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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E FORMAS FARMACÊUTICAS ● Lipossolubilidade - atravessar as membrana celulares ● Fármaco - princípio ativo (composição química) ● Medicamento - contém o fármaco e outras substâncias excipientes (pode ser lipossolúvel e hidrossolúvel) ● Remédio - qualquer dispositivo que serve para remediar uma condição patológica ● Droga Importância dos princípios de farmacocinética - Adaptar uma medicação correta para a situação do paciente - Conscientizar o paciente dos efeitos adversos - Identificar uma reação adversa como queixa principal POTÊNCIA DO FÁRMACO = Quantidade relativa de fármaco necessária para produzir uma resposta - Quanto maior a potência, menor a quantidade do fármaco necessária para produzir uma resposta - Potências diferentes para fármacos diferentes EFICÁCIA = Efeito do fármaco como resposta máxima que ele é capaz de produzir CE-50 : Concentração eficaz que produz 50% de resposta máxima DE-50 : Dose eficaz para 50% da população Farmacocinética - Movimentação do fármaco através do corpo - caminho - O que o corpo faz com o fármaco Vias de administração: oral, intravenosa, intramuscular, subcutânea, etc. - Absorção: passagem do fármaco no local - Administrado para a circulação sistêmica - Distribuição - Metabolismo - Excreção Biodisponibilidade = O quanto do fármaco/ porcentagem que chega na circulação sistêmica/ compartimento central. Metabolismo de primeira passagem : primeiro contato do fármaco com o fígado ● Na via sublingual não há perda pelo metabolismo de primeira passagem ● Na via retal há cerca de 50% de perda pelo metabolismo de primeira passagem VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Enterais - Via oral - Sublingual - Retal Injeção - Intravenosa - Intramuscular - Subcutâneo - Intra arterial - Epidural - Intra óssea (medula óssea) - Intra tecal / hack (subaracnoidea) - Intra articular - Intraocular Via Inalatória (absorção pulmonar) Vias epiteliais (superfícies epiteliais) Via oral : Destruição por enzimas digestivas ou por pH baixo - desvantagem contornada com cápsula de celulose Via sublingual : - Absorção pela mucosa oral - Área de absorção é pequena - Drenagem venosa - cai direto na veia cava Injeção parenteral - Fatores limitantes da velocidade de absorção - Solubilidade para difusão através do tecido - Fluxo sanguíneo local Intravenosa Subcutânea - Taxa de absorção constante e lenta - Produz efeito prolongado - Diferentes preparações: alterações no tamanho da partícula, formação de complexo protéico, variação de pH, acréscimo de agente vasoconstritor Vias odontológicas Via intracanal - Considerada via parenteral - Uso odontológico exclusivo - Efeito local no canal radicular e cavidade pulpar Via supraperióstica - Puncionar a mucosa, agulha penetre até a região submucosa, junto ao periósteo, mas sem atingi-lo Via intraóssea Via intraligamentar Formas farmacêuticas básicas ● Comprimido ● Cápsulas ● Suspensão ● Solução Formas farmacêuticas específicas - Características de formulação ● Aerossol ● Para diluição ● Para infusão (administração lenta) ● Sólidas ● Semi sólidas ● Líquidas ● Gasosas Faixa / janela terapêutica : Entre o mínimo e o máximo - Concentração máxima ou tóxica - Concentração mínima terapêutica FARMACOCINÉTICA FARMACOCINÉTICA - Regime de dosagem - Absorção - Distribuição - Metabolização - Eliminação Os eventos que se seguem após a administração de um medicamento podem ser divididos em 2 fases: Efeitos farmacocinéticos - O que o corpo faz com o fármaco Dose da droga administrada - ABSORÇÃO - Concentração da droga na circulação sistêmica - BIODISPONIBILIDADE - DISTRIBUIÇÃO - Droga distribuída nos tecidos - METABOLIZAÇÃO - Droga metabolizada ou excretada - ELIMINAÇÃO ● Concentração da droga no local de ação (tecidos alvos) Efeitos farmacodinâmicos (intensidade / magnitude do efeito) - O que o fármaco faz com o corpo ● Efeitos farmacológicos ● Resposta clínica - Toxicidade - Eficácia FARMACODINÂMICA - Efeitos - Efeitos bioquímicos / fisiológicas Administração através de diferentes vias Fármacos - órgãos alvos - Efeitos bioquímicos / fisiológicos (secreção, contração, metabolismo, crescimento, etc) ● Área sob a curva de concentração (ASC) ● Concentração mínima eficaz (CME) ● Nível plasmático efetivo (NPE) ● Concentração máxima tolerada (CMT) INTENSIDADE E DURAÇÃO DO EFEITO DOS FÁRMACOS ● Fatores cinéticos ● Fatores farmacodinâmicos ● Fatores genéticos- polimorfismo genético ● Fatores fisiológicos- peso, idade, gordura corporal, fatores interespécie ● Fatores ambientais ● Doenças ● Estresse Ácidos e bases orgânicas fracas - antipáticos - Ionização em meio aquoso - hidrossolúvel - Ph - Forma não ionizada - molecular - maior coeficiente de partição - lipossolúvel - ideal EQUAÇÃO DE HENDERSON HANSELBACH - Para ácidos fracos - doam Ph - Pka = log [íons] / [moléculas] - Para bases fracas Ph - Pka = log [moléculas] / [íons] Absorção gastrointestinal- Concentração deve ser maior já que o fármaco é metabolizado e parte é perdido Distribuição das drogas para compartimentos especiais ● Barreira hematoencefálica - capilares com poucos espaços intercelulares - junções oclusivas - passagem seletiva de drogas para o SNC. Essa penetração depende das propriedades físico-químicas da droga - é melhor que seja mais lipossolúvel - Drogas apolares - Lipossolúvel - Tamanho molecular reduzido (álcool) ● Barreira placentária - Conjunto de tecidos que se localizam entre a circulação fetal e a materna. Essa barreira pode facilitar ou restringir a passagem de drogas da circulação materna para a fetal - Atravessam a barreira placentária as drogas lipofílicas e apolares com baixo peso molecular - Talidomida - má formação fetal TRANSPORTE TRANSMEMBRANA DE FÁRMACOS ● Difusão passiva - a favor de um gradiente eletroquímico e de concentração - Depende da lipossolubilidade ● Filtração ● Difusão facilitada - glicose (GLUTs) ● Transporte ativo VARIÁVEIS LIGADAS AO FÁRMACO - Lipossolubilidade - Peso molecular - Grau de ionização - Concentração - Pka do fármaco - Forma farmacêutica - Interações medicamentosas VARIÁVEIS LIGADAS AO ORGANISMO - Vascularização do local - Ph do compartimento - Superfície de absorção - Tempo de esvaziamento gástrico - Metabolismo PROTEÍNAS FIXADORAS DE MEDICAMENTOS Complexo droga-proteína - Porção droga-proteína - Retidas - Porção livre - Ação, biotransformação e eliminação ● No plasma - Albumina - maior afinidade com fármacos ácidos - Alfa 1 glicoproteína - maior afinidade com fármacos bases - Globulinas ● No tecido - Albumina VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO A = Ap + At A- Quantidade do fármaco no organismo Ap- Quantidade do fármaco no plasma At- Quantidade do fármaco nos tecidos Vd (volume de distribuição) = Vp + Vt (Flp/ Flt) T/2 = 0,7 × Vd / Cl Vd = dose / cp (concentração sanguínea) MODELO DE DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS Monocompartimental - Assume-se que quando um fármaco é introduzido no organismo ele é rapidamente e homogeneamente distribuído em todo o organismo Bicompartimental - Distribuição do fármaco não instantânea: rápida nos tecidos e órgãos muito vascularizados (compartimento central) e lenta nos órgãos pouco irrigados (compartimento periférico) Equilíbrio é alcançado entre 3 a 4 meias vidas FARMACOCINÉTICA 2 METABOLISMO DE FÁRMACOS- Tornar o fármaco uma molécula mais polar e inativa para posterior eliminação. - Processo pelo qual os fármacos são convertidos a metabólitos por meio de alterações químicas, geralmente sob ações de enzimas. Fase 1 e fase 2 - Metabolismo de primeira passagem - Objetivo: eliminar o fármaco (torná-lo mais hidrofílico), diminuir a atividade do fármaco, suprimir a atividade biológica do fármaco. Pró-fármacos - Ação inversa - São administrados em uma forma inativa e ativados pelo metabolismo ● Reações químicas FASE 1 DO METABOLISMO Várias reações químicas: Oxidação principalmente - Principais enzimas: CYPs - Enzima Citocromo p450 (74 famílias) - Localizadas no retículo endoplasmático liso - As famílias 1, 2 e 3 do citocromo p450 (isoformas CYP1, 2 e 3) codificam as enzimas que participam da maioria das biotransformações de fármacos em humanos - CYP 1A1, 1A2, 1B1, 2A6, 2B6, 2C8, 2C9, 2C19, 2D6, 2E1, 3A4 e 3A5 - Enzima mais expressa, responsável pela metabolização de mais de 50% dos fármacos. FASE 2 DO METABOLISMO Conjugação - Glicuronídeo - Sulfato - Aminoácidos - Glicina - Ácido glutâmico - Ácido glucurônico Enzimas - Glutationa S transferase - N-acetiltransferase - Sulfotransferase Originam conjugados mais polares que o composto original, que, em regra geral, não são tóxicos e são rapidamente excretados - Aumenta a eliminação renal do fármaco Fatores que afetam a metabolização Fisiológicos : - Idade - Espécie - Estado nutricional - Genética (polimorfismos) Estados patológicos : - Cirrose - Hepatite - Insuficiência cardíaca - Alcoolismo Farmacológicos : ● Inibição enzimática ● Indução enzimática Ex: Álcool que induz a CYP, aumenta o metabolismo e "corta" o efeito de outros fármacos pelo estímulo do metabolismo mais rápido Metabolismo pode gerar produtos tóxicos - Metabolismo do paracetamol pode gerar metabólitos hepatotóxicos EXCREÇÃO DE FÁRMACOS Principais vias de eliminação - Rins - urina - Sistema hepatocelular - bile - Pulmões (gases anestésicos) - Fezes (pacientes com insuficiência renal) - Secreções - leite, suor, saliva ELIMINAÇÃO RENAL - Filtração glomerular : Passagem de fármacos do sangue para a urina - Secreção tubular ativa (túbulo contorcido proximal) : Secreção de fármacos por capilares peritubulares (eletrólitos fracos). Ex: Penicilina (transporte ativo) - Reabsorção passiva e ativa (túbulo contorcido distal) : Reabsorção de fármacos lipossolúveis - Excreção: Urina CINÉTICA DE ELIMINAÇÃO Cinética de primeira ordem - Gráfico 1 - Eliminação depende da concentração do fármaco - A cada meia vida será eliminado 50% da concentração inicial do fármaco - A eliminação / depuração pode ser estimada pelo cálculo da área do gráfico sob a curva (AUC) do perfil de tempo-concentração após 1 dose. Cinética de ordem zero / saturação - Gráfico 2 - Eliminação em uma taxa constante FARMACODINÂMICA 1 Mecanismo de ação dos fármacos - O que o fármaco faz com o organismo - Efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seu mecanismo de ação. - Fornecer a base para uma utilização terapêutica racional dos fármacos. - Permite a pesquisa de novos e melhores agentes de terapêuticos - Alvo farmacológico - Ativação de transmissão de sinal dentro ou fora da célula - Efeito terapêutico Alvo farmacológico : Macromoléculas funcionais (geralmente proteicas) - Enzimas - Canais iônicos - Proteínas carregadoras - Ácidos nucleicos - Receptores farmacológicos Alguns efeitos dos fármacos não são mediados por meio da interação com esses alvos farmacológicos. Ex: Antiácidos (hidróxido de alumínio e magnésio), laxantes, etc. Fármacos alteram a velocidade ou a magnitude de uma resposta fisiológica já existente , em vez de produzir uma nova resposta celular intrínseca. Proteínas: Constituem o grupo mais importante de receptores farmacológicos. Ácidos nucleicos: Receptores para agentes quimioterápicos. Fármacos que interagem com enzimas: - Inibidor irreversível não competitivo - Aspirina (ácido acetilsalicílico) como antiagregante plaquetário. Fármacos que interagem com proteínas transportadoras: - Inibidor de transporte de íons pelo túbulo renal - Furosemida como diurético - inibe a reabsorção de sódio e água nos rins Fármacos que interagem com canais iônicos: - Bloquear canais controlados por voltagem - Lidocaína - estabiliza a membrana neuronal por inibição dos fluxos iônicos necessários para o início e a condução dos impulsos - ação de anestésico local Fármacos que interagem com subunidade ribossômica da bactéria: - Antibióticos - Liga-se a subunidades ribossômicas 30S ou 50S Fármacos que se ligam a ácidos nucleicos virais: - Ligam-se ao DNA viral - Zidovudina - agente anti retroviral - inibe competitivamente a incorporação, pela enzima transcriptase reversa, da timidina ao DNA viral - impede a progressão da doença causada pelo HIV Fármacos que interagem com receptores: - Para a farmacologia, receptores são moléculas-alvo por meio das quais os mediadores farmacológicos, como hormônios, neurotransmissores, mediadores inflamatórios, que se ligam para produzirem seus efeitos. - Fenoterol - Broncodilatador (asma) - simpaticomimético de ação direta, estimulando seletivamente os receptores beta2, em doses terapêuticas. Estimulação dos receptores beta1 em dose mais alta. A ocupação de um receptor beta2 ativa a adenilciclase por meio da proteína estimulante Gs. - Atenolol - Anti-hipertensivo - bloqueador beta-1 seletivo no coração - redução da frequência cardíaca - Loratadina - Antialérgico (Anti-histamínico) - impede a liberação de histamina, [amina] biogênica mediadora alérgica da rinite e da urticária INTERAÇÃO FÁRMACO-RECEPTOR Agonista : Estabiliza o receptor com conformação ativa - Ativa o receptor e induz uma resposta fisiológica intrínseca - Mimetiza o mediador endógeno Antagonista : Se liga ao receptor mas não estabiliza o receptor com conformação ativa - Bloqueia o receptor Afinidade : Ocupação do receptor - Tendência do fármaco de se ligar ao receptor. Constante de dissociação : Determina se vai haver maior ou menor afinidade. - Maior a constante de dissociação, menor a afinidade do fármaco pelo receptor. - Menor a constante de dissociação, maior a afinidade do fármaco pelo receptor. Eficácia intrínseca : Ativação do receptor - Tendência do fármaco em alterar a conformação e ativar o receptor, uma vez ligado. Estrutura química do fármaco determina a afinidade de um fármaco por seu receptor . - Modificações na estrutura - mudança nas propriedades farmacológicas. Especificidade dos fármacos : Classes individuais de fármacos ligam-se apenas a certos alvos biológicos, e alvos individuais só reconhecem determinadas classes de fármacos. - Fármaco que interage com 1 tipo de receptor expresso em apenas um grupo de células - Mais específico . Ex: Ranitidina (antagonista / inibidor competitivo dos receptores H2 - reduz a secreção ácida gástrica - utilizado para tratar úlceras). - Fármacos com a capacidade de bloquear diversos receptores - Menos específicos - produzem efeitos colaterais. Ex: Antidepressivos tricíclicos - Bloqueio de recaptura de monoaminas, principalmente norepinefrina e serotonina. Nenhum fármaco age com total especificidade : Dependência com a dose - quanto maior a dose, menor a especificidade. TIPOS DE AGONISTAS E ANTAGONISTASAgonista pleno/total - Estabiliza o receptor na sua conformação ativa - Tem eficácia/ atividade intrínseca plena - Produz uma resposta máxima tecidual (100%) - Maior resposta que um tecido é capaz de induzir, mesmo que nem todos os receptores estejam ocupados - Mesmo em pequenas doses podem produzir respostas máximas - Ex: Fenilefrina (agonista total/ pleno no receptor adrenérgico alfa 1 - simpaticomimético sintético - midriático, descongestionante nasal e cardiotônico). Agonista parcial ou antagonista parcial - Estabiliza parte dos receptores na conformação ativa - Apresenta resposta submáxima mesmo quando ocupa 100% dos receptores - Tem atividade intrínseca maior que 0 e menor que 100 - Antagonista parcial : Impede que um agonista total / mediador endógeno se ligue ao seu receptor e deixem de desencadear seu efeito máximo . Ex: Buprenorfina - agonista parcial morfínico - atua no receptor ų Agonista inverso - Estabiliza o receptor na conformação inativa - Tem atividades intrínsecas menor que 0 - Eficácia inativa - Diminui o grau de ativação dos receptores que são constitutivamente ativos - Diminui o número de receptores ativados para menos do que observado na ausência do fármaco. - Ex: Anti-histamínicos Agonista / modulador alostérico - Liga-se à um sítio alostérico e pode potencializar os efeitos dos agonistas primários - Sítios alostéricos: Locais no receptor diferentes do local de ligação do agonista. - Ex: Benzodiazepínicos (clonazepam) atuam potencializando a ação inibitória do neurotransmissor Ácido Gama Aminobutírico (GABA) - depressor do SNC Antagonista - Tem atividade intrínseca nula - Bloqueia o receptor quando o mediador farmacológico está ligado a este . CURVA CONCENTRAÇÃO X RESPOSTA Eficácia será determinada por Emax (resposta máxima que o fármaco é capaz de produzir). Potência será determinada por CE50 (concentração necessária para produzir 50% do efeito máxima de um fármaco) - Fármaco mais potente - Menor CE50 - Potência depende da concentração ou dose - Fármaco mais potente tem maior afinidade de se ligar a determinado alvo / receptor - Quanto maior a potência e a afinidade, menor a constante de dissociação - Potência e afinidade não estão intrinsecamente relacionadas - Eficácia é clinicamente mais útil que a potência - Quando maior for a potência de um fármaco, menor a dose necessária. TIPOS DE ANTAGONISTA ANTAGONISTA POR BLOQUEIO DE RECEPTOR - Se liga ao receptor e bloqueia /impede a ligação do agonista / mediador endógeno Antagonista competitivo : Compete pelo mesmo sítio de ligação - Reversível e irreversível - Antagonista competitivo reversível diminui a potência / concentração do agonista . Aumento do agonista endógeno desloca o antagonista do sítio de ação. - Antagonista competitivo irreversível : A ligação é covalente ao local ativo do receptor. Redução do número de receptores disponíveis para o agonista. Diminui a eficácia do agonista. O aumento do agonista endógeno não é suficiente para deslocar o antagonista competitivo irreversível do sítio de ação. Antagonista não competitivo / alostérico - Evita que o receptor seja ativado pelo agonista - Reduz a quantidade de receptores disponíveis para ser ativado pelo agonista. - Diminui a resposta máxima do agonista . ANTAGONISTAS SEM RECEPTORES Antagonista químico - Interação química entre fármacos - Antagonista que se liga quimicamente a outra substância (ao agonista), inativando-a, não a deixando causar efeito no organismo. Antagonismo farmacocinético - Afeta a absorção, metabolização ou excreção - Reduz a velocidade de absorção - Reduz a velocidade de biotransformação - Aumentar velocidade de excreção. - Ex: antibiótico (rifampicina) e anticoncepcionais (etinilestradiol) Antagonismo fisiológico - Fármaco que possui efeitos farmacológicos contrários ao do agonista endógeno . - Atuam em receptores diferentes. - Ex: Histamina e adrenalina - Adrenalin é antagonista fisiológico da histamina TOLERÂNCIA FARMACOLÓGICA / TAQUIFILAXIA - Alterações em receptores - Translocação em receptores - Depleção de mediadores - Adaptação fisiológica Tolerância : Diminuição gradual da responsividade de um fármaco que pode levar horas, dias ou semanas para se desenvolver. Taquifilaxia : Fenômeno da tolerância que acontece de forma mais rápida. FARMACODINÂMICA 2: RECEPTORES FARMACOLÓGICOS Receptores : Moléculas alvo por meio das quais mediadores fisiológicos se ligam para produzir seus efeitos. 4 famílias de receptores : - Inotrópico - Íons - Metabotrópico - 7 - ptn G trimérica (subunidades alfa, beta e gama) - Catalítico - 3 domínios (extracelular, transmembranar e intracelular enzimático) - Nuclear - Dentro da célula (no citoplasma ou núcleo) - Fármaco muito lipossolúvel - ex: anti-inflamatório esteroidal RECEPTOR IONOTRÓPICO - Semelhantes a canais iônicos e incorporam um sítio de ligação ao ligante - Envolvidos na transmissão sináptica rápida - neurotransmissores rápidos agem - Ativação do receptor: Influxo de ca2+ ou de Na+ - Ativação do receptor: Influxo de Cl- e efluxo de K+ - Receptor nicotínico - Acetilcolina (ach) - Receptor GABAa - GABA - Receptor NMDA - glutamato Receptor nicotínico da acetilcolina - Sua ativação por 2 mol de acetilcolina (Ach) provoca abertura do canal, resultando em um influxo de sódio (Na+), seguido por despolarização da célula e consequente contração muscular. - OBS: Bloqueadores neuromusculares - antagonizam os receptores nicotínicos de Ach provocando relaxamento muscular - adjuvantes durante a anestesia geral para facilitar a intubação endotraqueal - Tubocurarina e Pancurônio Receptor GABAa Ex: Benzodiazepinicos Ansiolíticos hipnóticos - Diazepam - Midazolam - Lorazepam Barbitúricos - Fenobarbital - Anticonvulsivante - Propofol - Anestésico geral Receptor NMDA do glutamato - Receptor AMPA - Receptores de cainato - Receptores NMDA - Ex: Cetamina - Anestésico geral - Ação inibitória - Bloqueia a entrada de íons - Entra no poro do canal iônico do receptor NMDA, bloqueando-o e, assim, impedindo o fluxo iônico através dos canais RECEPTORES METABOTRÓPICOS / GPCR - ACOPLADOS À PTN G - Mais de 50% dos fármacos agem por esse tipo de receptor - Acoplada a uma classe singular de moléculas - PROTEÍNAS G - Transdutor de sinal - 7 alfa-hélices transmembranas (a cadeia que compõe o receptor atravessa a membrana 7X) - Existem 2 tipos: trimérica e monomérica - Domínio N-terminal extracelular - região de ligação do ligante - Domínio C-terminal intracelular - região de acoplamento à proteína G - PTN G: GDP e GTP Receptores metabotrópicos - Receptores adrenérgicos - Receptores muscarínicos - Receptores opióides - Receptores da serotonina - Receptores da histamina ATIVAÇÃO E DESATIVAÇÃO DA PROTEÍNA G - TRIMÉRICA Em forma inativa, a proteína G está ligada ao GDP. Ligação do fármaco e mudança conformacional do receptor (proteína G). Interação e grande afinidade entre a proteína G e o receptor. Efeito celular: mais lento que o receptor Ionotrópico Podem ativar várias vias de transdução de sinal - Agonista se liga a um receptor acoplado à proteína G - subunidade α da proteína G se liga a uma molécula de GTP , se desliga das subunidades β e γ, e interage com uma molécula efetora - adenilil ciclase (AC)ou fosfolipase C (PLC) - produz segundos mensageiros ( AMPc ou IP3 e DAG ) que atuarão ativando proteínas quinases ( PKA ou PKC ). Após esse processo, a subunidade α catalisa a conversão do GTP em GDP e se liga novamente as subunidades β e γ. PROTEÍNA Gs : - Ativa a enzima adenilil ciclase AC / ciclase de adenilil efetora, que converte ATP em AMPc . - Quando um agonista se liga a um receptor acoplado a uma proteína Gs, a produção de AMPc aumenta - ativa PKA (proteína quinase dependente de AMPc) . PKA : - Fosforila e abre Cav no músculo cardíaco (contração) - Fosforila e inibe a MLCK no músculo liso (broncodilatação) - Aumenta a secreção ácida - Aumenta o metabolismo energético - Ex: Receptores β1-adrenérgicos se acoplam à proteína Gs e estão presentes nas células musculares, onde sua ativação provoca aumento da contração cardíaca. PROTEÍNA Gi : - Inibe adenilato ciclase AC e ativa canais iônicos K+ . - Quando um agonista se liga a um receptor acoplado à proteína Gi, menos AMPc (segundo mensageiro) é produzido e PKA não é ativada - Alvos celulares não serão ativados. Efeitos da inibição da AC por Gi : - Cronotropismo e inotropismo negativo - Redução da liberação de neurotransmissores - Ex: Receptores α2-adrenérgicos se acoplam a proteína Gi e estão presentes nas terminações pré-sinápticas - ativação de Gi provoca inibição da liberação de noradrenalina. PROTEÍNA Gq : - Ativa fosfolipase C (PLC) - Proteína efetora - PLC degrada o PIP2 (fosfatidilinositol-4,5-bifosfato - fosfolipídio de membrana) em IP3 (inositol-1,4,5-trifosfato) e DAG (diacilglicerol) - segundos mensageiros . - IP3 aumenta a liberação de cálcio pelo retículo sarcoplasmático - DAG e o cálcio ativam a PKC (proteína quinase dependente de cálcio) . - Ex: Receptores M3 de ACh se acoplam a proteína Gq e estão presentes nas glândulas - ativação de Gq provoca aumento da secreção glandular. Efeitos da ativação de PLC por Gq : - Contração muscular - Aumento da liberação de secreção ácida - Aumento de neurotransmissores e excitabilidade neural RECEPTORES CATALÍTICOS Localizados na superfície da membrana - 3 domínios - Extracelular de ligação ao ligante - Transmembranar helicoidal - Intracelular enzimático - Fosforila proteínas - atua indiretamente na regulação da transcrição gênica - Relacionados e ligados a quinases Regulam: - Fatores de crescimento, citocinas e hormônios, como a insulina, tendo um papel importante no controle da divisão - Crescimento e diferenciação celular - Respostas imunológicas - Inflamação - Respostas metabólicas - Reparação tecidual - Apoptose Receptores tirosina-quinase - Ativados por fatores de crescimento e hormônios como a insulina - Ex: Receptor de insulina e do fator de crescimento neuronal - Realizam a transdução de sinal por meio da via Ras/Raf - Efeitos exercidos principalmente em nível de transcrição gênica - Fosforilam resíduos de tirosina - A ativação da via MAPK é importante para regular a proliferação celular - Essa via é alvo para a ação de vários antineoplásicos Cascata de fosforilação das MAPK nas células : - Ativação de uma proteína transmembrana (receptor do fator de crescimento) que ativa a proteína RAS através da molécula adaptadora GRB2 e um fator de troca do nucleotídeo guanina (SOS), induzindo RAS a trocar seu GDP por um GTP. - Estimulação sequencial de proteínas quinases citoplasmáticas - Raf (quinase específica para Ser/Thr), MEK e MAPK. - MAPK migram para o núcleo celular - fosforilam um conjunto de moléculas responsáveis pela transcrição - proliferação celular Receptor serina/treonina quinase - Ex: Receptor para o fator de crescimento transformador – TGF - Realizam a transdução de sinal por meio da via Ras/Raf Receptores Jak/Stat - Receptores de citocina - Não apresentam atividade enzimática intrínseca Receptor ciclase de guanilil - Receptor do peptídeo natriurético RECEPTORES NUCLEARES - FATORES DE TRANSCRIÇÃO ATIVADOS POR LIGANTE - Proteínas monoméricas dentro da célula (no citoplasma ou núcleo) - Domínio N-terminal - Domínio central (responsável pelo reconhecimento do e pela ligação ao DNA) - Domínio C-terminal (porção de ligação do ligante) Alvos para fármacos muito lipossolúveis - Hormônios esteróides, glicocorticóides, hormônio tireóideo, vitamina D - Ex: Anti-inflamatório esteroidal - Prednisona - inibição de alguns genes relacionados à inflamação Complexos receptores-ligantes iniciam mudanças na transcrição gênica , se ligam ao elemento da resposta hormonal, recrutam fatores de coativação ou correpressão. - Proteínas são codificadas pelo DNA - transcrito em RNA - Traduzido em proteínas - Resposta tardia pois necessita processar e realizar a síntese proteica SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO PARASSIMPÁTICO - “Repouso” - Entender como os fármacos agem mimetizar ou antagonizando o sistema nervoso autônomo parassimpático Sistema nervoso - Central - Periférico -Autônomo (simpático e parassimpático): involuntário/ reflexo -Somático: voluntário/ reflexo -Entérico PARASSIMPÁTICO - REPOUSO - CRÂNIO-SACRAL - Neurotransmissor: Acetilcolina Crânio - Miose - Contração da pupila - Estimulação da salivação - Inotropismo e cronotropismo negativos - acetilcolina - Redução do débito cardíaco e da PA - redução dos batimentos cardíacos - Broncoconstrição - Vasodilatação - Repouso e digestão Sacral - Contração da bexiga - Relaxamento dos esfíncteres - Receptores muscarínicos SIMPÁTICO - LUTA E FUGA - TÓRACO- LOMBAR - Neurotransmissores: Adrenalina e Noradrenalina Tóraco - Midríase - Dilatação da pupila - Inibição da salivação - Inotropismo e cronotropismo positivos - Aumento do débito cardíaco e da PA - acelera os batimentos cardíaco - Broncodilatação Lombar - Vasodilatação na musculatura esquelética - Inibição do TGI - Estimulação da glicogenólise no fígado - Secreção de epinefrina e norepinefrina pela suprarrenal - Relaxamento da bexiga - Contração dos esfíncteres ENTÉRICO - Fibras Nanqui - Colecistoquinina - Neuropeptídeo Y - Peptídeo vasoativo intestinal - Histamina RECEPTORES NICOTÍNICOS - IONOTRÓPICOS - Nicotiana tabacum - NN (gânglio autônomo, medula adrenal) - NM (placa terminal, junção neuromuscular) RECEPTORES MUSCARÍNICOS - METABOTRÓPICOS - Amanita muscaria - Todos os mACh são ativados pela ACh e bloqueados pela atropina M1 - “neurais” - Gânglio autônomo, tecido gástrico - Produzem excitação lenta dos gânglios M2 - “cardíacos” - Provocam redução da frequência cardíaca e força de contração (principalmente nos átrios) - Medeiam a inibição pré-sináptica M3 - “glandular” - Músculo liso, Glândulas - Causam secreção, contração da musculatura lisa visceral e relaxamento vascular M4, M5 (SNC) - Glândulas sudoríparas, medula da glândula suprarrenal, músculos piloeretores da pele e maioria dos vasos sanguíneos não possuem inervação parassimpática . Adrenalina e noradrenalina agem nos receptores alfa e beta ● Noradrenalina tem maior afinidade por alfa 1 e beta 1 ● Adrenalina tem maior afinidade por alfa, beta 1 e beta 2. Alfa 1 é pós sináptico - Vasos / endotélio - estimulação - vasoconstrição - aumenta a resistência periférica Alfa 2 é pré sináptico - INIBITÓRIO - Feedback negativo de NE em grandes concentrações Beta 1 - Tecido cardíaco e rim - Beta 1 renal ativadoaumenta a produção de renina - aumento da PA Beta 2 - Brônquios, vasos e musculatura uterina Beta 3 - Tecido adiposo e bexiga - Intermediar a liberação de NO no endotélio NEUROTRANSMISSÃO COLINÉRGICA - Acetilcolina se combina com receptores nicotínicos e muscarínicos - transdução do sinal - Acetilcolina pode sofrer clivagem ou hidrólise em uma função éster pela enzima acetilcolinesterase verdadeira e / ou butirilcolinesterase que degrada qualquer função éster - degradação em colina e acetato Drogas que interferem com a síntese de Ach - Toxina botulínica impede a liberação de acetilcolina, impedindo a contração Fármacos colinérgicos e anticolinérgicos - Colinérgicos - mimetizam os efeitos da acetilcolina - Anticolinérgicos Receptores muscarínicos (estimulação parassimpática, muscarina) e nicotínicos AGONISTAS COLINÉRGICOS Agonistas diretos - mimetizam os efeitos da ACh - Acetilcolina - Betanecol - Éster da colina não hidrolisado pela acetilcolina - Intensa atividade muscarínica, pouca ou nenhuma ação nicotínica. Estimula o músculo detrusor da bexiga, relaxa o trígono e o esfíncter, provocando expulsão da urina - Utilizado para estimular a bexiga atônica e em casos de atonia vesical - Efeitos adversos: Queda de PA, sudorese, salivação, rubor cutâneo, náusea, dor abdominal, diarreia e broncoespasmo - Contra indicado na úlcera péptica, asma, insuficiência coronária e hipertireoidismo. - Carbacol - Utilizado para a terapêutica de atonia vesical - Cevimelina - Muscarina - Nicotina - Pilocarpina - Alcalóide, capaz de atravessar a membrana conjuntival. Amina terciária estável à hidrólise pela acetilcolinesterase - Muito menos potente que a ACh - possui atividade muscarínica - Aplicação ocular - contração do músculo ciliar, miose - Utilizada para terapêutica do glaucoma em situação de emergência e também usado em casos de xerostomia - reduz a pressão intraocular - Efeitos adversos: Pode atingir o SNC e causar confusão, produzir distúrbios de natureza central, sudorese e salivação profusas. - Vareniclina - Adjuvante no tratamento do tabagismo - liga-se a receptores nicotínicos impedindo a ligação da nicotina - Impede a nicotina de estimular o sistema da dopamina mesolímbica no SNC (mecanismo que leva o indivíduo a fumar) Agonistas indiretos - inibidores da enzima acetilcolinesterase Reversíveis - Edrofônio (Tensilon) - Curta duração - Utilizado para diagnosticar miastenia gravis , provocando rápido aumento da força muscular. Também usado para reverter os efeitos do bloqueador neuromuscular após uma cirurgia . - Fisostigmina (Eserina) - Utilizada por via ocular no tratamento do glaucoma - Produz miose e contração do músculo ciliar - Também utilizada para reverter a intoxicação por antimuscarínicos . - Neostigmina (Prostigmine) - Utilizada no tratamento da miastenia gravis e na atonia vesicular - Efeitos adversos: Estimulação colinérgica generalizada, salivação, rubor cutâneo, queda da PA, náusea, dor abdominal, diarreia e broncoespasmo. - Piridostigmina (Mestinon) - Efeitos adversos semelhantes aos da neostigmina, mas com menor incidência de bradicardia, salivação e estimulação gastrointestinal . Irreversíveis Organofosforados / inseticidas - Sarin, soman, tabun - Diclorvós (DDVP) - Ecotiofato - Malathion - Metamidofós (tamaron) - Parathion (folidol, rhodiatox) Carbamatos - Aldicarb - Carbaril - Carbofuran - Metomil - Propoxur Organoclorados - Uso progressivamente restrito ou proibido - Aldrin - Endrin - BHC - Clordane - DDT - Dicofol - Endossulfan - Heptacloro - Lindane - Mirex Piretróides - Aletrina - Cipermetrina - Piretrinas - Tetrametrina EFEITOS ADVERSOS DOS AGONISTAS MUSCARÍNICOS - Contração da musculatura lisa visceral - Vasodilatação - Redução da PA (M2) - Maiores secreções exócrinas - Rush cutâneo - Sudorese - Cólicas abdominais - Contrações da bexiga - incontinência urinária - Espasmos na acomodação visual - Miose (contração da pupila) - Cefaléia - Broncoespasmo - Lacrimejamento - Hipotensão - Bradicardia CONTRA INDICAÇÕES DOS AGONISTAS COLINÉRGICOS - Hipertireoidismo (causa arritmia) - Asma (aumenta a reatividade das vias aéreas) - Insuficiência coronariana (aumenta a queda da resistência periférica) - Úlcera péptica (aumento da atividade TGI / secreção de HCl) - Obstrução mecânica da bexiga ou TGI (força para realizar esvaziamento) MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DE INTOXICAÇÃO - SÍNDROME COLINÉRGICA AGUDA Manifestações nicotínicas: - Fasciculações musculares, tremores, cãibras, fraqueza, ausência de reflexos, paralisia muscular (incluindo musculatura respiratória acessória) e arreflexia; Manifestações no SNC: - Labilidade emocional, cefaléia, tremores, sonolê|ncia, confusão mental, marcha incoordenada, fraqueza generalizada, depressão do centro respiratório, hipotonia, hiporreflexia, convulsões, coma. Polineuropatia tardia - 2 a 4 semanas após a exposição à inseticidas organosfosforados. - Fraqueza muscular distal, cãibras musculares dolorosas, formigamento, redução dos reflexos e um quadro caracterizado por incoordenação motora, hipertensão ou espasticidade, reflexos exageradamente aumentados e tremores. REGENERADORES ENZIMATICOS - Pralidoxima - Antídoto - Reverte a ligação de organofosforados com a acetilcolinesterase . É usado em combates como antídoto para envenenamento por organofosfatos ou inibidores da acetilcolinesterase , em conjunto com a atropina. - O grupo (=NOH) possui alta afinidade pelo átomo P. ANTICOLINÉRGICOS / ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS / PARASSIMPATICOLÍTICOS - Atropa belladonna - Datura stramonium - Scopolia carniolica - Hyoscyamus Agem nos receptores colinérgicos, bloqueando seletivamente a atividade parassimpática (reduzindo ou bloqueando a ação da acetilcolina) - Diminuem, inibem ou bloqueiam a resposta colinérgica. - Reduzem ou anulam o efeito da estimulação do sistema nervoso parassimpático. - Impede que a ACh estimule os receptores colinérgicos - Às vezes, indiretamente, Tem o efeito estimulante do sistema nervoso simpático. Atropina (atropa belladonna) - Antagonista muscarínico que age nas terminações nervosas parassimpáticas, inibindo-as - Uso injetável - Antídoto nos casos de intoxicação por inseticidas organofosforados ou para o tratamento de arritmias cardíacas ou úlcera péptica - ação antiarrítmica e antiespasmódica - Pré anestésico . Benzexol - Tratamento do Parkinson - efeito inibitório direto sobre o Sistema Nervoso Parassimpático Benztropina - Tratamento coadjuvante do Parkinson Ciclopentolato - Antagonista muscarínico - Midriático - usado como colírio durante exames oftalmológicos pediátricos para dilatar o olho e evitar que o olho focalize Darifenacina - Usado para tratar incontinência urinária - Bloqueia os receptores M3 (responsável pela contração da bexiga) - reduz a urgência miccional. Diciclomina - Usado para tratar espasmos intestinais, como os que ocorrem na síndrome do intestino irritável Hioscina (escopolamina) - Antagonista dos receptores muscarínicos - Tratamento de cólicas gastrintestinais (estômago e intestinos), cólicas e movimentos involuntários anormais das vias biliares e cólicas dos órgãos sexuais e urinários. Homatropina - Alívio de cólicas renais e biliares e dismenorréia . Bloqueiaa hipersecreção e promove relaxamento muscular do TGI, ajudando no alívio de cólicas causadoras de dores abdominais. Ipratrópio, tiotrópio - antagonista do receptor M3 - Broncodilatador de longa ação usado no tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica e da asma Pirenzepina - Antagonista seletivo de M1 - Usada no tratamento de úlceras pépticas - reduz a secreção de ácido gástrico e reduz o espasmo muscular Tropicamida - Midriático - Dilatação da pupila, antes de um exame de fundo de olho - reduz a produção do humor - PRINCIPAIS EFEITOS ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS - Taquicardia (bloqueia o receptor M2 do coração) - Relaxamento da musculatura lisa visceral - Midríase (dilata a pupila) - Paralisia acomodação relaxamento do músculo ciliar - Tratamento da asma - Ipratrópio - Tratamento de bradicardia - Atropina - Dilatação pupilas - Tropicamida, ciclopentolato - Cinetose - Hioscina - Parkinsonismo - Benzexol e benzotropina EFEITOS COLATERAIS DO USO DE ANTICOLINÉRGICOS - Sialosquese - Diminuição ou ausência de saliva - Taquicardia - Diminuição da pressão sanguínea - Midríase (dilatação da pupila) - SNC (excitação - atropina) BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES - Relaxamento periférico Bloqueadores de ação “local”: Procedimento de intubação - Fentanil - leve a pesada sedação - opióide - Midazolam - família do diazepam - Propofol - anestésico sedativo - Bloqueador neuromuscular Acetilcolina - Neurotransmissor da placa motora - 2 moléculas de ACh se ligam ao receptor nicotínico com 5 subunidades (2 subunidades alfa) - entrada de sódio e potássio - despolarização da célula - contração muscular AChe na fenda sináptica - degrada a Acetilcolina em acetato e colina Receptor nicotínico tem 2 comportas - a comporta de inativação se abre se o receptor é estimulado insistentemente - ele é inativado Organofosforado - inativa a acetilcolinesterase Paralisação entre o neurônio e o músculo - Alcalóides (curare - índios) - tubocurarina (princípio ativo) - letal ação paralisante - comercializada com nomes de tubarine, tubadil, mecostrin - Não absorvido via oral. - Hemicholinium - Tetrodotoxina - impede o potencial de ação no neurônio - paralisia - Toxina botulínica - Se liga e degrada a sinaptobrevina - Ptn sinaptotagmina controla a formação do complexo SNARE dependente de cálcio - proteínas SNARE realizam a fusão das vesículas com a membrana do terminal pré-sináptico - degradação da sinaptobrevina resulta na não liberação de ACh - sem contração muscular NENHUM BLOQUEADOR NEUROMUSCULAR PODE SER ABSORVIDO POR VIA ORAL Bloqueadores neuromusculares podem ser adjuvante na anestesia BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES NÃO DESPOLARIZANTES Antagonista competitivos da ACh no sítio do receptor de acetilcolina pós-sináptico - Impede a despolarização sustentada pela placa motora - tubocurarina - Benzilisoquinolínicos - Aminoesteróides: Pancurônio, vecurônio - Aminas quaternárias: galamina Mecanismo de ação: - Bloqueio / antagonismo competitivo no receptor nicotínico - Bloqueio do canal em doses muito altas Farmacocinética: -curônico ou -cúrio - Não são absorvidos por via oral - Distribuição limitada e incapacitante de atravessar a BHE - Não é anestésico - Baixa metabolização - Eliminação principal renal - Cisatracúrio e atracúrio - metabolizados no plasma em ph fisiológico espontaneamente pela enzima butirilcolinesterase - eliminação / degradação de Hofmann - Idade influencia positivamente o bloqueio - quanto mais velho maior o bloqueio - Influência positiva dos anestésicos, particularmente os voláteis. - Atracúrio - eliminação / degradação de Hofmann - Cisatracúrio - eliminação / degradação de Hofmann - Doxacúrio - Mivacúrio - Pancurônio - Rocurônio - o mais utilizado - eliminado por via biliar - Vecurônio - eliminado por via biliar - Tubocurarina - Pipecurônio - Rapacurônio Ordem de paralisia e recuperação - Músculos extrínsecos oculares e faciais - Membros superiores e inferiores - Pescoço e tronco - Interpostas e diafragma (músculos respiratórios) - paralisia USOS CLÍNICOS DE BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES - Cirurgias (Relaxamento muscular durante a cirurgia) - Adjuvante nas anestesias - Controle de convulsões (epilepsia em casos especiais, eletroconvulsoterapia) - Manobras ortopédicas - Laringoscopia, broncoscopia - Controle da ventilação EFEITOS ADVERSOS DOS BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES NÃO DESPOLARIZANTES Depende das características farmacocinéticas e farmacodinâmicas de cada agente Manifestações cardiovasculares: - Hipotensão : Liberação de histamina e bloqueio ganglionar - Tubocurarina, atracúrio e pancurônio. - Taquicardia : Ação vagolítica (M2), estimulação simpática direta e indireta - Pancurônio e galamina. - Arritmias : Arritmias na combinação Halotano-pancurônio. Liberação de histamina : - Queda da pressão - É indicado o uso de anti-histamínicos antes - Decorre de administração rápida de grandes doses de alguns BNM - Eritema : face, cervical e tronco. - Hipotensão e taquicardia reflexa - Broncoespasmo e aumento da secreção brônquica - Curta duração (1 a 5 min) de forma dose-dependente. COMO REVERTER O BLOQUEIO NEUROMUSCULAR NÃO DESPOLARIZANTE - Inibidor da acetilcolinesterase - impede a quebra da ACh, esta fica mais disponível - Uso de anticolinesterásicos neostigmina e fisistigmina SUGAMADEX pode reverter quadros de paralisia de bloqueio neuromuscular produzido por vecurônio e rocurônio , utilizados em anestesia geral, mas não pelo suxametônio. BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES DESPOLARIZANTES Agonistas - Efeito bloqueador a partir da despolarização da placa motora - ACh se liga de forma intensa ao receptor, abre o receptor, causa uma pequena contração, permanece ligado estimulando e causa inativação - paralisia - suxametônio (succinilcolina) - efeito mais rápido e menos duradouro . SUCCINILCOLINA (suxametônio) - Mais efeitos adversos - Agem de forma a causar uma despolarização persistente e forte - Rapidez da recuperação - Se liga ao receptor e bloqueia-o Farmacocinética da succinilcolina (suxametônio) - A succinilcolina é polar e não sofre absorção significativa no TGI - Administração unicamente por via intravenosa - Apresenta meia vida ultra curta e é metabolizado no plasma pela butirilcolinesterase - Forma succinil monocolina + colina - Apresenta início de ação em 1 min e duração de 5-8 min Mecanismo de ação Bloqueio de fase 1: - Abertura do receptor - Despolarização da placa terminal - Despolarização da membrana adjacente - Contração muscular generalizada e desorganizada (fasciculações) Bloqueio de fase 2: - Ocorre 2 minutos após a aplicação - Exposição continuada ao BNM - Inativação do receptor - Paralisia flácida - Não ocorre flacidez em aves Efeitos adversos da succinilcolina (suxametônio) - Hipertensão maligna : Aumento do tempo corporal e espasmos. Mais comum quando associado ao anestésico geral Halotano. - Choque anafilático : Reação imunológica intensa contra a molécula do fármaco. - Bradicardia sinusal - Arritmias ventriculares - Hipercalemia - níveis de potássio excessivamente altos - Aumento da pressão Intraocular - Dores musculares CASO CLÍNICO: Mulher de 30 anos chega ao PS com múltiplas lacerações no rosto e nos membros e uma grande fratura exposta no fêmur direito após um acidente de carro. Sofreu queimaduras em 35% do corpoe respira com dificuldade. A paciente precisa ser rapidamente intubada, para esse procedimento, quais as drogas normalmente utilizadas? A queimadura pode mudar a indicação? Resposta : Para evitar a possibilidade de aspiração no momento da intubação, deve-se utilizar um relaxante muscular de ação muito rápida, de modo que as vias respiratórias sejam asseguradas com um tubo endotraqueal. Por isso, o suxametônio é o agente de escolha neste caso. Apesar de seus efeitos colaterais, o suxametônio é o que apresenta o início de ação mais rápido entre todos os relaxantes musculares esqueléticos disponíveis. Uma alternativa ao suxametônio é o rocurônio em alta dose (até 1,2 mg/ kg), um relaxante muscular não despolarizante. Nessa dose, o rocurônio apresenta um início de ação muito rápido. Em pacientes com queimaduras recentes, o uso de suxametônio pode resultar em hiperpotassemia potencialmente fatal. Assim, o suxametônio estaria contraindicado em um paciente com essa lesão. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SIMPÁTICO - “Luta e fuga” - Entender como os fármacos agem mimetizando ou antagonizando o sistema nervoso autônomo simpático; - Compreender, prever e ser capaz de justificar as indicações, contraindicações e efeitos colaterais de fármacos agonistas e antagonistas adrenérgicos. Neurotransmissores do SNA simpático - Noradrenalina e adrenalina - catecolaminas AÇÕES DO SNA SIMPÁTICO: - Midríase (dilata pupila) - Relaxamento do músculo ciliar - Inibe a salivação - Broncodilatação - relaxamento - Aumento da força e contratilidade cardíaca - Inibe a atividade do estômago e do pâncreas - Estimula glicogenólise - liberação de glicose pelo fígado - Estimula a produção de adrenalina e noradrenalina - Relaxa a bexiga - Promove a ejaculação - Dilatação da musculatura esquelética AGONISTAS ADRENÉRGICOS Aumento da PA = Aumento do DC X RPT Cronotropismo e Inotropismo positivos NE - Norepinefrina - neurotransmissor liberado pelas terminações nervosas simpáticas E - Epinefrina - neurotransmissor liberado pela medula da glândula adrenal Tirosina: Precursora das catecolaminas dopamina, NE e E - Entra no neurônio adrenérgico a partir de um cotransportador de L-aminoácidos aromáticos (simporte de Tirosina e Na+). No citoplasma do neurônio o aminoácido L- tirosina sofrerá hidroxilação pela enzima tirosina hidroxilase , formando L-dihidroxifenilalanina (L-DOPA) . L-DOPA é descarboxilada pela L-aminoácido aromático descarboxilase para se tornar dopamina . A dopamina no citoplasma é introduzida na vesícula sináptica pela ação do transportador VMAT na membrana da vesícula - Permite uma difusão facilitada de acordo com o gradiente de concentração - antiporte - entra dopamina e sai H+. A dopamina 𝝱 -hidroxilase converte dopamina em norepinefrina NE / noradrenalina . Para que a NE seja liberada é necessário que ocorra a despolarização da MP do neurônio . A alteração elétrica da membrana ativará a AC, que produzirá AMPc e ele ativará a PKA, ocasionando a abertura de canais de Ca++. Ca++ no citoplasma se liga a ptn SNARE da vesícula sináptica (sinaptobrevina) permitindo a interação delas com outras SNARE ancoradas à MP do neurônio - Essa interação permite que a vesícula seja “arrastada” até a MP onde irá se fundir e liberar NE na fenda sináptica . NE na fenda sináptica é recaptada por cotransportador de Na+ (simporte) - entrada da NE no neurônio - enzima MAO / monoamino-oxidase (degrada monoaminas) - degrada NE (monoamina) em metabólitos inativos - DOPGAL . - MAO dentro do neurônio e MAO dentro fígado Receptores Alfa - Noradrenalina > Adrenalina > Isoprenalina Receptores Beta - Isoprenalina > Adrenalina > Noradrenalina RECEPTOR 𝝱1 - Receptor adrenérgico pós sináptico - Ativado ao se ligar às catecolaminas Noradrenalina e Adrenalina - Acoplado à ptn G - Coração e rins - Cronotropismo e Inotropismo positivos - Aumento do débito cardíaco - Aumento da força de contração - Secreção de renina nos rins - ativação do sistema renina-angiotesina-aldosterora - potente vasoconstrição RECEPTOR 𝝱2 - Receptor adrenérgico predominante nos músculos lisos - relaxamento visceral - Se liga à Epinefrina - Liberação de histamina pelo tecido pulmonar - Relaxamento do útero - Vasos - Vasodilatação - Brônquios - Broncodilatação - Liberação de insulina - Estimula células beta do pâncreas - glicogenólise - Promove captação de K+ - Músculo esquelético - Força de contração do músculo branco e reduz a força do músculo vermelho - Tremores intensos RECEPTOR 𝝱3 - Tecido adiposo - Lipólise - Bexiga - Promove o relaxamento da bexiga AÇÃO DOS RECEPTORES 𝝱: Ativação dos receptores 𝝱 - Ativação de AC e aumento da conversão de ATP em cAMP. A ativação da AC é medida pela ptn estimuladora Gs de acoplamento. cAMP é o principal segundo mensageiro de ativação do receptor beta. Fígado - Ativação do receptor 𝝱 aumenta a síntese de cAMP - cascata de eventos - ativação de glicogênio fosforilase. Coração - Ativação do receptor 𝝱 aumenta o influxo de cálcio através da membrana celular e sua apreensão no interior da célula . Também promove o relaxamento do músculo liso . Adrenorreceptores 𝝱 podem ativar os canais de cálcio sensíveis à voltagem do coração - aumento mediado pela G, independentemente da mudança na concentração de cAMP. RECEPTOR ALFA 1 - Membrana pós sináptica - EXCITATÓRIO - Contração muscular - Vasos - Vasoconstrição - Brônquios - Útero - Bexiga - Contração do músculo liso - Midríase - Relaxa TGI RECEPTOR ALFA 2 / auto-receptor - Membrana pré sináptica do neurônio - NE elevada - A2 controla - feedback negativo - INIBITÓRIO Metildopa / Aldomet/ Aldoril/ Dopamet - Simpatolítico de ação central - Pró-fármaco anti-hipertensivo usado especialmente para hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia. - Agonista alfa-adrenérgico seletivo para alfa2 Reserpina - Inibe o transportador vesicular VMAT - inibe a captação de norepinefrina em vesículas de armazenamento - esgotamento de catecolaminas e serotonina dos terminais de axônios centrais e periféricos. Reduz a PA elevada e a frequência cardíaca ; efeito sedativo através do SNC. Clonidina - agonista adrenérgico de ação direta do receptor adrenérgico α2 - anti-hipertensivo - relaxamento dos vasos sanguíneos. CLASSIFICAÇÃO DOS ADRENÉRGICOS Adrenérgicos de ação direta: ● Agonista Alfa - A1 - A2 - A1a,b - A2a,b ● Agonista Beta - B1 - B2 - B3 Adrenérgicos de ação indireta : ● Aumento da liberação de Na+ ● Redução da captação de Na+ [↑Na] ● Cocaína e anfetamina ● Cocaína : Bloqueio da recaptação da dopamina, serotonina e noradrenalina nas sinapses - neurotransmissores estimulam seus receptores pós-sinápticos de modo mais intenso e prolongado - vias dopaminérgicas e noradrenérgicas - estimula o sistema nervoso simpático. ● Anfetamina : Bloqueio da recaptação de adrenérgicos e dopamina, estimulação da liberação de monoaminas e inibição da enzima monoamino oxidase. Adrenérgicos de ação mista : ● Age diretamente no receptor e indiretamente por liberar o neurotransmissor do estoque. ● Efedrina e pseudoefedrina ● Efedrina : Vasoconstritor - aumenta a PA em casos de quedaabrupta da pressão arterial. ● Pseudoefedrina : Descongestionante nasal - combinação com analgésicos ou anti-histamínicos AGONISTAS ADRENÉRGICOS ADRENALINA / EPINEFRINA - Receptores alfa , 𝝱1 e 𝝱2 - No coração, aumenta o ritmo cardíaco e a força da contração . - No músculo esquelético, se relaciona com a degradação do glicogênio. - Nos brônquios - relaxamento da musculatura lisa (𝝱2) , inibição da secreção (antígeno dependente) de mastócitos (𝝱2) , redução da secreção brônquica (A1) - Usada em casos emergenciais - parada cardíaca, anafilaxia, para prolongar o efeito de anestésicos locais (odontologia) e em crise asmática severa . - Efeitos adversos da adrenalina 1) Taquicardia 2) Arritmias 3) Hipertensão arterial 4) Necrose por vasoconstrição cutânea - não se deve associar anestésico local com adrenalina em cirurgias de extremidades NORADRENALINA / NOREPINEFRINA - Receptores alfa e 𝝱1 - Degradação do glicogênio em glicose, aumentando a glicemia - Vasoconstrição (A1) - Bradicardia reflexa - Usada no tratamento de choque séptico ISOPROTERENOL - Agonista não seletivo dos receptores 𝝱1 e 𝝱2 - Tratamento de bradicardia, bloqueio cardíaco, broncoespasmos durante a anestesia e raramente para asma . DOPAMINA - Receptores D1, D2, D3, D4, D5, 𝝱1 e 𝝱2 - Doses baixas - Vasodilatação (receptor D1 vascular) - Importância no leito renal e coronárias - Doses altas - Inotropismo positivo (𝝱1) e vasoconstrição (receptor alfa vascular) - Usada em casos de choque cardiogênico, séptico, insuficiência cardíaca severa . DOBUTAMINA - Atua nos receptores 𝝱1 e em doses maiores com A1 - Usado para tratar a insuficiência cardíaca congestiva e o choque cardiogênico - Inotropismo positivo - Aumenta a força de contração e facilita a passagem do impulso elétrico pelo coração AGONISTAS ALFA ADRENÉRGICOS Fenilefrina : Agonista seletivo do receptor adrenérgico A1 - Agente midriático (dilata a pupila), descongestionante nasal, agente cardiotônico, vasoconstritor mais duradouro que a epinefrina e a efedrina. Nafazolina / Neosoro : Agonista seletivo dos receptores adrenérgicos A1 - Diminuição do inchaço em membranas mucosas - Diminui a congestão nasal - Vasoconstrição rápida e prolongada. Oximetazolina / Afrin : Agonista seletivo dos receptores adrenérgicos A1 - Descongestionante nasal - Tratar a congestão nasal e nasofaríngea causadas por sinusites, resfriados comuns, febres e outras alergias do trato respiratório superior. Metoxamina : Agonista seletivo dos receptores adrenérgicos A1 - Provoca vasoconstrição periférica prolongada - Estimulante cardíaco (átrios e nó sinoatrial) - Tratamento da taquicardia supraventricular. Clonidina : Agonista adrenérgico de ação direta do receptor adrenérgico A2 - Anti-hipertensivo - Tratamento da pressão alta - Relaxamento dos vasos sanguíneos - Reduz a pressão alta. - Usado em conjunto com a Dexmedetomidina - Sedativo para pacientes (com e sem ventilação mecânica) durante o tratamento intensivo. Apraclonidina : Agonista alfa-2-adrenérgico relativamente selectivo - Reduz a pressão intraocular - Terapia do glaucoma. Brimonidina - Agonista alfa-2-adrenérgico relativamente selectivo - Usado para tratar glaucoma de ângulo aberto, hipertensão ocular e rosácea - redução da produção do humor aquoso e do aumento da drenagem pela via do fluxo uveoscleral. - Uso prolongado de descongestionante nasal promove dessensibilização do receptor - usar mais para alcançar o efeito - pontos de necrose - perda de olfato e paladar. AGONISTAS BETA ADRENÉRGICOS Terbutalina: Agonistas dos receptores adrenérgicos β2 - Broncodilator - Indicado no tratamento a curto prazo da asma e de obstruções pulmonares como o enfisema e a bronquite crônica - Parto prematuro - causa broncoespasmo - Contraindicado na gravidez e trabalho de parto - prolongamento da gravidez - relaxamento da musculatura uterina. Fenoterol: Broncodilatador - Tratamento de asma brônquica, pneumonia, bronquite e tuberculose - Inibidor sobre as contrações uterinas que deve ser considerado no período pré-parto - inibe o parto prematuro. Salbutamol / Albuterol: Agonista β2-adrenérgico - Provoca o relaxamento do músculo liso das vias aéreas - Broncodilatador - Prevenção de doenças respiratórias que causam espasmos nos brônquios, como asma, bronquite crônica ou enfisema. Ritodrina: Agonista dos receptores β2-adrenérgico - Utilizado para controlar trabalho de parto prematuro - relaxamento da musculatura uterina e causam broncoespasmo. Salmeterol: Agonista β2-adrenérgico de longa ação utilizada no tratamento da asma e da doença pulmonar obstrutiva crônica. Formoterol - Agonista β2 de longa duração, usado como broncodilatador para o tratamento de asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - inalador/bombinha para asma Anfetamina : Adrenérgico de ação indireta - Agonista alfa, beta e do SNC - Bloqueio da recaptação de adrenérgicos e dopamina, estimulação da liberação de monoaminas e inibição da enzima monoamino oxidase. Efedrina : Adrenérgico de ação mista - Agonista alfa, beta e do SNC - Usado no tratamento da asma - Descongestionante nasal - Vasoconstritor - Aumenta a PA em casos de queda abrupta da pressão arterial. EFEITOS ADVERSOS DOS AGONISTAS BETA ADRENÉRGICOS SNC - Tremores, dor de cabeça, nervosismo Sistema cardiovascular - Palpitações, flutuações na PA - Fármacos que são Agonistas B2 - efeito colateral - Taquicardia Outros - Sudorese, náusea, vômitos, cãibras ANTAGONISTAS / BLOQUEADORES / SIMPATICOLÍTICOS ADRENÉRGICOS - Anti-hipertensivos Fentolamina - Inibidor competitivo dos receptores A1 e A2-adrenérgicos nos vasos sanguíneos - Hipotensão e inversão vasomotora da adrenalina - Relaxamento muscular e alargamento dos vasos sanguíneos - Abaixamento da PA - No coração, aumenta a FC. Fenoxibenzamina - Bloqueador alfa adrenérgico A1, A2 - ligação covalente (irreversível) - efeito maior e mais potente. Prazosina - Bloquear o receptor alfa 1 - não seletiva quanto ao subtipo do receptor - Indicada na hipertensão arterial - Queda de pressão ortostática - hipotensão postural - Causa edema de membros inferiores - Letargia EFEITOS FARMACOLÓGICOS DOS ALFA BLOQUEADORES Reduz o tônus da musculatura lisa da próstata - Indicação: Hiperplasia prostática benigna, que causa fluxo urinário fraco ou intermitente - Alfuzosina : Alfa bloqueador usado para tratar a hiperplasia benigna da próstata - relaxa os músculos da próstata e da bexiga, facilitando o ato de urinar. - Doxazosina : Alfa bloqueador usado para tratar hipertensão arterial e hiperplasia prostática benigna. - Tansulosina : Tratamento dos sintomas urinários em homens associados à hiperplasia prostática benigna - relaxa a musculatura da bexiga e da próstata, melhorando assim o fluxo urinário e tornando mais fácil urinar. - Terazosina : Trata sintomas de aumento da próstata e pressão alta Reduz o tônus da musculatura do colo da bexiga - efeito de melhora dos sintomas relacionados à bexiga hiperativa - Vasodilatação - Taquicardia Feocromocitoma: Tumores compostos de células cromafins que sintetizam e liberam catecolaminas. Os portadores dessa neoplasia apresentam sintomas clássicos como hipertensão arterial, cefaleia, sudoresee taquicardia, decorrentes da excreção de catecolaminas. - Prazosina - Fentolamina Hipertensão crônica: Níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. - Prazosina associada a beta-bloqueador e / ou diurético Hiperreflexia autonômica em paraplégicos: Síndrome associada a lesão medular caracterizada por uma resposta excessiva do sistema simpático pela ausência do controle do sistema parassimpático. - Prazosina - Fentolamina Incontinência urinária: - Doxazosina - Terazosina BETA - BLOQUEADORES - ASI - atividade simpaticomiméticos intrínseco - Efeito estabilizador de membrana (quinidina like) - Bloqueadores de canais de sódio - Deprime a excitabilidade, a velocidade de condução e a contratilidade do miocárdio - Antiarrítmicos em doses elevadas - Seletividade em relação ao receptor 𝝱1 - Atividade simpaticomimética intrínseca - agonista parcial 𝝱-bloqueadores seletivos - 𝝱1 - Acebutolol: ASI - Atenolol - Betaxolol - Bisoprolol - Celiprolol: ASI - Esmolol: ASI - Metoprolol - Nebivolol - Practolol: ASI 𝝱-bloqueadores não seletivos - 𝝱1 e 𝝱2 - Alprenolol: ASI - Carteolol: ASI - Oxprenolol: ASI, Quinidina-like - Nadolol - Pindolol: ASI, Quinidina-like - Penbutolol: ASI - Propranolol: Quinidina-like - Sotalol - Timolol 𝝱-bloqueadores mistos - 𝝱 e A - Carvedilol: Quinidina-like - Labetalol EVOLUÇÃO DOS BETA BLOQUEADORES Isoprenalina - Dicloro Isopropileno (DCI) - Pronetalol - retirada do cloro - carcinógenos Propranolol - Bloqueador não seletivo para os receptores 𝝱1 e 𝝱2 - Não pode ser usado em indivíduos ao mesmo tempo hipertensos e asmáticos ou hipertensos e diabéticos - Controle de hipertensão (pressão alta) - Controle de angina pectoris (sensação de pressão e dor no peito) - Controle das arritmias cardíacas (alterações no ritmo dos batimentos cardíacos) - Prevenção da enxaqueca (dor de cabeça forte) - Mecanismo anti-hipertensivo - diminuição inicial do DC, redução da secreção de renina, readaptação dos barorreceptores, vasodilatação e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas Nebivolol : Betabloqueador β1 seletivo - Vasodilatador - Libera óxido nítrico - Usado no tratamento de hipertensão arterial e como protetor do coração após falência ventricular esquerda. - Tempo de meia vida de 11 horas METABOLISMO DE ELIMINAÇÃO DOS BETA ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS CONSEQUÊNCIAS PRÁTICAS DO USO DE BETA BLOQUEADORES - Redução da FC - Inotropismo e cronotropismo negativo - Redução do débito cardíaco e do consumo de oxigênio USOS CLÍNICOS DE BETA BLOQUEADORES - Hipertensão - Arritmias - Ansiedade - Tremores - Infarte agudo do miocárdio - Enxaqueca - Glaucoma: Betaxolol, Carteolol, Timolol, Metipranolol, Levobunolol - Tratar Angina do peito - Hipertiroidismo - Feocromocitoma - Astenia - Disfunção sexual - todos os anti-hipertensivos EFEITOS ADVERSOS DOS BETA BLOQUEADORES - Bradicardia exagerada - bloqueio A-V - Claudicação intermitente, extremidades frias (redução do fluxo sanguíneo periférico) - Broncoespasmo - Intolerância à glicose, hipertrigliceridemia, ↓HDL - Depressão - Insônia, pesadelos CONTRA INDICAÇÕES DOS BETA BLOQUEADORES - Distúrbios de condução do nó A-V - Doenças obstrutivas das vias aéreas - Diabetes insulino-dependente RESUMÃO FARMACOLÓGICO ADRENÉRGICO ANTI-HIPERTENSIVOS A hipertensão crônica pode causar doença cardíaca e acidente vascular encefálico (AVE), fator de risco importante no desenvolvimento de doença renal crônica e insuficiência cardíaca. Arteriosclerose : Quando a parede dos vasos sanguíneos se torna enrigecida - a pressão tende a aumentar MECANISMOS DE CONTROLE DA PA Pressão arterial é a pressão que o sangue exerce na parede dos vasos. Depende do débito cardíaco e da resistência vascular total. - PA=DC X RVT Redução do débito cardíaco - Diminuição do volume de sangue - Produção de mais urina - Diminuição da frequência cardíaca Resistência vascular total - Sal - Retém água - aumento de pressão Barorreceptores atuam alterando a atividade do sistema nervoso simpático. São responsáveis pela regulação rápida da PA. - Queda da PA - barorreceptores do arco aórtico e seios carotídeos remetam menos impulsos aos centros cardiovasculares na medula espinal - Resposta reflexa imediata de aumento do estímulo simpático e diminuição parassimpática ao coração e aos vasos, resultando em vasoconstrição e aumento do débito cardíaco. Sistema renina-angiotensina-aldosterona é o sistema mais poderoso para aumento da PA a curto, médio e longo prazo. - Diminui a atividade parassimpática e ativa a simpática - Aumento da PA Captopril - Anti-hipertensivo que diminui o volume de líquidos, agindo no débito cardíaco. Também é vasodilatador, diminuindo a resistência vascular total. Diuréticos influenciam o débito cardíaco Como a pressão arterial é regulada? Regulação a curto prazo: - Controle neural - sistema nervoso simpático e parassimpático - barorreceptores/ quimiorreceptores RESPOSTA MEDIADA PELO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO O aumento da atividade simpática causa: ● Aumento da ativação de adrenoceptores B1 no coração - aumento do débito cardíaco - Aumento da PA ● Ativação de adrenoceptores A1 nos músculos lisos - Aumento do retorno venoso - Aumento da PA ● Ativação dos adrenoceptores B1 nos rins - aumento da renina - aumento da angiotensina 2 - aumento da resistência vascular periférica - Aumento da PA RESPOSTA MEDIADA PELO SISTEMA RENINA - ANGIOTENSINA - ALDOSTERONA ● Redução do fluxo sanguíneo renal - Aumento de renina - Aumento de angiotensina 2 - Aumento da resistência vascular periférica - Aumento da PA ● Redução do fluxo sanguíneo renal - Redução da velocidade de filtração glomerular - Aumento da retenção de sódio e água pela aldosterona - Aumento do volume sanguíneo - Aumento do débito cardíaco - Aumento da PA Diuréticos - Natriurese - Rim - Aumento da excreção urinária de sódio - Diminuição da PA Anti-hipertensivos - Bloqueio do sistema renina - angiotensina - aldosterona Álcool - Afeta o sistema nervoso - Diminui o ADH (hormônio antidiurético) PA ótima - PAS <120 mmHg - PAD <80 mmHg PA normal - PAS 120-129 mmHg - PAD 80-84 mmHg Pré-hipertensão - PAS 130-139 mmHg - PAD 85-89 mmHg HA estágio 1 - PAS 140-159 mmHg - PAD 90-99 mmHg HA estágio 2 - PAS 160-179 mmHg - PAD 100-109 mmHg HA estágio 3 - PAS >180 mmHg - PAD >110 mmHg Estágio 2 ou 3 de hipertensão já começa com tratamento de terapia combinada (mais de um remédio) A hipertensão arterial pode ser classificada de acordo com as suas causas em: - Hipertensão arterial primária (hipertensão essencial) - causa desconhecida, afeta 90 a 95% da população hipertensa. - Hipertensão secundária - causa conhecida, tal como: hiperaldosteronismo primário, uso de anticoncepcionais hormonais, doença renal primária e doença renovascular O tratamento da hipertensão arterial consiste nas seguintes estratégias: - Tratamento não medicamentoso e tratamento medicamentoso Anti-hipertensivos atuam inibindo o sistema renina-angiotensina-aldosterona - Captopril Hidroclorotiazida - Diurético mais utilizado para o controle da hipertensão através da vasodilatação Quando tratar a hipertensão? Anticoncepcionais - Estrogênio aumenta a produção de angiotensinogênio no fígado, moléculabase para a produção de angiotensina Estágio 2 ou 3 de hipertensão já começa com tratamento de terapia combinada (mais de um remédio) Tratamento não medicamentoso - Atividade física e controle do peso corporal - Alimentação saudável - Redução do consumo de sal R: IECA - termina em “PRIL” Tratamento medicamentoso - Diuréticos - Inibidores adrenérgicos - Vasodilatadores - Bloqueadores do sistema renina-angiotensina-aldosterona Combinação que não pode: IECA + BRA BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO Os BCC são uma opção de tratamento recomendado para hipertensos com diabetes ou angina. - Bloqueiam a entrada de cálcio por se ligarem aos canais do tipo L no coração e nos músculos lisos dos vasos coronarianos e arteriolares periféricos, isso causa o relaxamento do músculo liso vascular, dilatando principalmente as arteríolas. - BCC não dilatam as veias. 3 classes - Difenilalquilaminas - Benzotiazepínicos - Di-hidropiridinas BCC - Terminam em “PINO” - Anlodipino - Clevedipino - Felodipino - Isradipino - Nicardipino - Nisoldipino - Nifedipino - Verapamil - Diltiazem Difenilalquilaminas - Verapamil é o único representante - Menos seletivos dos BCCs e apresenta efeitos significativos nas células cardíacas e no músculo liso vascular Benzotiazepínicos - Diltiazem é o único membro dessa classe - Afeta tanto as células cardíacas (fraco) quanto as do músculo liso vascular - Diltiazem tem ação forte de dilatação dos vasos coronarianos - Perfil de efeitos adversos favorável (poucos efeitos adversos) Di-hidropiridinas - Esse classe de BCC inclui nifedipino/ adalat (ação forte de dilatação dos vasos coronarianos, mas tem muitos efeitos adversos) - Fármacos terminam com " PINO " - Maior afinidade pelos canais de cálcio vasculares - Age mais nos vasos do que no coração - Benéficas no tratamento da hipertensão - Vantagem de interagir pouco com outros fármacos cardiovasculares Efeitos adversos - Rubor - Vertigem / tontura - Cefaleia - Hipotensão - Edema periférico FÁRMACOS INIBIDORES DO SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA Renina - Enzima liberada pelos rins na arteríola aferente quando a pressão cai - Converte angiotensinogênio em angiotensina 1 + Angiotensinogênio - Proteína com 12 aminoácidos (duodecapeptidio) produzida no fígado = Angiotensina 1 - 10 aminoácidos + ECA - Enzima conversora de angiotensina - Degrada bradicinina (citocina envolvida com o processo inflamatório, dilatação do vaso e produção de pouco muco pegajoso e irritação da via aérea) - causa tosse seca e vasodilatação = Angiotensina 2 - 8 aminoácidos ● Age no receptor AT1 - Causa vasoconstrição - Aumento da resistência vascular - Aumento do tônus simpático - Retenção de eletrólitos (NaCl e H2O) - Secreção do hormônio aldosterona pelo córtex da glândula suprarrenal (também estimula a retenção de Na e H2O) ● TODOS SÃO CONTRAINDICADOS NA GESTAÇÃO Bloqueador de renina - Alisquireno - Único - pouco utilizado - inibe diretamente a renina e, assim, atua mais precocemente no sistema renina-angiotensina-aldosterona Bloqueadores/ inibidores da ECA (IECA) - Terminam em “PRIL” - Captopril - Pró-fármaco - Também é diurético (indireto) - Um dos efeitos da não conversão de Ag1 em Ag2 é a não retenção de sódio e água, que favorece a diurese - Enalapril - Pró fármaco - excreção renal - Lisinopril - Não é metabolizado e o fármaco absorvido é inteiramente excretado inalterado na urina Efeitos adversos : - Tosse seca - bradicinina - Alteração do paladar - Angioedema Bloqueadores do receptor de angiotensina 2 (BRA) de modo competitivo - receptor AT1 - SARTANA - Losartana - Telmisartana - Valsartana - Candesartana Efeitos adversos - Diarreia - Angioedema - edema da face - Tosse seca - Não indicado para gestantes - carcinogênicos INIBIDORES DO SISTEMA SIMPÁTICO E VASODILATADORES - Aumento de pressão reativa - coração acelera - pressão sobe - Contraindicados para pacientes diabéticos e com problemas respiratórios LOL - BETA-BLOQUEADORES - Propranolol - bloqueia o receptor beta 2 Anti-hipertensivos de ação central - São agonistas alfa 2 adrenérgicos. Agem no SNC diminuindo a liberação de noradrenalina. - Alfa 2 Inibe o sistema simpático - Alfametildopa - Clonidina - Guanabenzo - efeitos adversos: Sonolência e hipotensão postural Beta-bloqueadores - LOL - Seu mecanismo Anti-hipertensivo envolve especialmente a diminuição inicial do débito cardíaco - Diminuem a secreção de renina - Atenolol - beta 1 seletivo - Propranolol - beta 1 e 2 seletivo - contraindicado para asma - Carvedilol - beta 1, 2 e alfa - Efeitos adversos: broncoconstrição, hipotensão postural, sedação, bradicardia, arritmias cardíacas, disfunção sexual Alfabloqueadores - SINA - Bloqueia o receptor alfa - Causa vasodilatação - Prazosina - Doxazosina - Terazosina - Medicamentos inibidores alfa 1 indicados para hipertrofia/hiperplasia da próstata - Efeitos adversos: hipotensão postural, palpitações (Taquicardia reflexa) DIURÉTICOS Tiazídicos Mais comumente utilizados na hipertensão crônica - Perda de NaCL e K - Aumenta a reabsorção/ poupação de Ca+ (impede a excreção de cálcio) - hipercalcemia - diminui a presença de cálcio na urina - Hipocalemia (perda excessiva de potássio) Hidroclorotiazida - Diurético tiazídico mais utilizado - Diminuem a reabsorção de eletrólitos no néfron - Bom vasodilatador - Ajuda ainda mais a reduzir a pressão Diuréticos de alça Menos utilizados. Indicados especialmente em hipertensão por alterações renais - Diuréticos mais potentes - Perda de muito líquido, mas não há uma diminuição efetiva da PA - Perda de NaCL e K - Aumenta a excreção de cálcio - Hipocalemia / hipopotassemia (perda excessiva de potássio) - Ácido etacrínico - Bumetanida - Torsemida - Furosemida - Bloqueia o sistema cotransportador de Na+K+2Cl- localizado na membrana celular luminal do ramo ascendente da alça de Henle; portanto, a eficácia da ação salurética da Furosemida depende do fármaco alcançar o lúmen tubular via um mecanismo de transporte aniônico. Diuréticos poupadores de potássio Menos eficazes que os anteriores. Utilizados em associação com outro diurético Diurético pouco eficaz - Acidose hiperpotassêmica - Espironolactona - Antagonista / inibidor farmacológico específico da aldosterona, atuando no local de troca de íons sódio-potássio dependente de aldosterona, localizado no túbulo contorcido distal do rim. Poupa a perda de potássio - Eplerenona - Aminorida - Triantereno Inibidores da anidrase carbônica - Acetazolamida - Inibe a reabsorção de HCO3 no túbulo contorcido proximal - Propriedades diuréticas fracas Efeitos adversos dos diuréticos - Hipopotassemia (menos os poupadores de potássio) - Hiperuricemia (aumento do ácido úrico sérico) - Hipotensão - Hiponatremia - Hipercalcemia (tiazídicos) ANTICOAGULANTE E ANTIAGREGANTE PLAQUETÁRIO HEMOSTASIA Normalmente, o sangue flui por meio de um fluxo laminar e sem formar coágulos. Quando há um trauma e rompimento vascular, ocorre uma hemorragia (interna ou externa). Para romper essa hemorragia, inicia-se um processo fisiológico normal chamado de hemostasia. - A hemostasia promove coagulação e “stop” na hemorragia. - Trombose é um estado patológico, onde há formação de coágulo em vaso íntegro. Esse coágulo pode desprender
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