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Texto VITAMINAS (1)

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MEDCURSO. Distúrbios nutricionais na infância. 2012. Vol.3.
1. CONCEITO DE VITAMINAS
 As vitaminas são micronutrientes essenciais ao metabolismo do corpo humano e devem ser necessariamente adquiridas através de uma dieta alimentar, uma vez que o organismo é incapaz de sintetizá-las.
2. VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS E HIDROSSOLÚVEIS
2.1 Vitaminas lipossolúveis
 São vitaminas absorvidas com a presença de gorduras pelo organismo. Incluem as vitaminas A, D, E e K.
 São estocadas no organismo junto as gorduras do corpo.
2.2. Vitaminas hidrossolúveis
 São vitaminas absorvidas com a presença de água pelo organismo.
 Incluem as vitaminas C e do Complexo B.
 Não são estocadas no organismo e requerem ingestão diária.
3. TIPOS DE VITAMINAS.
3.1 VITAMINA A – CONCEITO E ESTRUTURA QUÍMICA.
 O termo Vitamina A, refere-se a quatro compostos: retinol, ácido retinóico, refinaldeido e carotenóides (pró-vitamina A). 
 A pró-vitamina A (precursoras do retinol) é adquirida nos alimentos de origem vegetal.
 O metabólico mais importante da Vitamina A é o ácido retinóico que atua a nível genético, modulando os fatores de transcrição nuclear.
 As principais fontes animais são: fígado, gema de ovo, leite e derivados.
 As principais fontes vegetais são as de cor verde escuro: couve, espinafre e brócolis.
 Também fontes nos legumes, frutas vermelhas e amarelas (mamão, manga, pêssego, abóbora, cenoura e batata doce.
 Os carotenóides (pró-vitamina A) e os retinóis sofrem hidrólise no estômago e são liberados de suas proteínas.
 No intestino delgado, por ação das enzimas pancreáticas e sais biliares, são incorporadas nas gorduras e transportadas até o fígado.
 Apenas 10% da vitamina A do organismo é estocada nos olhos e pulmões; 90% da Vitamina A são armazenadas no fígado.
 CLÍNICA - As alterações mais características do déficit de Vitamina A são as manifestações oculares, que se desenvolvem em um contínuo de gravidade.
 O sintoma mais precoce é a diminuição da visão no escuro – cegueira noturna.
 A fotofobia também é um sintoma importante.
3.2. AS VITAMINAS DO COMPLEXO B.
Vitamina B1 – Tiamina
Riboflavina – B2
Niacina – B3
Ácido pantotênico – B5
Piridoxina – B6
Biotina – B7
Ácido Fólico – B9
Cianocobalamina – B12
3.3. VITAMINA B1 – TIAMINA
 As principais fontes de Tiamina são a carnes – especialmente a de porco; vísceras; peixe, gema de ovo, leite, leguminosas, cereais, nozes e trigo.
 Clínica: A deficiência grave de Vitamina B1 produz o Beriberi, doença caracterizada por sintomas neurológicos e cardiovasculares.
 Causas: A falta de vitamina B1 no organismo ocorre em geralmente lactantes em uso de leite a base de soja, descendentes do Oriente, onde o arroz é o alimento básico.
3.4. VITAMINA B 2 – RIBOFLAVINA.
 Fontes alimentares: as principais fontes são leite e seus derivados, carnes e vísceras (fígado, rins e coração), ovos, legumes e vegetais de cor escuro em geral.
 Clínica: as manifestações da arriboflavinose (falta de Vitamina B2) gera queilite (fissuras no canto da boca), queilose (rachaduras nos pés), glossite (língua avermelhada). A riboflavina interfere com o metabolismo do ferro, podendo associar o quadro de anemia.
3.5. VITAMINA B3 – NIACINA.
 Existe duas formas de vitamina: ácido nicotínico e nicotinamida.
 Ambas absorvidas no intestino proximal por difusão facilitada. 
 A Niacina pode ser adquirida diretamente dos alimentos ou biossintetizada a partir do Triptofano, aminoácido essencial ingerido na dieta.
 As maiores fontes de Niacina são: carnes, peixes, galinha, leite e ovos.
 Clínica: a doença causada pela deficiência de Niacina chama-se Pelagra (pele áspera) e prejudica todos os tecidos do corpo.
3.6. VITAMINA B5 – ÁCIDO PANTOTÊNICO.
 A Vitamina B5 é amplamente encontrada em diversos alimentos, e sua carência isolada é rara.
Participa das reações do ciclo de Krebs para liberação de energia celular, assim como da síntese celular de aminoácidos, ácidos graxos, hormônios esteróides e hemoglobina.
3.7. VITAMINA B6 – PIRIDOXINA.
 Fontes alimentares: carnes em geral, peixe, aves e leguminosas.
 A Vitamina B6 engloba um grupo de substâncias – piridoxina, piridoxal e piridoxamina. Estas substâncias participam de várias reações do metabolismo de aminoácidos.
 Deficiências na Vitamina B6 são raras mas podem ser causadas por dietas vegetarianas restritas.
3.8. VITAMINA B7 – BIOTINA.
 A deficiência de Vitamina B7 é rara, pois sua distribuição nos alimentos é muito ampla.
 Sua deficiência pode ocorrer pelo consumo da substância avidina, encontrada na clara do ovo cru.
 O quadro clínico inclui dermatite acastanhada e alucinação.
3.9. VITAMINA B9 – ÁCIDO FÓLICO.
 Os fosfatos são encontrados nos vegetais verdes em frutas e vísceras.
 O ácido fólico é biologicamente inativo e necessita de uma enzima para se transformar em um composto ativo (tetra-hidrofolato-THF) que participa na síntese de DNA.
 Doenças que cursam com diarréia crônica, doença inflamatória intestinal e alcolismo prejudicam a absorção intestinal do folato.
 CLínica: são sintomas da deficiência de folato a anorexia, fraqueza.
3.10. VITAMINA B12- CIANOCOBALAMINA.
 A Vitamina B12 está presente principalmente em carnes, leite e ovos.
 Causas da ineficiência de Vitamina B12 no organismo está relacionada a dieta vegetariana restrita e naturalistas (veganos) que não consomem qualquer tipo de produto de oerigem animal.
 Os estoques de B12 duram no adulto cerca de 3 a 5 anos
4. A VITAMINA C-ÁCIDO ASCÓRBICO.
 Fontes alimentares: a vitamina C é encontrada em frutas (ex. acerola,cajú, melão, manga, laranja, melão) e hortaliças verdes.
 A Vitamina C é absorvida a nível de intestino delgado por processo ativo de difusão simples.
 O Ácido ascórbico é um potente agente redutor e participa de diversas reações importantes no organismo, entre elas, aumenta a absorção de ferro.
 Clínica: A falta de Vitamina C origina a doença ESCORBUTO.
5. VITAMINA D.
 A principal forma através da qual adquirimos Vitamina D é pela síntese cutânea (cerca de 90%).
 Existem poucas fontes alimentares nas quais adquirimos a Vitamina D: óleo de fígado de peixe e gema de ovos.
 A forma D3 da Vitamina D (Calcitriol) possui receptores dentro do núcleo da célula, influenciando a síntese de RNA-mensageiro.
 As principais funções da forma D3: regulação dos ossos; no intestino aumenta a regulação de cálcio e fósforo; nos rins aumenta a reabsorção de cálcio.
 A matriz óssea e sua fase mineral é composta de cálcio e fósforo, por isso a Vitamina D está relacionada ao crescimento dos ossos e regulação dos mesmos.
 Deficiência de Vitamina D: ocorre por deficiência nutricional pela ingestão deficiente de Vitamina D e síntese cutânea diminuída.
 Clínica: A falta de Vitamina D produz um distúrbio na mineralização óssea, provocando um quadro clínico de RAQUITISMO no esqueleto em crescimento e OSTEOMALÁCIA no esqueleto maduro.
 A matriz óssea e sua fase mineral é composta de cálcio e fósforo, por isso a Vitamina D está relacionada ao crescimento dos ossos e regulação deles.
 Deficiência de Vitamina D: ocorre por deficiência nutricional. Que ocorre pela ingestão deficiente e síntese cutânea diminuída. A falta de Vitamina D provoca o RAQUITISMO.
6. VITAMINA E –TOCOFEROL.
 Fontes alimentares: óleos vegetais, os grãos, as sementes, os vegetais de folhas verdes e a margarina.
 Sob o termo de Vitamina E englobam-se 8 substâncias, sendo o TOCOFEROL o que tem maior poder biológico. O papel mais importante do TOCOFEROL é sua atividade antioxidante que reduz os radicais livres. A Vitamina C potencializa a ação da Vitamina E.
7. VITAMINA K.
 A Vitamina K engloba várias substâncias que têm em comum o anel de naftoquinona em sua estrutura química.
 A Vitamina K1 – FILOQUINONA, pode ser encontrada nos vegetais de folhas verdes, alguns legumes, óleos vegetais e fígado.
 A Vitamina K2- MENAQUINONA é sintetizadapor bactérias intestinais Gram-negativas. Encontradas em fígado e queijos. 
 A Vitamina K está envolvida em fatores de anticoagulação, metabolismo ósseo e vascular.
8. MICRONUTRIENTES E MINERAIS – ZINCO.
 Fontes alimentares: ovos, leite, carnes e os crustáceos.
 A presença de fitatos e fibras diminuem a absorção do zinco.
 O Zinco é um micronutriente fundamental para o sistema imunológico.
 Dietas inapropriadas, doença de Chron, anemia falciforme, doenças hepáticas e renais são alguns fatores associados a deficiência de zinco.
9. MICRONUTRIENTES E MINERAIS – COBRE.
 Fontes alimentares: leguminosas (feijão e ervilha), nozes e ostras.
 O cobre é absorvido no intestino delgado.
 A excreção de cobre pelo organismo se dá através da bile e dos rins.
 O cobre catalisa uma série de reações enzimáticas.
 A deficiência de cobre cursa com anemias, osteoporose, déficits cognitivos entre outros.
10. MICRONUTRIENTES E MINERAIS – IODO.
 O IODO na natureza está presente no solo e na água do mar, soba a forma de iodeto.
 Principais fontes alimentares: peixes de água salgada, os mariscos, as lagostas, os camarões, os vegetais folhosos (espinafre e agrião) e o sal iodado.
 Cerca de ¾ de todo o iodo presente no organismo encontra-se na glândula tireoide. O restante é encontrado nas glândulas mamárias, salivares e gástricas. DEFICIÊNCIA gera o BÓCIO.
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