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Vulnerabilidade Surgiu no campo jurídico como modo de reconhecer situações de fragilidade que atingem certas populações, principalmente no que concerne à não garantia de seus direitos civis, políticos e sociais. No campo da saúde coletiva: → O combate à epidemia de HIV/Aids propiciou o destaque do conceito de vulnerabilidade (Bertolozzi et al., 2009). → Nos anos 1980, as práticas de combate e cuidado restritas aos "grupos de risco" não foram capazes de responder adequadamente ao avanço do agravo. O Discurso Da Vulnerabilidade Produz → Leis voltadas à proteção dos grupos sociais; → Práticas e intervenções de saúde e proteção social; → Os modos como os sujeitos se compreendem, vivem e se relacionam uns com os outros. → Instigar processos de enfrentamento e transformação. → Apostar na potência da vulnerabilidade, com o intuito de abrir fendas, admitir uma instabilidade que viabilize algo inédito, na saúde, na assistência social e nos diversos territórios onde a vulnerabilidade seja um indicador de iniquidade, injustiça e desigualdade social Vulnerabilidade Social Relacionada com a EXCLUSÃO de cidadãos e falta de representatividade e oportunidades. Conceito multifatorial → pode ocorrer por questões de moradia, renda, escolaridade, entre outros. Situação De Vulnerabilidade Situação de risco → pessoas e/ou comunidades estão numa situação de fragilidade – seja por MOTIVOS SOCIAIS, ECONÓMICOS, AMBIENTAIS OU OUTROS – e por isso estão mais vulneráveis ao que possa advir dessa exposição Quem são os vulneráveis: : ★ Mulheres, Crianças e adolescentes, ★ Idosos, População em situação de rua, ★ Pessoas com deficiência ou sofrimento mental ★ Comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). ★ Povos indígenas Desafios Desenvolvimento de instrumentos que apóiem a captação da realidade de vida e saúde que auxiliem na leitura das necessidades e no desencadeamento e sustentação de projetos de intervenção que produzam o impacto desejado: Atender Os Grupos Sociais Que Mais Carecem De Apoio Para Conquistar Autonomia Para Viver A Vida Com Qualidade E A Consecução Do Auto-Cuidado, No Cenário Da Equidade E Da Justiça Social. Saúde do Homem População: 52 milhões → 55% da população masculina → População alvo: 20 a 59 anos Quando eles procuram os serviços de saúde? Por meio da atenção especializada, já com o problema de saúde instalado e evoluindo de maneira insatisfatória. Consequência: -> Agravo da morbidade; Maior sofrimento; Menor possibilidade de resolução; Maior ônus para o Sistema Único de Saúde. Conclusão: Muitas doenças poderiam ser evitadas se os homens procurassem os serviços de saúde com mais regularidade pela porta de entrada do SUS, que é a APS/Estratégia Saúde da Família. Aspectos Sócio-Culturais → medo de descobrir doenças; → nunca vão adoecer e por isso não se cuidam; → Não procuram os serviços de saúde e não seguem os tratamentos recomendados; → mais expostos aos acidentes de trânsito e de trabalho; → Apresentam vulnerabilidades específicas → maior suscetibilidade à infecção de DST/Aids; → Utilizam álcool e outras drogas em maior quantidade; → Estão envolvidos na maioria das situações de violência; → Não praticam atividade física com regularidade. Distribuição (%) dos óbitos segundo sexo e idade. Brasil Principais causas de morbidade hospitalar da população de 20 a 59 anos. Brasil POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM - PNAISH PORTARIA Nº 1.944, DE 27 DE AGOSTO DE 2009. DIRETRIZ → Promover ações de saúde que contribuam significativamente para a compreensão da realidade singular masculina nos seus diversos contextos sócio-culturais e político-econômicos, respeitando os diferentes níveis de desenvolvimento e organização dos sistemas locais de saúde e tipos de gestão de Estados e Municípios. LINHAS DE AÇÃO 1. Criar estratégias para sensibilizar e atrair por meio de ações ampliadas (em diferentes espaços da comunidade, onde os homens estão) e da reconfiguração de estruturas e práticas da ESF/APS, com especial foco na sensibilização e capacitação da equipe de saúde; 2. Definir estratégias contextualizadas com base no reconhecimento da diversidade (idade, condição socioeconômica, local de moradia, diferenças regionais e de raça/etnia, deficiência física e/ou mental, orientação sexual e identidades de gênero, entre outras; 3. Desenvolver campanhas sobre a importância dos homens cuidarem da saúde, tendo como público alvo, homens, mulheres e profissionais de saúde. Incluir os homens como sujeitos nos programas de saúde /direitos sexuais e reprodutivos, especialmente no que se refere às ações de contracepção, pré-natal e puericultura e cuidados familiares; Promover articulação entre os diferentes níveis de atenção, especialmente entre a emergência e a atenção primária, para que possam receber, além de atendimento humanizado em pronto-socorros, a garantia de continuidade da assistência (a partir da concepção de linhas de cuidado); Apoiar ações e atividades de promoção de saúde para facilitar o acesso da população masculina aos serviços de saúde; Por que uma Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem? MORTALIDADE → A cada 3 pessoas que morrem no Brasil, 2 são HOMENS. → A cada 5 pessoas que morrem de 20 a 30 anos, 4 são HOMENS. → Os homens vivem, em média, sete anos e meio a menos que as mulheres MORBIDADE → em relação às mulheres, os homens são mais vulneráveis às doenças → enfermidades graves e crônicas, além de morrerem mais precocemente. → Muitos agravos poderiam ser evitados caso os homens realizassem, com regularidade, as medidas de prevenção primária. DIAGNÓSTICO → Reflexão da especificidade da saúde da população masculina indicam linhas temáticas que estruturam o debate sobre a saúde do homem ASPECTOS SOCIOCULTURAIS 1. Política Nacional de Saúde do Homem em destaque 2. Qualificar a saúde da população masculina na faixa etária entre 20 e 59 anos, oferecendo diagnóstico precoce e prevenção de doenças cardiovasculares, cânceres e outras, como diabetes e hipertensão. EIXOS NORTEADORES - PNAISH 1. Acesso e Acolhimento 2. Saúde/Direito Sexual e Reprodutiva/o Paternidade e Cuidado 3. Prevenção de Acidentes e Violências 4. Doenças Prevalente da População Masculina Violência O homem é mais vulnerável à violência → autor ou vítima. Adolescentes e jovens são os que mais sofrem lesões e traumas devido a agressões, e as agressões sofridas são mais graves e demandam maior tempo de internação, em relação às sofridas pelas mulheres → Agressividade → biologicamente associada ao sexo masculino e, em grande parte, vinculada ao uso abusivo de álcool, de drogas ilícitas e ao acesso as armas de fogo. Alcoolismo e Tabagismo Homens e mulheres bebem com frequência diferentes. Características a serem observadas: → os homens iniciam precocemente o consumo de álcool, tendem a beber mais e a ter mais prejuízos em relação à saúde do que as mulheres. Pessoas com deficiência Com graus diferentes de dificuldade ou de incapacidade de enxergar, ouvir, locomover-se e/ou com deficiência intelectual. O maior número absoluto de pessoas com deficiência encontra-se na população de 40 a 49 anos de idade. Predomina o grupo de pessoas com pelo menos alguma dificuldade para enxergar. No caso da deficiência intelectual, auditiva e física o maior contingente é de homens. Adolescência e velhice São o principal grupo de risco para mortalidade por homicídio com ênfase em afro descendentes, que residem em bairros pobres ou nas periferias das metrópoles, com baixa escolaridade e pouca qualificação profissional. Na velhice, os homens são levados a se confrontar com a própria vulnerabilidade, sobretudo porque nessa etapa do ciclo de vida muitos homens são levados a procurar ajuda médica diante de quadros irreversíveis de adoecimento, por não terem lançado mão de ações de prevenção ou de tratamento precoce para as enfermidades Indicadores de mortalidade A maior porcentagem de óbitos deve-se às: causas externas → acidentes de transporte, lesõesautoprovocadas voluntariamente as agressões. Os óbitos por causas externas constituem a primeira causa de mortalidade no grupo populacional dos 15 aos 59 anos doenças do aparelho circulatório → infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca os tumores → Os tumores que incidem com maior freqüência na população masculina são oriundos dos aparelhos digestivo, respiratório e urinário. (brônquios e pulmões, estômago) → tumores malignos: Pele Não Melanoma, Próstata, Traquéia, Brônquio e Pulmão, Estômago, Cólon e Reto, Cavidade Oral e Esôfago. O Câncer da próstata é uma neoplasia de evolução muito lenta, de modo que a mortalidade poderá ser evitada quando o processo é diagnosticado e tratado com precocidade. A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozóides, liberado durante o ato sexual. No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). É o quarto tipo mais comum e o segundo mais incidente entre os homens. A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento. Principais sintomas- CA prostata 1. Dificuldade em urinar, muitas vezes com jato fraco ou em gotas; 2. Dor ou ardor ao urinar; 3. Vontade frequente de urinar, acordando de noite para urinar; 4. Sensação de que a bexiga ainda está cheia, mesmo após urinar; 5. Urina escura devido à presença de sangue; 6. Dor ao ejacular e sêmen escurecido. Diagnóstico Uma vez que não causa sintomas no início da sua evolução, é aconselhado que os homens após os 50 anos de idade façam regularmente exames que permitam avaliar alterações na próstata, como o toque retal ou o exame de PSA. Se durante o toque retal o médico palpar um nódulo, a próstata deve ser mais investigada através de uma ultrassonografia, biópsia guiada por ultrassonografia e exames de urina. Estes exames normalmente devem ser realizados 1 vez por ano a partir dos 50 anos de idade, mas quando há histórico familiar de câncer de próstata, a prevenção deve ser feita a partir dos 45 anos. Exame: PSA - Exame de sangue (avalia o hormônio PSA, que tem como resultados normais valores menores do que 4 ng/ml) as doenças do aparelho digestivo → doenças do fígado → responsáveis por 70% das causas de morte de homens de 25-59 anos. doenças do aparelho respiratório Objetivos Específicos 1. Promover a atenção integral à saúde do homem nas populações indígenas,negras, quilombolas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, trabalhadores rurais, homens com deficiência, em situação de risco, em situação carcerária, desenvolvendo estratégias voltadas para a promoção da equidade para distintos grupos sociais; 2. Organizar, implantar, qualificar e humanizar, em todo território brasileiro, a atenção integral à saúde do homem, dentro dos princípios que regem o Sistema Único de Saúde: → Fortalecer a assistência básica no cuidado com o homem, facilitando e garantindo o acesso e a qualidade da atenção necessária ao enfrentamento dos fatores de risco das doenças e dos agravos à saúde; 3. Formar e qualificar os profissionais da rede básica para o correto atendimento à saúde do homem 4. Estimular, na população masculina, através da informação, educação e comunicação, o autocuidado da saúde; 5. Promover a parceria com os movimentos sociais e populares, e outras entidades organizadas para divulgação ampla das medidas; 6. Manter interação permanente com as demais áreas governamentais no sentido de efetuar, de preferência, ações conjuntas, evitando a dispersão desnecessária de recursos VACINA DUPLA ADULTO - dT Infecções Sexualmente Transmissíveis OMS – Brasil = 12 milhões de novos casos curáveis de IST/ano → Principal fator facilitador da transmissão sexual do HIV Para expandir a qualidade e acesso das intervenções em ISTs 1. Ampliação das ações de promoção e prevenção; 2. Inserção dos grupos mais vulneráveis ; 3. Acesso social aos insumos para adoção de práticas mais seguras (preservativos, gel lubrificante, kits de redução de danos); Eqüidade 4. Responsabilidades do Ministério da Saúde, Estados e Municípios; 5. Aquisição e distribuição de medicamentos/ anti-retrovirais e para tratamento de infecções oportunistas CAUSAS → Dados epidemiológicos escassos (notificação não compulsória) → Profissionais da saúde não preparados → Baixa resolutividade dos serviços de saúde CONSEQUÊNCIAS → Automedicação → Tratamento inadequado → Manutenção de portadores assintomáticos → Complicações graves I.S.T: CUSTO PARA TRATAR UM CASO HIPOTÉTICO (AS I.S.T CURÁVEIS) = R$ 15,00 → PARA TRATAR UM PORTADOR DE HIV/AIDS = R$ 9.000/ ano TRATAMENTO SINDRÔMICO OBJETIVOS → Diagnóstico precoce → Tratamento adequado e imediato → Prevenção de novas ocorrências → Interrupção da cadeia de transmissão → Tratamento dos(as) parceiros(as) → Rastreamento de outras IST → Evitar o desenvolvimento da doença Protocolos clínicos de tratamento → Diagnóstico sindrômico (ponta iceberg) → Tto personalizado para a região e grupos → Educação → Política de preservativos → Aconselhamentos oportunos – >Busca-notificação e tratamento de parceiros (base do iceberg) IST mais Comuns Curáveis (bacteriana ) → Sífiles, Cancro Mole, Gonorréia, Infecção Clamidiana e Tricomoníase. Incuráveis (virais) → HIV/AIDS, HPV, Hepatite B e Herpes Genital. NOTIFICAÇÃO obrigatória se : → sífilis adquirida, em gestante,congênita, hepatites virais B e C, aids, infecção pelo HIV, HIV em gestante, parturiente ou puérpera e criança exposta ao risco de transmissão vertical do HIV. CORRIMENTO URETRAL URETRITE GONOCÓCICA Ag. Etiológico: N. gonorrhoeae P.Incubação: 2 - 5 dias Q. Clínico: Ardência miccional, Corrimento abundante e purulento ( amarelado ou esverdeado) 70% mulheres assintomáticas COMPLICAÇÕES: não tratada → esterilidade. O bebê de uma mulher infectada pode ser contaminada no parto e ficar cego, a menos que seja tratado Uretrite gonocócica aguda Secreção uretral: secreção uretral amarelo-esverdeada acompanhada com frequência de ardência e dor à micção. ÚLCERAS GENITAIS SÍFILIS Ag. Etiológico: Treponema pallidum Classificação: Adquirida: Recente – Menos de 1 ano de duração Tardia + que 1 ano de duração P. Incubação: 10 – 90 dias (21 dias) Local mais freqüente: H – Glande e sulco BP M - Pq. Lábios e parede Vaginal Q. Clínico: Lesão ulcerada, única, base endurecida, fundo liso SÍFILIS PRIMÁRIA lesão no local de inoculação que pode durar de 1 a 20 dias · → lesão única, em área genital ou oral, com 1 a 2 cm, indolor, com secreção serosa, escassa, que extravasa à leve pressão Sífilis Recente (primária) - Cancro duro Úlcera em pênis: lesão única, bem definida; fundo limpo; bordas elevadas. Geralmente indolor. SÍFILIS SECUNDÁRIA manchas não ulceradas → pele e mucosas, na região palmar e plantar, após 4 a 8 semanas do aparecimento da primeira lesão comprometimento de gânglios e meninges (associada a cefaléia). agrupamento e localização das lesões nas regiões genital, anal, axilar, espaços interdigitais e pregas submamárias . podem ocorrer múltiplas lesões papulosas, de aspecto aveludado, marrom pálido ou rosa, confluentes e secretantes Sífilis Recente (secundária) – Fase exantemática Roséolas palmares e plantares: lesões exantemáticas em pele do corpo, acompanhadas dessas lesões em palmas de mãos e/ou plantas dos pés SÍFILIS TERCIÁRIA após 3 a 12 anos da inoculação → compromete tecidos ósseo, visceral e neurológico Sífilis Tardia (terciária) Goma sifilítica: lesões nodulares que sofrem processo de degeneração. → reação de hipersensibilidade ao Treponema, não sendo infectantes, portanto . SÍFILIS CONGÊNITA Disseminação hematogênica da bactéria Treponema pallidum,da gestante para o feto. ATENÇÃO!! → A transmissão materna pode ocorrer em qualquer fase gestacional. → A taxa de transmissão vertical da sífilis, em mulheres não tratadas, é de 70 a 100%, nas fases primária e secundária da doença. → Ocorre morte perinatal em 40% das crianças infectadas Os casos continuam a ocorrer, apesar do tratamento com penicilina ser conhecido há mais de meio século, de fácil acesso , de baixo custo e sem relato de resistência pela bactéria. As estratégias de controle da sífilis não são eficientes em manter a meta do Ministério da Saúde de eliminação da sífilis congênita no nosso país (o que significa até 1 caso de sífilis congênita/1000 nascidos vivos/ano). Notificação compulsória no Brasil desde 1986!!! TRANSMISSÃO → para o feto em gestações sucessivas, em QUALQUER PERÍODO DA GESTAÇÃO e em qualquer fase da doença. → Quanto mais recente a sífilis materna, maior é a taxa de transmissão para o concepto. → A transmissão vertical (mãe-concepto) é a disseminação do microorganismo através da placenta, das membranas e fluidos amnióticos → recém-nascido pode ser infectado pelo contato com lesão genital materna. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS A infecção intra-uterina pode resultar em aborto, parto prematuro, natimorto e morte neonatal em até 40% dos casos. → A maioria dos RN é assintomática. Manifestações clínicas da sífilis recente (até 2 anos) Até 70% dos casos assintomáticos. Alterações mucocutâneas Alterações ósseas Diagnóstico TESTES TREPONEMICOS detectam anticorpos específicos produzidos contra os antígenos de T. pallidum São os primeiros a se tornarem reagentes, podendo ser utilizados como primeiro teste ou teste complementar. Em 85% dos casos, permanecem reagentes por toda vida, mesmo após o tratamento e, por isso, não são indicados para o monitoramento da resposta ao tratamento. Testes NAO TREPONEMICOS Permitem a análise qualitativa e quantitativa Detectam anticorpos anticardiolipina nao específicos para os antigenos do T. pallidum São utilizados para o diagnóstico (como primeiro teste ou teste complementar) e também para o monitoramento da resposta ao tratamento e controle de cura. → Resultados em títulos e é considerado positivo título 1/1. O tratamento é considerado eficaz caso haja queda de 4 vezes os títulos durante o seguimento. TESTES IMUNOLÓGICOS Exames Complementares- Congênita É considerado cura sorológica a queda dos títulos no VDRL (2 diluições ou diminuição de 4 vezes os títulos: por exemplo, de 1/8 para 1/2; ou 1/128 para 1/32). TRATAMENTO Iniciar imediatamente o esquema terapêutico preconizado de acordo com o estágio da doença, considerando também o diagnóstico e tratamento do parceiro sexual. Devido ao cenário epidemiológico atual, recomenda-se TRATAMENTO IMEDIATO, COM BENZILPENICILINA BENZATINA, após apenas um teste reagente para sífilis (teste treponêmico ou teste não treponêmico) para as seguintes situações independentemente dos sinais e sintomas: 1. Gestantes; 2. Vítima de violência sexual; 3. Pessoas com chance de perda de seguimento; 4. Pessoas com sinais e/ou sintomas de sífilis primária ou secundária; 5. Pessoas sem diagnóstico prévio de sífilis → PENICILINA BENZATINA na dose adequada à fase da sífilis → Realização de VDRL mensal após o tratamento → Tratamento do parceiro concomitante Gestantes : Tratamento realizado até 30 dias que antecederam o parto Prescrição pelo Enfermeiro Pode e deve ser realizada pelo ENFERMEIRO. Os Enfermeiros podem prescrever a penicilina benzatina, conforme protocolos estabelecidos pelo ministério da saúde, secretarias estaduais, secretarias municipais, distrito federal ou em rotina aprovada pela instituição de saúde. A ausência do médico na unidade básica de saúde não é motivo para não realização da administração oportuna da penicilina benzatina por profissionais de enfermagem. O receio de ocorrência de reações adversas não é impeditivo para a administração de benzilpenicilina benzatina na Atenção Básica, desde que haja o suporte para o atendimento de urgência A benzilpenicilina benzatina deve ser administrada exclusivamente por via intramuscular (IM). A região ventro-glútea é a via preferencial. Sífilis: parcerias sexuais ⅓ das parcerias sexuais de pessoas com sífilis recente desenvolveram sífilis dentro de 30 dias da exposição. além da avaliação clínica e do seguimento laboratorial, se houve exposição a pessoa com sífilis (até 90 dias), recomenda-se oferta de tratamento presuntivo a esses parceiros sexuais (independentemente do estágio clínico ou sinais e sintomas), com dose única de benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões, UI, IM (1,2 milhão de UI em cada glúteo). Tratamento Crianças assintomáticas → Tratamento com benzilpenicilina benzatina → dose única é eficaz para prevenção de evidência clínica de sífilis congênita e queda de titulação de teste não treponêmico Cuidados durante o tratamento → O intervalo entre as doses deve ser de 7 dias para completar o tratamento. → No entanto, caso esse intervalo ultrapasse 1 dia, o esquema deve ser reiniciado → Exames (teste não treponêmico) devem ser repetidos mensalmente até a cura; → Ao término do tratamento da gestante, indica-se a realização de VDRL mensal, para controle de cura e investigação de reinfecção; HEPATITE B Inflamação do fígado provocada pelo vírus da hepatite B (HBV). Quando evolui para uma infecção crônica, destrói as células do órgão e pode causar cirrose e câncer de fígado. Fatores de risco 1. Relações sexuais desprotegidas. 2. Tipo de prática sexual (oro-anal, oro-genital). 3. Relacionamento sexual (passivo ou ativo). 4. Concomitância de outras DST (sífilis, cancro mole, gonorréia, herpes genital e/ou oral etc.). 5. Compartilhamento de seringas e agulhas. cirrose hepática HPV → verrugas genitais, condiloma acuminado ou crista de galo. → 90 % das contaminações acontecem por meio das relações sexuais → Número de mulheres infectadas é o dobro dos homens. 99,8% dos casos de Ca de colo de útero estão associados ao HPV. → A chance de regressão da infecção por HPV, ou seja, a cura, é de 65%. → A persistência do vírus no organismo ocorre em 20% dos casos → A infecção evolui em 15% dos casos CONDILOMA ACUMINADO (verruga genital, crista de galo) Ag. Etiológico: DNA vírus (100 tipos identificados ) Divididos em 3 grupos (potencial oncogênico) Quadro clínico: >> assintomáticos Lesões subclínicas Lesões exofíticas ★ Vírus DNA de dupla fita ★ Mais de 150 tipos identificados ★ 12 são oncogênicos ★ HPV-16 , 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero (é terceiro tipo de câncer mais frequente entre as mulheres) Tipos não oncogênicos HPV-6 e 11 são mais freqüentemente associados a verrugas genitais externas Tipos vírus HPV O PAPEL DO HPV NO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO → O vírus HPV infecta a pele e as mucosas → A maioria das infecções são transitórias e apenas 10% das mulheres infectadas irão apresentar alguma manifestação clínica que são o câncer de colo do útero e as verrugas genitais → transmissão: contato direto com a pele ou mucosa infectada, e a principal forma de contágio é a sexual. A transmissão também pode ser vertical → A infecção pelo HPV é causa necessária mas não suficiente para o desenvolvimento do câncer, outros fatores também poderão interferir: início precoce da vida sexual, multiparidade, tabagismo e fatores genéticos → O período de incubação é cerca de 2 a 8 meses mas pode demorar até 20 anos PERÍODO DE INCUBAÇÃO → contato com o vírus → aparecimento das verrugas podem ocorrer de três semanas a oito meses. → (Como não é conhecido o tempo que o vírus pode permanecer no estado latente e quais os fatores que desencadeiam o aparecimento das lesões, não é possível estabelecer o intervalo mínimo entre a contaminação e o desenvolvimento das lesões, que pode ser de algumas semanas até anos ou décadas) Condiloma Acuminado Lesões vegetantes verrucosas em pênis: observar que as lesões são verrucosas, multifocais, com aparência de crista de galo ou couve-flor.COMO O HPV É TRANSMITIDO? → altamente contagioso, sendo possível contaminar-se com uma única exposição, e a sua transmissão acontece por contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. → O contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. → Também pode haver transmissão durante o parto. Embora seja raro, o vírus pode propagar-se também por meio de contato com a mão. → Como muitas pessoas portadoras do HPV não apresentam nenhum sinal ou sintoma, elas não sabem que são portadoras do vírus, mas podem transmiti-lo. COMO O HPV SE MANIFESTA? → Na maioria dos casos, o HPV não apresenta sintomas e é eliminado pelo organismo espontaneamente. → O HPV pode ficar no organismo durante anos sem a manifestação de sinais e sintomas. → Em uma pequena % de pessoas, determinados tipos de HPV podem persistir durante um período mais longo, permitindo o desenvolvimento de alterações das células, que podem evoluir para as doenças relacionadas ao vírus. → Essas alterações nas células podem causar verrugas genitais, lesão pré-maligna de câncer (também chamada de lesão precursora), vários tipos de cânceres, como os do colo de útero, vagina, vulva, ânus, pênis e orofaringe. As VERRUGAS GENITAIS SÃO MUITO COMUNS? → Aproximadamente 10% das pessoas (homens e mulheres) terão verrugas genitais ao longo de suas vidas. As verrugas genitais podem aparecer semanas ou meses após o contato sexual com uma pessoa infectada pelo HPV. O QUE OCORRE QUANDO UM INDIVÍDUO É INFECTADO PELO HPV? 1. A maioria dos indivíduos consegue eliminar o vírus naturalmente em cerca de 18 meses, sem que ocorra nenhuma manifestação clínica. 2. Em um pequeno número de casos, o vírus pode se multiplicar e provocar o aparecimento de lesões, (verrugas genitais) (visíveis a olho nu) ou “lesões microscópicas” que só são visíveis através de aparelhos com lente de aumento. (a lesão “microscópica” é chamada de lesão Subclínica). → A verruga genital é altamente contagiosa e a infecção subclínica tem menor poder de transmissão, porém esta particularidade ainda continua sendo muito estudada. 3. O vírus pode permanecer no organismo por vários anos, sem causar nenhuma manifestação clínica e/ou subclínica. A diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV e, consequentemente, provocar o aparecimento de lesões clínica s e/ou subclínicas Mecanismos da Transmissão e Aquisição do HPV → Contato Sexual → Por intermédio de intercurso sexual ( 99%) → Genital-genital, manual-genital, oral-genital → A infecção genital pelo HPV em virgens é rara, mas pode resultar de contato sexual não penetrativo → O uso de preservativo pode reduzir o risco, mas não é totalmente seguro Rotas não-sexuais: Mãe para o recém-nascido (transmissão vertical, rara) Objetos (roupas íntimas , luvas cirúrgicas, fórceps para biópsias, etc.,) → Hipóteses ainda não devidamente documentadas OS HPV SÃO FACILMENTE TRANSMITIDOS? Depende tanto dos fatores virais quanto do hospedeiro, mas de uma forma geral, o risco de transmissão é de 65% para as lesões verrucosas e 25% para as lesões subclínicas. → O HPV é o principal vírus relacionado com as IST em qualquer lugar do mundo. → Como nas infecções latentes não há expressão viral, estas infecções não são transmissíveis. → Porém, a maioria das infecções é transitória. Na maioria das vezes, o sistema imunológico consegue combater de maneira eficiente esta infecção alcançando a cura, com eliminação completa do vírus, principalmente entre as pessoas mais jovens. EM QUE LOCAIS DO CORPO SÃO ENCONTRADOS OS HPV? → regiões anogenitais como vulva, vagina, ânus e pênis. → Pode aparecer em qualquer parte do nosso corpo, bastando ter o contato do vírus com a pele ou mucosa com alguma lesão, ou seja, pele e mucosas não íntegras. → Manifestações extra genitais mais frequentes são observadas na cavidade oral e trato aerodigestivo, tanto benignas quanto malignas. A EVOLUÇÃO DA INFECÇÃO PELO HPV É IGUAL PARA O HOMEM E PARA A MULHER? Na maioria das vezes, desconhecem que são portadores do vírus, especialmente quando não apresentam verrugas visíveis, mas podem transmitir o vírus aos seus parceiros sexuais. A evolução, a manifestação e o tratamento são diferentes no homem e na mulher. Isto se deve, principalmente,às diferenças anatômicas e hormonais existentes entre os sexos. → O órgão genital da mulher possibilita maior desenvolvimento e multiplicação do HPV, podendo ocorrer complicações mais sérias, como lesões, que, se não tratadas, podem evoluir para câncer. COMO O HPV PODE SER DIAGNOSTICADO EM HOMENS E MULHERES? As verrugas genitais encontradas no ânus, no pênis, na vulva, ou em qualquer área de pele podem ser diagnosticadas pelos: → exames urológico (pênis), → ginecológico (vulva) → dermatológico (pele), O diagnóstico subclínico das lesões precursoras do câncer do colo de útero, produzidas pelos papilomavírus, pode ser realizado pelo exame citopatológico (exame preventivo de Papanicolau). O diagnóstico das verrugas anogenitais pode ser feito em homens e em mulheres por meio do exame clínico. As lesões subclínicas podem ser diagnosticadas por meio de: 1. Exames laboratoriais (citopatológico, histopatológico e de biologia molecular) 2. Instrumentos com poder de magnificação (lentes de aumento), 3. Aplicação de reagentes químicos para contraste (colposcopia, peniscopia, anuscopia). Para distinguir a lesão benigna da maligna,são realizadas biópsias e confirmação histopatológica. Qual a relação entre HPV E CÂNCER? A infecção pelo HPV é muito frequente embora seja transitória, regredido espontaneamente na maioria das vezes. Pequeno número de casos nos quais a infecção persiste pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras que, se não forem identificadas e tratadas, podem progredir para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca. PREVENÇÃO 1. Manter cuidados higiênicos; 2. Ter parceiro fixo ou reduzir o número de parceiros; 3. Usar preservativos durante toda a relação sexual; 4. Visitar regularmente um serviço de saúde para fazer todos os exames de prevenção. Na maioria das vezes, os homens não manifestam a doença. Ainda assim, são transmissores do vírus HPV e Imune - resposta A imuno-resposta natural à infecção pelo HPV é demorada e imprevisível. A vacina conferirá respostas imunes mais potentes do que aquela da exposição: → Maior quantidade de antígenos → Títulos de anticorpos mais elevados → Anticorpos neutralizantes específicos diretamente relacionados à eficácia → Talvez, novos estudos estabeleçam proteção cruzada (16,18 e 31,45) Tratamento: 1. Remoção das verrugas sintomáticas(destruição química ou física das lesões) 2. Medicamentos para estimular a resposta imunológica do organismo. objetivo de reduzir,remover ou destruir a lesões provocadas pelo HPV, através de medicamentos ou pequenas cirurgias VACINAÇÃO Existem dois tipos de vacina HPV. → A vacina quadrivalente recombinante, que confere proteção contra HPV tipos 6, 11, 16 e 18, → Vacina bivalente que confere proteção contra HPV tipos 16 e 18. A VACINA QUADRIVALENTE está aprovada no Brasil para prevenção de: → lesões genitais pré-cancerosas do colo do útero, de vulva e de vagina em mulheres, e anal em ambos os sexos, relacionadas aos HPV 16 e 18, e verrugas genitais em mulheres e homens, relacionadas aos HPV 6 e 11. → indicação para mulheres e homens entre 9 e 26 anos de idade, Ministério da Saúde Nas meninas entre 9 e 13 anos não expostas aos tipos de HPV 6, 11, 16 e 18, a vacina é altamente eficaz, induzindo a produção de anticorpos em quantidade dez vezes maior do que a encontrada em infecção naturalmente adquirida em um prazo de dois anos. Há evidências de que a vacina confere maior proteção e indicação para pessoas que nunca tiveram contato com o vírus, induzindo a produção de 10 vezes mais anticorpos que uma infecção natural peloHPV.. Doação de órgãos → A concessão de partes do corpo para fins terapêuticos. → Processo denominado TRANSPLANTE. O transplante é um procedimento cirúrgico em que um órgão ou tecido presente na pessoa doente (receptor), é substituído por um órgão ou tecido sadio proveniente de um doador. → De um doador é possível obter vários órgãos e tecidos para realização do transplante. Podem ser doados rins, fígado, coração, pulmões, pâncreas, intestino, córneas, valvas cardíacas, pele, ossos e tendões. Qualquer pessoa pode doar órgãos, desde que concorde com a doação e que não prejudique a sua saúde. → O DOADOR VIVO pode doar um dos rins, parte do fígado, e da medula óssea ou parte do pulmão. De acordo com a legislação, parentes até o quarto grau podem ser doadores. Não parentes, somente com autorização judicial. DOADORES FALECIDOS, é preciso a constatação de MORTE ENCEFÁLICA, geralmente vítimas de dano cerebral irreversível, como traumatismo craniano ou acidente vascular cerebral (AVC), e é necessário o consentimento da família. O que é morte encefálica? Perda completa e irreversível das funções encefálicas cerebrais, definida pela cessação das funções corticais e do tronco encefálico ou tronco cerebral. A parada cardíaca será inevitável e, embora ainda haja batimentos cardíacos, a respiração não acontecerá sem ajuda de aparelhos e o coração não baterá por mais de algumas poucas horas. Por isso, a MORTE ENCEFÁLICA CARACTERIZA A MORTE DE UM INDIVÍDUO. → Quando constatada a morte encefálica, que é irreversível, o óbito da pessoa é declarado. Nesta situação, os órgãos e tecidos podem ser doados para transplante, mas apenas após o consentimento familiar. Diagnóstico da morte encefálica Deve ser feita por médicos com capacitação específica, observando o protocolo estabelecido que define critérios precisos, padronizados e passíveis de serem realizados em todo o território nacional. → Os critérios para identificar a morte cerebral ou encefálica são rígidos, sendo necessários dois exames clínicos com intervalo mínimo de uma hora, realizados por médicos diferentes. Lei dos Transplantes A Lei nº 9.434/2017 → estabelece que a doação de órgãos após a morte só pode ser realizada quando for constatada a morte encefálica. Quando o óbito ocorreu por parada cardiorrespiratória (coração parado), pode ser realizada apenas a doação de tecidos (córnea, pele e ossos, por exemplo). ATENÇÃO No Brasil, o Decreto 9.175/2017 2 instituiu que os órgãos podem ser doados ainda em vida ou após diagnóstico de morte encefálica, que, conforme a Resolução 2.173/2017 do Conselho Federal de Medicina, é determinada pelo fim das funções encefálicas, definida pela cessação das atividades corticais e de tronco encefálico. Legislação atual Segundo a Lei de Transplantes, para se proceder à doação de órgãos, o diagnóstico da morte cerebral deve ser constatado e registrado por dois médicos não participantes das equipes de remoção e transplante. A lei permite a presença de médico de confiança da família do falecido no ato da comprovação da morte cerebral. Embora qualquer pessoa possa deixar por escrito que quer doar órgãos após a morte, a LEI BRASILEIRA EXIGE AUTORIZAÇÃO DE CÔNJUGE OU PARENTE MAIOR DE IDADE, ATÉ O SEGUNDO GRAU, para retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outras finalidades terapêuticas. Sistema Nacional de Transplantes (SNT) O Brasil possui o MAIOR PROGRAMA PÚBLICO de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, que é garantido a toda a população por meio do SUS, responsável pelo financiamento de cerca de 95% dos transplantes no país → É o 2º maior transplantador do mundo, atrás apenas dos EUA QUAIS OS PROBLEMAS? Longas filas prioritárias de espera e uma certa “marginalização” de tais necessitados, inclusive por seus familiares. PORQUE ???? 1. Falta de esclarecimentos conceituais sobre a morte encefálica. 2. Questões religiosas , crenças e valores preexistentes e ao momento difícil enfrentado pelos familiares 3. Questões familiares, Acolhimento 4. A disponibilidade do entrevistador e a busca compartilhada pela melhor alternativa para a situação; 5. Subnotificação dos diagnósticos de morte encefálica confirmados para as centrais de notificação; 6. Captação e distribuição de órgãos, devido aos possíveis problemas logísticos; Desafios Propostas visam, sobretudo, determinar que a vontade do doador prevaleça sobre a vontade da família. CUIDADO ENFERMAGEM ENFERMAGEM tem papel fundamental na assistência ao potencial doador. → O CUIDADO não é só ao paciente, estendendo-se à sua família, que necessita ser amparada . → O profissional Enfermeiro é parte integrante de todas as etapas do processo de captação e doação de órgãos e seu papel primordial na condução de familiares, pacientes e equipe A Resolução 292/2004 do Conselho Federal de Enfermagem é a base legal para esse cuidado, determinando a responsabilidade do Enfermeiro em planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliar os procedimentos de enfermagem prestados aos pacientes com morte encefálica, potenciais doadores de órgãos e tecidos. É aconselhável permitir que os familiares fiquem o maior tempo possível ao lado do paciente, inclusive durante o processo de diagnóstico de morte encefálica, realizado pela equipe médica. Essa diretriz é fundamental, pois a decisão pela doação de órgãos depende desse transcurso, sendo essencial que a família compreenda o conceito de finitude e morte . A comunicação competente exerce papel fundamental na doação de órgãos, visto que proporciona aos familiares os esclarecimentos necessários para se posicionarem sobre essa possibilidade. A objetividade, clareza e simplicidade da transmissão da informação irão auxiliar na decisão. Alguns profissionais têm dificuldades em enfrentar a situação de dor e perda dos familiares. É preciso implantar programas de treinamento para todos os profissionais de saúde que atuam nessa atividade, para construir, ampliar e aperfeiçoar suas competências e habilidades na comunicação de más notícias. A relação de confiança entre equipe de enfermagem e familiares é essencial. Esse vínculo promove conforto e apoio emocional, além de atuar como canal de comunicação primordial Os estudos selecionados nesta revisão mostram que os familiares reconhecem na enfermagem esse suporte e o consideram substancial para a abordagem humanizada → A humanização da assistência na doação de órgãos → A escuta terapêutica e ampliada é essencial para o processo, e conduz a atitudes empáticas de cuidado. Humanizar essas atividades significa ofertar o cuidado aos familiares no momento do óbito, trazendo compreensão genuína à experiência. Para isso é necessário desenvolver a relação terapêutica e estimular o preparo dos profissionais, para que possam lidar com os sentimentos, as reações e o sofrimento intrínsecos a essa situação Saúde Digital → Cuidados à saúde conectados, contínuos, através de tecnologias digitais e de comunicação. O avanço da tecnologia digital e o seu impacto: 1. Em como nos comunicamos com parentes e amigos, 2. como fazemos compras e 3. Como nos mantemos informados, são apenas alguns exemplos, que ganharam enorme relevância durante a pandemia do coronavírus. A necessidade de isolamento social, por exemplo, impulsionou a implementação da TELEMEDICINA. Para os profissionais da saúde, o avanço da tecnologia é de fundamental importância para a sua práxis, em todos os setores da área da saúde, uma vez que, é possível MELHORAR A QUALIDADE DA ATENÇÃO À SAÚDE POR MEIO DA TECNOLOGIA. Transformação Digital a Serviço da Vida Envolve todo espectro dos cuidados à saúde, desde a qualidade de vida e promoção à saúde, prevenção, diagnóstico, tratamento, incluindo a reabilitação, até os cuidados às pessoas em seus domicílios. A Telemedicina E A Telessaúde Estão dentro da saúde digital e suas práticas pelos médicos e profissionais da saúde devem ser feitas de forma responsável e humanizada, centrando o cuidado na vida daspessoas, onde, quando e, sempre que possível, como elas querem e precisam. Telemedicina Origem na palavra grega ‘tele’, que significa distância. Também é usada para formar as palavras telefone, televisão etc. Abrange toda a prática médica realizada à distância, independente do instrumento utilizado para essa relação. A prática tem origem em Israel e é bastante aplicada nos Estados Unidos, Canadá e países da Europa. A TELEMEDICINA é um processo avançado para monitoramento de pacientes, troca de informações médicas e análise de resultados de diferentes exames. TELESSAÚDE Brasil Redes na Atenção Primária é um componente do Programa de Requalificação das Unidades Básicas de Saúde (UBS) que objetiva ampliar a resolutividade da Atenção Primária e promover sua integração com o conjunto da Rede de Atenção à Saúde. Com a perspectiva da melhoria da qualidade do atendimento, a ampliação de ações ofertadas pelas equipes e o aumento da capacidade clínica, a partir do desenvolvimento de ações de apoio à atenção à saúde e de educação permanente para as equipes de Atenção Básica. O uso de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) sempre esteve presente no dia-a-dia na área da saúde. No Brasil, passou a ser garantida pela Lei Orgânica nº 8.080 em 19901, incorporando em seu artigo 6º a adição, tanto do desenvolvimento científico, quanto tecnológico 1. Desde então, é evidente a busca pela qualidade da atenção à saúde no país por meio dessas tecnologias. Tecnologias Informação Saúde Aborda diferentes linhas do saber científico, relacionadas aos avanços tecnológicos como as aplicações das redes sociais, Internet das coisas, inteligência artificial (IA), bem como novos conceitos. Produzir e disponibilizar informações confiáveis sobre o estado de saúde para quem precisa, no momento que precisa. No Brasil A melhoria da qualidade da atenção à saúde é uma meta do Ministério da Saúde. → A ESTRATÉGIA DE SAÚDE DIGITAL (ESD28 ) A Estratégia De Saúde Digital (Esd28) Finalidade de estruturar e organizar o uso das tecnologias digitais → provendo dados e informações de forma segura, que subsidiem a gestão e apoiem a operação em todos os níveis de atenção à saúde. Como se iniciaram → Em 2016 → Proposição da Política Nacional de Informação e Informática em Saúde (PNIIS), → resultado da experiência adquirida em projetos de informatização. Com o advento da pandemia da COVID-19, alongada por todo o ano de 2020 e todas as repercussões acerca da integração dos sistemas para otimizar os processos da Vigilância Epidemiológica do País, a Rede Nacional de dados em Saúde (RNDS), bem como ações para implementação da ESD 28 culminaram na ampliação do uso das tecnologias digitais no âmbito do SUS. → Em dezembro de 2020, foi aprovada A Portaria GM/MS Nº 3.632 , a qual tornou pública a “Estratégia de Saúde Digital para o Brasil 2020-2028” (ESD 28). Proposta / Esd28 Eixo 1 → Implantar e expandir o Conect SUS; Priorização de ações voltadas para a APS; → Novos serviços e sistemas – integração com a Saúde Suplementar; → Monitoramento e avaliação das ações do Ministério da Saúde. Eixo 2 → Definir diretrizes para a colaboração e inovação em Saúde Digital. → Explorar o potencial do Conecte SUS e da RNDS; → Governança e legislação para a colaboração; → Capacitação, padrões, terminologias, recursos humanos; Eixo 3 → Estabelecer e estimular a colaboração intersetorial entre todos os atores envolvidos. → Estabelecer e coordenar um ambiente de colaboração e inovação, intersetorial, inclusivo e aberto; → Ampliar relevância e intersetorialidade; Ampliar participação da Saúde Suplementar, da sociedade civil; Conecte SUS Informatiza APS → Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS): plataforma nacional de integração de dados em saúde, favorecendo o uso ético desses dados. Portal Conecte SUS → plataforma única de informação em saúde para atender três perfis: o cidadão, o profissional de saúde e o gestor. interoperabilidade: trocas de informações entre diferentes sistemas de saúde
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