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90 - APOSTILA - ARTE NO CONTEXTO ESCOLAR (1)

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Prévia do material em texto

Arte no 
Contexto Escolar
Professora Esp. Daislene Rodrighero de Carvalho
Diretor Geral 
Gilmar de Oliveira
Diretor de Ensino e Pós-graduação
Daniel de Lima
Diretor Administrativo 
Eduardo Santini
Coordenador NEAD - Núcleo
de Educação a Distância
Jorge Van Dal
Coordenador do Núcleo de Pesquisa
Victor Biazon
Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Projeto Gráfico e Editoração
André Oliveira Vaz
Revisão Textual
Kauê Berto
Web Designer
Thiago Azenha
UNIFATECIE Unidade 1
Rua Getúlio Vargas, 333,
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 2
Rua Candido Berthier
Fortes, 2177, Centro
Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 3
Rua Pernambuco, 1.169,
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 4
BR-376 , km 102, 
Saída para Nova Londrina
Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
www.fatecie.edu.br
As imagens utilizadas neste 
livro foram obtidas a partir
do site ShutterStock
FICHA CATALOGRÁFICA
FACULDADE DE TECNOLOGIA E 
CIÊNCIAS DO NORTE DO PARANÁ. 
Núcleo de Educação a Distância;
CARVALHO, Daislene Rodrighero de.
Arte no Contexto Escolar.
Daislene. Rodrighero de Carvalho.
Paranavaí - PR.: Fatecie, 2020. 86 p.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária
Zineide Pereira dos Santos.
AUTORA
Professora Esp. Daislene Rodrighero de Carvalho
●	 Licenciatura Plena em Pedagogia (UNIESP-BIRIGUI/ SP.).
●	 Especialista em PSICOPEDAGOGIA Institucional (UNICESUMAR).
●	 Especialista em EaD e as Novas Tecnologias (UNICESUMAR).
●	 Especializanda em Gestão Educacional (UNICESUMAR)
●	 Tutor Educacional (UniFCV).
●	 Link do Currículo na Plataforma Lattes: http://lattes.cnpq.br/7121786122659913
Ampla experiência como educação à distância, voltada para a área das licenciatu-
ras. Atualmente trabalho na UniFCV, como tutora educacional e também conteudista.
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Seja muito bem-vindo(a)!
Prezado(a) aluno(a), se você se interessou pelo assunto desta disciplina, isso já é o 
início de uma grande caminhada que vamos trilhar juntos a partir de agora. Proponho, junto 
com você construir nosso conhecimento sobre a arte no contexto escolar. Além de conhe-
cer sua história nos aprofundaremos em seu vasto conhecimento e assim o desenvolvendo 
juntamente com o mesmo. 
Na unidade I começaremos a nossa jornada estudando a arte e sua história ao 
longo dos anos, trazendo assim a abordagem da arte no período paleolítico superior, no 
Egito, na Grécia Antiga, em Roma, gótica, no renascimento, cada uma abordando sua 
trajetória de como foi desenvolvida.
Já na unidade II vamos ampliar o conhecimento e abordaremos o pressupostos 
históricos sobre a arte e seu ensino no Brasil e no Mundo, abordando o que é a arte e o 
porquê de ensiná-la, como bem aprofundaremos nas leis do PCN e as novas leis da BNCC.
Depois,	nas	unidade	III	e	IV	vamos	tratar	especificamente	de	como	trabalhar	em	
sala de aula com a expressão dramática e musical nos diferentes níveis e modalidades de 
ensino,	assim	como	o	ensino	de	arte	na	construção	do	conhecimento	e	a	especificidade	das	
linguagens teatral, musical e estéticas. 
Aproveito para reforçar o convite a você, para junto conosco percorrer esta jornada 
de conhecimento e multiplicar os conhecimentos sobre tantos assuntos que foram des-
tacados e aprofundados em nosso material. Esperamos contribuir para seu crescimento 
pessoal	e	profissional.
Muito obrigado e bom estudo!
SUMÁRIO
UNIDADE I ...................................................................................................... 6
A Arte e sua História ao Longo dos Anos
UNIDADE II ................................................................................................... 36
Pressupostos Históricos sobre a Arte e seu Ensino no Brasil e no 
Mundo
UNIDADE III .................................................................................................. 51
Expressão Dramática e Musical nos Diferentes Níveis e Modalidades 
de Ensino
UNIDADE IV .................................................................................................. 66
Ensino de Arte na Construção do Conhecimento e a Especificidade 
das Linguagens Teatral, Musical e Estética
6
Plano de Estudo:
- A arte no Período Paleolítico Superior 
- A arte no Egito 
- A arte na Grécia Antiga
- A arte Romana
- A arte Bizantina
- A arte Gótica
- A arte no Renascimento
- A arte Barroca
Objetivos de Aprendizagem:
●	 Conceituar e contextualizar a conexão entre aluno e arte;
●	 Estabelecer a conectividade entre a arte e o aluno.
●	 Compreender a importância do estudo da arte para a formação do professor como 
um agente transformador, valorizando os aspectos sociais, morais, políticos e 
econômicos do educando como um todo.
UNIDADE I
A Arte e sua História ao Longo dos Anos
Professora Especialista Daislene Rodrighero de Carvalho
7UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
INTRODUÇÃO
Seja muito bem-vindo(a)!
Prezado(a) aluno(a), se você se interessou pelo assunto desta disciplina, isso já é 
o início de uma grande jornada que vamos trilhar a partir de agora. Proponho, junto com 
você, construir nosso conhecimento sobre a arte no contexto escolar, ou seja, a arte e sua 
história	na	educação.	Além	de	conhecer	seus	principais	conceitos	e	definições.
Conhecer a história da arte pode ser empolgante, pois permite que você visualize a 
evolução da própria história da humanidade. Na unidade I, vamos abordar de forma ampla 
a arte e sua história ao longo dos anos, através de seu conhecimento, vamos viajar no con-
texto da arte, compreendendo como ela foi construída em diversos períodos. Esta noção é 
necessária para que possamos trabalhar a segunda unidade do livro, que discutirá sobre o 
pressuposto histórico sobre a arte e seu ensino no Brasil e no Mundo.
8UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
1 A ARTE NO PERÍODO PALEOLÍTICO SUPERIOR
Para darmos início em nosso conteúdo, no primeiro tópico vamos abordar a Arte 
no	Período	do	Paleolítico,	ao	qual	se	define	como	o	início	da	arte	(História	da	Arte)	e	suas	
primeiras	produções	artísticas.	A	arte	desse	período	vai	da	Pré-História	à	Idade	da	Pedra	
Lascada,	que	tem	como	surgimento	milhões	de	anos	atrás	e	vem	a	se	estender	até	8.000	
a.C.
Porto (2014) destaca que é no período paleolítico superior onde se tem conheci-
mento	das	primeiras	manifestações	artísticas	da	humanidade,	com	as	pinturas	rupestres	
registradas nas paredes de cavernas, como em Lascaux, na França e em Altamira, na 
Espanha.
Assim podemos dizer que o período Paleolítico é composto por três períodos, sen-
do eles: Idade da Pedra, que segue para o Mesolítico e se estende ao Neolítico (Idade da 
Pedra	Polida)	e,	por	final,	a	Idade	do	gelo,	mais	precisamente	no	Pleistoceno.	
Abordaremos neste contexto como a arte era representada, uma vez que ela é 
considerada a arte mais antiga da humanidade, onde seu povo era descrito como nômades, 
caçadores e coletores. Os registros eram compostos por gravuras nas paredes de caver-
nas, por objetos decorados e esculturas, onde naquela época eles esculpiam em formas 
femininas volumosas (ao qual se descrevia e representava a maneira da fertilidade).Tais 
esculturas eram esculpidas por meio de rochas, ossos e madeiras, porém outros tipos de 
arte foram encontrados, como de forma abstrata, que é representada por meio de riscos e 
linhas emaranhadas.
9UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
É válido ressaltar que a arte paleolítica é apresentada de uma forma simplista e 
natural,	como	é	possível	observar	na	figura	1.	
Figura 1: Desenho de Cavalo na Caverna.
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/drawing-ancient-horse-cave-rock-art-636144962
De acordo com Aguiar (2019), uma curiosidade que se destaca nos trabalhos 
realizados	em	pinturas	e	 também	em	esculturas	é	a	ausência	da	figura	masculina.	Uma	
possibilidade destaca a representação feminina ocorre em decorrência da crença de que 
as pequenas estatuetas femininas consistiam em amuletos relacionados coma ideia da 
fertilidade, fator este considerado imprescindível à sobrevivência do grupo. Neste contexto, 
apresenta-se a vênus de Willendorf:
Figura 2: Vênus de Willendorf. Altura: 11 em. Encontrada na Áustria. Museu de História Natural, Viena. 
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/venus-willendorf-statuette-exact-copy-origi-
nal-791551129
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/drawing-ancient-horse-cave-rock-art-636144962
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/venus-willendorf-statuette-exact-copy-original-791551129
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/venus-willendorf-statuette-exact-copy-original-791551129
10UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
Segundo pesquisadores, os registros da arte do Período Paleolítico não podem ser 
comparados com desenhos de crianças, pois a arte dos Paleólogos é denominada artes 
leves e de registros simplista. 
A arte do período Paleolítico é destacadas em algumas localidades do território 
brasileiro,	no	qual	alguns	sítios	de	arte	rupestre	estão	sendo	localizadas	nas	regiões	do:
●	 Parque Nacional da Serra da Capivara em São Raimundo Nonato (Piauí)
●	 Parque Nacional Sete Cidades (Piauí)
●	 Cariris Velhos (Paraíba)
●	 Lagoa Santa (Minas Gerais)
●	 Rondonópolis (Mato Grosso)
●	 Peruaçu (Minas Gerais)
Em Piauí, na Serra da Capivara, é onde há a maior concentração desses registros 
em grutas. Os desenhos, segundo Behrens (2000), retratam rituais, cenas de lutas, de sexo, 
figuras	de	animais	ou	mesmo	representações	geométricas.	No	entanto,	a	autora	destaca	
que diferentemente do que acontece em outros países, a arte rupestre brasileira não é 
preservada devidamente, “apesar de se tratar de um patrimônio histórico, (ou pré-histórico), 
o descuido, as queimadas e a depredação de turistas e vândalos têm ameaçado essas 
obras de arte de valor inestimáveis” (BEHRENS, 2000, p. 66).
11UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
2 A ARTE NO EGITO
A civilização egípcia traz uma cultura bem complexa e desenvolvida em sua orga-
nização social, a qual é rica	em	manifestações	culturais.	Segundo	Proença	(2003),	um	dos	
aspectos	de	maior	significância	na	cultura	egípcia	é	a	religião.	Porto	(2014,	p.	6)	corrobora	
este apontamento ao indicar que para esta civilização “a arte surgiu a serviço da religião e 
das	crenças	religiosas”.	Tamanha	a	influência	da	religião	que	alguns	estudiosos	afirmam	
que	no	Egito	Antigo	produziu-se	uma	arte	totalmente	dedicada	à	figura	da	morte.
Pode parecer assustador, não é mesmo? Mas não é! Na realidade, isto se deve por 
conta de um aspecto cultural, que será melhor compreendido. Inicialmente, é necessário 
compreender que a religião era o ponto de embasamento de toda a vida egípcia. Duarte 
Júnior (1998) destaca que, além da crença em vários deuses, os egípcios antigos achavam 
que tais deuses podiam intervir na história humana. Também acreditavam em uma vida após 
a morte e que esta vida era até mais importante do que a vivida na terra. Invariavelmente, a 
arte	criada	por	esse	povo	refletia	toda	essa	crença	e	no	desejo	de	uma	vida	após	a	morte.	
Diante destes fatos, a arte egípcia concretizou-se inicialmente nos túmulos. Os tú-
mulos não eram simples abrigos para um corpo sem vida, mas sim deveriam ser réplicas da 
casa onde moravam como visto nas tumbas dos faraós (PROENÇA, 2003). Assim, quando 
os deuses devolvessem a vida para o corpo morto, ele já estaria em paz, em meio a suas 
coisas e particularidades.
12UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
As pessoas comuns não tinham todo esse privilégio, nem em vida tão pouco na 
morte	 (PROENÇA,	2003).	Elas	eram	sepultadas	em	construções	comuns,	chamadas	de	
“mastabas”.	As	mastabas	 eram	 edificações	 para	 abrigar	 os	 corpos	 e	 deram	 origem	 as	
construção das grandes pirâmides construídas posteriormente.
Figura 3: Mastabas Egípcias.
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/view-mastaba-mereruka-saqqara-egypt-1219923421
As pirâmides eram construídas para demarcar o governo dos faraós, no qual eles 
demonstravam seus poderes e governanças por meio de suas grandezas estruturais. Para 
Buoro (2003), as pirâmides representavam a grandiosidade e a imponência do poder políti-
co e também religioso. Ainda de acordo com o autor, a primeira pirâmide a ser construída e 
dar início ao marco representativo dos faraós foi a pirâmide Djoser, que foi construída pelo 
faraó Imhotep. Porém um marco ainda maior foi registrado na região do deserto de Guizé, 
com as belas e famosas pirâmides, como a construção da pirâmide de Quéops, que tem 
cerca de 146 metros de altura.
Buoro (2003) ressalta que este monumento transcreve o domínio que os egípcios 
tinham	com	suas	técnicas	de	construções,	deixando	claro	assim	a	sua	arquitetura. Prova 
disso está na construção de imensas paredes sem nenhum tipo de argamassa, o que res-
salta o domínio da técnica de construção.
Outro ponto diferencial da arte do Egito foi o desenvolvimento de uma escrita de 
grande complexidade, os hieróglifos. Está escrita era considerada sagrada, no qual os 
caracteres eram registrados em papiro e no interior e fachadas dos monumentos, seguin-
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/view-mastaba-mereruka-saqqara-egypt-1219923421
13UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
do uma técnica bastante rigorosa (PORTO, 2014). Há de se destacar também a “Lei da 
Frontalidade”, conforme apontado por Proença (2003), na qual toda imagem de pessoa ou 
divindade que é retratada deveria estar com o tronco sempre de frente. Nesta técnica, a 
demonstração dos personagens com o tronco de frente criava uma combinação de visão 
frontal, o que demonstrava um arranjo combinado de técnicas.
14UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
3 A ARTE NA GRÉCIA ANTIGA
A arte grega retrata toda a história de democracia de seu povo. Para Proença 
(2003), o povo grego não se sujeitava às normas de reis autoritários, assim valorizavam 
muito	as	ações	e	produções	humanas,	pois	para	eles	a	criatura	mais	importante	do	universo	
era	o	homem.	Strickland	e	Boswell	(2014,	p.	20)	destacam:	“a	filosofia	grega	se	resumia	
nas palavras de Protágoras: ‘O homem é a medida de todas as coisas’, o que salienta a 
valorização humana.
Desta forma, a arte na Grécia era denominada livre, uma vez que sua produção cul-
tural permitia que os artistas viessem a criar e explorar a razão e o conhecimento. Isso não 
representa	que	o	ato	religioso	(fé)	não	tinha	importância,	tal	que	ela	ficava	muito	presente	
em suas obras retratadas, principalmente em templos religiosos e arquitetura.
Para	os	gregos	uma	das	suas	principais	manifestações	artísticas	eram	representa-
das pelas esculturas. A partir de grandes blocos de pedra e mármore, as esculturas eram 
esculpidas em forma humana. Assim como suas arquiteturas em que tomavam formas 
através de traçados com linhas retas e são utilizadas até os tempos de hoje para constru-
ções	de	monumentos.
Segundo Deckers (1976, p. 70):
A	escultura	atinge	na	Grécia	um	dos	mais	elevados	padrões	de	harmonia	
plástica. Certamente você já aprendeu que uma das características peculia-
res do povo grego é seu grande apreço pelos valores espirituais unido à justa 
valorização da beleza e vigor físicos. Tais valores cultivados na vida cotidiana 
são o cerne da educação grega e marcam profundamente a sua arte, so-
15UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
bretudo na escultura. Na medida em que as técnicas vão-se aperfeiçoando, 
criam	 um	 tipo	 ideal	 de	 beleza	 humana,	 um	 homem	 de	 proporções	 perfei-
tas.	Este	culto	da	beleza	 ideal	ao	 invés	de	sacrificar	contribui	para	 realçar	
o naturalismo de suas estátuas. Werner Jaeger um grande (senão o maior) 
conhecedor da cultura grega explica: ‘Os artistas gregos logram representar 
o corpo humano, livre e descontraído, fundados, não na imitação de movi-
mentos e atitudes individuais, escolhidas ao acaso, mas sim na intuição das 
leisque governam a estrutura, o equilíbrio e o movimento do corpo’. Assim é 
que, isoladas ou em grupo, as estátuas gregas primam pela harmonia, ritmo, 
movimento, proporção e elegância das formas. (DECKERS, 1976, p. 70).
Os escultores gregos tinham outros propósitos para sua arte. Não tinham a inten-
ção de simplesmente representar o homem real, mas sim o belo. Isto é visto em diversas 
esculturas, onde corpus nús, músculos e jovens eram retratadas.
Figura 4: Escultura clássica Discobolus
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/discobolus-classical-sculpture-411615883
Com o tempo, além do belo, esses artistas também quiseram representar a ideia de 
movimento,	afinal,	o	ser	humano	não	é	estático.	Para	tal,	o	mármore	e	a	pedra	não	se	apre-
sentavam como totalmente adequados, devido o peso e rigidez, sendo que começou-se a 
utilizar o bronze como matéria-prima das obras, devido sua leveza e resistência.
Outro ponto de destaque foi à arquitetura grega, destinava quase que exclusivamente 
à construção de templos religiosos, conforme apontam Calabria e Martins (1997, p. 42):
A arquitetura grega era ligada basicamente aos templos, construídos com pe-
dras sobre uma plataforma de dois ou três degraus com muitas colunas para 
garantir a sustentação do teto. O espaço interno era pequeno, destinado às 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/discobolus-classical-sculpture-411615883
16UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
margens de deuses e sacerdotes. Os cultos eram realizados na parte exter-
na. (CALABRIA; MARTINS, 1997, p. 42).
Figura 6: Vale dos Templos (Valle dei Templi) 
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/valley-temples-valle-dei-templi-temple-1106891756
A arquitetura grega voltou-se em grande atenção à construção de templos mag-
níficos,	 que	 se	 tornaram	 referências	 clássicas	 que	 são	admiradas	 até	 nos	 dias	 de	 hoje	
(PORTO, 2014). Um ponto de realce na arquitetura grega são as colunas, que adornadas 
em	diferentes	formas	são	utilizadas	até	nos	dias	de	hoje,	principalmente	em	igrejas,	salões	
e museus. Calabria e Martins (1997) destacam três estilos distintos: Dórico, Jônico e Corín-
tio, que são vistas na sequência:
Figura 7: colunas antigas de ordo iônico, dórico e coríntiano
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/ancient-columns-ionic-doric-corinthian-ordo-520132585
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/valley-temples-valle-dei-templi-temple-1106891756
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/ancient-columns-ionic-doric-corinthian-ordo-520132585
17UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
As ordens dórica e Jônica buscavam por elementos orgânicos e abstratos para 
ornamentar	as	colunas	e	detalhes	das	construções,	enquanto	que	os	arquitetos	da	ordem	
coríntia utilizam de ornamentos decorativos com inspiração em folhas de acanto e outras 
plantas (MEDEIROS, 2013).
18UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
4 A ARTE ROMANA
A formação cultural romana	tem	grande	influência	da	arte	e	cultura	grega,	por	isso,	
diversos autores, como Almeida (2010), compreendem esse período histórico como cultura 
greco-romana. 
Na arquitetura, Proença (2003) destaca que dois elementos, que antes desconhe-
cidos na Grécia, permitiram aos romanos desenvolver espaços internos amplos, livres de 
colunas. Esses elementos são o arco e a abóboda	das	construções.	“Talvez	a	contribuição	
mais importante de Roma tenha sido nas áreas de arquitetura e engenharia. Os construto-
res romanos não só desenvolveram o arco, a abóboda e o modo, como foram pioneiros no 
uso do concreto” (STRICKLAND; BOSWELL, 2014, p. 25).
Antes da invenção do arco, havia uma limitação de tamanho entre uma coluna e ou-
tra, pois este tamanho não podia ser muito grande, devido à tensão sobre as vigas. Como a 
pedra	era	um	dos	principais	materiais	utilizados	nas	construções,	e	ela	não	suporta	grandes	
tensões,	era	preciso	o	uso	de	muitas	vigas.	A	utilização	do	arco	possibilitou	construir-se	
espaços mais amplos, resolvendo o problema da sobrecarga em vigas e colunas.
19UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
Figura 9: Construção em arco
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/imposing-walls-roman-triumphal-arch-amphithea-
ter-376265683
A arquitetura romana também trouxe destaque na construção de prédios, monu-
mentos, templos, que utilizando dos arcos e abóbadas possibilitava abrigar um grande 
número de pessoas. Como destaque da construção arquiteta romano, tem-se o Coliseu, 
em Roma.
Figura 10: Coliseu Romano
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/colosseum-rome-sunrise-italy-europe-542649196
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/imposing-walls-roman-triumphal-arch-amphitheater-376265683
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/imposing-walls-roman-triumphal-arch-amphitheater-376265683
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/colosseum-rome-sunrise-italy-europe-542649196
20UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
“O	anfiteatro	conhecido	como	Coliseu,	concluído	em	82	d.C.	pelo	 imperador	Do-
miciano,	apresenta-se	como	uma	das	mais	 importantes	construções	 romanas:	ele	podia	
abrigar 40 mil pessoas sentadas e mais 5 mil em pé” (PORTO, 2014). Tal relato representa 
a grandiosidade desta construção romana e a sua imponência.
Outro ponto de destaque da manifestação da arte romanas são as pinturas, que 
segundo	Almeida	(2012),	pode	ser	definida	em	quatro	estilos:
●	 No primeiro estilo as pinturas eram feitas em blocos de gesso, o que dava a 
impressão de uma pintura feita sobre mármore. 
●	 No segundo estilo, os artistas perceberam ser desnecessária a utilização do 
gesso, conseguindo assim, a ilusão de profundidade e de janelas abertas e 
demais saliências da pintura mural.
●	 No	final	do	século	I	a.C.,	deu-se	início	ao	terceiro	estilo,	o	qual	valorizava	os	
pequenos detalhes, mas sem buscar a perfeição ou a realidade. Esse fato deu 
abertura ao quarto estilo.
●	 O quarto estilo da pintura romana voltou-se para a tentativa de representar 
mediante a arte a ideia de perfeição e beleza. Estilo, facilmente percebido nas 
esculturas e na riqueza de detalhes das pinturas.
Proença (2003) destaca que os pintores romanos buscavam misturar realismo e 
imaginação, destacando o uso do colorido, da delicadeza e da precisão nos detalhe, sendo 
que	 suas	 obras	 ocupam	 até	 hoje	 grandes	 espaços	 nas	 construções,	 complementando	
ricamente a arte.
21UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
5 A ARTE BIZANTINA
A	arte	bizantina	tem	seu	berço	em	um	cenário	histórico	de	sucessivas	invasões	e	
guerras. No entanto, segundo Proença (2003), o que acabou sendo denominado de Império 
Bizantino é fruto da divisão do Império Romano do Ocidente e do Império Romano do 
Oriente.	O	Ocidente,	com	a	capital	Roma,	foi	vítima	de	invasões	bárbaras	que	o	fez	cair	
completamente no poder dos invasores. Já o Império do Oriente conseguiu manter sua 
hegemonia política até a Idade Moderna.
Enquanto Roma era devastada por bárbaros e declinava-se em ruínas, Bizâncio 
se tornou uma grande civilização, integrando a arte cristã como as premissas da Grécia, 
pautada na riqueza de cores (STRICKLAND; BOSWELL, 2014). A arte bizantina tinha um 
objetivo: expressar a autoridade absoluta de seu imperador e demonstrar seu poder, luxo 
e riqueza.
Assim, tal como a arte egípcia, a arte bizantina também utilizava os princípios da 
frontalidade. No entanto, os objetivos eram diferentes. Para Proença (2003) a postura rígida 
da	figura	leva	o	observador	a	uma	atitude	de	respeito	e	veneração	pelo	personagem	re-
presentado. Outras regras foram criadas pelos sacerdotes para os artistas. Por exemplo, o 
lugar determinado de cada personagem sagrado na composição do quadro ou tela e como 
deveriam ser os gestos, as roupas e os símbolos destes personagens.
Podemos perceber, com isso, que pouco, ou nenhum espaço havia para a criativi-
dade	nas	representações	artísticas.No	entanto,	o	que	limitava	a	arte	em	seus	temas,	não	
22UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
limitava em suas técnicas. Uma das técnicas mais apreciadas ainda na atualidade tem suas 
origens na arte Bizantina.
“Uma das maiores formas de arte, o mosaico surgiu durante os séculos V e VI em 
Bizâncio” (STRICKLAND; BOSWELL, 2014, p. 33). Os mosaicos e vitrais, com a utilização 
de diversas pedrarias, vidro coloridos em variada escala de cores, estão presentes em 
diversos países e culturas, demonstrando a aprovação e a extensão da cultura bizantina. 
Segundo Calabria e Martins (1997), a palavra “mosaico” tem origem na palavra grega 
mouseion,	a	mesma	que	deu	origem	à	palavra	música,	que	significa	próprio	das	musas.	É	
uma forma de arte decorativa milenar. Na sua elaboração foram utilizados diversos tipos de 
materiais	e	teve	diferentes	aplicações	através	dos	tempos.
Figura 11: Imperador Justiniano
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/ravenna-italy-september-19-2018-byzanti-
ne-1193330338
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/ravenna-italy-september-19-2018-byzantine-1193330338
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/ravenna-italy-september-19-2018-byzantine-1193330338
23UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
6 A ARTE GÓTICA
A	partir	das	transformações	econômicas	provocadas	pelo	comércio,	que	ocorreram	
no início do século XVI, o foco da vida social se transferiu do campo para a cidade. Com isso, 
uma nova arquitetura apareceu nas cidades da Europa, sendo chamada desdenhosamente 
de	gótica.	Segundo	Proença	(2003),	o	 termo	gótico	era	usado,	pois	suas	manifestações	
artísticas tinham uma aparência tão rude que parecia ter sido criada pelos godos: povo 
bárbaro que invadiu o Império Romano. Com o passar do tempo, o termo gótico perdeu seu 
caráter	depreciativo	e	passou	a	fazer	parte	de	um	número	maior	de	edificações	europeias.
Rivalizando	 com	as	 construções	 gloriosas	 da	Grécia	 e	Roma	da	 antiguidade,	 a	
catedral gótica adotou uma ousada tecnologia, onde construtores medievais ergueram 
construções	de	grande	elaboração,	com	interiores	que	atingiam	alturas	sem	precedentes	
no mundo da arquitetura (STRICKLAND; BOSWELL, 2014). Um dos maiores símbolos da 
arquitetura gótica é a Catedral de Notre Dame, na França. A característica mais marcante 
dessa obra, segundo Proença (2003), é a abóboda de nervuras. Ela é muito diferente da 
abóboda de arestas adotada pelo estilo romântico porque deixa à mostra os arcos que for-
mam sua estrutura. A seguir, uma imagem ilustrativa da abóboda de nervuras da Catedral 
de Notre Dame:
24UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/paris-france-october-04-2017-interior-745547653
Strickland e Boswell (2014, p. 36) destacam a importância deste estilo de constru-
ção:
As catedrais góticas eram um símbolo tão importante de orgulho cívico que 
o pior insulto para a cidade era um invasor pôr abaixo a torre da catedral. A 
devoção coletiva por esses prédios era tão intensa que todos os segmentos 
da população participavam da construção. Cavalheiros e damas, em con-
templativo silêncio, trabalhavam lado a lado com açougueiros e pedreiros, 
empurrando	carrinhos	de	mão	cheios	de	pedras.	Edificações	tão	complexas	
levavam literalmente séculos para serem construídas – a Catedral de Colônia 
levou seis séculos – o que explica por que algumas parecem uma miscelânea 
de estilos sucessivos. (STRICKLAND; BOSWELL, 2014, p. 36).
No entanto, a arte gótica não despontou apenas na arquitetura. Nas esculturas tam-
bém deixou suas características marcantes, diferenciando-se novamente do romantismo.
A escultura desse período também estava associada à arquitetura. Segundo Almei-
da (2010) os trabalhos esculturais adornavam e enriqueciam os portais, umbrais e o interior 
de	grandes	construções.	Um	exemplo	destas	esculturas	são	os	trabalhos	de	Chartres,	com	
data do início do período gótico, bem como as imagens da Catedral de Reims, do alto pe-
ríodo gótico, demonstrando a evolução da arte medieval (STRICKLAND; BOSWELL, 2014)
Plasticamente, as estátuas góticas pretendiam demonstrar a impressão de vigor, 
mas que também trouxesse um equilíbrio entre a força e a delicadeza. Outro aspecto 
fundamental das esculturas desse período, conforme destacado por Proença (2003), traz 
a naturalidade como uma das características mais marcantes. Observe a imagem da es-
cultura a seguir, conhecida como Nobre Uta. Com a mão direita, que está apenas sugerida 
pela veste, ela parece aconchegar o rosto na gola de sua capa. “O mais surpreendente 
dessa tendência naturalista é conseguir retratar com perfeição a pose momentânea de uma 
pessoa real” (PROENÇA, 2003, p. 71).
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/paris-france-october-04-2017-interior-745547653
25UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
Figura 12: Nobre Uta
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/watercolor-gothic-sculpture-125094926
https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/watercolor-gothic-sculpture-125094926
26UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
7 A ARTE NO RENASCIMENTO
A Renascença teve início no começo dos anos 1400 em Florença, se estenden-
do à Roma e Veneza e, por volta de 1500, ao restante da Europa, abrangendo diversos 
países como a Alemanha, França, Países Baixos, Espanha e Inglaterra (STRICKLAND; 
BOSWELL, 2014). O termo Renascimento é utilizado para designar um intenso período 
de	produção	científica	e	cultural,	com	o	objetivo,	segundo	Proença	(2003),	de	reviver	os	
ideais da cultura greco-romana, ocorrendo como um movimento intelectual na tentativa 
de resgatar os valores humanos. Esse movimento intelectual, chamado de humanismo, 
pregava em amplo sentido a valorização do homem e da natureza em oposição ao divino 
e sobrenatural.
Porto (2014) destaque que o movimento do Renascimento trouxe um despertar 
de entusiasmo após a inatividade da época Medieval, trazendo diversas possibilidades 
científicas	e	criativas	a	serem	explorados	pelo	homem.
Muitos artistas desta época são conhecidos e apreciados até hoje: Leonardo da 
Vinci (1452-1519), Michelangelo Buonarroti (1475-1564), Rafael Sanzio (1483-1520), San-
dro Botticelli (1444-1510) e diversos outros nomes. Todos eles manifestaram as principais 
características da pintura renascentista: o realismo.
Com	as	inovações	de	técnicas	e	a	descoberta	das	obras	de	artes,	durante	a	renas-
cença foi possível a utilização de novos estilos para se representar a realidade, Strickland 
e Boswell (2014) destacam quatro grandes avanços de pintura foram: pintura a óleo em 
27UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
telas	esticadas;	o	uso	da	perspectiva;	o	uso	da	luz	e	sombra,	e	as	composições	piramidais	
na pintura. 
Uma das obras de grande destaque é O Nascimento de Vênus, que pode ser ob-
servado a seguir.
Figura 13: Nascimento de Vênus
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/france-circa-2008-postage-stamp-printed-166561178
Nascimento de Vênus é uma obra do pintor italiano Sandro Botticelli. A pintura 
mostra a Vênus surgindo nua de uma concha sobre as espumas do mar. A obra ainda 
apresenta	Zéfiro,	o	vento	do	Oeste,	assoprando	na	direção	da	deusa,	acompanhado	pela	
ninfa	Clóris.	À	direita	de	Vênus,	há	uma	Hora	(deusas	das	estações)	que	lhe	entrega	um	
manto	com	flores	bordadas.
Outra obra que não pode deixar de ser mencionada neste período é a Mona Lisa de 
Leonardo	da	Vinci.	A	personificação	do	“homem	da	Renascença”	foi	da	Vinci,	com	talentos	
múltiplos, chegando perto do ideal deste estilo de arte. “Se Mona Lisa de Leonardo é o 
retrato mais famoso, seu afresco A última ceia é a pintura religiosa mais venerada há cinco 
séculos” (STRICKLAND E BOSWELL, 2014, p. 43).
Porto (2014, p. 16) também destaca a importante de da Vinci: “É impossível falar 
de Renascimento sem mencionar Leonardo da Vinci, um homem à frente de seu tempoque 
transformou tanto o rumo das artes quanto o da ciência”.
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/france-circa-2008-postage-stamp-printed-166561178
28UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
Figura 14: Leonardo da Vinci (1452 - 1519) “Mona Lisa”
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/leonardo-da-vinci-1452-1519-mona-93004429
Figura 15: Santa Ceia
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/prague-czech-republic-october-13-2018-1213653175
Diversos outros artistas e obras merecem destaque neste período, como: Miche-
langelo, e sua escultura Pietà, o afresco A Criação de Adão na Capela Sistina; Rafael e sua 
obra-prima da Escola de Atenas, no Vaticano, Roma; entre outros. O artista dessa época 
não se vê mais como um simples observador do mundo, subordinado às ditosas regras 
da Igreja. Ele se enxerga como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. E assim, o 
mundo	e	a	realidade	devem	ser	compreendidos	cientificamente	e	não	apenas	admirados.
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/leonardo-da-vinci-1452-1519-mona-93004429
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/prague-czech-republic-october-13-2018-1213653175
29UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
8 A ARTE BARROCA
A arte barroca tem origem na Itália, mas se espalhou por diversos países da Europa 
(BARBOSA,	2002).	Cada	país	 trouxe	suas	especificidades	e	detalhes	de	acordo	com	a	
cultura e as personalidades dos artistas, entretanto algumas características mantiveram-se 
em comum. A arte barroca trouxe estilo e técnicas que valorizavam ricos materiais, pin-
turas grandiosas e espetaculares que traziam grande emoção à perspectiva protestante 
(GRAHAM-DIXON, 2013).
Na	arte	barroca,	o	que	se	predominam	são	emoções,	sentimentos	e	sensações.	A	
pintura ainda se encarrega da função realista, mas agora, não deseja apenas representar 
somente a realidade de nobres, reis e rainhas, mas sim a vida e atividades do povo simples 
e camponês são retratadas pelo colorido das telas barrocas. Segundo Corroborando esta 
ideia, Strickland Boswell (2014, p.54) apresentam a compreensão: “A arte barroca conseguiu 
casar a técnica avançada e o grande porte do Renascença com a emoção, a intensidade e 
a dramaticidade do maneirismo, fazendo do estilo barroco o mais suntuoso e ornamentado 
na história da arte”.
O movimento barroco se expandiu para a França, na qual a pintura adotou temas 
não religiosos, como tranquilas paisagens habitadas por divindades pagãs (STRICKLAND 
BOSWELL, 2014). Diversos outros países Europeus tiveram destaque neste tipo de arte, 
como Inglaterra, Holanda e Espanha e, dentre os artistas desse período, podemos destacar 
Caravaggio, que, apesar de uma vida curta e conturbada, rompeu com a tradição maneiris-
30UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
ta, trazendo solidez e um novo peso à cultura (GRAHAM-DIXON, 2013). É considerado o 
pintor um dos mais original do século XVII, com diversas obras, como a Madonna di Loreto 
(STRICKLAND BOSWELL, 2014).
Imagem 16: Madonna di Loreto
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/rome-italy-december-2018-pilgrims-madon-
na-1264684759
Já no Brasil, a arte Barroca inicia no século XVIII e segundo Almeida (2010) está 
associada à religião católica. Como representante principal do período, podemos contar 
com as riquíssimas obras do Mestre Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Alei-
jadinho.
Segundo Proença (2003, p. 196) duas linhas diferentes caracterizam o barroco 
brasileiro:
Nas	regiões	enriquecidas	pelo	comércio	de	açúcar	e	pela	mineração,	encon-
tramos Igrejas com trabalhos em relevo feitos em madeira, as talhas recober-
tas	por	fina	camada	em	ouro,	com	janelas,	cornijas	e	portas	decoradas	com	
detalhados	 trabalhos	de	escultura.	 Já	nas	 regiões	onde	não	existiam	nem	
açúcar nem ouro, a arquitetura teve outra feição. Aí as Igrejas apresentam 
talhas modestas e trabalhos realizados por artistas menos experientes e fa-
mosos	do	que	os	que	vinham	das	regiões	mais	ricas	da	época.	(PROENÇA,	
2003, p. 196).
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/rome-italy-december-2018-pilgrims-madonna-1264684759
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/rome-italy-december-2018-pilgrims-madonna-1264684759
31UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
Assim,	podemos	notar	que	as	 regiões	geográficas	 receberam	diferentes	 influên-
cias de técnicas, materiais e produção, inclusive devido à situação econômica do local. O 
Estado de Minas Gerais possui uma região histórica, que abrange Ouro Preto, Tiradentes, 
Mariana e outras cidades, que possuem igrejas, praças, monumentos e fachadas que são 
arte nacional deste movimento.
Imagem 17: Ouro Preto, Minas Gerais
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/ouro-preto-minas-gerais-brazil-january-1618645138
Ainda assim, poucas obras da arte barroca são conhecidas. Outros artistas, além 
do	Mestre	Aleijadinho,	 também	fizeram	parte	desse	período	da	arte	brasileira	e	não	têm	
suas obras ainda reveladas para apreciação. Só isto, já serviria como tema de uma rica e 
importante pesquisa para se fazer com os alunos.
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/ouro-preto-minas-gerais-brazil-january-1618645138
32UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
SAIBA MAIS
Você sabia que o Museu da Arte Moderna de São Paulo (MAM), é um dos mais impor-
tantes museus da Instituição Culturais do Brasil, Localiza-se sob a marquise do Parque 
Ibirapuera, em São Paulo, em um edifício inserido no conjunto arquitetônico projetado 
por Oscar Niemeyer em 1954 e reformado por Lina Bo Bardi em 1982 para abrigar o 
museu. Ele contém um acervo se mais ou menos 5.000 peças, onde a maioria foram 
produzidos por Artistas Brasileiros.
Este é um espaço onde todos podem vir a ter acesso.
Fonte: https://mam.org.br/colecao/
REFLITA 
“O conhecimento torna a alma jovem e diminui a amargura da velhice. Colhe, pois, a 
sabedoria. Armazena suavidade para o amanhã”.
Leonardo da Vinci.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Marquise
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Ibirapuera
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Ibirapuera
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_(cidade)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oscar_Niemeyer
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lina_Bo_Bardi
https://www.pensador.com/autor/leonardo_da_vinci/
33UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As	 informações	 apresentadas	 até	 o	 prezado	momento	 foram	 expostas	 para	 se	
contextualizar o tema, pois são importantes para que possamos compreender o estudo da 
Arte no Contexto Escolar. Os conceitos na primeira unidade foram descritos de maneira 
abrangente, para que pudessem assim ter o entendimento de como surgiu a arte e suas 
diversas fases e desdobramentos que ocorreram ao longo do tempo.
Quando falamos de arte, destacamos um conceito muito abstrato, que transcende 
a criação de obras de caráter estético, sendo uma forma do ser humano expressar os 
seus	sentimentos,	emoções	e	pensamentos.	Assim,	é	preciso	analisarmos		a	história	da	
arte,	como	ela	evoluiu	e	também	as	manifestações	artísticas	que	compõem	a	histórias	das	
sociedades.
Boa leitura e bons estudos.
34UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
LEITURA COMPLEMENTAR
Costa (2013) descreveu sobre a vocação de São Mateus, de Michelangelo, contan-
do assim sobre sua breve trajetória. 
Válido conhecer essa breve escrita, segue link de acesso:
Fonte:https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/55457061/A_vocacao_de_Sao_Mateus.pd-
f?response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DUniversidade_Catolica_Portuguesa_Faculda.pd-
f&X-Amz-Algorithm=AWS4-HMAC-SHA256&X-Amz-Credential=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A%2F20200313%2Fus-eas-
t-1%2Fs3%2Faws4_request&X-Amz-Date=20200313T150411Z&X-Amz-Expires=3600&X-Amz-SignedHeaders=hos-
t&X-Amz-Signature=7809f40c1b66c03a7f27a0f2b9f080e11e3d52dec27564fcc27ba0dd30bed2c7
https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/55457061/A_vocacao_de_Sao_Mateus.pdf?response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DUniversidade_Catolica_Portuguesa_Faculda.pdf&X-Amz-Algorithm=AWS4-HMAC-SHA256&X-Amz-Credential=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A%2F20200313%2Fus-east-1%2Fs3%2Faws4_request&X-Amz-Date=20200313T150411Z&X-Amz-Expires=3600&X-Amz-SignedHeaders=host&X-Amz-Signature=7809f40c1b66c03a7f27a0f2b9f080e11e3d52dec27564fcc27ba0dd30bed2c7https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/55457061/A_vocacao_de_Sao_Mateus.pdf?response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DUniversidade_Catolica_Portuguesa_Faculda.pdf&X-Amz-Algorithm=AWS4-HMAC-SHA256&X-Amz-Credential=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A%2F20200313%2Fus-east-1%2Fs3%2Faws4_request&X-Amz-Date=20200313T150411Z&X-Amz-Expires=3600&X-Amz-SignedHeaders=host&X-Amz-Signature=7809f40c1b66c03a7f27a0f2b9f080e11e3d52dec27564fcc27ba0dd30bed2c7
https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/55457061/A_vocacao_de_Sao_Mateus.pdf?response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DUniversidade_Catolica_Portuguesa_Faculda.pdf&X-Amz-Algorithm=AWS4-HMAC-SHA256&X-Amz-Credential=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A%2F20200313%2Fus-east-1%2Fs3%2Faws4_request&X-Amz-Date=20200313T150411Z&X-Amz-Expires=3600&X-Amz-SignedHeaders=host&X-Amz-Signature=7809f40c1b66c03a7f27a0f2b9f080e11e3d52dec27564fcc27ba0dd30bed2c7
https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/55457061/A_vocacao_de_Sao_Mateus.pdf?response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DUniversidade_Catolica_Portuguesa_Faculda.pdf&X-Amz-Algorithm=AWS4-HMAC-SHA256&X-Amz-Credential=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A%2F20200313%2Fus-east-1%2Fs3%2Faws4_request&X-Amz-Date=20200313T150411Z&X-Amz-Expires=3600&X-Amz-SignedHeaders=host&X-Amz-Signature=7809f40c1b66c03a7f27a0f2b9f080e11e3d52dec27564fcc27ba0dd30bed2c7
https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/55457061/A_vocacao_de_Sao_Mateus.pdf?response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DUniversidade_Catolica_Portuguesa_Faculda.pdf&X-Amz-Algorithm=AWS4-HMAC-SHA256&X-Amz-Credential=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A%2F20200313%2Fus-east-1%2Fs3%2Faws4_request&X-Amz-Date=20200313T150411Z&X-Amz-Expires=3600&X-Amz-SignedHeaders=host&X-Amz-Signature=7809f40c1b66c03a7f27a0f2b9f080e11e3d52dec27564fcc27ba0dd30bed2c7
35UNIDADE I A Arte e sua História ao Longo dos Anos
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO 
Título: Arte na Educação Escolar
Autor: Maria F. de Rezende e Fusari 
Editora: Cortez
Ano: 2015
Sinopse: Arte na Educação Escolar é um livro sobre o ensino e a 
aprendizagem de arte, enfocados pelo prisma da educação estéti-
ca e artística. As autoras dirigem-se aos professores em formação 
ou	atuando,	propondo	que	reflitam	sobre	sua	teoria	e	prática,	como	
organizadores do conhecimento estético e artístico dos estudantes.
FILME/VÍDEO
• Título: Caravaggio
• Ano: 2018
• Sinopse: Nascido no ducado de Milão em Setembro de 1571, 
Caravaggio foi um dos mais notáveis pintores italianos. O seu 
trabalho	exerceu	enorme	influência	no	estilo	barroco,	do	qual	foi	o	
primeiro grande representante. O documentário de Jesus Garces 
Lambert é uma viagem emocionante através da vida, das obras 
e dos tormentos de Caravaggio, um artista brilhante mas contro-
verso, que mais do que qualquer outro reuniu em si mesmo luzes 
e sombras, génio e desobediência, concebendo obras sublimes. 
O	filme	é	uma	excursão	narrativa	e	visual	pelos	 lugares	onde	o	
artista viveu e aqueles que ainda hoje abrigam algumas das suas 
obras mais famosas: Milão, Florença, Roma, Nápoles e Malta.
• Link do vídeo: https://youtu.be/RXjptJpdEBA
https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_book_1?ie=UTF8&field-author=Maria+F.+de+Rezende+e+Fusari&search-alias=books
https://youtu.be/RXjptJpdEBA
36
Plano de Estudo:
●	 O que é ensinar arte e Por que ensinar arte
●	 Arte e Educação segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino de arte
●	 Os objetivos gerais de arte para o Ensino Fundamental
Objetivos de Aprendizagem:
●	 Abordar sobre o processo de ensinar arte e o porquê de ensiná-la
●	 Compreender os parâmetros curriculares nacionais
●	 Entender sobre os objetivos gerais do ensino da arte para o ensino fundamental
UNIDADE II
Pressupostos Históricos sobre a Arte e 
seu Ensino no Brasil e no Mundo
Professora Especialista Daislene Rodrighero de Carvalho
37UNIDADE II Pressupostos Históricos sobre a Arte e seu Ensino no Brasil e no Mundo
INTRODUÇÃO
Olá aluno (a)!
Conforme trabalhado na Unidade I, descrevemos sobre a história da arte, como 
ela foi se transformando ao longo dos tempos e quais foram seus períodos. Avaliamos 
assim um conteúdo inicial, mas que deixou um gostinho de quero mais, aquela vontade de 
conhecer e se aprofundar sobre a arte e sua bela trajetória.
Na unidade II, vamos conhecer um pouco mais sobre a arte e a importância dela 
ser abordada e desenvolvida nas escolas. Também vamos conhecer sobre as Leis e suas 
Diretrizes,	sobre	o	BNCC.	Falando	nisso,	você	sabe	o	significado	destas	siglas?	Fique	por	
dentro	deste	conteúdo,	pois	vamos	descobrir	junto	o	seu	significado	e	a	importância	que	ela	
tem em nosso contexto escolar.
Então vamos embarcar neste conteúdo produzido com bastante apreço.
Bons estudos!!!
38UNIDADE II Pressupostos Históricos sobre a Arte e seu Ensino no Brasil e no Mundo
1 O QUE É ENSINAR ARTE E O POR QUE DA ARTE
Durante muitos anos, o ensino da arte era visto e resumido a tarefas pouco criativas 
e marcadamente repetidas, de uma maneira que era desvalorizada na grade curricular. As 
aulas iam desde traçados a copiar formas geométricas, porém nas aulas de arte a criança 
não tinha sua identidade abordada, uma vez que ela não era considerada produtora e, por 
isso, cabia ao professor dirigir seu trabalho e demonstrar o que deveria ser feito.
Neste	contexto,	fica	a	pergunta:	Por	que	ensinar	arte	na	escola?
A arte vai além do simples ato de desenhar e do pintar, ela é uma maneira de 
estimular e de desenvolver a coordenação motora, tem um papel natural cognitivo de de-
senvolver	a	criatividade	e	autoconfiança,	ou	seja,	tem	a	capacidade	de	auxiliar	na	formação	
da identidade das crianças, fomentando a maneira de pensar e agir. Desta maneira, a arte 
precisa estar presente nas salas de aulas no período letivo.
Bosi (2000, p. 13) compreende a arte da seguinte maneira:
A arte é um conjunto de atos pelos quais se muda a forma, se transforma a 
matéria oferecida pela natureza e pela cultura. Nesse sentido, qualquer ati-
vidade	humana,	desde	que	conduzida	regularmente	a	um	fim,	pode	chamar-
-se artística. Para Platão, exerce a arte tanto o músico encordoando a sua 
lira quanto o político manejando os cordéis do poder, ou no topo de escala 
dos	valores,	o	filósofo	que	desmascara	a	retórica	sutil	do	sofista	e	purga	os	
conceitos de toda ganga de opinião e erro para atingir a contemplação das 
ideias. (BOSI, 2000, p. 13).
39UNIDADE II Pressupostos Históricos sobre a Arte e seu Ensino no Brasil e no Mundo
Neste sentido, conforme Senna (2015, p.1) destaca, a arte na escola não se limita 
ao ato de pintura e de desenho, ela é muito mais ampla e abrangente, está presente na 
música, no cinema, na TV, na publicidade, na arquitetura e em muito outros campos e áreas. 
Assim, todas estas áreas podem e devem ser exploradas com criatividade pelo professor, 
enriquecendo todo o processo de construção do conhecimento.
Os professores nos tempos atuais vêm levando para a sala de aula algo dinâmico 
e que venha representar a arte como ela deve ser vista, compreendida e deixando assim 
o aluno ser o artista de seu próprio conteúdo. Assim, o aluno ganha protagonismo neste 
processo de aprendizagem, com maior estímulo no desenvolvimento de habilidades e 
capacidades.
Barbosa (1991, p. 4-5) nos	auxilia	a	iniciar	nossa	análise	sobre	as	contribuições	da	
arte	para	a	educação	afirmando	que:
A arte não é apenas básica, mas fundamental na educação de um país que 
se desenvolve [...]. Não é possível uma educação intelectual, formal ou infor-
mal, sem arte, porque é impossível o desenvolvimento integral da inteligência 
sem o desenvolvimento do pensamento divergente, do pensamento visual e 
do conhecimento representacional que caracterizam a arte. Se pretendemos 
uma educação não apenas intelectual, mas principalmente humanizada a, a 
necessidade, da arte é ainda mais crucial para desenvolver a percepção e a 
imaginação, para capturar a realidade circundante e desenvolver a capaci-
dade	criadora	necessárias	à	modificação	dessa	realidade	(BARBOSA,1991, 
p.4-5).
Dessa forma, vemos a importância da arte na fundamentação da educação, com as 
possibilidades	do	desenvolvimento	da	criatividade,	imaginação	e	emoções	nas	crianças,	o	
que, consequentemente, auxilia em todo o processo educacional.
Podemos	perceber	que	a	arte	está	presente	desde	em	ações	mais	banais	de	nossa	
vida	cotidiana	até	em	complexas	elaborações	que	exigem	raciocínio,	lógica,	imaginação,	
criticidade.	Como	 nos	 afirma	Barbosa	 (1991),	 esta	 disciplina	 contribui	 para	 o	 desenvol-
vimento dos processos de pensamento e aquisição de atitudes, cuja utilidade e alcance 
transformam	o	aluno,	pois	proporciona	confiança,	capacidade	de	análise	e	visão	ampla	da	
realidade. 
Mas ainda sim nos questionamos como a arte pode fazer parte na formação hu-
mana. Podemos	afirmar	que	não	apenas	a	arte,	mas	também	a	educação	tem	um	vasto	
potencial neste quesito de transformar o conhecimento. A arte, aliada a educação, pode 
proporcionar a inserção cultural e social.
Isso é possível, mediante a construção de um novo conhecimento. Neste momento 
podemos utilizar o método Piaget, que acredita que o conhecimento é sim resultado de uma 
construção contínua de mediação entre sujeito e o objeto, abrangendo tanto o físico quanto 
40UNIDADE II Pressupostos Históricos sobre a Arte e seu Ensino no Brasil e no Mundo
o social. Neste quesito, o indivíduo não aprende apenas como se fosse um armazenador 
de	milhões	de	informações	para	serem	guardadas	em	um	baú	(depósito	de	informações),	
mas	sim	como	um	ser	atuante,	reflexivo	e	responsivo.			
Nesse contexto, no processo de construção do conhecimento o indivíduo é um 
sujeito ativo, que aprende através do desenvolvimento e por meio do objeto de atuação 
da arte. É, portanto, neste ponto que consideramos fundamental a participação da arte no 
processo da construção do seu pensamento.
O ato criativo, segundo Chagas (2009), é um processo que sempre traz algo da 
pessoa que o executa. Uma pintura, por exemplo, por mais que uma pessoa tente fazê-la 
igual	à	outra,	nunca	o	será,	sempre	apresentará	algo	diferente,	novo	e	específico.	Como	
processo de criação do novo, a arte favorece a superação do que é igual, comum da repro-
dução. Ou seja, a arte favorece a construção de novos conhecimentos.
De acordo com Souza (2010, p. 3):
O	objetivo	a	que	se	propõe	o	Ensino	da	Arte,	em	toda	a	sua	especificidade	
prevista na forma de lei, é essencial para a construção da cidadania. O ensi-
no da arte trata de relacionar sentimentos, trabalhar aspectos psicomotores 
e cognitivos, planejar e implementar projetos criativos e se engajar emocio-
nalmente	neles,	num	permanente	processo	reflexivo.	(SOUZA,	2010,	p.	3).
Ressalta-se o impacto do ensino da arte na construção das habilidades do indivíduo, 
em	sua	atuação	como	cidadão.	Assim,	incluir	a	arte	no	processo	de	ensino	é	um	eficiente	
recurso para desenvolver a capacidade criativa dos alunos. 
Lippe (2006, p. 5) destaca sobre o ensino da arte: “Podemos dizer que o ensino 
da arte favorece a formação da identidade do jovem e da criança, tornando-os cidadãos 
engajados, por meio da aquisição de competências culturais e sociais no mundo em que 
estão inseridos”. 
Segundo Chagas (2009) nos informa, a obrigatoriedade do Ensino da arte no 
Brasil, que engloba artes plásticas, educação musical e artes cênicas, só foi incluída no 
currículo em 1971, através da lei 5.692, e ainda assim os professores não tinham formação 
específica.
Vemos que não faz tanto tempo assim que a arte teve seu reconhecimento no 
processo de educação e formação de ensino. Além disso, diante deste contexto educa-
cional,	outros	pontos	precisaram	ser	verificados,	como	a	preparação	dos	professores	para	
exercerem	um	ensino	de	qualidade,	além	da	estruturação	de	novos	cursos	e	instituições	de	
ensino. Na sequência, veremos alguns parâmetros curriculares nacionais para a sustenta-
ção do ensino da arte.
41UNIDADE II Pressupostos Históricos sobre a Arte e seu Ensino no Brasil e no Mundo
2 ARTE E EDUCAÇÃO SEGUNDO OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS 
PARA O ENSINO DE ARTE.
Com relação aos referenciais curriculares nacionais, podemos encontrar diversas 
sugestões	para	que	os	professores	que	atuam	na	Educação	Infantil	possam	trabalhar.	Jun-
tamente com o PNE (Plano Nacional de Educação), podemos acrescentar a BNCC (Base 
Nacional Comum Curricular) ao qual veio para agregar o plano de ensino, contribuindo 
assim com a complementação adequada, aos seus reajustes e planejamento. Segundo o 
plano curricular, a Educação Infantil deve ser trabalhada em um contexto capaz de propiciar 
às crianças o acesso a elementos culturais que contribuam para o próprio desenvolvimento 
como indivíduo e também para a interação delas na sociedade.
Neste contexto, vamos debater um pouco sobre como nasceram as bases curricu-
lares (como foram atribuídas às leis), e de acordo com a Constituição Federal de 88, surgiu 
a LDB (Lei de Diretrizes Básicas) de 96, que foi adotada através da determinação e adoção 
de uma base comum para a educação básica. Nos meados de 1997 foram elaborados os 
Parâmetros Curriculares Nacionais, determinando assim cada disciplina com seu currículo 
escolar, com isso a BNCC, foi contemplada com o Plano Nacional de Educação (PNE) de 
2014.	A	versão	final	que	foi	aprovada	em	2017,	acabou	entrando	em	vigor	entre	os	anos	de	
2018	e	2020,	através	das	aprovações	do	MEC	(Ministério da Educação).
A Base Nacional Comum Curricular consiste em um documento de abrangência 
normativa	para	a	definição	de	um	conjunto	progressivo	de	aprendizagens	necessárias	e	
42UNIDADE II Pressupostos Históricos sobre a Arte e seu Ensino no Brasil e no Mundo
fundamentais para que todos os alunos possam desenvolver suas habilidades e essências 
ao longo das etapas e processos da educação básica. 
A	Lei	de	Diretrizes	e	Bases	da	Educação	Nacional	(LDB,	Lei	nº	9.394/1996)	define	
que	a	Base	deve	direcionar	os	currículos	das	instituições	de	ensino	federativas,	bem	como	
as propostas pedagógicas da educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Há 
a preocupação de estruturar as competências, habilidades e conhecimentos que os es-
tudantes devem desenvolver ao longo de toda a sua jornada acadêmica. Além disso, os 
princípios éticos e políticos compelidos pelas diretrizes curriculares nacionais da educação, 
devem direcionar a educação brasileira para uma formação humana, em uma sociedade 
justa, democrática e inclusiva.
Nesta	 abrangência,	 Chagas	 (2009)	 afirma	 que	 a	 aula	 de	 arte,	 muitas	 vezes,	 é	
considerada nas escolas como um passatempo, ou simplesmente um momento de lazer. 
A	mesma	ainda	aponta	que	muitas	 instituições	de	educação	 infantil	utilizam	os	recursos	
da arte somente para enfatizar datas comemorativas, produzindo lembrancinhas para o 
dia das mães, pais entre outras datas. O que precisa ser revisto e repensado frente à 
importância da arte, bem como destacado pela BNCC.
Em	muitos	 casos,	 professores	 são	 desvalorizados	 e	 a	 arte	 fica	 com	 uma	 visão	
errônea,	 as	 produções	 das	 crianças	 ficam	 desvalorizadas,	 retratadas	 como	meras	 lem-
brancinhas	que	acabam	não	envolvendo	a	capacidade	de	criar,	de	o	aluno	pensar,	refletir	e	
produzir. É necessário, então, a princípio, uma conscientização, valorização e contribuição 
da	arte	na	educação,	onde	o	próprio	professor	também	deve	atribuir	mais	significados	e	
responsabilidades ao seu papel de educador e transmissor do conhecimento do mundo da 
arte e cultura.
Chiovatto	(2000,	p.	39)	afirma	que “Os professores de arte sentem necessidade de 
aperfeiçoamento ao lidarem com a própria insegurança. Isso os mobiliza a buscar ampliar 
seus conhecimentos e desenvolver a si próprios”. Vemos uma questão muito mais ampla, a 
necessidade de capacitação e aprimoramento também por parte dos professores, visto as 
exigências na qualidade de ensino. É preciso reforçar a importância do papel do professor 
neste processo.
Compreendemosque para ministrar uma boa aula o professor necessita estar 
seguro perante o conteúdo a ser desenvolvido em sala de aula, isto é, ele precisa dominar 
o	assunto	de	tal	maneira	que	as	discussões	sejam	produtivas	e	orientar	o	processo	de	des-
cobertas por parte dos alunos, porém ainda hoje percebemos uma preferência por temas e 
técnicas de artes fáceis, para se desenvolver juntamente com a criança.
43UNIDADE II Pressupostos Históricos sobre a Arte e seu Ensino no Brasil e no Mundo
Precisamos compreender que o trabalho com a arte vai muito além do que é fácil 
ou complexo. Segundo Chiovatto (2002, p. 43), a arte que ensinamos “é apreciável através 
de	um	conjunto	de	objetos,	imagens	e	ideias	que	participem	das	mais	complexas	ações	da	
humanidade”.
Esses objetos, imagens e ideias podem até parecer simples, mas apenas aparente-
mente, pois intimamente, representam aquilo que chamamos arte. A partir de então, passam 
a fazer parte de uma categoria diferenciada dos demais objetos e coisas produzidas pelos 
homens.	Isso	significa	que	a	arte	não	está	somente	na	imagem,	ou	no	objeto,	mas	sim	em	
seu	significado	pessoal,	cultural	e	temporal.
Podemos ressaltar que considerando os Parâmetros curriculares Nacionais, conse-
guiu-se reestruturar a proposta curricular, reforçando a importância do projeto educacional 
e os seus desdobramentos. A melhoria da qualidade da educação é de responsabilidades 
de todos os que estão envolvidos neste processo de construção da educação.
Ainda podemos salientar que o BNCC veio para enriquecer ainda mais, ou seja, ela 
veio	para	unificar	as	diretrizes	da	base	da	educação	básica,	e	tem	como	meta	orientar	na	
construção do Currículo da Educação Básica das escolas brasileiras, públicas e privadas. A 
base busca atender as exigências dos estudantes, preparando-os para que sejam protago-
nistas da sociedade, assim, deve-se assegurar os direitos de ensino e aprendizagem para 
o	desenvolvimento	dos	alunos,	conforme	definido	no	plano	nacional	de	educação.	Portanto,	
a Base pode ser compreendida como um conjunto de direcionamentos para nortear as 
equipes pedagógicas no planejamento e estruturação dos currículos pedagógicos.
Segundo Peres (2017, p. 27), vários especialistas, de todas as áreas do conhe-
cimento, presente no currículo atual da Educação Básica, foram convocados para traçar 
os conhecimentos essenciais aos quais todos os estudantes brasileiros têm direito de 
ter acesso e se apropriar durante sua trajetória na Educação Básica, ano a ano, desde a 
creche	até	o	final	do	Ensino		Médio.	
Para Chiovatto (2000), o professor deve estar atento às possibilidades de incorpo-
ração do conteúdo artístico pelos alunos. Ele deve intervir para potencializar o encontro do 
aluno, com a obra de arte nas diferentes instâncias envolvidas em sua compreensão. De-
verá,	ainda,	oferecer	informações	capazes	de	contextualizar	a	obra,	ou	seja,	de	dar	sentido	
e	estímulo	para	que	o	aluno	reflita	e	interaja.	Essa	interação	do	aluno	com	a	arte	é	o	que	
permite a recriação da obra, seja de forma estética, plástica ou apenas intelectualmente, 
podendo assim, avançar, transformar.
44UNIDADE II Pressupostos Históricos sobre a Arte e seu Ensino no Brasil e no Mundo
3 OS OBJETIVOS GERAIS DE ARTE PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
O ensino da arte no ensino fundamental dá sequência às vertentes desenvolvidas 
na educação infantil, a grande diferença é que a criança está mais desenvolvida e mais 
experiente, possui novos anseios e necessidades. Um olhar mais apurado da arte é visto 
nesta fase do ensino, o que é preciso ser considerado no momento de ensinar as crianças.
Lippe (2016) indica que, seguindo as diretrizes dos parâmetros curriculares nacio-
nais, alguns objetivos do ensino da arte devem ser destacados e proporcionar aos alunos:
Expressar e saber comunicar-se em artes mantendo uma atitude de busca 
pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a 
sensibilidade	e	a	reflexão	ao	realizar	e	fruir	produções	artísticas;
Interagir com materiais, instrumentos e procedimentos variados em artes (Ar-
tes Visuais, Dança, Música, Teatro), experimentando-os e conhecendo-os de 
modo a utilizá-los nos trabalhos pessoais;
Edificar	uma	relação	de	autoconfiança	com	a	produção	artística	pessoal	e	co-
nhecimento estético, respeitando a própria produção e as dos colega, no per-
curso	de	criação	que	abriga	uma	multiplicidade	de	procedimentos	e	soluções;
Compreender	e	saber	 identificar	a	arte	como	 fato	histórico	contextualizado	
nas diversas culturas, conhecendo, respeitando e podendo observar as pro-
duções	presentes	no	entorno,	assim	como	as	demais	do	patrimônio	cultural	
e	do	universo	natural,	 identificando	a	existência	de	diferenças	nos	padrões	
artísticos e estéticos;
Observar	as	relações	entre	o	homem	e	a	realidade	com	interesse	e	curiosida-
de, exercitando a discussão, indagando, argumentando e apreciando a arte 
de modo sensível;
45UNIDADE II Pressupostos Históricos sobre a Arte e seu Ensino no Brasil e no Mundo
Compreender	e	saber	identificar	aspectos	da	função	e	dos	resultados	do	tra-
balho do artista, reconhecendo, em sua própria experiência de aprendiz, as-
pectos do processo percorrido pelo artista;
Buscar	e	saber	organizar	informações	sobre	a	arte	em	contato	com	artistas,	
documentos, acervo nos espaços da escola e fora dela (livros, revistas, jor-
nais,	 ilustrações,	dispositivos,	 vídeos,	discos,	cartazes)	e	acervos	públicos	
(museus, videotecas, cinematecas), reconhecendo e compreendendo a va-
riedade	dos	produtos	artísticos	e	concepções	estéticas	presentes	na	história	
das diferentes culturas e etnias (BRASIL, 1997b, p. 39)
Vemos assim uma série de objetivos a serem buscados com o ensino da arte no 
ensino fundamental, ressaltando-se a necessidade de proporcionar ao aluno uma vivên-
cia com diversas formas e modelos de arte. O desenvolvimento do pensamento artístico 
apresenta um caráter cognitivo construtivo, que engloba o amadurecimento de valores pela 
criança, bem como estímulo e construção de sua personalidade. 
O conhecimento sensorial precisa abordado neste processo, conforme é destacado 
por Souza (2010, p. 4):
Ao invés de consumir grandes quantidades de conhecimento escolar, que 
será esquecido logo após as provas, o ensino de Arte reivindica para si, atra-
vés de um trabalho prático, orientado para a ação, ancorar o conhecimento 
sensorial que envolve todos os sentidos: visão, tato, olfato, audição, gus-
tação. Onde o ensino tradicional promove o pensamento linear, casual, a 
arte oferece pensamento em rede, discursivo e trabalha com a inteligência 
emocional. A tentativa é a de superar um discurso modernista em que ra-
zão/sentimento, corpo/alma são tratados de uma forma dicotômica. (SOUZA, 
2010, p. 4).
Você se lembra o que aprendia nas aulas de artes quando tinha em volta de 10 
anos? Apenas era dado papel e lápis para desenhar ou também era incentivado (a) a 
desenvolver outras habilidades e sensibilidades relacionadas à arte?
É preciso que o ensino da arte abranja também a socialização humana, despertando 
o interesse dos alunos e desenvolvendo o processo criativo e também de auto conhecimen-
to.
Brasil (1997, p. 42) ressalta como conteúdos gerais do ensino fundamental em arte 
são:
●	 A arte como expressão e comunicação dos indivíduos;
●	 Elementos básicos das formas artísticas, modos de articulação formal, técnicas, 
materiais e procedimentos na criação da arte;
●	 Produtores	em	arte:	vidas,	épocas	e	produtos	em	conexões;
●	 Diversidade	 das	 formas	 de	 arte	 e	 concepções	 estéticas	 da	 cultura	 regional,	
nacional	e	internacional:	produções,	reproduções	e	suas	histórias;
46UNIDADE II Pressupostos Históricos sobre a Arte e seu Ensino no Brasil e no Mundo
●	 A	arte	na	sociedade,	considerando	os	produtores	em	arte,	as	produções	e	suas	
formas de documentação, preservação e divulgação em diferentes culturas e 
momentos históricos.
Lippe (2006) destaca que é preciso compreendera arte como uma integração 
entre as pessoas e agentes envolvidos na educação com a cultura, fazendo dos recursos 
artísticos formas de desenvolver a capacidade de expressão.
Neco e Roim (2015) apontam que a arte no ensino fundamental, mesmo dividindo 
espaço na grade curricular com outras matérias e possuindo menor quantidade de aulas do 
que em anos anteriores de ensino, possui grande importância e impacto sobre as crianças 
pode abordarem novos conhecimentos, destacando-se novas habilidades com cores, poe-
sia,	música,	cultura,	interpretações,	entre	outros.
Vemos assim, a gama de diversidade a ser desenvolvida pelas aulas de artes, 
trabalhando um conteúdo amplo e de grandes valores educativos. O conhecimento da arte 
possibilita perspectivas para que o aluno possa interpretar o mundo ao qual está inserido.
Portanto, podemos compreender que a arte e suas atividades pedagógicas no 
ensino fundamental são muito mais do que atividades recreativas e passatempos, mas 
detêm grande sentido de ensino aos alunos. A arte é capaz de desenvolver a criatividade 
e a sua expressão. 
47UNIDADE II Pressupostos Históricos sobre a Arte e seu Ensino no Brasil e no Mundo
SAIBA MAIS
Você sabia que a arte nas escolas é de fundamental importância, assim como as demais 
disciplinas a arte se tornou importante, pois trabalha o cognitivo da criança, desenvolve 
seu	potencial,	além	de	mostrar	para	a	própria	criança	e	ao	profissional	da	educação,	a	
tamanha responsabilidade que ele adquiriu.
Assim como mostra uma pesquisa desenvolvida pelo XI Congresso Nacional de Edu-
cação,	com	o	tema	Uma	Reflexão	sobre	o	ensino	da	Arte	nos	Anos	Iniciais	do	Ensino	
Fundamental.
VIEIRA, E. BEDIN, T. Uma reflexão sobre o ensino da arte nos anos iniciais do Ensino Fundamental. 
XI Congresso Nacional de Educação EDUCARE, 2013. Disponível em: Fonte: https://educere.bruc.com.
br/CD2013/pdf/7679_6390.pdf Acesso em 22 de Março de 2020. 
REFLITA
De acordo com Saviani (2009, p.7), “uma pedagogia que advoga um tratamento dife-
rencial a partir da descoberta das diferenças individuais. Eis a ‘grande descoberta’: os 
homens são essencialmente diferentes; não se repetem; cada indivíduo é único”.
https://educere.bruc.com.br/CD2013/pdf/7679_6390.pdf
https://educere.bruc.com.br/CD2013/pdf/7679_6390.pdf
48UNIDADE II Pressupostos Históricos sobre a Arte e seu Ensino no Brasil e no Mundo
CONSIDERAÇÕES FINAIS
E	assim	chegamos	ao	final	de	mais	uma	unidade,	sendo	que	ela	veio	debater	três	
tópicos importantes, sendo elas: “O que é ensinar arte e o por que da arte”, pois durante 
muitos anos, o ensino da arte era visto e resumido a tarefas pouco criativas e marcada-
mente repetidas, de uma maneira que era desvalorizada na grade curricular, sendo que as 
aulas pouco tinham continuidade em seu ano letivo. As aulas iam desde traçados a copiar 
formas geométricas, porém nas aulas de arte a criança não tinha sua identidade abordada, 
uma vez que ela não era considerada produtora e, por isso, cabia ao professor dirigir seu 
trabalho e demonstrar o que deveria ser feito.
Tendo como segundo tópico: “Arte e Educação segundo os Parâmetros Curricula-
res Nacionais para o ensino de Arte”, com relação aos referenciais curriculares nacionais, 
podemos	encontrar	diversas	sugestões	para	que	os	professores	que	atuam	na	Educação	
Infantil possam trabalhar. Juntamente com o PNE (Plano Nacional de Educação), podemos 
acrescentar a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) ao qual veio para agregar o plano 
de ensino, contribuindo assim com a complementação adequada, aos seus reajustes e 
planejamento. Segundo o plano curricular, a Educação Infantil deve ser trabalhada em um 
contexto capaz de propiciar às crianças o acesso a elementos culturais que contribuam para 
o próprio desenvolvimento como indivíduo e também para a interação delas na sociedade.
E,	para	finalizar,	abordamos	também	o	tópico	que	fala	sobre:	“Os	objetivos	gerais	
de Arte para o Ensino Fundamental”, o ensino da arte no ensino fundamental dá sequência 
às vertentes desenvolvidas na educação infantil, a grande diferença é que a criança está 
mais desenvolvida e mais experiente, possui novos anseios e necessidades. Um olhar mais 
apurado da arte é visto nesta fase do ensino, o que é preciso ser considerado no momento 
de ensinar as crianças.
Na sequência será apresentada a unidade III, abordando um tema que representa 
expressões	dramáticas	e	musicais	nos	diferentes	níveis	e	modalidades	de	ensino.	Vamos	
em frente!
49UNIDADE II Pressupostos Históricos sobre a Arte e seu Ensino no Brasil e no Mundo
LEITURA COMPLEMENTAR
Uma dica de leitura complementar é sobre o livro “Arte na Educação Escolar”, da 
autora Maria Heloisa, este livro é diz sobre o ensino e a aprendizagem da arte, ao qual 
fazem parte da produção artística, em todos os tempos. Ressalta sobre a mudança da 
educação tradicional para o processo de aprendizagem no âmbito do ensino da arte. 
Fonte: FERRAZ, Maria Heloisa C. de T.; FUSARI, Maria Felisminda de R. e. Arte na Educação Escolar. São 
Paulo: Cortez, 1992.
50UNIDADE II Pressupostos Históricos sobre a Arte e seu Ensino no Brasil e no Mundo
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO 
• Título: Reflexões	sobre	a	arte	e	o	seu	Ensino.
• Autor: Prof.ª Dr.ª Antonella Carvalho de Oliveira
• Editora: Atena Editora. / ano 2018. 
• Sinopse: A arte acompanha o homem desde os primórdios da 
humanidade.	Ao	longo	de	toda	a	história	teve	diferentes	funções:	
já foi forma de comunicação, magia, doutrinação e tantas outras, 
todas elas relacionadas ao modo de organização da sociedade. E 
a função da arte na atualidade qual será? Entre tantas outras uma 
função	que	se	destaca:	é	a	da	reflexão	acerca	da	sociedade	atual,	
do que nos é ofertado e do que ofertamos aos outros. Arte provoca 
sentimentos,	sensações,	desperta	o	homem	para	uma	realidade	
que nem sempre se tem consciência, por isso está estruturada a 
partir dos diversos campos do conhecimento. É na arte que muitas 
minorias se apresentam, onde a representatividade e a expressão 
se fazem livres, de julgamentos, de preconceitos, de paradigmas 
sociais estabelecidos.
FILME/VÍDEO 
• Título: Com amor, Van Gogh.
• Ano: 2017
• Sinopse: Indicado na categoria de Melhor Filme de Animação no 
Oscar	2018,	o	longa	acompanha	a	jornada	de	Armand	Roulin,	filho	
de Joseph Roulin, carteiro e amigo de Vincent Van Gogh. Um ano 
após	o	suicídio	do	pintor,	pai	e	filho	encontra	uma	carta	enviada	
por Van Gogh ao irmão Theo, que jamais chegou ao seu destino. 
Incentivado a entregar a correspondência, Armand parte para a 
cidade francesa de Arles na esperança de encontrar algum contato 
com a família do pintor falecido. Lá, inicia uma investigação junto 
às pessoas que conheceram o artista, no intuito de decifrar se ele 
realmente	se	matou.	Apontado	como	o	primeiro	filme	inteiramente	
colorido em tinta a óleo – foram necessários mais de cem artistas, 
65	mil	frames	em	pintura	e	seis	anos	para	o	filme	ficar	pronto	–,	
a animação é uma verdadeira declaração de amor ao trabalho do 
holandês.
• Link do vídeo: https://youtu.be/0PpAjxnVoSY
https://youtu.be/0PpAjxnVoSY
51
Plano de Estudo:
●	 Os conteúdos de arte nos diferentes níveis e modalidades de ensino e os critérios para 
seleção de conteúdos
●	 Conteúdos gerais de Arte segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais / BNCC.
●	 A arte voltada para uma perspectiva inclusiva / A arte na Educação Especial
Objetivos de Aprendizagem:
●	 Compreender os conteúdos da arte nos distintos níveis de ensino.
●	 Avaliar os conteúdos gerais da arte segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais e 
BNCC
●	 Averiguar a perspectiva inclusiva de arte, bem como sua abordagem na educação 
especial.
UNIDADE III
Expressão Dramática e Musical nos 
Diferentes Níveis e Modalidades de Ensino
Professora Especialista Daislene Rodrighero de Carvalho
52UNIDADE III Expressão Dramática e Musical nos Diferentes Níveis e Modalidades de Ensino
INTRODUÇÃO
Oi caro (a) aluno(a),
Bem-vindo (a) ao estudode mais uma unidade. Animado para continuar nessa 
caminhada de aprendizagem? Então vamos em frente!
Nesta seção vamos estudar sobre a expressão dramática e musical nos diferentes 
níveis e modalidades de ensino.
Inicialmente, apresentaremos como os conteúdos da arte são desenvolvidos nos 
diferentes níveis e modalidades de ensino, bem como os critérios para seleção destes con-
teúdos.	A	reflexão	a	ser	desenvolvida	deve	compreender	o	ensino	da	arte	como	fundamental	
para o processo de aprendizagem relacionado à arte e a criatividade, sendo necessário que 
os	conteúdos	estejam	alinhados	aos	objetivos	específicos	ao	ensino	da	arte.
Na sequência, abordaremos sobre os conteúdos gerais da arte segundo os parâ-
metros curriculares nacionais. Como a arte possui uma abordagem de conteúdo bastante 
ampla,	é	preciso	compreender	esse	processo.	E,	para	finalizar,	a	última	seção	abordada	
nesta unidade traz a arte voltada para uma perspectiva inclusiva e como a arte é tratada 
na educação especial, um aspecto muito importante e necessário à sociedade a ser com-
preendido pela arte no contexto escolar. 
Bons estudos!
53UNIDADE III Expressão Dramática e Musical nos Diferentes Níveis e Modalidades de Ensino
1 OS CONTEÚDOS DE ARTE NOS DIFERENTES NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO 
E OS CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE CONTEÚDOS
Prezado	(a)	estudante,	você	já	parou	para	refletir	como	são	diversos	os	conteúdos	
da arte que o professor tem em mãos para trabalhar junto aos alunos? São múltiplas as 
possibilidades e ferramentas, assim é preciso se planejar e organizar o desenvolvimento 
das aulas de arte, tanto com uma abordagem teórica quanto uma abordagem prática. Neste 
sentido, Porto (2014) destaca quatro principais linguagens artísticas da abordagem peda-
gógica da arte, sendo: arte visual, música, dança e teatro.
A seguir, abordaremos os principais conteúdos englobados no ensino da arte e 
suas estratégias de ensino e avaliação.
Quando abordamos sobre os conteúdos do ensino de arte, é válido observar a 
riqueza	que	pode	ser	proporcionado	ao	estudante,	em	uma	gama	vasta	de	informações	e	
assuntos.
A	arte	pode	ser	discutida	através	de	produções	artísticas	visuais	por	meio	de	dese-
nhos,	pinturas,	gravuras,	colagem,	esculturas,	instalações,	cinema,	vídeos	e	outros	meios.	
Sendo	assim	é	papel	do	professor	planejar,	organizar,	e	identificar	os	diversos	conteúdos,	
bem como as maneiras deles sem melhor trabalhados em sala de aula. Assim, o docente 
não pode simplesmente transmitir o conteúdo, de forma automática e passiva, mas é pre-
ciso envolver e desenvolver o aluno em seu universo de aprendizagem. O aluno precisa 
desenvolver uma sensação de ser o agente ativo do processo, criando apreço pelo que 
54UNIDADE III Expressão Dramática e Musical nos Diferentes Níveis e Modalidades de Ensino
aprendeu, e também buscar mais esta desenvolturas, ou seja, com vontade de aprender, 
sendo dinâmico e proativo neste âmbito de conhecimento
Neste contexto, Edwards (1984) traz uma abordagem deste processo da arte no 
contexto escolar:
Desenhar é um processo curioso, tão interligado ao processo de ver que se-
ria difícil separar os dois. A capacidade de desenhar depende da capacidade 
de ver como um artista vê - e esta maneira de ver pode enriquecer enorme-
mente a vida de uma pessoa. (EDWARDS, 1984, p. 12).
Para que a arte possa ser assertiva no processo de ensino e aprendizagem, é 
necessário	que	 tenha	se	conteúdos	específicos	a	serem	oferecidos,	ou	seja,	conteúdos	
adequados	 a	 determinadas	 situações	 e	 necessidades	 de	 aprendizagem.	 Segundo	 esta	
abordagem, o papel do professor deve ser ativo e exigente e não simplesmente um fornece-
dor de materiais e um apoio emocional. No ensino de Arte é preciso aliar a teoria à prática, 
com o intuito de construir no discente um pensamento histórico crítico, necessário à uma 
aprendizagem assertiva, seguindo-se essa prática à análise das obras e dos conteúdos. 
Para a Base Nacional Comum Curricular - BNCC (2019), é proposta uma aborda-
gem	das	linguagens	de	maneira	que	se	articule	diversas	dimensões	do	conhecimento	que,	
simultaneamente,	 caracterizam	a	 singularidade	 da	 experiência	 artística.	Tais	 dimensões	
perpassam os conhecimentos das Artes visuais, da Dança, da Música e do Teatro e as 
aprendizagens os alunos em cada contexto social e cultural. 
Ainda	de	acordo	com	a	BNCC	 (2019),	essas	dimensões,	necessárias	para	uma	
mensuração da arte e seu processo de ensino, são:
• Criação: refere-se ao fazer artístico, quando os sujeitos criam, produzem e 
constroem. Trata-se de uma atitude intencional e investigativa que confere 
materialidade	estética	a	sentimentos,	 ideias,	desejos	e	 representações	em	
processos,	 acontecimentos	 e	 produções	 artísticas	 individuais	 ou	 coletivas.	
Essa dimensão trata do apreender o que está em jogo durante o fazer artís-
tico,	processo	permeado	por	tomadas	de	decisão,	entraves,	desafios,	confli-
tos,	negociações	e	inquietações.	
•	Crítica:	refere-se	às	impressões	que	impulsionam	os	sujeitos	em	direção	a	
novas	compreensões	do	espaço	em	que	vivem,	com	base	no	estabelecimen-
to	de	relações,	por	meio	do	estudo	e	da	pesquisa,	entre	as	diversas	experiên-
cias	e	manifestações	artísticas	e	culturais	vividas	e	conhecidas.	Essa	dimen-
são articula ação e pensamento propositivos, envolvendo aspectos estéticos, 
políticos,	históricos,	filosóficos,	sociais,	econômicos	e	culturais.
• Estesia: refere-se à experiência sensível dos sujeitos em relação ao espa-
ço, ao tempo, ao som, à ação, às imagens, ao próprio corpo e aos diferentes 
materiais. Essa dimensão articula a sensibilidade e a percepção, tomadas 
como forma de conhecer a si mesmo, o outro e o mundo. Nela, o corpo em 
sua totalidade (emoção, percepção, intuição, sensibilidade e intelecto) é o 
protagonista da experiência.
• Expressão: refere-se às possibilidades de exteriorizar e manifestar as cria-
ções	subjetivas	por	meio	de	procedimentos	artísticos,	tanto	em	âmbito	indi-
vidual quanto coletivo. Essa dimensão emerge da experiência artística com 
os elementos constitutivos de cada linguagem, dos seus vocabulários es-
55UNIDADE III Expressão Dramática e Musical nos Diferentes Níveis e Modalidades de Ensino
pecíficos	 e	 das	 suas	materialidades.	 195	 LINGUAGENS	–	ARTE	ENSINO	
FUNDAMENTAL 
• Fruição: refere-se ao deleite, ao prazer, ao estranhamento e à abertura para 
se sensibilizar durante a participação em práticas artísticas e culturais. Essa 
dimensão implica disponibilidade dos sujeitos para a relação continuada com 
produções	artísticas	e	culturais	oriundas	das	mais	diversas	épocas,	lugares	
e grupos sociais. 
•	Reflexão:	 refere-se	ao	processo	de	construir	 argumentos	e	ponderações	
sobre	as	fruições,	as	experiências	e	os	processos	criativos,	artísticos	e	cultu-
rais.	É	a	atitude	de	perceber,	analisar	e	interpretar	as	manifestações	artísticas	
e culturais, seja como criador, seja como leitor (BNCC 2019, p. 196).
Vemos	que	essas	dimensões	abordam	de	forma	bastante	construtiva	a	percepção	
da	 arte	 como	 experiência	 de	 aprendizagem.	 Essas	 dimensões	 são	 referência	 a	 serem	
abordadas em sala de aula, onde o professor deve trazer esse contexto de uma maneira 
de avaliação. Busca-se, desta maneira, um processo para a construção da arte no contexto 
escolar.
Após esses levantamentos, podemos compreender os conteúdos da arte no dife-
rentes níveis de ensino. 
A educação infantil é compreendida como sendo o início e base para a Educação 
Básica, necessário para otimizar as aprendizagens e desenvolvimento das crianças. Neste 
contexto, é preciso estruturar uma abordagem para a prática do diálogo, construindo uma 
identidade à criança, sobressaindo-se a construção dos sentidos, ou seja, é necessário que 
a criança venha a construir sua capacidade de assimilar, contendo o estímulo do professor. 
A	BNCC	(2019)	destaca	como	fundamental	neste	processo	as	interações	e	brincadeiras,	
como forma de experiência para as crianças.
A

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