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Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) Autor: Sergio Henrique 28 de Abril de 2022 05303426343 - João Batista Gomes do Amaral Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 1 175 SUMÁRIO 00. Bate Papo Inicial .......................................................................................................... 3 1. Industrialização .............................................................................................................. 4 1.1. Primeira Revolução Industrial .................................................................................................... 5 1.2. Segunda Revolução Industrial (Fordismo).................................................................................. 6 1.3. Terceira Revolução Industrial (Toyotismo)................................................................................. 6 2. O Processo de Industrialização do Brasil ........................................................................ 8 2.1. Substituição de Importações (1917) .......................................................................................... 9 2.2. Era Vargas (30/40) ..................................................................................................................... 9 2.3. JK (1950) ................................................................................................................................... 11 2.4. Ditadura (60/70) ...................................................................................................................... 11 2.5. Década Perdida da Economia Brasileira (1980) ....................................................................... 12 2.6. As Políticas Neoliberais no Brasil: Abertura para o Capital Internacional (1990) ................... 13 2.7. A Distribuição Industrial Brasileira ........................................................................................... 14 3. Concentração Industrial ............................................................................................... 17 4. Desconcentração Industrial .......................................................................................... 19 4.1 Formação de Novos Centros Industriais .................................................................................... 19 5. Fontes de Energia ........................................................................................................ 22 5.1. Hidroeletricidade ...................................................................................................................... 24 5.1.1. Impactos da Instalação de Hidrelétricas ............................................................................................................... 25 5.1.2. O Potencial Hidrelétrico Brasileiro. ...................................................................................................................... 26 5.2. O Petróleo ................................................................................................................................. 28 5.2.1. Não somos Autossufientes? Porque Importamos? .............................................................................................. 29 5.2.2. A Plataforma Continental e a Produção de Petróleo............................................................................................ 30 5.3. Carvão e Gás Natural ............................................................................................................... 32 5.4. Energia Nuclear ........................................................................................................................ 33 5.5. Tendências de um Cenário Futuro ............................................................................................ 34 6. Orientações de Estudos (Checklist) e Pontos a Destacar) ............................................. 36 7. Questionário de Revisão .............................................................................................. 40 Questionário – Somente Perguntas ................................................................................................ 40 Questionário – Perguntas e Respostas ........................................................................................... 40 Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 2 175 8. Exercícios ..................................................................................................................... 44 9. Considerações Finais .................................................................................................. 175 Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 3 175 00. BATE PAPO INICIAL Olá, caro amigo concurseiro. É com grande prazer que o recebo novamente para falarmos de geografia. Estudar a aula anterior é fundamental para que você possa compreender muitas das coisas que vamos tratar aqui. Estudar a teoria e resolver os exercícios é a melhor forma para memorizar o conteúdo e ficar confiante para resolver a sua prova. Tenha sempre em mente seus objetivos e as coisas que te motivam, para que eles possam te dar a energia necessária para você alcançar seu sucesso. Vamos lá! Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 4 175 1. INDUSTRIALIZAÇÃO A revolução industrial teve início na Inglaterra. Foi o país pioneiro da industrialização europeia, pois reunia muitos fatores favoráveis como rios que facilitavam o escoamento da produção, uma burguesia com capital volumoso para investimentos, avanços científicos na mecânica e grandes reservas de carvão e ferro. A revolução industrial foi um processo de mecanização do trabalho e modernização das formas produtivas, cujas nações pioneiras foram a já citada Inglaterra, França, Holanda e Bélgica. São chamados de países de industrialização de primeira geração. A segunda revolução industrial ocorreu também no continente europeu, na Alemanha e Itália, em meio a um processo político-militar de formação dos respectivos Estados Nacionais. Este modo de produção transpôs o continente e os países não europeus que mais se destacaram foram os EUA e Japão. Estes países são os que possuem um maior grau de desenvolvimento industrial, tecnológico, urbanização e uma grande concentração de capital. O processo de urbanização mais antigo faz com que alguns espaços sejam tradicionalmente industriais, urbanizados e desenvolvidos, como a costa Leste do EUA e a Europa Central. Os polos industriais nos países de industrialização emergente, os BRICS (refere-se à Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que se industrializaram após a Segunda Guerra Mundial, com a mundialização do comércio e expansão das multinacionais (fatores da globalização), são espaços industriais que ainda carecem de profundas melhorias, tanto quanto a situação do trabalho cada vez mais precário e quedemanda uma maior inclusão das pessoas no espaço urbano. No mapa a seguir podemos visualizar como ocorre a distribuição industrial e podemos associá-la a Divisão Internacional do Trabalho (DIT), pois os países Norte-Americanos e da Europa Ocidental, fornecem produtos tecnológicos a altos preços associados à mão de obra qualificada; enquanto que os países emergentes como Brasil, Argentina, México, Rússia, China, Índia, entre outros, são vistos como potenciais mercados consumidores dessa tecnologia. Assim como os países semi-industrializados, do Norte da África e Oriente Médio, e os essencialmente rurais africanos e sul-americanos, os países emergentes fornecem produtos primários como commodities agrícolas e produtos de mineração a preços baixos e importam produtos tecnológicos a preços altos. Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 5 175 1.1. PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL No século XVIII, a Inglaterra tornou-se uma potência econômica internacional dominante e acumulou grandes somas de capital. Além disso, o grande número de portos naturais e rios navegáveis, muitos ligados por novos canais, significava que o consumo interno e o internacional podiam ser facilmente interligados. A crescente industrialização contribuiu para o êxodo rural e com a grande oferta de mão de obra barata atraída pelo trabalho fabril em conjunto com as colônias na África e na Ásia que garantiam fornecimento de matéria-prima com mão de obra barata o setor foi rapidamente alavancado. Em meados do século XVIII e início do XIX, houve o surgimento da mecanização que operou significativas transformações em quase todos os setores da vida humana. Foi a separação definitiva entre o capital, representado pelos donos dos meios de produção, e o trabalho, representado pelos assalariados. A mecanização se estendeu do setor têxtil para a metalurgia, transportes, agricultura, pecuária e todos os outros setores da economia. A Revolução Industrial estabeleceu a definitiva supremacia burguesa na ordem econômica. Mas nem todos se industrializaram ao mesmo tempo, permanecendo na condição de fornecedores de matérias primas e produtos agrícolas para os países industrializados. Essas diferenças marcam até hoje as nações do mundo que são divididas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Uma das maneiras de se mensurar quão avançado é determinado país é pelo seu grau de industrialização. Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 6 175 1.2. SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (FORDISMO) Ao final do século XIX, o período conhecido como a fase da livre concorrência fica para trás e o capitalismo se tornava cada vez menos competitivo e mais monopolista. Nesta época, o império alemão surge como a grande potência industrial graças a abundância do minério de ferro e sua cultura militar. Antes chefiada pela Prússia, a Alemanha realizou reformas políticas e econômicas que unificaram o país tornando-a uma indústria poderosa. Se estabeleciam as bases do progresso tecnológico e científico. O constante aperfeiçoamento dos produtos e técnicas, para melhor desempenho industrial, deram as condições necessárias para o crescimento do imperialismo colonialista. Surge aí o Fordismo criado por Henry Ford, quando instala então a primeira linha de produção semiautomatizada de automóveis no ano de 1914. Este se tornaria o modelo de gestão que perduraria até meados da década de 1980. Este sistema de produção em massa, denominado linha de produção, constituía-se em linhas de montagem semiautomáticas, possibilitadas pelos pesados investimentos para o desenvolvimento de maquinários e instalações industriais. A diminuição dos preços vem então acompanhada pela queda na qualidade dos produtos fabricados e alta carga de trabalho mal remunerada. Por conseguinte, este modelo se espalha pelo mundo e se consolida no pós-guerra garantindo os anos dourados de prosperidade aos países desenvolvidos. Este período foi marcado pela consolidação do progresso científico e tecnológico, se espalhando por outros países da Europa. Muitas descobertas foram importantes para alavancar esse progresso que merecem destaque: ✓ A invenção da lâmpada incandescente; ✓ A criação dos meios de comunicação (telégrafo, telefone, televisão, cinema e rádio); ✓ E diversos avanços na área da medicina e da química, como a descoberta dos antibióticos e das vacinas. 1.3. TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (TOYOTISMO) A Terceira Revolução Industrial, também chamada de Revolução Informacional, tomou força na segunda metade do século XX, momento em que a eletrônica aparece como verdadeira modernização da indústria. Isto aconteceu após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e segue até a atualidade. Para alguns, a descoberta científica da possibilidade de utilizar a energia nuclear do átomo está associada ao seu início. Para outros, seu início foi por volta de 1970, com o descobrimento da robótica, empregada na linha de montagem de automóveis. Há ainda quem defenda que iniciou-se a partir dos anos 1990, com o uso do computador pessoal e a internet. Enfim, Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral ==16a82f== Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 7 175 o fato é que a Terceira Revolução Industrial trouxe um progresso tecnológico imensurável atrelado também a um grande desenvolvimento agropecuário, de prestação de serviços e comercial em geral. A economia cresceu abruptamente com as novas conquistas dos grandes centros de pesquisas dos países desenvolvidos, tendo na globalização a maneira perfeita de difundir e massificar os produtos tecnológicos produzidos. Dentre as suas principais características estão: ✓ O uso de tecnologia e do sistema informático na produção industrial; ✓ O desenvolvimento da robótica, engenharia genética e biotecnologia; ✓ A diminuição dos custos e aumento da produção industrial; ✓ A flexibilização do trabalho; ✓ A produção por demanda (just-in-time) sem a necessidade de acumular a produção em grandes galpões; ✓ A aceleração da economia capitalista; ✓ A busca pela utilização de várias fontes de energia, inclusive as menos poluentes; ✓ Busca polo selo sustentável e aumento da consciência ambiental; ✓ A consolidação do capitalismo financeiro; ✓ A terceirização da economia; ✓ A expansão das empresas multinacionais; ✓ Substituição dos postos de trabalho não qualificados por máquinas. Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 8 175 2. O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO DO BRASIL A industrialização dos países periféricos coincide com a expansão das chamadas empresas multinacionais. Essa expansão consiste na instalação de subsidiárias nos países periféricos, que fabricarão produtos que já tenham atingido no país de origem a fase de declínio e deseu ciclo de vida. A industrialização no Brasil foi historicamente tardia. Na Europa já se desenvolvia a Primeira Revolução Industrial e o Brasil vivia sob o regime de economia colonial. Os principais impulsionadores deste movimento foram os cafeicultores do estado de São Paulo que, após a crise do café em 1929, investiram o capital acumulado com as lavouras em maquinário industrial. Até então, a indústria brasileira se resumia em processamento de alimentos e produção de tecidos, exercida por indústrias de pequeno e médio porte comandadas pela classe burguesa em ascensão. Logo após se desenvolveram os setores de bens de consumo duráveis (móveis, automóveis, etc.) e não duráveis (calçados, roupas, alimentos etc.). A década de 1950 marcou a formação de um dos maiores polos tecnológicos nacionais, em São José dos Campos, com a instalação do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e logo na década de 60 foi a vez do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), responsável pela construção de satélites espaciais. Logo vieram a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), o instituto Adolfo Lutz, a Fundação Oswaldo Cruz, etc. Percebe-se no Brasil uma concentração da atividade industrial na região Sudeste. Durante as décadas de 1960, 70 e 80, houveram gradativos movimentos de descentralização industrial, expandindo a industrialização para as regiões Norte, Nordeste, Sul e Centro-Oeste. Entre os anos de 1950 a 1980 ocorreu a implantação de setores mais diversificados de bens intermediários (autopeças para montadoras). Após a Segunda Guerra Mundial, o crescimento industrial de São Paulo ocorreu no chamado ABCD paulista (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema), tendo como base a indústria automobilística estrangeira. Pontos positivos do processo de industrialização: ✓ Contração do volume de exportações de produtos manufaturados estrangeiros; ✓ Crescimento da produção de produtos nacionais associada à queda de preço; ✓ Geração de milhares de empregos no setor da indústria; ✓ Desenvolvimento das relações de trabalho nas áreas das indústrias, com a criação dos sindicatos na intenção de defesa dos direitos dos trabalhadores; ✓ Ascensão dos setores de comunicação, transporte e desenvolvimento urbano. Pontos negativos do processo de industrialização: ✓ Aumento da poluição com o lançamento de rejeitos químicos no ar e nos rios, além da prática de crimes ambientais; Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 9 175 ✓ Utilização de mão de obra infantil; ✓ Crescimento desregrado dos centros urbanos por meio do êxodo rural e da imigração, incapaz de acomodar o grande fluxo de pessoas. 2.1. SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES (1917) Durante a Primeira Guerra Mundial, a Europa estava impossibilitada de produzir e principalmente exportar. Foi então que o Brasil passou a exportar grande parte dos alimentos produzidos para os países da Tríplice Entente. O capital inicial veio justamente do setor cafeicultor composto principalmente por italianos que se tornaram pequenos proprietários de fazendas de café. As primeiras indústrias tinham grau de complexidade menor, como as têxtis e alimentícias. A ocorrência das exportações passou a afetar o abastecimento interno de alimentos, causando elevação dos preços da pequena quantidade de produtos disponíveis no mercado. A industrialização fez surgir no Brasil o novo perfil social do operário fabril. Embora o salário subisse, o custo de vida aumentava de forma desproporcional, deixando os trabalhadores em más condições para sustentar suas famílias e fazendo com que as crianças precisassem trabalhar para complementar as rendas domésticas. No ano de 1917 o Brasil passou por uma greve geral dos trabalhadores industriais, no contexto das agitações revolucionárias da Rússia. O movimento operário começou a surgir ainda no final do século XIX, mas foi com a industrialização provocada pela Primeira Guerra que fez com que rapidamente se transformasse em uma das principais forças políticas de sua época. Já em 1917, pode ser visto como um dos maiores movimentos operários do mundo. Ficou conhecida como Tríplice Entente (entente = acordo, contrato) a coalizão militar constituída na primeira década do século XX, onde os Impérios Britânico, Russo e República Francesa se uniram para fazer frente à política expansionista de outro bloco, a Tríplice Aliança (constituída pelos Impérios Alemão, Italiano e Austro-Húngaro), formado em 1882 2.2. ERA VARGAS (30/40) Vargas foi um marco da industrialização e urbanização do país. Se destacou por iniciar um sistemático processo de industrialização, baseado na forte intervenção do Estado na economia nacional e na substituição de importações. Governa entre 1930 e 1945, e depois de um mandato Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 10 175 presidencial de Dutra, retorna e governa até 1954. Chegou ao poder num país rural e quando se suicidou, o Brasil já tinha uma industrialização proeminente em curso e a população passava a ter um perfil cada vez mais urbano. Seu projeto de política econômica que podemos chamar de nacionalismo econômico, procurou manter uma maior independência com relação ao capital internacional. O projeto de governo de Vargas procurou industrializar o Brasil com empresas estatais, e indústrias de base (mineração, siderurgia, metalurgia e energia). Entre as empresas que foram construídas podemos destacar: A companhia Vale do Rio Doce em Minas Gerais (privatizada em 97 no governo FHC), a Usina de Tubarão (ES), a Usina de Volta Redonda (RJ), a Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso, no Rio São Francisco (MG) e a Petrobrás, que por sua vez, foi criada em meio a uma grande campanha nacionalista “o petróleo é nosso”. Nessa época, Vargas criou a ANP (Agência Nacional de Petróleo) e a Petrobrás era detentora do monopólio de extração e refino. Seu monopólio foi quebrado em 97, no governo FHC, e hoje o Estado possui aproximadamente 28% das ações da empresa. Também foi durante esse governo houve outro feito notório com a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) na intenção de estruturar e organizar o setor industrial trabalhista. As principais características da era Vargas apesar de complexas podem ser resumidas a: ✓ Centralização do poder: Vargas tomou medidas para enfraquecer o Legislativo e reforçar os poderes do Executivo. Essa característica ficou evidente durante o Estado Novo. ✓ Política trabalhista: Atuou de forma consistente na ampliação dos benefícios trabalhistas. Criou o Ministério do Trabalho e concedeu direitos aos trabalhadores. Reforçou seu poder aproximando-se das massas. ✓ Propaganda política: O uso da propaganda como forma de ressaltar as qualidades de seu governo foi uma marca forte de Vargas e que também ficou evidente durante o Estado Novo à partir do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP.) ✓ Capacidade de negociação política: A capacidade política de Vargas não surgiu do nada, mas foi sendo construída e aprimorada ao longo de sua vida política. Vargas tinha uma grande capacidade de conciliar grupos opostos em seus governos, como aconteceu em 1930, quando oligarquias dissidentes e tenentistas estavam no mesmo grupo apoiando- lhe. A postura de Vargas no poder do Brasil durante esse período pode ser também relacionadacom o populismo, principalmente pelos aspectos da sua relação direta e não institucionalizada do líder com as massas; da defesa da união das massas; de uma liderança baseada no carisma e um sistema partidário frágil. Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 11 175 2.3. JK (1950) O presidente Juscelino Kubitschek aplicou um projeto de governo bastante arrojado para a época. Na busca de industrializar a qualquer custo, lançou o “Plano de Metas”, que prometia desenvolver o país “50 anos em 5”. As cinco principais metas eram: indústria, energia, transportes, educação e saúde. Fundamentalmente realizou uma abertura de capital, retirando barreiras alfandegárias e protecionistas, e investiu em infraestrutura construindo usinas hidrelétricas e rodovias que integravam o Brasil. É importante lembrarmos que quanto maior o desenvolvimento industrial, maior a demanda energética. Para alcançar os objetivos do Plano de Metas era necessária uma intervenção maior do Estado na economia, priorizando então, a entrada de capitais estrangeiros no país, principalmente pela indústria automobilística. Ressalta-se que nesse período o Brasil iniciou o processo de endividamento externo. A meta síntese do Plano de Metas, e que projetou a imagem de JK foi a construção de Brasília. A ideia de construção de uma cidade para abrigar o Distrito Federal e que estivesse no centro de nosso território (para integrar o país e contra invasões estrangeiras) já era bem antiga, proposta durante o Império, por José Bonifácio. JK concretizou um projeto de mais de um século na época. Entre as razões para a construção de Brasília podemos citar: ✓ Centralizar a administração política brasileira. ✓ Levar o desenvolvimento ao interior. ✓ É estrategicamente mais seguro para o Estado em caso de conflitos internacionais. ✓ Afastar a capital das tensões políticas do RJ, metrópole populosa cuja população era bastante politizada à época e com frequência ocorriam manifestações. 2.4. DITADURA (60/70) Foi um período de realização de grandes obras públicas, em que ocorreu um grande crescimento e fortalecimento da construção civil. O capital internacional foi bastante presente, mas também foi disciplinado. Uma imagem de crescimento industrial e de colocação do Brasil entre as potências mundiais, possibilitou a internacionalização da economia brasileira. “É preciso crescer o bolo para depois distribuí-lo”. O setor energético também se desenvolveu nesta época quando ocorreu um grande salto na modernização agrícola com a implantação do agronegócio a partir da década de 70, e o desenvolvimento do Proálcool (Programa Nacional do Álcool, que criou o etanol), e também marcado pelo “milagre econômico”, no governo Médici. A política econômica que foi batizada de Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 12 175 “milagre”, foi feita com o objetivo de estimular o consumo e a produção. Mas foi feita à base de empréstimos internacionais para oferecer crédito às classes média e alta e para baratear o custo da produção, congelaram os salários. Em cinco anos o crescimento e o consumo foram expressivos, mas logo ocorreu uma grande espiral inflacionária que perdurou até a década de 80. A acumulação de renda no topo da pirâmide deu um salto nos primeiros anos de regime militar. Em outras palavras, se em 1965 o 1% mais rico ganhava cerca de 10 vezes a renda média do país, em 1968 esse mesmo 1% ganhava 16 vezes. O nível de educação é o principal fator isolado para explicar o aumento da desigualdade. Como o Brasil crescia a taxas altas no período do “milagre”, a demanda por profissionais qualificados era maior que a oferta deles no mercado, forçando o aumento dos salários e, portanto, da renda dos que estavam nesse topo. 2.5. DÉCADA PERDIDA DA ECONOMIA BRASILEIRA (1980) Foi assim chamada, por ter sido um período de grande recessão. O Brasil ainda colhia os frutos negativos da política econômica do “milagre”. Houve uma reversão no trajeto de crescimento seguido pela economia brasileira que mergulha na mais grave crise de sua história. O país passou por uma inflação que chegava a 900% ao ano e taxas de desemprego acima dos 15%. O PIB per capita, que de 1970 a 1980 vinha se expandindo à taxa média de 6,1% ao ano, decaiu 13% nos próximos 3 anos. O crescimento na década foi muito baixo e apresentou vários momentos de recessão. Não apenas se formaram e se firmaram inúmeras entidades e partidos populares, fruto das maiores mobilizações sociais de toda a história brasileira, como se abriu uma nova fase histórica para o país, através do fim da ditadura. Após o Estado Novo, foi promulgada durante o governo do Presidente Eurico Gaspar Dutra, a constituição de 1946 que buscava a redemocratização do Estado brasileiro. Restabeleceu os direitos individuais, extinguindo a censura e a pena de morte. Esta constituição vigorou por 21 anos. A constituição de 1967, promulgada no governo de Castelo Branco, traz de volta o totalitarismo, oficializando e institucionalizando a ditadura do Regime Militar de 1964. A Constituição ainda autorizava a expedição de decretos-lei, a nomeação de senadores pelas Assembleias Legislativas, a prorrogação do mandato presidencial para seis anos e a alteração da proporcionalidade de deputados no Congresso, tudo isso com respaldo do Ato Institucional nº 5 (AI-5). A constituição de 1967 também vigorou por 21 anos, quando em 1988 foi promulgada a atual constituição em vigor no Brasil, chamada de “constituição cidadã”. Os direitos individuais e as liberdades públicas são ampliados e fortalecidos. É garantida a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Foram lançadas novas moedas (cruzeiro e cruzado), na tentativa de estabilizar a economia nos anos 80 e domar a inflação e a escalada dos preços, mas a estabilização da economia só veio a partir do plano real em 92, criado por FHC. Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 13 175 2.6. AS POLÍTICAS NEOLIBERAIS NO BRASIL: ABERTURA PARA O CAPITAL INTERNACIONAL (1990) O neoliberalismo tem como principais características a mínima cobrança de impostos e a privatização dos serviços públicos com a diminuição drástica da participação estatal na economia. O primeiro programa de governo nitidamente neoliberal que temos no Brasil foi implantado no governo de Fernando Collor de Melo. Este foi o responsável pela abertura de mercado (retirar impostos e entraves para o capital estrangeiro) e dar início à uma agenda de privatizações das empresas públicas. Os investimentos estrangeiros aumentaram muito e ocorreu uma enxurrada de produtos importados no nosso mercado. Muitas empresas nacionais foram prejudicadas o que aumentou o desemprego e consequentemente a violência urbana. Por outro lado, levou o mas empresariado nacional a se adaptar à concorrência estrangeira forçando sua modernização e aumentando a competitividade. As políticas neoliberais foram aprofundadas durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Emseu governo as políticas neoliberais foram seguidas: aumentou a idade para a aposentadoria (diminui os gastos públicos), criou o banco de horas (os funcionários recebem suas horas extras através de folga, o que diminui o custo do trabalho para o empresário), concedia vantagens fiscais (impostos) e de juros às grandes empresas e instituições financeiras, mas sem dúvida o elemento que mais marcou seu governo foi a realização das privatizações das empresas estatais (pertencentes ao Estado). Foram privatizadas as telecomunicações, estradas (instalação de pedágios), ferrovias, bancos estaduais e minérios (privatização da CVRD – Cia Vale do Rio Doce) e retirou o monopólio da Petrobrás das atividades ligadas à extração e refino. Vale lembrar que o processo de privatizações gerou bastantes polêmicas e geram até hoje. Atualmente a opinião pública se divide nos debates sobre a privatização de empresas como o Banco do Brasil, os Correios, os presídios nacionais, e a mais polêmica gira em torno da privatização do Sistema Único de Saúde (SUS), sistema gratuito de referência mundial, mas que demanda uma fatia considerável do orçamento da união. Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 14 175 2.7. A DISTRIBUIÇÃO INDUSTRIAL BRASILEIRA A economia brasileira é a nona maior do mundo e apesar de atualmente viver um período de instabilidade política e baixo crescimento econômico, possui certa estabilidade devido seu desenvolvimento nos últimos anos, que permitem enfrentar crises internas e externas com abalos sociais menores que há décadas atrás. Somos emergentes, ou seja, subdesenvolvidos industrializados, portanto dependentes de capital e tecnologia estrangeira. O desenvolvimento industrial do país remonta o seu desenvolvimento durante o século XX. A População Economicamente Ativa (PEA) que está empregada no setor secundário (indústria) segue a lógica de que é maior onde é obviamente mais industrializado, portanto a maior quantidade de trabalhadores ocupados na indústria está empregada no Sudeste, destacadamente o estado de SP, principalmente na RMSP (Região Metropolitana de São Paulo), como podemos ver no mapa acima. Em Manaus devemos lembrar que temos a “Zona Franca de Manaus”, pela SUDAM (criada pela Superintendência para o Desenvolvimento da Amazônia). Zona Franca é um local que oferece infraestrutura e isenções fiscais. O Nordeste brasileiro, destacadamente os estados da Bahia, Pernambuco e Ceará, na região litorânea da Zona da Mata Nordestina e também no Sul do país os três estados são bastante industrializados. Em geral em todas as regiões temos indústria têxtil e alimentícia, e quanto maior o desenvolvimento, maior a variedade industrial. O Centro-Oeste vem se desenvolvendo bastante, sobretudo o estado de Goiás. Os diversos estados brasileiros estão sendo beneficiados pela desconcentração industrial que teve início na década de 90. Observe no mapa abaixo a concentração industrial e o perfil das indústrias regionais. Na região Norte predominam indústrias extrativas. Todo o litoral possui industrias de bens não duráveis (alimentos, roupas, calçados) e no Sudeste se concentram a indústrias de bens intermediários (equipamentos) e duráveis, além das indústrias de alta tecnologia como aeroespacial, em São José dos Campos, por exemplo. Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 15 175 Porque a atividade turística é uma indústria? O turismo é um organizador do espaço, visto que a necessidade de atender as condições das atividades propostas gera o investimento na infraestrutura. A indústria do turismo é grande geradora de receita; é social por gerar grande número de postos de trabalho direto e indireto; cultural, pois preserva a identidade do lugar, como monumentos históricos; e ambiental, por aliar renda e preservação. Acopla vários serviços e produtos diferentes para oferecer o produto final que é o pacote turístico. Produz a transformação de serviços isolados num serviço específico. O Brasil Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 16 175 possui um grande potencial de exploração do turismo, pois nosso extenso litoral, repleto de balneários, natureza exuberante e locais históricos bastante conhecidos mundialmente, tornam o turismo no país um grande atrativo. Contudo a carência em infraestrutura e a desqualificação dos serviços dificultam o avanço do setor. Nossa industrialização teve sua primeira manifestação no século XIX, quando Irineu Evangelista, mais conhecido como Barão de Mauá, marcou época, na segunda metade do século XIX. Um pequeno grupo de empreendedores industriais, o mais exemplar foi Mauá, com financiamentos ingleses e com o capital de investimento excedente após a abolição do tráfico de escravos com a Lei Eusébio de Queiroz. Foi somente um surto industrial, e o nosso processo de industrialização terá realmente início a partir da primeira guerra mundial. Os principais momentos para a industrialização estão enumerados a seguir. Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 17 175 3. CONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL Durante o período do Estado Novo (1937-1945), em resposta à grande depressão iniciada em 1929, iniciaram-se as políticas em favor da implantação de indústrias no país devido à política de substituição de importações, assumida de maneira mais proeminente durante o governo Vargas se intensificaram a partir da aplicação do Plano de Metas. Nesse contexto, instaurou-se no país a chamada industrialização por substituição de importações. A infraestrutura nacional, em função da grande influência da elite cafeeira do Sudeste nos anos anteriores, encontrava-se limitada à esta região do país, favorecendo a formação de um polo industrial. Nesta época, a indústria vivia um período em que se preconizava a produção em massa com as chamadas economias de aglomeração, premissas do Fordismo. Confira no mapa a grande concentração industrial no Sudeste, principalmente no estado de São Paulo. O espaço geográfico brasileiro era pouco interligado, tendo uma estrutura de arquipélago econômico com áreas desarticuladas. Esta integração reflete nossa divisão inter-regional do trabalho com a região Sudeste polarizando as demais. Esta região como um todo, possui uma gama de multinacionais que variam entre automobilística, petroquímica, alimentares, de minerais não metálicos, têxtil, de vestuário, metalúrgica, mecânica, etc. É um centro industrial bem desenvolvido com variedade e volume de produção. Porém, o processo industrial não atingiu integralmente a região, o que produziu desigualdades dentro do próprio Sudeste. O estado do Rio de Janeiro, apesar de não possuir as mesmas características de alta produção e concentraçãocomo São Paulo, foi por tempos a capital administrativa do Brasil e possui também um grande parque industrial, destacando- se as indústrias de refino de petróleo, estaleiros, indústria de material de transporte, tecelagem, metalurgia, papel, têxtil, vestuário, alimentos, etc. Minas Gerais desde a colonização sempre esteve ligado à mineração e devido a essa característica principal, ganhou grande importância no setor metalúrgico em meados de 1945. A produção abrange aço, ferro-gusa e cimento para as principais fábricas do Sudeste. A capital mineira atualmente é um grande centro industrial diversificado, com indústrias que vão desde o extrativismo até setor automobilístico. O estado do Espírito Santo é Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 18 175 menos industrializado que os demais estados do Sudeste e possui principalmente centros industriais especializados como: Aracruz, Ibiraçu, Cachoeiro de Itapemirim. A cidade de Vitória possui atividades econômicas diversificadas, relacionadas à sua situação portuária e às indústrias ligadas à usina siderúrgica de Tubarão. Em suma: ✓ Com o ciclo do café São Paulo acumulou capitais e teve o primeiro mercado consumidor, formado por imigrantes italianos livres. ✓ A industrialização por substituições de importações ocorreu onde tinha capital acumulado e mercado consumidor, ou seja, SP. ✓ A política industrializante de Vargas seguiu critérios de proximidade das jazidas (MG), do mercado consumidor e dos portos para a exportação. ✓ As multinacionais instaladas no país durante o governo JK se estabeleceram perto do mercado consumidor, das matérias primas e dos portos. ✓ A dinâmica da indústria e comércio concentrados no Sudeste manteve esta tendência até a década de 90. Neste período o Sudeste vive um grande crescimento urbano e populacional. Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 19 175 4. DESCONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL A desconcentração industrial é um processo que observamos desde a década de 90. Alguns estados brasileiros passaram a oferecer vantagens locacionais, principalmente isenção de impostos. A Essa disputa entre os estados para obter mais investimentos é a Guerra Fiscal. As empresas procuram também mão de obra barata para diminuir os custos de produção. O Nordeste brasileiro tem se destacado. Por exemplo, a Ford que montou uma fábrica em Camaçari na Bahia e a Fiat que abriu uma nova fábrica em Recife. O estado de Goiás se destaca também como polo automobilístico assim como o Paraná, que é especialmente beneficiado pela bacia do Rio Paraná, em que há a hidrovia Tietê-Paraná, que integra a produção de São Paulo aos mercados do Mercosul. A desconcentração industrial no Brasil, portanto, se realiza pelo processo migratório das fábricas e empresas por todo o território, desfazendo lentamente a centralização do Sudeste, porém, com pequena chance de reversão total de cenário. Atualmente as grandes companhias caminham em direção às áreas interioranas dos estados, instalando-se nas chamadas cidades médias. Com a evolução das técnicas e dos meios de transporte e comunicação, a tendência é a formação de regiões especializadas em setores produtivos específicos, como o farmoquímico, o automobilístico, o alimentício, o industrial de base, e afins. Existe, com isso, uma série de fatores locacionais que deve ser atendidos pelos governos regionais e municipais para a atração do maior número de empresas, geração de empregos e dinamização da economia. 4.1 FORMAÇÃO DE NOVOS CENTROS INDUSTRIAIS A região Sul é a segunda mais industrializada, sendo que o seu processo industrial se vincula à produção agrária com objetivo de abastecer o mercado interno e as exportações. O início do processo de industrialização teve o imigrante como elementar de suma importância visto que eram tanto consumidores quanto produtores no processo industrial de produtos agrícolas, muitas vezes em estrutura familiar e artesanal. A região Sul também atuou como fonte de matéria- prima para o desenvolvimento do polo industrial do Sudeste. A exportação foi a grande aposta do processo industrial visto que concorrência era inviável. Passaram a exportar produtos tradicionais como calçados e produtos alimentares. Posteriormente a expansão da soja começa a moldar o espaço com investimentos estrangeiros no setor industrial de implementos agrícolas. Objetivando a Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 20 175 integração brasileira com os países do Mercosul, a indústria do Sul conta com empresas no setor petroquímico, carboquímico, siderúrgico entre outras. A industrialização da região Nordeste vem se modificando, se modernizando, mas ainda é precária comparada às indústrias do Centro-Sul. A agroindústria açucareira é uma das mais importantes, visando, sobretudo, a exportação do açúcar e do álcool. A exploração petrolífera no Recôncavo Baiano atraiu indústrias ligadas à produção, refino e utilização de derivados do petróleo. Entretanto, após o descobrimento dos campos de petróleo em Santos, os investimentos nesta área diminuíram consideravelmente. O sistema industrial do Nordeste, concentrado na Zona da Mata, principalmente nas capitais Recife, Salvador e Fortaleza, tem pouca integração interna. A rede rodoviária está mais integrada a outras regiões do que dentro do próprio Nordeste. A construção da rodovia, ligando o Nordeste ao Sudeste e ao Sul, possibilitou o abastecimento do Nordeste com produtos industrializados no Sudeste e o deslocamento da população nordestina em direção ao mesmo. Essa nova indústria de alta tecnologia e capital intenso, não absorve a mão-de-obra que passa a se subempregar na área de serviços ou fica desempregada. A concentração das indústrias pertence a um grupo seleto de empresários que pagam salários muito baixos empobrecendo a população operária. As indústrias de máquinas e insumos agrícolas, instaladas no Sudeste, tiveram mercado consumidor certo no Centro-Oeste, ao incentivarem o cultivo de produtos para exportação em grandes áreas mecanizadas, o que transformou essa região na segunda maior em criação de bovinos do País, com sua produção de carne visando o mercado interno e externo. Sua indústria se baseia no beneficiamento de matérias-primas e cereais, agregando maior valor de sua produção industrial. As outras atividades industriais são voltadas para a produção de bens de consumo, como: alimentos, móveis, entre outros. Goiás conta com indústrias distribuídas por: Goiânia, Anápolis, Itumbiara, Pires do rio, Catalão, Goianésia e Ceres, sendo Goiânia e Anápolis os centros industriais mais significativos, graças ao seu mercado consumidor. A atividade industrial na região Norte, é pouco expressiva, se comparada às outras regiões brasileiras. Porém, os investimentos aplicados, principalmente nas últimas décadas, na área dos transportes, comunicações e energia possibilitaram a algumas áreas o crescimento no setor industrial, visando à exportação. Grande parte das indústriasestá localizada próxima à fonte de matérias-primas como a extração de minerais e madeiras, com pequeno beneficiamento dos produtos. A agroindústria regional dedica-se basicamente ao beneficiamento de matérias-primas diversas, destacando-se a produção de laticínios, o processamento de carne, ossos e couro, a preservação do pescado, a extração Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 21 175 de suco de frutas, o esmagamento de sementes para fabricação de óleos, a destilação de essências florestais, prensagem de juta, etc. As principais regiões industriais são Belém e Manaus, sendo que a Zona Franca de Manaus (ZFM, na imagem acima) existe desde 1957 com intuito objetivo de firmar na capital um entreposto destinado ao beneficiamento de produtos para posterior exportação. Os incentivos fiscais atraíram para a ZFM, como investimentos nacionais e estrangeiras principalmente da indústria eletrônica de consumo. Nos anos 80, a Política Nacional de Informática impediu que a produção de computadores e periféricos e de equipamentos de telecomunicações se deslocasse para Manaus e a ZFM manteve apenas o segmento de consumo da indústria eletrônica, entretanto, esse patamar não se manteve nos anos seguintes causando uma queda na produção. Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 22 175 5. FONTES DE ENERGIA Toda a vida na Terra está diretamente ligada com a energia gerada pelo Sol, fonte de energia natural que proporciona condições ideais para as formas de vida que conhecemos. O Sol ainda é o responsável pelas condições climáticas como temperatura e radiação, por exemplo, que determinam a disponibilidade de água em forma líquida e movimentos de massas de ar que podem ser utilizados para geração de energia como veremos mais detalhadamente aqui, no decorrer dos nossos estudos. A palavra “Energia”, derivada do grego “ergos” e significa “trabalho”. Inicialmente, foi usada para se referir a muitos dos fenômenos relacionados aos termos: “vis viva” (ou “força viva”) e “calórico”. A palavra energia apareceu pela primeira vez em 1807, sugerida pelo médico e físico inglês Thomas Young. A opção de Young pelo termo energia está diretamente relacionada com a concepção da capacidade de um corpo realizar algum tipo de trabalho mecânico. Um brinquedo de criança que produz luzes, movimentos e sons variados, alimentado por uma bateria que armazena energia elétrica, tem o seu funcionamento interrompido uma vez que essa bateria se esgota, o que o impossibilita de exercer corretamente as suas funções programadas. Nós, seres humanos, nos mantemos pela energia metabolizada na digestão de alimentos de origem vegetal ou animal. Esta é a fonte de energia para a manutenção da vida humana. Entretanto, com o desenvolvimento das sociedades foi surgindo a demanda industrial por energia. As fontes de energia são recursos naturais ou artificiais utilizados pelas sociedades humanas para geração de energia. A principal fonte de energia usada no decorrer dos séculos foi a lenha. A partir da primeira revolução industrial surgiram novas formas de produzir energia. No século XVIII, o carvão foi o principal recurso, e no século XIX, na segunda revolução industrial que aconteceu nos EUA, desenvolveram o uso prático para a eletricidade e para o petróleo. A partir daí teve início o processo de propagação da rede elétrica. As cidades que traçavam rede de eletrificação passavam por uma grande modernização e desenvolvimento do espaço urbano. O petróleo passou a ser a matriz energética da maioria dos países desenvolvidos. O petróleo se tornou, e ainda é o recurso estratégico mais importante do planeta, pois é a matriz energética mundial e a as relações internacionais são diretamente influenciadas pelos fluxos e produção do deste recurso. No início do século XXI houveram ataques norte-americanos no ao Oriente Médio, no Afeganistão em 2001, e no Iraque em 2003. Sob a bandeira da guerra ao terror, a região mais estratégica do mundo, campeã mundial na produção de petróleo, foi militarmente ocupada. A presença militar no golfo pérsico garante a posse territorial das fontes do recurso. As vertentes ambientais que surgiram após a segunda guerra mundial passaram a denunciar os profundos impactos provocados pela queima de combustíveis fósseis ao meio ambiente, que resultam no lançamento de grandes quantidades de gás carbônico e outros poluentes na atmosfera Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 23 175 que são responsáveis pelo efeito estufa e chuva ácida. A partir da década de 70, no auge da terceira revolução industrial (Revolução Tecnológica ou Toyotismo), foram desenvolvidas diversas novas formas de se obter energia. Neste contexto ocorreu uma das maiores crises do capitalismo no século XX: As crises do Petróleo em 1973 e 1979. Foram causadas por conflitos no Oriente Médio, em que a OPEP (Organização dos países produtores de petróleo) interviu cortando a produção, reduzindo drasticamente a oferta mundial pelo combustível. Em semanas, o preço do barril passou de $ 12 (doze dólares), chegando a $ 72 (setenta e dois dólares). O impacto no mundo todo foi grande, especialmente no Brasil cuja dependência do recurso era notável. Passamos a investir em energias alternativas (alternativas ao uso de Petróleo) e renováveis. Já possuíamos importantes hidrelétricas no Brasil desde a década de 40 com a criação de CHESF, por Vargas, e de lá para cá esta matriz tornou-se de grande importância. Em 54, em meio aos calores da campanha “petróleo é nosso” e a criação da Petrobrás, chegou a ser proposta a criação da Eletrobrás, que recebeu uma grande oposição de setores do empresariado que queriam maior participação do capital estrangeiro. A sua criação tramitou no congresso por anos. O presidente JK investiu muito na infraestrutura energética, destacadamente usinas hidrelétricas, como por exemplo, a companhia hidrelétrica de Furnas. Foi no governo Jânio Quadros que foi criada a Eletrobrás. Entre suas atribuições, podemos citar a construção das linhas de transmissão e subestações destinadas ao suprimento de energia elétrica do país. No período militar também ocorreu uma grande expansão da hidroeletricidade com a construção da Usina de Itaipu. Abastece quase todo o Sul e Sudeste do país e é uma empresa binacional. Foi construída em grande maior parte com recursos brasileiros, mas é de comum acordo que dividamos metade da produção com o Paraguai, que por sua vez a comercializa exclusivamente com o Brasil. Nas negociações foi importante incluir a Argentina, pois a construção da hidrelétrica poderia atingir o fluxo de água para os territórios drenados ao Sul. São águas transfronteiriças, ou seja, quando um mesmo rio ou bacia pertence a mais de um país. Foi até 2010 a maior usina do mundo, superada pela usina de 3 gargantas, na China. O Brasil sofreu um forte impacto da crise do petróleo e além dos investimentos em hidroeletricidade estimulouo desenvolvimento de pesquisas do Proálcool (Programa Nacional do Álcool) que culminou com o desenvolvimento do etanol combustível. A segunda metade do século XX foi um período de ampliação do uso das energias alternativas: a hidroelétrica e o etanol. O etanol é vantajoso por ser renovável e emitir uma menor quantidade de gás carbônico na atmosfera. A hidrelétrica é também vantajosa, pois é uma energia renovável e limpa, seu custo de instalação apesar de ser alto em médio prazo possui bom custo benefício. As fontes de energia podem ser: Estes podem ser renováveis ou não-renováveis. Os recursos renováveis são aqueles que após serem utilizados para a geração de energia continuam disponíveis para diversos usos por não terem sua estrutura alterada, como por exemplo a água e o vento. Os recursos não-renováveis, são aqueles, sendo que são extraídos e utilizados de uma fonte limitada, como o petróleo por exemplo. Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 24 175 ✓ Não renováveis: são aquelas que são obtidas de jazidas. São formadas em condições específicas de temperatura e pressão e levam milhões de anos, sendo assim finitas. Por exemplo a energia nuclear (urânio e plutônio), o carvão, o gás natural e o petróleo. ✓ Renováveis: são aquelas que após serem utilizadas para a geração de energia continuam disponíveis para seus usos diversos. Podem ser reproduzidas indefinidamente como o etanol, produzido no Brasil a partir da cana-de-açúcar, ou como nos EUA, produzido a partir do milho. Também podemos citar a semente de mamona, girassol e o nosso destaque da aula, a energia hidroelétrica. São também energias renováveis a solar, absorvida pelas placas fotovoltaicas, eólica e geotérmica. A eletricidade é a energia, e ela pode ser obtida através de diferentes fontes: se for produzida pela energia mecânica das águas, é a hidroelétrica; se for produzida pelo movimento dos corpos é a cinética; se produzida pela queima de carvão, gás ou petróleo, é termelétrica; se produzida a partir do urânio ou plutônio, é termonuclear. 5.1. HIDROELETRICIDADE Para sua produção há um limitante natural, pois são necessárias grandes quedas d’agua, que só existem em rios de planalto. A energia hidroelétrica é totalmente renovável e limpa. Renovável, pois é produzida pela força das águas que movimentam as turbinas, então enquanto os rios forem abastecidos e caudalosos há potencial para a produção. Limpa, pois a água que entra na turbina é a mesma que sai, e não recebe nenhum tipo de aditivos. Esta produção de energia hidrelétrica pode ser realizada por meio de Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH), Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) ou por meio de Usinas Hidrelétricas de Energia (UHE). As CGH têm potencial para gerar até 5 MW, e representam cerca de 4% da produção brasileira. As PCH produzem até 30 MW (megawatts) por hora (sendo que 1MW de potência pode alimentar aproximadamente 1.000 casas) e funcionam a fio d’água, ou seja, não dispõem de reservatório, sendo a vazão do próprio rio que regulariza o fluxo de água e consequentemente o potencial de geração de energia. Já as UHE são aquelas que possuem grande infraestrutura onde o barramento detém grandes volumes de água em reservatórios que regulam a geração de energia. A UHE de Furnas, localizada no Sul de Minas Gerais, tem potencial de geração de 1.216 MW por hora, por exemplo. A energia potencial gravitacional contida nesse grande volume d’água com grande pressão, movimenta as turbinas transformando energia hidráulica em energia elétrica que por sua vez é transmitida para as linhas de transmissão interligadas à rede de transmissão, como podemos visualizar na ilustração a seguir. Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 25 175 Por este ângulo é muito interessante e viável, mas e quanto aos impactos? Sim eles existem e não são pequenos ou desprezíveis. Confira: 5.1.1. Impactos da Instalação de Hidrelétricas ✓ Construção de uma grande barragem, que altera a paisagem local e impacta os ecossistemas. O barramento do rio altera drasticamente o ambiente aquático, transformando o ambiente lótico (água corrente) em ambiente lêntico (água sem fluxo). Isso reflete diretamente na fauna e flora locais. ✓ Alteração do microclima da região (devido à maior umidade em razão da maior evaporação). A instalação de reservatórios também está associada a sismicidade induzida, ou seja, o enchimento de reservatórios formados pela construção de barragens ou açudes pode induzir a ocorrência de sismos e eventualmente produzir danos severos a essas estruturas e construções vizinhas. ✓ Desenvolvimento e crescimento das cidades ao redor, que pode ser virtuosa ou problemática, dependendo de como o processo ocorre e é conduzido. A instalação de empreendimentos ao redor dos reservatórios também é comum, previsto inclusive na Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei 9.433/97) que prevê o uso múltiplo das águas, Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 26 175 tanto na geração de energia quanto na navegação, abastecimento industrial, irrigação, recreação e turismo, pesca e aquicultura, etc. ✓ Grande emissão de CH4 (metano), devido a decomposição de matéria orgânica. A vegetação apodrece, lançando no ar doses gigantescas de CO2 (dióxido de carbono) e metano. Em alguns casos as emissões poderiam até superar as de usinas de carvão, o mais poluente dos combustíveis fósseis. ✓ Deslocamento das populações dos locais atingidos pela construção da barragem. Neste contexto, surge no início dos anos 70, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Sua história é marcada por lutas para garantir os direitos das pessoas que tiveram ou estão em iminência de terem suas terras inundadas pelas construções de usinas hidrelétricas, entre elas camponeses, pequenos agricultores, sem-terra, índios, pescadores, ribeirinhos, quilombolas e mineradores. 5.1.2. O Potencial Hidrelétrico Brasileiro. O Brasil possui um alto potencial hidrelétrico, pois nosso relevo é predominantemente planáltico e há em nosso território rios extensos, caudalosos e com grandes quedas d’água. Há dez anos trás o Brasil produzia cerca de 114.000 MW e importava dos países vizinhos cerca de 7.000 MW. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o Brasil fechou o ano de 2019 com capacidade instalada de gerar 170.071 MW. Desde a década de 40, o país investe em hidroeletricidade. Foi durante o governo de Getúlio Vargas que foi criada a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF) cuja primeira usina foi a de Paulo Afonso na divisa dos estados da Bahia e Alagoas. Os investimentos na hidroeletricidade ganharam impulso durante o governo JK, que investiu na produção de energia para a tender a crescente demanda industrial, em que foram construídas várias usinas na Bacia do Rio Paraná, como o complexo de Furnas, que foi ampliado e hoje conta com 11 usinas conectadas, que somam um potencial de mais de 6.000 MW instalados. No período da Ditadura Militar foi construída a usina deItaipu que até recentemente era a maior usina hidrelétrica em geração de energia do planeta. O rio Paraná, onde encontra-se a UHE Itaipu, é parte da Bacia do rio da Prata e uma usina deste porte na região, poderia interferir no fluxo de água para a Argentina, então também foi necessário negociar com ela. Durante esse período também foi construída a usina amazônica de Balbina, no rio Uatumã e de Tucuruí, no rio Tocantins. O potencial hidrelétrico brasileiro consiste em cerca de 260.000 MW. Contudo apenas 68% desse potencial foi inventariado. Entre as bacias com maior potencial destacam-se as do Rio Amazonas e do Rio Paraná. Na Bacia do Amazonas, destaca-se a sub-bacia do Rio Xingu, com 12,7% do potencial inventariado no país, onde localiza-se a UHE Belo Monte. Outras sub-bacias do Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 27 175 Amazonas, cujos potenciais estimados são consideráveis, são a do Rio Tapajós, a do Rio Madeira e a do Rio Negro. Na Bacia do Tocantins, destaca-se a sub-bacia do Rio Itacaiunas e outros, com 6,1% do potencial brasileiro inventariado. Na Bacia do São Francisco, o destaque vai para a região do seu baixo curso, entre Maceió-AL e Aracajú-SE, que representa 9,9% do potencial inventariado. Na Bacia do Paraná, existem várias sub-bacias com grandes potenciais, entre elas a Paraná, Paranapanema e outros, com 8,1% do potencial hidrelétrico inventariado no país. Observe atentamente o mapa ao lado que nos mostra o potencial hidrelétrico das Bacias brasileiras. A Bacia do Rio Paraná é o maior potencial instalado, e o rio São Francisco o segundo. São duas bacias cujos rios são de planalto (o rio são Francisco nasce em MG na região planáltica da serra da canastra e seu curso vai para o nordeste em que corre por uma depressão). Observe atentamente a imagem acima. Perceba que as usinas mais antigas, com tecnologia que não levava em conta a exploração sustentável possuem um enorme lago como é Tucuruí, Sobradinho, Serra de mesa. As usinas mais recentes levam em conta no projeto de criação, através dos EIAs (Estudos de Impacto Ambiental) a preocupação em impactar minimamente. São as Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 28 175 chamadas usinas à fio d’agua, por exemplo Xingó, Marimbondo, Jirau, Santo Antônio e Belo Monte. Esta última se firma como a maior hidrelétrica 100% brasileira e junto com o reservatório Intermediário, a área alagada do empreendimento totaliza 478 quilômetros quadrados – considerada pequena se comparada à área alagada por outros empreendimentos hidrelétricos e à capacidade instalada da usina. 5.2. O PETRÓLEO Desde o século XIX há pesquisas e prospecção em busca de petróleo. O Primeiro poço foi perfurado no interior de São Paulo, em 1896. Na república velha, em 1907 foi criado o Serviço Geológico e Mineralógico. Durante a Era Vargas a exploração de petróleo teve um grande impulso. Em 1937 foi descoberto petróleo no recôncavo baiano. No ano seguinte foi criado o “conselho Nacional do Petróleo”, e consequente nacionalização das jazidas. Em 1953 é criada a Petrobrás para gerir os monopólios. Havia a participação do capital internacional na distribuição dos poços de gasolina, mas a prospecção, refino e distribuição eram monopólio estatal. Em 1997 durante o governo FHC, caracterizado pela implantação de um projeto econômico neoliberal, e para reduzir a participação do Estado na economia foram privatizadas algumas empresas como a CVRD (Cia Vale do Rio Doce) e a Petrobrás teve o monopólio “quebrado", mas continuou sob controle estatal. No mesmo ano foi criada a ANP (Agencia Nacional de Petróleo). Ingressamos no grupo de países que produzem mais de 1 milhão de barris por dia. A principal bacia produtora de petróleo é a de campos no RJ, e de Santos em São Paulo. Em 2003, foi descoberto o campo de Mexilhão, uma grande jazida de gás natural na Bacia de Santos. Em 2006, o Brasil anunciou sua autossuficiência em petróleo. No ano seguinte, 2007, foi descoberta uma enorme jazida de petróleo campo de Tupi na camada do Pré-Sal (a 7 mil metros abaixo do nível do mar) da Bacia de Santos. Em 2008 foi divulgado o campo de Júpiter também no Pré-Sal da bacia de Santos. A reserva está localizada no território marítimo de 4 estados: Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. O monopólio do Estado sobre o petróleo não terminou na verdade. O Estado continua sendo responsável pela prospecção e lavra, refino, importação e transporte de óleo bruto, mas poderá ceder esses direitos para outras empresas que se habilitarem. Cabe a empresa alguns direitos, como por exemplo, a de determinar a prioridade sobre certos campos de exploração e destinando outros para outras empresas. O órgão que regula estas atividades é a ANP (Agência Nacional de Petróleo). A descoberta de esquemas de corrupção dentro da Petrobras, fizeram com que despencasse no mercado de valores, o que influenciou diretamente em sua produção, levando à importação de combustível e abertura de mercado. Em crescente recuperação, a empresa registrou lucro de R$ 25 Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 29 175 bilhões em 2018 alcançando o patamar de 3,16 milhões de barris de óleo por dia. A ANP prevê que em 2030 o Brasil estará produzindo 7,5 milhões de barris diários, o que atraiu interesses de investidores estrangeiros. No final de 2019 houve o chamado “megaleilão do Pré-Sal”, onde duas áreas foram arrematadas e renderam R$ 70 bilhões aos cofres públicos, entretanto esse resultado divide opiniões. Senadores governistas comemoraram a operação enquanto que para os da oposição o resultado ficou aquém do esperado. A Petrobrás explorava três regiões em terra: ✓ Bahia (recôncavo baiano). ✓ Rio Grande do Norte. Atualmente é a maior produção em terra. ✓ Bacia de Campos no Rio de Janeiro. 85% da nossa produção é marítima. O petróleo marítimo é o off-shore e o terrestre on-shore. Internamente o produto é transportado por oleodutos. São mais de 30 mil km deles. Externamente é pela frota da FRONAPE (frota nacional de petroleiros), dos quais 46 pertencem à Transpetro, órgão da Petrobras. A importação de petróleo é representativa. Nosso principal fornecedor é a Nigéria, seguida pela Argentina, Venezuela e México. 5.2.1. Não somos Autossufientes? Porque Importamos? Isso ocorre principalmente pelo tipo da amostra dos recursos que serão refinados. Existe o petróleo leve e o pesado. O mais valioso é o petróleo leve, pois em seu processo de refino são adquiridos mais componentes leves, que são o gás metano (GLP-gás liquefeito de petróleo), gasolina, querosene e o Nafta. É um dos subprodutos do petróleo mais valiosos, pois deles são extraídos vários outros subprodutos importantes na indústria química. O petróleo pesado produz componentes de massa molecular mais pesada como graxas e asfalto. Cada poço possui um tipo de amostra diferente. O predominante no Brasil é o pesado, menos valioso, e importamos petróleo Sergio Henrique Aula 05SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 30 175 leve. O Refino é um processo de destilação fracionada realizado na indústria química pesada. Nossa infraestrutura de refino é limitada e mesmo com a abertura de novas refinarias como a Abreu e Lima na região metropolitana do Recife, parte é refinada na Argentina e na Venezuela. O Brasil conta atualmente com 107 refinarias e a previsão é que chegue a 170 em 2030. No entanto, grande parte dessas refinarias não tem capacidade de refinar o petróleo brasileiro. Isto ocorre porque estas refinarias, eu sua maioria instaladas durante o período de regime militar, foram construídas com tecnologia para atender ao mercado automotivo emergente que necessitava de produtos derivados de petróleo. Assim importava-se o petróleo leve. Em 2018, segundo dados da ANP, o Brasil exportou 410 milhões de barris de petróleo, a maior parte para a China. No mesmo ano, o país importou cerca de 68 milhões de barris, na maior parte de países da África e do Oriente Médio. O país também importa derivados de petróleo, como gasolina e, principalmente, diesel. O que o país extrai seria suficiente para atender à demanda nacional, pois produzimos mais que consumimos. Mas os produtos não são os mesmos. Exportamos óleo e importamos combustíveis e derivados. 5.2.2. A Plataforma Continental e a Produção de Petróleo. Na imagem abaixo podemos ver uma representação da Plataforma Continental. É a continuação do litoral até o fundo oceânico (planície abissal). Está destacada pela cor laranja. Talude continental é a escarpa (a costa íngreme que liga o topo da plataforma ao piso abissal). Sua formação rochosa é sedimentar. É uma grande bacia sedimentar submarina, rica em petróleo e gás, que faz parte dos limites territoriais brasileiros. Por isso a plataforma continental é uma região estratégica e que pode despertar cobiça internacional. Há duas maneiras de observar a plataforma. Do ponto de vista físico e do jurídico. Existe a ZEE (Zona Econômica Exclusiva), que corresponde aos limites além das águas territoriais do país, mas que é de exploração exclusiva do Brasil. E os poços do Pré-Sal estão no talude, que ultrapassam estes limites. O Brasil há anos pediu a ampliação dos limites da plataforma continental, correspondendo a 350 MN e assegura o domínio dos recursos. Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 31 175 Agora veja como estão dispostas as camadas geológicas e o quão complexa é a extração do petróleo disponível na região do Pré-Sal. O petróleo chega à plataforma através de conduto chamada de riser. A Petrobras atualmente é referência e líder mundial em tecnologia de exploração petrolífera em águas profundas. Entre os desafios estão a ancoragem de plataformas; caracterização das rochas dos reservatórios; separação, armazenagem e transporte do CO2 e gás natural; garantia de escoamento de petróleo e gás, entre outros. O patamar alcançado pela empresa atualmente foi atingido por meio de investimentos em Pesquisa e Tecnologia (P&D) no campo de extração de petróleo offshore desde meados de 1955 que levaram às descobertas de petróleo em diversos campos e ao desenvolvimento de tecnologias e equipamentos para a exploração em águas profundas principalmente trazidas pelo Programa de Capacitação Tecnológica em Águas Profundas (PROCAP). Como o petróleo do Pré-Sal é de águas profundas, seu custo de exploração é muito alto. A perfuração tem que vencer uma grande profundidade. São aproximadamente 2.000 metros de profundidade até o piso do talude. A partir de 5.000 metros encontramos o petróleo do Pré-Sal. As jazidas são datam do período Cretáceo da Era Mesozoica e se formaram a aproximadamente 130 milhões de anos, quando o supercontinente Pangeia se dividiu em Laurásia e Gondwana. Sendo assim, o petróleo na camada do Pré-Sal também é encontrado no litoral africano. Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 32 175 5.3. CARVÃO E GÁS NATURAL Ambos são combustíveis fósseis. O carvão mineral é formado por troncos, raízes, galhos e folhas de árvores gigantes que cresceram há 250 milhões de anos em pântanos rasos. Essas partes vegetais, após morrerem, depositaram-se no fundo lodoso e ficaram encobertas. O tempo e a pressão da terra que foram se acumulando sobre o material transformaram-no em uma massa negra homogênea – as jazidas de carvão. Atualmente, o principal uso da combustão direta do carvão é na geração de eletricidade, por meio de usinas termoelétricas. Essa tecnologia está bem desenvolvida e é economicamente competitiva. Entretanto, os impactos ambientais das usinas a carvão são grandes, não só pelas emissões atmosféricas, mas também pelo descarte de resíduos sólidos e poluição térmica, além dos riscos inerentes à mineração. As reservas de carvão mineral são maiores no Hemisfério Norte que no Hemisfério Sul. Entre os motivos, está o fato de haver maior quantidade de terras emersas e amplitude térmica maior (verão quente e invernos rigorosos) que favorecem a atividade biológica. A China é a maior produtora e consumidora. Seguindo este padrão geológico as reservas do Brasil são pobres. Estão todas localizadas no sul do país, numa formação geológica antiga que data do período permocarbonífero, que está localizada entre o escudo cristalino da Serra do Mar e a Bacia sedimentar do Paraná. As principais áreas produtoras são no vale do rio do Peixe e das cinzas, no Pr. Vale do rio Tubarão em Santa Catarina e Vale do Jacuí no RS. Localizada no município de Candiota- RS, a 400 km de Porto Alegre, está inserida a maior jazida de carvão mineral do Brasil. As reservas são de 1 bilhão de toneladas passíveis de serem mineradas a céu aberto, em profundidade de até 50 metros. Já o gás natural é uma substância composta por hidrocarbonetos que permanecem em estado gasoso nas condições atmosféricas normais. É essencialmente composta pelos hidrocarbonetos metano (CH4), com teores acima de 70%, seguida de etano (C2H6) e, em menores proporções, o propano (C3H8), usualmente com teores abaixo de 2%. O gás natural produzido no Brasil é predominantemente de origem associada ao petróleo e se destina a diversos mercados de consumo, sendo os principais, a geração de energia termelétrica e os segmentos industriais, utilizado como matéria-prima nas indústrias petroquímica (plásticos, tintas, fibras sintéticas e borracha) e de fertilizantes (ureia, amônia e seus derivados), veicular (GNV), comércio, serviços, domicílios Sergio Henrique Aula 05 SEC-BA (Professor de Geografia) Conhecimentos específicos - 2022 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 148484705303426343 - João Batista Gomes do Amaral Prof. Sérgio Henrique Aula 05 - Atividades Econômicas: Industrialização e Fontes de Energia. Geografia. www.estrategiaconcursos.com.br 33 175 etc. O gás é transportado das fontes produtoras até os consumidores por tubulação chamadas de gasodutos. O principal fornecedor de gás natural para o Brasil é a Bolívia. 5.4. ENERGIA
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