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Aula 3 Órteses para tronco e pescoço

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DESCRIÇÃO
Órteses e próteses de tronco e pescoço, prescrição e seus objetivos terapêuticos.
PROPÓSITO
As órteses têm papel importante na recuperação funcional de um segmento articular ou
membro afetado por dor ou incapacidade, e é necessária uma adaptação a esses
equipamentos, uma vez que, mesmo confeccionados sob medida, podem incomodar no início.
Este é um dos objetivos do fisioterapeuta: traçar junto ao seu paciente um programa de
reabilitação efetivo, para que ele reestabeleça sua independência funcional em suas atividades
de vida diária.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer os principais tipos órteses para tronco
MÓDULO 2
Identificar as órteses para escoliose e hipercifose
MÓDULO 3
Listar as principais órteses para região cervical
INTRODUÇÃO
“Orthos” significa direito, reto, normal. É uma palavra grega que define o principal objetivo das
órteses, que é restabelecer a normalidade de algum segmento afetado. Sendo assim, de
maneira geral, podemos definir órtese como um dispositivo exoesquelético que, quando é
aplicado a um ou vários segmentos do corpo, tem a finalidade de proporcionar o melhor
alinhamento possível, buscando sempre uma melhor posição funcional, ou seja, aquela mais
adequada. As órteses podem ser utilizadas em diversas áreas dos membros ou do tronco, com
a finalidade de promover funcionalidade ou apenas proporcionar conforto para alívio das dores.
Por serem dispositivos aplicados externamente ao segmento corpóreo, as órteses têm como
finalidade proporcionar melhora funcional devido a algum tipo de disfunção ou necessidade de
suporte, auxiliando em uma recuperação mais segura, rápida e eficaz junto a indivíduos com
comprometimento neuromusculoesqueléticos, com alterações funcionais temporárias ou
permanentes. A órtese pode ser definida como uma peça ou aparelho de correção, ou
complementação de membros ou órgãos do corpo. Ela pode ser fixada como qualquer material
permanente ou transitório, que auxilie as funções de um membro, órgão ou tecido, portanto,
sua colocação ou remoção não pode requerer a realização de ato cirúrgico.
Este conteúdo tem como principal objetivo abordar os diferentes tipos de órteses existentes
para tronco e pescoço, assim como correlacionar a evolução com o que há de mais moderno
na atualidade. Também falaremos sobre a reabilitação funcional das pessoas que fazem uso
dessas órteses, enfatizando sempre a realização das atividades de vida diária. E, claro, o
fisioterapeuta será parte importante desse processo.
MÓDULO 1
 Reconhecer os principais tipos órteses para tronco
CLASSIFICAÇÃO DAS ÓRTESES
As órteses, de maneira geral, auxiliam um segmento do corpo na presença de dor ou
incapacidade funcional, e são uma ferramenta importante que o profissional de saúde pode
prescrever como parte do tratamento proposto após uma boa avaliação.
As órteses são classificadas quanto à função e à maneira como são confeccionadas.
Função
Estáticas
Quando imobilizam e/ou limitam e posicionam as articulações.

Dinâmicas
Compostas de várias partes para promoverem movimentação articular, neutralizando forças
deformantes e promovendo manutenção e fortalecimento da musculatura envolvida.
Maneira como são confeccionadas
Órteses pré-fabricadas
Quando confeccionadas e fabricadas em larga escala e disponíveis em tamanhos
padronizados.

Órteses sob medida
O molde é elaborado sobre o próprio corpo do paciente.
Uma órtese é todo equipamento que dará assistência mecânica ou ortopédica ao paciente e,
portanto, elas podem ser:
Externas
Meios auxiliares como bengalas, muletas e andadores são consideradas órteses, assim como
os colares cervicais, coletes, aparelhos auditivos, lentes de contato, aparelhos ortodônticos,
palmilhas ortopédicas, joelheiras, munhequeiras.

Internas
Marca-passo, instrumentos para estabilizar a coluna, bombas de infusão.
Exploraremos aqui as principais órteses que são utilizadas para estabilização e funcionalidade
do tronco.
MATERIAIS PARA CONFECÇÃO DAS
ÓRTESES
As órteses foram evoluindo com passar dos anos e, de acordo com a história, podemos
observar que a madeira não é mais utilizada para essa confecção. O gesso começou a ser
empregado para confecção de órteses a partir do século X, e é usado em alguns casos até
hoje, embora com menor frequência, em virtude de produtos com novas tecnologias. O tecido,
metal e os termoplásticos são os materiais mais utilizados atualmente para a confecção de
órteses, mas possuem maior custo.
O emprego do plástico (termoplástico ou termorrígido) na fabricação de órteses teve início em
1960. Os elásticos, o neoprene, o silicone, o poliuretano e as espumas são materiais citados
em algumas confecções de órteses. Geralmente, são considerados por alguns autores como
borracha e borracha sintética.
De maneira geral, os materiais usados para confecção de órteses são:
Gesso (comum) - calhas, talas, coletes etc.
Gesso sintético - calhas, talas etc.
Elástico - rotadores internos e externos para membros inferiores.
Tecido - ceda, brim, lona, malha.
Neoprene - elastômero sintético.
Couro e camurça - fino, grosso, de boi, de carneiro.
Madeira - faia, freixo e choupo são as mais usadas; esponjosa e leve, para fabricação de
talas.
Borracha e espuma - neoprene, silicone, poliuretano.
Metal - magnésio, alumínio, ferro, aço, titânio.
Plástico - polipropileno, PVC, que podem ser termoplástico, termorrígido ou inflável, para
órteses infláveis.
Fibras - de algodão, de vidro, de carbono.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
As órteses confeccionadas com material termoplástico se deformam com calor e ficam rígidos
novamente após serem resfriadas. Esse procedimento pode ser repetido por diversas vezes.
Essas órteses termoplásticas podem ser denominadas como:
De baixa temperatura
São as órteses que amolecem e ficam maleáveis para serem moldadas no próprio segmento
corporal. A temperatura utilizada pode chegar a uns 80°C (180°F). Esse tipo de confecção é
muito utilizado para órteses para membro superior.

De alta temperatura
São as órteses com plásticos mais resistentes, que também se deformam com calor, no
entanto, necessitam de temperaturas mais altas, por exemplo a 160°C (350°F). Alguns
materiais utilizados podem ser: acrílico, polietileno, polipropileno, policarbonato, PVC (polyvinyl
chloride), PVA (polyvinyl alcohol, polyvinyl acetate).
Existe também a possibilidade de as órteses serem confeccionadas em material termorrígido,
que são materiais em plástico ainda mais resistentes, porém, mais difíceis para modelagem,
além de alguns de seus componentes apresentarem a possibilidade de provocar fenômenos
alérgicos em contato com a pele humana, como o poliéster e os epóxis. Portanto, são menos
utilizadas quando comparadas às termoplásticas.
Uma órtese pode ser usada de maneira temporária, por um tempo determinado – curto, médio
ou longo prazo. Esse prazo será por tempo finito, e o paciente não a usará mais. Por outro
lado, também pode ser usada de maneira definitiva, por tempo indeterminado, para melhor
segurança do paciente. Considerando a origem dessa incapacidade, essa órtese será usada
para sempre.
Portanto, para indicar e prescrever órteses corretamente, é muito importante que o profissional
de saúde saiba dimensionar o uso dentro do contexto de “começo, meio e fim”, quando se trata
de órtese para uso temporário. Esse fim, que é a fase da retirada da órtese, pode ser de
maneira lenta e diária, com dias alternados, ou em períodos alternados do dia.
Pensamos, geralmente, em órteses para a coluna vertebral (tronco) quando citamos dois
termos:
Colete
É uma órtese de consistência mais rígida, confeccionada em metal (Ex.: colete de Knight) ou
polipropileno (colete de Boston).

Cinta
Trata-se de uma órtese mais maleável, com maior quantidade de tecido/brim, elástico,
neoprene (Ex.: cinta de Putti para a região lombar) e menos material rígido ou semirrígido.
Então, levando em consideração ostipos de materiais utilizados, as órteses para tronco têm
objetivos de estabilizar o tronco, suportar e sustentar a descarga de peso, imobilizar em caso
de fraturas, prevenir e corrigir deformidades articulares e aliviar a dor. Sendo assim, a seguir,
vamos explorar os principais tipos de órteses para tronco.
PRINCIPAIS ÓRTESES PARA TRONCO
As órteses para tronco são usadas primordialmente para restringir o movimento de segmentos
da coluna vertebral. Elas se constituem, na maioria das vezes, como dispositivos externos
aplicados ao corpo. Podemos destacar como principais aplicações o auxílio na recuperação de
lesões ósseas e ligamentares, redução da dor e prevenção de deformidades progressivas na
coluna.
O movimento pode ser restringido por uma órtese, e isso pode ocorrer de maneira relativa, pois
as forças de tensão não são aplicadas diretamente sobre as estruturas ósseas, mas através da
pele e dos tecidos moles, alterando os vetores de força conforme suas características
elásticas. Dessa maneira, por exemplo, pessoas obesas terão maior mobilidade quando
usarem as órteses de tronco quando comparadas a pessoas mais magras.
A indicação de uma órtese para a coluna submete-se aos seguintes critérios: objetivo da
órtese, segmento da coluna envolvido e movimento que será limitado (para as órteses
imobilizadoras). Sendo assim, as órteses para tronco são divididas de acordo com o segmento
da coluna o qual se deseja imobilizar ou tratar, tendo como referências coluna cervical, coluna
torácica, coluna lombar e região sacral, podendo a imobilização se aplicar a um ou mais
segmentos associados.
Podemos ainda classificar segundo a finalidade da órtese, entre e corretivas e imobilizadoras.
ÓRTESES PARA REGIÃO
TORACOLOMBOSSACRA
Para esse segmento da coluna vertebral, podem ser aplicadas órteses imobilizadoras e
corretivas, dependendo do objetivo traçado pelo profissional de saúde. Entenda a diferença
entre elas:
Órteses imobilizadoras restringem a movimentação total e intervertebral da coluna nos níveis
de T7 a L4. Podem ser mais eficientes em níveis lombares inferiores (L3-L5). Lesões acima de
T7 requerem extensão cervical da imobilização.
Órteses corretivas têm como objetivo a correção de deformidades de coluna, sendo as mais
comumente tratadas nas escolioses, lordoses e cifoses.
As principais órteses toracolombossacras serão descritas a seguir:
COLETE DE BOSTON
Esse colete geralmente é confeccionado em material termoplástico, como o polipropileno. Ele
pode ser usado de maneira corretiva na escoliose lombar. Também se utiliza esse colete para
promover a imobilização, pois restringe os movimentos da coluna torácica inferior. Sua
construção ocorre a partir de um molde criado com gesso no tronco do paciente, podendo ou
não, nesta etapa, promover correções com alinhamentos e pressões orientadas. O colete
também pode ser recomendado em pessoas com diagnóstico de espondilólise e
espondilolistese.
 Colete de Boston vista anterior.
COLETE BIVALVADO
O colete de Boston pode ser confeccionado com duas partes (anterior e posterior), e essa
variação é chamada de bivalvado ou com apenas uma abertura posterior, podendo ser
deformado (aberto) para melhor colocação sem perder sua característica. Isso só é possível
devido à flexibilidade do material. O ajuste e a fixação ocorrem por meio das correias com
fecho de contato (tipo velcro) ou fivelas. Nessas órteses corretivas, as almofadas de pressão
internas e “janelas” (aberturas) serão feitas de forma apropriada para corrigir possíveis desvios
da coluna.
COLETE JEWETT
Esse colete é muito utilizado no tratamento conservador de fraturas da coluna toracolombar no
nível de (T11-L2), pois promove o bloqueio da cifose torácica e limita a flexão com apoio
anterior no esterno e no púbis. O apoio posterior fica no ápice da fratura ou deformidade,
contrapondo a tendência de hipercifose por falha na coluna anterior. A grande desvantagem
desse colete é que ele pode causar lesões cutâneas nas áreas de maior pressão, podendo não
ser tolerado pelo paciente, o que limita a indicação de utilização.
 Colete de Jewett.
COLETE PROVIDENCE
É feito sob medida, normalmente usando modelagem, e aplica forças compressivas e
rotacionais à coluna vertebral. Por ser menos agressivo que os demais, o uso do colete só é
viável na posição deitada e, portanto, sua indicação será para o uso noturno, para dormir.
 Colete Providence, vista lateral e frontal.
ÓRTESES PARA REGIÃO LOMBOSSACRA
Em geral, as órteses para região lombossacra são menos eficientes em restringir a mobilidade
da coluna, principalmente quando comparadas às órteses toracolombossacras. Atuam entre L2
e L4, e podem ser usadas com a ajuda de extensores torácicos ou para as coxas, o que é
pouco comum, melhorando a imobilização. Alguns estudos mostram que não existem
evidências que suportem o uso das órteses lombares de maneira preventiva, ou na redução da
incidência de dor lombar.
Elas podem melhorar a taxa de fusão ou resultar na melhora clínica dos pacientes com
patologias lombares degenerativas, embora sejam utilizadas nas rotinas em muitos serviços.
Entretanto, elas podem ser efetivas no tratamento de dor lombar aguda. Para ter melhores
resultados, o uso das órteses rígidas são mais eficazes do que as macias. A seguir alguns dos
principais coletes lombossacrais:
COLETE KNIGHT
Construído em estrutura de alumínio, possui duas hastes posteriores paralelas que
acompanham a coluna paralelamente de maneira que a coluna fique entre elas. Seu ápice
posterior superior fica abaixo da escápula, e o inferior fica na altura da coluna sacral. As hastes
laterais contornam de maneira anatômica o corpo, terminando na haste lateral que perfaz a
linha coronal até um ponto abaixo das axilas.
O tecido é feito em algodão resistente (tipo lona) e é utilizado na parte anterior, possuindo
fechamento em correias e fecho de contato (tipo velcro), utilizando passadores para facilitar o
ajuste. Esse colete pode ter um prolongamento das hastes posteriores até a altura dos ombros,
e as correias são chamadas de ombreiras, que contornam o ombro, passando por debaixo das
axilas e prendendo-se novamente nas hastes abaixo da região da escápula. Dessa maneira,
essa órtese passa a restringir também parte do movimento da coluna torácica. Ela pode ser
chamada, devido a essa configuração, de colete de Taylor.
CINTA DE PUTTI
Pode ser longa, chegando até a região torácica (sendo uma órtese toracolombossacra), ou
curta, que é mais direcionada para região lombossacra. Essas órteses geralmente são pré-
fabricadas, construídas em tecido, com barbatanas de alumínio na parte posterior. Esse tipo de
cinta não promove restrição dos movimentos de forma efetiva. Elas são indicadas como
coadjuvante para reduzir dores da região lombar, no período pós-operatório na coluna vertebral
dorsal inferior ou lombar, em hérnia discal sintomática e em osteoporose grave, principalmente
quando há achatamento de corpos vertebrais.
ÓRTESES PARA TRONCO
Neste vídeo o especialista Pedro Pena irá abordar os diferentes tipos de órteses para tronco e
suas principais características e indicações. Vamos lá?
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Materiais para confecção das órteses
Órteses para região toracolombossacra (Colete de Boston simples e bivalvado)
VERIFICANDO O APRENDIZADO
DEFORMIDADES DA COLUNA
As deformidades ou desvios da coluna vertebral ocorrem com o aumento ou a diminuição das
curvaturas da coluna, podendo afetar as regiões cervical, dorsal ou lombar. Veja a definição
dos desvios em suas devidas regiões, e observe cada um deles na figura a seguir.
HIPERLORDOSE CERVICAL
Aumento da lordose cervical (curvatura) no plano sagital, sendo considerada anormal quando
atinge um ângulo superior a 40°.
HIPOLORDOSE (RETIFICAÇÃO CERVICAL)
MÓDULO 2
 Identificar as órteses para escoliose e hipercifose
Diminuição da lordose cervical no plano sagital, sendo considerada anormal quando atinge um
ângulo inferior a 10°.HIPERCIFOSE DORSAL
Ocorre o aumento da curvatura cifótica no plano sagital da região dorsal, superior a 40°.
RETIFICAÇÃO DORSAL
A curvatura cifótica é inferior a 20° no plano sagital.
HIPERLORDOSE LOMBAR
A curvatura da lordose lombar é superior a 45° no plano sagital.
HIPOLORDOSE LOMBAR
A curvatura da lordose lombar é inferior a 35°.
INVERSÃO DA LORDOSE LOMBAR (CIFOSE)
A curvatura da lordose lombar é inferior a 10°.
ESCOLIOSE LOMBAR
Presença de uma curvatura (escoliose em “C”) ou mais curvaturas (escoliose em “S”) no plano
frontal, com convexidade para direita ou esquerda, entre os níveis de L1 a L5.
ESCOLIOSE TORACOLOMBAR
Presença de uma ou mais curvaturas laterais no plano frontal, tanto na região torácica (dorsal)
quanto na região lombar.
 Ângulos das curvaturas fisiológicas no plano sagital.
Sabemos que existem diversas deformidades que afetam a coluna vertebral, e elas podem ser
adquiridas (funcionais) ou congênitas (estruturais). No entanto, quanto mais precocemente
esses desvios forem descobertos, maiores serão as chances de sucesso no tratamento, tanto
com a realização de exercícios posturais quanto com o uso das órteses. Exploraremos neste
módulo a utilização das órteses nas hipercifoses torácicas e nas escolioses.
ÓRTESES PARA ESCOLIOSE
A escoliose é, sem dúvida, um dos desvios vertebrais que mais afetam a população mundial.
Estima-se que 2% a 3% da população em geral apresentam algum tipo ou grau de escoliose.
Apesar de uma condição recorrente nos serviços de saúde, até hoje é um desafio determinar a
origem dessa enfermidade, sendo conhecida como escoliose idiopática. Sendo assim, a maior
prevalência dessa condição é em meninas, as quais apresentam até oito vezes mais chances
de progressão da curvatura, principalmente na adolescência (Negrini et al., 2015).
Apesar de 80% dos casos terem origem idiopáticas, a escoliose pode aparecer em
determinados momentos, sendo classificada como (KALICHMAN; KENDELKER; BEZALEL,
2016):
INFANTIL
JUVENIL
ADOLESCÊNCIA
FASE ADULTA
INFANTIL
Um pouco mais rara, acontece antes dos 3 anos de idade.
JUVENIL
Acontece entre 3 e 10 anos de idade, correspondendo de 20% a 30% dos casos.
ADOLESCÊNCIA
Afeta os jovens a partir dos 10 anos de idade, sendo a forma mais comum, com mais de 80%
dos casos. Nessa faixa de idade, as meninas têm maior prevalência.
FASE ADULTA
Pode estar presente desde a infância ou adolescência, porém, só é descoberta quando a
pessoa tem mais de 18 anos.
No tratamento da escoliose, podemos pensar que quanto menor for o grau de
comprometimento, melhor será a eficácia do tratamento, assim como quanto mais precoce
forem descobertos os desvios, mais chances a pessoa terá de não progredir se fizer o
tratamento correto.
 ATENÇÃO
Desvios menores que 20° são normalmente descobertos em radiografias, e podem ser
indicados exercícios posturais para melhora da condição física postural. Desvios entre 25° e
45° são casos moderados, e o uso de coletes podem ser indicados, principalmente, na fase da
adolescência, na qual ainda há o crescimento ósseo com grande possibilidade de redução
desse desvio. Em casos mais graves, acima de 50°, geralmente são indicados procedimentos
cirúrgicos, mas não entraremos em detalhes.
As principais órteses recomendadas pelo consenso de especialistas em Tratamento Ortopédico
e de Reabilitação em Escoliose (SOSORT), para essa condição serão listadas a seguir.
COLETE DE CHÊNEAU
O colete de Chêneau, inicialmente chamado de colete de Chêneau-Toulouse-Munster (CTM),
foi desenvolvido na década de 1960. Atualmente, é aceito e usado em todo o mundo. Esse
colete rígido fornece correção tridimensional e abre anteriormente. O colete de Chêneau é
dividido em zonas, e fornece grandes espaços livres em locais de pressão. Esses mecanismos
de correção da cinta de Chêneau são:
MECANISMOS PASSIVOS
Com a transferência do tecido de convexo para côncavo realizado por um sistema de três
pontos, atuando em múltiplas dimensões com o objetivo de hipercorreção, alongamento e
descarregamento da curva; isso desfaz a rotação do tórax e a flexão.
MECANISMOS ATIVOS
Utiliza o crescimento vertebral atuando como fator corretivo, movimentos respiratórios da caixa
torácica guiados assimetricamente, reposicionamento do arranjo espacial dos músculos do
tronco para proporcionar ação fisiológica e efeito antigravitacional.
O colete de Chêneau possui uma média de correção primária de 41% na região toracolombar,
e uma correção de longo prazo de 14,2% apenas na região torácica e 9,2% apenas nas curvas
duplas lombares: 5,5% torácica e 5,6% lombar. Também foi relatado, no final do tratamento,
cerca de 25% de correção do ângulo de Cobb, e estabilização de cerca de 23%. Portanto, o
colete de Chêneau não apenas interrompe a progressão, mas possivelmente melhora a curva
escoliótica (ZAINA et al., 2014).
ÂNGULO DE COBB
O ângulo de Cobb é a técnica utilizada para mensurar o grau da escoliose na coluna vertebral,
a partir de radiografias simples em AP (anteroposterior) e perfil.
 Medição do ângulo de Cobb.
COLETE RIGO-CHÊNEAU
Desenvolvido no início da década de 1990, na França, o Rigo-Chêneau é basicamente um
colete do tipo Chêneau projetado de acordo com princípios biomecânicos redefinidos e uma
nova classificação específica de padrão de curva.
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 Colete Rigo-Chêneau.
O colete combina as forças necessárias para corrigir a escoliose de maneira tridimensional,
uma vez que o projeto é baseado em critérios clínicos e radiológicos. Isso permite que possa
associar alguns exercícios posturais específicos para obter melhor resultado. Esse colete
também é muito utilizado na Alemanha.
 COMENTÁRIO
Podemos concluir que os resultados do uso do colete Rigo-Chêneau oferecem excelentes
resultados clínicos no tratamento da escoliose idiopática do adolescente, principalmente do
grau leve ao moderado.
Foi mostrado recentemente que a correção com o uso do colete no ângulo de Cobb foi
melhorado em 53,7% para a curva principal e pacientes com curvas torácicas longas, e a
correção da rotação axial foi de 55,9%, dos quais 76,7% das pessoas apresentavam essa
alteração pela análise de Cobb (ZAINA et al., 2014). Portanto, esse é um colete amplamente
indicado, principalmente nas escolioses idiopáticas dos adolescentes.
COLETE DE REDUÇÃO DA ROTAÇÃO DINÂMICA (DYNAMIC DEROTATION BRACE –
DDB)
Esse colete foi desenvolvido em Atenas, Grécia, na década de 1980. O DDB é feito de
polipropileno, com forro de polietileno de espuma macia, e abre posteriormente. O DDB é um
colete do tipo TLSO (toracolombossacro), com lâminas antirrotatórias, que atuam como
molas/dispositivos antirrotatórios, mantendo as forças de correção constantes nas áreas de
pressão da cinta, enquanto produz movimentos em direções opostas das duas metades da
cinta.
 Colete de redução da rotação dinâmica (Dynamic derotating brace – DDB). 
Foto A: visão anterior do colete 
Foto B: visão posterior do colete
As lâminas de metal de redução da rotação são fixadas na parte posterior do colete,
correspondendo à parte mais protuberante do tórax “corcunda”, ou tronco do paciente. Essas
lâminas tornam-se ativas quando suas extremidades livres são colocadas embaixo do lado
oposto do colete, e as correias do colete são apertadas. As forças aplicadas pelas lâminas são
adicionadas às forças laterais exercidas pelo colete, e a mudança do ângulo para trás das
lâminas as modifica.
Veja, a seguir, algumas informações:
1
Os relatórios publicados detalham uma correção geral do ângulo de Cobb inicial de 49,54% e,
após dois anos de acompanhamento, apresenta uma correção de 44,10%.
Também foi relatado que 35,70% das curvas melhoraram, enquanto 46,42% ficaram estáveis e
7,83% pioraram ou aumentaram (ZAINA et al., 2014).
2
3
No que diz respeito à cosmese (inclinação angular do tronco ou inclinação anterior torácica
corcunda), o DDB melhora a aparência estética das costas em crianças com escoliose
idiopática com quasetodas as curvas torácicas à direita.
O estudo sobre a qualidade de vida após o tratamento conservador da escoliose idiopática do
adolescente usando DDB com o Brace Questionnaire (BrQ), específico para o tratamento com
uso de coletes, revelou uma influência na atividade escolar e no funcionamento social, mas não
na percepção geral de saúde, funcionamento físico, funcionamento emocional, vitalidade, dor
corporal, autoestima ou estética.
COLETE DE LYON
O colete de Lyon foi criado por Pierre Stagnara em 1947, e desenvolvido por Allègre e Lecante
em 1958, que modificaram a cinta Lyon para sua forma atual, usando um material de alta
rigidez. Esse colete possui uma cinta rígida ajustável sem um anel de pescoço, e o plástico
termomaleável é feito de polimetilmetacrilato.
O tratamento é baseado em dois princípios básicos: um gesso inicial visa alongar os
ligamentos profundos antes da aplicação do colete de Lyon e da aplicação subsequente da
cinta ajustável.
 Colete de Lyon.
As indicações para esse colete são pacientes entre 11 e 15 anos de idade com escoliose. Esse
colete não se destina a pacientes mais jovens, a fim de evitar a deformação tubular do tórax.
Os resultados relatados detalham um índice de efetividade elevados para a curvatura lombar,
para a curvatura toracolombar e para a curvatura torácica. A correção do ângulo de Cobb com
uso do colete de Lyon é relatada em 12% dos casos para correção torácica, em 24% para
região toracolombar e 36% para curvatura lombar (ZAINA et al., 2014).
COLETE DOBRÁVEL DE CHARLESTON
O colete de Charleston foi o primeiro sistema de órtese noturna desenvolvido por Frederick
Reed e Ralph Hooper, em Charleston, Carolina do Sul, Estados Unidos, em 1979. A órtese
dobrável Charleston foi desenvolvida para um paciente que se recusou a usar uma órtese em
tempo integral. O colete Charleston demonstrou ser eficaz na estabilização ou melhora da
progressão da escoliose em 84%, e 16% dos casos de escoliose progrediram (ZAINA et al.,
2014).
 Colete dobrável de Charleston.
 Colete de Milwaukee.
Colete de Milwaukee
Esse colete foi desenvolvido inicialmente por Walter Blount e Albert Schmidt em Milwaukee,
Wisconsin, Estados Unidos, por volta de 1945, para imobilização pós-operatória de pacientes
com escoliose neuromuscular. O desenvolvimento dessa órtese representou um marco no
tratamento da escoliose, pois se tornou a primeira órtese removível amplamente utilizada no
tratamento da doença. O colete possui um design simétrico com uma abertura posterior, e a
correção da curva pode consistir em mecanismos passivos e ativos.
Apesar de ser uma órtese pensada para tratamento da escoliose, o colete de Milwaukee
também apresenta indicação para tratamento da cifose de Scheuermann, mas tem baixa
adesão devido a questões estéticas. Muitas vezes, é indicado apenas para o período noturno.
Outro problema dessa órtese é não ter boa eficácia no tratamento da escoliose: em um estudo
de coorte, foram observados 1020 pacientes, e 22% dos casos tiveram intervenção cirúrgica
(ZAINA et al., 2014).
COLETE SPINECOR
O colete SpineCor é uma órtese não rígida, com base em alças distintamente exclusivas, que
depende do movimento do paciente para ativar os efeitos corretivos. Embora o uso por
ortopedistas tenha diminuído, sua popularidade cresceu entre os quiropráticos. Desenvolvido
por Christine Colliard e Charles Rivard, no St. Justine Hospital, Montreal, Canadá, em 1993, os
princípios corretivos do SpineCor diferem significativamente dos outros coletes termoplásticos
tradicionais, uma vez que a ação do colete é baseada principalmente no movimento corretivo
ativo, em vez de força passiva.
 Colete SpineCor.
Essa correção ativa tenta corrigir o alinhamento da coluna, influenciando a desorganização
postural, a disfunção muscular e o crescimento não sincronizado da coluna. O SpineCor é
composto por uma seção pélvica termoplástica, faixas de coxa e virilha, um bolero de algodão
e faixas elásticas corretivas. Uma versão mais recente usa short de bicicleta de elastano para
maior conforto.
 SAIBA MAIS
O ajuste para a colocação e tensão das bandas é baseado na apresentação da curva do
paciente. Embora originalmente prescrito por ortopedistas e adaptado por ortotistas, a resposta
inicial insatisfatória levou ao abandono da maioria dos profissionais de saúde. Em grande
parte, devido à sua facilidade de aplicação e ajuste e à aceitação dos pacientes, os
quiropráticos agora se adaptam à maioria dos aparelhos SpineCor na América do Norte.
Apesar dessa órtese ser supostamente bem tolerada e cosmeticamente aceitável, sua eficácia
para curvas maiores tem sido questionada. Porém, em curvas moderadas, mostrou-se eficaz. A
SpineCor estabilizou ou melhorou 64% dos pacientes, com apenas 18% dos pacientes
necessitando de cirurgia (ZAINA et al., 2014).
COLETE DE SFORZESCO
O colete Sforzesco foi desenvolvido por Stefano Negrini e Gianfranco Marchini em 2004, em
Milão, Itália. Com base no conceito SPORT (Simétrico, Orientado ao Paciente, Rígido,
Tridimensional, Ativo), o colete Sforzesco combina características dos coletes de Lyon,
Chêneau-Sibilla e Milwaukee.
Sua principal ação é impulsionar a escoliose da pelve para cima, essencialmente para desfazer
a flexão, a rotação e restaurar o plano sagital com uma ação tridimensional.
As evidências mostram que os resultados obtidos foram superiores ao do colete de Lyon e
semelhantes ao gesso de Risser, com menos efeitos colaterais, tornando o colete Sforzesco
útil para os casos mais graves. Portanto, esse colete é baseado em princípios de correção de
eficácia e aceitabilidade:
EFICÁCIA
ACEITABILIDADE
EFICÁCIA
Por esse colete ser ativo, o paciente pode ser incentivado a se mover livremente; sua eficácia
mecânica é alcançada por impulsos, saídas, paradas e acionadores (sendo o último um
conceito recém-desenvolvido com essa cinta); possui também eficácia devido à sua
versatilidade e adaptabilidade; imprescindível no trabalho multidisciplinar desenvolvido por
médicos, quiropatas e fisioterapeutas com o paciente e a família.
ACEITABILIDADE
O design da estrutura possui uma característica bem individual, uma vez que possui
visibilidade mínima; apresenta também liberdade máxima para efetuar as atividades da vida
diária; aceitação de responsabilidade; e principalmente, possui uma abordagem
comportamental cognitiva.
 Colete Sforzesco.
Existem muitos outros coletes que também podem ser indicados para a escoliose, alguns
foram descritos no módulo anterior como o colete de Boston e o Providence, no entanto, nem
sempre apresentam grande eficácia quando essa condição já apresenta uma progressão
avançada, havendo, em muitos casos, a indicação de uma intervenção cirúrgica.
ÓRTESES PARA CORREÇÃO DE
ESCOLIOSES E HIPERCIFOSES
Neste vídeo o especialista Pedro Pena irá abordar os diferentes tipos de órteses para correção
das escolioses e hipercifoses, suas principais características e indicações. Vamos lá?
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
BASEADO EM EXERCÍCIOS
Os exercícios específicos para escoliose consistem em exercícios adaptados individualmente,
ensinados aos pacientes, geralmente, em um centro de tratamento para escoliose. Os
pacientes recebem um protocolo de exercícios personalizado, de acordo com suas avaliações
médicas e fisioterapêuticas.
Esses exercícios incluem uma série de movimentos específicos, destinados a reduzir a
deformidade. Eles equilibram mecanicamente a musculatura e outros tecidos moles da coluna.
Também se acredita que os exercícios podem alterar o controle motor da coluna vertebral, por
afetarem as alterações neurológicas que interagem entre si. O objetivo geral dos exercícios é
reduzir a progressão da deformidade escoliótica e adiar ou evitar o uso de órteses.
Existem quatro abordagens principais de exercícios específicos para escoliose:
Método Dobosiewicz
Método de deslocamento lateral
Método Schroth
Abordagem do Exercício científico para a escoliose (SEAS)
Afisioterapia baseada em exercícios também é uma intervenção apropriada para escoliose
idiopática do adolescente.
 COMENTÁRIO
Há evidências iniciais de que os exercícios podem ser eficientes na redução da taxa de
progressão (principalmente no início da puberdade) e na melhora dos ângulos de Cobb
(próximo ao final do crescimento). Os exercícios também se mostraram eficazes na redução da
prescrição de coletes.
Existem alguns recursos comuns na maioria dos métodos baseados em exercícios. O exercício
específico da escoliose incorpora exercícios terapêuticos de correção, técnicas respiratórias
especiais e reeducação do sistema neuromuscular. A base comum de todos os métodos de
exercício é a correção passiva e ativa das curvaturas nos planos coronal, sagital e horizontal,
em combinação com exercícios respiratórios assimétricos.
Outro princípio básico dos exercícios específicos para escoliose é o uso de alongamento ativo
da coluna. Com mecanismos de feedback sensório-motor, os pacientes aprendem uma rotina
de correção individual (autocorreção ativa). Com a progressão do tratamento, os pacientes
precisam manter a postura corrigida nas atividades de vida diária. A motivação e a cooperação
são componentes essenciais desses métodos. Além disso, a fisioterapia baseada em
exercícios é a única abordagem que auxilia na melhora da função respiratória. Se essa
abordagem for administrada corretamente, poderá prevenir uma piora da curvatura.
Ocasionalmente, o paciente não precisará usar qualquer órtese.
A combinação da órtese com exercícios de acordo com o SOSORT aumenta a eficácia do
tratamento e apresenta melhores resultados em comparação com um único tratamento
(órteses ou exercícios).
A órtese e o exercício são recomendados para ângulos de curva primária entre 25° e 40°,
especialmente quando o sinal de Risser (usado como critério para avaliar o potencial de
crescimento ósseo da criança ou adolescente) estiver entre 0 e 2.
Durante o tratamento com a órtese, exercícios específicos são recomendados para evitar
efeitos secundários da órtese, como rigidez da coluna e perda de força muscular, bem como
melhorar a eficácia do colete (correção ativa do lado da correção passiva da coluna)
(KALICHMAN; KENDELKER; BEZALEL, 2016).
ÓRTESES PARA HIPERCIFOSES
Mesmo entre os profissionais dos serviços de saúde, pouco se sabe sobre fisioterapia,
reabilitação com exercícios e tratamento com coletes para pacientes com hipercifose. A
fisioterapia para melhora postural é frequentemente recomendada, especialmente na Europa
Central, com foco no alongamento dos peitorais e isquiotibiais e fortalecimento dos extensores
do tronco, bem como na melhora da função nas atividades. As combinações desses tipos de
exercícios também constituem abordagens modernas e mais estabelecidas para o tratamento.
 VOCÊ SABIA
A doença de Scheuermann foi inicialmente descrita como uma cifose rígida associada a corpos
vertebrais em cunha, ocorrendo no final da infância. Essa doença foi de grande interesse
ortopédico no passado, porque, às vezes, pode ser dolorosa durante sua fase relativa aguda.
Pode causar deformidades significativas do tronco, que podem progredir.
Em 1964, critérios específicos para diagnóstico foram descritos de maneira que três vértebras
adjacentes devem ser calçadas em pelo menos 5° cada (BETTANY-SALTIKOV et al., 2018).
Mas, recentemente, alguns estudos usam critérios que incluem: aumento da cifose torácica,
estreitamento do espaço do disco, placas terminais irregulares associadas a uma vértebra em
cunha única, uma cifose de mais de 45° com duas ou mais vértebras em cunha, achados
radiográficos característicos, cifose em cunha de corpos vertebrais, e irregularidades da placa
terminal (como os nós de Schmorl).
A etiologia da cifose lombar de Scheuermann é desconhecida, mas existem fortes associações
com atividades repetitivas, envolvendo carga axial da coluna imatura, favorecendo uma causa
mecânica. Embora a aparência radiográfica possa ser semelhante, a etiologia da cifose lombar
de Scheuermann é considerada diferente da cifose torácica de Scheuermann. Ao contrário da
cifose torácica clássica de Scheuermann, o tratamento da doença de Scheuermann lombar não
foi controverso, pois seu curso foi considerado não progressivo e seus sintomas podem ser
resolvidos com repouso, modificação da atividade e tempo.
No entanto, essa perda da lordose lombar, nas áreas lombar ou toracolombar, significa que a
doença de Scheuermann pode ser um dos preditores de desenvolvimento de dor lombar
crônica na vida adulta. O estilo de vida sedentário contribui para a perda da lordose lombar,
bem como da escoliose e da cifose toracolombar ou lombar.
As evidências demonstram que a hipercifose é mais favorável na região torácica superior, mas
muito mal tolerada na coluna lombar.
Isso porque foi demonstrado que o aumento da lordose estabiliza a coluna em relação à
deformidade lateral, então, o que podemos supor é que a redução da lordose ou cifose lombar
desestabiliza a coluna, o que pode levar à dor lombar crônica. Esse é o raciocínio fisiológico
subjacente em programas de tratamento estabelecidos.
O que se sabe é que a incidência da doença de Scheuermann foi estimada de 1% a 8% da
população. A apresentação típica é no final do período juvenil, de 8 a 12 anos, com a forma fixa
mais severa comumente aparecendo entre os 12 e 16 anos (BETTANY-SALTIKOV et al., 2018).
Pacientes com dorso torácico, que têm doença de Scheuermann tipo I clássica, podem ter dor
na região da coluna torácica, mas com frequência as principais preocupações do paciente e
dos pais estão relacionadas à deformidade do tronco (sintomas estéticos).
 Caso grave de um paciente acometido pela doença de Scheuermann.
Os pacientes com cifose de Scheuermann apresentam uma cifose torácica angular, muitas
vezes, acompanhada de lordose lombar compensatória e aumento da lordose cervical. A
posição da cabeça costuma ser de protrusão para frente (postura excessiva de cutucar o
queixo) e os ombros costumam ser posicionados anteriormente. A inclinação para frente, em
geral, acentua a deformidade cifótica, com uma curvatura aguda angulada observada na região
torácica ou toracolombar. A deformidade é relativamente fixa, permanecendo fletida mesmo
quando são feitas tentativas de extensão da coluna. A tensão dos isquiotibiais é comum, mas o
exame neurológico, em regra, é normal. Até o momento não foi descrito outro padrão de curva
além do Scheuermann torácico, embora os padrões da curva de Scheuermann toracolombar e
lombar sejam de grande importância no que diz respeito à dor lombar crônica na idade adulta.
 COMENTÁRIO
As intervenções eficazes para adolescentes com cifose postural incluem exercícios para aliviar
as contraturas dos membros inferiores e fortalecer a musculatura abdominal. Pacientes
esqueleticamente imaturos com cifose de Scheuermann se beneficiam de um programa de
exercícios semelhante, mas também requerem o uso de uma órtese espinhal.
A órtese da coluna em pacientes com cifose de Scheuermann pode resultar em uma correção
permanente da deformidade vertebral, ao contrário da órtese em pacientes com escoliose
idiopática. A evolução e avaliação de crianças e adolescentes com aumento da cifose torácica
é um aspecto importante do processo de decisão usado para determinar intervenções
apropriadas e requer profissionais especializados (BETTANY-SALTIKOV et al., 2018).
A cifose de Scheuermann é uma deformidade comum da coluna torácica ou toracolombar,
causando dor significativa, preocupação estética e, às vezes, comprometimento neural. Desde
que Holger Scheuermann, em 1920, fez a primeira descrição da doença que leva seu nome,
estratégias de manejo não operatórias e operatórias têm sido defendidas. O manejo não
operatório emprega a órtese, mais comumente com o colete de Milwaukee, tanto para a
escoliose como para a cifose, sendo mais eficaz quando o tratamento é iniciado precocemente,
antes do amadurecimentoósseo. Isso foi recomendado em uma revisão recente sobre o
manejo do tratamento da cifose de Scheuermann (HUQ et al., 2020).
COLETE DE MILWAUKEE
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 Colete de Milwaukee.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Deformidades da coluna
Tratamento fisioterapêutico baseado em exercícios (Exercícios fisioterapêuticos na escoliose)
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
 Listar as principais órteses para região cervical
PRINCIPAIS ÓRTESES PARA COLUNA
CERVICAL
As órteses para região cervical são também conhecidas como colares, que ajudam a imobilizar
a coluna cervical, quando necessário. Algumas dessas órteses podem ser feitas sob medida,
mas em geral são pré-fabricadas. Dificilmente alguma órtese conseguirá restringir todos os
movimentos da coluna cervical devido à alta mobilidade desse segmento, assim como a grande
quantidade de tecidos moles.
 ATENÇÃO
A órtese cervical não pode promover muita pressão nas partes moles, pois pode provocar
desconforto e isquemia cutânea, resultando em formação de úlceras e outras complicações.
Alguns fatores de riscos devem ser analisados para a indicação no uso das órteses, por
exemplo, quando pacientes são admitidos em unidade de terapia intensiva e precisam usar a
ventilação mecânica, quando há necessidade de realizar ressonância magnética da região
cervical, ou quando há demora na investigação radiológica da coluna cervical, postergando a
retirada do colar. São pontos que merecem atenção.
Normalmente, são indicados três tipos de colares para região cervical: flexíveis, semirrígidos e
rígidos.
COLARES FLEXÍVEIS
COLARES SEMIRRÍGIDOS
COLARES RÍGIDOS
COLARES FLEXÍVEIS
O material utilizado para confecção dos colares flexíveis para a coluna cervical é a espuma,
revestida em tecido e com o fechamento em velcro. São indicados para serem colocados
envolvendo o pescoço, para promover a limitação parcial dos movimentos da coluna.
COLARES SEMIRRÍGIDOS
São órteses que possuem placas laminadas de polietileno para promover maior estabilidade.
COLARES RÍGIDOS
Feitos em material de polipropileno, forrado nos bordos superior e inferior com uma espuma de
média densidade, podendo ter ou não o apoio mentoniano.
Todos esses colares, sejam do tipo flexível, semirrígido ou rígido, são normalmente indicados
quando há casos de hipermobilidade, pós-traumatismo, cervicalgias, torcicolos, pós-operatório
de cirurgias cervicais, ou até mesmo nas artroses ou artrites leves. A escolha de cada um deles
dependerá do grau de imobilização necessário para promover estabilidade e alívio dos
sintomas. Para melhor escolhermos essas órteses, vamos conhecer as principais, a seguir.
COLAR MACIO DE ESPUMA
Esse tipo de colar é do tipo flexível e costuma ser pré-fabricado, por isso possui um baixo
custo. Tem melhor tolerância por ser mais confortável que os demais colares, no entanto, esses
colares possuem pouca capacidade de imobilização. Normalmente, costuma ser indicado para
promover alívio de contraturas musculares da região cervical e, por não promover grandes
restrições de movimento, pode ser útil em cervicalgias agudas benignas.
 COMENTÁRIO
Não há um consenso nas evidências científicas para corroborar seu uso. Também é indicado
para o uso noturno e na desabituação gradual após o uso de colar cervical rígido.
 Colar macio de espuma.
COLAR CERVICAL SEMIRRÍGIDO
Os colares cervicais semirrígido são fabricados de maneira similar ao macio. São utilizadas
espumas de poliuretano de média densidade, com um forro 100% algodão, e são fornecidos
com uma forra adicional, amovível e lavável. Existe o colar cervical semirrígido da empresa
Orthia, que possui adicionalmente uma placa de polipropileno, fixada com velcros na região
exterior, o que promove maior conforto na utilização. Dessa maneira, pode-se retirar a placa e
o colar para se ter a funcionalidade apenas de um colar cervical macio. Normalmente, esses
colares são indicados para dor cervical, nevralgia cervicobraquial, entorse cervical benigno e
traumatismo na cervical.
 Colar cervical semirrígido.
COLAR CERVICAL RÍGIDO
Os colares rígidos para região cervical são aqueles que permitirão uma imobilização maior da
região cervical, pois seu material é composto de um plástico duro (polipropileno) revestido de
espuma para promover maior conforto e adaptabilidade.
O principal objetivo dos colares rígidos é a restrição dos movimentos, podendo ter apoio
anterior mentoniano ou posterior occipital.
Os principais colares rígidos para região cervical serão expostos a seguir.
COLAR DE THOMAS OU SCHANTZ
O colar de Thomas é produzido em larga escala, em três tamanhos: P, com a medida da
circunferência cervical de 33 a 36cm; M, de 37 a 39cm e G, de 40 a 43cm. Esse colar é
confeccionado em plástico perfurado para melhor ventilação. Sua borda é acolchoada e
atoalhada, oferecendo mais conforto ao usuário. Possui fechamento em velcro, permitindo
ajuste mais preciso e eficaz. Possui também botões de pressão e velcro na região anterior,
para ajuste na altura do pescoço. É lavável e indicado para imobilização provisória em
emergência (transporte em ambulâncias) ou no pós-operatório de cirurgia de coluna, mas não
possui grande capacidade de restrição dos movimentos.
COLAR DE PHILADELPHIA
Também produzido de maneira industrializada e em larga escala, promove pouca restrição dos
movimentos, sendo, porém, mais eficiente do que os colares flexíveis e semirrígidos. Esse
colar possui um apoio na região posterior (occipital) e anterior (mentoniano). É indicado em
fraturas menores das vértebras áxis e do atlas, fraturas mínimas do corpo ou de processo
espinhoso das demais vértebras cervicais, e no pós-operatório de procedimentos menores,
como nas discectomias cervicais por via de acesso anterior.
A coluna cervical é difícil de imobilizar devido à pequena área de superfície de contato entre a
órtese e o occipital, a mandíbula e a clavícula, e também pela possibilidade limitada de
compressão dos tecidos moles da garganta. Como consequência, há certa mobilidade da
coluna cervical durante a mastigação e a movimentação do ombro. Mesmo um colar
Philadelphia rígido permite um movimento considerável: 29% para flexão e extensão, 44% para
rotação e 66% para inclinação lateral (ZARGHOONI et al., 2013).
 Colar Philadelphia.
ÓRTESES SOMI (IMOBILIZADOR ESTERNO-
OCCIPITO-MANDIBULAR)
Essa órtese possui boa eficiência na imobilização da coluna cervical, principalmente em
situações nas quais a limitação nos movimentos de flexão, extensão, rotação e flexão lateral
são necessárias. Ela é produzida com hastes metálicas e almofadas de apoio para as regiões
esternal, mandibular, occipital e torácica. Sua parte superior fica em contato com o queixo na
região anterior e posteriormente na região occipital. Sua parte inferior fica localizada sobre o
tórax no nível do esterno, na parte posterior da coluna torácica.
Nesse tipo de órtese, hastes metálicas verticais podem ser acopladas e ajustáveis, podendo
ser estendidas da parte superior para a inferior. Podem ser confeccionadas com duas, três ou
quatro hastes. A órtese com duas hastes limita a flexão e a extensão do pescoço, mas não é
muito eficaz para controlar os movimentos de rotação e flexão lateral. A órtese com três hastes
também pode ser chamada de imobilizador esterno-occipito-mandibular (IEOM).
Nessa órtese, existe uma haste vertical na linha média anterior, que termina em uma placa
mandibular, e duas hastes verticais curvas que vão do tórax anterior até o occipital. É indicada
para pessoas que precisam de limitação dos movimentos cervicais. A órtese com quatro hastes
verticais apresenta duas hastes anteriores e duas posteriores, fixadas nas placas mandibulares
e occipital. É indicada para limitação dos movimentos de flexão, extensão, rotação e flexão
lateral da coluna cervical.
 Imobilizador esterno-occipito-mandibular.
COLAR MINERVA
Também conhecido como colar cervicotorácico de contato total, ele é confeccionado com
material termoplásticosobre molde de gesso. É indicado para os casos de instabilidade
cervical baixa, e proporciona melhor imobilização da região cervical, promovendo controle mais
efetivo sobre os movimentos. Há também a presença de duas hastes de placas semirrígidas na
parte anterior, que se estendem do tórax até o queixo e na parte posterior, seguindo da região
dorsal até a região parietal. Pode ser indicado em casos de pós-fratura, principalmente em
lesão medular.
ÓRTESE HALO (HALO VEST)
Apenas esse tipo de órtese promove total imobilização da região cervical, pois é capaz de
limitar os movimentos ao nível de C3 até a região occipital. Apresenta um halo fixado
diretamente na calota craniana por parafusos e, por isso, trata-se de uma técnica invasiva. Ela
é formada por um anel rígido colocado na cabeça que se liga a placas torácicas anterior e
posterior por meio de quatro hastes. O anel é fixado na lâmina óssea externa do crânio por
quatro parafusos.
 ATENÇÃO
Esse é um procedimento cirúrgico, normalmente realizado por um ortopedista, auxiliado por um
técnico em órtese e prótese para ajustar as hastes de altura. Por ser um procedimento
invasivo, que requer intervenção cirúrgica, essa órtese costuma ser indicada para os casos
graves de fraturas da coluna cervical alta.
ÓRTESES PARA COLUNA CERVICAL
Neste vídeo o especialista Pedro Pena irá abordar os diferentes tipos de órteses para coluna
cervical, suas principais características e indicações. Vamos lá?
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Principais órteses para coluna cervical (Tipos de colares para a região cervical)
Órteses Halo (Halo vest) (Colete Halo – total imobilização da coluna cervical)
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As órteses para o tronco e pescoço (coluna vertebral) são ainda muito utilizadas no manejo de
fraturas, traumas, dores agudas e crônicas nos serviços de saúde ao redor do mundo. Apesar
de algumas órteses não apresentarem resultados satisfatórios, principalmente porque
promovem desconforto e diminuem a autoestima dos pacientes, em muitos casos seu uso é de
extrema importância.
Podemos concluir que a fisioterapia é um tratamento de grande relevância no manejo das
deformidades da coluna, como nas escolioses e cifoses, e no tratamento de dores agudas e
crônicas da cervical. Portanto, esse é um assunto muito importante na formação profissional do
fisioterapeuta, participativo na recuperação dessas pessoas.
 PODCAST
CONCLUSÃO
Para encerrar, o especialista Pedro Pena falará sobre a fisioterapia em pacientes com órteses
em tronco e pescoço. Confira!
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ALI, A.; FONTANARI, V.; FONTANA, M.; SCHMÖLZ, W. Spinal Deformities and
Advancement in Corrective Orthoses. Bioengineering, v. 8, n. 1, 2021.
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Treatment Effectiveness. The Open Orthopaedics Journal, v. 11, n. 1, p. 1521–1547, 2018.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia para prescrição, concessão, adaptação e
manutenção de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção. Brasília, DF: Ministério
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EXPLORE+
Já existem órteses para coluna vertebral em formato de exoesqueletos. É a robótica
auxiliando o manejo de fraturas vertebrais para uma recuperação mais rápida,
consequentemente melhorando a qualidade de vida! Leia a notícia Exoesqueleto
robótico muda tratamento de deformidades da coluna, no Diário da Saúde, e saiba
mais!
CONTEUDISTA
Pedro Pena

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