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FACULDADE FAS Curso Bacharelado em Enfermagem – 4° Período THAYLA VANESSA MORENA DA SILVA SOARES ESTUDO DE CASO – DILEMA ÉTICO Disciplina: Bioética e Legislação em enfermagem Professora: Rutielle Ferreira Água Branca – PI 2020 ESTUDO DE CASO Após leitura e interpretação do caso descrito abaixo, siga os sete passos discutidos em sala de aula para processar o dilema ético. ❑ Como processar um dilema ético? 1. Faça a pergunta: “Este é um dilema ético?” Sim, pois um dilema ético surge em situações em que se tem de tomar decisões que afetam diversas partes interessadas, onde alguém vai sair prejudicado. Um dilema ético envolve a necessidade de se fazer uma escolha difícil, desagradável e que implica um princípio moral. 2. Recolha as informações relevantes para o caso. As perspectivas do cliente, da família, instituição e social são fontes importantes de informações relevantes; 1. A mulher recebeu tratamentos convencionais e experimentais, porém o tumor continua a crescer. 2. O grupo de médicos concorda que tratamento adicional seria inútil. 3. Durante uma discussão especialmente aberta, a mulher expressou desejos de explorar uma ordem de “Não Ressuscitar” (NR). 4. O novo médico reviu os dados clínicos e concorda que a paciente está entrando nos estágios finais da doença. 5. Na opinião do médico, no entanto, a cliente não está pronta para discutir o assunto do fim da vida. Ele diz que perguntou a ela sobre NR, porém ela não quis discutir o assunto. 6. Você pede a ele que compareça a uma conferência familiar para discutir a ordem de NR, porém ele se recusa a fazê-lo porque acha que a cliente não está pronta para participar. 3. Esclareça os valores. Faça a distinção entre fato, opinião e valores; Fato: É a realidade, o resultado acabado ou que está prestes a ocorrer. No caso estudado, o fato é que a paciente já está na fase terminal da doença. Opinião: É aquilo que se pensa em relação a um assunto ou pessoa, é o seu ponto de vista. No caso estudado, por exemplo, temos a opinião do médico, que fala que a paciente não está pronta para discutir o assunto do fim da vida. Valores: Na ética, valor denota o grau de importância de alguma coisa ou ação, com o objetivo de determinar quais são as melhores ações a serem tomadas ou qual a melhor maneira de viver, ou determinar a importância de diferentes ações. Portanto, valores éticos são guias que impõem como devem atuar as pessoas, ao passo que os valores morais constituem o indivíduo como ser humano. 4. Verbalize o problema. Uma apresentação clara e simples do dilema nem sempre é fácil, porém ajuda a assegurar a efetividade do plano final e facilita a discussão; Uma jovem mulher está hospitalizada, acometida por um câncer cerebral em estágio terminal. Ela recebeu diversos tratamentos, porém, nada adiantou. Durante uma discussão com sua enfermeira, ela expressou desejos de uma ordem de “Não Ressuscitar” (NR) em caso de uma parada cardiorrespiratória, porém não pode ter uma discussão mais aprofundada com o seu médico, que estava fora da cidade, passando a ser atendida por um outro médico. Esse médico revisou o seu caso e concordou que a paciente está nos estágios finais da doença, porém, ele não concorda com a ordem de NR, pois acha que a paciente não está pronta para discutir sobre o fim da vida. A enfermeira responsável, o convida para uma conferência familiar para discutir sobre a NR, porém o médico se recusa a participar, alegando que a paciente não está pronta para participar. 5. Identifique as possíveis formas de ação; A ordem de não ressuscitar pacientes terminais é uma conduta amparada moral e eticamente, porém ela ainda encontra alguns entraves. No Brasil, essa conduta ainda não está institucionalizada e não tem aceitação legal unânime e pacífica. Diante disso, alguns médicos, como o do caso estudado, costumam ter receios de “não ressuscitar” pacientes terminais, temendo sofrer algum tipo de penalidade legal. Acredito que a equipe deve atuar visando o conforto do paciente e o alívio de seu sofrimento não devendo por isso capitular diante de possíveis sentimentos de incapacidade, incompetência ou omissão. Nesse momento, a equipe tem obrigação ética e moral de manter o suporte emocional. Além disso, há uma necessidade de criar espaços de reflexão e partilha das vivências dos enfermeiros, onde os profissionais possam falar e refletir sobre os sentimentos e reações face ao doente com decisão de não reanimar. 6. Negocie o plano. A negociação requer a confiança no próprio ponto de vista e um profundo respeito pela opinião dos outros; O enfermeiro proporcionaria um acompanhamento ao doente juntamente com a família na caminhada final da vida, sendo que o enfermeiro quem mais cuida do doente, o ouve e ajuda, sendo muitas vezes, a ponte de comunicação entre doente/família e o restante da equipe multidisciplinar. Como citei na questão anterior, é importante promover momentos de reflexão e partilha de ideias ou experiências, pois esses momentos podem ser de grande utilidade para a compreensão das vivências e a reflexão sobre as práticas pode ajudar os doentes terminais a se prepararem melhor para lidar com o processo de morte tornando-o mais humanizado. 7. Avalie o plano com o passar do tempo. Apesar do plano de ação, infelizmente, não acabar com a doença salvando a vida da paciente, ele vai proporcionar a ela um tratamento mais humanizado e um “processo de morte” menos sofrido e menos solitário. Objetivando, diminuir sua dor e aliviar o seu sofrimento. Acredito que não adianta o hospital ter recursos de primeiro mundo, se não existe humanidade em seus profissionais. Afinal, a situação da paciente é irreversível, ela já tem de lidar com os problemas decorrentes da doença, com seu medo e suas angústias. Portanto, deve sim receber um mais tratamento humanizado, com o objetivo de proporcionar pelo menos um conforto no fim da vida. Na sua unidade, foi hospitalizada uma mulher de 35 anos de idade nos estágios finais de uma luta contra um CA cerebral. Ela recebeu tratamentos convencionais e experimentais, porém o tumor continua a crescer. O grupo de médicos concorda que tratamento adicional seria inútil. Você cuidou dessa paciente nas admissões anteriores e, durante uma discussão especialmente aberta, ela expressou desejos de explorar uma ordem de “Não Ressuscitar” (NR), porém ela teve alta antes de uma discussão mais aprofundada com seu médico. Durante a admissão atual, seu médico primário está fora da cidade. O novo médico reviu os dados clínicos e concorda que a paciente está entrando nos estágios finais da doença. Na opinião do médico, no entanto, a cliente não está pronta para discutir o assunto do fim da vida. Ele diz que perguntou a ela sobre NR, porém ela não quis discutir o assunto. Você pede a ele que compareça a uma conferência familiar para discutir a ordem de NR, porém ele se recusa a fazê-lo porque acha que a cliente não está pronta para participar.
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