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SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................. 4 1 ERGONOMIA ...................................................................................... 6 1.1 O que é ergonomia ............................................................................ 6 2 ATUAÇÃO DA ERGONOMIA ............................................................. 8 Ergonomia física ............................................................................... 9 Ergonomia cognitiva ......................................................................... 9 Ergonomia organizacional .............................................................. 10 3 NORMA REGULAMENTADORA 17 ................................................. 11 4 BENEFÍCIOS DA ERGONOMIA PARA O FUNCIONÁRIO E A EMPRESA 12 Como implantar a ergonomia nas empresas .................................. 13 Papel da Ergonomia para a saúde ................................................. 15 A falta e suas consequências ......................................................... 16 5 ATRIBUTO DA ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO ............ 17 Elaboração de relatório AET .......................................................... 20 Método OWAS ............................................................................... 21 Método RULA ................................................................................. 22 Método NIOSH ............................................................................... 23 Método REBA ................................................................................. 24 6 OBJETO DA ERGONOMIA .............................................................. 27 7 SUBSÍDIOS À ERGONOMIA ............................................................ 31 8 OBJETIVOS DA ERGONOMIA ......................................................... 32 9 AVALIAÇÃO DOS AGENTES ERGONÔMICOS .............................. 33 Reconhecimento dos agentes ergonômicos ................................... 34 Avaliação ........................................................................................ 34 Controle .......................................................................................... 34 10 ORIGEM DA ERGONOMIA............................................................... 36 11 AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO DE TRABALHO ................................. 37 12 APLICAção do ESTUDO ERGONÔMICO ........................................ 37 13 TIPOS DE ERGONOMIA .................................................................. 37 De correção ................................................................................. 37 De concepção ............................................................................. 38 De conscientização ..................................................................... 38 14 Formas adequadas de TRANSPORTAR CARGAS MANUAIS ...... 39 Definição ..................................................................................... 39 Objetivo ....................................................................................... 39 Legislação ................................................................................... 39 15 CAPACIDADE INDIVIDUAL DE CARGA ......................................... 40 Riscos contemplados .................................................................. 40 Procedimentos básicos quando levantar caixas ......................... 41 Procedimentos básicos quando levantar sacos .......................... 41 Serviços que exigem trabalhar em pé ......................................... 43 Altura da superfície de trabalho em pé........................................ 43 Espaço para as pernas e pés ...................................................... 44 Evitar alcance excessivo ............................................................. 44 Mudança de postura.................................................................... 44 Uso da cadeira Balans ................................................................ 45 Uso para apoiar o corpo na posição em pé ................................. 45 Posturas das mãos e braços ....................................................... 46 Postura ........................................................................................ 46 Cadeira ....................................................................................... 46 Mesa ........................................................................................... 47 Monitor ........................................................................................ 47 Ângulos e medidas importantes .................................................. 48 16 GINÁSTICA LABORAL .................................................................... 48 17 Tipos de Ginástica Laboral ............................................................. 50 Ginástica Laboral pré-aplicada ou preparatória ........................... 50 Ginástica Laboral Compensatória ............................................... 51 Sobre os exercícios ..................................................................... 51 Benefícios ao realizar a ginástica laboral .................................... 52 Aplicação da ginástica laboral ..................................................... 53 18 BIBLIOGRAFIA ................................................................................. 54 INTRODUÇÃO O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 6 1 ERGONOMIA Fonte: Adaptado de iStockphoto LP. 1.1 O QUE É ERGONOMIA A ergonomia é um conjunto de disciplinas que estuda a organização do trabalho em que há interação entre humanos e máquinas.O termo vem das palavras gregas ergon, que significa "trabalho", e nomos, que significa "lei ou regulamento". No ano de 2018, a International Ergonomics Association (IEA), uma federação de organizações ergonômicas em todo o mundo, definiu que ergonomia (ou Fatores Humanos) é a ciência que lida com a compreensão das interações entre pessoas e outros elementos de um sistema, e a profissão que aplica teorias, princípios, dados e métodos a projetos para otimizar o bem-estar humano e o desempenho geral do sistema. O principal objetivo da ergonomia é desenvolver e aplicar técnicas para adaptar os elementos do ambiente de trabalho aos seres humanos, visando o bem- estar para os trabalhadores e como resultado aumentar sua produtividade. Na economia, a ergonomia é o campo que trata de temas relevantes para o ambiente de trabalho moderno, especialmente na economia industrial. 7 Dois temas importantes no campo da ergonomia são a segurança do trabalho e a prevenção de acidentes. Neste argumento, a ergonomia propõe a criação de locais adequados e de apoios ao trabalho, elaboraçãode métodos laborais e sistemas de remuneração. Fonte: Adaptado de Community Care Physicians P.C. A ergonomia determina os horários de trabalho, bem como a sua nacionalização, e atenta para tudo através de um ponto de vista humanitária da empresa e das relações nela estabelecidas. Esse conceito aplica-se à qualidade de adaptação de uma máquina ao seu operador, possibilitando um manuseio eficaz e evitando esforço desnecessário do trabalhador na execução de suas atividades, por exemplo a lesão por esforço repetitivo (LER) é um dos problemas físicos mais comuns que podem levar a limitações ou até mesmo à perda da capacidade de trabalhar. A Utilização de soluções ergonômicas no ambiente de trabalho é uma iniciativa que pode aumentar significativamente a satisfação, eficácia e eficiência do colaborador. O fator humano é um termo usado com um significado semelhante à ergonomia. Em termos de fatores humanos ou ergonomia, suas aplicações incluem áreas como: 8 aviação, tecnologia da informação e comunicação, design de produtos adequados às pessoas, saúde física e espiritualidade, entre outras áreas. A ergonomia é também conhecida como o estudo da relação entre o homem e o seu ambiente laboral. Pode-se dizer que a ergonomia no trabalho oferece ao indivíduo, o conforto adequado e os métodos de prevenção de acidentes e de patologias especificas para cada tipo de atividade executada. A má postura e as lesões por esforços repetitivos, ao longo do tempo, causam diversos males que prejudicam e comprometem a saúde do trabalhador, impossibilitando, muitas vezes, que esse indivíduo permaneça executando a mesma função, em decorrência, por exemplo, de uma deficiência motora. As condições gerais de trabalho, considerando, a iluminação, o nível de ruídos e a temperatura, são os principais causadores dos problemas que afetam, diretamente, a saúde dos funcionários de uma empresa. Nesse caso, a ergonomia contribui muito para evitar que essas enfermidades ocorram, com objetivo de tornar cada vez mais eficiente os procedimentos de controle e de regulação das condições adequadas de trabalho. Considerando que a eficiência dos processos utilizados na ergonomia laboral seja apropriada para eliminar os riscos que afetam a saúde do trabalhador, nota-se que o custo-benefício dos métodos ergonômicos utilizados, minimiza para as empresas, as despesas com possíveis indenizações, quando não há condições adequadas de trabalho, causando aos funcionários algum tipo de incapacidade física que o impossibilita de exercer suas atividades diárias. 2 ATUAÇÃO DA ERGONOMIA Quanto às suas áreas de atuação, a ergonomia é dividida conforme a ocasião em que é efetuada (SOUZA et al.,2015): Ergonomia física — anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica. Ergonomia cognitiva — processos mentais, tais como percepção, memória e raciocínio. Ergonomia organizacional — otimização dos sistemas sociotécnicos. 9 Por sua vez, Vidal (2002) esboça conceitos relacionados à ergonomia contemporânea com base em áreas de especialização e ressalta que a classificação proposta possui finalidades meramente didáticas, e não teóricas. Fonte: Adaptada (VIDAL, 2002). Ergonomia Física Está relacionada com às características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica em sua relação a atividade física. Os tópicos relevantes incluem o estudo da postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios músculo-esqueletais relacionados ao trabalho, projeto de posto de trabalho, segurança e saúde. Ergonomia cognitiva Refere-se aos processos mentais, tais como percepção, memória, raciocínio e resposta motora conforme afetem as interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. Os tópicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho, tomada de decisão, desempenho especializado, interação homem computador, estresse e treinamento, conforme esses se relacionam a projetos envolvendo seres humanos e sistemas. 10 Fonte: google imagens. A ergonomia cognitiva é também conhecida como engenharia psicológica. A palavra "cognitiva" sugere uma relação com um conjunto de processos mentais, entre eles a percepção, a atenção, a cognição, o controle motor e o armazenamento e recuperação de memória. A ergonomia cognitiva pretende analisar o impacto que esses processos têm na interação do ser humano e outros elementos dentro de um sistema. Algumas áreas específicas são: carga mental de trabalho, vigilância, tomada de decisão, desempenho de habilidades, erro humano, interação humano-computador e treinamento. Ergonomia organizacional Também conhecida como macro ergonomia, a ergonomia organizacional parte do pressuposto que todo o trabalho ocorre no âmbito das organizações. A ergonomia organizacional pretende potencializar os sistemas existentes na organização, incluindo a estrutura, as políticas e processos da organização. Algumas das áreas específicas são: trabalho em turnos, programação de trabalho, satisfação no trabalho, teoria motivacional, supervisão, trabalho em equipe, trabalho à distância e ética. 11 Concerne à otimização dos sistemas sócio técnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e de processos. Os tópicos relevantes incluem comunicações, gerenciamento de recursos de tripulações (domínio aeronáutico), projeto de trabalho, organização temporal do trabalho, trabalho em grupo, projeto participativo, novos paradigmas do trabalho, trabalho cooperativo, cultura organizacional, organizações em rede, tele trabalho e gestão da qualidade. 3 NORMA REGULAMENTADORA 17 A Norma Regulamentadora de Ergonomia 17 (NR 17), publicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, estabelece os parâmetros ergonômicos que orientam a avaliação da adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores. A finalidade dessas mudanças é proporcionar o máximo de conforto, segurança e eficiência ao trabalhador, e isso deve ser a base da AET, pois é um meio de avaliar a adequação das condições de trabalho às características psicofisiológicas do trabalhador (BRASIL, 1990). No que tange a legislação a respeito da Ergonomia, foi criada uma norma regulamentora por meio da Portaria MTb de nº 3.214 em junho de 1978 que regulamenta alguns artigos da Consolidação das Leis do Trabalho. Logo no início, a norma já prevê em seu tópico 17.1 o objetivo para qual foi criada, sendo: 17.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR visa estabelecer as diretrizes e os requisitos que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar conforto, segurança, saúde e desempenho eficiente no trabalho. 17.1.1.1 As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário dos postos de trabalho, ao trabalho com máquinas, equipamentos e ferramentas manuais, às condições de conforto no ambiente de trabalho e à própria organização do trabalho. (BRASIL, 2021). Em sequência, recomenda-se a leitura dos tópicos subsequentes da norma em comento, que ainda prevê sobre a aplicação da mesma, forma de organização, entre outros. 12 4 BENEFÍCIOS DA ERGONOMIA PARA O FUNCIONÁRIO E A EMPRESA A Ergonomia contribui para a qualidade de vida, saúde e bem-estar dos funcionários e isso deve ser percebido com cuidado tanto pelas empresas, quanto pelos colaboradores. Má postura, equipamentos não adequados ou ajustados podem causar problemas para a saúde e reduzir a produtividade no trabalho. Fonte: physioterapia.com.br Aergonomia é aplicada na empresa para criar um ambiente favorável durante a jornada dos colaboradores, minimizando cansaço, estresse, evitando lesões e contribuindo na redução de gastos com afastamento. Também deve ser enfatizado que os funcionários devem usar corretamente os equipamentos, conforme as instruções. Algumas ações que podem ser realizadas nas empresas, são: ginástica laboral, pausas e equipamentos atendam às normas do NR 17 (Ministério do Trabalho), como: suporte monitor, cadeira, suporte para notebook, apoio para os pés, suporte antebraços, tapete ergonômico antifadiga. http://loja.reliza.com.br/produto/listar/suporte-para-monitor http://loja.reliza.com.br/produto/listar/cadeiras-e-bancos-ergonomicos http://loja.reliza.com.br/produto/listar/suporte-para-notebook http://loja.reliza.com.br/produto/listar/apoio-para-os-pes-ergonomico http://loja.reliza.com.br/produto/listar/apoio-para-antebraco-ergonomico http://loja.reliza.com.br/produto/listar/apoio-para-antebraco-ergonomico http://loja.reliza.com.br/produto/listar/tapete-industrial-antifadiga-ergonomico 13 Os benefícios que a empresa e os funcionários têm com a ergonomia são: Melhora a postura e previne doenças ocupacionais: sentar corretamente na cadeira, ajustar o monitor na altura correta, pernas alinhadas e braços na posição correta, evita lesões, fadiga e dores. Inclusive doenças como a DORT que são causadas pela má postura ou devido a movimentos repetitivos e prolongados. Reduz as ausências e afastamentos: o trabalho proporcionado pelas técnicas ergonômicas reduz o número de absenteísmo, pois contribui para a saúde e bem-estar dos colaboradores ao longo da jornada de trabalho. Reduz o sedentarismo e melhora o condicionamento físico: o exercício no local de trabalho estimula o movimento, ajudando as pessoas a não ficarem na mesma posição por horas. O alongamento atua nos músculos, tendões e articulações, prevenindo lesões e aumentando a força e flexibilidade muscular, ajudando os trabalhadores a terem melhor resistência. Reduz a fadiga e o estresse: produtos ergonômicos, descansos e a ginástica laboral ajudam a relaxar e reduzir o cansaço. Aumenta a produtividade: um funcionário com equipamentos ergonômicos, um posto de trabalho adequado e até a capacidade de praticar ginástica laboral, sente-se motivado, aumenta suas habilidades, sua eficiência e com isso passa a produzir mais. Valoriza o profissional: o funcionário se sente valorizado e reconhecido, pois é acompanhado para realizar atividades na empresa. Como implantar a ergonomia nas empresas O conceito mais atual da ergonomia diz respeito à adaptação da máquina ao homem, em um sistema de interação entre as partes. Na prática, a ergonomia é a base de conhecimento utilizado para que o posto e, consequentemente, o local de trabalho do funcionário seja saudável, permitindo que ele exerça sua função da melhor maneira possível. 14 Os funcionários das empresas que investem em ergonomia têm um menor acometimento de doenças ocupacionais, além de possuírem um local de trabalho que facilita o desempenho de suas tarefas. Essa preocupação vai além da eficácia produtiva, pois engloba todo o processo, desde o projeto do produto até a verificação dos métodos de trabalho existentes, onde não considera a produção máxima que o trabalhador pode executar sem compreender as consequências do impacto disso em sua saúde (WEBER, 2018). Fonte: ocupacional.com.br Normalmente a pessoa aprende a diminuir a carga de estresse mental e físico com a qual está acostumada, pois quando se sente sobrecarregada sabe quais os exercícios ajudam a aliviar a tensão. O Ministério do Trabalho e Emprego possui a Norma Regulamentadora 17 que orienta toda empresa a ter a Análise Ergonômica do Trabalho – AET, documento no qual o profissional indica as melhorias para que o posto de trabalho atenda às necessidades mínimas de ergonomia. A Análise Ergonômica do Trabalho conta com um caderno de ações baseado no uso do FMEA, uma metodologia de Análise de Tipo e Efeito de Falha que analisa os tipos de problemas que podem ocorrer no trabalho de ergonomia. Em seguida são avaliados os riscos da causa de cada falha e, com base nesta avaliação, são tomadas as ações necessárias para diminuir estes riscos e aumentar a confiabilidade do trabalho de ergonomia. A aplicação da ergonomia é feita por meio do diagnóstico ergonômico, que consiste em avaliar o risco de cada posto de trabalho e cria uma estratégia para definir a sequência de ações ergonômicas para a melhoria de cada local. http://www.ocupacional.com.br/ 15 Além disso, um plano de ação é desenvolvido para avaliação e documentação dos resultados. Também é realizada a formação e gerenciamento do COERGO – Comitê de Ergonomia, grupo de trabalhadores que definem a estratégia de melhoria ergonômica da empresa, implantam e monitoram as ações. Por fim, realiza-se o acompanhamento dos processos trabalhistas relacionados à ergonomia. É possível, na maioria dos casos, adaptar conceitos da ergonomia ao próprio local de trabalho, com isso, atendendo todas as demandas. De modo geral, a ergonomia nas empresas pode ser aplicada através da ginástica laboral, intervalos regulares e rotatividade de tarefas, além da adaptação do ambiente de trabalho de acordo com a função e carga horária do funcionário. A disposição adequada de mesas e cadeiras, equipamentos e demais itens utilizados na produção torna o empregado mais motivado para o trabalho diário. As empresas devem investir em uma estrutura ergonômica que garanta a qualidade e harmonia do ambiente de trabalho. Com funcionários saudáveis e motivados, a instituição preserva a sua imagem e garante produtividade e atuação no mercado. Papel da Ergonomia para a saúde A ergonomia se preocupa com as condições gerais de trabalho, tais como, a iluminação, os ruídos e a temperatura, que geralmente são conhecidas como agentes causadores de males na área de saúde física e mental, mas que o estudo procura traçar os caminhos para a correção. O seu objetivo é aumentar a eficiência humana, através de dados que permite tomar decisões lógicas. O custo individual é minimizado através da ergonomia, que remove aspectos do trabalho, que a longo prazo, possam provocar ineficiências ou os mais variados tipos de incapacidades físicas. Nas condições em que a atividade do indivíduo envolve a operação de uma peça de equipamento, na maioria das vezes, ele passa a constituir, com este equipamento, um sistema fechado. Este visa apresentar muitas das características de auto- regulamentação (feedback). Dentro de tal sistema é o indivíduo quem usualmente decide, torna-se necessário que ele seja incluído no estudo da eficiência do sistema. Para que a 16 eficiência seja máxima é preciso que o sistema seja projetado como um todo, com o homem completando a máquina e está completando o homem. A falta e suas consequências Fonte: Adaptado de gratispng.com. 2022 Uma das causas da baixa produtividade pode ser o desconforto, que entre as suas várias causas está diretamente ligada à adequação do corpo frente a um determinado equipamento. A questão da iluminação, que além de poder causar danos à visão, contribui significativamente na baixa pessoal da capacidade de produção de uma pessoa, quer seja em um escritório, indústria e até mesmo em ambientes de trabalho mais sofisticados. Além disso, os ruídos e mudanças de temperatura também influencia negativamente neste processo. Com relação aos problemas de coluna,o ideal ainda é a prevenção, portanto buscar no ambiente de trabalho, a adequação de cadeiras e mesas é o ideal para 17 protegê-la. Mas, quando não for possível contar com um escritório mais adequado, o indivíduo deve procurar sempre sentar em cadeiras com encosto reto. Atualmente várias empresas já buscam a melhoria da qualidade do trabalho dos empregados e já estabelecem uma série de programas como forma de incentivar a saúde do trabalhador. Nas grandes capitais e áreas mais industrializadas, o empresariado, já consciente de eventuais problemas, está investindo nestes programas, como também, em estudos sobre as vantagens da ergonomia para a melhoria da produção nas empresas. Se por um lado, o uso da ergonomia pode sugerir maior gasto, por outro representa uma economia para a empresa e como benefício, a melhoria da saúde do trabalhador e da sociedade. 5 ATRIBUTO DA ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO Ao avaliar a organização do trabalho, deve-se prestar atenção nos documentos referentes ao trabalho real e ao trabalho prescrito na análise de requisitos e tarefas. O trabalho real constitui-se nas tarefas que o colaborador realiza diariamente em seu ambiente de trabalho, chamadas de tarefas reais. Por outro lado, o trabalho prescrito é aquele que está definido e escrito nas atribuições do cargo; portanto, quando o trabalhador executa as atividades que estão prescritas na sua atribuição, ele executa o trabalho especificado. É importante observar sempre a situação real de trabalho, levando em consideração a divisão de trabalho esperada com base na hierarquia organizacional, nível de escolaridade, treinamento pessoal e experiência, por exemplo. A partir daí, a descrição da produção relativa ao tempo destinado às tarefas é referenciada à realidade desse trabalhador. Em uma entrevista detalhada, podem ser coletadas notas sobre as variações diárias, semanais e mensais do volume de atendimento, incluindo variações e complicações mais frequentes. Nesse sentido, algumas empresas adotam sistemas de registro dessas variáveis, que podem ser úteis em análises comparativas. No entanto, uma possível abordagem menos mecanicista para coletar informações de trabalhadores na análise de tarefas é interessante. 18 A análise do local de trabalho visa investigar as tarefas, posturas e movimentos dos trabalhadores, bem como as exigências físicas e cognitivas do trabalho realizado (IIDA, 2005). A NR 17 estabelece que onde as atividades exijam constante necessidade e atenção intelectual, como em salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, Brasil (1990), aponta que: a) os níveis de ruído, a serem medidos por meio de decibelímetro nos postos e no ambiente de trabalho. É indicado que os níveis de ruído sejam medidos próximo à zona auditiva, e as demais variáveis, na altura do tórax do trabalhador. Assim, a medição de ruído em salas de reunião de escritório, por exemplo, deve obedecer ao limite de 30 a 40dB (A) ou 25 a 35NC, entre outras especificações de locais de trabalho que devem ser consultadas na NBR 10.152. b) O índice de temperatura efetiva deve ficar entre 20 e 23°C, podendo ser medido por meio de um termômetro de globo bulbo seco úmido. c) A velocidade do ar não deve ser superior a 0,75 m/s, podendo ser medida por meio de anemômetro. d) A unidade relativa do ar não deve ser inferior a 40%. 8 Análise ergonômica do trabalho A análise dos trabalhos estático e dinâmico é feita por meio do estudo das posturas do trabalhador durante as suas atividades. O trabalho estático requer contração constante de certos músculos para manter uma determinada posição. No trabalho dinâmico, as contrações e o relaxamento dos músculos são alternados. As posturas referem-se à posição das partes do corpo. Segundo Iida (2005), existem três situações em que a má postura pode produzir danos: Nos trabalhos estáticos; Nos trabalhos que exigem muita força; Nos trabalhos que exigem posturas desfavoráveis. Outras condições, quando adicionadas a essas posturas, como trabalho em pé leve ou trabalho pesado ou de precisão, também devem ser avaliadas simultaneamente. As condições de trabalho no ambiente são exemplos de medidas que devem ser adaptadas às características dos trabalhadores. Quando o objetivo é o conforto ambiental, o foco está na adaptação adequada do colaborador ao ambiente para realizar a tarefa; se o objetivo é o conforto térmico, envolve processos de transferência de calor (por exemplo, condução, convecção, evaporação e condensação) e radiação, 19 apropriados em situações em que há equilíbrio entre a produção de calor e a perda de calor (WEBER, 2018). As condições de iluminação no local de trabalho também são importantes. Todas as superfícies do campo visual devem possuir a mesma ordem de luminosidade, além de levar em conta as adaptações no desempenho ocular, como nos ofuscamentos. De acordo com WEBER (2018), os ofuscamentos podem ser classificados em: Relativos: por excessivos contrastes de claridade em diferentes partes do campo visual. Absolutos: quando a fonte de luz é muito clara, tornando difícil a adaptação. Adaptativos: de forma temporária quando sai de um quarto escuro. A iluminação deve ser medida por meio de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano, para conforto visual e bom desempenho óptico. Além disso, as condições devem ser atingidas em função do ângulo de incidência, com ênfase na quantidade de luz refletida ou emitida sobre uma superfície de forma adequada, com equilíbrio especial das luminâncias das superfícies, uniformidade temporal da iluminação e eliminação do ofuscamento com luzes apropriadas (KROEMER; GRANDJEAN, 2007). Outros fatores devem ser considerados como, a avaliação do trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé exige mobiliário que atenda ao estabelecido na NR17 e que permita variações posturais, com ajustes de fácil acionamento, de modo a prover espaço suficiente para o conforto do trabalhador. Para isso, alguns parâmetros são necessários, como monitores de vídeo e teclados com mecanismos de regulagem, bancada com medidas calculadas, inclusive para zonas de alcance a partir do ombro do operador em posição de trabalho, plano de trabalho com bordas arredondadas e assentos conforme padronização normativa. Nas atividades de processamento eletrônico de dados, devem ser analisadas as exigências de digitação: não deve ser levado em consideração o número individual de toques sobre o teclado para efeito de remuneração. Assim, Análise ergonômica do trabalho o empregador não deve solicitar um número máximo de toques reais maior 20 que 8 mil por hora trabalhada, e o tempo efetivo de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de 5 horas, com, no mínimo, uma pausa de 10 minutos para cada 50 minutos trabalhados, não deduzidos da jornada de trabalho. O Anexo I da NR17 regulamenta as condutas ergonômicas dos sistemas de autosserviço e checkout, como supermercados, hipermercados e comércio atacadista, estabelecendo que o trabalho dos operadores de checkout deve (BRASIL, 2021): Atender às características antropométricas de 90% dos trabalhadores; Certificar a postura para o trabalho na posição sentada e em pé, respeitando os ângulos-limite e as trajetórias naturais dos movimentos, com mobiliário sem quinas vivas ou rebarbas; Oferecer apoio para os pés, independentemente da cadeira; Aderir, em cada posto de trabalho, um sistema de esteira eletromecânica para melhor movimentação de mercadorias nos checkouts com cumprimento de 2,70 metros ou superior. O Anexo II da NR17 regulamenta as condutas ergonômicas do trabalho em atendimento de telemarketing/teleatendimento, setores e postosque envolvem essa atividade, compreendendo-se call center como um ambiente de trabalho cuja principal atividade é feita via telefone e/ou rádio, com uso simultâneo de terminais de computador (BRASIL, 2021). A partir da compreensão do objetivo e das características da análise ergonômica do trabalho, por meio da NR 17 e seus anexos, é possível ter uma base para a elaboração de um relatório de AET, levando-se em consideração as diferentes ferramentas ergonômicas como meios auxiliares essenciais para essa elaboração. Elaboração de relatório AET A elaboração de um relatório de análise ergonômica do trabalho (AET) engloba um extensa conceito, assim como o conhecimento dos artefatos ergonômicos que são 21 recursos auxiliares nas avaliações posturais, as quais se diferenciam pelos fatores analisados e os dados de entrada (SOUZA et al., 2015). Esses artefatos fornecem recursos de cálculo para estabelecer o limite de peso recomendável em determinadas atividades de trabalho e consistem em registros importantes de análises sobre queixas álgicas e de agravos à saúde. Além disso, eles reúnem informações sobre satisfação no ambiente de trabalho e são ótimos fundamentos para propostas futuras relacionadas com a atuação empresarial, como nos casos de expansão empresarial, além de serem um ótimo indicativo de saúde e segurança ocupacional. Dessa forma, o melhor método a ser utilizado é aquele que se enquadra à necessidade da sua avaliação (SOUZA et al., 2015). Método OWAS Esse método é utilizado na análise das posturas das costas, dos braços, das pernas e do esforço do trabalhador, fornecendo uma classe de ação em que se pode observar a frequência e o tempo em que o trabalhador fica em cada postura em sua tarefa. Assim, é possível analisar cada postura, fornecendo pontos, bem como o nível de esforço avaliado por carga. A porcentagem de tempo em determinada postura apresenta classe de ação, considerada também a força empregada e as propostas de categorias de ação conforme a pontuação. Para Souza et al. (2015), existem quatro classes de posturas, conforme descrito a seguir. 1. Postura normal: sem necessidade de medida corretiva. 2. Postura levemente prejudicial: pode ser necessária uma medida corretiva. 3. Postura prejudicial: é necessário corrigir a postura o mais rápido possível. 4. Postura extremamente prejudicial: são necessárias medidas imediatas de correção. 22 Fonte: PAIM et al. (2017). Método RULA O método RULA é uma adaptação do OWAS, utilizando esquemas de postura do corpo com tabelas de risco de exposição a fatores de cargas externos. Assim, a demonstração do risco de desenvolver doenças ocupacionais é mais simples. Esse método é muito utilizado para a análise das sobrecargas concentradas no pescoço e nos membros inferiores durante execução das atividades laborais (SOUZA et al., 2015). Para o método RULA, o corpo é dividido em duas partes: A e B, que são os membros superiores e os inferiores (pescoço, tronco, pernas e pés). A análise é feita de acordo com as angulações do corpo e dos membros, com pontuação de 1 a 7, sendo 1 o menor risco e 7 o maior risco de lesão. 23 Representação do cálculo da pontuação final do método RULA. Fonte: Adaptada de Souza et al. (2015). Método NIOSH O NIOSH é um órgão do governo norte-americano que desenvolveu uma equação que permite calcular o limite de peso recomendável, levando em consideração fatores como a manipulação assimétrica de cargas, a duração da tarefa, a frequência dos levantamentos e a qualidade da pega. Essa equação considera os critérios a seguir para estabelecer os limites de carga, de acordo com o Manual de aplicação da NR 17 (BRASIL, 2002). Biomecânico: limita o estresse na região lombossacral. Fisiológico: limita o estresse metabólico e a fadiga associada a tarefas repetitivas. Psicofísico: limita a carga conforme a percepção da capacidade do trabalhador. 24 O NIOSH é um ótimo artefato para estimar os limites de carga, o que é essencial em empresas cujos serviços envolvem a descarga de materiais. Entretanto, essa ferramenta não é aplicável às tarefas em que a frequência de levantamento é elevada (mais de seis levantamentos por minuto). Deve-se estar atento ao termo localização-padrão de levantamento que é empregado na definição dos fatores da equação, sendo uma referência no espaço tridimensional para avaliar a postura de levantamento. Fonte: Adaptada de Souza et al. (2015). Método REBA Esse método avalia as posturas não previstas. Derivado do OWAS e do RULA, a análise do REBA consiste na somatória de pontos dos grupos A (tronco, pescoço e pernas) e B (braços e pulsos), sendo adicionadas as pontuações de carga, força e apoio. 25 A pontuação de carga e força consiste em: +0: a carga ou força aplicada é inferior a 5 kg. +1: a carga ou força aplicada está entre 5 e 10 kg. +2: a carga ou força aplicada é superior a 10 kg. Uma pontuação adicional +1 ocorre quando a força é aplicada bruscamente. A pontuação de pega da carga consiste em: +0: pega boa. +1: pega regular. +2: pega ruim. +3: pega inaceitável. 26 O Quadro 1, a seguir, apresenta os níveis de risco do método REBA. Fonte: SOUZA et al.(2015). O fisioterapeuta do trabalho em processo de elaboração da AET trabalha com a análise da demanda, da tarefa e da atividade e, ao formar um objetivo, realiza a formação de diagnóstico. Logo após, ele inicia os processos de exigência mínimas da composição de uma AET, que incluem uma avaliação ergonômica que deve englobar as características antropométricas do trabalhador, como sexo, idade, peso e altura, e os dados de trabalho, como cargo, setor, tarefas, função real e prescrita, jornada de trabalho, ritmo de trabalho, questionamentos sobre trabalho com posturas estáticas por longos períodos, programas de capacitação para a execução de tarefas, monotonia e questões como sobrecarga de trabalho mental. Pode-se, ainda, implementar a análise com uso de checklist e questionários, como o Questionário Bipolar baseado na ISO 20646, por exemplo. Ademais, são realizadas discussões dos resultados com os trabalhadores, com recomendações específicas nos postos de trabalho, apontadas durante a análise. A partir desse momento, são revisadas as recomendações e, principalmente, as intervenções propostas com todos os empregadores e trabalhadores. Por fim, é importante avaliar as deficiências das recomendações, pois, dessa forma, pode-se compreender os pontos de falhas e seguir com a busca de melhorias, visando a um processo adequado de AET. Portanto, não se deve apenas buscar problemas, e sim apresentar melhorias a partir do conhecimento do local em que elas são necessárias. 27 6 OBJETO DA ERGONOMIA O objeto da Ergonomia é o homem; ele é o “centro “das atenções. O trabalhador precisa de todos os benefícios e facilidades para exercer a sua função de produzir. É oportuno lembrar que a Ergonomia não se preocupa com a ociosidade (“erg” significa trabalho). Portanto, o conforto, a segurança e o bem-estar não são um “fim”, mas um “meio”, oferecido para que o trabalhador produza com boa qualidade. Fonte: icarusocupacional.com.br A Ergonomia deve constituir-se na principal ferramenta para o “controle de qualidade”. É inimaginável um “controle de qualidade” sem a preocupação inicial com a segurança, o conforto e o bem-estar de quem produz. Entende-se que, quando um bem é produzido com acidentes e doenças ocupacionais, a boa qualidade está comprometida.“A boa qualidade do produto éapenas o resultado da boa qualidade da produção; e segurança é um dos elementos da produção” Os ambientes de trabalho, quanto aos riscos oferecidos, se distribuem em 4 classes: a- Ambiente praticamente sem risco - É um ambiente onde o número de riscos é relativamente pequeno e, sendo aparentemente de “pequeno grau”, tornam- 28 se quase imperceptíveis. Entretanto, não podemos negligenciar o fato, pois, qualquer risco, por menor que seja, deve ser tratado como “potencialmente grave”. Ex.: sala de aula (poeira de giz, ácaros, desconforto, monotonia, iluminação, etc.); Sala do chefe (poeiras, iluminamento, monotonia, posição de trabalho, etc.); outros ambientes. b- Ambiente com condições perigosas - É um ambiente onde os acidentes e doenças podem ocorrer em situações de gravidade, inclusive com risco de morte. Na maioria, é vetado o trabalho de menores de idade e, em alguns casos, é permitido desde que eles estejam devidamente protegidos. Exemplos: Trabalho dentro do bosque (queda de galhos, ataque de animais, etc.); Trabalho em plataformas, desnível acima de 2,0m (queda de nível, pânico, etc.); e Motorista de caminhão (tensão, acidentes de trânsito, monotonia, etc.). c- Ambiente com risco de insalubridade - Apesar de essencialmente técnica tal classificação, assume um caráter legal, com a preocupação da compensação pecuniária, com o pagamento do adicional salarial. Exemplos: Trabalho com agroquímicos (intoxicações, calor ou frio excessivo, etc.); Ambiente muito ruidoso (insalubridade em grau médio); Trabalho com solda elétrica (câncer de pele, cegueira, etc.); Outras situações, igualmente insalubres. d- Ambiente com risco de periculosidade - São situações onde o risco é elevado e, ocorrendo acidente, quase sempre resulta em morte do trabalhador. 29 Exemplos: Trabalho com explosivos sólidos; Ambiente contendo líquidos que geram gases explosivos; GLP; Eletricidade, etc. O trabalho com R-X é, tecnicamente, caracterizado como insalubre; mas, legalmente é considerado como “periculoso”. Fonte: destinonegocio.com Para qualquer ambiente de trabalho, e para qualquer atividade que vá exercer, o homem tem que ser “adaptado”, isto é, o trabalhador tem que: receber treinamento, alimentar-se adequadamente, usar EPI em função do risco existente, ser motivado, e outros procedimentos de “ajuste do homem ao trabalho”. A prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, nesta fase de “adaptação do homem ao trabalho”, é realizada com os seguintes procedimentos: A- PRÉ-CONTRATAÇÃO: B- PÓS-CONTRATAÇÃO: Alimentação Alimentação Escolaridade Escolaridade Exames médicos Exames médicos Vacinação Vacinação Qualificação Qualificação 30 Recrutamento Treinamento Seleção Motivação ao trabalho etc. Reciclagem Rodízio Salário EPI, Mas, a adaptação do homem ao trabalho não é suficiente para prevenir acidentes e doenças ocupacionais. ANTES de iniciada a atividade laboral, tem que” adaptar o trabalho ao homem”. É a segunda fase da prevenção de acidentes e doenças. Nesta segunda fase da prevenção de acidentes e doenças ocupacionais – adaptação do trabalho ao homem – tem os seguintes procedimentos: Adaptação dos fatores ambientais ao trabalhador. Adaptação dos fatores operacionais ao trabalhador. O uso de rodízios. O ajuste dos EPIs ao trabalhador. EPCs: algumas vezes se constituem em medidas ergonômicas. A programação adequada de trabalho ao homem. Disposição adequada dos elementos no ambiente de trabalho. Exemplos: O trabalho do motorista: antes de iniciar, há necessidade de ajustar os elementos do trabalho (carro, no caso) a ele. O uso dos EPIs: cada EPI deve ser ajustado ao trabalhador, para que ele possa trabalhar com segurança e conforto. O ledor de consumo de água: a comodidade na leitura, a prancheta para escrever, o instrumento “telescópico” para a leitura, etc. O trabalho do telefonista: ajuste do nível de som, em função da sua eventual limitação auditiva. O trabalho do empacotador: o ajuste da altura da mesa. 31 7 SUBSÍDIOS À ERGONOMIA Certos recursos e conhecimentos humanos são utilizados pela ergonomia para adequar as condições de trabalho à pessoa, para que ela possa desempenhar sua atividade com dignidade: E statística Ant R opometria Fisiolo G ia Humana Anat O mia Humana Ciê N cias Biológicas Psic O logia M edicina Industrial Fís I ca Economi A e outros Exemplos: 1- Para as empresas estabelecidas, economicamente, no meio rural, é necessário primeiro conhecer a população de trabalhadores qualificados de “esquerda” e “direita”; então a frequência de desgaste da ferramenta. Fonte:aede.cl http://www.aede.cl/ 32 2- Além disso, antropometria, estatística e economia são aplicadas na composição do estoque de calçados de segurança, conceito que se estende a qualquer dispositivo ou instrumento. Deve-se primeiro, o conhecimento da população e, depois, do consumo para avaliar a frequência de consumo de um determinado item: existe uma relação definida entre o número de consumidores numa classe como por exemplo, os colaboradores que calçam sapato no 42 e o consumo deste equipamento. No entanto, convém estar ciente para alguns fatores que contribuem para maior ou menor desgaste: Condições ambientais de trabalho; Uso indevido ou incorreto do equipamento; Nível de treinamento; Qualidade da matéria prima utilizada na fabricação do equipamento; Acabamento dado ao equipamento; e Outros. 8 OBJETIVOS DA ERGONOMIA Os objetivos são distribuidos em duas classes: 1- Objetivos imediatos: Propiciar conforto, segurança e bem-estar; Reduzir o cansaço do trabalhador; Precaver acidentes e doenças ocupacionais; 2- Objetivos mediatos: Reduzir afastamento; Aumentar a eficiência do trabalho; Redução dos custos de produção; Aumento da produtividade; Controle de qualidade; Proporcionar maiores lucros para o negócio; 33 9 AVALIAÇÃO DOS AGENTES ERGONÔMICOS Agentes ergonômicos são todos os componentes envolvidos na execução do trabalho, abordados para prevenção de doenças e acidentes ocupacionais: Condições do posto de trabalho Layout Ruídos Temperaturas Vibração mecânica Posição de trabalho Ritmo de trabalho Empatia Tempo de execução de um serviço, etc. Fonte: ocupacional.com.br Em casos de inadequação ou a impropriedade destes agentes, pode ocorrer condições inseguras de natureza ergonômica, as quais resultarão acidentes e doenças ocupacionais. Assim como ocorre na adaptação do homem ao trabalho, conhecida como primeira fase, também ocorre na segunda fase, que é o domínio da ERGONOMIA, onde há escala de procedimentos para a prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais. http://www.ocupacional.com.br/ 34 Reconhecimento dos agentes ergonômicos O processo inclui a identificação de todos os agentes ambientais ou operacionais que tenham potencial de interferir no desempenho, na saúde e na integridade física do trabalhador. A interferência de ordem psíquica não é uma preocupação para a ergonomia; mas, por exemplos, a temperatura ambiente em que o artista trabalha, o tamanho do pincel de um pintor, ou a posição de trabalho do professor, sim. Esse reconhecimento pode ser feito de forma empírica ou objetiva (com o uso de equipamentos ou instrumentos demedição). Avaliação Trata-se de determinar a intensidade com que esses fatores ambientais e/ou operacionais ocorrem, relacionando-os com os limites de tolerância do trabalhador a eles associados. Para riscos insalubres, os limites de tolerância são verificados basicamente com base em dois fatores: 1- Aspectos quantitativo e qualitativo da medição; 2- Tempo de exposição. No que se refere aos riscos de periculosidade, o limite de tolerância é verificado em função, basicamente, de dois fatores: 1- Aspectos quantitativo e qualitativo da medição; 2- Distância à fonte geradora. Controle Depois de reconhecimento e respectiva avaliação, uma vez que caracterizado o risco, ele deve ser controlado. 35 No entanto, devido à diversidade de agentes, a avaliação quantitativa torna- se difícil; portanto, para facilitar a avaliação e o controle necessário, os agentes chamados de “fatores ergonômicos” - são divididos em três categorias: 1- Fatores Individuais: Tipo físico Inteligência Capacidade de concentração Idade Sexo, etc. 2- Fatores Ambientais: Temperatura Ruído Umidade Layout Topografia, etc. 3- Fatores Operacionais: Posição de trabalho Execução de trabalho Período de trabalho Velocidade da máquina Atos frequente, etc. Fatores pessoais e ambientais são reconhecidos e avaliados antes da realização do trabalho. Os operadores só podem ser credenciados e avaliados após e/ou durante a execução do trabalho; surgem com a atividade laboral. Atualmente, uma das principais doenças manifestadas pela inadaptação, principalmente dos fatores operacionais, é conhecida pela sigla DORT, incorretamente referida como LER. 36 Distúrbios Músculo-ligamentares Relativos ao Trabalho (DMRT) ou Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT) são danos musculares e/ou tendões e/ou nervos das extremidades superiores, causado por uso biomecanicamente incorreto deles, resultando em dor, fadiga, redução do desempenho, incapacidade temporária e, dependendo do caso, podem transformar em uma síndrome dolorosa crônica. Manifestam-se, normalmente, entre 7 e 24 meses (na função). O intervalo mais comum é o de 20 a 29 anos, devido o elevado número de pessoas dessa faixa etária, trabalhando, e também, pelo período da manifestação de 7 a 24 meses. No exame admissional, se detectado o distúrbio, a vaga é negada. Vários fatores contribuem: frio, vibração, as mulheres são mais propensas, postura corporal no trabalho, tensão, desprazer, traumas anteriores, atividades anteriores, perfil psicológico (segundo Dr. Losovey, 2016). Como fatores biomecânicos, podemos citar: Força excessiva com os membros superiores, Postura incorreta (braços elevados, braços estendidos, compressão de estruturas nervosas), outros. A programação adequada de trabalho ao homem é o início para a prevenção de acidentes, doenças profissionais e para a consecução dos objetivos imediatos de conforto, segurança e bem-estar do trabalhador. 10 ORIGEM DA ERGONOMIA A ergonomia surgiu com o homem primitivo devido a necessidade de se proteger e sobreviver, os humanos primitivos involuntariamente começaram a aplicar os princípios da ergonomia, ao fabricar objetos de barro para tirar água de poços e cozinhar alimentos. = REGRAS ERGO TRABALHO NOMOS 37 Pesquisa entre o Homem e o seu trabalho, os seus equipamentos e o seu ambiente. 11 AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO DE TRABALHO Ambiente (iluminação, ruído e temperatura) Atividade Posto de trabalho Dimensões, formas, concepção e etc... Com a finalidade de proporcionar comodidade, segurança, eficiência e aperfeiçoamento das condições de trabalho. 12 APLICAÇÃO DO ESTUDO ERGONÔMICO Trabalho; Transporte; Lazer; Escola; Lar, etc. Ergonomia 13 TIPOS DE ERGONOMIA De correção Funciona de forma limitada, modificando os elementos parciais do posto de trabalho, como: Menos esforço físico e mental 38 Dimensões Iluminação Ruído Temperatura, etc. Tem eficácia limitada. De concepção Ao contrário, interfere amplamente no projeto do posto de trabalho, do instrumento e máquina do sistema de produção, organização do trabalho e formação de pessoal. Boa postura Uso adequado de equipamento Implantação De conscientização Capacitação das Pessoas. A consciência da ergonomia ajuda os trabalhadores a entender e aproveitar os benefícios do ambiente de trabalho. Por meio de treinamentos, congressos e estágios, você educa seus colaboradores para agirem de acordo com a ergonomia pensada para o local. O objetivo é conscientizá-los sobre as diversas doenças ocupacionais e a importância da ginástica laboral, informá-los sobre o uso adequado de equipamentos e ferramentas e conscientizá-los sobre a manutenção da boa postura durante o horário de trabalho para evitar problemas e ser ainda mais produtivo. Ou seja, é fundamental atingir as metas estabelecidas pelo design ergonômico de uma empresa. 39 14 FORMAS ADEQUADAS DE TRANSPORTAR CARGAS MANUAIS Fonte: Adaptado de Archiweb Design – Dreamstime, 2022. As cargas manuais por apresentarem formas, pesos e volumes que não são padronizados demandam de cuidados diferentes. Definição Movimentar, levantar e transportar mercadorias é definido como os movimentos e esforços de uma ou mais pessoas, destinados a movimentar cargas dos mais variados tipos, formas ou tamanhos por processo manual. Objetivo Informar procedimentos básicos a serem seguidos quando na movimentação, elevação e transporte de objetos manualmente para evitar acidentes e consequentes lesões. Legislação •Portaria 3.214 do Ministério do Trabalho 40 •NR-09 - Avaliação e controle das exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos •NR-11 - Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais. •NR-17 – Ergonomia 15 CAPACIDADE INDIVIDUAL DE CARGA Riscos contemplados Esforço físico intenso; Levantamento e carregamento de peso; Postura Inadequada; Ritmos excessivos; Trabalhos em turnos e noturnos; Monotonia; Repetitividade; Jornada de Trabalho longa, etc. FAIXA ETÁRIA HOMEM MULHER Menores de 16 anos PROIBIDO PROIBIDO 16 a 18 anos 16 kg 8 kg Acima de 18 anos 40 kg 20 kg 41 Procedimentos básicos quando levantar caixas Procedimentos básicos quando levantar sacos 42 LESÕES Cortes/ Perfurações; Dores lombares (lombalgias); Entorse; Distensões musculares; Hérnias, ETC. INCAPACIDADE Parcial Total Temporária Permanente Morte Exemplos: 43 Serviços que exigem trabalhar em pé A posição em pé é recomendada para situações onde há movimento frequente do local ou onde são necessárias grandes forças. Não é recomendado ficar em pé o dia todo, pois causa fadiga nas costas e nas pernas. Estresse adicional pode ocorrer quando a cabeça e o tronco estão inclinados, causando dores no pescoço e nas costas. Além disso, trabalhar com os braços levantados, sem apoio, causa dor no ombro. Os trabalhos que exigem muito tempo em pé devem ser intercalados com trabalho que podem ser realizados sentado ou andando. Deve-se permitir que os trabalhadores possam sentar durante as pausas naturais do trabalho. Este é o caso de operadores de máquinas e assistentes de loja, por exemplo. As estações de trabalho também podem ser projetadas para permitir a alternância de posturas sentadas e em pé. Altura da superfície de trabalho em pé A bancadapara trabalho em pé também necessita ser ajustada, quando usada por mais de uma pessoa, sua altura deve ser regulável. Nesse caso para atender as diferenças individuais, a faixa de ajuste deve ser de pelo menos 25 cm. Isso também acontece quando a mesma pessoa tem que trabalhar com peças de alturas diferentes. Neste caso, a faixa de ajuste depende da diferença de altura das peças a serem processadas. Os usuários devem ser informados sobre a melhor altura de bancada para cada pessoa para evitar exaustão. O uso de plataformas não é recomendado para trabalhadores em pé. Exigem um espaço extra, são difíceis de limpar e transportar. Além disso, as pessoas costumam tropeçar nelas. 44 Espaço para as pernas e pés Deve haver espaço livre suficiente sob o banco ou máquina para apoiar as pernas e os pés. Isso permite que a pessoa aproxime do trabalho sem ter que se curvar. O espaço livre também deve permitir mudanças frequentes de postura e movimento de pernas e pés. Evitar alcance excessivo Extensões com os braços, para frente e para os lados devem ser limitadas para evitar dobrar ou girar o corpo. Para isso, as ferramentas, peças e controles mais utilizados devem ser posicionados na frente e próximos ao corpo. Para leitura e outras tarefas que exijam monitoramento visual contínuo, a superfície deve ser inclinada o máximo possível, para trabalhar com assentos. Mudança de postura Existe alguns meios para reduzir os problemas causados por posturas prolongadas, incluindo formas de variar as tarefas e atividades, construção de postos de trabalho que permitam alternar a postura sentada e em pé, o uso da cadeira Balans e o uso de um selim para apoiar as nádegas na postura em pé. O projeto e a organização do trabalho devem preocupar-se em introduzir variações nas tarefas e atividades, de forma a eliminar as posturas prolongadas. Se uma tarefa demorar muito tempo, o posto de trabalho pode ser projetado para que as operações possam ser executadas tanto na posição sentada quanto em pé. Para isso, a mesa é dimensionada para o trabalho em pé. Deve-se providenciar uma cadeira alta, que permita realizar o trabalho sentado, um apoio para os pés e um espaço para acomodar as pernas, abaixo da superfície de trabalho. 45 Uso da cadeira Balans Fonte:ebayimg.com A cadeira Balans tem um assento que pode ser inclinado para a frente cerca de 20 graus. Essa inclinação força a postura ereta das costas. Para evitar que o corpo deslize para a frente, existe um suporte no joelho. Esta cadeira não pode ser usada por muito tempo, devido à pressão nos joelhos, sem movimento das pernas e sem encosto. Como a cadeira não tem rodas e não pode girar, ela só pode ser usada para tarefas à frente do corpo. De qualquer forma, esta cadeira pode ser usada, a curto prazo, no lugar da cadeira convencional, apenas com o objetivo de mudar a postura ao longo do tempo. Não deve ser usado por períodos longos ou contínuos. Uso para apoiar o corpo na posição em pé Pode-se pode ser usada para apoiar as nádegas em pé. Este selim inclui um pequeno selim que pode ser ajustado em altura de 65 a 85 cm e inclina-se para a 46 frente de 15 a 30 graus. Permite uma postura semi- apoiada, o que ajuda a aliviar o estresse nas pernas. Este selim não pode ser usado por muito tempo e é prático apenas no caso de trabalho em pé, que não requer grande força ou movimento extenso. O solo em que se encontra deve ter atrito suficiente para evitar que deslize. Posturas das mãos e braços Trabalhar por muito um longo período, usando as mãos e os braços em posturas imprópria, pode produzir dores nos punhos, cotovelos e ombros. Quando o punho é dobrado por muito tempo, pode haver inflamação dos nervos, causando dor e formigamento nos dedos. Quando se trabalha muito tempo com os braços levantados, sem apoio pode ocorrer Dores no pescoço e nos ombros. Esses problemas surgem principalmente com o uso de ferramentas manuais. A dor piora quando há aplicação de forças ou se realizam movimentos repetitivos com as mãos. Melhores posturas podem ser alcaçadas com o posicionamento correto da altura das mãos e o uso de ferramentas adequadas. Existem muitos modelos de ferramentas. O modelo que melhor se adaptar à tarefa e postura deve ser selecionado para que as articulações possam ser mantidas em posição neutra. Postura Deve-se observar a postura em trabalhos com microcomputadores. Cadeira A cadeira deve ser com altura ajustável, para que as coxas fiquem horizontais. O encosto também ajustar para suportar a parte inferior das costas. 47 Fonte: melhoramiga.com.br Mesa A medida correta da mesa de trabalho deve ser de 65 cm a 75 cm de altura. Os pés devem estar totalmente encostado no piso, caso seja necessário pode-se usar o descanso para os pés. Monitor A tela do monitor precisa está sempre limpa. O monitor deve está posicionado de modo a minimizar reflexos, além de ter o brilho e o contraste ajustado. http://www.melhoramiga.com.br/ 48 Ângulos e medidas importantes Os olhos e a tela devem estar separados entre 50 cm e 65 cm. A parte superior da tela de controle deve estar no nível horizontal dos olhos do usuário ou abaixo dele. Os ombros devem estar relaxados e a parte superior do corpo não deve se inclinar para a frente. A inclinação da tela deve ser de 10° a 20° para trás. O ângulo de visão do monitor deve ser de 40°. Os cotovelos do usuário devem estar paralelos ao teclado. O pescoço não deve estar excessivamente dobrado para a frente ou para trás e os pulsos deve ser mantido em posição reta. Se possível, conserve a posição da tela em ângulos retos de 90º às janelas. O computador precisa está organizado de modo a manter os itens usados com frequência à mão, sem torcer ou forçar ao pegá-los. 16 GINÁSTICA LABORAL Fonte: www.ginlab.com.br A ginástica ocupacional é uma série de exercícios específicos aplicados a cada atividade, realizados no local de trabalho com a finalidade de prevenção de doenças, terapia e melhoria da saúde humana e devem ser acompanhados de instruções sobre postura, trabalho e realização do trabalho mais adequado, avaliação para promover as condições certas para os funcionários. http://www.ginlab.com.br/ 49 A ocupacional oferece aos seus clientes todo o suporte necessário para a realização da análise ergonômica no ambiente laboral. Com um programa completo que proporciona a adaptação postural dos trabalhadores às condições adequadas de trabalho, os resultados satisfatórios surgem e geram, consequentemente, uma maior eficiência produtiva. O programa ergonômico oferecido pela Ocupacional é elaborado em conformidade com as características peculiares de cada empresa, com treinamentos para capacitar os funcionários a uma maneira mais segura e eficiente de exercer suas funções laborais. O programa disponibiliza para as empresas: análise ergonômica do trabalho, laudo ergonômico, palestras e treinamentos, ginástica laboral, comitê ergonômico, dentre outros. A ginástica ocupacional teve início em 1928 no Japão e, após a 2º Guerra Mundial. A experiência com Ginástica Laboral, cuja origem é japonesa, foi introduzida no Brasil por executivos nipônicos em 1969, nos estaleiros Ishikavajima, buscando a prevenção de acidentes de trabalho (Pulcinelli,1994, p37). 50 17 TIPOS DE GINÁSTICA LABORAL Fonte: www.segurancatemfuturo.com.br Ginástica Laboral pré-aplicada ou preparatória É uma reunião de colaboradores em um local específico, no início de cada turno, para realizar uma atividade física, buscando “acordar corpo e mente”. Objetivos: Melhorar a saúde física e mental; Melhorar a coordenação e sinergias, conforme necessário; Responder rapidamente a estímulos externos; Estimular reações mais adaptadas para as diversas situações de trabalho. http://www.segurancatemfuturo.com.br/ 51 Ginástica Laboral Compensatória Inclui pausas durante o trabalho com a realização de atividades físicas que compensam as atividades da tarefa, que são específicas de cada setor, de acordo com as características do ambiente e a natureza do trabalho. Objetivos: – Alcançar o equilíbrio físico e mental para a execução de tarefas bem como compensar posturas estáticas, unilaterais e reduzir o acúmulo de fadiga; – Prevenir acidentes, distensões musculares e doenças ocupacionais. “ A Ginástica Laboral, como todas as outras atividades físicas, não deve ser executada sem um acompanhamento de um profissional da área de saúde, pois, para trazer reais benefícios, é necessário que seja executada corretamente e se identifique com os limites de cada um a fim de se trabalhar esses limites. Desta maneira, melhorando as condições físicas e mentais. Se houver algum problema físico ou de saúde, consultar um médico antes de iniciar alguma nova atividade física.” – Ganhar equilíbrio físico e mental para realizar tarefas, bem como compensar posturas estáticas unilaterais e reduzir o acúmulo de fadiga. Sobre os exercícios – Antes de iniciar as atividades físicas, faz-se necessário a avaliação com um profissional da área de saúde; – Os exercícios devem ser realizados no ritmo de cada indivíduo; – Orienta-se respirar naturalmente e manter-se relaxado; – Prestar atenção ao corpo; – Concentrar-se nos músculos e articulações que estão sendo alongados; – Fazer alongamento dentro do limite de conforto; – Não fazer comparações com os outros, respeitando o limite do seu próprio corpo, para evitar alongar-se excessivamente; – Não prender o fôlego enquanto os exercícios são realizados; – Não necessita nenhuma roupa especial para executar os exercícios, apenas retirar sapatos de saltos se os tiver. 52 Algumas sequências de Ginástica Laboral são adequadas para pessoas que realizam atividades laborais em diferentes posições e que utilizam as extremidades superiores por longos períodos de tempo (braço, antebraço, punho, mão e dedos). Benefícios ao realizar a ginástica laboral Nota-se que na atualidade esse movimento está cada vez mais comum, pois percebe-se que pessoas ativas têm mais vitalidade, combatem doenças e permanecem em forma. São autoconfiantes, menos deprimidas. Nos últimos anos, pesquisas médicas mostraram que o sedentarismo é uma causa direta da falta de atividade física. A consciência desse fato, aliada a um conhecimento mais abrangente dos cuidados de saúde, muda o modo de vida. O entusiasmo atual pelo movimento não é modismo, sabe-se que um dos meios de prevenir os males da inatividade é permanecer ativo, não durante um mês, nem um ano, mas por toda a vida. Percebe-se que a prática regular deste método pode fornecer os seguintes benefícios: Redução da tensão muscular e sensação de corpo mais relaxado. Benefícios para a coordenação à medida que os movimentos se tornam mais soltos e fáceis. Minimizar e prevenir lesões como distensões musculares, tendinites, dores nas costas, etc. Desenvolver a consciência corporal, pois conforme alonga as várias partes do seu corpo, obtém maior controle sobre os movimentos. Ajudar a liberar os movimentos que são impedidos por tensão emocional, para que ocorram de forma natural. Humanizar o ambiente de trabalho. Relações de grupo melhoradas. Circulação ativada. 53 Aplicação da ginástica laboral Qualquer pessoa pode aprender ginástica, mas deve ser indicada por uma pessoa qualificada que determinará qual seria a melhor opção, dependendo das características da atividade de trabalho e do local. Frequentemente, as mesmas técnicas de alongamento podem ser aplicadas independentemente de ficar sentado no trabalho o dia todo, cave ou não buracos, fique ou não em uma linha de montagem, faça ou não exercícios com regularidades. Os métodos são delicados e fáceis, levando em conta consideração as diferenças individuais n a tensão muscular e a flexibilidade. Portanto se estiver saudável, sem qualquer problema específico, pode aprender a fazer alongamentos que é uma das técnicas utilizadas na ginástica laboral. 54 18 BIBLIOGRAFIA ABRAHÃO, Júlia Issy; PINHO, Diana Lúcia Moura. As transformações do trabalho e desafios teórico-metodológicos da Ergonomia. Red. Estudos de Psicologia, 2000. ABRAHÃO, Júlia Issy. Reestruturação produtiva e variabilidade do trabalho: uma abordagem da ergonomia. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 16, n. 1, p. 49- 54, 2000. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ERGONOMIA. Estatuto da ABERGO. Fortaleza, 2018. BRASIL. Ministério do Trabalho (MTE). Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT). Portaria MTP n. º 423, de 07 de outubro de 2021. Norma Regulamentadora nº 17 – Anexo 2. Brasília, DF: MTE, 2021. MINISTÉRIO DO TRABALHO. 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