. comparativamente: Damásio E. de Jesus ('Direito Penal', 1º vol. p. 135) e Rodrigues Mourullo ('Derecho `Penal, PG, p. 68, 1977). O desuso (e não a lei sem objeto) carece de força jurídica para revogar um texto legal. [...]" STJ. 5ª T., HC 108891 MG, Rel. Min. Félix Fischer, j. 19/02/09.
	(PF-2018-CESPE): Diante da existência de normas gerais sobre determinado assunto, publicou-se oficialmente nova lei que estabelece disposições especiais acerca desse assunto. Nada ficou estabelecido acerca da data em que essa nova lei entraria em vigor nem do prazo de sua vigência. Seis meses depois da publicação oficial da nova lei, um juiz recebeu um processo em que as partes discutiam um contrato firmado anos antes. A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir, considerando o disposto na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro: A nova lei começou a vigorar no país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada e permanecerá em vigor até que outra lei a modifique ou a revogue. BL: art. 1º, caput e art. 2º, caput, LINDB.
(TCEPA-2016-CESPE): A respeito da aplicação da lei civil, julgue o item a seguir: O fenômeno da ultratividade da norma jurídica é exceção à regra de que a lei necessita estar vigente para ser aplicada. BL: art. 2º, caput, LINDB.
##Atenção: ##TCEPA-2016: ##MPSE-2022: ##CESPE: Segundo Paulo Nader, “ultratividade é o poder que a lei possui de vir a ser aplicada, após a sua revogação, ao fato produzido sob a sua vigência e em se tratando de determinadas matérias.” (Nader, Paulo. Introdução ao estudo do direito – 36.a ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2014). Portanto, a ultratividade da lei ocorre quando mesmo após perder sua vigência, ela (lei) continua a ser aplicada a fatos que ocorreram durante o tempo em que esteve em vigor.
(TCECE-2015-FCC): No que concerne à lei e sua vigência, como regra, tem ela caráter permanente, pois se mantém em vigor até que outra a modifique ou revogue. BL: art. 2º, caput, LINDB.
§ 1o  A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, [obs.: revogação expressa ou por via direta] quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. [obs.: revogações tácitas ou por via oblíqua] (DPEMT-2009) (PGEAL-2009) (MPSP-2010/2013) (TJRN-2013) (TJPE-2013) (DPERR-2013) (PGEMS-2014) (TRT18-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (TRT6-2013/2015) (TJPB-2015) (TRT2-2015) (TRT8-2015) (TCECE-2015) (PGM-São Luís/MA-2016) (TJRS-2018) (MPBA-2018) (PCPI-2018) (MPGO-2019) (Cartórios/TJMS-2021) (TCERJ-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2021) (TJMG-2022)
	##Atenção: ##MPAL-2012: ##MPRO-2013: ##MPBA-2015: ##TRT6-2015: ##MPGO-2019: ##CESPE: ##FCC:"O Pleno do STF, na sessão de 17/9/08, ao concluir o julgamento do RE 377.457-3/PR, decidiu que não existe relação hierárquica entre lei complementar e lei ordinária e que a possibilidade de revogação da isenção concedida pela LC 70/91 por meio da Lei 9.430/96 encerra questão exclusivamente constitucional, concernentemente à distribuição material entre as espécies legais. Na mesma oportunidade, o STF, ponderando preceitos constitucionais referentementes à matéria tributária (arts. 195, I, e 239), afirmou que a LC 70/91 é materialmente ordinária. 9. Considerando que as leis confrontadas (art. 6º, II, da LC 70/91 e art. 56 da Lei 9.430/96) são materialmente ordinárias e ostentam normatização incompatível em si, é de se concluir pela prevalência do diploma mais moderno e, por conseguinte, pela legitimidade da revogação da isenção da Cofins (art. 2º, § 1º, da LICC - lex posterior derrogat priori). 10. O julgamento de mérito ora prolatado não invade a competência do STF; ao contrário, dá efetividade à decisão proferida por aquela Corte quanto à matéria exclusivamente constitucional acima identificada, que constituía questão prejudicial à análise de compatibilidade (art. 6º, II, da LC 70/91 e art. 56 da Lei 9.430/96) para fins de aplicação da Lei de Introdução do Código Civil ao caso concreto (art. 2º, § 1º, da LICC)." STJ. 1ª S., AR 3788 PE, Rel. Min. Benedito Gonçalves, j. 14/04/10.Parte superior do formulárioParte inferior do formulário
##Atenção: ##TJMG-2022: ##FGV: Bernardo Gonçalves Fernandes explica: “(...) Com o ‘surgimento de uma nova Constituição ou com a alteração da atual por meio de emenda constitucional’, há uma alteração do parâmetro constitucional, fazendo comque legislações anteriores se tornem incompatíveis. Para boa parte da doutrina e, sobretudo, para a jurisprudência atual do STF, não se trata de inconstitucionalidade, mas de revogação (tecnicamente denominada de "não recepção") do direito anterior incompatível com a nova normatividade constitucional, devendo a questão ser resolvida pelo âmbito do direito intertemporal. Nesses termos, a questão versaria sobre a recepção ou não recepção dos atos normativos anteriores à luz da nova Constituição.” FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 9ª ed. Salvador. JusPODIVM, 2017, p. 1.429. Perceba que, após a aprovação e promulgação da Emenda à Constituição, esta passa a ter força de lei, modificando o texto Constitucional. Logo, caso tal modificação seja incompatível ou conflitante com as disposições trazidas pelo Código Civil, ocasionará a revogação delas, segundo a regra esculpida no §1º, do art. 2º, da LINDB.
	(MPBA-2015): A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare ou quando seja com ela incompatível. BL: art. 2º, §1º, LINDB.
(MPBA-2015): A lei posterior revoga a anterior quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. BL: art. 2º, §1º, LINDB.
(DPESP-2014-VUNESP): A lei nova revoga a lei antiga, quando com esta incompatível, ainda que não haja expressa declaração de revogação. BL: art. 2º, §1º, LINDB.
##Atenção: Trata-se da hipótese de revogação tácita (“quando seja com ela incompatível”).
§ 2o  A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. (DPEMA-2009) (TJPR-2010) (MPPI-2012) (MPRR-2012) (TJPE-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (TCU-2013) (TJDFT-2014) (DPEPR-2014) (TRT2-2014) (TRT24-2014) (TRT6-2013/2015) (TJPB-2015) (TJPI-2015) (MPDFT-2015) (TRT8-2015) (TCEPA-2016) (MPBA-2018) (MPMG-2018) (PF-2018) (MPGO-2014/2019) (DPEMG-2019) (Cartórios/TJMG-2019) (PGM-Ribeirão Preto/SP-2019) (Cartórios/TJMS-2021) (TCERJ-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/DF-2021) (Anal.-SEFAZ/SC-2021) (TJMG-2022)
	(TJMG-2022-FGV): A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro dispõe sobre o conflito de leis no tempo: “Art. 2º. Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. § 1º. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. § 2º. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. § 3º. Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência”. Analise a afirmativa a seguir: A criação dos chamados “microssistemas” não exclui a aplicação do Código Civil às relações jurídicas abrangidas pelos ditos “microssistemas”. BL: art. 2º, §2º da LINDB.
##Atenção: ##TJMG-2022: ##FGV: Acerca do tema, o doutrinador civilista Anderson Schreiber leciona: “(...) Há, em conclusão, todo um novo mundo que se abre ao civilista contemporâneo. De um lado, o Código Civil de 2002 veio reforçar a necessidade de prosseguir na tarefa de conformar os institutos de direito civil, forjados sob o liberalismo patrimonialista, aos novos valores constitucionais. De outro, surgem novos espaços de atuação com base na reaproximação entre o direito privado e o direito público, com o incremento do diálogo entre o direito civil, o direito administrativo, o direito tributário e assim por diante. No próprio âmbito das relações privadas, impõe-se a integração, sempre ao redor da Constituição, dos diversos setores em que se fragmentou nas últimas décadas a ordem jurídica. O direito do consumidor, o direito comercial (hoje, denominado direito empresarial em virtude da reunificação promovida pelo Código Civil em torno da teoria da empresa), o direito agrário, os direitos autorais, o direito da internet, entre outros, não são, como sustentam alguns autores, “microssistemas”, com valores próprios e lógica distinta. São, longe disso, integrantes de um sistema jurídico único, unitário, que gravita em volta da axiologia constitucional. É de se rejeitar, portanto, a chamada teoria dos microssistemas, elaborada na Itália por Natalino Irti, que retratou a ‘era da descodificação’, com a substituição do monossistema por um polissistema formado pelos estatutos legislativos, cada qual representando um microssistema com normas e valores próprios. O resultado dessa proliferação de microssistemas é uma indesejável fragmentação do sistema jurídico, que passa a não oferecer resposta às múltiplas relações que atraíram a aplicação de estatutos diversos, inspirados em propósitos setoriais muitas vezes antagônicos. A reunificação do ordenamento jurídico em torno da Constituição afigura-se imprescindível para superar impasses e bairrismos jurídicos que em nada contribuem para a realização do projeto constitucional..” Schreiber, Anderson Manual de direito civil: contemporâneo / Anderson Schreiber. – 3. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2020. Aprofundando o assunto, Anderson Schreiber explica: “A compreensão do ordenamento jurídico como mero conjunto de microssistemas policêntricos traz, ainda, o risco de converter o jurista em uma espécie de técnico especializado, fechado em determinado universo normativo. O que o direito civil constitucional propõe é justamente o oposto dessa fragmentação em microssistemas: a (re)unificação do sistema jurídico em torno dos valores constitucionais, de modo a que cada lei especial seja interpretada e aplicada em conformidade não com uma sua “lógica própria”, mas em conformidade com o projeto de sociedade traçado pelo Constituinte. Não se trata tão somente de reconhecer a Constituição como centro formal do qual irradiam as leis especiais – centralidade que, de resto, vem reconhecida pelo próprio Irti com base na hierarquia das fontes –, mas de atribuir aos valores constitucionais uma primazia substancial na interpretação e aplicação das leis especiais, que não devem ser tomadas como sistemas autônomos.” Schreiber, Anderson Direito civil constitucional / Coordenação Anderson Schreiber e Carlos Nelson Konder. – 1. ed. – São Paulo: Atlas, 2016.
(MPGO-2019): Sobre a vigência das normas no Direito Brasileiro, disciplinada pelo Decreto-Lei 4.657/42 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), é correto afirmar: Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue, sendo certo que a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. Ademais, a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. BL: art. 2º, §§1º e 2º, LINDB.
(TJPI-2015-FCC): Lei nova que estabelecer disposição geral a par de lei já existente não revoga, nem modifica a lei anterior. BL: art. 2º, §2º da LINDB.
§ 3o  Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. (TJSP-2009) (PGESP-2009) (MPT-2009) (MPES-2010) (MPSE-2010) (PGERS-2010) (MPSP-2006/2011) (TJPE-2011) (MPCE-2011) (TJMG-2012) (TJMS-2012) (MPPI-2012) (MPTO-2012) (TRF4-2012) (PCAL-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (DPEPR-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PGEMS-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (TJPB-2015) (MPBA-2015) (TRT2-2015) (TRT8-2015) (TCECE-2015) (PGM-São Luís/MA-2016) (TCEPA-2016) (TCEPR-2016) (MPF-2017) (TJRS-2018) (PCMA-2018) (PF-2018) (Cartórios/TJRS-2019) (PCES-2019) (TJGO-2021) (PCMS-2021) (TJMG-2022)
	(TJGO-2021-FCC): Na Lei n° 14.010, de 10 de junho de 2020, que entrou em vigor na data de sua publicação, há a seguinte disposição: Art. 3° − Os prazos prescricionais consideram-se impedidos ou suspensos, conforme o caso, a partir da entrada em vigor desta Lei até 30 de outubro de 2020. Referida Lei classifica-se como temporária, e os efeitos desta disposição se extinguiram em 30 de outubro de 2020, independentementede outra lei que a revogasse, subsistindo as regras do Código Civil sobre suspensão e óbice da fluição dos prazos prescricionais.
##Atenção: Estamos diante do Princípio da Continuidade da Lei, ou seja, no momento em que ela entra em vigor, terá eficácia contínua, até que surja outra lei que a modifique ou a revogue. Cuida-se da regra, mas temos a exceção, que é justamente a lei temporária, que se classifica em: lei temporária propriamente dita, que possui um termo inicial e um termo final, ou seja, a lei já “nasce" sabendo quando irá “morrer"; e lei excepcional, sendo criada para vigorar em determinadas situações excepcionais, tais como guerra, calamidade. Perceba que no caso em tela, o art. 3º da Lei 14.010, ao tratar da suspensão ou impedimento dos prazos prescricionais a partir de sua entrada em vigor até 30 de outubro de 2.020, atesta sua vigência temporária, subsistindo as regras do Código Civil sobre suspensão e óbice da fluência dos prazos prescricionais. Ela não revogou e/ou alterou as normas do CC que suspendeu. Logo, para incidir as regras do CC sobre impedimento e suspensão, não há necessidade de outra lei. Assim, não há que se falar em repristinação. Em outras palavras, ao fim de uma lei temporária, para REPRISTINAR a anterior, há que haver declaração expressa. Cumpre lembrar que o art. 2.º, § 3.º, da LINDB, afasta a possibilidade da lei revogada anteriormente repristinar, salvo disposição expressa em lei em sentido contrário. O efeito repristinatório é aquele pelo qual uma norma revogada volta a valer no caso de revogação da sua revogadora.
(TRF4-2012): A recepção de lei ordinária como lei complementar pela Constituição posterior a ela só ocorre com relação aos seus dispositivos em vigor quando da promulgação desta, não havendo que se pretender a ocorrência de efeito repristinatório, porque o nosso sistema jurídico, salvo disposição em contrário, não admite a repristinação. BL: art. 2º, §3º da LINDB e STF, AI 235.800‑AgR,Rel. Min. Moreira Alves, j. 25‑5‑1999, 1ª T, DJ de 25‑6‑99.
(MPPI-2012-CESPE): O efeito repristinatório não é automático. Apenas excepcionalmente a lei revogada voltará a viger quando a lei revogadora for declarada inconstitucional ou quando for concedida a suspensão cautelar da eficácia da norma impugnada. BL: art. 2º, §3º, LINDB.
(TJPE-2011-FCC): No Direito brasileiro vigora a seguinte regra sobre a repristinação da lei: “salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência”. BL: art. 2º, §3º da LINDB. 
##Atenção: A repristinação é prevista na LINDB, não se tratando de regra ou fenômeno natural do sistema jurídico normativo, mas de exceção.
(MPSE-2010-CESPE): Considere que a Lei A, de vigência temporária, revogue expressamente a Lei B. Nesse caso, quando a lei A perder a vigência, a lei B não será restaurada, salvo disposição expressa nesse sentido. BL: art. 2º, §3º da LINDB.
(TJSP-2009-VUNESP): O denominado efeito repristinatório da lei, segundo entendimento majoritário, não foi adotado como regra geral no direito brasileiro e implica restauração da lei revogada, se extinta a causa determinante da revogação. 
##Atenção: ##MPSP-2011: Extinta a causa que determinou a revogação da lei, ocorre a restauração de sua vigência. Neste caso, a lei anterior revogada por lei posterior declarada inconstitucional tem a vigência restabelecida, porém, nesta situação, fala-se que houve “efeito repristinatório”, conforme já decidiu o STF (STF, ADIn 652-5-MA).
(MPSP-2006): A Lei A, de vigência temporária, revoga expressamente a Lei B. Tendo a lei revogadora perdido a vigência, é certo que a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência, salvo disposição expressa neste sentido. BL: art. 2º, §3º da LINDB.
Art. 3o  Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. (TJPB-2015) (TRT6-2015) (PGM-São Luís/MA-2016) (TJPR-2017) (TJSC-2017) (DPU-2017) (MPBA-2018) 
Art. 4o  Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a Analogia, os Costumes e os Princípios gerais de direito [##Para lembrar: ordem alfabética: A, C, P] [obs.1: Regra de INTEGRAÇÃO] [obs.2: Fontes formais SECUNDÁRIAS]. (TJAL-2008) (TRF2-2009) (PGEAL-2009) (PGEGO-2010) (DPU-2010) (Cartórios/TJSP-2012) (PGEAC-2012) (MPMS-2013) (MPRO-2013) (Cartórios/TJBA-2013) (Cartórios/TJRR-2013) (AGU-2013) (TRT15-2013) (TJAP-2014) (MPAC-2014) (MPGO-2014) (DPEGO-2014) (TRT18-2014) (TJPB-2011/2015) (TCU-2011/2015) (TJSC-2015) (MPMS-2015) (TRF1-2015) (TRT6-2015) (TRT16-2015) (PGEMS-2016) (TCEPA-2016) (TCEPR-2016) (TJPR-2017) (MPMG-2017) (PGM-São José dos Campos/SP-2017) (MPBA-2018) (PGEPE-2018) (PGESC-2018) (MPSC-2012/2016/2019) (MPGO-2019) (MPSP-2019) (PCES-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (MPT-2020) (MPDFT-2015/2021) (MPSC-2016/2021) (TJMA-2022)
	(TJMA-2022-CESPE): O procedimento lógico de constatação por meio do qual se chega a um juízo de valor, por comparação das semelhanças entre diferentes casos concretos, é chamado de analogia. BL: art. 4º, LINDB e art. 140, NCPC.
##Atenção: Quanto ao tema, Flávio Tartuce leciona: “A analogia é a aplicação de uma norma próxima ou de um conjunto de normas próximas, não havendo uma norma prevista para um determinado caso concreto. Dessa forma, sendo omissa uma norma jurídica para um dado caso concreto, deve o aplicador do direito procurar alento no próprio ordenamento jurídico, permitida a aplicação de uma norma além do seu campo inicial de atuação. (...) A analogia pode ser assim classificada, na esteira da melhor doutrina: a) Analogia legal ou legis – é a aplicação de somente uma norma próxima, como ocorre nos exemplos citados. b) Analogia jurídica ou iuris – é a aplicação de um conjunto de normas próximas, extraindo elementos que possibilitem a analogia. Exemplo: aplicação por analogia das regras da ação reivindicatória para a ação de imissão de posse (TJMG, Agravo Interno 1.0027.09.183171-2/0011, Betim, 16.ª Câmara Cível, Rel. Des. Wagner Wilson, j. 12.08.2009, DJEMG 28.08.2009).” (Fonte: TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil: Volume Único. 10 ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método. 2020, pp. 11-12.).
(PGEPE-2018-CESPE): Ao autorizar o juiz a regular de maneira diferente dos critérios legais a situação dos filhos em relação aos pais, em caso de haver motivos graves, o Código Civil permite o uso da equidade.
##Atenção: A equidade não se trata de meio supletivo de lacuna da lei, sendo mero recurso auxiliar da aplicação desta. Não considerada em sua acepção lata, quando se confunde com o ideal de justiça, mas em sentido estrito, é empregada quando a própria lei cria espaços ou lacunas para o juiz formular a norma mais adequada ao caso. O art. 140, § único, do CPC/15 dispõe que “o juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei”. Desse modo, a equidade é utilizada quando a lei expressamente o permite. Isso ocorre geralmente nos casos de conceitos vagos ou quando a lei formula várias alternativas e deixa a escolha a critério do juiz. O uso da equidade, portanto, depende de uma lei que autorize o juiz. a tanto. Como exemplos, pode-se citar: (1) art. 928, parágrafo único, CC: manda aplicar equidade no arbitramento da indenização a ser paga pelo incapaz; (2) art. 944, parágrafo único, CC: permite redução equitativa do valor da indenização diante de manifesta desproporção entre o grau de culpa e o dano; (3) art. 1.586, CC: autoriza o juiz a fixar a guarda de criança pelos genitores da maneira que a sua criatividade equitativa recomendar caso haja motivos graves que impeçam a guarda compartilhada ou unilateral; (4) art. 1.740, II, CC: autoriza o juiz a, mediante pedido do tutor, decidir “como houver por bem” sobre a forma de correção de menor; (5) art. 413, CC: o juiz pode reduzir equitativamente o valor da cláusula penal quando for desproporcional. Além disso, não se há de confundir decidir “com equidade" com decidir “por equidade", vejamos: i) Decidir “com equidade": Trata-se de decidir com justiça, como sempre deve acontecer. É quando o vocábulo “equidade" é utilizadoem sua acepção lata de ideal de justiça. Decidir “por equidade": Significa decidir o juiz sem se ater à legalidade estrita, mas somente à sua convicção íntima, devidamente autorizado pelo legislador em casos específicos. Perceba que o CC/02 ao autorizar o juiz a regular de maneira diferente dos critérios legais a situação dos filhos em relação aos pais, se houver motivos graves e a bem do menor, está-se utilizando a equidade.
(MPSC-2016): De acordo com o Decreto-lei n. 4657/42 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro) são formas de integração jurídica a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Quanto aos costumes, a legislação refere-se a espécie praeter legem, ou seja, aquele que intervém na falta ou omissão da lei, apresentando caráter supletivo. 
(TRF1-2015-CESPE): De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro e a posição doutrinária em relação à interpretação dessas normas, assinale a opção correta: Nos casos de omissão da lei, deve o juiz decidir de acordo com a analogia, os costumes, os princípios gerais do direito e a equidade, pois lhe é vedado o non liquet. BL: art. 4º, LINDB.
##Atenção: ##TJAL-2008: ##TRF2-2009: ##MPRO-2013: ##TRT6-2015: ##PGM-São José dos Campos/SP-2017: ##MPBA-2018: ##PGM-Campo Grande/MS-2019: ##MPT-2020: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: O Juiz tem o dever de decidir todas as controvérsias que lhe forem apresentadas, ainda que não haja lei expressa sobre determinada matéria. Trata-se de um imperativo, sendo proibido o chamado non liquet (significa “não-claro”: expressão latina que se aplicava a casos em que o Juiz se eximia da obrigação de julgar os casos nos quais a resposta jurídica não era nítida, líquida). Segundo o art. 4°, LINDB, “quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito”. Já a equidade, embora não esteja prevista na LINDB também é admissível, até porque o cabeçalho da questão mencionou a expressão “posição doutrinária”. Neste sentido, o art. 127 do CPC faz menção expressa à equidade, deixando consignado que: “O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei”.
	(PGM-São José dos Campos/SP-2017-VUNESP): Assinale a alternativa correta no que tange à Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro: O magistrado, por força da vedação ao non liquet, deverá, em caso de lacuna da lei, apoiar-se na analogia, nos costumes e nos princípios gerais do Direito para julgar. BL: art. 4º, LINDB.
(TJAL-2008-CESPE): Considerando as alusões à equidade pelo ordenamento jurídico brasileiro, revela-se importante identificar a posição dessa figura em face do quadro das fontes do direito. A respeito dessa relação, é correto afirmar que a equidade não se revela como fonte do direito, pois a autorização de seu emprego apenas permite ao juiz criar normas para o caso concreto com base em preceitos de justiça. BL: art. 4º, LINDB.
##Atenção: ##PGEMS-2016: ##MPSC-2021: ##CESPE: De acordo com o art. 4º da LINDB, “quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito". Assim, diante da ausência de uma norma prevista para o caso concreto, o juiz deverá se socorrer da analogia, dos costumes e dos princípios gerais do Direito, nesta ordem. São as denominadas fontes diretas secundárias do direito, que são os meios de integração da norma jurídica, já que é vedado o “non liquet" ou não julgamento. Enquanto a lei, a analogia, o costume e os princípios gerais de direito são fontes formais, consideram-se fontes não formais a equidade, a doutrina e a jurisprudência. Essas últimas não constam expressamente na LINDB.
(MPDFT-2015): A omissão legislativa pode ser suprida pela aplicação analógica de outras leis vigentes. BL: art. 4º, LINDB.
(TJSC-2015-FCC): Dêste modo, quando surge no seu logrador um animal alheio, cuja marca conhece, o restitui de pronto. No caso contrário, conserva o intruso, tratando-o como aos demais. Mas não o leva à feira anual, nem o aplica em trabalho algum; deixa-o morrer de velho. Não lhe pertence. Se é uma vaca e dá cria, ferra a esta com o mesmo sinal desconhecido, que reproduz com perfeição admirável; e assim pratica com tôda a descendência daquela. De quatro em quatro bezerros, porém, separa um, para si. É a sua paga. Estabelece com o patrão desconhecido o mesmo convênio que tem com o outro. E cumpre estritamente, sem juízes e sem testemunhas, o estranho contrato, que ninguém escreveu ou sugeriu. Sucede muitas vêzes ser decifrada, afinal, uma marca sòmente depois de muitos anos, e o criador feliz receber, ao invés da peça única que lhe fugira e da qual se deslembrara, uma ponta de gado, todos os produtos dela. Parece fantasia êste fato, vulgar, entretanto, nos sertões. (Euclides da Cunha – Os sertões. 27. ed. Editôra Universidade de Brasília, 1963, p. 101). O texto acima, sobre o vaqueiro, identifica o uso ou costume como fonte ou forma de expressão do Direito.
##Atenção: Da leitura do texto, extrai-se que o autor está se referido a um costume local. Tanto assim que menciona ao final: "Parece fantasia êste fato, vulgar, entretanto, nos sertões”. O termo “vulgar” foi usado no sentido daquilo que não foge à ordem normal, que não se destaca; que é comum, corriqueiro, costumeiro, ordinário, usual. Costume é o uso reiterado, constante, notório e uniforme de uma conduta, na convicção de ser a mesma (a conduta) obrigatória. Em outras palavras: é uma prática que se estabelece por força do hábito, com convicção. Possui dois elementos: a) Objetivo: uso reiterado e uniforme de um comportamento; b) Subjetivo: convicção de que o mesmo é obrigatório. O art. 4°, da LINDB acolheu os costumes como uma das formas de integração da norma jurídica: “Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito”.
(TRT6-2015-FCC): De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, na hierarquia, interpretação e integração da lei, nos mecanismos de integração do sistema jurídico, a analogia figura em primeiro lugar, consubstanciando-se no fundamento pelo qual a situações semelhantes deve-se aplicar a mesma regra de direito. BL: art. 4º, LINDB.
##Atenção: ##TRT6-2015: ##PGEMS-2016: ##TJPR-2017: ##MPDFT-2021: ##CESPE: ##FCC: A ordem de aplicação das formas de integração da norma defendida pela doutrina do direito civil constitucional não coincide com aquilo que é propugnado pela teoria civilista clássica: O art. 4º da LINDB preleciona: "Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito." A doutrina civilista tradicional entende que a ordem das formas de integração previstas no dispositivo deve ser seguida pelo magistrado: primeiro deve ele se valer da analogia, depois dos costumes e depois dos princípios gerais do direito. No entanto, a doutrina moderna, sob a perspectiva do Direito Civil Constitucional, entende que em determinados casos, em homenagem à eficácia horizontal dos direitos fundamentais - geradoras de princípios estruturantes do ordenamento jurídico, a aplicação destes deve vencer a ordem tradicionalmente defendida pela doutrina. Assim, por exemplo, não há que se falar em aplicar antes a analogia do princípio da dignidade humana (art. 1º, III, CF), porque este não pode ser visto como último recurso em relação a outras formas de integração de lacunas, mormente em razão da força normativa da Constituição e da aplicabilidade imediata dos direitos fundamentais. 
(TJAP-2014-FCC): Direito Civil Baseado em antiga parêmia - ubi eadem ratio, ibi eadem dispositio - escreve Miguel Reale: “É de presumir-se que, havendo correspondência de motivos, igual deve ser o preceito aplicável” (Filosofia do Direito. V. 1, 7. ed. São Paulo: Saraiva, 1975. p. 128). Esse texto refere-se à analogia. BL: art. 4º, LINDB.
(AGU-2013-CESPE): O fato de um juiz, à míngua de previsão legal, concluir que o companheiro participante de plano de previdência privada faz jus à pensãopor morte, ainda que não esteja expressamente inscrito no instrumento de adesão, caracteriza a utilização da integração da norma lacunosa por meio da analogia.
(PGEAC-2012-FMP): A analogia, assim como o costume e os princípios gerais de direito, tem função integrativa no sistema jurídico brasileiro.
(TJPB-2011-CESPE): Implícito no sistema jurídico civil, o princípio segundo o qual ninguém pode transferir mais direitos do que tem é compreendido como princípio geral do direito, podendo ser utilizado como meio de integração das normas jurídicas.
##Atenção: É um princípio geral do direito, implícito no sistema jurídico brasileiro civil, que pode ser utilizado como meio de solução das lacunas das normas jurídicas.
(TJAL-2008-CESPE): Podem-se encontrar diversos argumentos para justificar a aplicação da analogia no direito, entre os quais a busca pela vontade do legislador ou a imperiosa aplicação da igualdade jurídica, demandando-se soluções semelhantes para os casos semelhantes. Com referência a essa aplicação, é correto afirmar que a analogia pressupõe que casos análogos sejam estabelecidos em face de normas análogas, mas não díspares. 
Art. 5o  Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum. [obs.: regra de INTERPRETAÇÃO.] (TJAL-2008) (DPEMT-2009) (DPEES-2009) (PGEAL-2009) (TJCE-2012) (MPRR-2012) (MPSC-2012) (DPERR-2013) (TCU-2013) (PCSC-2014) (MPMS-2015) (TRF5-2015) (TRF2-2009/2017) (PGESC-2018) (PGM-Manaus/AM-2018) (TCEMG-2018) (DPEMG-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (MPSC-2012/2021) (PCPA-2021) (MPM-2021) (TJMA-2022)
	(PGM-Manaus/AM-2018-CESPE): À luz das disposições do direito civil pertinentes ao processo de integração das leis, julgue o item a seguir: O conflito de normas que pode ser resolvido com a simples aplicação do critério hierárquico é classificado como antinomia aparente de primeiro grau.
##Atenção: ##TJAL-2008: ##DPEES-2009: ##MPRR-2012: ##TRF2-2017: ##CESPE: Segundo Flávio Tartuce, “a antinomia é a presença de duas normas conflitantes, válidas e emanadas de autoridade competente, sem que se possa dizer qual delas merecerá aplicação em determinado caso concreto (lacunas de colisão). Os metacritérios clássicos construídos por Norberto Bobbio, em sua Teoria do ordenamento jurídico, para a solução dos choques entre as normas jurídicas, são: a) critério cronológico: norma posterior prevalece sobre norma anterior; b) critério da especialidade: norma especial prevalece sobre norma geral; c) critério hierárquico: norma superior prevalece sobre norma inferior. Dos três critérios acima, o cronológico, constante do art. 2.º da Lei de Introdução, é o mais fraco de todos, sucumbindo diante dos demais. O critério da especialidade é o intermediário e o da hierarquia o mais forte de todos, tendo em vista a importância do Texto Constitucional. Superada essa análise, parte-se para a classificação das antinomias, quanto aos metacritérios envolvidos, conforme esquema a seguir: a) Antinomia de 1.º grau: conflito de normas que envolve apenas um dos critérios anteriormente expostos; b) Antinomia de 2.º grau: choque de normas válidas que envolve dois dos critérios analisados. Havendo a possibilidade ou não de solução, conforme os metacritérios de solução de conflito, é pertinente a seguinte visualização: b.1.) Antinomia aparente: situação que pode ser resolvida de acordo com os metacritérios antes expostos; b.2.) Antinomia real: situação que não pode ser resolvida de acordo com os metacritérios antes expostos. De acordo com essas classificações, devem ser analisados os casos práticos em que estão presentes os conflitos: i) No caso de conflito entre norma posterior e norma anterior, valerá a primeira, pelo critério cronológico, caso de antinomia de primeiro grau aparente; ii) Norma especial deverá prevalecer sobre norma geral, emergencial, que é o critério da especialidade, outrasituação de antinomia de primeiro grau aparente.; iii) Havendo conflito entre norma superior e norma inferior, prevalecerá a primeira, pelo critério hierárquico, também situação de antinomia de primeiro grau aparente. Esses são os casos de antinomia de primeiro grau, todos de antinomia aparente, eis que presente a solução de acordo com os metacritérios antes analisados.” (Fonte: TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil: volume único – 10. ed. [livro eletrônico] – Rio de Janeiro: Forense, 2020, p. 79.).
	(MPRR-2012-CESPE): Denomina-se conflito aparente o conflito normativo passível de solução mediante critérios hierárquicos, cronológicos e embasados na especialidade.
(DPEES-2009-CESPE): Acerca da interpretação da lei, julgue o item a seguir: Quando o conflito normativo for passível de solução mediante o critério hierárquico, cronológico e da especialidade, o caso será de antinomia aparente.
(TJAL-2008-CESPE): Um postulado fundamental à teoria do ordenamento jurídico propõe que o direito seja considerado como um conjunto que forma entidade distinta dos elementos que o compõem, em razão de sua unidade, coerência e completude. Assim, é correto afirmar que a ideia de coerência do sistema jurídico é concebida pela negação de que nele possam permanecer antinomias entre normas de igual ou diferente hierarquia, afirmando que duas normas antinômicas não poderão ser simultaneamente válidas. 
##Atenção: ##TJAL-2008: ##TRF2-2017: ##CESPE: As antinomias ou conflito de normas devem ser solucionados por critérios segundo os quais define-se qual instrumento normativo é válido, afastando-se a incidência dos demais.
(TCEMG-2018-CESPE): Ao buscar uma adaptação da lei para aplicá-la a exigências atuais e concretas da sociedade, o intérprete da legislação utiliza-se da interpretação teleológica.
##Atenção: ##TCEMG-2018: ##TJMA-2022: ##CESPE: A interpretação teleológica (também chamada de sociológica ou finalística) é a que busca o fim (telos) da norma. Adapta o sentido ou a finalidade da norma às novas e concretas exigências sociais (costumes e valores sociais atuais da sociedade). Há uma previsão, ainda que indireta, no art. 5°, LINDB.
(TRF5-2015-CESPE): Se, ao interpretar a lei, o magistrado concluir que a impenhorabilidade do bem de família deve resguardar o sentido amplo da entidade familiar, abrangendo, além dos imóveis do casal, também os imóveis pertencentes a pessoas solteiras, separadas e viúvas, ainda que estas não estejam citadas expressamente no texto legal, essa interpretação, no que se refere aos meios de interpretação, será classificada como teleológica.
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. [obs.: princípio da irretroatividade] (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957) (TRF2-2009) (TRF4-2009/2010) (TRF3-2011) (TJPR-2012) (Cartórios/TJPI-2013) (TRT1-2013) (TCDF-2013) (PGEPI-2014) (TRT18-2014) (TCEPI-2014) (MPF-2013/2015) (TRT2-2014/2015) (TJRR-2015) (TRF5-2015) (PCDF-2015) (TRT15-2015) (AGU-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (TCECE-2015) (TCEMG-2015) (TCU-2015) (PGEMS-2014/2016) (PGEMA-2016) (PGEMT-2016) (TRT3-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (TCEPR-2016) (DPU-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (TJMG-2018) (MPBA-2018) (PCSE-2018) (PF-2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (MPSE-2022)
	(MPSE-2022-CESPE): De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, no silêncio da lei, a regra é a irretroatividade. BL: art. 6º, LINDB.
##Atenção: ##Cartórios/TJPI-2013: ##TCDF-2013: ##MPF-2015: ##PCDF-2015: ##PGEMS-2016: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##MPSE-2022: ##CESPE: Pode-se resumidamente dizer que o sistema jurídico brasileiro contém as seguintes regras sobre essa matéria: “a) são de ordem constitucional os princípios da irretroatividade da lei nova e do respeito ao direito adquirido; b) esses dois princípios obrigam ao legislador e ao juiz; c) a regra, no silêncio da lei, é a irretroatividade; d) pode haver retroatividade expressa, desde que não atinja direito adquirido; e) a lei nova tem efeito imediato, não se aplicando aos fatos anteriores; e) a lei nova tem efeito imediato, não se aplicando aosfatos anteriores. Tendo o Supremo Tribunal Federal proclamado que “não há direito adquirido contra a Constituição” e que, “sendo constitucional o princípio que a lei não pode prejudicar o ato jurídico perfeito, ele se aplica também às leis de ordem pública.”. (Gonçalves, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro. Volume I: parte geral”. 6 ed. ver. e atual. – São Paulo: Saraiva, 2008, p. 62.). Cumpre ressaltar que a posição mais recente do STF é que mesmo as leis de ordem pública sujeitam-se ao princípio da irretroatividade das leis. Ou seja, em julgados mais modernos o Supremo vem decidindo pela prevalência do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada, inadmitindo a incidência de lei nova, ainda que de ordem pública, para regular seus efeitos. Segundo decisão que teve como relator o Ministro Moreira Alves, ficou estabelecido que “o disposto no art. 5°, XXXVI, da Constituição Federal, se aplica a toda e qualquer lei infraconstitucional, sem qualquer distinção entre direito público e direito privado, ou entre lei de ordem pública e lei dispositiva”.
	(TCDF-2013-CESPE): A respeito da eficácia da lei no tempo e no espaço, julgue o item a seguir: O princípio da irretroatividade da lei nova se aplica às leis de ordem pública. BL: art. 6º, LINDB.
(MPBA-2018): Com base na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro e sua aplicação, assinale a alternativa correta: Segundo a LINDB, nenhuma lei nova prejudicará direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Isso significa que o princípio da irretroatividade das leis fica sacramentado. BL: art. 6º, LINDB.
(TJRR-2015-FCC): Considere o seguinte texto: Conforme foi visto, em regra, uma lei só se revoga por outra. Dificilmente, entretanto, se poderá traçar de imediato a linha divisória entre o império da lei antiga e o da lei nova que a tenha revogado ou derrogado. Relações jurídicas existirão sempre, de tal natureza, que, entabuladas embora no regime do velho estatuto, continuarão a surtir efeitos quando o diploma revogador já esteja em plena vigência. Outras, de acabamento apenas começado, terão sido surpreendidas por nova orientação inaugurada pelo legislador. Por outro lado, tal pode ser o teor do estatuto novo, que as situações que pretenda abranger mais parecerão corresponder ao império do diploma revogado. Ora, é exatamente a esse entrechoque dos mandamentos da lei nova com os da lei antiga, que se denomina conflito das leis no tempo. (FRANÇA, R. Limongi. Manual de Direito Civil. v. 1. p. 37. 4. ed. Revista dos Tribunais, 1980). A legislação brasileira sobre essas questões dispõe que a lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. BL: art. 6º, LINDB.
##Atenção: ##Cartórios/TJPI-2013: ##TCDF-2013: ##PCDF-2015: ##PGEMS-2016: ##CESPE: A Constituição Federal de 1988 (art. 5º, XXXVI) e a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, afinadas com a tendência contemporânea, adotaram, com efeito, o princípio da irretroatividade das leis como regra e o da retroatividade como exceção. Acolheu­-se a teoria subjetiva de Gabba, de completo respeito ao ato jurídico perfeito, ao direito adquirido e à coisa julgada. Assim, como regra, aplica-se a lei nova aos casos pendentes (facta pendentia) e aos futuros (facta futura), só podendo ser retroativa, para atingir fatos já consumados, pretéritos (facta praeterita), quando: i) não ofender o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada; ii) quando o legislador expressamente mandar aplicá­-la a casos pretéritos, mesmo que a palavra “retroatividade” não seja usada. (Gonçalves, Carlos Roberto. Direito Civil Esquematizado v. 1. 4. ed. rev. e atual. – São Paulo: Saraiva, 2014). A lei nova só alcançará fatos ainda não consumados. Desse modo, no curso de uma relação contratual civil, caso surja lei nova que trate da matéria objeto da relação jurídica entabulada, essa nova lei não será aplicada à referida relação ainda que apresente regra mais favorável ao devedor, uma vez que a relação contratual foi aperfeiçoada sob a égide da lei anterior.
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.  (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) (MPT-2009) (Cartórios/TJPI-2013) (TRT1-2013) (TCDF-2013) (TRT18-2014) (TRF5-2015) (PGEMT-2016) (TRT3-2016) (PCSE-2018) (PF-2018) (MPGO-2019)
	(MPGO-2019): Sobre a vigência das normas no Direito Brasileiro, disciplinada pelo Decreto-Lei 4.657/42 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), é correto afirmar: A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada, sendo que, de acordo com a definição legal, reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. BL: art. 6º, §1º, LINDB.
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por êle, possa exercer, como aquêles cujo comêço do exercício tenha têrmo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) (PGEAL-2009) (DPESC-2012) (Cartórios/TJPI-2013) (TRT1-2013) (TRT8-2013) (TJRJ-2014) (MPGO-2014) (DPEPB-2014) (TRT18-2014) (TCEPI-2014) (TRF5-2015) (AGU-2015) (TCECE-2015) (TCERJ-2015) (PGEMT-2016) (TRT3-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (Anal. Judic./STJ-2018)
	(DPEPB-2014-FCC): Cláudio firmou com seu filho Lucas contrato de doação por meio do qual lhe transferiria a propriedade de imóvel no dia de seu trigésimo aniversário. Em caso de conflito de leis no tempo, considerar-se-á que Lucas possui direito adquirido, por se tratar de direito a termo. BL: art. 6º, §2º, LINDB.
(MPGO-2014): A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. Consideram-se adquiridos os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. BL: art. 6º, §2º da LINDB e art. 5º, XXXVI da CF/88.
(TJRJ-2014-VUNESP): Determinado Estado da Federação Brasileira resolve suprimir o direito dos servidores públicos estaduais à licença prêmio, que prevê que o servidor público estadual terá direito a três meses de licença-prêmio a cada cinco anos de serviço sem faltas injustificadas. Considerando a proteção conferida ao direito adquirido, no texto constitucional e na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, o Estado poderá suprimir o benefício, que, no entanto, terá fruição assegurada para aqueles que, na data da entrada em vigor da nova lei, já haviam cumprido os requisitos legais, mas ainda não o tinham gozado. BL: art. 6º, §2º da LINDB.
##Atenção: ##STF: ##TRF5-2009: ##TRF4-2009/2010: ##PGEMS-2014: ##PGEPI-2014: ##AGU-2015: ##PGM-Fortaleza/CE-2017: ##Anal. Judic./STJ-2018: ##CESPE: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. ALTERAÇÃO NA FORMA DE COMPOSIÇÃO SALARIAL. LEI ESTADUAL N. 14.683/03. DIREITO ADQUIRIDO. REGIME JURÍDICO. INEXISTÊNCIA. O STF fixou jurisprudência no sentido de que não há direito adquirido à regime jurídico-funcional pertinente à composição dos vencimentos ou à permanência do regime legal de reajuste de vantagem, desde que eventual modificação introduzida por ato legislativo superveniente preserve o montante global da remuneração, não acarretando decesso de caráter pecuniário. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento.  STF. 2ª T., RE: 602029/MG, Rel. Min. Eros Grau, j. 02/02/10.
	(PGEMS-2014): Assinale a alternativa correta: A jurisprudência do STF firmou entendimento no sentido de que não há direito adquirido do servidor público à composição dos vencimentos, desde que a eventual modificação introduzida por lei superveniente preserve o montante global da remuneração. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STJ: ##TRF5-2009: ##TRF4-2009/2010: ##CESPE: RECURSO ORDINÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDORA PÚBLICAESTADUAL. CONCURSO PÚBLICO. ENQUADRAMENTO NA CARREIRA DOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. APLICAÇÃO DA LEI VIGENTE À ÉPOCA DA NOMEAÇÃO. SERVIDOR PÚBLICO. DIREITO ADQUIRIDO. REGIME JURÍDICO. IMPOSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO. 1. Consoante entendimento pacificado desta Corte, se aplica ao servidor público, para fins de enquadramento na carreira, a lei vigente à época da sua nomeação para o cargo público, e não a lei em vigor ao tempo da realização do concurso público. 2. O servidor público não tem direito adquirido a regime jurídico. Precedentes do STF. 3. Recurso ordinário improvido. (STJ. 6ª T., RMS 21664/MT. Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, j 22/06/10.
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) (TRT18-2014) (MPDFT-2015) (PGEMT-2016) (TRT3-2016) 
Art. 7o. A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. (TRF1-2009) (DPU-2010) (TRF2-2011) (MPSC-2012) (MPSP-2012) (MPF-2012) (MPES-2013) (Cartórios/TJES-2013) (Cartórios/TJRR-2013) (MPMT-2014) (TRT2-2014) (TRT8-2015) (TRF4-2016) (TRF5-2011/2017) (DPEPR-2017) (Anal. Judic./TRF1-2017) (MPPB-2018) (TRF3-2018) (PCES-2019) (DPERR-2021) (PCMS-2021)
	(MPSC-2012): A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. Trata-se de disposição contida no Decreto-Lei 4657/42 que reflete a inserção do princípio domiciliar como elemento de conexão para determinar a lei aplicável, em especial ao estrangeiro aqui domiciliado. BL: art. 7º, LINDB.
 § 1o. Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. (DPU-2010) (TRF2-2011) (MPES-2013) (MPMG-2013) (TRT8-2013) (TJMG-2014) (TRT2-2014) (TRF4-2014/2016) (TRF3-2016) (Cartórios/TJMG-2019) (DPERR-2021) (PCMS-2021)
	(DPERR-2021-FCC): Assinale a alternativa correta: Aplica-se a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração de casamento de estrangeiros realizado no Brasil. BL: art. 7º, §1º, LINDB.
(TRF3-2016): Assinale a alternativa correta: Realizando-se o casamento no exterior, pela autoridade estrangeira, será aplicada a lei do local da celebração com relação aos impedimentos dirimentes e às formalidades. BL: art. 7º, §1º, LINDB.
##Atenção: Desse modo, se o casamento for realizado no exterior, por autoridade estrangeira, aplica-se a lei do local da celebração. Nesse caso, observa-se a lex loci celebrationis, por exemplo, se dois argentinos casarem no Brasil, perante autoridade brasileira, aplicar-se-á a lei daqui, se eles casarem na Argentina, perante autoridade argentina, a lei de lá; se casarem no Equador, perante autoridade equatoriana, a lei do Equador, etc.
§ 2o. O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957) (DPU-2010) (TRF2-2011) (TJMG-2014) (TRT2-2014) (TRF3-2016) (TRF4-2016) (MPMG-2013/2018)
	(TRF3-2016): Assinale a alternativa correta: Somente se os nubentes forem estrangeiros poderão celebrar o casamento no Brasil perante o cônsul do país de ambos, segundo a lei do Estado da autoridade celebrante, configurando-se exceção à regra da “lex loci celebrationis”. BL: art. 7º, §2º, LINDB.
##Atenção: Somente estrangeiros podem casar-se nos respectivos consulados, perante a autoridade do PAÍS de AMBOS os nubentes e não dos países de ambos.
§ 3o. Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal. (MPMG-2013) (TJMG-2014) (MPMT-2014) (TRT2-2014) (TRF4-2016) (DPEPR-2017)
	(MPMG-2013): Tendo os nubentes domicílio em diferentes países estrangeiros, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei material do primeiro domicílio conjugal. BL: art. 7º, §3º da LINDB.
§ 4o. O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal. (MPPE-2008) (TRF1-2009) (TRF2-2011) (MPES-2013) (MPMG-2013) (TRT8-2013) (TJMG-2014) (TRT2-2014) (TRF4-2016) (DPEPR-2017) (TRF5-2017) (PCPA-2021)
	(DPEPR-2017-FCC): Os direitos de família são determinados pela lei do país em que domiciliada a pessoa. No caso de nubentes com domicílio diverso, a lei do primeiro domicílio conjugal regerá tanto os casos de invalidade do matrimônio quanto o regime de bens. BL: art. 7º, caput e §§ 3º e 4º, LINDB.
(TJMG-2014): Tendo os nubentes estrangeiros domicilio diverso, o regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país do primeiro domicílio conjugal. BL: art. 7º, §4º, LINDB.
(MPMG-2013): Sendo os nubentes domiciliados no mesmo país estrangeiro, o regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei material desse país. BL: art. 7º, §4º, LINDB.
(MPPE-2008-FCC): O regime de bens convencional, sendo os nubentes domiciliados em países diversos, obedece à lei do país do primeiro domicílio conjugal, independentemente do lugar da celebração. BL: art. 7º, §4º, LINDB.
§ 5º. O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro. (Redação dada pela Lei nº 6.515, de 1977) (MPSC-2012) (TRT8-2013) (Cartórios/TJMG-2019) (PCPA-2021)
	(MPSC-2012): Segundo o disposto na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, o estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro. BL: art. 7º, §5º da LINDB.
§ 6º  O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais. (Redação dada pela Lei nº 12.036, de 2009). (TRT8-2013) (TRT2-2014) (TRF5-2015) (TJAM-2016) (MPMG-2018)
	##Atenção: ##STJ: ##TJAM-2016: ##CESPE:  “SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA. DIVÓRCIO. REQUISITOS FORMAIS. CUMPRIMENTO. AUSÊNCIA DE OFENSA À SOBERANIA NACIONAL E À ORDEM PÚBLICA. DEFERIMENTO DO PEDIDO HOMOLOGATÓRIO. 1. Com a Emenda Constitucional 66, de 13 de julho de 2010, que instituiu o divórcio direto, a homologação de sentença estrangeira de divórcio para alcançar eficácia plena e imediata não mais depende de decurso de prazo, seja de um ou três anos, bastando a observância das condições gerais estabelecidas na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) e no Regimento Interno do STJ. 2. Uma vez atendidos os requisitos previstos no art. 15 da LINDB e nos arts. 216-A a 216-N do RISTJ, bem como constatada a ausência de ofensa à soberania nacional, à ordem pública e à dignidade da pessoa humana (LINDB, art. 17; RISTJ, art. 216-F), é devida a homologação de sentença estrangeira. 3. Pedido de homologação deferido, estendendo seus efeitos ao pacto antenupcial, com a homologação também da sentença estrangeira parcial, tal como pleiteado pelas partes”. STJ. Corte Especial, SEC 4.445/EX, Rel. Min. Raul Araújo, j. 6/5/15.
##Atenção: O Ministro Humberto Martins, artigo publicado no site CONJUR,

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