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Medicina Veterinária – Mariana de Campos – Clínica de grandes animais II Indigestões → Acidose ruminal Timpanismos → gasoso, espumoso, recidivante OBS: As bactérias do rúmen a maior parte são celulolíticas. Estas no momento da digestão produzem gases (fisiológico) – Uma vaca saudável pratica a eructação Geralmente o abaulamento é do lado esquerdo TIMPANISMO É a distensão anormal dos pré- estômagos dos ruminantes com ingesta ou gás Classificação: Primário – Espumoso: assim que ingeriu inicia os sintomas (falha no 1° estágio de eructação. Leguminosas (alfafa, trevo) ou ração e concentrado com baixa granulometria (pequenos), é importante ruminantes ingerirem rações maiores, menos muidos, alimentos muito muidos não precisam ser ruminados, diminui bicarbonato. Mais do que 1 animal apresenta o timpanismo espumoso, todos que comeram apresentam sintomas Secundário – Gasoso – Patológico: concentração de gás que não consegue sair. Normalmente é secundário a uma doença primária – ex: obstrução TIMPANISMO ESPUMOSO - SINAIS CLÍNICOS Taquicardia, taquipneia (compressão diafragma altra parâmetros), boca aberta, protusão de língua, salivação, cianose, desidratação, diminuição da produção de leite, hiporexia, hipermotilidade – hipomotilidade ruminal, cólica TIMPANISMO ESPUMOSO – DIAGNÓSTICO Histórico/anamnese – palpação, balotamento rúmen, no começo da auscultação é rápido, mas com tempo vai gerando uma hipomotilidade Sinais clínicos Sondagem orogástrica (ineficaz – não indicado) entupimento de sonda Trocaterização (risco de peritonite) – risco de extravasar líquido na cavidade, logo não é indicado Ruminotomia exploratória TIMPANISMO ESPUMOSO – TRATAMENTO - Agentes surfactantes: Proloxato (44 mg/kg) → Diminuição da tensão superficial - Ruminotomia (+ transfaunação) - Suporte: fluidoterapia (se necessário) Obs: óleo de cozinha também é um antiespumante (qualquer composto oleoso) – se não funcionar é necessária uma lavagem gástrica (cirurgia) TIMPANISMO GASOSO 1 º Estágio de eructação = normal No timpanismo espumoso as falhas estarão no 2, 3 e 4° estágios Medicina Veterinária – Mariana de Campos – Clínica de grandes animais II TIMPANISMO GASOSO – SINAIS CLÍNICOS Alterações em cotorno abdominal, Taquicardia, taquipneia (compressão diafragma altra parâmetros), boca aberta, protusão de língua, salivação, cianose, desidratação, diminuição da produção de leite, hiporexia, hipermotilidade – hipomotilidade ruminal, cólica TIMPANISMO GASOSO – DIAGNÓSTICO Histórico/anamnese Sinais clínicos Sondagem orogástrica - Aqui é indicado, quando passar a sonda tiver obstrução no esôfago, neoplasias etc, quando passar com facilidade e tiver gás dentro do rúmen, irá ter uma melhora imediata (nesses casos suspeitamos dos quadros de atonia ruminal) Trocaterização Ruminotomia exploratória Avaliação do líquido ruminal é primordial, para ver se necessita de uma transfaunação OBS: fibrinogênio é um marcador d einflamação importante nos ruminantes TIMPANISMO GASOSO – TRATAMENTO Sonda orogástrica (diagnóstico + tratamento) Bater cateter Colocar animal para se movimentar – estimula a eructação Tratar doença associada: hipocalcemia puerperal, acidose ruminal, distensão abomasal, rumenites, abcessos, CE etc Suporte: fluidoterapia (se necessário) Ruminotomia INDIGESTÃO VAGAL – SÍNDROME DE HOFLUND São animais minis com os órgãos em tamanho normais o que gera um tmpanismo recidivante - Desnível de esôfago Indigestão vagal – causas: Toda movimentação nervosa ruminal é comandada pelo nervo vago (SNP) Dependendo de onde tem a lesão há alterações mais específicas do TGI Saco Dorsal – rúmen Ventral – retículo, omaso e abomaso A lesão pode ocorrer por: ingestão de CE, inflamações em mucosa (gera ruminite), nódulos Medicina Veterinária – Mariana de Campos – Clínica de grandes animais II Palavras chaves: Formato do animal: maçã pêra (quando estão acometidos pelo timpanismo recidivaste Prova da atropina – quando suspeitamos desta patologia 1. Auscultação FC 2. Aplicar atropina e esperar 15 min e auscultar novamente, se a FC for superior a 16% confirmamos a indigestão de nervo vago Indigestão vagal – Tratamento Como há lesão em nervo vago, não há um tratamento efetivo A solução são cânulas para o resto da vida, quando começar a timpanizar abrir a cânula e deixar o gás escapar ACIDOSE RUMINAL Inflamação resultante da rápida fermentação de grãos em excesso no rúmen (aguda) ou resultante de dietas com alto teor de carboidrato e baixo teor de fibras (crônico) Pouca aminolíticas e bastante bactérias celulolíticas Começaram a ter problemas de digestão quando começou a intensificar os sistemas de produção – precisam de muita energia – foram colocados carboidratos na dieta (ração) – má organização na fase de transição de dieta (abrupto) gera acidose Fibra (volumoso) de baixa qualidade = feno só com cabinho A dieta rica em concentrado reduz o Ph do rúmen havendo uma inversão da flora, aumentando a quantidade de aminolíticas (bactérias responsáveis pela digestão do amido). Surgem também os bacilos e produzem ácido lático (são ruins), esse pH ácido causa uma ruminite na vaca, com isso diminui também a motilidade do rúmen, causa inflamação da mucosa. A quantidade excessiva de ácido lático muda a osmolaridade do rúmen e começa a entrar água Animal produz menos por absorver menos também (paraqueratose) Casos de laminite, abcessos e septicemias é devido as toxinas produzidas por essas bactérias que alcançam a corrente sanguínea O líquido dentro do rúmen precisa sair, sai como diarreia Tanto a diarreia quanto o líquido ruminal tem odor ácido O ácido lático na corrente sanguínea gera distúrbios nervosos/comportamentais O mais visível de sinais clínicos é a queda de desempenho e laminite Suspeitas: Troca de dieta, animais entraram em confinamento, foi para exposição e comeu ração, abdômen distendido e diarreia = acidose ruminal Em casos crônicos: na necropsia espessamento de parede do rúmen, úlceras etc Ph menor que 6 do suco ruminal Medicina Veterinária – Mariana de Campos – Clínica de grandes animais II Tirar toda ração ficar apenas no volumoso Quando sondar já irá sair líquido pela sonda Monensina – controla Ph Bicarbonato VO na dieta controla Ph ruminal também
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