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AUDITORIA DA QUALIDADE (1)

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AUDITORIA DA 
QUALIDADE
Professora Me. Crislaine Rodrigues Galan
GRADUAÇÃO
Unicesumar
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; GALAN, Crislaine Rodrigues. 
 
 Auditoria da Qualidade. Crislaine Rodrigues Galan. 
 Reimpressão - 2018
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
 155 p.
“Graduação - EaD”.
 
 1. Auditoria. 2. Qualidade. 3. Gestão. 4. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-459-0728-2
CDD - 22 ed. 350
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por:
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Direção Operacional de Ensino
Kátia Coelho
Direção de Planejamento de Ensino
Fabrício Lazilha
Direção de Operações
Chrystiano Mincoff
Direção de Mercado
Hilton Pereira
Direção de Polos Próprios
James Prestes
Direção de Desenvolvimento
Dayane Almeida 
Direção de Relacionamento
Alessandra Baron
Head de Produção de Conteúdos
Rodolfo Encinas de Encarnação Pinelli
Gerência de Produção de Conteúdos
Gabriel Araújo
Supervisão do Núcleo de Produção de 
Materiais
Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais
Daniel F. Hey
Coordenador de Conteúdo
Aliciane Kolm
Designer Educacional
Isabela Agulhon
Amanda Peçanha dos Santos
Iconografia
Isabela Soares Silva
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Arte Capa
Arthur Cantareli Silva
Editoração
Luís Ricardo Almeida Prado de Oliveira
Qualidade Textual
Hellyery Agda
Meyre Barbosa da Silva
Ilustração
Marta Kakitani
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um 
grande desafio para todos os cidadãos. A busca 
por tecnologia, informação, conhecimento de 
qualidade, novas habilidades para liderança e so-
lução de problemas com eficiência tornou-se uma 
questão de sobrevivência no mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsabilida-
de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos-
sos farão grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar 
assume o compromisso de democratizar o conhe-
cimento por meio de alta tecnologia e contribuir 
para o futuro dos brasileiros.
No cumprimento de sua missão – “promover a 
educação de qualidade nas diferentes áreas do 
conhecimento, formando profissionais cidadãos 
que contribuam para o desenvolvimento de uma 
sociedade justa e solidária” –, o Centro Universi-
tário Cesumar busca a integração do ensino-pes-
quisa-extensão com as demandas institucionais 
e sociais; a realização de uma prática acadêmica 
que contribua para o desenvolvimento da consci-
ência social e política e, por fim, a democratização 
do conhecimento acadêmico com a articulação e 
a integração com a sociedade.
Diante disso, o Centro Universitário Cesumar al-
meja ser reconhecido como uma instituição uni-
versitária de referência regional e nacional pela 
qualidade e compromisso do corpo docente; 
aquisição de competências institucionais para 
o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con-
solidação da extensão universitária; qualidade 
da oferta dos ensinos presencial e a distância; 
bem-estar e satisfação da comunidade interna; 
qualidade da gestão acadêmica e administrati-
va; compromisso social de inclusão; processos de 
cooperação e parceria com o mundo do trabalho, 
como também pelo compromisso e relaciona-
mento permanente com os egressos, incentivan-
do a educação continuada.
Diretoria Operacional 
de Ensino
Diretoria de 
Planejamento de Ensino
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
profissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de 
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com 
os desafios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica 
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando 
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em 
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal 
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o 
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento 
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou 
seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente Virtual de 
Aprendizagem, interaja nos fóruns e enquetes, assista 
às aulas ao vivo e participe das discussões. Além dis-
so, lembre-se que existe uma equipe de professores 
e tutores que se encontra disponível para sanar suas 
dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendiza-
gem, possibilitando-lhe trilhar com tranquilidade e 
segurança sua trajetória acadêmica.
A
U
TO
R
A
Professora Me. Crislaine Rodrigues Galan
Professora Me. Crislaine Rodrigues Galan, Engenheira de Produção, formada 
na Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão, especialista 
em MBA-Gestão Empresarial pela instituição Unicesumar e Mestre em 
Engenharia Química pela Universidade Estadual de Maringá. Professora 
das disciplinas de Planejamento e Controle da Produção, Planejamento 
Estratégico de Produção e Logística de Produção e Serviços, com mais de 10 
anos de experiência nas áreas de Controle e Gestão da Qualidade, atuando 
como auditora e consultora em empresas nacionais.
Para informações mais detalhadas sobre sua atuação profissional, pesquisas 
e publicações, acesse seu currículo, disponível no endereço a seguir: http://
lattes.cnpq.br/5887445952640656 
SEJA BEM-VINDO(A)!
Prezado(a) aluno(a), é com imenso prazer que elaborei este material para você, o qual 
tem por objetivo ser um instrumento no processo de transferência de conhecimento e 
de aprendizagem. Em um mercado altamente competitivo, a implantação de sistemas 
de gestão da qualidade tem se tornado uma variável estratégica para muitas empresas 
que buscam melhorar seus processos e, consequentemente, satisfazer seus clientes.
No entanto, não basta apenas implantar o sistema de gestão da qualidade, é necessário 
avaliá-lo. Para isso, utilizamos uma preciosa ferramenta, denominada Auditoria da Qua-
lidade, que, além de avaliar o sistema de gestão, identifica oportunidades de melhorias 
para a organização. Assim, conhecer e aprender sobre este assunto é de extrema impor-
tância para você, futuro profissional de Gestão da Qualidade.
Na Unidade I, abordaremos os conceitos relacionados à auditoria, sua classificação e os 
participantes envolvidos. Também discutiremos como deve ser desenvolvido o proces-
so de auditoria da qualidade, bem como suas etapas e atividades.
Na Unidade II, iniciaremos o estudo detalhado do processo de auditoria, descrevendo a 
primeira etapa, que consiste no planejamento da auditoria da qualidade e suas respec-
tivas atividades pré-auditoria.
Na Unidade III, daremos continuidade ao estudo do processo de auditoria, apresentare-
mos a etapa de implementação e suas atividades de execução e avaliação da auditoria. 
Ainda nesta unidade, definiremos o que é não conformidade, identificando seus tipos e 
suas categorias.
Na Unidade IV, trataremos da última etapa do processo de auditoria, em que compreen-
deremos as atividades da etapa deconclusão e encerramento da auditoria da qualida-
de. Além disso, estudaremos sobre as ações corretiva e preventiva e melhoria contínua.
Por fim, na Unidade V, o foco será o perfil do profissional responsável pela auditoria da 
qualidade, em que conheceremos as características e atributos desejáveis para um bom 
auditor da qualidade, bem como os métodos para avaliar se ele está apto a exercer sua 
função.
Dessa forma, caro(a) aluno(a), espero que este livro contribua para seu conhecimento e 
que você possa evoluir tanto no ambiente acadêmico quanto profissional, aplicando na 
prática o que aprendeu na teoria.
 
Ótimos estudos!
APRESENTAÇÃO
AUDITORIA DA QUALIDADE
SUMÁRIO
09
UNIDADE I
AUDITORIA DA QUALIDADE
15 Introdução
16 O Que é Auditoria da Qualidade 
20 Classificação das Auditorias 
24 Auditoria Interna e Externa 
30 Participantes Envolvidos na Auditoria 
33 O Processo de Auditoria 
36 Considerações Finais 
42 Referências 
43 Gabarito 
UNIDADE II
PLANEJAMENTO: ATIVIDADES PRÉ-AUDITORIA
47 Introdução
48 Programação da Auditoria 
52 Início da Auditoria 
55 Principais Elementos Envolvidos na Auditoria 
57 Preparação da Auditoria 
66 Benefícios da Etapa de Planejamento 
67 Considerações Finais 
SUMÁRIO
10
73 Referências 
74 Gabarito 
UNIDADE III
IMPLEMENTAÇÃO: ATIVIDADES DE EXECUÇÃO DA AUDITORIA
77 Introdução
78 Reunião de Abertura 
81 Condução e Avaliação da Auditoria 
86 Não Conformidade 
90 Reunião Com a Equipe Auditora 
91 Reunião de Fechamento 
93 Considerações Finais 
98 Referências 
99 Gabarito 
UNIDADE IV
CONCLUSÃO: ATIVIDADES PÓS-AUDITORIA
103 Introdução
104 Relatório da Auditoria 
107 Conclusões e Encerramento da Auditoria 
109 Ação Corretiva 
SUMÁRIO
11
114 Ação Preventiva 
116 Melhoria Contínua 
121 Considerações Finais 
126 Referências 
128 Gabarito 
UNIDADE V
PERFIL DO AUDITOR
131 Introdução
132 Características do Auditor 
135 Atributos do Auditor 
140 Código de Ética Para Auditores da Qualidade 
143 Avaliação do Auditor 
146 Postura e Táticas do Auditor 
148 Considerações Finais 
153 Referências 
154 Gabarito 
155 CONCLUSÃO 
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Professora Me. Crislaine Rodrigues Galan
AUDITORIA DA 
QUALIDADE
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Conceituar auditoria da qualidade e entender os princípios que a 
norteiam.
 ■ Estudar como são classificadas as auditorias.
 ■ Definir auditoría interna e externa, apresentando suas características.
 ■ Apresentar os participantes envolvidos na auditoria da qualidade, 
identificando suas respectivas responsabilidades.
 ■ Compreender o processo de auditoria, destacando suas etapas.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ O que é Auditoria da Qualidade
 ■ Classificação das Auditorias
 ■ Auditoria Interna e Externa
 ■ Participantes envolvidos na Auditoria 
 ■ O Processo de Auditoria
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), nesta primeira unidade, serão apresentadas questões relacio-
nadas à auditoria da qualidade, em que será exposto o conceito de auditoria, seus 
princípios, sua classificação, os participantes envolvidos e o funcionamento do 
processo de auditoria como um todo.
Definida como um processo sistemático, documentado e independente para 
determinar se as atividades da qualidade e seus resultados estão de acordo com 
as disposições planejadas e se essas foram efetivamente implementadas, a audi-
toria da qualidade tem ganhado muita importância dentro das empresas, pois 
ela é uma das ferramentas mais utilizadas para prover informações confiáveis 
sobre o sistema de gestão e auxiliar o processo de tomada de decisão dos gestores.
Um dos objetivos principais da auditoria da qualidade é verificar a eficácia 
do sistema de gestão, determinando a conformidade ou não conformidade com 
os requisitos especificados. E para que a auditoria cumpra esse objetivo, é neces-
sário que ela seja caracterizada pela confiança em seis princípios.
Em relação à sua classificação, conheceremos as principais formas descritas 
na literatura e veremos que as auditorias podem ser internas, isto é, conduzidas 
pela própria organização ou em seu nome; ou externas, as quais são executadas 
por outra organização interessada ou por terceiros. Independentemente da clas-
sificação, a auditoria sempre envolverá três grupos de participantes. 
Como todo processo básico, a auditoria da qualidade é constituída por eta-
pas bem definidas, as quais possuem uma sequência lógica de atividades que 
devem estar coerentes com as diretrizes propostas pela norma ISO 19011: 2012.
Então, a partir de agora, você estudará esse assunto que é tão importante 
para os profissionais que atuam na área da gestão da qualidade.
Preparado? Então, vamos lá!
Introdução
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AUDITORIA DA QUALIDADE
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E16
O QUE É AUDITORIA DA QUALIDADE
Caro(a) aluno(a), a concorrência nos mercados, aliada a consumidores mais exi-
gentes, faz com que a maioria das empresas de diferentes processos de produção 
busquem oferecer produtos e serviços de alta qualidade, visando a atender as 
necessidades de seus clientes. Devido a este fato, muitas dessas empresas estão 
implementando sistemas de gestão da qualidade a fim de melhorar seus proces-
sos e, consequentemente, satisfazer seus clientes.
Não basta, porém, apenas implementar um sistema de gestão da quali-
dade, é necessário avaliar sua eficácia. Para isso, podemos utilizar a auditoria 
da qualidade, que além de avaliar o sistema de gestão, identifica oportunida-
des de melhorias.
De acordo com a ISO 19011:2012, auditoria é definida como “processo siste-
mático, documentado e independente para obter evidência de auditoria e avaliá-la, 
objetivamente, para determinar a extensão em que os critérios de auditorias são 
atendidos”. Neste sentido, Cerqueira e Martins (2004) destaca e explica as pala-
vras-chave dessa definição como sendo:
O Que é Auditoria da Qualidade
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17
 ■ Processo sistemático: significa que o processo de auditoria dos sistemas 
de gestão deve ser planejado e sistematizado e que as auditorias precisam 
ser realizadas periodicamente para avaliar a adequação e a conformidade 
do sistema de gestão implementado;
 ■ Processo documentado: aponta que a atividade de auditoria necessita ser 
padronizada por meio de procedimentos específicos e que seus resultados 
devem ser documentados para assegurar a manutenção das evidências 
objetivas levantadas;
 ■ Processo independente: significa que a auditoria deve ser realizada por 
pessoas independentes das áreas auditadas, objetivando garantir impar-
cialidade nos julgamentos das evidências encontradas;
 ■ Critério de auditoria: conjunto de políticas, procedimentos ou requisi-
tos, cuja auditoria compara aquilo que está implementado nos sistemas 
de gestão com os critérios definidos em normas, procedimentos internos 
ou qualquer outro requisito que seja considerado aplicável aos sistemas 
que estão sendo auditados;
 ■ Evidências da auditoria: registros, apresentação de fatos ou outras infor-
mações que possam ser verificadas e pertinentes aos critérios de auditoria. 
As evidências da auditoria podem ser qualitativas ou quantitativas;
 ■ Constatações da auditoria: são os resultados da avaliação da evidência 
da auditoria comparada aos critérios da auditoria.
Definido o conceito de auditoria, fica fácil entendermos o que é auditoria da 
qualidade. Ramos (1991, p. 88) a descreve como:
Uma avaliação planejada, programada e documentada, executada por 
pessoal independente da área auditada, a fim de verificar a eficácia do 
sistema de qualidadeimplantado, através da constatação de evidências 
objetivas e da identificação de não-conformidades, servindo como me-
canismo de realimentação e aperfeiçoamento do sistema da qualidade.
Já Bombana (2010) define auditoria da qualidade como um exame formal e docu-
mentado, realizado por pessoal habilitado, que não seja responsável diretamente 
pelas matérias objeto da auditoria e tão pouco fazem parte da área auditada. As 
informações coletadas durante esta avaliação devem ser baseadas em evidên-
cias objetivas, de maneira a contribuir para verificação de eficácia do sistema da 
qualidade da empresa.
AUDITORIA DA QUALIDADE
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E18
Considerada como uma ferramenta para melhoria do sistema de gestão da 
qualidade, a auditoria da qualidade, segundo Araújo ([2017], on-line)1 apresenta 
os seguintes objetivos:
 ■ Verificação da eficácia e melhoria do sistema de gestão da qualidade;
 ■ Determinação da conformidade ou não conformidade com os requisi-
tos especificados;
 ■ Identificação do potencial de melhoria no que se refere ao sistema da 
qualidade;
 ■ Atendimento dos requisitos regulamentares;
 ■ Certificação do sistema da qualidade.
De maneira geral, podemos dizer que a auditoria da qualidade objetiva pro-
ver informações para que a direção da organização e seus gestores analisem 
a implementação do sistema de gestão da qualidade como um todo. E para 
que a auditoria cumpra esse objetivo com eficiência, é necessário que ela 
seja caracterizada pela confiança em alguns princípios, os quais serão dis-
cutidos a seguir.
PRINCÍPIOS DE AUDITORIA
A norma ISO 19011:2012 descreve seis princípios de auditoria, destacando que a 
aderência a esses é um pré-requisito para se fornecerem conclusões de auditoria 
que sejam pertinentes e suficientes, e para permitir que auditores que trabalhem 
independentemente entre si cheguem a conclusões semelhantes em circunstân-
cias também semelhantes. Os seis princípios descritos pela norma são:
a. Integridade: O fundamento do profissionalismo.
Convém que os auditores e a pessoa que gerencia um programa de audito-
ria realizem o seu trabalho com honestidade, diligência e responsabilidade; 
observem e estejam em conformidade com quaisquer requisitos legais 
aplicáveis; demonstrem sua competência enquanto realizam o seu traba-
lho; desempenhem o seu trabalho de forma imparcial, isto é, mantendo-se 
O Que é Auditoria da Qualidade
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justos e sem tendenciosidade em todas as situações; estejam sensíveis a 
quaisquer influências que possam ser exercidas sobre seu julgamento, 
enquanto estejam realizando uma auditoria;
b. Apresentação justa: A obrigação de reportar com veracidade e exatidão.
Convém que as constatações de auditoria, conclusões de auditoria e rela-
tórios de auditoria reflitam com veracidade e precisão as atividades de 
auditoria; que os problemas significativos encontrados durante a audito-
ria e não resolvidos por divergência de opiniões entre a equipe de auditoria 
e o auditado sejam relatados; que a comunicação seja verdadeira, precisa, 
objetiva, em tempo hábil, clara e completa;
c. Devido cuidado profissional: A aplicação de diligência e julgamento na 
auditoria.
Convém que os auditores exerçam o devido cuidado de acordo com a 
importância da tarefa que eles executam e a confiança neles depositada pelo 
cliente de auditoria e por outras partes interessadas. Um fator importante na 
realização do seu trabalho com o devido cuidado profissional é ter a capaci-
dade de fazer julgamentos ponderados em todas as situações de auditoria;
d. Confidencialidade: Segurança da informação.
Convém que os auditores tenham discrição no uso e proteção das informa-
ções obtidas no curso das suas obrigações; que as informações de auditoria 
não sejam usadas de forma inapropriada para ganhos pessoais pelo audi-
tor ou pelo cliente de auditoria, ou de maneira prejudicial para o legítimo 
interesse do auditado. Este conceito inclui o manuseio apropriado de infor-
mações confidenciais ou sensíveis;
e. Independência: A base para imparcialidade de auditoria e objetividade 
das conclusões de auditoria.
Convém que os auditores sejam independentes da atividade que está sendo 
auditada, quando for possível, e que ajam em todas as situações de tal 
modo que estejam livres de tendenciosidade e conflitos de interesse. Para 
auditorias internas, é necessário que os auditores sejam independentes das 
operações gerenciais da função que está sendo auditada, e que os auditores 
mantenham objetividade ao longo de todo o processo para assegurar que 
as conclusões e constatações de auditoria estejam baseadas somente nas 
evidências de auditoria. Para pequenas organizações, pode não ser pos-
sível que os auditores internos tenham total independência da atividade 
que está sendo auditada, porém, convém que seja feito todo o esforço para 
remover a tendenciosidade e encorajar a objetividade;
AUDITORIA DA QUALIDADE
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E20
f. Abordagem baseada em evidência: O método racional para alcançar 
conclusões de auditoria confiáveis e reproduzíveis em um processo sis-
temático de auditoria.
Convém que a evidência de auditoria seja verificável. Ela, geralmente, 
é baseada em amostras das informações disponíveis, uma vez que uma 
auditoria é realizada durante um período de tempo finito e com recur-
sos limitados. O uso apropriado de amostras deve ser aplicado, uma vez 
que esta situação está intimamente relacionada à confiança que pode ser 
depositada nas conclusões de auditoria.
É importante destacar que todos esses princípios fazem da auditoria uma ferra-
menta eficaz e confiável em apoio a políticas de gestão e controles, fornecendo 
informações sobre as quais uma organização pode agir para melhorar seu 
desempenho.
CLASSIFICAÇÃO DAS AUDITORIAS
Existem, na literatura, diferentes maneiras de como as auditorias podem ser clas-
sificadas. Segundo Cerqueira e Martins (2004) e Ramos (1991), as auditorias 
podem ser classificadas quanto: ao Objeto ou Escopo, às Partes Interessadas, ao 
Objetivo da Auditoria e à Frequência. Para melhor compreensão, explicaremos 
detalhadamente cada item desta classificação, de acordo com os autores citados.
Classificação das Auditorias
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QUANTO AO OBJETO OU ESCOPO
Quanto ao objeto ou escopo, as auditorias podem ser:
 ■ Auditorias de Sistema: é uma auditoria abrangente, que busca avaliar 
a conformidade do sistema de gestão da qualidade com os padrões de 
referência adotados. Estas auditorias podem ser realizadas em todo o sis-
tema (total) ou em elementos do sistema (parcial). Para Campos (2004, 
p. 130), “a auditoria de sistema é conduzida para verificar se a política da 
qualidade e o sistema de qualidade estão perfeitamente compreendidos”.
 ■ Auditorias de Processo: é uma auditoria específica, sendo aplicada a um 
processo particular, em que são examinados todos os elementos do pro-
cesso e os elementos do sistema que se relacionam com ele para avaliar sua 
aplicação contra padrões e especificações estabelecidas para o processo.
A auditoria de processo é conduzida para verificar: a) se todos os pro-
cessos estão seguindo padrões preestabelecidos. b) se os operadores 
estão seguindo os procedimentos operacionais padrão. c) se os padrões 
técnicos estão atualizados e disponíveis na área de trabalho. d) se todos 
os operadores estão adequadamente educados e treinados. e) se todos 
os equipamentos, ferramentas e instrumentos de medida estão calibra-
dos, identificados e com boa manutenção (CAMPOS, 2004, p.131).
 ■ Auditorias de Produto: é uma auditoria direcionadaà adequação ao uso 
de um produto particular. De forma geral, ela busca aferir a conformi-
dade do produto auditado com os requisitos do sistema de gestão que 
lhe são aplicáveis.
QUANTO ÀS PARTES INTERESSADAS
Quanto às partes interessadas, as auditorias podem ser:
 ■ Auditoria de 1ª Parte (Auditoria Interna): realizada por auditor interno 
ou contratado, busca avaliar o sistema de gestão da qualidade da própria 
organização que tem interesse no resultado;
AUDITORIA DA QUALIDADE
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E22
 ■ Auditoria de 2ª Parte (Auditoria Externa): realizada pelo cliente, ou por 
outras pessoas, em seu nome, na organização fornecedora de produtos 
(bens ou serviços), visando a qualificá-la ou aprová-la para situações con-
tratuais ou pré-contratuais;
 ■ Auditoria de 3ª Parte (Auditoria Externa-Independente): realizada por 
organismo independente, objetiva certificar o sistema de gestão da qua-
lidade por interesse tanto da 2ª Parte quanto da 1ª Parte.
A Figura 1 mostra a relação entre essas três partes interessadas.
Figura 1 - Relação entre as três partes interessadas na auditoria.
Fonte: Cerqueira e Martins (2004).
ORGÃO CERTIFICADOR
FORNECEDOR
1ª Parte
Tem necessidades e
interesses
2ª Parte
Tem necessidades e
expectativas
3ª Parte CLIENTE
Certi�cado de
Conformidade Audita e certi�ca a 
adequação e a 
conformidade do 
Sistema do Fornecedor
Classificação das Auditorias
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QUANTO AO OBJETIVO DA AUDITORIA
A realização de uma auditoria pode ter vários objetivos, tais como:
 ■ Certificação: objetiva a certificação do sistema de gestão da qualidade de 
uma empresa por um órgão de 3ª parte;
 ■ Supervisão ou Manutenção: como o próprio nome evidencia, serve para a 
manutenção e o acompanhamento de uma certificação realizada por um 
órgão de 3ª parte ou de uma qualificação de um fornecedor por cliente 
(2ª parte) ou qualquer outra parte interessada;
 ■ Prêmio: visa analisar se a organização atende aos critérios estabelecidos 
por um determinado prêmio, como o Prêmio Nacional de Qualidade;
 ■ Gestão: verifica a efetividade de um sistema de gestão da qualidade;
 ■ Garantia da Qualidade: verifica a efetividade de um sistema de gestão da 
qualidade frente aos requisitos especificados pelos clientes;
 ■ Credenciamento: objetiva ao credenciamento da empresa por uma enti-
dade, por exemplo, o INMETRO.
QUANTO À FREQUÊNCIA
Quanto a sua frequência, as auditorias podem ser:
 ■ Auditoria Programada: é a auditoria planejada, de rotina, cuja execução 
está prevista no programa de auditorias;
 ■ Auditoria Não Programada: é realizada quando existe evidência de pro-
blemas ou de deterioração do nível da qualidade.
Dentre as várias formas de classificação apresentadas, estudaremos um pouco 
mais sobre a auditoria interna e externa, devido à abrangência e importância 
deste assunto.
AUDITORIA DA QUALIDADE
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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AUDITORIA INTERNA E EXTERNA
Como podemos verificar, a auditoria da qualidade é um processo que busca 
evidências para determinar a conformidade dos requisitos associados aos 
sistemas de gestão da qualidade de uma organização, ou a seus processos e 
produtos, podendo essa ser interna ou externa.
AUDITORIA INTERNA
A auditoria interna tem como principal objetivo verificar o grau de conformi-
dade e manutenção do sistema de gestão da qualidade e é realizada pela própria 
empresa. De acordo com a ISO 19011:2012:
Auditorias internas, algumas vezes chamadas de auditorias de primeira 
parte, são conduzidas pela própria organização, ou em seu nome, para 
análise crítica pela direção e outros propósitos internos (por exemplo, 
para confirmar a eficácia do sistema de gestão ou para obter informa-
ções para a melhoria do sistema de gestão). Auditorias internas podem 
formar a base para uma autodeclaração de conformidade da organi-
zação. Em muitos casos, particularmente em pequenas organizações, 
a independência pode ser demonstrada por meio da isenção de res-
ponsabilidade pela atividade que está sendo auditada, ou isenção de 
tendências e conflito de interesse por parte do auditor.
Auditoria Interna e Externa
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A condução de auditorias internas de qualidade é um requisito exigido pelas 
normas e regulamentos que tratam da implantação e manutenção de sistemas 
de gestão da qualidade, sendo a mais conhecida, a norma NBR ISO 9001.
Desde a primeira versão da ISO 9001, em 1987, já eram requisitadas audito-
rias internas periódicas, com o objetivo de avaliação de desempenho quanto ao 
sistema de gestão da qualidade. A última versão revisada da ISO 9001 foi realizada 
recentemente, em 2015, sendo estabelecidos, na seção 9, os requisitos relaciona-
dos a esse assunto, a qual determina que a organização deve conduzir auditorias 
internas a intervalos planejados para prover informação sobre o sistema de ges-
tão da qualidade, se está conforme os requisitos da própria organização para o 
seu sistema de gestão da qualidade e com os requisitos da norma, além de verifi-
car se o sistema de gestão da qualidade está implementado e mantido eficazmente.
A norma ISO 9001:2015 também determina que a organização deve:
a. Planejar, estabelecer, implementar e manter um programa de audito-
ria, incluindo frequência, métodos, responsabilidades, requisitos para 
planejar e para relatar, o que deve levar em consideração a importân-
cia dos processos concernentes, mudanças que afetam a organização 
e os resultados de auditorias anteriores;
b. Definir os critérios de auditoria e o escopo para cada auditoria;
c. Selecionar auditores e conduzir auditorias para assegurar a objetivi-
dade e a imparcialidade do processo de auditoria;
d. Assegurar que os resultados das auditorias sejam relatados à gerên-
cia pertinente;
e. Executar a correção e ações corretivas apropriadas sem demora 
indevida;
f. Reter informação documentada como evidência da implementação 
do programa de auditoria e dos resultados de auditoria.
Na auditoria interna, buscamos organizar e limpar nossa casa para receber-
mos as visitas.
 (Denise Robitaille e Ray Tricker)
AUDITORIA DA QUALIDADE
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E26
Para Mello et al (2002), as auditorias internas devem ser realizadas, de preferência, 
antes das auditorias externas de certificação ou manutenção, a fim de identificar 
previamente se os sistemas de gestão da qualidade está de acordo com a dispo-
sição planejada. Quanto à programação da realização das auditorias internas, 
Bombana (2010) descreve que elas podem ser divididas em:
 ■ Inicial: é a primeira auditoria interna realizada a fim de avaliar o sistema, 
o processo, o produto ou o serviço.
 ■ Acompanhamento: também chamada de auditoria de follow-up, é reali-
zada com a finalidade de acompanhar as ações tomadas para eliminar as 
pendências oriundas de auditorias anteriores.
 ■ Periódica: conhecida como auditoria de manutenção, é realizada para ava-
liar o sistema, o processo, o produto ou o serviço, após a auditoria inicial.
De uma forma geral, podemos dizer que a auditoria interna é uma autoavaliação 
do sistema de gestão da qualidade, a qual deve prover subsídios para que a dire-
ção da organização e seus gestores analisem criticamente a implementação do 
sistema de gestão como um todo, além de ser uma ferramenta muito importante 
para a melhoria contínua e propiciar a tomada de ações corretivas e preventivas 
(CERQUEIRA; MARTINS, 2004).
AUDITORIA EXTERNA
A auditoria externa busca avaliar o sistema de gestão da qualidade de uma 
organização, sendo executadapor outra organização interessada ou por ter-
ceiros. Segundo a ISO 19011:2012, as auditorias externas incluem auditorias 
de segunda e terceira partes, em que:
Auditorias de segunda parte são realizadas por partes que têm interesse 
na organização, como clientes, ou por outras pessoas em seu nome. Au-
ditorias de terceira parte são realizadas por organizações de auditoria 
independentes, como organismos de regulamentação ou organismos 
de certificação.
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Quanto à programação da realização das auditorias externas, Bombana (2010) 
descreve que elas podem ser divididas em:
 ■ Avaliação: tem a finalidade de avaliar um produto, um serviço, um processo 
ou um sistema de uma organização, em comparação com uma documen-
tação pré-estabelecida. Normalmente implica em um credenciamento, 
uma qualificação ou uma certificação por um período determinado.
 ■ Reavaliação: busca reavaliar um produto, um serviço, um processo ou 
um sistema de uma organização, depois de expirado o prazo do creden-
ciamento, qualificação ou certificação.
 ■ Periódica: também chamada de manutenção, visa verificar se um produto, 
um serviço, um processo ou um sistema de uma organização continua 
atendendo aos requisitos pré-estabelecidos e verificados em auditorias 
anteriores.
 ■ Acompanhamento: conhecida como auditoria de follow-up, é realizada 
com a finalidade de acompanhar as ações tomadas para eliminar as pen-
dências oriundas de auditorias anteriores.
Como percebemos, uma das finalidades da auditoria externa é obter a certifica-
ção do sistema de gestão da qualidade, como a certificação ISO 9001. Por isso, 
apresentaremos a seguir, um tópico relacionado à certificação.
Certificação
A certificação do sistema de gestão da qualidade deve ser considerada uma deci-
são empresarial. Muitas vezes, uma empresa procura a certificação da qualidade 
apenas a fim de atender alguma exigência para atuar no mercado. Embora esse 
motivo seja importante, a razão principal pela busca da certificação é a melhoria 
dos sistemas, dos procedimentos e das operações da empresa, visando à satis-
fação dos clientes.
As empresas que objetivam a certificação ISO 9001, por exemplo, segundo 
Templum (2016,on-line)2 devem seguir sete passos:
AUDITORIA DA QUALIDADE
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rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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 ■ Passo 1: Definir o método de implementação adequado para a empresa
Na maioria das vezes, as empresas que buscam implementar a ISO 9001 
contratam consultorias especializadas, pois, além de terem um vasto 
conhecimento sobre o assunto, essas auxiliam o empresário a criar a cul-
tura da qualidade, mantendo o foco na geração de resultados durante a 
implementação. Existem, todavia, organizações que implementam seus 
sistemas de gestão da qualidade sozinhas, mesmo que, para isso, acabem 
gastando mais tempo e dinheiro do que o planejado. Assim, é de suma 
importância que a empresa analise os custos e benefícios entre as duas 
opções para que possa tomar a melhor decisão.
 ■ Passo 2: Escolher a equipe de implementação
A equipe de gestão, ou comitê da qualidade, visa a assegurar a imple-
mentação e a manutenção dos processos do Sistema de Gestão. É ela que 
informa o desempenho da implementação e as necessidades de melhoria 
para a direção, além de promover a conscientização sobre os requisitos do 
cliente em toda a organização. Assim, é importante escolher profissionais 
que conheçam a cultura organizacional da empresa, as atividades da orga-
nização, os processos, as técnicas e os métodos de gestão.
 ■ Passo 3: Elaborar o diagnóstico e o planejamento
Neste passo, a empresa deve compreender o que é necessário fazer, desen-
volvendo planos de ação para estar de acordo com os requisitos necessários 
da norma. Além disso, é de extrema importância a elaboração de um 
cronograma detalhado contendo todas as atividades para a obtenção do 
certificado, sendo definidos prazos iniciais para cada etapa, responsáveis, 
verificações, auditorias etc.
 ■ Passo 4: Envolver todos os colaboradores da empresa
Envolver todas as pessoas da organização em prol da certificação ISO 9001 
é uma das principais dificuldades da alta direção. Com isso, é preciso que a 
Diretoria mantenha uma comunicação eficiente com todos os funcionários, 
explicando os benefícios desse processo e deixando bem claro o quanto 
a colaboração de todos é imprescindível para o alcance desse objetivo. 
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 ■ Passo 5: Implementar os requisitos da norma
É quando o sistema de gestão da qualidade da empresa é devidamente 
desenvolvido, ou seja, é elaborada toda a documentação necessária para 
cumprimento dos requisitos da norma ISO 9001, como procedimentos, 
instruções de trabalho etc. Ainda nesta etapa, são realizados os treinamen-
tos dos colaboradores para que eles possam compreender o funcionamento 
do sistema implementado.
 ■ Passo 6: Executar uma auditoria interna
Finalizado o processo de implementação, recomenda-se que a empresa 
realize uma auditoria interna a fim de constatar se o sistema de gestão de 
qualidade está devidamente acordado com a norma ISO 9001. De forma 
geral, essa auditoria interna serve para identificar possíveis erros do 
processo, necessidades de melhoria, ou até mesmo a inclusão de dados 
complementares.
 ■ Passo 7: Contratar a auditoria externa de certificação
O último passo é a contratação de um órgão certificador que realizará 
a auditoria oficial e, caso a empresa seja aprovada, emitirá o certificado 
ISO 9001, o qual tem prazo de validade de 3 anos. Após este período, a 
empresa deverá passar por uma nova auditoria de certificação (recerti-
ficação) para verificar a evolução do Sistema de Gestão da Qualidade e 
quais foram as melhorias realizadas. 
Em geral, a auditoria externa de certificação ISO 9001 acontece em duas eta-
pas. Na primeira etapa, a auditoria pode ser realizada na empresa, ou não, pois 
os documentos podem ser enviados para análise na própria certificadora, sem a 
visita presencial. O objetivo nesta primeira etapa principal é verificar se a empresa 
atende aos requisitos da norma ISO 9001. Estando tudo certo, a empresa passa 
para a segunda etapa, também conhecida como auditoria de conformidade, cujo 
auditor verifica a execução de todos os processos da empresa e a conformidade 
dos produtos e serviços ofertados por meio de observação e entrevistas com os 
responsáveis pelos processos. Se os requisitos estiverem consistentes, o auditor 
recomendará a certificação da empresa. Essa auditoria é presencial, e o resultado 
dela é a emissão, ou não, da recomendação para certificação ou da manutenção 
do certificado (Templum, 2016, on-line)3. 
AUDITORIA DA QUALIDADE
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E30
PARTICIPANTES ENVOLVIDOS NA AUDITORIA
As auditorias da qualidade, interna ou externa, envolvem sempre três grupos 
de participantes: o Auditor, o Cliente e o Auditado. Devido à importância 
desses participantes, estudaremos cada um deles a seguir.
AUDITOR
É aquele que audita, isto é, a pessoa com competência para realizar uma audi-
toria, devendo ter autorização para essa auditoria especificada (CERQUEIRA; 
MARTINS, 2004).
Cada auditoria pode ser executada por um ou mais auditores, e neste caso, o 
condutor dela é chamado de auditor líder. Para Hutchins (1994), o auditor líder 
é a pessoa com autoridade e responsabilidade para planejar e conduzir a audi-
toria, bem como relatar seus resultados. Ele precisa ter preenchido os requisitos 
de certificação de experiência, de treinamento, de testes e de auditorias.
Em suma, podemos dizer que o auditorlíder é a principal pessoa de contato 
Participantes Envolvidos na Auditoria
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da equipe de auditores antes, durante e depois da auditoria, tendo, segundo 
Bombana (2010), as seguintes responsabilidades:
 ■ Ser responsável por todas as fases da auditoria;
 ■ Participar da seleção dos outros membros da equipe auditora;
 ■ Preparar o plano da auditoria;
 ■ Representar a equipe auditora junto à administração do auditado;
 ■ Entregar o relatório da auditoria.
 ■ Já as responsabilidades do auditor, descritas por Cerqueira e Martins 
(2004) são:
 ■ Agir de acordo com os requisitos aplicáveis à auditoria;
 ■ Comunicar e esclarecer os requisitos da auditoria;
 ■ Planejar e realizar suas atribuições de forma eficaz e com competência;
 ■ Documentar suas observações;
 ■ Relatar os resultados da auditoria que lhe competem;
 ■ Verificar a eficácia das ações corretivas executadas como resultado da 
auditoria (quando solicitadas pelo cliente);
 ■ Reter e salvaguardar os documentos relativos à auditoria, entregá-los, 
conforme requerido, garantir que eles permaneçam confidenciais e, tra-
tar informações privilegiadas com discrição;
 ■ Cooperar e apoiar o auditor líder no que for necessário.
AUDITORIA DA QUALIDADE
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E32
CLIENTE
É definido como a organização ou pessoa que solicitou a auditoria. Em uma audito-
ria da qualidade, o cliente pode ser: uma organização querendo auditar a si mesma, 
a fim de ter seu sistema de gestão avaliado e comparado com uma norma; um com-
prador que deseja auditar o sistema de gestão da qualidade de seus fornecedores; 
um órgão regulamentador autorizado a requerer auditorias de produtos, ou uma 
terceira parte encarregada de catalogar entidades credenciadas (Hutchins,1994).
Assim como o auditor, o cliente também apresenta responsabilidades, as 
quais, de acordo com (Cerqueira & Martins, 2004) são:
 ■ Determinar a necessidade e o propósito de uma auditoria e iniciar o 
processo;
 ■ Determinar a organização da equipe auditora e autorizá-la a conduzir o 
processo;
 ■ Definir o escopo geral da auditoria, bem como a norma do sistema de 
qualidade ou o documento que deve ser seguido como padrão;
 ■ Receber o relatório da auditoria e realizar a análise crítica necessária;
 ■ Determinar a ação de acompanhamento que deve ser tomada, informando 
ao auditado a necessidade da realização dessa ação.
AUDITADO
É a organização que está sendo auditada, podendo ser uma divisão ou parte do 
cliente, ou uma organização completamente independente do cliente. De acordo 
com Bombana (2010), as responsabilidades do auditado incluem:
 ■ Informar aos funcionários envolvidos os objetivos e o escopo da auditoria.
 ■ Apontar os membros responsáveis para acompanhar a equipe auditora.
 ■ Prover a equipe auditora de todos os recursos necessários para assegurar 
um processo de auditoria eficaz e eficiente.
O Processo de Auditoria
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 ■ Disponibilizar o acesso às instalações e materiais comprobatórios, con-
forme solicitado pelos auditores.
 ■ Cooperar com os auditores para permitir que os objetivos da auditoria 
sejam atingidos.
 ■ Determinar e iniciar ações corretivas baseadas no relatório da auditoria.
Agora que conhecemos todos os participantes envolvidos na auditoria, vamos 
estudar o processo de auditoria.
O PROCESSO DE AUDITORIA
Como visto, as auditorias da qualidade são realizadas em intervalos periódicos, 
com o objetivo de avaliar se o sistema de gestão da qualidade está conforme os 
requisitos especificados. Para que essas auditorias possam fornecer informações 
confiáveis e atingir o objetivo proposto, é necessário desenvolver um processo 
de auditoria que esteja coerente com a norma ISO 19011:2012, a qual fornece 
diretrizes sobre a gestão de um programa de auditoria sobre o planejamento e a 
realização de uma auditoria de sistema de gestão, bem como sobre a competên-
cia e a avaliação de um auditor e de uma equipe de auditoria.
AUDITORIA DA QUALIDADE
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E34
Bombana (2010) destaca que, como todo processo básico, a auditoria da qua-
lidade consiste em uma sequência lógica de atividades divididas em: atividades 
de pré-auditoria, de execução da auditoria e pós-auditoria, como ilustrado na 
Figura 2. As atividades pré-auditoria, como o próprio nome evidencia, são aque-
las que precedem a condução da auditoria e dizem respeito ao seu planejamento, 
à programação e à preparação. Já as atividades de execução são as da realização 
propriamente dita da auditoria. As atividades pós-auditoria são aquelas realiza-
das posteriormente à execução da auditoria, que visam assegurar a eficácia das 
ações corretivas decorrentes das constatações realizadas.
Figura 2 - Processo de auditoria da qualidade.
Fonte: adaptado de Cerqueira e Martins (2004).
Início
Fim
InícioProgramação da
Auditoria
In
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Preparação da
Auditoria
InícioRelatando a
Auditoria
In
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ad
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Pó
s-
Au
di
to
ria
Conclusão da
Auditoria
Acompanhamento
das ações corretivas
InícioCondução da
Auditoria
• Programa de auditoria
• Início da auditoria
• Relatório da auditoria
• Análise da documentação
• Plano da auditoria
• Agenda da auditoria
• Listas de veri�cação 
• Reunião de abertura
• Condução e avaliação
• Reunião de fechamento
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Para Cerqueira e Martins (2004), as auditorias têm um ciclo de vida formado por 
etapas bem definidas, o qual pode ser entendido como a aplicação de um ciclo 
PDCA Plan , Do , Check , Act, conforme apresentado na Figura 3. 
Figura 3 - PDCA da auditoria.
Fonte: ANVISA ([2017], on-line)4.
Em suma, o processo de auditoria pode variar de organização para organização, 
porém não deve deixar de alcançar o objetivo da auditoria, isto é, realizar ativi-
dades para buscar levantar fatos ou evidências objetivas, que permitam avaliar o 
estado de adequação e conformidade dos sistemas de gestão da qualidade. 
O Ciclo PDCA, também conhecido como Ciclo de Shewhart ou Ciclo de 
Deming, é uma ferramenta de gestão muito utilizada pelas empresas do 
mundo todo. Seu objetivo principal é tornar os processos da gestão de uma 
empresa mais ágeis, claros e objetivos. Para saber mais, acesse o link dispo-
nível em: <http://www.sobreadministracao.com/o-ciclo-pdca-deming-e-a-
-melhoria-continua/>.
Fonte: a autora.
CICLO DE VIDA DA AUDITORIA
Agir corretiva-
mente e Preven-
tivamente no 
Sistema
Fazer Análise
Crítica sobre
o Resultado
da Auditoria
Preparar e 
Planejar a
Auditoria
Conduzir a
Auditoria e
Relatar as
Constatações
A ct
Check
P lan
Do
AUDITORIA DA QUALIDADE
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como você pode observar, após a leitura desta unidade, todo sistema de gestão 
da qualidade precisa ser avaliado a fim de verificar sua adequação e eficácia con-
tra padrões normativos ou outros requisitos aplicáveis, podendo esta avaliação 
ser realizada por meio de uma auditoria da qualidade.
Considerada como uma ferramenta para o aprimoramento e melhoria do sis-
tema de gestão da qualidade, aprendemos que a auditoria da qualidade deve-se 
basear em seis princípios: integridade; apresentação justa; devido cuidado pro-
fissional; confidencialidade; independência e abordagem baseada em evidência.
Verificamosque auditorias podem ser classificadas quanto ao objeto ou 
escopo, às partes interessadas, ao objetivo da auditoria e também quanto a sua 
frequência. No que se refere às partes interessadas, temos a auditoria de 1ª parte, 
também chamada de auditoria interna, a qual merece destaque por ser um requi-
sito exigido pelas normas e regulamentos que tratam da implantação e manutenção 
de sistemas de gestão da qualidade e as auditorias de 2ª e 3ª parte, que são audi-
torias externas executadas por outra organização interessada ou por terceiros.
Você também pode observar que auditorias da qualidade, interna ou externa, 
envolvem sempre três grupos de participantes: o auditor, o cliente e o auditado, 
os quais possuem atribuições e responsabilidades bem definidas no processo de 
auditoria.
Outra questão importante abordada foi o funcionamento do processo de 
auditoria, que consiste em uma sequência lógica de atividades divididas em: 
atividades de pré-auditoria, de execução da auditoria e pós-auditoria, as quais 
devem estar coerentes com as diretrizes propostas pela norma ISO 19011:2012.
Enfim, podemos concluir que auditoria da qualidade é de extrema impor-
tância, pois sem ela, o sistema de gestão da qualidade se degrada e perde sua 
efetividade, tendendo para a desorganização.
37 
1. A auditoria da qualidade tem ganhado muita importância dentro das empre-
sas, sendo considerada uma ferramenta para o aprimoramento e melhoria do 
sistema de gestão da qualidade. Sobre a auditoria da qualidade, descreva seus 
objetivos.
2. A auditoria da qualidade objetiva prover informações para que a direção da or-
ganização e seus gestores analisem a implementação do sistema de gestão da 
qualidade como um todo. E para que a auditoria cumpra esse objetivo com efi-
ciência, é necessário que ela seja caracterizada pela confiança em seis princípios. 
Quais são eles?
3. A auditoria da qualidade é um processo que busca evidências para determinar a 
conformidade dos requisitos associados aos sistemas de gestão da qualidade de 
uma organização, ou a seus processos e produtos, podendo essa auditoria ser in-
terna ou externa. A partir disso, diferencie auditoria interna de auditoria externa.
4. Definida como uma atividade formal e documentada, executada por pessoal ha-
bilitado, a qual fornece subsídios para verificação da eficácia do sistema da quali-
dade da organização, a auditoria da qualidade pode ser classificada de diferentes 
maneiras. Sobre a classificação das auditorias, assinale a alternativa incorreta:
a. As auditorias podem ser classificadas quanto ao objeto ou escopo, às partes 
interessadas, ao objetivo da auditoria e também quanto a sua frequência.
b. Quanto às partes interessadas, as auditorias podem ser: auditoria de 1ª parte, 
auditoria de 2ª parte e auditoria de 3ª parte, sendo a auditoria de 2ª parte 
realizada por organismo independente.
c. Certificação, Prêmio, Supervisão ou Manutenção são objetivos das auditorias.
d. Auditoria de Sistema pode ser definida com uma auditoria abrangente, que 
busca avaliar a conformidade do sistema de gestão da qualidade com os pa-
drões de referência adotados.
e. Uma auditoria não programada é realizada quando existe evidência de pro-
blemas ou de deterioração do nível da qualidade.
5. As auditorias da qualidade envolvem sempre três grupos de participantes: o 
Auditor, o Cliente e o Auditado. Sobre esses participantes, assinale a alternativa 
correta:
a. O auditor é aquele que audita, isto é, a pessoa com competência para realizar 
uma auditoria, não devendo ter autorização para essa auditoria especificada.
b. O auditor líder é a pessoa com autoridade e responsabilidade apenas para 
planejar a auditoria, não sendo responsável por sua condução.
38 
c. O cliente tem como responsabilidade determinar a necessidade e o propósi-
to de uma auditoria, bem como preparar o plano de auditoria.
d. O auditado é a organização que está sendo auditada, podendo ser uma divi-
são ou parte do cliente, ou uma organização completamente independente 
do cliente.
e. Todas as alternativas estão corretas.
39 
QUAL A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA NA GESTÃO DA QUALIDADE?
Implementar um sistema de gestão representa um grande desafio para gestores, geren-
tes e também para os colaboradores de qualquer empresa. Isso porque diversas mudan-
ças ocorrem, tanto na esfera administrativa quanto na parte prática do trabalho.
O desafio, no entanto, não reside apenas na implementação. Conseguir manter as mudan-
ças funcionando perfeitamente ao longo do tempo requer avaliações constantes e um gran-
de esforço de todas as áreas da empresa. As Auditorias Internas não devem ser temidas, pois 
são importantes mecanismos da Gestão da Qualidade.
O que é Auditoria Interna?
Como o próprio nome sugere, uma Auditoria Interna é uma autoavaliação feita pela empre-
sa para assegurar que os parâmetros do sistema de gestão estão sendo seguidos à risca e os 
resultados esperados estão sendo alcançados.Para isso, a execução de todos os processos é 
acompanhada por colaboradores da própria empresa, que possuem como principal função 
assegurar que a prática está de acordo com o planejado. Além disso, ela também auxilia na 
melhoria contínua dos processos.
Como atuam os auditores?
Uma auditoria interna pode atuar nas diversas áreas de uma empresa, como a gestão de 
riscos, controle e governança. Para isso, os auditores elaboram um plano de auditoria, 
pontuando as áreas de atuação e as maneiras como o trabalho será conduzido.
Técnicas como entrevistas com colaboradores, checagem de práticas laborais, acompa-
nhamento de planilhas e relatórios são algumas das maneiras de garantir que os proces-
sos estejam funcionando perfeitamente.
Melhoria contínua
O acompanhamento constante das atividades da empresa demonstra uma série de 
oportunidades. São melhorias que vão desde a concepção de um processo até a sua 
execução. Ou, em alguns casos, ele demonstra o quão distante está a prática da teoria, 
requerendo uma ação imediata dos gestores.
Esta busca não deve ser levada como uma investigação policial, que visa encontrar cul-
pados para punir, mas, sim, como uma ferramenta que aponta possibilidades de melho-
rias constantes nos diferentes setores da empresa.
Por que a Auditoria Interna é tão temida?
Muitas pessoas tremem simplesmente ao ouvir o termo Auditoria Interna. Isso se deve, 
principalmente, à condução de maneira equivocada dos processos em que auditores 
buscam apenas erros e culpados, entrevistando os colaboradores de maneira ríspida e 
incentivando um ambiente negativo na corporação.
40 
Antes de tudo, é importante ressaltar que a auditoria interna é um mecanismo que be-
neficia toda a empresa, inclusive os colaboradores. Isso porque os sistemas de gestão e 
selos de qualidade também prezam pela segurança e qualidade do ambiente de traba-
lho.
Por isso, sempre que realizar uma auditoria interna, explique para os seus colaboradores 
que essa é uma busca por melhorias, como citamos anteriormente. Ao entenderem os 
motivos, eles, certamente, colaborarão de maneira mais assertiva e deixarão de temer 
a técnica.
Outro ponto importante é selecionar bem a equipe de auditores, levando também em 
consideração a capacidade de empatia dos responsáveis por conduzir entrevistas e se 
comunicar com os colaboradores.
ISO 9001
Desde a primeira versão da certificação ISO 9001, na década de 1980, a realização de 
auditorias internas é um requisito para a manutenção do certificado. Isso é um grande 
diferencial do selo, uma vez que a prática garante que as mudanças feitas na implemen-
tação do sistema de gestão funcionam perfeitamente.
Por isso, toda empresa que deseja alcançar a certificação, ou renová-la, deve realizar 
constantemente as auditorias internas. É importante ressaltar que as análises geradas 
devem, necessariamente, gerar correções e/ou ações corretivas, fundamentais para a 
manutenção ou obtenção da certificação.
Fonte: Fatos e Dados ([2017], on-line)5 .
Material ComplementarMATERIAL COMPLEMENTAR
Auditoria da Qualidade
Tim O’hanlon
Editora: Saraiva
Sinopse: O sucesso de uma empresa é a soma de uma série de 
fatores que culminam com a satisfação de todos os que dela 
se bene� ciam. Pensando nisso, e com sua larga experiência 
pro� ssional na área de consultoria, Tim O’Hanlon apresenta 
uma obra completa sobre como deve ser o trabalho de 
auditoria de qualidade dentro de uma organização. Um auditor 
bem preparado, com espírito de liderança e que entenda a 
organização como um sistema são os requisitos básicos para que a auditoria possa atingir o objetivo 
desejado. Com foco nas abordagens usadas nas auditorias de sistema de gestão de qualidade, além 
de fornecer valiosa contribuição para outros tipos de processos de auditorias, “Auditoria da Qualidade” 
mostra o lado moderno da auditoria, agregando valor aos relatórios, o que gera mais credibilidade e 
con� ança ao negócio.
REFERÊNCIAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 9001:2015 - Sistemas de 
Gestão da Qualidade - Requisitos. Rio de Janeiro, ABNT, 2015. 
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 19011:2012 - Diretrizes 
para auditoria de sistemas de gestão. Rio de Janeiro, ABNT, 2012.
CAMPOS, V. F. TQC - Controle da qualidade total (no estilo japonês). Nova Lima-MG: 
INDG Tecnologia e Serviços Ltda, 2004.
CERQUEIRA, J. P.; MARTINS, M. C. Auditorias de sistemas de gestão: ISO 9001, ISO 
14001, OHSAS 18001, ISO/IEC 17025, SA 8000, ISO 19011:2002. Rio de Janeiro: Qua-
litymark, 2004.
HUTCHINS, G. ISO 9000: Um guia completo para o registro, as diretrizes da auditoria 
e a certificação bem sucedida. São Paulo: Makron Books, 1994.
MELLO, C. H. P.; SILVA, C. E. S.; TURRIONI, J. B.; SOUZA, L. G. M. ISO 9001:2000: Siste-
ma de gestão da qualidade para operações de produção e serviços. São Paulo: Atlas, 
2002.
RAMOS, A. W. Auditorias da qualidade. Rio de Janeiro: Produção, voI. 1 , n. 2, 1991, 
p. 87 - 95.
REFERÊNCIAS ON-LINE
1 Em: <http://www.infoescola.com/administracao_/auditoria-da-qualidade/>. Aces-
so em: 26 abri. 2017.
2 Em: <http://certificacaoiso.com.br/passo-a-passo-certificacao-iso-9001/>. Acesso 
em: 26 abr. 2017.
3 Em: <http://certificacaoiso.com.br/passo-a-passo-certificacao-iso-9001/>. Acesso 
em: 26 abr. 2017.
4 Em: <http://docslide.com.br/documents/auditoria-de-qualidade-anvisa.html>. 
Acesso: em 26 de abr. 2017.
5 Em: <http://www.fatosedados.com.br/artigos/qual-importancia-da-auditoria-in-
terna-na-gestao-da-qualidade/>. Acesso: 26 de abr. 2017.
GABARITO
43
1. A auditoria da qualidade apresenta os seguintes objetivos:
• Verificação da eficácia e melhoria do sistema de gestão da qualidade;
• Determinação da conformidade ou não conformidade com os requisitos espe-
cificados;
• Identificação do potencial de melhoria no que se refere ao sistema da qualida-
de;
• Atendimento dos requisitos regulamentares;
• Certificação do sistema da qualidade.
2. Os seis princípios são: Integridade, Apresentação justa, Devido cuidado profis-
sional, Confidencialidade, Independência e Abordagem baseada em evidência.
3. Auditoria interna busca verificar o grau de conformidade e manutenção do sis-
tema de gestão da qualidade, sendo realizada pela própria empresa. Já auditoria 
externa busca avaliar o sistema de gestão da qualidade de uma organização, 
sendo executada por outra organização interessada, ou por terceiros.
4. Alternativa B.
5. Alternativa D.
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E II
Professora Me. Crislaine Rodrigues Galan
PLANEJAMENTO: ATIVIDADES 
PRÉ-AUDITORIA
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Entender os programas específicos de auditorias.
 ■ Descrever todas as atividades realizadas no início da auditoria.
 ■ Conhecer os principais elementos envolvidos na auditoria.
 ■ Compreender as atividades inerentes à preparação da auditoria: 
análise da documentação, plano e agenda de auditoria, método de 
auditoria e lista de verificação.
 ■ Benefícios da etapa de Planejamento.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Programação da Auditoria
 ■ Início da Auditoria
 ■ Principais elementos envolvidos na Auditoria
 ■ Preparação da Auditoria
 ■ Benefícios da etapa de Planejamento
INTRODUÇÃO
Caro (a) aluno (a), nesta unidade, você aprenderá sobre as atividades de 
pré-auditoria, as quais, como o próprio nome evidencia, são atividades que 
precedem a condução da auditoria e dizem respeito ao seu planejamento, à sua 
programação e à sua preparação. É importante destacar que vamos nos ater às 
atividades relacionadas às auditorias interna e externa de 2ª parte, pois, mesmo 
apresentando conceitos similares ao que estudaremos, as de 3ª parte podem 
seguir critérios próprios de cada organismo de certificação.
O planejamento é uma etapa essencial dentro do processo de auditoria 
da qualidade, pois ele representa a forma, métodos, controles e instrumentos 
a serem utilizados durante sua execução, facilitando o alcance dos objetivos 
estabelecidos pelo auditor.
Ao se planejar uma auditoria da qualidade, seja ela interna, seja externa, 
é necessário desenvolver programas de auditoria específicos, os quais devem ser 
elaborados considerando as contingências do sistema de qualidade implantado 
pela organização.
Além do programa de auditoria, conheceremos outras atividades pré-
auditoria que precisam ser realizadas, como: a definição dos objetivos, o escopo 
e os critérios de auditoria; a designação do auditor líder e seleção da equipe 
auditora; a determinação da viabilidade da auditoria e o estabelecimento do 
contato inicial do auditado.Também serão descritos os principais elementos 
envolvidos em uma auditoria da qualidade, pois, por meio desses elementos, 
são extraídas todas as informações coletadas pelo auditor, as quais expressam 
realmente como se encontra o sistema de gestão da qualidade do auditado.
Vamos compreender o que precisa ser feito para prepararmos uma 
auditoria da qualidade, detalhando cada uma das atividades a serem realizadas 
e, por fim, serão destacados os benefícios da etapa de planejamento.
A partir de agora, bons estudos e aproveite todo o conteúdo apresentado.
Introdução
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IIU N I D A D E48
PROGRAMAÇÃO DA AUDITORIA
Considerando a base para os resultados de uma auditoria da qualidade, o pla-
nejamento é a primeira e uma das mais importantes etapas dentro do processo 
de auditoria, impactando o uso efetivo do tempo, o tipo e a qualidade das infor-
mações coletadas, além de assegurar uma avaliação adequada do sistema de 
gestão da qualidade.
O planejamento da auditoria da qualidade tem como finalidade permitir a 
realização de um exame adequado que facilite alcançar os objetivos do auditor, 
além de facilitar o controle sobre o desenvolvimento do trabalho e sobre o tempo 
que se gasta nele. Uma auditoria sem planejamento pode resultar em: esque-
cimento de áreas importantes a serem analisadas; demora na identificação de 
problemas significativos que afetam o objetivo global da avaliação e não ter dis-
ponível a equipe adequada para o trabalho (Portal de Auditoria, [2017],on-line)1.
Podemos dizer que o planejamento busca verificar quais são os objetivos 
que devem ser atingidos pela auditoria e como se deve fazer para alcançá-los, ou 
seja, é durante o planejamento que se realiza a programação da auditoria, defi-
nindo onde se pretende chegar, o que deve ser feito, como e em que sequência 
deve ser realizada a auditoria da qualidade.
Programação da Auditoria
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A ISO 19011:2012, em sua seção 5, recomenda à organização que necessite reali-
zar auditorias, de qualquersistema de gestão, estabeleça um programa contendo 
informações e recursos necessários para organizar e realizar as auditorias de 
forma eficaz e eficiente dentro de um período de tempo específico, incluindo:
 ■ Objetivos para o programa da auditoria;
 ■ Abrangência, número, tipos, duração, localizações, programação de 
auditorias;
 ■ Procedimentos do programa de auditoria;
 ■ Critérios e métodos de auditoria;
 ■ Seleção da equipe auditora;
 ■ Recursos necessários, incluindo viagem e acomodação;
 ■ Processos para tratamento da confidencialidade, segurança da informa-
ção, saúde e outros assuntos similares.
Um programa de auditoria nada mais é que um conjunto de uma ou mais audi-
torias, planejado para um período de tempo determinado e direcionado a um 
propósito específico, o qual deve ser elaborado de forma lógica e objetiva tanto 
para auditorias internas quanto para externas.
A fase mais importante de qualquer exame é a etapa inicial de planejamen-
to. Você concorda com essa afirmação?
(Portal da Auditoria)
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Reprodução proibida. A
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IIU N I D A D E50
PROGRAMA DE AUDITORIAS INTERNAS DA QUALIDADE
Como vimos na unidade I, a norma ISO 9001:2015 determina que as orga-
nizações devem planejar e programar suas auditorias internas, mantendo um 
programa de auditoria que considere as contingências do sistema de gestão da 
qualidade implantado.
Cerqueira e Martins (2004) destaca que, para estabelecer um programa de 
auditoria adequado, é necessário que a organização tenha respostas às seguin-
tes questões:
 ■ A auditoria será por função, por departamento ou por documento aplicável?
 ■ A auditoria será realizada em todo sistema ou em parte dele?
 ■ Que atividades, locais, ou que funções deve-se auditar, tendo em vista 
sua importância e/ou criticidade?
 ■ Com que frequência devem ser realizadas as auditorias internas?
 ■ Quem serão os auditores?
 ■ Como processar as solicitações de ação corretiva, relativas às não con-
formidades encontradas?
 ■ Será necessário realizar auditorias de acompanhamento?
Diante disso, podemos dizer que o programa de auditorias internas precisa con-
siderar a situação e importância dos processos e áreas a serem auditadas, bem 
como os resultados de auditorias anteriores.
Para Mello et al. (2002), as organizações devem planejar um programa de 
auditorias anuais, como o modelo apresentado na Figura 1, que busque defi-
nir os critérios da auditoria (conjunto de políticas, procedimentos ou requisitos 
usados como referência), escopo, frequência e métodos a serem empregados. 
Programação da Auditoria
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Figura 1 - Programa de auditoria interna
Fonte: Mello (2002, p. 170).
Para auxiliar o cumprimento do programa de auditoria interna, é de extrema 
importância que a organização estabeleça e mantenha um procedimento docu-
mentado, contendo todas as atividades para o planejamento e execução das 
auditorias. Segundo Cerqueira e Martins (2004), esse procedimento deve conter:
 ■ A definição do programa de auditoria a ser implementado;
 ■ A descrição das atividades constantes do processo de auditoria interna;
 ■ A maneira adotada para a formação e qualificação dos auditores internos;
 ■ O tratamento a ser dado aos relatórios de auditoria, bem como o processo 
de análise das não conformidades encontradas, a tomada de ações cor-
retivas e as atividades de acompanhamento para verificação das ações 
tomadas;
 ■ A definição clara das responsabilidades pelas diversas atividades.
Logotipo Programa de Auditorias Internas
Programação das Auditorias Internas
JAN. FEV.
Datas
MAR. ABR. MAIO JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ.
Parcial/Completa Requisitos/Setores
3 e 4 de fevereiro Parcial 4 a 6 
23 e 24 de abril Parcial 7 a 8
22 a 24 de setembro
Escopo:
Todas as unidades de negócio da organização.
Critérios:
Requisitos do sistema de gestão da qualidade e da norma NBR ISO 9001:2000.
Emissão: ___ /___ /___ Elaboração: Aprovação:
Equipe Auditoria:
João Carlos (Produção), Wilson (Qualidade), Gualter (Engenharia) e Ana Maria (Vendas).
Completa 4 a 8
PLANEJAMENTO: ATIVIDADES PRÉ-AUDITORIA
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E52
PROGRAMA DE AUDITORIAS EXTERNAS
Além das auditorias internas, o programa de auditorias do sistema de gestão 
da qualidade pode incluir auditorias externas (2ª parte), visando estabelecer o 
controle adequado sobre os fornecedores de bens e serviços, identificados como 
significativos. Esse controle sobre os fornecedores é um requisito da norma ISO 
9001:2015, a qual estabelece em sua seção 8.4 que:
A organização deve aplicar critérios para avaliação, seleção, monitora-
mento de desempenho e reavaliação de provedores externos, baseados 
na sua capacidade de prover processos ou produtos e serviços de acor-
do com requisitos.
Assim, este requisito estabelecido pela norma ISO 9001 pode requerer da organiza-
ção o estabelecimento de um programa de auditorias externas destinado à avaliação 
dos fornecedores.
INÍCIO DA AUDITORIA
A auditoria inicia-se com sua programação, e com ela, é necessária a realização 
de outras atividades, como: a definição dos objetivos, escopo e critérios de audi-
toria; a designação do auditor líder e seleção da equipe auditora; a determinação 
da viabilidade da auditoria e o estabelecimento do contato inicial do auditado.
Início da Auditoria
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A definição dos objetivos é uma atividade que deve ser realizada pelos clien-
tes da auditoria, devendo expressar os reais motivos para a sua realização. Como 
exemplos de objetivos, temos a avaliação da capacidade do sistema de gestão da 
qualidade quanto à sua concordância com requisitos normativos, à avaliação de 
um fornecedor antes de estabelecer uma relação contratual etc.
O cliente também é responsável pela definição do escopo e dos critérios da 
auditoria da qualidade. Para Cerqueira e Martins (2004), o escopo da auditoria 
descreve sua abrangência, como os locais, os processos e as atividades a serem 
auditadas. Já os critérios são usados como referência contra os quais será veri-
ficada a conformidade do sistema de gestão, ou de parte dele, podendo incluir 
procedimentos documentados, leis, regulamentos, requisitos normativos ou 
contratuais.
A designação do auditor líder é efetuada para cada auditoria específica da 
qualidade, devendo ser efetuada por aqueles que gerenciam o programa de audi-
toria da empresa. Já a responsabilidade pela seleção da equipe auditora pode 
ser do cliente ou do auditor líder, os quais devem sempre considerar a compe-
tência dos membros da equipe para alcançar os objetivos da auditoria
Caso toda a competência necessária não seja coberta pelos auditores da 
equipe de auditoria, convém que especialistas com competências indi-
viduais sejam incluídos na equipe. Convém que os especialistas operem 
sob a orientação de um auditor, porém não atuem como auditores (ISO 
19011:2012).
Além disso, é de extrema importância, durante a seleção da equipe auditora, 
assegurar a sua independência em relação às atividades a serem auditadas, evi-
tando, assim, qualquer conflito de interesse.
Muitas vezes a auditoria que consta do programa não tem condições de ser 
realizada, devido a diversos fatores que, em geral, independem da vontade do 
cliente. Sendo assim, é preciso verificar a viabilidade de a auditoria ser realizada 
nas condições propostas, e se for constatado que ela não é viável, é necessário 
que seja indicada uma alternativa ao cliente da auditoria em comum acordo com 
o auditado (CERQUEIRA; MARTINS, 2004).
PLANEJAMENTO: ATIVIDADES PRÉ-AUDITORIA
Reproduçãoproibida. A
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IIU N I D A D E54
Por fim, antes de realizar uma auditoria, é imprescindível o contato inicial 
com o auditado. Segundo a norma ISO 19011:2012, convém que este contato seja 
feito pelo auditor líder de maneira formal ou informal, tendo como propósitos:
 ■ Estabelecer a comunicação com os representantes do auditado;
 ■ Confirmar a autoridade que vai conduzir a auditoria;
 ■ Prover informações sobre os objetivos da auditoria, o escopo, os méto-
dos e a composição da equipe auditora;
 ■ Solicitar acesso a registros e documentos pertinentes para fins de 
planejamento;
 ■ Determinar os requisitos contratuais e legais aplicáveis e outros requisi-
tos pertinentes às atividades e produtos do auditado;
 ■ Confirmar o acordo com o auditado quanto à abrangência da divulgação 
e tratamento das informações confidenciais;
 ■ Fazer arranjos para a auditoria, incluindo a programação de datas.
Principais Elementos Envolvidos na Auditoria
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PRINCIPAIS ELEMENTOS ENVOLVIDOS NA 
AUDITORIA
O conhecimento dos principais elementos envolvidos em uma auditoria da qua-
lidade é indispensável antes da sua realização, pois são eles que serão examinados 
e, por meio deles, serão extraídas todas as informações coletadas pelo auditor. 
Os principais elementos de uma auditoria da qualidade podem ser resumi-
dos em:
 ■ Documentos: são todas as informações necessárias para o trabalhador 
realizar a tarefa dentro de uma estação de trabalho, como dados, especifi-
cações, procedimentos, padrões etc. Sobre este elemento, a ISO 9001:2015 
determina que a organização deve incluir informação documentada, esta-
belecendo requisitos quanto à sua criação, atualização e controle;
 ■ Equipamentos: englobam ferramentas, equipamentos de processo e equi-
pamentos de inspeção, medição e ensaios;
 ■ Itens: incluem os insumos recebidos e os produtos gerados pelo proces-
samento da tarefa;
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IIU N I D A D E56
 ■ Pessoas: compreendem trabalhadores em todos os níveis e seus graus de 
formação e experiência em face das necessidades de qualificação para rea-
lizar as tarefas. Quanto a este elemento, a ISO 9001:2015 apresenta um 
item específico, 7.1.2 Pessoas, o qual determina que a organização deve 
determinar e prover as pessoas necessárias para implementação eficaz do 
seu sistema de gestão da qualidade e para a operação de seus processos.
De acordo com Cerqueira e Martins (2004), para cada elemento podem ser 
determinadas questões específicas que precisam ser respondidas e que auxiliam 
a condução da auditoria contra os critérios estabelecidos. O Quadro 1 apresenta 
algumas questões que podem ser formuladas para cada elemento.
Quadro 1 - Exemplos de questões para cada elemento envolvido na auditoria
Elemento: Documentos do Sistema de Gestão da Qualidade
 ■ Todos os documentos necessários foram elaborados e aprovados? Estão 
disponíveis para uso?
 ■ Os documentos são avaliados periodicamente quanto à sua adequação e 
revisados quando necessário? Estão na última revisão aprovada?
 ■ Estão em condições adequadas de uso? São legíveis? Estão devidamente 
identificados e distribuídos?
 ■ Os documentos de origem externa estão sendo controlados?
Elemento: Equipamentos
 ■ Os equipamentos de inspeção e medição estão em condições adequadas 
de uso? Estão devidamente calibrados e identificados?
 ■ Os equipamentos de processo têm a capacidade requerida? Existem evi-
dências de que são realizadas as manutenções corretivas e preventivas 
adequadas?
Elemento: Itens
 ■ Os itens estão sendo usados corretamente como o especificado?
 ■ Estão em condições adequadas de uso?
 ■ Existem métodos de manuseio adequados?
Preparação da Auditoria
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Elemento: Pessoas
 ■ A pessoa que realiza a tarefa está habilitada? Foi treinada para exercer a 
função designada?
 ■ A pessoa está consciente das consequências do descumprimento dos 
padrões?
 ■ Os níveis de responsabilidade estão definidos?
Fonte: adaptado de Cerqueira e Martins (2004).
Em suma, podemos dizer que esses quatro elementos contribuem para que uma 
auditoria da qualidade seja eficaz, trazendo resultados que expressem realmente 
como se encontra o sistema de gestão da qualidade da organização.
PREPARAÇÃO DA AUDITORIA
Uma vez definidos e conhecidos os objetivos e o escopo da auditoria da quali-
dade, o próximo passo é preparar a auditoria. Para isso, o auditor precisa analisar 
a documentação do sistema de gestão da qualidade do auditado, elaborar um 
plano e agenda de auditoria, adotar um método de auditoria e desenvolver uma 
lista de verificação (Checklist), a qual o norteará durante a execução da auditoria.
Para melhor compreensão desta etapa, vamos detalhar a seguir, cada uma 
dessas atividades.
PLANEJAMENTO: ATIVIDADES PRÉ-AUDITORIA
Reprodução proibida. A
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IIU N I D A D E58
ANÁLISE DA DOCUMENTAÇÃO
Para realizar essa atividade, o auditor líder se reúne com a equipe auditora para 
efetuar uma auditoria de adequação, isto é, analisar criticamente a documentação 
apresentada pelo auditado e decidir se a mesma está de acordo com os critérios 
da auditoria. A documentação deve compreender os documentos e os regis-
tros relacionados ao sistema de gestão da qualidade, bem como os relatórios de 
auditorias anteriores, podendo esta documentação ser analisada tanto na orga-
nização do auditor quanto na do auditado (CERQUEIRA ; MARTINS, 2004).
PLANO DE AUDITORIA
Com base nas informações contidas no programa da auditoria e na documentação 
fornecida pelo o auditado, o auditor líder deve elaborar um plano de auditoria, 
o qual deve considerar o efeito das atividades da auditoria sobre os processos do 
auditado e fornecer a base para um acordo entre o cliente da auditoria, a equipe 
auditora e o auditado, com relação à condução da auditoria.
O plano de auditoria nada mais é do que a descrição de atividades e arranjos 
para uma auditoria, devendo ser flexível para permitir mudanças que possam se 
tornar necessárias na medida em que as atividades da auditoria progridam. De 
acordo com a norma ISO 19011:2012, o plano de auditoria deve incluir:
 ■ Os objetivos e o escopo da auditoria, incluindo identificação das unidades 
organizacionais e funcionais, bem como os processos a serem auditados;
 ■ Os critérios da auditoria e quaisquer documentos de referência;
 ■ As localizações, as datas, os tempos estimados e a duração das ativida-
des da auditoria, compreendendo as reuniões com a direção do auditado;
 ■ Os métodos da auditoria a serem usados, incluindo a abrangência na 
qual a amostragem da auditoria é necessária para obter evidência sufi-
ciente da auditoria;
 ■ As funções e responsabilidades dos membros da equipe auditora e das 
pessoas acompanhantes;
Preparação da Auditoria
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 ■ A alocação de recursos apropriados para as áreas críticas da auditoria;
 ■ Identificação do representante do auditado na auditoria;
 ■ Idioma de trabalho e do relatório da auditoria, se ele for diferente do 
idioma do auditor e/ou auditado;
 ■ Os tópicos do relatório da auditoria;
 ■ Arranjos de logísticas e de comunicação, incluindo preparativos especí-
ficos para os locais a serem auditados;
 ■ Assuntos relacionados à confidencialidade e à segurança da informação;
 ■ Qualquer ação de auditoria de acompanhamento que deva ser programada.
O plano de auditoria da qualidade precisa

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