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Tópicos de Atuação do Enfermeiro COMPLETO

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Vulnerabilidade
Surgiu no campo jurídico como modo de
reconhecer situações de fragilidade que
atingem certas populações, principalmente no
que concerne à não garantia de seus direitos
civis, políticos e sociais.
No campo da saúde coletiva:
→ O combate à epidemia de HIV/Aids
propiciou o destaque do conceito de
vulnerabilidade (Bertolozzi et al., 2009).
→ Nos anos 1980, as práticas de combate e
cuidado restritas aos "grupos de risco" não
foram capazes de responder adequadamente
ao avanço do agravo.
O Discurso Da Vulnerabilidade Produz
→ Leis voltadas à proteção dos grupos
sociais;
→ Práticas e intervenções de saúde e
proteção social;
→ Os modos como os sujeitos se
compreendem, vivem e se relacionam uns com
os outros.
→ Instigar processos de enfrentamento e
transformação.
→ Apostar na potência da vulnerabilidade, com
o intuito de abrir fendas, admitir uma
instabilidade que viabilize algo inédito, na saúde,
na assistência social e nos diversos territórios
onde a vulnerabilidade seja um indicador de
iniquidade, injustiça e desigualdade social
Vulnerabilidade Social
Relacionada com a EXCLUSÃO de cidadãos e
falta de representatividade e oportunidades.
Conceito multifatorial → pode ocorrer por
questões de moradia, renda, escolaridade,
entre outros.
Situação De Vulnerabilidade
Situação de risco → pessoas e/ou
comunidades estão numa situação de
fragilidade – seja por
MOTIVOS SOCIAIS,
ECONÓMICOS,
AMBIENTAIS OU OUTROS –
e por isso estão mais vulneráveis ao que
possa advir dessa exposição
Quem são os vulneráveis: :
★ Mulheres, Crianças e adolescentes,
★ Idosos, População em situação de rua,
★ Pessoas com deficiência ou sofrimento
mental
★ Comunidade LGBT (lésbicas, gays,
bissexuais, travestis e transexuais).
★ Povos indígenas
Desafios
Desenvolvimento de instrumentos que apóiem a
captação da realidade de vida e saúde que
auxiliem na leitura das necessidades e no
desencadeamento e sustentação de projetos
de intervenção que produzam o impacto
desejado:
Atender Os Grupos Sociais Que Mais Carecem
De Apoio Para Conquistar Autonomia Para
Viver A Vida Com Qualidade E A Consecução Do
Auto-Cuidado, No Cenário Da Equidade E Da
Justiça Social.
Saúde do Homem
População: 52 milhões → 55% da população
masculina
→ População alvo: 20 a 59 anos
Quando eles procuram os serviços de saúde?
Por meio da atenção especializada, já com o
problema de saúde instalado e evoluindo de maneira
insatisfatória.
Consequência:
-> Agravo da morbidade; Maior sofrimento; Menor
possibilidade de resolução; Maior ônus para o
Sistema Único de Saúde.
Conclusão: Muitas doenças poderiam ser evitadas
se os homens procurassem os serviços de saúde
com mais regularidade pela porta de entrada do
SUS, que é a APS/Estratégia Saúde da Família.
Aspectos Sócio-Culturais
→ medo de descobrir doenças;
→ nunca vão adoecer e por isso não se cuidam;
→ Não procuram os serviços de saúde e não
seguem os tratamentos recomendados;
→ mais expostos aos acidentes de trânsito e de
trabalho;
→ Apresentam vulnerabilidades específicas →
maior suscetibilidade à infecção de DST/Aids;
→ Utilizam álcool e outras drogas em maior
quantidade;
→ Estão envolvidos na maioria das situações de
violência;
→ Não praticam atividade física com regularidade.
Distribuição (%) dos óbitos segundo sexo e idade.
Brasil
Principais causas de morbidade hospitalar da
população de 20 a 59 anos. Brasil
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À
SAÚDE DO HOMEM - PNAISH PORTARIA Nº 1.944,
DE 27 DE AGOSTO DE 2009.
DIRETRIZ
→ Promover ações de saúde que contribuam
significativamente para a compreensão da
realidade singular masculina nos seus diversos
contextos sócio-culturais e político-econômicos,
respeitando os diferentes níveis de desenvolvimento
e organização dos sistemas locais de saúde e tipos
de gestão de Estados e Municípios.
LINHAS DE AÇÃO
1. Criar estratégias para sensibilizar e atrair
por meio de ações ampliadas (em
diferentes espaços da comunidade, onde
os homens estão) e da reconfiguração de
estruturas e práticas da ESF/APS, com
especial foco na sensibilização e
capacitação da equipe de saúde;
2. Definir estratégias contextualizadas com
base no reconhecimento da diversidade
(idade, condição socioeconômica, local de
moradia, diferenças regionais e de
raça/etnia, deficiência física e/ou mental,
orientação sexual e identidades de
gênero, entre outras;
3. Desenvolver campanhas sobre a
importância dos homens cuidarem da
saúde, tendo como público alvo,
homens, mulheres e profissionais
de saúde.
Incluir os homens como sujeitos nos programas de
saúde /direitos sexuais e reprodutivos,
especialmente no que se refere às ações de
contracepção, pré-natal e puericultura e cuidados
familiares;
Promover articulação entre os diferentes níveis de
atenção, especialmente entre a emergência e a
atenção primária, para que possam receber, além de
atendimento humanizado em pronto-socorros, a
garantia de continuidade da assistência (a partir da
concepção de linhas de cuidado);
Apoiar ações e atividades de promoção de saúde
para facilitar o acesso da população masculina aos
serviços de saúde;
Por que uma Política Nacional de Atenção Integral
à Saúde do Homem?
MORTALIDADE
→ A cada 3 pessoas que morrem no Brasil, 2 são
HOMENS.
→ A cada 5 pessoas que morrem de 20 a 30 anos,
4 são HOMENS.
→ Os homens vivem, em média, sete anos e meio a
menos que as mulheres
MORBIDADE
→ em relação às mulheres, os homens são mais
vulneráveis às doenças → enfermidades graves e
crônicas, além de morrerem mais precocemente.
→ Muitos agravos poderiam ser evitados caso os
homens realizassem, com regularidade, as medidas
de prevenção primária.
DIAGNÓSTICO
→ Reflexão da especificidade da saúde da
população masculina indicam linhas temáticas que
estruturam o debate sobre a saúde do homem
ASPECTOS SOCIOCULTURAIS
1. Política Nacional de Saúde do Homem em
destaque
2. Qualificar a saúde da população masculina
na faixa etária entre 20 e 59 anos,
oferecendo diagnóstico precoce e
prevenção de doenças cardiovasculares,
cânceres e outras, como diabetes e
hipertensão.
EIXOS NORTEADORES - PNAISH
1. Acesso e Acolhimento
2. Saúde/Direito Sexual e Reprodutiva/o
Paternidade e Cuidado
3. Prevenção de Acidentes e Violências
4. Doenças Prevalente da População
Masculina
Violência
O homem é mais vulnerável à violência → autor ou
vítima.
Adolescentes e jovens são os que mais sofrem
lesões e traumas devido a agressões, e as
agressões sofridas são mais graves e demandam
maior tempo de internação, em relação às sofridas
pelas mulheres
→ Agressividade → biologicamente associada ao
sexo masculino e, em grande parte, vinculada ao uso
abusivo de álcool, de drogas ilícitas e ao acesso as
armas de fogo.
Alcoolismo e Tabagismo
Homens e mulheres bebem com frequência
diferentes. Características a serem observadas:
→ os homens iniciam precocemente o consumo de
álcool, tendem a beber mais e a ter mais prejuízos
em relação à saúde do que as mulheres.
Pessoas com deficiência
Com graus diferentes de dificuldade ou de
incapacidade de enxergar, ouvir, locomover-se e/ou
com deficiência intelectual.
O maior número absoluto de pessoas com
deficiência encontra-se na população de 40 a 49
anos de idade.
Predomina o grupo de pessoas com pelo menos
alguma dificuldade para enxergar.
No caso da deficiência intelectual, auditiva e física o
maior contingente é de homens.
Adolescência e velhice
São o principal grupo de risco para mortalidade
por homicídio com ênfase em afro descendentes,
que residem em bairros pobres ou nas periferias
das metrópoles, com baixa escolaridade e pouca
qualificação profissional.
Na velhice, os homens são levados a se confrontar
com a própria vulnerabilidade, sobretudo porque
nessa etapa do ciclo de vida muitos homens são
levados a procurar ajuda médica diante de quadros
irreversíveis de adoecimento, por não terem
lançado mão de ações de prevenção ou de
tratamento precoce para as enfermidades
Indicadores de mortalidade
A maior porcentagem de óbitos deve-se às:
causas externas
→ acidentes de transporte, lesõesautoprovocadas
voluntariamente
as agressões.
Os óbitos por causas externas constituem a
primeira causa de mortalidade no grupo
populacional dos 15 aos 59 anos
doenças do aparelho circulatório
→ infarto agudo do miocárdio, acidente vascular
cerebral, insuficiência cardíaca
os tumores
→ Os tumores que incidem com maior freqüência
na população masculina são oriundos dos aparelhos
digestivo, respiratório e urinário. (brônquios e
pulmões, estômago)
→ tumores malignos: Pele Não Melanoma, Próstata,
Traquéia, Brônquio e Pulmão, Estômago, Cólon e
Reto, Cavidade Oral e Esôfago.
O Câncer da próstata é uma neoplasia de evolução
muito lenta, de modo que a mortalidade poderá ser
evitada quando o processo é diagnosticado e
tratado com precocidade.
A próstata é uma glândula que só o homem possui e
que se localiza na parte baixa do abdômen.
Ela é um órgão muito pequeno, tem a forma de
maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do
reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra,
tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é
eliminada.
A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso
que contém os espermatozóides, liberado durante o
ato sexual.
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais
comum entre os homens (atrás apenas do câncer de
pele não-melanoma).
É o quarto tipo mais comum e o segundo mais
incidente entre os homens.
A taxa de incidência é maior nos países
desenvolvidos em comparação aos países em
desenvolvimento.
Principais sintomas- CA prostata
1. Dificuldade em urinar, muitas vezes com
jato fraco ou em gotas;
2. Dor ou ardor ao urinar;
3. Vontade frequente de urinar, acordando
de noite para urinar;
4. Sensação de que a bexiga ainda está
cheia, mesmo após urinar;
5. Urina escura devido à presença de sangue;
6. Dor ao ejacular e sêmen escurecido.
Diagnóstico
Uma vez que não causa sintomas no início da sua
evolução, é aconselhado que os homens após os 50
anos de idade façam regularmente exames que
permitam avaliar alterações na próstata, como o
toque retal ou o exame de PSA.
Se durante o toque retal o médico palpar um
nódulo, a próstata deve ser mais investigada
através de uma ultrassonografia, biópsia guiada por
ultrassonografia e exames de urina.
Estes exames normalmente devem ser realizados 1
vez por ano a partir dos 50 anos de idade, mas
quando há histórico familiar de câncer de próstata,
a prevenção deve ser feita a partir dos 45 anos.
Exame: PSA - Exame de sangue (avalia o hormônio
PSA, que tem como resultados normais valores
menores do que 4 ng/ml)
as doenças do aparelho digestivo
→ doenças do fígado → responsáveis por 70%
das causas de morte de homens de 25-59 anos.
doenças do aparelho respiratório
Objetivos Específicos
1. Promover a atenção integral à saúde do
homem nas populações indígenas,negras,
quilombolas, gays, bissexuais, travestis,
transexuais, trabalhadores rurais, homens
com deficiência, em situação de risco, em
situação carcerária, desenvolvendo
estratégias voltadas para a promoção da
equidade para distintos grupos sociais;
2. Organizar, implantar, qualificar e humanizar,
em todo território brasileiro, a atenção
integral à saúde do homem, dentro dos
princípios que regem o Sistema Único de
Saúde:
→ Fortalecer a assistência básica no cuidado com o
homem, facilitando e garantindo o acesso e a
qualidade da atenção necessária ao enfrentamento
dos fatores de risco das doenças e dos agravos à
saúde;
3. Formar e qualificar os profissionais da
rede básica para o correto atendimento à
saúde do homem
4. Estimular, na população masculina, através
da informação, educação e comunicação, o
autocuidado da saúde;
5. Promover a parceria com os movimentos
sociais e populares, e outras entidades
organizadas para divulgação ampla das
medidas;
6. Manter interação permanente com as
demais áreas governamentais no sentido
de efetuar, de preferência, ações
conjuntas, evitando a dispersão
desnecessária de recursos
VACINA DUPLA ADULTO - dT
Infecções Sexualmente
Transmissíveis
OMS – Brasil = 12 milhões de novos casos
curáveis de IST/ano
→ Principal fator facilitador da transmissão sexual
do HIV
Para expandir a qualidade e
acesso das intervenções em ISTs
1. Ampliação das ações de promoção e
prevenção;
2. Inserção dos grupos mais vulneráveis ;
3. Acesso social aos insumos para adoção de
práticas mais seguras (preservativos, gel
lubrificante, kits de redução de danos);
Eqüidade
4. Responsabilidades do Ministério da Saúde,
Estados e Municípios;
5. Aquisição e distribuição de medicamentos/
anti-retrovirais e para tratamento de
infecções oportunistas
CAUSAS
→ Dados epidemiológicos escassos (notificação não
compulsória)
→ Profissionais da saúde não preparados
→ Baixa resolutividade dos serviços de saúde
CONSEQUÊNCIAS
→ Automedicação
→ Tratamento inadequado
→ Manutenção de portadores assintomáticos
→ Complicações graves
I.S.T: CUSTO PARA TRATAR UM CASO HIPOTÉTICO
(AS I.S.T CURÁVEIS) = R$ 15,00
→ PARA TRATAR UM PORTADOR DE HIV/AIDS =
R$ 9.000/ ano
TRATAMENTO SINDRÔMICO
OBJETIVOS
→ Diagnóstico precoce
→ Tratamento adequado e imediato
→ Prevenção de novas ocorrências
→ Interrupção da cadeia de transmissão
→ Tratamento dos(as) parceiros(as)
→ Rastreamento de outras IST
→ Evitar o desenvolvimento da doença
Protocolos clínicos de
tratamento
→ Diagnóstico sindrômico (ponta iceberg)
→ Tto personalizado para a região e grupos
→ Educação
→ Política de preservativos
→ Aconselhamentos oportunos
– >Busca-notificação e tratamento de parceiros
(base do iceberg)
IST mais Comuns
Curáveis (bacteriana )
→ Sífiles, Cancro Mole, Gonorréia, Infecção
Clamidiana e Tricomoníase.
Incuráveis (virais)
→ HIV/AIDS, HPV, Hepatite B e Herpes Genital.
NOTIFICAÇÃO
obrigatória se :
→ sífilis adquirida, em gestante,congênita,
hepatites virais B e C, aids, infecção pelo HIV, HIV
em gestante, parturiente ou puérpera e criança
exposta ao risco de transmissão vertical do HIV.
CORRIMENTO URETRAL
URETRITE GONOCÓCICA
Ag. Etiológico: N. gonorrhoeae
P.Incubação: 2 - 5 dias
Q. Clínico: Ardência miccional, Corrimento abundante
e purulento
( amarelado ou esverdeado)
70% mulheres assintomáticas
COMPLICAÇÕES:
não tratada → esterilidade.
O bebê de uma mulher infectada pode ser
contaminada no parto e ficar cego, a menos que
seja tratado
Uretrite gonocócica aguda
Secreção uretral: secreção uretral
amarelo-esverdeada acompanhada com frequência
de ardência e dor à micção.
ÚLCERAS GENITAIS
SÍFILIS
Ag. Etiológico: Treponema pallidum
Classificação: Adquirida: Recente – Menos de 1
ano de duração
Tardia + que 1 ano de duração
P. Incubação: 10 – 90 dias (21 dias)
Local mais freqüente: H – Glande e sulco BP
M - Pq. Lábios e parede Vaginal
Q. Clínico: Lesão ulcerada, única, base endurecida,
fundo liso
SÍFILIS PRIMÁRIA
lesão no local de inoculação que pode durar de 1 a
20 dias ·
→ lesão única, em área genital ou oral, com 1 a 2
cm, indolor, com secreção serosa, escassa, que
extravasa à leve pressão
Sífilis Recente (primária) - Cancro duro
Úlcera em pênis: lesão única, bem definida; fundo
limpo; bordas elevadas. Geralmente indolor.
SÍFILIS SECUNDÁRIA
manchas não ulceradas → pele e mucosas, na
região palmar e plantar, após 4 a 8 semanas do
aparecimento da primeira lesão
comprometimento de gânglios e meninges (associada
a cefaléia).
agrupamento e localização das lesões nas regiões
genital, anal, axilar, espaços interdigitais e pregas
submamárias .
podem ocorrer múltiplas lesões papulosas, de
aspecto aveludado, marrom pálido ou rosa,
confluentes e secretantes
Sífilis Recente (secundária) – Fase exantemática
Roséolas palmares e plantares: lesões
exantemáticas em pele do corpo, acompanhadas
dessas lesões em palmas de mãos e/ou plantas dos
pés
SÍFILIS TERCIÁRIA
após 3 a 12 anos da inoculação → compromete
tecidos ósseo, visceral e neurológico
Sífilis Tardia (terciária)
Goma sifilítica: lesões nodulares que sofrem
processo de degeneração. → reação de
hipersensibilidade ao Treponema, não sendo
infectantes, portanto
.
SÍFILIS CONGÊNITA
Disseminação hematogênica da bactéria Treponema
pallidum,da gestante para o feto.
ATENÇÃO!!
→ A transmissão materna pode ocorrer em
qualquer fase gestacional.
→ A taxa de transmissão vertical da sífilis, em
mulheres não tratadas, é de 70 a 100%, nas fases
primária e secundária da doença.
→ Ocorre morte perinatal em 40% das
crianças infectadas
Os casos continuam a ocorrer, apesar do
tratamento com penicilina ser conhecido há mais de
meio século, de fácil acesso , de baixo custo e sem
relato de resistência pela bactéria.
As estratégias de controle da sífilis não são
eficientes em manter a meta do Ministério da
Saúde de eliminação da sífilis congênita no nosso
país (o que significa até 1 caso de sífilis
congênita/1000 nascidos vivos/ano).
Notificação compulsória no Brasil desde 1986!!!
TRANSMISSÃO
→ para o feto em gestações sucessivas, em
QUALQUER PERÍODO DA GESTAÇÃO e em qualquer
fase da doença.
→ Quanto mais recente a sífilis materna, maior é a
taxa de transmissão para o concepto.
→ A transmissão vertical (mãe-concepto) é a
disseminação do microorganismo através da
placenta, das membranas e fluidos amnióticos
→ recém-nascido pode ser infectado pelo contato
com lesão genital materna.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A infecção intra-uterina pode resultar em
aborto, parto prematuro, natimorto e morte
neonatal em até 40% dos casos.
→ A maioria dos RN é assintomática.
Manifestações clínicas da sífilis recente
(até 2 anos) Até 70% dos casos assintomáticos.
Alterações mucocutâneas
Alterações ósseas
Diagnóstico
TESTES TREPONEMICOS
detectam anticorpos específicos produzidos contra
os antígenos de T. pallidum
São os primeiros a se tornarem reagentes, podendo
ser utilizados como primeiro teste ou teste
complementar.
Em 85% dos casos, permanecem reagentes por toda
vida, mesmo após o tratamento e, por isso, não são
indicados para o monitoramento da resposta ao
tratamento.
Testes NAO TREPONEMICOS
Permitem a análise qualitativa e quantitativa
Detectam anticorpos anticardiolipina nao específicos
para os antigenos do T. pallidum
São utilizados para o diagnóstico (como primeiro
teste ou teste complementar) e também para o
monitoramento da resposta ao tratamento e
controle de cura.
→ Resultados em títulos e é considerado positivo
título 1/1.
O tratamento é considerado eficaz caso haja queda
de 4 vezes os títulos durante o seguimento.
TESTES IMUNOLÓGICOS
Exames Complementares- Congênita
É considerado cura sorológica a queda dos títulos
no VDRL (2 diluições ou diminuição de 4 vezes os
títulos: por exemplo, de 1/8 para 1/2; ou 1/128 para
1/32).
TRATAMENTO
Iniciar imediatamente o esquema terapêutico
preconizado de acordo com o estágio da doença,
considerando também o diagnóstico e tratamento
do parceiro sexual.
Devido ao cenário epidemiológico atual,
recomenda-se TRATAMENTO IMEDIATO, COM
BENZILPENICILINA BENZATINA, após apenas um
teste reagente para sífilis (teste treponêmico ou
teste não treponêmico) para as seguintes situações
independentemente dos sinais e sintomas:
1. Gestantes;
2. Vítima de violência sexual;
3. Pessoas com chance de perda de
seguimento;
4. Pessoas com sinais e/ou sintomas de sífilis
primária ou secundária;
5. Pessoas sem diagnóstico prévio de sífilis
→ PENICILINA BENZATINA na dose adequada à
fase da sífilis
→ Realização de VDRL mensal após o tratamento
→ Tratamento do parceiro concomitante
Gestantes : Tratamento realizado até 30 dias que
antecederam o parto
Prescrição pelo Enfermeiro
Pode e deve ser realizada pelo
ENFERMEIRO.
Os Enfermeiros podem prescrever a penicilina
benzatina, conforme protocolos estabelecidos pelo
ministério da saúde, secretarias estaduais,
secretarias municipais, distrito federal ou em rotina
aprovada pela instituição de saúde.
A ausência do médico na unidade básica de saúde
não é motivo para não realização da administração
oportuna da penicilina benzatina por profissionais
de enfermagem.
O receio de ocorrência de reações adversas não é
impeditivo para a administração de benzilpenicilina
benzatina na Atenção Básica, desde que haja o
suporte para o atendimento de urgência
A benzilpenicilina benzatina deve ser administrada
exclusivamente por via intramuscular (IM). A região
ventro-glútea é a via preferencial.
Sífilis: parcerias sexuais
⅓ das parcerias sexuais de pessoas com sífilis
recente desenvolveram sífilis dentro de 30 dias da
exposição.
além da avaliação clínica e do seguimento
laboratorial, se houve exposição a pessoa com sífilis
(até 90 dias), recomenda-se oferta de tratamento
presuntivo a esses parceiros sexuais
(independentemente do estágio clínico ou sinais e
sintomas), com dose única de benzilpenicilina
benzatina 2,4 milhões, UI, IM (1,2 milhão de UI em
cada glúteo).
Tratamento Crianças
assintomáticas
→ Tratamento com benzilpenicilina benzatina
→ dose única é eficaz para prevenção de evidência
clínica de sífilis congênita e queda de titulação de
teste não treponêmico
Cuidados durante o tratamento
→ O intervalo entre as doses deve ser de 7 dias
para completar o tratamento.
→ No entanto, caso esse intervalo ultrapasse 1 dia,
o esquema deve ser reiniciado
→ Exames (teste não treponêmico) devem ser
repetidos mensalmente até a cura;
→ Ao término do tratamento da gestante,
indica-se a realização de VDRL mensal, para
controle de cura e investigação de reinfecção;
HEPATITE B
Inflamação do fígado provocada pelo vírus da
hepatite B (HBV). Quando evolui para uma infecção
crônica, destrói as células do órgão e pode causar
cirrose e câncer de fígado.
Fatores de risco
1. Relações sexuais desprotegidas.
2. Tipo de prática sexual (oro-anal,
oro-genital).
3. Relacionamento sexual (passivo ou ativo).
4. Concomitância de outras DST (sífilis, cancro
mole, gonorréia, herpes genital e/ou oral
etc.).
5. Compartilhamento de seringas e agulhas.
cirrose hepática
HPV
→ verrugas genitais, condiloma acuminado ou crista
de galo.
→ 90 % das contaminações acontecem por meio
das relações sexuais
→ Número de mulheres infectadas é o dobro dos
homens. 99,8% dos casos de Ca de colo de útero
estão associados ao HPV.
→ A chance de regressão da infecção por HPV, ou
seja, a cura, é de 65%.
→ A persistência do vírus no organismo ocorre em
20% dos casos
→ A infecção evolui em 15% dos casos
CONDILOMA ACUMINADO
(verruga genital, crista de galo)
Ag. Etiológico: DNA vírus (100 tipos identificados )
Divididos em 3 grupos (potencial oncogênico)
Quadro clínico: >> assintomáticos
Lesões subclínicas
Lesões exofíticas
★ Vírus DNA de dupla fita
★ Mais de 150 tipos identificados
★ 12 são oncogênicos
★ HPV-16 , 18 são responsáveis por cerca
de 70% dos casos de câncer de colo de
útero (é terceiro tipo de câncer mais
frequente entre as mulheres)
Tipos não oncogênicos
HPV-6 e 11 são mais freqüentemente associados a
verrugas genitais externas
Tipos vírus HPV
O PAPEL DO HPV NO CÂNCER DE
COLO DE ÚTERO
→ O vírus HPV infecta a pele e as mucosas
→ A maioria das infecções são transitórias e
apenas 10% das mulheres infectadas irão
apresentar alguma manifestação clínica que são o
câncer de colo do útero e as verrugas genitais
→ transmissão: contato direto com a pele ou
mucosa infectada, e a principal forma de contágio é
a sexual. A transmissão também pode ser vertical
→ A infecção pelo HPV é causa necessária mas
não suficiente para o desenvolvimento do câncer,
outros fatores também poderão interferir: início
precoce da vida sexual, multiparidade, tabagismo e
fatores genéticos
→ O período de incubação é cerca de 2 a 8 meses
mas pode demorar até 20 anos
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
→ contato com o vírus → aparecimento das
verrugas podem ocorrer de três semanas a oito
meses.
→ (Como não é conhecido o tempo que o vírus
pode permanecer no estado latente e quais os
fatores que desencadeiam o aparecimento das
lesões, não é possível estabelecer o intervalo
mínimo entre a contaminação e o desenvolvimento
das lesões, que pode ser de algumas semanas até
anos ou décadas)
Condiloma Acuminado
Lesões vegetantes verrucosas em pênis: observar
que as lesões são verrucosas, multifocais, com
aparência de crista de galo ou couve-flor.COMO O HPV É TRANSMITIDO?
→ altamente contagioso, sendo possível
contaminar-se com uma única exposição, e a sua
transmissão acontece por contato direto com a
pele ou mucosa infectada.
A principal forma é pela via sexual, que inclui
contato oral-genital, genital-genital ou mesmo
manual-genital.
→ O contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na
ausência de penetração vaginal ou anal.
→ Também pode haver transmissão durante o
parto. Embora seja raro, o vírus pode propagar-se
também por meio de contato com a mão.
→ Como muitas pessoas portadoras do HPV não
apresentam nenhum sinal ou sintoma, elas não
sabem que são portadoras do vírus, mas podem
transmiti-lo.
COMO O HPV SE MANIFESTA?
→ Na maioria dos casos, o HPV não apresenta
sintomas e é eliminado pelo organismo
espontaneamente.
→ O HPV pode ficar no organismo durante anos
sem a manifestação de sinais e sintomas.
→ Em uma pequena % de pessoas, determinados
tipos de HPV
podem persistir durante um período mais longo,
permitindo o desenvolvimento de alterações das
células, que podem evoluir para as doenças
relacionadas ao vírus.
→ Essas alterações nas células podem causar
verrugas genitais, lesão pré-maligna de câncer
(também chamada de lesão precursora), vários tipos
de cânceres, como os do colo de útero, vagina,
vulva, ânus, pênis e orofaringe.
As VERRUGAS GENITAIS SÃO
MUITO COMUNS?
→ Aproximadamente 10% das pessoas (homens e
mulheres) terão verrugas genitais ao longo de suas
vidas. As verrugas genitais podem aparecer
semanas ou meses após o contato sexual com uma
pessoa infectada pelo HPV.
O QUE OCORRE QUANDO UM
INDIVÍDUO É INFECTADO PELO
HPV?
1. A maioria dos indivíduos consegue eliminar
o vírus naturalmente em cerca de 18
meses, sem que ocorra nenhuma
manifestação clínica.
2. Em um pequeno número de casos, o vírus
pode se multiplicar e provocar o
aparecimento de lesões, (verrugas genitais)
(visíveis a olho nu) ou “lesões
microscópicas” que só são visíveis através
de aparelhos com lente de aumento. (a
lesão “microscópica” é chamada de lesão
Subclínica).
→ A verruga genital é altamente contagiosa e a
infecção subclínica tem menor poder de
transmissão, porém esta particularidade ainda
continua sendo muito estudada.
3. O vírus pode permanecer no organismo por
vários anos, sem causar nenhuma
manifestação clínica e/ou subclínica. A
diminuição da resistência do organismo
pode desencadear a multiplicação do HPV
e, consequentemente, provocar o
aparecimento de lesões clínica s e/ou
subclínicas
Mecanismos da Transmissão e
Aquisição do HPV
→ Contato Sexual
→ Por intermédio de intercurso sexual ( 99%)
→ Genital-genital, manual-genital, oral-genital
→ A infecção genital pelo HPV em virgens é rara,
mas pode resultar de contato sexual não
penetrativo
→ O uso de preservativo pode reduzir o risco, mas
não é totalmente seguro
Rotas não-sexuais: Mãe para o recém-nascido
(transmissão vertical, rara)
Objetos (roupas íntimas , luvas cirúrgicas, fórceps
para biópsias, etc.,)
→ Hipóteses ainda não devidamente documentadas
OS HPV SÃO FACILMENTE
TRANSMITIDOS?
Depende tanto dos fatores virais quanto do
hospedeiro, mas de uma forma geral, o risco de
transmissão é de 65% para as lesões verrucosas e
25% para as lesões subclínicas.
→ O HPV é o principal vírus relacionado com as IST
em qualquer lugar do mundo.
→ Como nas infecções latentes não há expressão
viral, estas infecções não são transmissíveis.
→ Porém, a maioria das infecções é transitória. Na
maioria das vezes, o sistema imunológico consegue
combater de maneira eficiente esta infecção
alcançando a cura, com eliminação completa do
vírus, principalmente entre as pessoas mais jovens.
EM QUE LOCAIS DO CORPO SÃO
ENCONTRADOS OS HPV?
→ regiões anogenitais como vulva, vagina, ânus e
pênis.
→ Pode aparecer em qualquer parte do nosso
corpo, bastando ter o contato do vírus com a pele
ou mucosa com alguma lesão, ou seja, pele e
mucosas não íntegras.
→ Manifestações extra genitais mais frequentes
são observadas na cavidade oral e trato
aerodigestivo, tanto benignas quanto malignas.
A EVOLUÇÃO DA INFECÇÃO PELO
HPV É IGUAL PARA O HOMEM E
PARA A MULHER?
Na maioria das vezes, desconhecem que são
portadores do vírus, especialmente quando não
apresentam verrugas visíveis, mas podem transmitir
o vírus aos seus parceiros sexuais.
A evolução, a manifestação e o tratamento são
diferentes no homem e na mulher. Isto se deve,
principalmente,às diferenças anatômicas e hormonais
existentes entre os sexos.
→ O órgão genital da mulher possibilita maior
desenvolvimento e multiplicação do HPV, podendo
ocorrer complicações mais sérias, como lesões, que,
se não tratadas, podem evoluir para câncer.
COMO O HPV PODE SER
DIAGNOSTICADO EM HOMENS E
MULHERES?
As verrugas genitais encontradas no ânus, no pênis,
na vulva, ou em qualquer área de pele podem ser
diagnosticadas pelos:
→ exames urológico (pênis),
→ ginecológico (vulva)
→ dermatológico (pele),
O diagnóstico subclínico das lesões precursoras do
câncer do colo de útero, produzidas pelos
papilomavírus, pode ser realizado pelo exame
citopatológico (exame preventivo de Papanicolau).
O diagnóstico das verrugas anogenitais pode ser
feito em homens e em mulheres por meio do exame
clínico.
As lesões subclínicas podem ser diagnosticadas por
meio de:
1. Exames laboratoriais (citopatológico,
histopatológico e de biologia molecular)
2. Instrumentos com poder de magnificação
(lentes de aumento),
3. Aplicação de reagentes químicos para
contraste (colposcopia, peniscopia,
anuscopia).
Para distinguir a lesão benigna da maligna,são
realizadas biópsias e confirmação histopatológica.
Qual a relação entre HPV E
CÂNCER?
A infecção pelo HPV é muito frequente embora seja
transitória, regredido espontaneamente na maioria
das vezes.
Pequeno número de casos nos quais a infecção
persiste pode ocorrer o desenvolvimento de lesões
precursoras que, se não forem identificadas e
tratadas, podem progredir para o câncer,
principalmente no colo do útero, mas também na
vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca.
PREVENÇÃO
1. Manter cuidados higiênicos;
2. Ter parceiro fixo ou reduzir o número de
parceiros;
3. Usar preservativos durante toda a relação
sexual;
4. Visitar regularmente um serviço de saúde
para fazer todos os exames de prevenção.
Na maioria das vezes, os homens não manifestam a
doença. Ainda assim, são transmissores do vírus
HPV e Imune - resposta
A imuno-resposta natural à infecção pelo HPV é
demorada e imprevisível.
A vacina conferirá respostas imunes mais potentes
do que aquela da exposição:
→ Maior quantidade de antígenos
→ Títulos de anticorpos mais elevados
→ Anticorpos neutralizantes específicos
diretamente relacionados à eficácia
→ Talvez, novos estudos estabeleçam proteção
cruzada (16,18 e 31,45)
Tratamento:
1. Remoção das verrugas
sintomáticas(destruição química ou física
das lesões)
2. Medicamentos para estimular a resposta
imunológica do organismo.
objetivo de reduzir,remover ou destruir a lesões
provocadas pelo HPV, através de medicamentos ou
pequenas cirurgias
VACINAÇÃO
Existem dois tipos de vacina HPV.
→ A vacina quadrivalente recombinante, que
confere proteção contra HPV tipos 6, 11, 16 e 18,
→ Vacina bivalente que confere proteção contra
HPV tipos 16 e 18.
A VACINA QUADRIVALENTE está aprovada no Brasil
para prevenção de:
→ lesões genitais pré-cancerosas do colo do
útero, de vulva e de vagina em mulheres, e anal em
ambos os sexos, relacionadas aos HPV 16 e 18,
e verrugas genitais em mulheres e homens,
relacionadas aos HPV 6 e 11.
→ indicação para mulheres e homens entre 9 e 26
anos de idade,
Ministério da Saúde
Nas meninas entre 9 e 13 anos não expostas aos
tipos de HPV 6, 11, 16 e 18, a vacina é altamente
eficaz, induzindo a produção de anticorpos em
quantidade dez vezes maior do que a encontrada
em infecção naturalmente adquirida em um prazo
de dois anos.
Há evidências de que a vacina confere maior
proteção e indicação para pessoas que nunca
tiveram contato com o vírus, induzindo a produção
de 10 vezes mais anticorpos que uma infecção
natural peloHPV..
Doação de órgãos
→ A concessão de partes do corpo para fins
terapêuticos.
→ Processo denominado TRANSPLANTE.
O transplante é um procedimento cirúrgico em que
um órgão ou tecido presente na pessoa doente
(receptor), é substituído por um órgão ou tecido
sadio proveniente de um doador.
→ De um doador é possível obter vários
órgãos e tecidos para realização do transplante.
Podem ser doados rins, fígado, coração, pulmões,
pâncreas, intestino, córneas, valvas cardíacas, pele,
ossos e tendões.
Qualquer pessoa pode doar órgãos, desde que
concorde com a doação e que não prejudique a sua
saúde.
→ O DOADOR VIVO pode doar um dos rins, parte
do fígado, e da medula óssea ou parte do pulmão.
De acordo com a legislação, parentes até o quarto
grau podem ser doadores. Não parentes, somente
com autorização judicial.
DOADORES FALECIDOS, é preciso a constatação de
MORTE ENCEFÁLICA, geralmente vítimas de dano
cerebral irreversível, como traumatismo craniano ou
acidente vascular cerebral (AVC), e é necessário o
consentimento da família.
O que é morte encefálica?
Perda completa e irreversível das funções
encefálicas cerebrais, definida pela cessação das
funções corticais e do tronco encefálico ou tronco
cerebral.
A parada cardíaca será inevitável e, embora ainda
haja batimentos cardíacos, a respiração não
acontecerá sem ajuda de aparelhos e o coração
não baterá por mais de algumas poucas horas.
Por isso, a MORTE ENCEFÁLICA CARACTERIZA A
MORTE DE UM INDIVÍDUO.
→ Quando constatada a morte encefálica, que é
irreversível, o óbito da pessoa é declarado. Nesta
situação, os órgãos e tecidos podem ser doados
para transplante, mas apenas após o consentimento
familiar.
Diagnóstico da morte encefálica
Deve ser feita por médicos com capacitação
específica, observando o protocolo estabelecido
que define critérios precisos, padronizados e
passíveis de serem realizados em todo o território
nacional.
→ Os critérios para identificar a morte cerebral ou
encefálica são rígidos, sendo necessários dois
exames clínicos com intervalo mínimo de uma hora,
realizados por médicos diferentes.
Lei dos Transplantes
A Lei nº 9.434/2017 → estabelece que a doação
de órgãos após a morte só pode ser realizada
quando for constatada a morte encefálica.
Quando o óbito ocorreu por parada
cardiorrespiratória (coração parado), pode ser
realizada apenas a doação de tecidos (córnea, pele
e ossos, por exemplo).
ATENÇÃO
No Brasil, o Decreto 9.175/2017 2 instituiu que os
órgãos podem ser doados ainda em vida ou após
diagnóstico de morte encefálica, que, conforme a
Resolução 2.173/2017 do Conselho Federal de
Medicina, é determinada pelo fim das funções
encefálicas, definida pela cessação das atividades
corticais e de tronco encefálico.
Legislação atual
Segundo a Lei de Transplantes, para se proceder à
doação de órgãos, o diagnóstico da morte cerebral
deve ser constatado e registrado por dois médicos
não participantes das equipes de remoção e
transplante.
A lei permite a presença de médico de confiança da
família do falecido no ato da comprovação da morte
cerebral.
Embora qualquer pessoa possa deixar por escrito
que quer doar órgãos após a morte, a LEI
BRASILEIRA EXIGE AUTORIZAÇÃO DE CÔNJUGE
OU PARENTE MAIOR DE IDADE, ATÉ O SEGUNDO
GRAU, para retirada de tecidos, órgãos e partes do
corpo de pessoas falecidas para transplantes ou
outras finalidades terapêuticas.
Sistema Nacional de
Transplantes (SNT)
O Brasil possui o MAIOR PROGRAMA PÚBLICO de
transplante de órgãos, tecidos e células do mundo,
que é garantido a toda a população por meio do
SUS, responsável pelo financiamento de cerca de
95% dos transplantes no país
→ É o 2º maior transplantador do mundo, atrás
apenas dos EUA
QUAIS OS PROBLEMAS?
Longas filas prioritárias de espera e uma certa
“marginalização” de tais necessitados, inclusive por
seus familiares.
PORQUE ????
1. Falta de esclarecimentos conceituais sobre
a morte encefálica.
2. Questões religiosas , crenças e valores
preexistentes e ao momento difícil
enfrentado pelos familiares
3. Questões familiares, Acolhimento
4. A disponibilidade do entrevistador e a
busca compartilhada pela melhor
alternativa para a situação;
5. Subnotificação dos diagnósticos de morte
encefálica confirmados para as centrais de
notificação;
6. Captação e distribuição de órgãos, devido
aos possíveis problemas logísticos;
Desafios
Propostas visam, sobretudo, determinar que a
vontade do doador prevaleça sobre a vontade da
família.
CUIDADO ENFERMAGEM
ENFERMAGEM tem papel fundamental na
assistência ao potencial doador.
→ O CUIDADO não é só ao paciente,
estendendo-se à sua família, que necessita ser
amparada .
→ O profissional Enfermeiro é parte integrante de
todas as etapas do processo de captação e doação
de órgãos e seu papel primordial na condução de
familiares, pacientes e equipe
A Resolução 292/2004 do Conselho Federal de
Enfermagem é a base legal para esse cuidado,
determinando a responsabilidade do Enfermeiro em
planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliar
os procedimentos de enfermagem prestados aos
pacientes com morte encefálica, potenciais doadores
de órgãos e tecidos.
É aconselhável permitir que os familiares fiquem o
maior tempo possível ao lado do paciente, inclusive
durante o processo de diagnóstico de morte
encefálica, realizado pela equipe médica.
Essa diretriz é fundamental, pois a decisão pela
doação de órgãos depende desse transcurso,
sendo essencial que a família compreenda o conceito
de finitude e morte .
A comunicação competente exerce papel
fundamental na doação de órgãos, visto que
proporciona aos familiares os esclarecimentos
necessários para se posicionarem sobre essa
possibilidade.
A objetividade, clareza e simplicidade da
transmissão da informação irão auxiliar na decisão.
Alguns profissionais têm dificuldades em enfrentar
a situação de dor e perda dos familiares. É preciso
implantar programas de treinamento para todos os
profissionais de saúde que atuam nessa atividade,
para construir, ampliar e aperfeiçoar suas
competências e habilidades na comunicação de más
notícias.
A relação de confiança entre equipe de
enfermagem e familiares é essencial. Esse vínculo
promove conforto e apoio emocional, além de atuar
como canal de comunicação primordial
Os estudos selecionados nesta revisão mostram que
os familiares reconhecem na enfermagem esse
suporte e o consideram substancial para a
abordagem humanizada
→ A humanização da assistência na doação de
órgãos
→ A escuta terapêutica e ampliada é essencial
para o processo, e conduz a atitudes empáticas de
cuidado.
Humanizar essas atividades significa ofertar o
cuidado aos familiares no momento do óbito,
trazendo compreensão genuína à experiência.
Para isso é necessário desenvolver a relação
terapêutica e estimular o preparo dos profissionais,
para que possam lidar com os sentimentos, as
reações e o sofrimento intrínsecos a essa situação
Saúde Digital
→ Cuidados à saúde conectados, contínuos, através
de tecnologias digitais e de comunicação.
O avanço da tecnologia digital e o seu impacto:
1. Em como nos comunicamos com parentes e
amigos,
2. como fazemos compras e
3. Como nos mantemos informados,
são apenas alguns exemplos, que ganharam enorme
relevância durante a pandemia do coronavírus.
A necessidade de isolamento social, por exemplo,
impulsionou a implementação da TELEMEDICINA.
Para os profissionais da saúde, o avanço da
tecnologia é de fundamental importância para a sua
práxis, em todos os setores da área da saúde, uma
vez que, é possível MELHORAR A QUALIDADE DA
ATENÇÃO À SAÚDE POR MEIO DA TECNOLOGIA.
Transformação Digital a Serviço da Vida
Envolve todo espectro dos cuidados à saúde, desde
a qualidade de vida e promoção à saúde, prevenção,
diagnóstico, tratamento, incluindo a reabilitação, até
os cuidados às pessoas em seus domicílios.
A Telemedicina E A Telessaúde
Estão dentro da saúde digital e suas práticas pelos
médicos e profissionais da saúde devem ser feitas
de forma responsável e humanizada, centrando o
cuidado na vida daspessoas, onde, quando e,
sempre que possível, como elas querem e precisam.
Telemedicina
Origem na palavra grega ‘tele’, que significa
distância. Também é usada para formar as palavras
telefone, televisão etc.
Abrange toda a prática médica realizada à distância,
independente do instrumento utilizado para essa
relação. A prática tem origem em Israel e é
bastante aplicada nos Estados Unidos, Canadá e
países da Europa.
A TELEMEDICINA é um processo avançado para
monitoramento de pacientes, troca de informações
médicas e análise de resultados de diferentes
exames.
TELESSAÚDE Brasil Redes na Atenção Primária é
um componente do Programa de Requalificação das
Unidades Básicas de Saúde (UBS) que objetiva
ampliar a resolutividade da Atenção Primária e
promover sua integração com o conjunto da Rede
de Atenção à Saúde.
Com a perspectiva da melhoria da qualidade do
atendimento, a ampliação de ações ofertadas pelas
equipes e o aumento da capacidade clínica, a partir
do desenvolvimento de ações de apoio à atenção à
saúde e de educação permanente para as equipes
de Atenção Básica.
O uso de Tecnologias da Informação e Comunicação
(TIC) sempre esteve presente no dia-a-dia na área
da saúde.
No Brasil, passou a ser garantida pela Lei Orgânica
nº 8.080 em 19901, incorporando em seu artigo 6º
a adição, tanto do desenvolvimento científico,
quanto tecnológico 1.
Desde então, é evidente a busca pela qualidade da
atenção à saúde no país por meio dessas
tecnologias.
Tecnologias Informação Saúde
Aborda diferentes linhas do saber científico,
relacionadas aos avanços tecnológicos como as
aplicações das redes sociais, Internet das coisas,
inteligência artificial (IA), bem como novos conceitos.
Produzir e disponibilizar informações confiáveis
sobre o estado de saúde para quem precisa, no
momento que precisa.
No Brasil
A melhoria da qualidade da atenção à saúde é uma
meta do Ministério da Saúde.
→ A ESTRATÉGIA DE SAÚDE DIGITAL (ESD28 )
A Estratégia De Saúde Digital (Esd28)
Finalidade de estruturar e organizar o uso das
tecnologias digitais → provendo dados e
informações de forma segura, que subsidiem a
gestão e apoiem a operação em todos os níveis de
atenção à saúde.
Como se iniciaram
→ Em 2016
→ Proposição da Política Nacional de Informação e
Informática em Saúde (PNIIS), → resultado da
experiência adquirida em projetos de
informatização.
Com o advento da pandemia da COVID-19, alongada
por todo o ano de 2020 e todas as repercussões
acerca da integração dos sistemas para otimizar os
processos da Vigilância Epidemiológica do País, a
Rede Nacional de dados em Saúde (RNDS), bem
como ações para implementação da ESD 28
culminaram na ampliação do uso das tecnologias
digitais no âmbito do SUS.
→ Em dezembro de 2020, foi aprovada
A Portaria GM/MS Nº 3.632 , a qual tornou pública
a “Estratégia de Saúde Digital para o Brasil
2020-2028” (ESD 28).
Proposta / Esd28
Eixo 1
→ Implantar e expandir o Conect SUS;
Priorização de ações voltadas para a APS;
→ Novos serviços e sistemas – integração com a
Saúde Suplementar;
→ Monitoramento e avaliação das ações do
Ministério da Saúde.
Eixo 2
→ Definir diretrizes para a colaboração e inovação
em Saúde Digital.
→ Explorar o potencial do Conecte SUS e da RNDS;
→ Governança e legislação para a colaboração;
→ Capacitação, padrões, terminologias, recursos
humanos;
Eixo 3
→ Estabelecer e estimular a colaboração
intersetorial entre todos os atores envolvidos.
→ Estabelecer e coordenar um ambiente de
colaboração e inovação, intersetorial, inclusivo e
aberto;
→ Ampliar relevância e intersetorialidade;
Ampliar participação da Saúde Suplementar, da
sociedade civil;
Conecte SUS
Informatiza APS
→ Rede Nacional de Dados em Saúde
(RNDS): plataforma nacional de integração de
dados em saúde, favorecendo o uso ético desses
dados.
Portal Conecte SUS
→ plataforma única de informação em saúde para
atender três perfis: o cidadão, o profissional de
saúde e o gestor.
interoperabilidade: trocas de informações
entre diferentes sistemas de saúde

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