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Exame físico da mulher ● EFG: sinais vitais, peso, IMC, pressão arterial, pulso, temperatura, marcha, estado nutricional, posição durante o exame, inspeção geral, outros sistemas, palpação tireoide ● explicar o que vai fazer, onde vai palpar etc ● posição ginecológica (posição litotômica ou talha): paciente deitada com face voltada para cima, com flexão de 90° do quadril e do joelho, expondo o períneo ○ elevação do torso de 30 a 45° proporciona mais conforto para a paciente Inspeção estática ● avaliação da pilificação (esp. monte de Vênus, região perineal, raiz das coxas e da região anorretal) ○ rarefação/ ausência de pelos → pacientes em pós menopausa ou com síndromes associadas à insensibilidade aos androgênios, como a síndrome de Morris ○ aumento dos pelos (hirsutismo) → pode ser constitucional ou representar aumento de androgênio decorrente de distúrbios dos ovários ou das suprarrenais ● avaliação da morfologia e do trofismo dos grandes e pequenos lábios ○ podem estar alterados na dependência do nível de estrogênio endógeno ou exógeno presente ○ infância: grandes lábios mais evidentes do que os pequenos → por causa da não estimulação estrogênica ○ menarca + puberdade: aumento da produção de hormônios sexuais, propiciando a maturação da genitália feminina, estimada pela escala de Tanner ○ pós-menopausa: grandes lábios atrofiam- se novamente, dando a impressão de que os pequenos lábios são maiores ○ glândulas de Bartholin (responsáveis pela lubrificação vaginal): não são palpáveis quando normais; inflamadas –]> bartholinite ● avaliação do hímen: integridade e morfologia ○ membrana himenal: anular, fimbriada, cribiforme e imperfurada ● avaliação do períneo ou corpo perineal: espaço entre a fúrcula vaginal e o ânus Inspeção dinâmica ● movimentos que aumentem a pressão abdominal (ex.: tossir) → verificar se há perda de urina involuntária → distopias genitais → reflexo do enfraquecimento das estruturas que formam o assoalho pélvico ○ manobra de Valsalva: ato de tossir ou soprar no dorso da mão, para avaliar se ocorre procidência do útero, abaulamento das paredes vaginais ou perda de urina ○ cistocele: procidência da parede vaginal anterior ○ retocele: procidência da parede vaaginal posterior Inspeção dinâmica ● espéculo de Collins: introduzido com uma angulação de 45º para se desviar do meato uretral → a medida que introduz, gira no sentido horário até chegar a posição esperada (horizontal) ● inspeção das paredes vaginais ○ observar trofismo → reflete a ação do estrogênio ○ paciente na menacme: paredes vaginais encontram- se rugosas e úmidas ○ pós- menopausa: lisas e secas ● presença de secreções vaginais ○ secreção clara, cristalina e límpida → fisiológico → glândulas da endocérvice e do vestíbulo vulvar ○ secreção anormal: avaliar e relatar o volume, cor consistência e dor ○ pH normal: < 4,5 ○ pH elevado → infecção (ex.: vaginose bacteriana) ou substâncias exógenas ○ secreção com colorações diferentes (ex.: esverdeado, amarelado, acinzentado e branco) → provável que contenham algum patógeno ● avaliação dos fundos de saco vaginais ○ esp. se houver abaulamentos → indicar presença de tumoração pélvica, ou coleção intra bdominal, como sangue ou pus ● avaliação do colo do útero ○ relatar localização, morfologia, tamanho e aspecto do orifício do colo do útero ● exame especular → coleta de material → exame de Papanicolaou (citologia oncoparasitária) + teste do ácido acético e de Schiller (lugol) ● exame de Papanicolaou ○ indicado em todas as pacientes de 25 a 60 anos ou que já tiverem iniciado a vida sexual antes desta faixa de idade ○ 1x / ano ○ após 2 exames anuais normais consecutivos negativos → realizar a cada 3 anos ○ coleta duplas: espátula de Ayres e escova endocervical ○ acondicionamento do material para citologia → lâmina/meio líquido ○ teste do ácido acético: embrocamento do colo do útero com solução do ácido acético a 5% → região que corar: acetorreagente → área de intensa atividade nuclear com maior teor proteico ○ teste de Schiller: embrocamento do colo do útero com lugol 3 a 5% → cora o glicogênio → lesões não coradas são Schiller positivo e lugol negativo + células normais do epitélios vaginal e cervical são coradas com Schiller → áreas acetobrancas/ pálidas vão para biópsia ● toque bimanual: ○ avaliados: vagina, colo do útero, anexos e fundo de saco posterior (saco de Douglas) ○ introdução dos dedos indicador e médio da mão dominante → lubrificante na luva para facilitar o exame ○ avaliação do colo e do corpo do útero: posição (anteroversofletido, retroversofletido, medianizado ou lateralizado), tamanho, forma, simetria, mobilidade e consistência ○ anexos: tamanho, mobilidade e dor → se tiver tumoração → localização, consistência e textura Exame das mamas ● quadrante superior lateral ○ maior parte do tecido glandular → local da maioria dos tumores ● mamas = pele e do tecido celular subcutâneo + cápsula superficial da fáscia + ácinos mamários + ductos, dúctulos, seio e óstio do ducto, glândulas areolares, tecidos conjuntivo e adiposo ● na auréola: tubérculos de Montgomery (pequenas elevações) ● autoexame das mamas: NÃO é mais recomendado pelo ministério da Saúde ○ em frente ao espelho ○ simetria ○ sentido horário Inspeção estática ● posição: sentada com braços rentes ao tórax, vestida apenas com um avental aberto na frente ● simetria das mamas, mamilos, volume das mamas, trofismo e forma das mamas, das papilas e das aréolas ● procurar por: depressões, abaulamentos, retrações da superfície mamária ou da papila ● descrição de algumas anomalia pode ser descrita em relação ao quadrantes ou os ponteiros do relógio Inspeção dinâmica ● levantamento dos braços para aumentar a tensão dos ligamentos suspensores ● contração dos músculos peitorais ○ movimento de bater de asas → área imóvel retraída/ revelam ou acentuam retrações, abaulamentos, tumores, alterações papilares e areolares → essas alterações ocorrem geralmente nos tumores malignos avançados de mama Palpação ● posição: sentada ● (1) palpação global ○ mama à altura da papila com a mão espalmada → conter toda a glândula na palma da mão ○ possível evidenciar tumores de maior diâmetro ● (2) palpação por quadrantes: face palmar dos dedos juntos → percorrem quadrante por quadrante + palpação digital → manobra de Bloodgood (manobra de tocar piano sobre a mama) ○ realizado no sentido horário ○ pode revelar tumores de até 3 mm de diâmetro se as mamas não forem muito volumosas ○ termina de um lado e começa do outro, ainda com a paciente sentada ● (3) palpação dos linfonodos ○ apoiar o braço da paciente no seu braço → deixa livre o acesso ao oco axilar ○ palpa a axila com a mão oposta, aprofundando tanto quanto possível à procura de linfonodos eventualmente aumentados ○ repete o procedimento com o outro lado ○ examinar as regiões infraclaviculares, as fossas supraclaviculares e as regiões laterais do pescoço ● posição: deitada em decúbito dorsal com as mãos cruzadas atrás da nuca ● (1) examinador atrás da cabeça da paciente → palpa as mamas com as mãos homólogas → melhor evidenciação de tumores pequenos ou de localização mais profunda ● (2) expressão das papilas mamárias ○ deve ser feito com os dedos e por quadrante → procurar ducto do qual se obteve secreção ○ aspecto da secreção: de citrino claro até francamente sanguinolento → esfregaço Pele ● coloração ● presença de edemas ou retrações ● casca de laranja + retração da pele → importante para diagnóstico de neoplasias malignas ● mastite → clássicos sinais flogísticos (calor, rubor, edema e dor) ● região dos mamilos → erosões, crostas e descamação Tamanho, forma e simetria ● comparação entre uma mama e a outra Protuberâncias ● massas (visíveis e/ou palpáveis): anotar localização (quadrante), tamanho, forma, contorno, consistência, mobilidade e sensibilidade Posição dos mamilos ● comparação de um lado com o outro ○ retração mamilar pode ser observada em mulheres normaisSecreção ● espontânea ou provocada pela expressão da glândula mamária→ investigação minuciosa ○ galactorreia não puerperal: secreção láctea sem relação com gestação e lactação prévias ○ secreção não láctea: doença mamária local (maligna ou benigna) Sensibilidade ● dor espontânea ou apenas a palpação ● processos inflamatórias costumam ser muito dolorosos Textura e consistência ● variam com a idade, nº de gestações e fase do ciclo menstrual Alterações do parênquima mamário ● áreas de condensação e nódulos ○ áreas de condensação: consistência mais firme em relação ao parênquima mamário circunjacente ○ principais causas: displasias mamárias ● objetivos: nº de mamas simetria volumes abaulamentos retrações local das alterações alterações de pele hiperemia local mastite estágios de desenvolvimento
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