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Aula 1 Introdução a órteses e próteses

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22/10/2022 00:25 Introdução a órteses e próteses
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/02538/index.html#imprimir 1/51
Introdução a órteses e próteses
Profª. Eloá Moreira Marconi
Descrição
Breve histórico sobre o surgimento das órteses e próteses, conceitos, nomenclaturas e principais materiais
utilizados em suas confecções.
Propósito
Conhecer as órteses e próteses é essencial para o fisioterapeuta elaborar a prescrição e o tratamento
adequado conforme as capacidades funcionais perdidas ou não adquiridas de cada paciente.
Objetivos
Módulo 1
Processo evolutivo e diferenças das tecnologias assistivas
Identificar o processo evolutivo das órteses/próteses e a diferença entre órtese, prótese e meios
auxiliares de locomoção.
Módulo 2
Tipos de órteses próteses e meios auxiliares de locomoção
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Tipos de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção
Reconhecer os tipos de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção.
Módulo 3
Os materiais utilizados para a confecção
Reconhecer os materiais utilizados para a confecção das órteses, próteses e dos meios auxiliares de
locomoção.
Tecnologias Assistivas são recursos e serviços que auxiliam ou aperfeiçoam habilidades funcionais
de pessoas com deficiência ou com alterações de mobilidade que levam a uma capacidade funcional
reduzida ou abolida. Entre as Tecnologias Assistivas utilizadas pelos fisioterapeutas, estão as
órteses, as próteses e os meios auxiliares de locomoção, conhecidos como OPM.
O direito do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional de prescrever e confeccionar órteses, próteses
e materiais especiais não relacionados ao ato cirúrgico no Sistema Único de Saúde (SUS) e em
clínicas e hospitais particulares por todo o País foi reconhecido pelo Ministério da Saúde, por meio
da publicação da Portaria SAS/MS N° 661, de 2 de dezembro de 2010. Essa conquista se deu após
uma luta que durou mais de um ano, em que inúmeras reuniões entre o Conselho Federal de
Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) e o Ministério da Saúde foram realizadas.
As Tecnologias Assistivas foram incluídas como procedimentos na Classificação Brasileira de
Ocupação (CBO) dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais. Dessa forma, o conhecimento
acerca desse assunto é muito importante, pois a efetividade desses dispositivos depende de um
processo que exige uma responsabilidade e uma qualificação do profissional que irá prescrevê-los e
adaptá-los à vida do paciente, para: avaliação da deficiência; prescrição do dispositivo adequado;
confecção (conforto, estética e função); dispensação (locais para aquisição desses dispositivos);
preparação (física e emocional); treinamento para o uso; acompanhamento; adequação e
manutenção. Vamos dar ênfase aos OPM relacionados aos fisioterapeutas, como: calçados
ortopédicos, palmilhas, cadeira de rodas e dispositivos de substituição de membros (próteses),
muletas, bengalas etc.
É muito importante entender como se deu a evolução dessas ferramentas, assim como saber
identificar a localização e função de cada uma delas por meio da nomenclatura e do material
utilizado para sua confecção. Assim, você será capaz de identificar qual a melhor recomendação
Introdução
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1 - Processo evolutivo e diferenças das Tecnologias
assistivas
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car o processo evolutivo das
órteses/próteses e a diferença entre órtese, prótese e meios auxiliares de locomoção.
Histórico das órteses e próteses
Sabemos que, desde sempre, as pessoas apresentam habilidades funcionais essenciais para a vida e que
existem diversos fatores que podem alterar a realização dessas habilidades. Dentre esses fatores, podemos
incluir:
(órtese, prótese ou meio auxiliar de locomoção) para seu paciente, respeitando suas limitações e
possíveis aquisições de habilidades, fornecendo a ele um tratamento mais eficiente e eficaz e,
consequentemente, aumentando sua independência, auxiliando na sua inclusão social e melhorando
sua qualidade de vida.
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Alterações físicas congênitas, ou seja, com as quais o indivíduo já nasce;
Sequelas de alguma doença;
Alterações pós-traumáticas como aquelas causadas por acidente ou por campos de batalha.
Assim, surgiram as órteses, as próteses e os meios auxiliares de locomoção. Eles têm como principal
objetivo melhorar a qualidade de vida das pessoas que apresentam alguma deformidade por meio da
aquisição de habilidades funcionais perdidas ou não adquiridas. Dessa forma, podemos afirmar que esses
dispositivos promovem habilitação ou a reabilitação dos indivíduos.
lterações físicas congênitas
Artrogripose, mielomeningocele, pé torto congênito etc.
equelas
Acidente vascular cerebral, poliomielite, atrofia espinhal periférica, esclerose lateral amiotrófica etc.
lterações pós-traumáticas
Paresias, paralisias ou amputações.
abilitação
Desenvolvimento de aptidão, capacidade ou habilidades de um indivíduo em caráter primário.
eabilitação
Desenvolvimento e reaprendizagem de capacidades e habilidades de indivíduos, ou seja, devolvê-los às suas
atividades físicas e/ou mentais anteriores a uma lesão ou enfermidade.
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Primeiros registros
Não se sabe exatamente quando e como surgiram as primeiras órteses e próteses,
entretanto, alguns achados históricos podem nos trazer informações sobre sua evolução
ig Veda
O referido poema conta a história de uma rainha guerreira que substituiu seus membros inferiores por uma
prótese de cobre com o objetivo de retornar à guerra.
Exemplos de próteses antigas
O Dedo do Cairo
A prótese mais antiga já encontrada encontra-se exposta no Museu do Cairo, e é estudada por historiadores
3500 a 1800 a.C
O primeiro registro de prótese
conhecido está descrito em
um poema no livro mais
antigo da cultura hindu, o Rig
Veda, escrito por volta de
3500 a 1800 a.C.
2750 a 2625 a.C
A utilização de órteses
também pode ser encontrada
em pinturas egípcias
arqueológicas que ilustravam
pessoas usando órteses
datadas de 2750 a 2625 a.C.
460 a 375 a.C.
Hipócrates, considerado o
“Pai da Medicina”, descreveu,
em uma de suas obras, a
utilização de uma ferramenta
de tração para correção de
deformidades da coluna
vertebral, o que podemos
considerar uma órtese.
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do German Institute of Archaeology, no Cairo, e do Supreme Council of Antiquities, no Egito. Conhecida
como “O Dedo do Cairo” e datada entre 1069 e 664 a.C., essa prótese foi encontrada durante uma campanha
de escavação das Tumbas do Oeste (Sheik-Abd-el-Gurna). A prótese foi encontrada no pé de uma múmia
(mulher com idade entre 50 e 55 anos). Acredita-se que essa mulher pertencia à alta sociedade da época,
pois a tumba em que foi encontrada era considerada “nobre”.
Antes do aparecimento dessa prótese, já havia sido descoberta uma série de “membros artificiais” que os
historiadores acreditam ter sido confeccionados para preparar a múmia para a vida após a morte, ou seja,
foram confeccionadas durante a mumificação. Porém, quando encontraram a prótese conhecida hoje como
“Dedo do Cairo”, perceberam que ela havia sido confeccionada de uma forma diferente. Para entender,
observe a imagem a seguir e clique nas observações para compreender mais:
Vistas do pé direito e da prótese.
Havia um crescimento de tecido mole incluindo pele na região da amputação, evidenciando
uma cirurgia durante a vida (imagem A).
O háluxfoi substituído por uma prótese de madeira, pintada de marrom, esculpida como um
dedo real (incluindo a unha) e acoplada a mais 2 placas de madeira ligadas entre si por tiras
de couro. Todas essas estruturas foram bem afixadas no pé evidenciando estabilidade para
manter a prótese na posição correta permitindo movimento ao usuário (Imagem B).
Marcas de atrito foram encontradas na sola do dedo protético, evidenciando uso (Imagem C).
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A Perna de Cápua
A prótese romana conhecida como a “Perna de Cápua” ganhou esse nome por ter sido encontrada em um
cemitério na região de Cápua, na Itália, em 1858. Datada de, aproximadamente, 300 a.C., foi confeccionada
em bronze e ferro com núcleo de madeira. Durante muito tempo, a “Perna de Cápua” foi a prótese mais
antiga já encontrada e acreditava-se que a Itália seria a precursora no que diz respeito à confecção de
próteses, até que encontraram o “Dedo do Cairo”, muito mais antigo, mudando essa teoria para a população
egípcia.
Curiosidade
Infelizmente, a “Perna de Cápua” foi destruída durante um bombardeio aéreo na Segunda Guerra Mundial
(1940). Sua réplica encontra-se atualmente no Museu da Ciência de Londres.
Outras citações importantes
Conforme o tempo foi passando, as órteses e próteses começaram a ficar cada vez mais utilizadas. Na
Idade Média, entre os séculos V e XV, as órteses já eram utilizadas em diversas doenças. Observe algumas
citações sobre a evolução das órteses e próteses na linha do tempo abaixo:
Um exame de radiografia simples mostra uma desmineralização do primeiro metatarso com
extenso crescimento osteofítico, evidenciando a amputação (Figura D).
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Árvore de Andry.
Citado na linha do tempo, Nicolas Andry foi um médico francês (1658-1742) que escreveu, em 1741, o
famoso livro chamado L'orthopedie, tendo sido, logo depois, traduzido para o inglês (1742) sob o título de
Orthopaedia or the art of correcting and preventing deformities in children (Ortopedia ou a arte de corrigir e
prevenir deformidades em crianças).
A ilustração deste livro é conhecida como a Árvore de Andry (imagem ao lado), considerada, posteriormente,
como o símbolo da Ortopedia.
Fatos históricos que contribuíram para o avanço do uso das órteses e
próteses
Mesmo com toda essa sequência histórica, desde o surgimento da primeira citação acerca da utilização e
surgimento das órteses e próteses, aconteceram alguns fatos históricos importantes que contribuíram para
o avanço no uso e na tecnologia voltados para esses dispositivos.
As duas grandes guerras mundiais e outros conflitos de grande escala acarretaram em um aumento
considerável no número de amputações secundárias a traumas em campos de batalha.

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Outro marco muito importante para o avanço nas tecnologias assistivas foi a epidemia de poliomielite
nos EUA (1916-1955), tendo como consequência um grande número de indivíduos com sequelas
incalculáveis.
mputações secundárias
Infelizmente, esses eventos contribuíram tanto para o avanço de técnicas cirúrgicas relacionadas à amputação
quanto para o avanço e desenvolvimento de novas tecnologias que pudessem melhorar a qualidade de
protetização de amputados.
A partir desse contexto histórico, foram criados diversos fóruns e instituições com o objetivo de discutir e
estabelecer padrões éticos e programas educacionais e científicos, incluindo o relacionamento entre os
profissionais da Saúde e os protetistas. Dessa forma, a ciência começou a contribuir mais com a confecção
de órteses/próteses mais funcionais e confortáveis (matéria-prima e design), bem como a evolução sobre
novas técnicas cirúrgicas, melhoria no tratamento pré e pós-cirúrgico, incluindo questões psicossociais
devido à perda de um membro ou às perdas funcionais.
Desenvolvimento moderno e futuro das órteses e próteses
Com o passar do tempo e o avanço da ciência e da tecnologia, novas órteses e próteses foram estudadas
visando melhorar cada vez mais as habilidades funcionais de seus usuários, pensando também em conforto
e estética. A introdução de materiais mais leves, como o plástico, policarbonatos, resinas e laminados
permitiu a confecção de órteses e próteses mais leves e personalizadas. Assim, as pessoas que necessitam
desses dispositivos conseguem aceitá-los melhor, aumentando sua autoestima e qualidade de vida.
Saiba mais
Em 1975, um amputado, chamado Ysidro M. Martinez, criou uma prótese abaixo do joelho com o objetivo de
minimizar alguns problemas associados aos membros artificiais. Sua criação aboliu a reprodução de um
membro “natural” (articulações do tornozelo e pé), dando lugar a uma prótese leve baseada em um alto
centro de massa e com um “pé” consideravelmente mais curto, visando reduzir o atrito e facilitar a
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aceleração e desaceleração.
A comercialização da cadeira de rodas motorizada se iniciou em 1956, proporcionando uma independência
maior para aquelas pessoas mais debilitadas, ou seja, aquelas que não conseguiam girar a roda de suas
cadeiras manualmente.
O esporte também foi beneficiado com a evolução das órteses e próteses. Por volta do ano 2000, começou-
se a pensar sobre as próteses de alto desempenho. Utilizando uma tecnologia avançada e fibra de carbono,
foi possível desenvolver próteses motorizadas e adaptáveis a qualquer terreno e atividade, contribuindo para
o avanço das competições, como, por exemplo, as Paralimpíadas.
A prótese mais usada e mais conhecida pelos atletas amputados é o Flex-Foot ou lâmina.
Exemplos de próteses usadas nos jogos paralímpicos.
Um breve histórico sobre as Paralimpíadas

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Um breve histórico sobre as Paralimpíadas
Neste vídeo, a especialista Eloá Moreira Marconi conta como surgiu a Paralimpíada e a importância desse
evento esportivo na história das órteses e próteses.
Terminologia
As OPM fazem parte da Tecnologia Assistiva, pois são capazes de auxiliar ou aperfeiçoar habilidades
funcionais de indivíduos que apresentam uma capacidade funcional reduzida ou abolida, provocada por
motivos diversos.
Mas, você sabe qual a diferença entre órtese, prótese e meios auxiliares de locomoção?
A seguir, conheceremos cada uma delas para que fique clara a utilização de cada termo, pois, em sua vida
profissional, você, provavelmente, precisará lançar mão desses dispositivos durante seu tratamento.
Órteses
A palavra órtese é originada do grego pela palavra orthos, cujo significado é: direito, reto, normal. Órteses
são dispositivos aplicados externamente (exoesqueléticos) em um ou vários segmentos do corpo. Elas têm
como objetivo modificar as características de estruturas corporais ou de um membro para proporcionar uma
reorganização funcional, podendo ser corretivas ou complementares, permanentes ou transitórias, desde
que sua colocação ou remoção não seja por meio de ato cirúrgico. Isso é possível devido a uma melhoria no
alinhamento das estruturas corporais que precisem de algum tipo de suporte (disfunção ou deformidades),
buscando uma posição funcional mais adequada para o indivíduo. Sendo assim, podemos afirmar que as
órteses desempenham funções como:

Correção

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
Estabilização

Imobilização

Mobilização

Alívio
Saiba mais
Tais funções ajudam os indivíduos com comprometimento neuromusculoesquelético(temporáriasou
permanentes) a terem uma recuperação mais rápida, segura e eficaz.
Próteses
Próteses são aparelhos ou dispositivos utilizados para substituir, total ou parcialmente, algum segmento
corporal (membros, órgãos ou tecidos), podendo ser permanentes ou transitórios. As próteses podem ser:
Colocadas por meio de processo cirúrgico como: prótese articular (artroplastia), coração artificial,
válvulas, entre outras. As mais comuns encontradas pelos fisioterapeutas são as artroplastias de
quadril e joelho.
Exemplo de próteses de joelho e quadril.
Internas ou implantadas 
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Como implante dentário e pele artificial.
Como prótese ocular, prótese mamária, cosmética de nariz.
Próteses que substituem os membros (superiores ou inferiores). Estas próteses podem ser
classificadas em dois tipos:
A) Convencionais ou exoesqueléticas
Apresentam estrutura externa rígida e proporcionam sustentação e acabamento estético. Podem ser
indicadas para a maioria dos casos de amputações, entretanto, por serem mais simples, não
permitem a realização de atividades mais complexas. Existem algumas vantagens na indicação
desse tipo de prótese, como: menos necessidade de manutenção e maior resistência e durabilidade.
B) Modulares ou endoesqueléticas
Formadas por componentes modulares em sua estrutura interna, geralmente recobertas por uma
Implantadas total ou parcialmente por ato cirúrgico ou percutâneo 
Estéticas 
Externa ou não implantada 
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estrutura de espuma imitando um membro humano. Essas estruturas modulares são fabricadas
industrialmente, permitindo maior funcionalidade por ter diversas configurações com possíveis
ajustes e reajustes. Podem ser indicadas para quase todos os tipos de amputações de membros
inferiores, exceto as parciais do tornozelo e do pé. Também podem ser indicadas para amputações
transumerais (membros superiores).
Exemplo de prótese exoesqueléticas
O avanço tecnológico tem contribuído bastante para a evolução das próteses, trazendo soluções cada vez
mais eficazes para seus usuários e aumentando a responsabilidade dos profissionais envolvidos nesse
processo. Dessa forma, o profissional de reabilitação, ou seja, o fisioterapeuta, precisa se atualizar
constantemente, a fim de acompanhar essa evolução e fornecer ao seu paciente a correta indicação de uma
prótese apropriada para a necessidade individual de cada um. Além disso, precisa estar em sincronia com o
tratamento que acompanha essa indicação, objetivando sempre uma melhor aquisição ou aperfeiçoamento
das habilidades funcionais e da qualidade de vida dos seus pacientes.
Meios auxiliares de locomoção
Os meios auxiliares de locomoção mais comuns são: bengalas, muletas (canadenses e axilares), andadores
e cadeiras de rodas. Eles também estão inclusos na Tecnologia Assistiva, tendo como principal finalidade
proporcionar uma mobilidade pessoal de forma independente.
Os meios auxiliares de locomoção são capazes de ampliar as funções físicas,
fornecendo apoio suplementar no deslocamento do indivíduo, seja por meio da
marcha ou não.
Existem algumas condições que podem prejudicar a capacidade funcional de uma pessoa no momento da
marcha ou até mesmo impossibilitá-la de caminhar (alterações de equilíbrio, dor, instabilidade articular,
fadiga e fraqueza muscular, ou obesidade), entretanto, na maioria das vezes, não precisa de uma indicação
de órtese. É nesse momento que os meios auxiliares de locomoção são indicados, minimizando essas
alterações (temporárias ou permanentes) para que esse indivíduo consiga caminhar ou se deslocar com
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maior rapidez, segurança e menor gasto energético.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Na história das próteses, existem dois achados importantes que mostram o quanto esses dispositivos
são antigos. São eles:
Parabéns! A alternativa A está correta.
Embora, na história, não haja data precisa de quando surgiu a primeira prótese, pesquisadores
historiadores encontraram peças que sugerem a utilização de próteses na Antiguidade. Durante muito
tempo, acreditava-se que o surgimento das próteses acontecera na Itália pelo descobrimento da “Perna
de Cápua”, datada de aproximadamente 300 a.C., porém, depois de muito tempo, encontrou-se no Egito
o “Dedo do Cairo”, uma prótese datada entre 1.069 e 664 a.C.
Questão 2
Órteses e próteses são dispositivos capazes de auxiliar ou aperfeiçoar habilidades funcionais de
A O “Dedo do Cairo” encontrado no Egito e a “Perna de Cápua” encontrada na Itália.
B A “Perna de Pau” encontrada em Portugal e a “Mão em Gancho” encontrada na Irlanda.
C A “Múmia Amputada” encontrada no Egito e o “Soldado Guerreiro” encontrado na Itália.
D A “Perna do Cairo” encontrada no Egito e a “Mão de Cápua” encontrada na Itália.
E A “Mão de Madeira” encontrada na Escócia e o “Joelho de Bronze” encontrado na Índia.
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indivíduos com capacidade funcional reduzida ou abolida. Qual a diferença entre órtese e prótese?
Parabéns! A alternativa B está correta.
Embora tanto as órteses quanto as próteses sejam um tipo de Tecnologia Assistiva, suas
características são bem diferentes. Enquanto as órteses são dispositivos externos para auxiliar a
função de um determinado segmento corporal, as próteses são utilizadas como substitutos.
A
Órteses são dispositivos aplicados internamente em um ou vários segmentos do corpo
e próteses são aparelhos ou dispositivos utilizados para substituir permanentemente
um membro.
B
Órteses são dispositivos aplicados externamente em um ou vários segmentos do corpo
e próteses são aparelhos ou dispositivos utilizados para substituir, total ou parcialmente,
algum segmento corporal (membros, órgãos ou tecidos), podendo ser permanentes ou
transitórias.
C
Órteses são aparelhos ou dispositivos utilizados para substituir, total ou parcialmente,
algum segmento corporal (membros, órgãos ou tecidos), podendo ser permanentes ou
transitórias, e próteses são dispositivos aplicados externamente em um ou vários
segmentos do corpo.
D
Órteses são dispositivos aplicados internamente em apenas um segmento do corpo e
próteses são aparelhos ou dispositivos utilizados para substituir transitoriamente algum
segmento corporal (membros, órgãos ou tecidos), podendo ser totais ou parciais.
E
Órteses são aparelhos ou dispositivos utilizados para substituir totalmente algum
segmento corporal (membros, órgãos ou tecidos), podendo ser permanentes ou
transitórias, e próteses são dispositivos aplicados internamente em um ou vários
segmentos do corpo.
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2 - Tipos de órteses, próteses e meios auxiliares de
locomoção
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os tipos de órteses, próteses e meios
auxiliares de locomoção
Órteses
Na Antiguidade, as órteses eram nomeadas de acordo com os nomes de pesquisadores, institutos ou
cidades em que eram desenvolvidas. Entretanto, havia uma dificuldade com relação à aplicação e ao
entendimento de cada modelo. Por esse motivo, surgiram as nomenclaturas baseadas:

Na função

No objetivo

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
No segmento corporal
egmento corporal
Região anatômica.
Essas nomenclaturas acabam tornando o entendimento mais fácil e claro tanto para os profissionais que as
prescrevem quanto paraos que confeccionam. Assim, as órteses passaram a ser nomeadas de acordo com
as articulações ou local envolvidos, por exemplo: ombro, cotovelo, punho e mão; quadril; joelho; tornozelo e
pé. As órteses podem ser classificadas por:
Ortoprótese – completa um segmento deformado (malformação congênita) melhorando a
capacidade funcional.
Neuroprótese ‒ estimula uma determinada musculatura ou grupamento muscular a contrair-se por
meio de dispositivos eletrônicos, que produzem impulsos elétricos. Esses eletrodos são fixados
externamente no segmento corporal a ser estimulado.
Estáticas ‒ imobilização e/ou limitação e posicionamento das articulações visando repouso e
prevenção ou correção das deformidades.
Dinâmicas – divididas em várias partes de forma que promovam uma movimentação articular.
Elas têm a capacidade de neutralizar forças que causam deformidades (previne contraturas e
aderências) e também podem promover a manutenção e fortalecimento da musculatura
envolvida.
Pré-fabricadas ‒ produzidas em série, estão disponíveis para aquisição em tamanhos
Tipo 
Função 
Confecção 
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padronizados.
Sob medida – produzidas a partir de um molde elaborado no corpo do próprio paciente.
Membros superiores, membros inferiores ou coluna vertebral.
Segmento corporal envolvido (uma ou mais articulações).
Com o objetivo de padronizar a nomenclatura das órteses e próteses para o mundo inteiro, surgiu a norma
ISO 8549-3:1989, na qual convencionou-se a utilização das iniciais das articulações ou dos segmentos
corporais envolvidos em inglês somadas à letra “O” (de orthosis). Nos casos em que há um envolvimento de
cinco ou mais letras, o nome deve ser fracionado em duas partes. Vamos dar um exemplo: TLSHKAFO
(Thoracic Lumbar Sacral Hip Knee Ankle Foot Orthosis), ou seja, órtese bilateral longa de membros inferiores
com cinto pélvico e suporte toracolombar. Nesse caso, deve-se fracionar ficando TLSO + HKAFO.
A seguir, mostraremos detalhadamente essa nomenclatura, dividindo em membros superiores, membros
inferiores e coluna vertebral.
Órteses para membros superiores
Também conhecida como splints, as órteses para membros superiores podem ser utilizadas para:
imobilização, cuidados pré e pós-cirúrgicos, alongamento muscular, aumento da amplitude articular e/ou de
movimento, prevenção de lesões secundárias (contraturas e deformidades), posicionamento (repouso),
redução do nível de dor e suporte terapêutico para anomalias, traumas ou doenças.
Vamos ver, a seguir, a lista de nomes das órteses para membros superiores mais conhecidas.
Tirante clavicular ou tirante axilar em oito;
Tipoia;
SO: shoulder orthosis (ombro);
Órtese estática ou articulada para cotovelo;
Tirante proximal de antebraço ou braçadeira;
WO: wrist orthosis (punho);
Órtese para punho e polegar;
Estrutura anatômica 
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WHO: wrist-hand orthosis (punho-mão);
EWHO: elbow-wrist-hand orthosis (cotovelo-punho-mão);
HO: hand orthosis (mão);
Órteses para repouso de punho, mão e dedos;
Órteses para metacarpos;
Órteses para dedos;
Órteses dinâmicas (com sistemas de molas e elásticos nas articulações envolvidas);
Cock-up (pediátrica) – estabilização de punho;
Órtese de abdução do polegar (pediátrica).
Veja a seguir imagens de algumas órteses para membros superiores:
Tipoia
WHO ‒ wrist-hand orthosis (órtese punho-mão)
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Órtese para punho e polegar
Órtese articulada para cotovelo
Órteses para membros inferiores
As órteses para membros inferiores são indicadas, normalmente, para facilitar ou auxiliar a posição
ortostática, imobilizar segmentos articulares (em processos inflamatórios ou no pós-operatório), prevenir,
evitar ou corrigir lesões secundárias (deformidades ou contraturas), evitar ou minimizar o nível de dor e
permitir, facilitar ou garantir uma marcha segura e funcional para indivíduos com alguma deficiência física,
transitória ou permanente. As órteses podem ser estáticas ou articuladas, dependendo do objetivo e da
função que se deseja alcançar.
Veja, a seguir, a nomenclatura universal para órteses de membros inferiores:
ARGO: advanced reciprocating gait orthoses (órteses de marcha recíproca avançadas);
THKAFO: trunk hip knee ankle foot orthoses (tronco, quadril, joelho, tornozelo e pé);
HKAFO: hip knee ankle foot orthoses (quadril, joelho, tornozelo e pé) ou pelvicopodálicas;
HKAO: hip knee ankle orthoses (quadril, joelho e tornozelo);
HO: hip orthoses (quadril);
TBO: trochanteric belt orthoses (cinto trocanteriano);
KAFO: knee ankle foot orthoses (joelho, tornozelo e pé) ou tutores longos ou cruropodálicas;
KO: knee orthoses (joelho);
AFO: ankle foot orthoses (tornozelo e pé) ou suropodálicas ou tutor curto;
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AO: ankle orthoses (tornozelo);
FO: foot orthoses (pé), incluindo as palmilhas e calcanheiras;
Órtese triângulo de abdução (pediatria): indicada para pós-operatório de alongamento dos músculos
abdutores do quadril;
Twister Cables e sling (pediatria): controla a rotação interna dos quadris e facilita a aquisição da marcha.
Veja, a seguir, imagens de algumas órteses para membros inferiores:
KO: knee orthoses (joelho)
KAFO: knee ankle foot orthoses (joelho, tornozelo e pé)
AFO: ankle foot orthoses (tornozelo e pé) ‒ estática
Órteses para coluna vertebral
As órteses designadas para coluna vertebral são dispositivos externos aplicados ao corpo, que têm como
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principal objetivo restringir os movimentos relacionados com as estruturas que envolvem a coluna vertebral
(cervical, torácica, lombar e sacral), visando à imobilização ou à correção desses segmentos. Elas podem
ser prescritas nos casos de prevenção de deformidades progressivas, para auxiliar a recuperação de lesões
ligamentares ou ósseas, para reduzir o nível de dor, na imobilização pós-operatória, dentre outras alterações
relacionadas com a coluna vertebral.
Mesmo com o objetivo de limitar os movimentos, essa restrição é muito relativa, pois essas órteses não
aplicam forças diretamente sobre as estruturas ósseas e articulações, como em outras regiões corporais,
mas através da pele, possuindo um caminho de tecidos moles até que chegue às vértebras. Assim, os
vetores de força apresentam diversas alterações dependendo da distância e das propriedades teciduais que
existem no trajeto entre a órtese e a coluna vertebral, como, por exemplo: quantidade de tecido adiposo
(obesidade), densidade das fibras musculares (sedentários x indivíduos que praticam atividade física),
edemas etc.
Vamos conhecer a seguir as principais órteses que são prescritas para alterações da coluna vertebral.
HCO: head cervical orthoses (cabeça e região cervical);
CO: cervical orthoses (região cervical) – colares cervicais (colar de Thomas ou Schanz, colar de
Philadelphia, colar Minerva, Halovest);
HCTO: head cervical thoracic orthoses (cabeça, região cervical e torácica) – SOMI ( Sternal Occipital,
Mandibular Immobilization ou imobilização esterno occipital mandibular). O colar Minerva e o Halovest
também podem ser consideradas HCTO;
CTO: cervical thoracic orthoses (região cervical e torácica);
CTLO: cervical thoracic lumbar orthoses (região cervical, torácica e lombar);
CTLSO: cervical thoracic lumbar sacral orthoses (região cervical, torácica, lombar e sacra) - Colete de
Milwaukee;
TO: thoracic orthoses (região torácica);
TLO: thoracic lumbar orthoses (região torácica e lombar);TLSO: thoracic lumbar sacral orthoses (região torácica, lombar e sacra) ‒ colete de Charleston, colete de
Boston e colete de Jewett;
LSO: lumbar sacral orthoses (região lombar e sacra) ‒ colete Knight ou Taylor, colete Putti Baixo;
HCTLO: head cervical thoracic lumbar orthoses (cabeça, região cervical, torácica e lombar);
HCTLSO: head cervical thoracic lumbar sacral orthoses (cabeça, região cervical, torácica, lombar e sacra);
SIO: sacroiliac orthoses (região sacro-ilíaca);
Órtese dinâmica para escoliose (escolioses idiopáticas);
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Compressor dinâmico torácico esternal e compressor dinâmico torácico costal (correção de alterações
da caixa torácica).
Veja, a seguir, imagens de algumas órteses que são prescritas para alterações da coluna vertebral:
CO: cervical orthoses
Colete de Jewett
ervical Orthoses
Região cervical
Próteses
Próteses são dispositivos utilizados para substituir a função de determinado segmento corporal. Existem
diversos tipos de próteses, porém vamos nos deter aqui naquelas em que o fisioterapeuta executa um papel
importante tanto na prescrição quanto na habilitação ou reabilitação do indivíduo.
Atenção
As próteses podem ser nomeadas de acordo com a região ou segmento corporal que será substituído, e a
função, como veremos a seguir.
Próteses internas ou implantadas
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‒ Próteses internas ou implantadas
As próteses internas ou implantadas são, normalmente,a prescritas pelos médicos responsáveis, devido ao
seu tipo de colocação (processo cirúrgico), entretanto, o fisioterapeuta participa ativamente na decisão e na
reabilitação do indivíduo, tanto no pré quanto no pós-operatório. As próteses mais comuns são as próteses
metálicas ou próteses articulares (artroplastia). As articulações do joelho e quadril são as duas mais
encontradas e realizadas no Brasil, e a principal indicação é o desgaste articular grave, normalmente
decorrente do envelhecimento. Vamos conhecê-las?
Tipos de prótese de quadril
Veja, a seguir, os tipos de prótese de quadril:
Substitui apenas uma parte da articulação, por exemplo, a cabeça do fêmur. É mais indicada nos
casos de fraturas do colo femoral, porém precisa que a cartilagem que reveste a cavidade acetabular
esteja em boas condições.
Substitui toda a articulação, tendo um componente para a cabeça do fêmur e outro para a cavidade
acetabular. Indicada nos casos em que as cartilagens articulares se encontram totalmente
comprometidas.
Fixadas ao osso por cimento acrílico (fixação imediata do implante). Mais utilizada atualmente
quando o paciente apresenta um osso com pouca capacidade de crescimento e remodelação.
Parcial 
Total 
Cimentadas 
Não cimentadas 
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Ajustadas ao osso pelo cirurgião, onde a fixação acontece pelo próprio organismo (de forma
secundária), ou seja, por meio do crescimento ósseo para o interior da superfície porosa da prótese
ou pela adesão do osso na superfície dos materiais bioativos (osteointegração). Essa técnica só
pode ser realizada em pacientes que apresentam uma qualidade óssea que suporte pressões
durante o ajuste e que a estabilização primária tenha a capacidade de promover a fixação
secundária.
Apresentam fixação cimentada em um dos componentes e a não cimentada no outro componente
do implante (normalmente o componente acetabular).
Utilizadas para tratar as instabilidades recidivantes das próteses do quadril. Apresentam bons
resultados em se tratando de menor taxa de luxação juntamente com bons resultados clínicos,
entretanto, não existem evidências suficientes que comprovem a real eficácia desse projeto de
implante quando comparados às artroplastias totais do quadril.
Artroplastia do quadril.
Tipos de prótese de joelho
Veja, a seguir, os tipos de prótese de joelho:
Substitui apenas uma parte da articulação. É uma alternativa à substituição total da articulação do
Híbridas 
Componente acetabular com mobilidade dupla (DMC) 
Unicompartimental ou parcial 
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joelho para indivíduos que apresentam alterações em um compartimento do joelho (patelofemoral,
tibiofemoral, medial ou lateral). Também pode ser utilizada nos casos de alterações
bicompartimentais, porém nunca em comprometimento tricompartimental.
Artroplastia parcial do joelho ou unicompartimental.
Substitui toda a articulação. Indicada quando há um comprometimento importante da cartilagem
articular diminuindo a capacidade funcional do paciente.
Exemplo da evolução do desgaste articular do joelho até a artroplastia total ou tricompartimental.
Outras próteses articulares
Existem outras próteses articulares que encontramos com menos frequência. Dentre elas, estão as
próteses:
Tricompartimental ou total 
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Artroplastia umeral.
Umeral
Artroplastia do cotovelo
De cotovelo
Artroplastia do tornozelo.
De tornozelo
Artroplastia da coluna vertebral.
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Da coluna vertebral – substituição dos discos intravertebrais
Próteses pós-amputação
As próteses pós-amputação são muito conhecidas devido a sua presença significativa no principal
campeonato esportivo mundial, as paralimpíadas. Elas são nomeadas de acordo com o segmento corporal
amputado e o nível de amputação realizado. A prescrição das próteses deve conter fatores como
estabilidade, mobilidade, equilíbrio, segurança, durabilidade e estética, respeitando as necessidades, as
condições clínicas, a idade, o nível de atividade física, o peso, a estatura, a atividade profissional e as
condições adequadas do coto de cada indivíduo, levando em consideração suas dificuldades e capacidades
funcionais e a presença de barreiras e facilitadores, que podem ser ambientais, sociais, emocionais ou
econômicos, mostrando, com isso, a importância de uma equipe multidisciplinar.
Saiba mais
Além disso, deve-se considerar também a disponibilidade e a possibilidade de acesso a um serviço protético
ou a uma oficina ortopédica, pois muitos dispositivos requerem manutenção frequente.
Fatores a serem considerados antes de prescrever uma
prótese
Neste vídeo, a especialista resumirá os principais fatores físicos, ambientais, econômicos e emocionais a
serem considerados no momento de prescrever uma prótese.

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Cada indivíduo tem uma necessidade especí�ca e, por isso, as próteses são indicadas e
prescritas após uma avaliação individual.
Sabendo disso, as próteses são classificadas de acordo com a sua funcionalidade, a saber:
Próteses passivas ou estéticas
São mais leves e apresentam pouca ou nenhuma funcionalidade. Seu objetivo principal é
estético. Indicadas para todos os níveis de amputação, principalmente nos casos em que as
funcionais foram malsucedidas.
Próteses ativas ou funcionais
Têm alguma funcionalidade, pois são acionadas pelo movimento realizado pelo coto.
Próteses mioelétricas
São mais funcionais. Eletrodos são inseridos na superfície da pele enviando informações de
estímulos musculares para o processador da prótese, ativando-a e resultando no movimento.
Próteses hidráulicas
Controlam a fase de balanço da marcha por meio de uma unidade hidráulica.
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A avaliação do coto é essencial para a prescrição do tipo de encaixe da prótese, a fim de permitir uma
perfeita adaptação do coto com a prótese, ou seja, o coto precisa ter um contato em toda sua extensão, de
forma que permita liberdade de movimento. Existem 2 tipos de encaixe:
Fechado
Envolve todo o coto e az articulação.
Semiaberto
Usado no caso de cotos que apresentam deformidade.
eformidade
Exemplo: malformações congênitas.
Próteses de membros superiores
As principais próteses de membro superior são:

Próteses passivas ou
estéticas
Esses tipos de próteses
podem ser indicadas para
todos os níveis de
amputação, principalmente
nos casos em que as
funcionais foram
malsucedidas.
Próteses ativas ou
funcionais
Podem ser indicadas para
todos os níveis de amputação
exceto as parciais de mão. É
importante ressaltar que as
amputações mais altas
dificultam o controle da
prótese pelas tiras de fixação
d ót
Próteses mioelétricas
Podem ser indicadas para
todos os níveis de
amputação, desde o nível do
ombro até o punho. Neste
caso, o paciente precisa ter
um certo controle de
contração da musculatura do
coto.
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Acompanhe as indicações a seguir:
Nos casos de desarticulação do punho, indica-se o encaixe total sem o envolvimento da articulação do
cotovelo. Isso permite que haja uma liberdade de movimentos, incluindo a pronação e supinação. Os cotos
de antebraço requerem o encaixe de contato total com envolvimento da articulação do cotovelo para que
se mantenha uma boa suspensão sem o uso de tiras de fixação. Quando esses cotos são muito curtos,
utilizam-se Liners (sistemas de suspensão de silicone).
Nos casos de desarticulação do cotovelo, é indicado o encaixe total. Quando a amputação é acima do
cotovelo com envolvimento de parte do ombro ou quando há a utilização de Liners, o encaixe deve ser
realizado abaixo do ombro, permitindo a liberdade de movimento articular.
Nos casos de desarticulação de ombro, é necessária uma grande superfície de contato sem que haja
limitação da mobilidade escapular.
Nas amputações de mão, o tipo de prótese dependerá do nível da amputação. Quando a amputação é
parcial, normalmente indica-se prótese estética, porém, nos outros níveis, podem ser utilizadas as mãos
estéticas, mecânicas ou mioelétricas.
As mãos mecânicas possuem três dedos funcionais permitindo que se faça movimento de pinça
(acionados por um mecanismo interno de tração por tiras de fixação).
É ainda importante saber que as mãos mioelétricas possuem dois sistemas de controle:
Sistema digital
A velocidade de fechamento e abertura da mão é constante, ou seja, não depende da amplitude do sinal
mioelétrico.
Sistema proporcional
A velocidade de fechamento e abertura da mão depende da intensidade do sinal mioelétrico. É considerado
como controle fisiológico dos movimentos.
Saiba mais
Para as amputações mais altas, como as de braço e ombro, existem as próteses modulares de cotovelo
(utilizadas em próteses estéticas com trave de desbloqueio) e as próteses modulares de ombro (permitem
movimentos de flexão e extensão, e de adução e abdução).
Próteses de membros inferiores
da prótese.
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Próteses de membros inferiores
Vamos conhecer agora as principais próteses de membro inferior, que podem ser divididas em dois grupos:
convencionais ou exoesqueléticas e modulares ou endoesqueléticas.
Da mesma forma que nos membros superiores, a avaliação do coto dos membros
inferiores é essencial para o sucesso da prescrição e adaptação da prótese.
O encaixe da prótese no coto deve seguir alguns critérios, como:
Apresentar contato total da prótese com o coto (envolvimento preciso) visando à não obstrução da
circulação sanguínea;
Fornecer descarga de peso maior distalmente, visando ao impedimento da sobrecarga no coto.
Para as próteses abaixo da articulação do joelho, existem três tipos de encaixe:
Nos casos de encaixes com cotos longos, principalmente abaixo do joelho, existem saliências ósseas, por
PTB (Patellar Tendon Bearing)
Apresenta descarga sobre o tendão patelar e o bordo proximal de encaixe termina no nível
central do joelho.
KBM (Kondylen Bettung Münster)
Apresenta descarga sobre o tendão patelar e o bordo proximal tem a forma de duas orelhas
que envolvem os côndilos, mantendo a patela livre.
PTS (Prothèse tibiale supracondylienne)
Apresenta um encaixe que envolve toda a patela e o bordo anterior termina acima da patela
exercendo uma pressão sobre o músculo quadríceps. É indicado para cotos muito curtos.
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isso, é importante haver regiões de alívio, como:
côndilo medial;
regiões laterais e mediais dos côndilos tibiais;
tuberosidade da tíbia;
cabeça da fíbula;
epífises distais da tíbia e fíbula.
Saiba mais
Além disso, existem os encaixes de silicone visando prevenir uma possível irritação do coto; possibilitando
uma descarga de peso na região distal sem que haja apoio na região da tuberosidade isquiática nos casos
de desarticulação de joelho; e os encaixes específicos para próteses de joelho, que devem levar em
consideração o tipo de amputação.
Existe uma variedade de próteses para a articulação do joelho disponíveis no mercado, dessa forma, é
necessária uma avaliação criteriosa por parte do cirurgião. Vamos conhecer algumas delas a seguir:
Exemplo de encaixe de silicone.
É importante mencionar que nos casos de próteses para a articulação do quadril, a variedade é menor,
FC (fricção constante)
Indicada para marcha com
velocidade lenta e terrenos
planos (requer bom controle
de quadril).
CP (controle de postura)
Indicada para terreno
acidentado e primeira
protetização em pacientes
inseguros ou sem controle de
quadril.
PC (policêntrico ou 4
barras)
Indicada nos casos de
desarticulações de joelho ou
cotos longos.
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podendo ser livre ou com trava.
Além disso, a forma de adaptação da articulação ao cesto pélvico é um aspecto importante a ser
considerado.
Meios auxiliares de locomoção
Os meios auxiliares de locomoção são muito utilizados por indivíduos que apresentam dificuldades em
executar habilidades. Muitas vezes, são adquiridos sem prescrição, podendo causar uma possível lesão
secundária (posições viciosas, contraturas ou deformidades) devido a uma escolha inadequada do
dispositivo ou mesmo pelo uso incorreto.
É muito importante que o �sioterapeuta saiba quais são os meios auxiliares de
locomoção disponíveis e os objetivos e funções de cada um deles.
Sabendo disso, o fisioterapeuta conseguirá orientar e prescrever o uso adequado para cada situação. Muitas
vezes, alguns meios auxiliares de locomoção como muletas e andadores podem ajudar os indivíduos
amputados de membros inferiores, visando melhorar o equilíbrio, a força muscular e a reserva
cardiovascular para que esse indivíduo consiga caminhar com a prótese.
Os meios auxiliares de locomoção mais conhecidos são: bengalas, muletas canadenses, muletas axilares,
muletas de Lofstrand, andadores e cadeiras de rodas (mecânicas ou elétricas).
Veja a seguir alguns desses meios auxiliares de locomoção:
Tipos de bengala
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Tipos de muleta
Andador simples
Andador com rodas
Andador com rodas, freio e assento
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Cadeiras de rodas
Cadeira de rodas com adaptações
Cadeira de rodas motorizadaFalta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
_____, _____ e _____ são órteses para a coluna vertebral. 
Complete as lacunas.
A AFO, KAFO, HKAFO
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Parabéns! A alternativa B está correta.
CTO significa cervical thoracic orthoses e é uma órtese de região cervical e torácica, TLO significa
thoracic lumbar orthoses, e é utma órtese de região torácica e lombar, e SIO significa sacroiliac orthoses,
e é uma órtese de região sacro-ilíaca. 
AFO, KAFO, HKAFO são órteses de membros inferiores, cujas letras significam: A – ankle (tornozelo), F –
foot (pé), K – knee (joelho) e H – hip (quadril).
Questão 2
Os meios auxiliares de locomoção são muito utilizados por indivíduos que apresentam dificuldades em
executar habilidades. São exemplos de meios auxiliares de locomoção:
B CTO, TLO, SIO
C AFO, HKAFO, CTO
D SIO, KAFO, TLO
E TLO, AFO, CTO
A andador, liners e cadeira de rodas elétrica
B bengala, colar cervical e liners
C andador, liners, muleta canadense
D cadeira de rodas mecânica, muleta canadense e bengala
E l il l i l b l
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Parabéns! A alternativa D está correta.
Cadeira de rodas elétrica e mecânica, muleta canadense e axilar, bengala e andador são meios
auxiliares de locomoção, entretanto, os liners são sistemas de suspensão de silicone utilizados nos
cotos visando ao encaixe de contato total com a prótese e o colar cervical é um tipo de órtese para
coluna vertebral (região cervical).
3 - Os materiais utilizados para a confecção
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os materiais utilizados para a
confecção das órteses, próteses e dos meios auxiliares de locomoção.
Materiais de confecção para OPM
Você deve estar se perguntando o motivo de estudar os materiais utilizados para
E muleta axilar, colar cervical e bengala
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confecções de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção, não é verdade?
Na realidade, o conhecimento das características desses dispositivos é muito importante para quaisquer
profissionais envolvidos no processo de habilitação ou reabilitação relacionado às órteses, próteses e meios
auxiliares de locomoção (OPM). Para prescrever, confeccionar e avaliar quais os reais benefícios de um
dispositivo para uma determinada pessoa, a equipe multiprofissional deve chegar a um consenso por meio
do conhecimento profundo não só dos tipos de OPM, como também da anatomia funcional, dos aspectos
clínicos e patológicos, do material e das características de confecção deles.
A prescrição de OPM deve conter detalhes que descrevem os produtos como: tipo, modelo, classificação,
características especiais e eventuais modificações. Por isso, quando o profissional conhece os materiais
utilizados para a confecção desses dispositivos, poderá identificar qual é o melhor material para facilitar as
habilidades funcionais pretendidas, ou seja, algumas habilidades requerem um material mais moldável,
outras mais leves e outras com tecnologias mais avançadas. Tudo isso dependerá da condição individual de
cada paciente.
Recomendação
Para identificar se a órtese ou prótese que você pretende indicar para o seu paciente está incluída na
Classificação Brasileira de Ocupação (CBO) dos Fisioterapeutas do Ministério da Saúde, basta seguir as
etapas a seguir:
1 - Acesse o site do Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS
(SIGTAP);
2- Aparecerá uma lista de procedimentos. Clique nas órteses, próteses e materiais especiais de sua escolha
para abrir a página com todo o histórico desse instrumento, inclusive a descrição (para que serve e os
materiais utilizados em sua confecção);
3- Clique, então, na guia “CBO”, localizada na parte de baixo da página;
4- Verifique na tabela se o instrumento escolhido pode ser indicado pelo fisioterapeuta.
Pronto! Agora poderá indicar a órtese/prótese para seu paciente.
Órteses
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Órteses
Os materiais para a confecção de órteses são muito variados. Se considerarmos desde as primeiras órteses
conhecidas, podemos dizer que cada um dos materiais utilizados na Antiguidade ainda se apresenta com
suas variáveis, com exceção da madeira, que praticamente não é mais usada.
O gesso começou a ser utilizado pela Medicina (principalmente na ortopedia) no Século X permanecendo
até os dias atuais.
O tecido, o metal e o plástico (termoplástico ou termorrígido) são os materiais mais utilizados na confecção
de órteses, pois as fibras têm um custo maior.
A borracha é citada por alguns autores para se referirem aos elásticos, Neoprene, silicone, poliuretano ou
espumas. Entretanto, outros autores subdividem em borracha e borracha sintética.
As órteses pré-fabricadas encontram-se disponíveis para venda já prontas para serem aplicadas.
Normalmente, são de materiais flexíveis, como espumas, tecidos, elásticos e gel polímero e são de fácil
adaptação (exemplo: colar cervical e palmilhas ).
almilhas
Podem ser encontradas tanto no modelo pré-fabricado quanto feitas sob medida. O material escolhido deve
responder adequadamente quanto à temperatura, densidade, elasticidade, dureza, flexibilidade, durabilidade,
resiliência, compressibilidade e conforto. Geralmente, as palmilhas feitas sob medida possuem o tamanho e o
contorno adequado, respeitando as características anatômicas do paciente e permitindo uma aproximação
maior da morfologia da superfície plantar, por isso oferecem uma maior confiabilidade e uma maior garantia de
sucesso no tratamento.
esso
Embora com menos frequência, já que atualmente existem outros produtos mais modernos com o mesmo
objetivo, como a fibra de carbono, que tem como vantagem a leveza, boa durabilidade e alta resistência
mecânica, e como desvantagem, o custo muito elevado.
Veja a seguir alguns materiais utilizados na confecção das órteses:
G
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Gesso
Pode ser utilizado o gesso comum ou sintético (calhas, talas, coletes). É muito utilizado por
ser um tratamento simples e barato;
Elástico
Utilizado como rotador interno e externo para membros inferiores (MMII) ou como auxiliador
para algum outro movimento;
Tecido
Brim, lona, malha;
Neoprene
Tipo de borracha sintética revestida por tecido (material flexível). Pode ser desenvolvido em
diferentes espessuras, por isso apresenta resistência e flexibilidade variada, o que possibilita
inúmeras formas de utilização. Confortável e de fácil adaptação por apresentar possibilidade
de ajuste;
Couro ou camurça
Fino, grosso, de boi, de carneiro;
Madeira
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Entenda um pouco mais sobre a durabilidade e resistência dos materiais utilizados nas órteses.
Pouco utilizada atualmente;
Borracha ou espuma
Neoprene, silicone, poliuretano;
Metal
Magnésio, alumínio, ferro, aço, titânio;
Fibras
Podem ser de algodão, de vidro, de carbono;
Plástico
Podem ser termoplásticos, termorrígidos ou infláveis (polipropileno, PVC).
Termoplásticos 
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Os termoplásticos se deformam com o calor e depois voltam a ser rígidos quando resfriados. Podem
ser de:
baixa temperatura, ou seja, amolecem em temperaturas até 80°C. São utilizados para moldagem
sobre o segmento corporal. Normalmente usadospara moldar órteses (splints) para membros
superiores (aquaplast, polyform, orthoplast, polysar, plastazote);
alta temperatura, ou seja, necessitam de uma temperatura mais alta para amolecer, porém são
mais resistentes (acrílico, polietileno, polipropileno, policarbonato, PVC, PVA, Polyvinyl acetate).
Muito utilizado para órteses de membros inferiores (AFO, KAFO, HKAFO).
Os termorrígidos (Thermosetting plastics) são mais resistentes, entretanto, mais difíceis de moldar
(modelagem a vácuo), e apresentam componentes com maior possibilidade de alterações alérgicas
na pele (polyesters, epoxies), por isso são menos utilizados que os termoplásticos.
Saiba mais
As órteses infláveis são muito utilizadas para auxiliar os pacientes acamados ou cadeirantes a se
posicionarem melhor, evitando posições viciosas e prevenindo escaras (bota inflável, colchão pneumático,
bóias para assento) e também para órteses pneumáticas articulares para compressão no tratamento com
baixa temperatura (crioterapia). São pré-fabricadas (cotovelo, ombro e tornozelo).
Outro material que vem ganhando espaço no tratamento fisioterapêutico é a bandagem funcional. Ela pode
ser elástica ou rígida, dependendo do objetivo pretendido. Entretanto, sua durabilidade é curta (cerca de 3 a
6 dias), tendo que ser trocada com frequência (sempre que começar a descolar).
Também conhecida como Kinesio Taping. É uma fita adesiva e elástica que, dependendo da técnica
Termorrígidos 
Elástica 
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utilizada para sua colocação, pode trazer benefícios como: redução do nível de dor, prevenção de
lesões (atletas), correção de desalinhamentos articulares, facilitação do fluxo linfático e vascular
local, normalização da função muscular e limitação parcial de movimento.
Também é uma fita adesiva, porém apresenta apenas 30% de elasticidade quando aplicada, por isso
se torna mais útil para a confecção de uma órtese de suporte. Dentre os benefícios desse tipo de
bandagem, podemos ressaltar a estabilidade articular, melhoria do movimento das articulações com
aumento de tolerância à carga, mudança e controle postural ou de deformidades leves, auxílio no
momento da avaliação para uso de ortóticos, facilitação ou inibição da atividade e do controle da
musculatura, redução do nível de dor por alívio de carga nas estruturas, estímulo excitatório dos
neurônios motores e aumento da força de torção e incremento da propriocepção.
Próteses
A confecção das próteses teve grande avanço tecnológico a partir do século XX. devido ao avanço
industrial. A substituição de materiais mais pesados como o ferro e a madeira por materiais mais leves
como plásticos e borrachas (componentes poliméricos) possibilitou aos indivíduos amputados uma melhor
adaptação a essas próteses. No início do século XXI, surgiu a biomecatrônica, evoluindo ainda mais a
confecção das próteses, pois visa à integração de sistemas mecatrônicos (apresentam a aplicação
simultânea de aspectos eletroeletrônicos e de informática em seu sensoriamento, controle e otimização)
com os sistemas orgânicos (corpo humano). Dessa forma, permite a interação da prótese com o sistema
nervoso, fazendo com que ela receba os impulsos neurais e realize os movimentos.
O desenvolvimento das próteses tem sido estudado por grandes centros de pesquisas, pois existe uma série
de desafios em se tratando de proporcionar uma melhor qualidade de vida para seus usuários.
Os estudos envolvem a necessidade funcional do indivíduo, que pode variar de apenas exercer sua atividade
da vida diária (AVD) até superar limites, como no caso dos atletas. Assim, os pesquisadores estão sempre
em busca de materiais mais leves, funcionais, sustentáveis e com custo acessível ao usuário.
Rígida 
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Vamos entender mais sobre alguns materiais:
O alumínio é um material muito utilizado em próteses estéticas modulares visando torná-las mais leves e
de fácil manuseio.
As espumas e o silicone são materiais utilizados tanto para a estética, proporcionando modelos
visualmente parecidos com o natural (cosmético) quanto para proporcionar conforto em outros tipos de
próteses.
As próteses convencionais ou exoesqueléticas são, normalmente, confeccionadas com material pré-
fabricado (plástico ou madeira). Possuem uma estrutura externa rígida responsável pela sustentação do
peso (atualmente, existem algumas técnicas que usam espumas rígidas recobertas com resinas plásticas
e reforçadas com fibras de carbono e/ou de vidro) e pela característica cosmética.
As próteses modulares ou endoesqueléticas apresentam uma estrutura interna de sustentação rígida e
altamente resistente, compactas (componentes mecânicos pré-fabricados), que permitem um grau de
funcionalidade elevado. Têm revestimento com espuma cosmética (permite mimetizar um membro
humano, propiciando um visual mais natural).
A prótese de fibra de carbono, normalmente utilizada no atletismo, tem o pé em formato de foice. Você
sabe como surgiu e o porquê desse design? Assista ao vídeo a seguir para entender.
A história da prótese de �bra de carbono
Neste vídeo, a especialista contará como surgiu a prótese de fibra de carbono e explicar a mecânica e o
motivo do design em foice de uma das próteses de alta performance mais conhecidas.
M i ili d l ã

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Meios auxiliares de locomoção
Os meios auxiliares de locomoção geralmente apresentam uma boa aceitação social, além disso, existem
diversos modelos que possibilitam uma escolha mais adequada tanto para a capacidade funcional do
paciente como para a possibilidade de aquisição no que diz respeito ao custo.
As bengalas podem ser fabricadas em diversos materiais. Os mais comuns são:
Madeira
Possuem um tamanho fixo, são mais pesadas, porém apresentam um custo reduzido. Pode ser acoplada
uma ponteira de borracha a fim de permitir melhor aderência ao solo.
Alumínio
Mais leves, podem ser reguladas de tamanho por meio de mecanismo de trava com pinos de pressão,
porém seu custo é maior que o da de madeira. Possui ponteira de borracha.
As muletas podem ser fabricadas de madeira (axilar) ou de alumínio, sendo mais leves (axilar, canadense
ou de Lofstrand). Possuem ponteira de borracha ou ventosa de borracha para facilitar a aderência ao solo
e podem ser ajustáveis.
O andador normalmente é fabricado em alumínio, apresenta uma estrutura leve com quatro apoios no solo
que se apoiam por meio de ponteiras de borracha e/ou de rodinhas.
No caso das cadeiras de rodas, geralmente são comercializadas prontas para uso. Existem muitos
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modelos e materiais de confecção e isso dependerá não só da necessidade funcional do paciente como
também do fabricante. Elas podem ser mecânicas ou elétricas. Além disso, podem conter diversos
acessórios posturais feitos de espumas para atender às necessidades dos pacientes com maior
comprometimento das habilidades funcionais.
Há in�nitas possibilidades de combinações, como também os avanços da tecnologia
auxiliam cada vez mais o processo de habilitação e reabilitação de indivíduos amputados.
Vale a pena ressaltar que, dependendo do material, seu paciente pode não possuir condições financeiras
para adquirir a órtese, prótese ou meio auxiliar de locomoção adequado para seu caso. Mesmo assim, por
meio do estudo de hoje, você será capaz de buscar algumas substituições que sejam mais adequadas para
o seu paciente.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O plástico é muito utilizado na fabricação de órteses e próteses por serum material facilmente
moldável e leve, trazendo mais conforto para os pacientes. Normalmente, as órteses de membros
inferiores do tipo AFO e KAFO utilizam o plástico do tipo:
A termorrígido.
B termoplástico de baixa temperatura.
C inflável.
D silicone.
E termoplástico de alta temperatura.
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Parabéns! A alternativa E está correta.
Os termorrígidos são mais resistentes, porém mais difíceis de moldar. Além disso, são mais propensos
a causar alterações alérgicas na pele, sendo menos utilizados. O termoplástico de alta temperatura é
muito utilizado para as órteses dos membros inferiores (AFO ou KAFO), principalmente o polipropileno,
por ser bem resistente e de baixo custo, podendo trazer conforto no que diz respeito à leveza e
adaptação do paciente. O termoplástico de baixa temperatura é mais utilizado em órteses de membros
superiores, pois permite a modelagem sobre o segmento corporal. As órteses infláveis são mais
utilizadas para posicionamento no leito (prevenção de escaras e posições viciosas) ou para órteses
pneumáticas (cotovelo, ombro e tornozelo). O silicone é considerado borracha e não um tipo de
plástico.
Questão 2
Os meios auxiliares de locomoção são, normalmente, comercializados prontos para uso. Os materiais
mais comuns usados na confecção de bengalas e muletas são:
Parabéns! A alternativa A está correta.
A madeira ainda é muito utilizada para a confecção de bengalas e muletas axilares. Embora seja mais
pesada que o alumínio, apresenta menor custo. O alumínio é um material mais leve e apresenta uma
melhor possibilidade de ajuste, por isso, também é muito utilizado para a confecção desses
dispositivos. A borracha é utilizada nas pontas (pés) das bengalas e muletas, fornecendo mais
A madeira, alumínio e borracha.
B madeira, ferro e cobre.
C ferro, alumínio e borracha.
D cobre, alumínio e borracha.
E cobre, madeira e alumínio.
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segurança devido ao aumento o atrito com o solo.
Considerações �nais
A prescrição, confecção, avaliação, treinamento e manutenção das órteses, próteses e meios auxiliares de
locomoção requerem o envolvimento de uma equipe multiprofissional. Essa equipe deve ter um bom
relacionamento para que todo o processo ocorra da forma mais eficiente possível para o paciente. Assim, o
objetivo geral de habilitação e reabilitação será alcançado, proporcionando para esse paciente uma
independência e uma melhoria na sua qualidade de vida.
É importante ressaltar que, além dos conhecimentos específicos relacionados a cada especialização, a
equipe deve ter conhecimento da anatomia, da cinesiologia, da biomecânica do sistema musculoesquelético
e da fisiopatologia específica, para que possa discutir e chegar a um consenso acerca da indicação mais
apropriada e dos reais benefícios que cada dispositivo terá sobre um paciente, sempre respeitando as
condições individuais de cada um. Além disso, devem-se levar em consideração as necessidades pessoais
do usuário e dos seus familiares para uma escolha assertiva e que proporcione uma funcionalidade.
Podcast
Neste podcast, a especialista falará, de forma resumida, sobre como as informações estudadas podem
contribuir para a prática fisioterapêutica.
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Referências
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Referências
BARBIN, I. C. C. Órteses e próteses. 1. ed. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. Guia para Prescrição,
Concessão, Adaptação e Manutenção de Órteses, Próteses e Meios Auxiliares de Locomoção. Ministério
da Saúde, Secretaria de Atenção Especializada à Saúde, Departamento de Atenção Especializada e
Temática. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Confecção e
manutenção de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção: confecção e manutenção de próteses
de membros inferiores, órteses suropodálicas e adequação postural em cadeira de rodas. Ministério da
Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013.
NERLICH, A. G.; ZINK, A.; SZEIMIES, U.; HAGEDORN, H. G. Ancient Egyptian prosthesis of the big toe. Lancet,
2000. 356(9248), 2176–2179. Publicado em: 23 dez. 2000. Consultado na Internet em: 20 ago. 2021.
WALTER, K. L. Fragments for a medieval theory of prosthesis. Textual Practice, 2016. 30(7), p. 1345-1363.
Publicado em: 28 nov. 2016. Consultado na Internet em: 20 ago. 2021.
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Londres, para visualizar a réplica da “Perna de Cápua”.

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