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Semiologia Ginecológica

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Semiologia Ginecológica
❗Relação de confiança
❗Prevenção de doenças
❗Rotina de coleta de dados
Consulta ginecológica
Anamnese
Identificação
A consulta deve ser direcionada de acordo com a idade da paciente, exemplos:
Infância-puberdade: vulvovaginites
Adolescencia: disturbios menstruais, gestação indesejada e infecções
Adulta: dor pélvica, infertilidade, vulvovaginites, alterações do ciclo, 
enfermidades mamárias…
Senilidade: distopias genitais, incontinência urinária, osteoporose, doenças 
cardiovasculares e neoplasias
Estado Civil: o que conta é a situação conjugal
Profissão: alguns tipos de trabalho põe a mulher em maiores riscos, 
principalmente quando gesta
Naturalidade e procedência: atenção nas doenças de maior prevalência em 
determinadas regiões do país e influências genéticas
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Cor: algumas doenças se relacionam com a etnia da mulher, como a 
Leiomioma uterino, mais comum em mulheres negras
QP
Características, evolução, comportamento…
Orientação sobre métodos anticoncepcionais e atividade sexual
HDA
Aparecimento dos sintomas, evolução clínica, condutas tomadas até o 
momento, dor, corrimentos, prurido, distúrbios sexuais…
Revisão de Sistemas!!!
Antecedentes pessoais
Acomedimentos como enxaqueca pode moficiar condutas ginecológicas
História clínica, cirurgica, tabagismo, etilismo…
Antecedentes familiares
Investigar principalmente cânceres de mama e colo de útero e doenças 
direcionadas para a parte ginecológica
Doenças endócrinas/metabólicas, como DM, tireoide, trombose, menopausa 
precoce, infertilidade…
Histórico de infecções…
Ciclo e antecedentes menstruais
Data da menarca, pubarca, telarca…
Características dos ciclos: duração, fluxo, sintomas, TPM
DUM - Data da última menstruação (sendo na verdade o primeiro dia da última 
menstruação)
Climatério/menopausa: representa a data da última menstruação e tem que 
ficar um ano interio sem menstruar para confirmar a menopausa
Alterações menstruais:
Menorragia: sangramento excessivo e prolongado → volume >80ml
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Hipermenorreia: sangramento intenso (menstrual) → tempo >7 dias
Hipomenorreia: sangramento escasso e de curta duração (menstrual)
Oligomenorreia: ciclos superiores a 35 dias – menstrua menos no ano
Polimenorreia: ciclos curtos com menos de 21 dias – menstrua muitas 
vezes
Metrorragia: sangramento intermenstrual – sangrar no meio do ciclo
Amenorreia: não menstruar
Amenorreia primária: ausência de menarca após os 16 anos. Ex.: 
disgenesia gonadal (síndrome de Turner), endocrinopatias, sinequias 
(muito difícil – mais importante na secundária), Síndrome do Ovário 
Policístico (SOP).
Amenorreia secundária: SOP, gravidez, amenorreia puerperal, 
menopausa, doenças autoimunes, neoplasias, ooferectomia, 
quimioterapia (gera falência ovariana) e outras drogas
Dismenorreia: menstruação dolorosa – cólicas menstruais, dores.
Menopausa: natural ou cirúrgica (retirar o útero, por exemplo).
Antecedentes sexuais
Sexarca - idade da primeira relação
Quantidade de parceiros - importante informação para avaliar a exposição da 
paciente
Libido e orgasmo
Métodos anticoncepcionais em uso
Preveções de DST
Queixas durante a relação, dores e desconfortos
Antecedentes ginecológicos
Corrimento: pesquisar caracterísitcas, como cor, quantidade, odor, prurido
DST´s prévias
Cirurgias ginecológicas, cauterizações
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Estágios de Tanner em adolescentes (não cai na prova)
Antecedentes obstétricos
Número de gestações, abortos (espontâneos ou provocados?), tipo de partos, 
uso de fórceps, tamanho do RN, condições do nascido e do parto, duração da 
amamentação, complicações do puorpério
Medicamentos em uso
Importante saber quais, o por que do uso, qual a dose, há quanto tempo está 
adm, quem prescreveu
Atenção a possíveis interações medicamentosas que podem influenciar o 
aparecimento de sintomas ginecológicos, como sangramentos, amenorreia, 
vulvovaginites e galactorreia, além de possível redução da eficácia dos 
contraceptivos hormonais
Saber se algum medicamento em uso é necessário a suspensão durante a 
gravidez ou tratamento para fertilidade
❗ Sempre em qualquer consulta ginecológica, fazer orientações sexuais, 
métodos anticoncepcionais, doenças, higiene…
Exame Físico
Geral:
Peso, altura, IMC
PA, AC, AR
MMII
Coloração das mucosas, temperatura 
e turgor da pele
Distribuição de pelos, pele e cabelos
❗ Exames complementares
Citopatológico
Colposcopia
Exame à fresco
US
Histeroscopia
Mamografia
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Específicos:
Mamas: 
!!! SEMPRE realizar em todas as consultas
Completa e sistematizada
Inspeção estática: volume, forma e simetria, 
pigmentação areolar, formato do mamilo
Inspeção dinâmica: busca de assimetrias 
(aderências)
Palpação: movimentos circulares, com a 
mão aberta, palpa toda a mama, aperta 
para sentir se há nódulos
Se houver lesão defina forma, limites, 
consistência e mobilidade
Expressão do mamilo: apertar e ver se sai 
leite ou algum liquido (APENAS QUANDO A 
PACIENTE TEM A QUEIXA)
Exame de linfonodos axilares, 
supraclaviculares e paraesternais (aderidos 
e pétreo → neoplasia)
Polimastia: mama acessória (as vezes sem 
aréola, só com uma gordura), pode crescer 
em qualquer lugar da linha mamária e pode 
ser percebido apenas quando a paciente 
amamenta pela primeira vez
Politelia (apenas um mamilo presente)
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❗ Mamas com tamanhos diferentes nem 
sempre é doença, nenhuma mama é 
exatamente do tamanho da outra, 
quando a assimetria se torna 
importante deve-se ter atenção
Mamilos invertidos: são normais e apesar 
da dificuldade é possível amamentar
Mamilos retraidos: NÃO É NORMAL, 
representa um lesão interna que “repuxa” o 
mamilo
Abdome
Inspeção: rede venosa, hérnia umbilical, estrias, linha nigrans e cicatrizes
Ausculta: BCF na gestação
Percussão: tumores e ovários
Palpação: superficiais e profunda, dor, tumorações, ascite, irritações
Exame Pélvico
Genitália Externa (OGE):
Em posição ginecológica e na maca 
litotomia, avaliar:
Vulva e períneo
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Olhar monte de vênus, grandes e 
pequenos lábios, Glândula de 
Bartholin, membrana himenal, 
procidência vaginal anterior e 
posterior, corpo perineal, perda de 
urina (utilizar manobra de valsava 
para ver prolapso retal ou genital)
Na vulva, descrever se há 
condilomas e verrugas (lesões do 
HPV), descrever lesão de líquen 
(cor, cheiro, consistência)
Genitália interna (OGI)
Toque vaginal bimanual, paredes 
vaginais
Colo uterino: observar 
orientação, forma, volume, 
consistência, comprimento, 
sensibilidade, mobilidade, orifício 
externo-puntiforme, entreaberto e 
pérvio
Fundo de saco: observar 
distensibilidade, profundidade, 
sensibilidade, livres ou ocupados
Anexos D e E: palpáveis ou não, 
tamanho e dor
Musculatura pélvica
Toque retal (se necessário e se 
houver suspeita de CA de colo 
de útero) pode ser substituido 
pelo US pélvica (???)
Exame especular
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Colo uterino: especulo de 
colins → ver coloração da 
mucosa, presença de 
ectopia, forma do orifício 
externo e posição da JEC, 
cistos de Naboth
Coleta de material para CP: 
atenção à qualidade do 
material coletado, coletar do 
ecto e endocervical; fixação 
imediata e identificação da 
lâmina
Materiais do CP: escova 
endocervical, espátulas de 
Ayre, fixador, lâminas de 
vidro, especulo
Atrofia: vaginite senil - vagina seca, pele mais fina, dor na relação
Tipos de hímen
Imperfurado, pode formar retenção de sangue, como hematocolpo (na vagina), 
hematométrico (no útero), hematossalpinge (nas tubas), hematoperitônio
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